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Moscas e Miíases

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Moscas e Miíases – 08.06.21
Miíase também é conhecida como bicheira.
Moscas podem produzir esses quadros clínicos em humanos e em diversos animais domésticos ou silvestres.
Muitas espécies de moscas também são veiculadoras de patógenos – doenças bacterianas, produzidas por helmintos, vírus, protozoários e até fungos.
As moscas acabam sendo veiculadoras de doenças pelo seu hábito alimentar – fezes, carcaças, resíduos orgânicos.
Também possuem importante papel ecológico – as larvas de várias moscas são decompositoras de carcaças ou bolos fecais, favorecendo o retorno da matéria orgânica para que seja reaproveitada por outros seres vivos.
Ordem Diptera – possuem apenas um par de asas funcionais.
Subordem Brachycera – antenas curtas.
Moscas varejeiras – cor metálica.
Cochiomya hominivorax – aquela que devora seres humanos. Se alimentam de tecidos vivos dos organismos vivos.
Dermatobia hominis – produz miíase furuncular humana e em vários animais. 
Muito frequentemente as miíases são diagnosticadas nos períodos de primavera e verão.
As miíases são produzidas pelas larvas das moscas e não pelos adultos.
A mosca Muscidae (mosca doméstica) é grande veiculadora de doenças por ter grande afinidade por seres humanos – antropofílica.
MOSCAS VAREJEIRAS: FAMÍLIA Calliphoridae
Sinantropia – grande afinidade por ambientes criados ou transformados por seres humanos.
Larvas de várias espécies dessas moscas são decompositoras de carcaças, acelerando a reposição de matéria orgânica para o ambiente e podem também ser decompositoras de bolos fecais.
Hábitos alimentares dos adultos também incluem alimentação de carcaças e bolos fecais.
As fêmeas põem os ovos em massa (coladinhos uns aos outros).
Esses ovos são postos em matéria orgânica em decomposição, carcaças e na margem de feridas assépticas (tecido vivo sem infecção) ou também feridas necrosadas.
Em uma ferida asséptica, as larvas de moscas produzem a miíase.
Quando a postura de ovos é feita em feridas necrosadas, as larvas de moscas podem ajudar na cicatrização e na recuperação desse processo necrótico – larvoterapia.
Larvas de primeiro estágio (L1) eclodem dos ovos, se alimentam, crescem e se desenvolvem, dando origem a larvas L2.
As L2 também se alimentam, crescem, desenvolvem e dão origem às larvas L3, que são maduras e tendem a abandonar o substrato do qual se alimentavam, indo até o solo.
 No solo, elas podem ou não se enterrar na superfície, dependendo da espécie, dando origem às pupas.
As pupas dão origem aos adultos.
Esse ciclo tem duração variável e o tempo de vida das moscas também é variável.
Fatores importantes para a proliferação das moscas que não são parasitas obrigatórias (não são obrigatoriamente produtoras de míiases) – esgoto a céu aberta, presença de matéria orgânica, carcaça de animais.
Aumento da veiculação de patógenos.
As Chrysomyas e as Lucillas são moscas varejeiras que vivem associadas a matéria orgânica em decomposição e podem se associar a feridas necróticas.
Circulado: adulto de mosca varejeira emergindo do pupário.
O adulto pode viver de 30 a 60 dias dependendo da espécie.
A região anterior das larvas, onde se encontra a cavidade oral, é dotada de estruturas especiais para raspar os substratos.
Elas raspam os substratos, regurgitam saliva, liquefaz o substrato e se alimenta.
Utilizam também bactérias na sua dieta – por isso larvas de algumas varejeiras podem ser utilizadas para desbridar feridas necrosadas infecciosas no corpo de indivíduos vivos.
A região posterior do corpo é marcada ela presença de dois espiráculos respiratórios que ficam sempre voltados para fora do substrato e por onde a larva retira O2 do ar para respiração – região posterior do corpo sempre fica exposta na ferida.
Esses espiráculos respiratórios podem ter vários formatos diferentes e permitem a identificação das larvas de moscas.
A parte mais estreita é a região anterior do corpo.
Larvas da C. megacephala, da C. macellaria e da L. sericata já têm sido utilizadas em larvoterapia.
C. hominivorax são parasitas obrigatórias na fase larvária – só se desenvolvem em animais nas feridas que contenham tecidos vivos.
São decompositoras, veiculadores de patógenos, parasitas acidentais ou produtoras de miíases secundárias quando há oferta de tecidos necrosados.
 
Diferenças entre macho e fêmea:
O macho tem olhos juntos (olópticos) e a fêmea com olhos mais afastados (dicópticos).
Aparelho bucal do tipo sugador formado por um labelo.
A mosca adulta também regurgita saliva sobre o substrato, liquefaz o substrato e suga.
Os pelos nas pernas e as estruturas presentes nas pernas são capazes de veicular patógenos.
Miíase = doença produzida pela larva da mosca.
Se forem tecidos vivos, a larva de mosca é parasita obrigatória.
Se forem tecidos necrosados, a larva da mosca é parasita facultativa.
Substâncias corporais líquidas = sangue e linfa.
Alimento ingerido – há larvas de moscas que frequentam o trato gastrointestinal de animais, como os equídeos, produzindo miíase orgânica.
A classificação clínica das miíases pela localização das larvas:
Miíase furunculosa – causada pela mosca do berne.
Lesões que lembram furúnculo na pele, dentro da qual será encontrada uma larva de mosca.
Miíase rasteira – superficial e relacionada a impurezas na superfície da pele.
Não chega a destruir tecidos cutâneos, mas trazem ação traumática.
Miíase ulcerosa ou traumática – produzidas por larvas de moscas que vão habitar feridas abertas no corpo de animais ou seres humanos.
Miíase cavitária – cavidade oral, nasal, orelha.
Oestrus ovis é uma mosca que parasita as narinas dos ovinos, mas já foi encontrada parasitando seres humanos.
Miíase orgânica – trato gastrointestinal (alimento ingerido).
Gasterophillus = amigo do estômago.
A classificação etiológica está relacionada ao comportamento das larvas:
A larva encontrada no bicho da goiaba é da mosca Anastrepha sp.
Ao ingerir a larva, ela passa pelo trato gastrointestinal, mas não se alimenta no organismo nem produz nenhuma lesão, então é chamada miíase falsa ou pseudomiíase.
As miíases semiespecíficas, facultativas ou secundárias (necrobiontófagas) acontecem através das larvas de moscas que habitam tecidos necróticos em animais vivos, mas também se criam em carcaças ou em fezes – podem ser utilizadas em larvoterapia.
As miíases específicas, obrigatórias ou primárias (biontófagas) são quando as larvas só se alimentam de tecidos vivos num hospedeiro vivo – parasitas obrigatórias na fase larvária.
C. hominivorax produz miíase primária/obrigatória ou cavitária.
A C. macellaria produz miíase secundária.
A C. macellaria pode ser usada em medicina legal para detectar tempo de decomposição de carcaças/cadáveres e causa de morte.
Miíase cutânea obrigatória – ficam de 10 a 12 dias se alimentando no hospedeiro.
Processo doloroso que aumenta a profundidade e o diâmetro da ferida – pode provocar hemorragias graves e odor desagradável que é atrativo para outras fêmeas de moscas, que se aproximam da ferida e põem mais ovos, potencializando mutilações e até óbito, dependendo da localização desse processo.
Quando as larvas atingem o estágio L3, abandonam o corpo do hospedeiro, se enterram no solo, dão origem às pupas, que originam os adultos. 
Se borrifar solução fisiológica sobre a ferida, podendo ser acrescida de clorofórmio ou misturada com éter ou substância repelente, essas larvas prontamente irão sair desse mergulho na pele do indivíduo e vão para a superfície da lesão, podendo ser retiradas uma por uma com pinça.
 
A C. macellaria possui três faixas negras no tórax.
As larvas de moscas que habitam carcaças ou que produzem miíase tem sempre o corpo coberto de espinhos – servem para fixação da larva como também para raspagem dos tecidos, facilitando a ingesta líquida dos tecidos após a regurgitação da saliva.
A larva da mosca das bicheiras tem uma particularidade: ao olhar a região posterior do corpo dela, podem ser vistas duas faixas negras que correspondem às traqueias, que são derivadas das aberturas respiratórias.Ovos postos na margem de uma ferida.
As larvas promovem ação traumática, tóxica (que gera processo inflamatório, levando a edema).
A ação das larvas através dos ganchos é dolorosa. 
Decompositora de carcaças – pode produzir miíase secundária.
Larvas que produzem miíase secundária podem ser induzidas e inoculadas nas feridas dos pacientes para desbridar as feridas necróticas que não respondem ao tratamento com antibióticos.
Moscas produzidas em laboratório e larvas esterilizadas são utilizadas nesse procedimento para remover os tecidos necrosados – destroem as bactérias que possam estar potencialmente causando a infecção e produzem fatores de estimulação de neoformação de tecidos, proliferação celular e cicatrização.
As larvas são colocadas em estágio L1 e não podem ser colocadas em locais onde tenham vasos calibrosos e o indivíduo não pode ser alérgico a compostos como amônia (eliminada na excreta das larvas).
 
MOSCA DO BERNE:
Derma = pele; bio = vida; hominis = homem – aquela que vive na pele do homem
As larvas da mosca do berne são parasitas obrigatórias e as moscas adultas não se alimentam (não possuem aparelho bucal).
As fêmeas da mosca do berne não são capazes de fazer a postura de ovos sobre o corpo do animal hospedeiro – ela usa outras moscas ou outros insetos, preferencialmente moscas lambedoras de suor (moscas domésticas) ou moscas hematófagas, para carregar os ovos dela.
A mosca do berne põe os ovos sobre outros insetos, de preferência os que visitem o corpo de animais de sangue quente de mamíferos, e esses insetos irão carrear os ovos.
Então, para controlar a mosca do berne, é necessário controlar outras moscas – mosca do chifre, mosca dos estábulos, mosca doméstica.
Quando a mosca doméstica vem lamber o suor estando infestada de ovos, esses ovos irão eclodir, as larvas irão captar a temperatura corporal e CO2 desses animais e penetrar ativamente na pele sem necessidade de feridas.
No caso da mosca das bicheiras é necessária ferida prévia.
As moscas do berne são moscas grandes – então elas são capazes de sobrepujar outros insetos, segura-los e fixa-los para realizar a postura de ovos.
As larvas penetram na pele, se instalam como larvas e originam L2 e posteriormente L3 – processo de 35 a 40 dias, podendo chegar a 50 dias.
Depois desse período, as larvas abandonam o corpo do hospedeiro, se enterram no solo e originam pupas, que irão dar origem aos adultos, que possuem vida curta.
Os adultos copulam e o macho morre após a cópula com 2 a 5 fêmeas e essas fêmeas irão buscar outros insetos para fazerem a postura dos ovos.
Mosca doméstica que foi capturada por uma mosca do berne e apresenta os ovos presos.
 
A parte anterior é a parte mais larga, que fica mergulhada nas porções mais profundas da miíase furunculosa.
A parte mais estreita é a posterior, onde se encontram as aberturas respiratórias. 
Não se deve espremer a larva do berne, pois corre o risco da larva de romper no corpo do hospedeiro e despejar bactérias, gerando uma miíase furuncular infeccionada.
Obstruindo a parte posterior da larva, por onde ela respira, ela sai espontaneamente da ferida.
Possui espinhos na parte anterior do corpo.
Indivíduos com problemas mentais costumam ser mais acometidos devido ao fato de serem passivos nesse processo. 
Adultos: cabeça amarela e grande, tórax cinza e abdômen azul metálico.
São moscas grandes e possuem pernas robustas para imobilizarem os outros insetos que irão transportar seus ovos.
As larvas produzem sensação de ferroadas no hospedeiro.
Quando a larva morre, a retirada é feita cirurgicamente.

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