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SP 2 - FUNÇOES BIOLOGICAS (Sistema Digestório)

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Funções Biológicas 
 Caso 2 – Módulo 2 
 
1. Explicar a anatomia, histologia e fisiologia 
do Sistema Digestório. 
 
No resumo de sistema digestorio 
 
2. Entender o controle das secreções 
digestivas (fase cefálica, gástrica e 
intestinal). 
 
1. O controle da secreção salivar: 
 
As glândulas salivares estão sob controle 
exclusivamente do sistema neurovegetativo. Tanto o 
simpático como o parassimpático estimulam a 
secreção. Contudo, o efeito estimulador do simpático 
é transitório, enquanto o do parassimpático é 
persistente. O simpático agindo sobre os vasos causa 
vasoconstrição e contração das células mioepiteliais. 
Vasodilatação causa o parassimpático. Este possui ação 
trófica sobre as glândulas: a desnervação 
parassimpática causa atrofia delas. 
O mediador simpático é a epinefrina (adrenalina). As 
terminações pós-ganglionares parassimpáticas usam 
acetilcolina e VIP (peptídio intestinal vasoativo). 
 
2. Fases do controle da secreção gástrica. 
Fase cefálica: Os estímulos gustativos, visuais e 
olfativos desencadeiam o reflexo, que utiliza o vago 
para a estimulação das várias vias que a nível da 
mucosa levam à produção da secreção. Há diversas 
áreas no SNC operando no controle da secreção. Esta 
fase foi estudada com a coleta da secreção gástrica em 
animais com fístula esofágica. 
Fase gástrica: Os estímulos para o reflexo são 
mecânicos (distensão) e químicos (pH, aminoácidos, 
peptídios, Ca2+). Os receptores são neurônios que 
integram arcos reflexos locais ou longos, abrangendo o 
SNC, ou as próprias células endrócrinas, no caso as G, 
produtoras de gastrina. O estímulo à secreção dá-se 
por neurônios colinérgicos, gastrina e histamina. 
 
Fase intestinal: A entrada do alimento no duodeno 
leva, por circuitos neurais e endócrinos, à modificação 
da atividade motora e secretora do estômago. 
Peptídios e aminoácidos no duodeno estimulam a 
liberação de gastrina e de oxintina, que aumentam a 
motilidade e a secreção gástricas. Se o pH o quimo que 
penetra o duodeno é menor que 5, há liberação de 
secretina e de GIP que ao inibir a liberação de gastrina, 
reduz a secreção gástrica. Gorduras estimulam o 
duodeno a secretar a CCK que sendo um agonista 
pouco potente para o receptor da gastrina, inibe a ação 
deste. Outro hormônio inibitório, ainda desconhecido 
quimicamente, é a bulbogastrona. 
 
 
 
A secrecção de HCl e pepsinogénio pelo estômago 
ocorre em três fases: 
 
Fase cefálica (responsável por cerca de 1/5 da 
secreção) - ainda antes do alimento chegar ao 
estômago, estímulos psicológicos (a expectativa da 
refeição, o seu aroma, aspecto e textura) iniciam a 
secreção gástrica. 
 
Fase gástrica: a presença de alimento parcialmente 
digerido (principalmente peptídeos e aminoácidos) no 
estômago promove a secreção de gastrina. Esta 
hormona peptídica atua sobre o estômago, 
estimulando a secreção. A histamina e 
a acetilcolina também estimulam a secreção. cada um 
destes três fatores exerce efeitos potenciadores sobre 
a atuação dos outros, e por isso o efeito total é 
bastante superior à simples adição dos efeitos 
individuais. Por este motivo, o bloqueio da ação de um 
destes fatores provoca marcada diminuição da 
secreção total. A gastrina tem outros efeitos: provoca 
a descarga de parte do conteúdo estomacal para o 
duodeno. 
 
Fase entérica (responsável por cerca de 1/10 da 
secreção): - A chegada de quimo ao duodeno provoca 
diminuição do seu pH. Este aumento de acidez estimula 
a secreção de uma outra hormona, a secretina, que 
provoca diminuição da motilidade gastrointestinal. Isto 
tem como efeito a paragem da transferência do 
conteúdo estomacal para o duodeno, impedindo que o 
estômago esvazie de forma demasiado rápida. A 
secretina vai também atuar sobre as glândulas do 
estômago, inibindo a secreção de ácido. O duodeno 
produz alguma gastrina, que ao atuar sobre o 
estômago induz alguma secreção de HCl e 
pepsinogênio. 
A secretina atua também sobre o pâncreas, 
estimulando este a secretar bicarbonato (HCO3-). Esta 
união neutraliza o ácido clorídrico proveniente do 
estômago, de forma a que o pH no duodeno aumente 
para os valores óptimos para as enzimas pancreáticas. 
Estas enzimas (proteases, lipases, amilase pancreática) 
são secretadas pelo pâncreas em resposta 
à colecistocinina (CCK), uma hormona peptídica 
produzida pelo duodeno quando lá existem ácidos 
gordos (provenientes dos alimentos). 
A colecistocinina também atua sobre a vesícula biliar, 
fazendo com que esta lance a bílis para o duodeno. A 
bílis contém bilirrubina, colesterol, e sais 
biliares (moléculas anfipáticas, i.e. com porções 
hidrofílicas e porções hidrofóbicas, que têm como 
função permitir a dispersão dos lípidios pela fase 
aquosa onde atuam as enzimas, formando 
uma emulsão). A quantidade total de sais biliares 
lançada em cada refeição é bastante superior à 
quantidade de sais biliares presentes no organismo 
porque estes são reabsorvidos no intestino e 
reencaminhados para o fígado e vesícula biliar várias 
vezes em cada digestão. Esta "reciclagem" dos sais 
biliares é chamada "circulação entero-hepática dos 
sais biliares". 
 
 
3. Relacionar Sistema Digestório e Sistema 
Nervoso (Sistema Nervoso Entérico; 
Mecanismos de controle do esvaziamento 
gástrico e da motilidade intestinal; 
Regulação do Peristaltismo). 
 
No resumo de sistema digestorio 
 
4. Identificar os nutrientes e compostos 
bioativos e como eles interferem no 
funcionamento do sistema digestório 
(composição, consistência e quantidade; 
controle hormonal). 
➢ Fibras: 
As fibras são comumente encontradas em vegetais, 
frutas, leguminosas (feijão, lentilha, ervilha e grão de 
bico) e grãos integrais. Alguns tipos também podem ser 
encontradas em alimentos de origem não vegetal, 
como cogumelos, leveduras e alguns tipos de frutos do 
mar. 
As fibras têm capacidade de agir sobre a frequência 
fecal e a quantidade de fezes formadas, diminuir o 
tempo de esvaziamento gástrico, promovendo 
sensação de saciedade mais prolongada e de diminuir 
a velocidade de absorção de nutrientes como a glicose 
e lipídeos. A lenta absorção de glicose favorece a 
diminuição dos níveis glicêmicos, tendo um papel 
importante no tratamento de indivíduos diabéticos. 
 
➢ Compostos bioativos: 
Os compostos bioativos podem ser definidos como 
nutrientes e/ou não nutrientes com ação metabólica 
ou fisiológica específica. Estas substâncias podem 
exercer seus efeitos agindo como antioxidantes, 
ativando enzimas, bloqueando a atividade de toxinas 
virais ou antibacterianas, inibindo a absorção de 
colesterol, diminuindo a agregação plaquetária ou 
destruindo bactérias gastrointestinais nocivas 
Dentre os compostos bioativos já identificados que dão 
funcionalidade aos alimentos estão os carboidratos 
não digeríveis (fibras solúvel e insolúvel), antioxidantes 
(como polifenóis, carotenoides, tocoferóis, 
tocotrienois, fitoesteróis, isoflavonas, compostos 
organossulfurados), esteroides vegetais e 
fitoestrógenos. 
 
➢ Fibras alimentares 
As fibras são um grupo de componentes alimentares 
resistentes à digestão e absorção intestinal, porém 
com fermentação completa ou parcial no intestino 
grosso, e encontradas principalmente em frutas, 
vegetais e cereais. Fazem parte do grupo das fibras a 
celulose, a pectina, as hemiceluloses, as gomas, as β-
glucanas, o amido resistente, os oligossacarídeos, e as 
frutanas como frutooligossacarídeos e inulina. Com 
base em seus efeitos fisiológicos, as fibras alimentares 
podem ser classificadas em solúveis e insolúveis, ou 
ainda, fermentáveis e não fermentáveis, 
respectivamente. 
No que diz respeito à microbiota intestinal, o papel das 
fibras alimentares, sugerindo que os ácidos graxos de 
cadeia curta (AGCC), acetato, butirato e propionato, 
produzidosatravés da fermentação intestinal das 
fibras da dieta, apresentam efeitos benéficos sobre o 
metabolismo, melhorando não apenas a saúde 
intestinal, mas também atuando diretamente em 
vários tecidos periféricos. Além dos efeitos benéficos 
sobre a microbiota intestinal, muitos estudos mostram 
que dietas ricas em fibras podem auxiliar na 
diminuição, controle e tratamento da obesidade. 
Ainda para alguns autores, tanto a fibra solúvel quanto 
a insolúvel contribuem para o controle de peso no que 
se refere à obesidade, isto ocorre porque o aumento 
do consumo de fibra dietética resulta em uma 
diminuição do teor de energia metabolizável da dieta. 
 
 
5. Explicar o que é a “Síndrome do 
intestino irritável” (“Síndrome do cólon 
irritável”). 
➢ Síndrome do Intestino Irritável: Um Exercício em 
Análise Funcional do Comportamento 
A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é um transtorno 
gastrintestinal funcional que ocorre mundialmente, em 
homens e mulheres de todas as faixas etárias e em 
cerca de 10% a 15% da população. Entre aqueles que 
procuram serviços médicos, há uma predominância 
maior em mulheres do que em homens em uma 
proporção de 2:1, mas não está claro se isso reflete 
uma diferença real ou se as mulheres são aquelas que 
procuram mais ajuda médica. 
 
A Convenção Internacional de Roma III para 
diagnósticos gastrofuncionais estabelece os seguintes 
critérios para a SII: 
• Presença de dor ou desconforto abdominal 
que ocorra com frequência de três ou mais dias 
por mês, nos últimos três meses; 
• presente há pelo menos seis meses; 
• acompanhada de pelo menos duas 
características tais como, alívio com a 
defecação, mudança na frequência 
defecatória, ou mudança na forma (aparência) 
das fezes. 
 
Os pacientes da SII podem apresentar inchaço 
abdominal, fezes aquosas, endurecidas, eliminação 
excessiva de gases, dificuldades em eliminar gases e 
sensação de evacuação incompleta. O quadro 
sintomático pode ter predomínio de diarreia, de 
constipação ou de alternância entre os dois. Também 
geralmente é inclusa como critério diagnóstico a 
ausência de um substrato orgânico estrutural evidente 
como inflamação, parasita ou deficiência de enzima 
que melhor expliquem os sintomas. 
Diversos prejuízos têm sido relatados nas vidas de 
portadores de SII, como irritabilidade, cansaço, 
dificuldade para dormir, tensão e pouco interesse 
sexual. Na presença dos sintomas, os pacientes evitam 
atividades como trabalho, viagem, socialização, sexo, 
lazer, atividades domésticas, certos alimentos e fazer 
refeições com outras pessoas. 
 
O tratamento médico para SII consiste na 
suplementação de fibras e no uso de fármacos como 
amitriptilina, agentes antiespasmódicos, receptores de 
serotonina, ansiolíticos e antidepressivos. 
 
 
 
➢ Síndrome do Intestino Irritável - Diagnóstico e 
Tratamento 
Síndrome do Intestino Irritável (SII) é um transtorno 
funcional crônico do tubo digestivo, caracterizado pela 
presença de dor e/ou desconforto abdominal 
associados à alteração do hábito intestinal ou à 
modificação das características das evacuações. A sua 
etiologia permanece desconhecida, mas 
provavelmente é multifatorial. A prevalência estimada 
da SII na população geral é de 10 a 20%, acometendo 
predominantemente mulheres entre 20 e 40 anos. O 
diagnóstico é feito baseado na sintomatologia 
predominante, adotando-se critérios clínicos bem 
estabelecidos (Roma III). O tratamento visa aliviar o 
sintoma predominante. Os antiespasmódicos 
representam as drogas de primeira escolha para o 
alívio da dor e do desconforto abdominal. Os 
antidepressivos tricíclicos têm se mostrado superiores 
ao placebo para os pacientes com SII e predomínio de 
diarreia, e a loperamida é eficaz em reduzir a 
frequência das evacuações nestes casos. Para os 
pacientes com SII e predomínio de constipação ou 
forma mista, as fibras solúveis representam a primeira 
opção. Probióticos e novos serotoninérgicos 
representam outras opções terapêuticas promissoras. 
O tratamento atual da SII é ainda dirigido ao sintoma 
principal – dor, distensão, diarreia ou constipação 
intestinal. Além da medicação sintomática, é 
fundamental estabelecer uma boa relação médico-
paciente. É necessário esclarecer ao paciente que seus 
sintomas são decorrentes de distúrbios funcionais, e 
não caracterizam nenhuma doença grave ou risco de 
vida. É recomendado a ingestão de fibras e líquidos na 
dieta (especialmente para os pacientes com 
constipação predominante), além de atividade física 
rotineira. O equilíbrio das fibras, que devem ser 
ingeridas sem excessos, é muito importante para não 
agravar a flatulência e a distensão abdominal. É 
importante que sejam evitados todos os alimentos que 
agravam a sintomatologia. As drogas mais indicadas 
para o alívio da dor abdominal são os relaxantes da 
musculatura lisa ou os antiespasmódicos, como os 
antimuscarínicos, a mebeverina, a trimebutina, o 
brometo de pinavério ou o brometo de otilônio. 
Inúmeros ensaios clínicos demonstram a eficácia 
destes medicamentos, sendo superiores ao placebo, 
especialmente no alívio da dor abdominal. 
Outra opção terapêutica para pacientes com SII são os 
antidepressivos (tricíclicos ou inibidores da captação 
da serotonina), indicados por suas propriedades 
neuromoduladoras e analgésicas, independentes da 
ação psicotrópica. Estes efeitos parecem ocorrer mais 
precocemente e com doses mais baixas do que aquelas 
usualmente empregadas para o tratamento da 
depressão. Devem ser prescritos na SII apenas para 
pacientes com sintomas mais graves ou refratários, e 
quando é nítida uma associação com depressão ou 
ansiedade. Para que seja avaliado o real benefício do 
antidepressivo, devemos prescrevê-lo por, no mínimo, 
três a quatro semanas e, caso seja considerado eficaz, 
mantido por seis a doze meses. 
➢ Síndrome do Intestino Irritável – Sociedade 
Brasileira de Motilidade Digestiva e 
Neurogastroenterologia 
A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é um termo 
aplicado a uma associação de sintomas que consistem 
mais frequentemente de dor e distensão abdominal, 
constipação e diarreia. Muitos pacientes com SII 
alternam períodos de diarreia com constipação. 
Caracteriza-se por uma doença funcional, já que possui 
ausência de anormalidades estruturais e bioquímicas 
em todos os exames complementares, laboratoriais e 
de imagem. 
1. Causa: 
A causa de SII não se encontra completamente 
esclarecida. Acredita-se que haja uma 
hipersensibilidade visceral, responsável pelos 
sintomas, que pode ser agravada pela ingestão de 
certos alimentos. Admite-se que seja um distúrbio 
multifatorial relacionado com alterações neurológicas 
diretamente relacionadas ao intestino. Além da 
ingestão alguns de alimentos, os sintomas podem ser 
precedidos de alterações psicossomáticas, 
principalmente o estresse. 
2. Sintomas: 
Pacientes portadores de SII relatam dor e desconforto 
abdominais recorrentes seguidos de um ou mais dos 
seguintes sintomas: 
▪ Mudança do hábito intestinal (constipação ou 
diarreia); 
▪ Melhora total ou parcial da dor após 
evacuação; 
▪ Distensão abdominal e flatulências. 
 
Os sintomas podem estar presentes por meses, o que 
interfere diretamente na qualidade de vida dos 
pacientes. Entretanto, as queixas relatadas na SII são 
muito semelhantes aos sintomas de outras afecções do 
trato gastrointestinal, o que dificulta o diagnóstico. 
3. Complicações 
Essa afecção não está relacionada com complicações 
graves do quadro de saúde do paciente. Trata-se de 
uma doença benigna e com boa evolução, se abordada 
adequadamente. Sinais de alarme como sangramento, 
perda de peso, desidratação e desnutrição grave 
descartam o quadro de doença funcional. Caso estejam 
presentes, esses sinais devem ser investigados 
cautelosamente. 
4. Diagnóstico 
O diagnóstico da síndrome do intestino irritávelé 
clínico, sendo imprescindível que haja uma boa relação 
médico-paciente. Não há nenhum exame específico 
para comprovação dessa síndrome, porém alguns 
exames podem ser solicitados para exclusão de outra 
doença do trato gastrointestinal. 
A pesquisa de supercrescimento bacteriano do 
intestino delgado (SCBID), por meio do teste 
respiratório, pode ser necessária de acordo com a 
intensidade dos sintomas apresentados pelo paciente. 
5. Tratamento 
Muitos pacientes identificam que determinados 
alimentos ou bebidas estão relacionados com a piora 
dos sintomas. Estudos recentes demonstraram que 
uma dieta rica em alimentos altamente fermentáveis, 
conhecidos como FODMAPs exacerbam os sintomas da 
SII. Trata-se de carboidratos de cadeia curta que não 
são completamente digeridos ou absorvidos e, 
consequentemente, são fermentados no intestino. 
+ FODMAPs: FODMAP é o conjunto de alimentos 
fermentáveis que são mal absorvidos pelo nosso 
organismo e que podem causar desconforto intestinal. 
Eles são classificados como oligossacarídeos, 
dissacarídeos, monossacarídeos e polióis. 
 
 
 
6. Entender o papel do Sistema Digestório 
no equilíbrio hidroeletrolítico e ácido base. 
 
No resumo de sistema digestorio 
 
7. Conhecer e explicar o mecanismo de 
ação dos medicamentos inibidores da 
bomba de prótons. 
 
Os inibidores da bomba de Próton (IBP) são 
considerados pró-fármacos que necessitam de um 
ambiente ácido para serem ativados e exercerem o 
efeito desejado. A sua atuação se dá através de uma 
inibição irreversível da H+/K+- ATPase, que compõe a 
etapa final da via da secreção ácida. 
 
São bastante adquiridos sem prescrição pelo fato de 
“protegerem o estômago” e seus efeitos adversos mais 
comuns serem passageiros e pouco danosos, sem o 
conhecimento de possíveis efeitos mais prejudiciais a 
longo prazo. 
 
Fazem parte desta classe de medicamentos: o 
omeprazol (sendo o primeiro a ser introduzido na 
farmacoterapia gastrointestinal), o esomeprazol, o 
lansoprazol, o rabeprazol, o dexlansoprazol e o 
pantoprazol. 
 
Todos os medicamentos inibidores da bomba de 
prótons atualmente aprovados são derivados do 
benzimidazol: moléculas orgânicas heterocíclicas que 
possuem tanto uma piridina quanto uma porção 
benzimidazol ligada por um grupo metilsulfinilo. O 
omeprazol, representante dessa estrutura, foi o 
primeiro IBP clinicamente útil. 
 
 
 
➢ Mecanismo de ação: 
Segundo Wannmacher (2004), os IBP atuam 
suprimindo a secreção de ácido gástrico através da 
inibição específica da enzima H+/K+-ATPase na 
superfície secretora da célula parietal gástrica, 
diminuindo em até 95% a produção diária de ácido 
gástrico. 
O resultado é a inibição irreversível da secreção ácida 
da bomba de prótons. De acordo com Brunton e 
colaboradores (2012) e Penildon (2010), por possuírem 
liberação prolongada, essas drogas são liberadas dos 
grânulos no duodeno e após sua absorção na circulação 
sistêmica, o pró-fármaco difunde-se nas células 
parietais do estômago e acumulam-se nos canalículos 
secretores dos ácidos, onde são retiradas após 
ionizarem-se, e são ativadas pela formação de uma 
sulfenamida tetracíclica catalisada por prótons e um 
ácido sulfênico, que se ligam covalentemente a 
grupamentos sulfidrílicos localizados em pontos 
críticos do domínio extracelular (luminal) da bomba de 
prótons retendo o fármaco de modo que ele não pode 
difundir-se novamente através da membrana 
canalicular. A secreção ácida só retorna ao normal após 
síntese e inserção de novas moléculas da bomba de 
prótons na membrana apical das células parietais. 
 
➢ Mecanismos de ação segundo o livro de 
farmacologia PENILDON SILVA 
A ação dos IBP, segundo PENILDON (2010), se dá da 
seguinte forma: Por possuírem liberação prolongada, 
essas drogas são liberadas dos grânulos no duodeno, 
onde são rapidamente absorvidas e ganham a 
circulação sanguínea. Do sangue, atingem as células 
parietais e difundem-se para os canalículos secretores, 
onde são retiradas após ionizarem-se. Uma vez 
ionizadas em meio ácido, formam-se um ácido 
sulfênico e uma sulfenamida, que se ligam 
covalentemente a grupamentos sulfidrílicos 
localizados em pontos críticos do domínio extracelular 
(luminal) da bomba de prótons. 
Como, para se tornarem efetivas, necessitam ser 
ativadas através da ionização, os inibidores da bomba 
de prótons são considerados pró-drogas. 
A ligação de duas moléculas de sulfenamida a uma 
bomba de prótons inibe totalmente a atividade da 
enzima. 
A secreção ácida só retorna ao normal após síntese e 
inserção de novas moléculas da bomba de prótons na 
membrana apical das células parietais (figura 2). 
 
 
 
+ De acordo com o Manual de Farmacologia e 
Terapêutica de Goodman & Gilman: Como nem todas 
as bombas e nem todas as células parietais estão 
simultaneamente ativas, a supressão máxima da 
secreção ácida requer várias doses dos inibidores da 
bomba de prótons. Por exemplo, podem ser 
necessários 2 a 5 dias de terapia com uma dose única 
ao dia para obter a inibição de 70% das bombas 
observada no estado de equilíbrio dinâmico. Como a 
inibição da bomba de prótons é irreversível, a secreção 
ácida permanece suprimida por 24 a 48 h ou mais, até 
que ocorra síntese de novas bombas de prótons e sua 
incorporação na membrana luminal das células 
parietais. 
8. Descrever a importância do vínculo do 
trabalho em equipe na UBS. 
 
 
9. Relacionar fatores biopsicossociais com 
qualidade de vida e promoção da saúde. 
A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) 
realizou, não faz muito tempo, um seminário sobre 
condições de vida e situação de saúde em que vários 
autores latino-americanos discutem, de diversos 
ângulos, o tema da saúde e qualidade de vida. Os 
congressos brasileiros de saúde coletiva, 
epidemiologia, e ciências sociais e saúde promovidos 
pela mesma entidade nos últimos anos têm sido 
pródigos em trabalhos que, em diferentes conjunturas, 
discutem o mesmo tema. Duas revisões recentes, 
publicadas simultaneamente (Minayo, 1995; Monteiro, 
1995), exploram diversas dimensões do tema saúde e 
qualidade de vida no Brasil. 
Particularmente em países como o Brasil e outros da 
América Latina, a péssima distribuição de renda, o 
analfabetismo e o baixo grau de escolaridade, assim 
como as condições precárias de habitação e ambiente 
têm um papel muito importante nas condições de vida 
e saúde. 
 
Isso porque o biopsicossocial, onde: 
• Bio são os fatores biológicos como: genética e 
bioquímica 
• Psico são fatores psicológicos como: estado de 
humor, de personalidade e de comportamento 
• E social são fatores sociais como: cultura, 
família e economia 
 
Precisam estar em equilíbrio para que assim haja 
qualidade de vida. Em relação à promoção da saúde, os 
fatores biopsicossociais são fundamentais para saber 
identificar aspirações, satisfazer necessidades e 
modificar favoravelmente o ambiente natural, político 
e social.

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