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Processo de Cicatrização e Avaliação de Feridas Profª Zaira Lydio 1º EPISÓDIO DA SÉRIE- O QUE VOCÊ FARIA ENFERMEIRO(A)? “Não se trata apenas de trocar um curativo. É sobre realizar o tratamento de feridas”. Pele 1. Proteção (barreira) 2. Contenção (órgãos e tecidos) 3. Sensibilidade (informações ao cérebro) 4. Armazenamento (15% da água total do corpo está na pele) 5. Secreção de suor e sebo (hidratação e lubrificação) 6. Formação de vitamina D 7. Controle de temperatura (glândulas sudoríparas) 8. Imunológica 9. Cosmética (imagem) * É o maior órgão do corpo humano atingindo 16% do peso corporal. Funções: (Domansky e Borges, 2012) Curiosidade... • 6 milhões de células • 2 mil melanócitos • 5 folículos pilosos • 5m de nervos • 2 pontos termosensíveis • 15 glândulas sebáceas • 12 pontos criosensíveis (sensib. ao frio) • 200 pontos algesiosensiveis (sensib. à dor) • 1 m de vasos sanguíneos • 100 glândulas sudoríparas Área= lado x lado (ou lado2) (Domansky e Borges, 2012) Em 1cm2 de pele encontramos: Imagem: Google Imagens pH da pele da criança abaixo de 1 mês = em torno de 7,5 (Menoita & Santos, et al., 2011) pH da Pele pH da pele da criança acima de 1 mês até a fase adulta = em torno de 5,0 Depende da região do corpo, da idade, hormônios, infecções etc. Correlação pH x Ferida: - Feridas agudas: diante de uma invasão de microorganismos, nosso corpo acidifica o meio. - Com a diminuição da perfusão tecidual, há um aumento local de PpCO2, fisiologicamente acidificando o meio, o que é benéfico para a cicatrização. - O pH das feridas crônicas encontra-se entre 7,15 e 8,9. Isso é danoso e torna a cicatrização mais lenta. pH da pele = em torno de 5,0 (Menoita & Santos, et al., 2011) Fisiologia da Cicatrização Fisiologia da Cicatrização • A cicatrização envolve uma cascata organizada e complexa de eventos celulares e bioquímicos que resultam numa lesão cicatrizada; • Tem inicio logo após o surgimento de uma lesão aguda; • O processo envolve a necessidade de nutrientes para a efetiva formação de novos tecidos. 2 formas de cicatrização 1) Regenerativa: ocorre somente o dano superficial (epi/derme) com a substituição específica do tecido (a pele volta 100% ao que era). 1) Reparadora: no caso de feridas profundas, a partir da hipoderme. É a incompleta regeneração do tecido original com hiperprodução de colágeno, o que pode levar à produção de novo tecido até 80% similar ao que era. Por atingir os planos mais profundos, exibe uma forma inespecífica de cicatrização com formação de fibrose e cicatriz hipertrófica ou queloide, que está diretamente relacionada à extensão da atividade inflamatória em todo o processo de cicatrização. (Aragona et. al, 2019) 1°Intenção: ✓ É a ferida incisional, onde conseguimos aproximar as bordas. ✓ Precisa de pouco tecido de granulação para cicatrizar. 2°Intenção: ✓ É a ferida ulcerada, aberta. ✓ Cicatriza da borda para o centro de e baixo para cima. 3°Intenção: ✓ É quando ocorre deiscência, isto é, reabertura da pele que já foi ferida operatória um dia. 1. Homeostase 2. Fase inflamatória 3. Fase proliferativa 4. Fase de maturação Fases da cicatrização Ferida “É a interrupção da continuidade de um tecido corpóreo, em maior ou em menor extensão, causada por qualquer tipo de trauma físico, químico, mecânico ou desencadeada por uma afecção clínica, que aciona as frentes de defesa orgânica para o contra ataque” (Cesaretti, 1998) Avaliação de Feridas em 2 Etapas 1) Avaliação do estado de saúde do indivíduo. 2) Avaliação da lesão propriamente dita. Sistematização da Assistência de Enfermagem • Correlacionar dados do histórico/anamnese/coleta de dados e confronta-los a achados do exame físico, exames laboratoriais, exames de imagem, indicações e prescrições médicas prévias, tratamento de base, tratamento individualizado. Resolução COFEN 358/2009 Avaliação de Feridas 1) Histórico 2) Classificação 3) Localização 4) Tamanho 5) Espaço morto 6) Tecido 7) Exsudato 8) Infecção 9) Borda e Margem 10) Dor 1) Histórico • Há quanto tempo existe essa ferida? • Como surgiu? • Já procurou ajuda profissional? • Terapias realizadas anteriormente? • Qual é a terapia atual? Tem visto melhora com ela? (Sibbald et al, 2021) • Pacientes desnutridos possuem risco 3x maior de infecção hospitalar, aumento da síndrome de imobilidade, aumento de restrição ao leito e piora da performance de grupos musculares importantes, incluindo caixa torácica, coração etc. Performance Terapêutica: Ex: na LPP não adianta um bom curativo se não houver mudança de decúbito. 2)Classificação das feridas segundo... (WOUNDSOURCE, 2019) Classificação das feridas por perda tecidual/profundidade PROFUNDIDADE ou ACOMETIMENTO TECIDUAL (Independente da etiologia) PERDA PARCIAL DE TECIDO ou 2° INTENÇÃO Ex: Área doadora de enxerto LPP estágio 2 Queimaduras Vasculogênicas SUPERFICIAL ou 1° INTENÇÃO Ex: bolhas PERDA TOTAL DE TECIDO ou 3° INTENÇÃO Ex: LPP estágios 3 e 4 Chronic wound care. 2 ed. Cap 4. 1997. Classificação das feridas pelo mecanismo/agente causal • Incisas/cirúrgicas: instrumento cortante • Contusas: Instrumento rombo (lembrar da queda, golpe) • Lacerantes: margens irregulares, tração • Perfurantes: pequenas aberturas, profundas • Mistas (FERREIRA et al., 205) • Cirúrgicas: - Agudas: Incisões, excisões, áreas doadoras. - Crônicas: deiscências ou infectadas. • Não cirúrgicas: - Agudas: queimaduras, abrasões, esfolamentos. - Lesões por pressão, úlceras vasculogênicas. Classificação das feridas: cirúrgicas / não cirúrgicas Classificação das feridas por risco de contaminação • Limpas: não há abertura do sistema digestivo, respiratório ou genitourinário. Risco de infecção de 1-5% • Potencialmente contaminadas: abertura controlada do sistema digestivo, respiratório ou genitourinário, sem extravasamento de fluidos. Risco de infecção de 8-11% • Contaminadas: abertura dos sistemas ou trauma, com extravasamento de fluidos. Risco de infecção de 15-20% • Infectadas: contato com tecidos infectados. Risco de 20-40% Classificação de Feridas Complexas ✓Traumáticas ✓Cirúrgicas (deiscências) ✓Necrotizantes ✓LPP ➢Ulcerações diabéticas ➢Úlceras vasculares ➢Feridas inflamatórias ➢Feridas por radiação AGUDAS CRÔNICAS 3) Localização • Importante ter uma ficha de avaliação que permita a identificação anatômica mais fidedigna possível. • A localização direciona o tratamento, inclusive tópico. 4) Tamanho • Classificação quanto à superfície segundo o tamanho: Até 50cm² Pequena 51 – 150 cm² Média 151 – 250 cm² Grande > 251 cm² Extragrande Limites Anatômicos Métodos de mensuração de feridas • O método de medida da superfície multiplicando-se o maior comprimento (eixo longitudinal) x maior largura (eixo transversal), perpendiculares entre si, é o mais fácil e mais usado entre os profissionais de saúde (Sibbald et al, 2021). Autoria própria Cálculo da Área da Superfície da Ferida (intervalo de 4 semanas entre as aferições) Comprimento (cm) x Largura (cm) = Área da Superfície (cm²) Ex: Na primeira semana a Área da Superfície da Ferida = 4cm x 2cm = 8cm² Na quarta semana a Área da Superfície = 4cm x 1cm = 4cm² (Sibbald et al, 2021) Porcentagem da Cicatrização da Ferida Área (cm²) da primeira visita - Área (cm²) da quarta visita = Diferença da Área da Superfície Ex: 8cm² - 4cm² = 4cm² Diferença da Área da Superfície x 100 = 4cm² x 100 = 50% de redução Área da Superfície da primeira visita 8cm² da ferida entre a 1° e 4° visitas (Sibbald et al, 2021) Profundidade • Comprimento x Largura x Profundidade = cm³ • Não é uma mensuração fidedigna • Estimar 0,1cm em feridas rasas (Harris, 2020) Importância da mensuração da ferida... • Feridas com variação de redução de 20 a 30% na sua superfície nas primeiras 3 a 4 semanas de terapia, têm ALTO POTENCIAL CICATRICIAL!• Mesmo sendo o método mais utilizado, a mensuração via eixo transversal x eixo longitudinal apresenta erro de aproximadamente 40-44%. (Harris, 2020) Documentos importantes que nos respaldam Registro fotográfico da ferida • Sempre tirar a foto da localização anatômica de forma ampla primeiro, e em seguida fotografar a ferida individualmente, com e sem flash. Registro fotográfico da ferida • Preserve a dignidade e o respeito pela identidade da pessoa. Evite fotografar face inteira, exceto se a ferida estiver nessa área. • Localize a régua ou outro instrumento de mensuração próximo da ferida. • Coloque como identificação as iniciais do nome do paciente e data. 5) Espaço morto • Tunelização: cavidade com espaço morto em fundo cego ou com comunicação em aberturas. • Descolamento de tecido: Caminhos progressivos de destruição tecidual ao redor de tecidos profundos. Imagens: Aula Prof. Rogéria Pires. Curso de ET/UERJ/2015 6) Tecido GRANUAÇÃO Imagem: Google Imagens NECROSE ESFACELO ATENÇÃO!!! EPITELIZAÇÃO ✔Restos celulares, meio de cultura que favorece o crescimento bacteriano. ✔Vai para a pele perilesional causando maceração. ✔Rico em enzimas chamadas Metaloproteases (MMP), que danificam a matriz extracelular impedindo a formação do tecido. Imagem: Google Imagens 7) Exsudato 7) Exsudato • É imprescindível avaliar o exsudato do curativo que está sendo retirado no momento da troca, para poder escolher a melhor terapia tópica de acordo com o manejo do microclima (umidade e temperatura) da ferida. • Anotar quantidade, coloração, odor. 8) Infecção • Todas as feridas são contaminadas. • O processo de cicatrização ocorre na presença de bactérias. • O fator deletério é a relação entre os agentes e a resposta orgânica. Fique ligado!!! • Infecção local: bactérias ou outros microorganismos penetram profundamente dentro do tecido da ferida e sua proliferação atinge um quantitativo que estimula o sistema imune do hospedeiro, mas de forma restrita a um ambiente, sistema ou estrutura. • Infecção disseminada: a invasão do microorganismo em sítios ao redor da ferida, como tecidos mais profundos, músculos, fáscia, órgãos ou cavidades. • Infecção sistêmica: o microorganismo causador da infecção da ferida se espalha através do corpo via sistema vascular e sistêmico. Resposta inflamatória sistêmica, sepse e disfunção orgânica são sinais de infecção sistêmica. (SOBENFEE, 2018) 9) Borda 9) Borda Epibolia - A borda enrola sobre si mesma inibindo o contato e cessando a epitelização. Maceração - Esbranquiçado - Excesso de umidade local. Imagem: Google ImagensImagem: Google Imagens 9) Borda Hiperqueratose - É o espessamento do estrato córneo Imagem: Google Imagens 10) Dor • É o quinto sinal vital • Requer abordagem multidisciplinar • Deve ser valorizada e questionada quanto à intensidade • É subjetiva, complexa e pessoal • Analgesia pré-curativo • Pode estar relacionada à infecção • Diversas escalas adaptadas à idade, para sua mensuração. • Tratar e prevenir infecções; • Absorver exsudatos; • Tratar e cicatrizar feridas; • Eliminar fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização; • Reduzir infecções. OBJETIVOS DO CURATIVO • Boa tolerância térmica; • Promover conforto ao paciente; • Remover o excesso de secreção; • Boa absorção para garantir a drenagem das secreções; • Ser impermeável à bactérias, favorecendo a cicatrização; • Não adesão à ferida. Requisitos para um curativo: Procedimento do curativo • A limpeza é a primeira etapa e um dos passos mais importante na preparação do leito da ferida. • A limpeza deve ser realizada através da utilização de uma solução para eliminar sujidades, resíduo celular, agentes patogênicos, corpos estranhos, tecido necrosado solto e exsudado que podem contribuir para o desenvolvimento de infecção e retardo da cicatrização. - Aplicar a solução de limpeza com pressão suficiente para limpar sem danificar os tecidos - Não lesionar o tecido viável e não causar sangramento levando a lesão a um novo estágio de inflamação, prejudicando a cicatrização e causando dor ao paciente. - Não são indicadas o uso de bolas de algodão/gaze recortada para a limpeza de feridas. - Utilizar a Irrigação com agulha 40X12 (9,5 psi); - Utilizar SF 0,9% morno ou em temperatura ambiente Procedimento do curativo Normas técnicas para realizaçãodo curativo A solução fisiológica 0,9% é indicada para limpeza e tratamento de feridas com cicatrização por segunda ou terceira intenção, porque limpa e umedece a ferida, favorece a formação de tecido de granulação e amolece os tecidos desvitalizados; A manutenção do calor local é importante no processo de cicatrização. Por isso é recomendado o uso de solução fisiológica 0,9% aquecida, e também manter aquecido o local da lesão; DESBRIDAMENTO Desbridamento Instrumental Conservador Autolítico EnzimáticoMecânico Cirúrgico • Secar e proteger pele perilesional; • Realizar mensuração da ferida; • Realizar registro fotográfico (TCLE); • Escolher a cobertura de acordo com as características avaliadas; • Ocluir com cobertura secundária (gaze e atadura ou fita microporosa); • Realizar a avaliação escrita. Procedimento do curativo FALTOU ALGO? • A atividade poderá ser realizada em duplas; • Confeccionem um Estudo Dirigido sobre Coberturas (lista abaixo) colocando as principais informações para cada uma delas ( Mecanismo de ação, indicação, contraindicação e modo de usar); • Este material será utilizado (essencial) na atividade prática no laboratório da próxima aula (semiotécnica do curativo); • O material pode ser escrito à mão ou digitado. Bons estudos! ATIVIDADE PARA A PRÓXIMA AULA Hidrocoloide Características- Cobertura estéril, composta por espuma externa ou filme de poliuretano unida a um material interno, composto por carboximetilcelulose sódica, gelatina e pectina. Pode ser cortadas na medida requisitada, molda-se bem a superfície corporal, é impermeável à água. Mecanismo de ação- A interação da camada interna do curativo com a lesão, leva a formação de um gel viscoso que impede a aderência do curativo à base da úlcera.. Este gel proporciona desbridamento por autólise; estimula a neoangiogênese e promove a manutenção da umidade e do pH. Indicação- Ulceras com baixíssima exsudação e ulceras venosas em fase final de cicatrização. Contraindicação- Em feridas colonizadas ou infectadas, exsudativas e com necrose de coagulação extensa; Modo de usar : o Lavar a lesão com soro fisiológico a 0,9%; Secar a área ao redor; Colocar o curativo de hidrocolóide, posicionando de forma que ultrapasse a borda da ferida além de 2cm para aderir as pele íntegra. Não precisa de cobertura secundária; Frequência de troca: em geral de 3-7 dias ( o paciente pode tomar banho com a cobertura). Observar a saturação do produto. Exemplo Coberturas • Sulfadizina de Prata • Hidrogel • Carvão Ativado • Hidrofibra • Papaína • Alginato • AGE Referências • Almeida CE et al. Manual para realização de curativos. Cultura Médica. 2002. • Aragona SE, Mereghetti G, Alessio F, Giorgio C. From Tissue Repair to Tissue Regeneration, Wound Healing - Current Perspectives, Kamil Hakan Dogan, IntechOpen, DOI: 10.5772/intechopen.81291. 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