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MÉTODO GRAMATICAL OU LITERAL E MÉTODO EXEGÉTICO E O ESPÍRITO DO LEGISLADOR - resenha de Hermenêutica Jurídica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
ELEN CARLA BARROS LIMA 
 
 
 
 
 
 
RESENHA: MÉTODO GRAMATICAL OU LITERAL E MÉTODO EXEGÉTICO E 
O ESPÍRITO DO LEGISLADOR (PÁG. 53-58) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2020 
 
ELEN CARLA BARROS LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA: MÉTODO GRAMATICAL OU LITERAL E MÉTODO EXEGÉTICO E 
O ESPÍRITO DO LEGISLADOR (PÁG. 53-58) 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha apresentada ao professor, para obtenção de 
primeira nota na Disciplina de Hermenêutica Jurídica no 
Curso de Direito da Universidade Federal do Maranhão. 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2020 
 
MAZZOTI, Marcelo. As escolas hermenêuticas e os métodos de interpretação da lei. Barueri, 
SP: Minha Editora, 2010, p. 53-58. 
 
O autor é graduado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. 
Aperfeiçoou-se em Direito Público pela Universidade de Coimbra, Portugal. Vencedor do 
Prêmio Itaú Prof. Silas R. Gonçalves pela monografia “Hermenêutica e métodos de 
interpretação da lei”. Atualmente é professor da Faculdade Anhanguera e mestrando na 
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo - USR E advogado e membro da comissão 
de Direito Constitucional da OAB-SP. Segundo o autor a obra foi construída a partir de um 
grupo de estudos formado por acadêmicos de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie 
direcionada pelo professor Luís Rodolfo A. de Souza Dantas, e teve como objetivo primordial 
responder à questão: o que é hermenêutica? Desta forma, a obra busca elucidar essa questão 
através de um recorte histórico que perpassa os modos de interpretação, seus surgimentos e para 
além de métodos e procedimentos hermenêuticos, buscou as ideologias que os baseiam. 
No tópico 3: “Método gramatical ou literal” é discutido o papel da elaboração da 
lei, por meio da Revolução Francesa em 1789, a monarquia autocrática foi derrubada, o que 
atormentou os desejos da burguesia e levou a maioria dos franceses a mendigar. Naquela época, 
era preciso garantir que o país e sua estrutura política não fossem suscetíveis a fatores arbitrários 
e individualistas para valorizar a democracia e a igualdade. 
A forma de proteger o novo sistema é a soberania da assembleia legislativa. Por 
meio de uma instituição pluralista eleita pelos cidadãos e determinada pela vontade da maioria, 
o espírito mais autoritário é enfraquecido e, a menos que o voto da maioria seja aprovado, a 
Assembleia Geral não pode cumprir sua vontade. 
Diante do poder da Assembleia Geral e do espírito de salvação do povo, a função 
legislativa da Assembleia Constituinte foi santificada. A lei reflete todas essas lutas em nome 
do coletivo, e o povo mantém sua resolução piedosamente. 
Diz-se que o trabalho do legislador é perfeito e completo e não pode ser explicado. 
O fato está em seu entendimento objetivo, e sua clareza fornece todas as ferramentas necessárias 
para resolver disputas. 
Portanto, sob a óbvia influência da escola bíblica, um método de interpretação 
gramatical foi desenvolvido para buscar o significado literal do texto. Como a Bíblia, o Código 
francês é uma obra sagrada, portanto, seu significado não pode ser alterado. Essa pessoa é 
responsável apenas pela compreensão do texto. 
A abordagem gramatical obscurece o trabalho subjetivo dos intérpretes em defender 
a adequação da lei e consultar o corpo técnico. Oculta um ato de vontade do sujeito ao 
interpretar o sistema normativo e tratá-lo como entidade clara e definida, e seu caráter científico 
garante a justa aplicação da lei e a soberania da assembleia legislativa. 
Já no tópico 4: “Método exegético e o espírito do legislador”, é explicado que essa 
metodologia vai de acordo com as premissas das concepções de Napoleão de autossuficiência 
das leis, bem como ao completo respeito ao que já tinha sido objetivamente estabelecido. A 
maioria das obras jurídicas no Brasil usa exemplificação como sinônimo de significado literal, 
e trata dos chamados espírito legislador e espírito jurídico separadamente. 
O próprio método gramatical deve ser usado como um estudo linguístico 
introdutório normativo, o que pode, em última análise, fortalecer a descoberta da intenção 
legislativa. Portanto, o papel do intérprete passa a ser a compreensão do abstrato, que é 
entendido como o legislador. 
A filosofia de Schleiermacher é aqui como uma luva para quem pensa que o 
discurso só pode ser compreendido desviando-se do pensamento do autor. Pelo menos para fins 
de proteção, isso é um incentivo. A intenção original do palestrante. Agora, se um certo autor 
envia tal mensagem, então a coisa mais honesta é reter o significado que o remetente deseja! 
No entanto, é necessário considerar várias situações insatisfatórias. Em primeiro lugar, é preciso 
notar que em muitos casos, o legislador será omitido em alguns casos, e de nada adianta 
mencionar o seu pensamento. 
Na segunda etapa, devemos admitir que se a intenção do legislador for o sentido 
normativo, então o enunciado jurídico não Perfeito e possivelmente errado, isso promoverá um 
afastamento do método de escrita e a destruição do culto à lei. O terceiro tipo de raciocínio 
requer o estabelecimento de padrões para o estudo da subjetividade, caso contrário, a 
hermenêutica não será um método, mas o puro julgamento do intérprete. Finalmente, dado que 
o parlamento é composto por múltiplos membros e cada membro tem sua própria intenção, é 
necessário determinar exatamente de quem será a vontade explicada. 
Além disso, embora os métodos explicativos tenham ideais elevados, como todos 
os outros métodos, eles não são imunes a posições ideológicas destinadas a confirmar certos 
valores. Segundo Valat, a ideologia dominante no método de formação é uma afirmação dos 
interesses da burguesia, que foi promovida na sociedade com a Revolução Francesa e passou a 
ocupar cadeiras parlamentares. Só quando o legislador (lendo a burguesia) é dotado de toda a 
legitimidade do sentido jurídico, e ninguém mais é dotado de poder jurídico, é que seu poder 
pode ser mantido. Na prática jurídica, o problema que esse método acaba enfrentando está 
relacionado com a determinação de quem é o legislador específico, e seu espírito deve ser 
exposto. 
O trabalho de elaboração da norma implica na complexidade e diversidade de ações 
deliberadas, não apenas uma vontade única e uma vontade geral. A experiência moderna de 
Carlos Maximiliano nos mostra como isso acontece: na falsificação de uma lei, em um 
parlamento, como um cargo, geralmente composto por dois parlamentares, várias opiniões são 
fundidas e mescladas em um conjunto de ideias; cada representante do povo aceita palavras ou 
frases por motivos pessoais para o objetivo específico a que serve; há um consenso óbvio, que 
é o resultado de profundas contradições. A redação final costuma ser imprecisa e ambígua, o 
que indica que o resultado da demanda inevitável ficará comprometido em uma pequena 
demanda para transmitir a ideia principal. 
O trabalho do autor que teve como incialmente o objetivo de responder “o que é 
hermenêutica?”, proporcionou não somente esta resposta como se tornou uma obra referência 
para a disciplina, que como o mesmo se refere no final da apresentação de usa obra, perpassa 
todo o Ordenamento Jurídico “com suas visões acerca do Direito, do Estado, do político e das 
axiologias do justo”. Desta maneira, esta obra é indicada tanto a estudantes primários em Direito 
quanto aos profissionais experientes que no decurso de seus exercícios jurídicos possam 
necessitar visitar os conceitos, métodos e ideologias por trás dos métodos, pois nenhum de nós 
pode escapar da necessidade de refletir sobre o conhecimento já construído pela humanidade. 
Ainda indicaria o livro aos curiosos sobre o assunto, sejam da área do Direito ou não, dada a 
importância da obra e sua linguagem serclara, objetiva e enriquecedora de quem a ler.

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