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Ancilostomose

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Parasitologia 
ANCILOSTOMOSE 
Filo: Nemathelminthes 
Classe: Nematoda 
Superfamília: Strongyloidea 
Família: Ancylostomatidae 
Gênero: Ancylostoma 
 Espécies: Ancylostoma duodenale 
 Ancylostoma ceylanicum 
Gênero: Necator 
 Espécie: Necator americanus 
 
Nome popular: Amarelão, opilação, doença 
dos mineiros, doença do Jeca Tatu. 
 
Doença causada: Ancilostomíase – conhecida 
como amarelão ou doença Jeca Tatu. 
 
 
 
Família: Ancylostoma duodenale, Ancylostoma 
ceylanicum e Necator americanus. 
A. ceylanicum embora possa ocorrer em 
hospedeiros humanos, tem os canídeos e os felinos 
domésticos e silvestres como hospedeiros 
definitivos, enquanto os outros dois são 
ancilostomatídeos humanos. 
 Os ancilostomídeos A. duodenale e Necator 
tem uma longevidade média de 5 anos, mas o 
Necator pode sobreviver até 18 anos em infectados. 
 
 Ancylostoma Duodenale: Machos e fêmeas 
adultos cilindriformes, com a extremidade 
anterior curvada dorsalmente. Tem cápsula 
bucal profunda, com 2 pares de dentes 
ventrais na margem interna da boca e 1 par 
de lancetas no fundo. Os dentes servem para 
se fixarem na parede do intestino. 
Machos medem de 8 a 11 mm de 
comprimento por 400 µm de largura, e 
fêmeas de 10 a 18 mm de comprimento por 
600 µm de largura. Em ambos os sexos, a cor 
é róseo-avermelhada quando vivos, e 
esbranquiçada quando mortos. 
Os machos possuem extremidade 
posterior imitando a cabeça de um prego, 
com bolsa copuladora bem desenvolvida. 
Enquanto a fêmea possui extremidade 
posterior afilada, com pequeno espinho 
terminal. 
 
 Ancylostoma Ceylanicum: Adultos com 
morfologia semelhante à de A. duodenale. 
Apresenta cápsula bucal com 2 pares de 
dentes ventrais, um deles grande e outro 
minúsculo. Machos medem 8 mm de 
comprimento por 360 µm de largura e fêmeas 
10 mm de comprimento por 440 µm de 
largura. 
 
 
 
 Necator Americanus: Adultos de forma 
cilíndrica, com extremidade cefálica bem 
curvada dorsalmente. Possui cápsula bucal 
profunda com 2 lâminas cortantes na margem 
interna da boca e 1 dente longo ao fundo, 
sustentado por uma placa subdorsal e duas 
lancetas (dentículos). 
Machos são menores que as fêmeas, 
medindo de 5 a 9 mm de comprimento por 300 
µm de largura, e fêmeas de 9 a 11 mm de 
comprimento por 350 µm de largura. Sua 
coloração é róseo-avermelhada quando vivos, 
e esbranquiçada quando mortos. 
Machos possuem extremidade 
posterior expandida para formar a bolsa 
copuladora (imitando a cabeça de um prego). 
E as fêmeas possuem abertura genital próxima 
ao terço anterior do corpo. 
 
 
 
 
 Parasitologia 
 
 
Morfologia do ovo: Não se desenvolvem dentro 
das fezes, eles precisam de boa oxigenação, 
temperatura adequada e umidade para o seu 
embrionamento. São produzidos 9.000 ovos por 
dia (Necator) e 20 a 30.000 ovos por dia (A. 
Duodenale e A. Ceylanicum). 
Possuem forma oval, casca fina com 2 
membranas lisas, contém blastômeros e seu 
tamanho é de 60 µm por 40 µm. 
 
 
 
Habitat: Intestino delgado do homem, onde vivem 
agredindo a mucosa sugando sangue e 
reproduzindo-se. 
 
Ciclo biológico: Monoxênico. 
 
 Hospedeiro definitivo: Homem. 
 
Durante o desenvolvimento, duas fases são 
bem definidas: a primeira, que se desenvolve no 
meio exterior, que é de vida livre, e a segunda, 
que se desenvolve dentro do hospedeiro 
definitivo. 
Os ovos dos ancilostomídeos depositados 
pelas fêmeas (após a cópula), no intestino 
delgado do hospedeiro, serão eliminados para o 
meio exterior através das fezes. No solo, eles 
precisam de um ambiente propício, com boa 
oxigenação, alta umidade e temperatura elevada, 
para embrionar e eclodir. 
A infecção só ocorre quando as larvas 
penetram através da pele ou passivamente, por 
via oral. 
Quando a infecção é através da 
penetração na pele, em torno de 30 min a larva 
atinge a circulação sanguínea e linfática, chegam 
ao coração através da veia cava, e pelas artérias 
pulmonares chegam aos pulmões. Quando 
atingem os alvéolos, elas migram para os 
bronquíolos, dos brônquios atingem a traqueia, 
faringe e laringe, sendo então deglutidas 
atingindo o intestino delgado. 
Quando é por via oral, principalmente 
através da ingestão de alimentos ou água 
contaminados, as larvas perdem a cutícula 
externa no estômago por ação da sua acidez, e 
depois migram ao intestino delgado onde se 
fixam. Em adultos, a cópula tem início e os ovos 
logo começam a ser postos, sendo eliminados 
através das fezes. 
 
 
 
 
Transmissão: 
 Ancylostoma – via oral ou transcutânea 
(penetrando na pele), sendo a via oral mais efetiva; 
 Necator – via transcutânea considerada mais 
infectiva. 
 
Patogenia: Determinada por etiologia primária ou 
secundária. A etiologia primária está relacionada com 
a migração das larvas (alterações pulmonares) e a 
implantação do parasito no intestino delgado do 
hospedeiro. E a etiologia secundária, em razão da 
permanência do parasito no intestino delgado, vários 
fenômenos estão associados (espoliação). 
 Parasitologia 
 Inicialmente, provocam lesões mecânicas no 
local da implantação da cápsula bucal, causando 
irritação e espoliação sanguínea, pois elas sugam o 
sangue afim de obter oxigênio e glicose (fase de 
penetração na pele). Podem ocorrer alterações 
pulmonares, provocadas pelas larvas ao perfurarem 
os alvéolos, ocasionando um quadro semelhante a 
pneumonia – Síndrome de Löeffler (fase de migração 
da larva). Ou também lesões na mucosa intestinal, 
causando ulcerações e diminuindo a absorção de 
nutrientes, espoliação sanguínea (pois aumenta a 
perda sanguínea levando à casos de anemia e 
desnutrição profunda), graves hemorragias, necrose, 
espessamento da parede do intestino com edema e 
inflamação (fase de instalação dos vermes adultos no 
intestino delgado). 
 
Sintomas: Dor epigástrica, diminuição do apetite, 
fraqueza, dispneia (dificuldade de respirar), 
indigestão, cólica, indisposição, palidez, náuseas, 
vômitos, flatulências, pode causar diarreia 
sanguinolenta ou não, e com menos frequência, 
constipação. 
 
Diagnóstico: Clínico, analisando sintomas cutâneos, 
pulmonares e intestinais, seguidos ou não de anemia. 
E o exame parasitológico de fezes (EPF), por método 
qualitativo indicando a presença ou não de ovos nas 
fezes do hospedeiro. 
 
Epidemiologia: Ocorre preferencialmente em 
crianças com mais de 6 anos, adolescentes e 
indivíduos mais velhos, independentes do sexo. 
Nesses indivíduos, os parasitos podem sobreviver até 
18 anos. 
Os ovos dos parasitos se desenvolvem bem em 
locais temperados e tropicais, com luz solar indireta e 
com solo arenoso e úmido, ricos em matéria orgânica. 
 
 Ancylostoma Duodenale: Predominante em 
regiões temperadas, embora ocorre também 
em regiões tropicais, onde o clima é 
temperado. 
 
 Necator Americanus: Ocorre em regiões 
tropicais, onde predominam temperaturas 
altas. 
 
Distribuição geográfica: Regiões de clima 
temperado e tropical. 
 
Profilaxia: Aplicação de medidas preventivas como 
engenharia sanitária (saneamento básico), educação 
sanitária e suplementação alimentar de Fe e 
proteínas. Dar destino seguro às fezes humanas 
(privadas e fossas), lavar sempre as mãos antes das 
refeições, lavar os alimentos que são consumidos 
crus, beber água filtrada ou previamente fervida, usar 
calçados e luvas ao frequentar locais ou manipular 
objetos contaminados e fazer o tratamento adequado 
das pessoas parasitadas. 
 
Tratamento: Uso de vermífugos à base de pirimidinas 
(Pomoato de Pirantel) e de Benzimidazois 
(Mebendazol e Albendazol) são os mais indicados. 
Além do uso de medicamentos, o paciente deve 
receber uma Alimentação Suplementar rica em 
proteínas e Fe. O tratamento com Sulfato Ferroso 
também pode ser indicado.

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