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Peça 1 - Constitucional

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Nome dos Integrantes: 
Carolina Siqueira – 81725880 
Mellyssa Rocha Bernardes – 81725994 
Stefany Ribeiro de Paula - 81711536 
 
 
PEÇA CASO 1 – PRÁTICA CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVA Empresa AQUATRANS é 
concessionária de transporte público aquaviário no Estado X há sete anos e foi surpreendida com a 
edição do Decreto nº 1.234 do Poder Executivo Estadual, que na qualidade de Poder Concedente, 
declarou a caducidade da concessão e fixou o prazo de 30 dias para assumir o serviço, ocupando as 
instalações e os bens reversíveis. A concessionária, inconformada com a medida, especialmente 
porque jamais fora cientificada de qualquer inadequação na prestação do serviço, procura-o (a), na 
qualidade de advogado (a), e o contrata para ajuizar a medida judicial pertinente para discutir a 
juridicidade do decreto, bem como para assegurar à concessionária o direito de continuar prestando 
o serviço até que, se for o caso, a extinção do contrato se opere de maneira regular. Elabore a peça 
processual adequada, levando em consideração que a matéria não demanda qualquer dilação 
probatória e que se deve optar pela medida judicial cujo rito, em tese, seja o mais célere. 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO 
ESTADO X 
 
 
AQUATRANS, pessoa jurídica de direito privado, concessionária de serviço público, inscrita sob o CNPJ 
nº..., com sede na Rua..., endereço eletrônico, vem, pelo seu advogado infrafirmado, com procuração 
anexa, endereço profissional na Rua..., onde doravante serão encaminhadas todas as intimações do 
feito, impetrar 
 
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR 
 
Contra ato do GOVERNADOR DO ESTADO X, agente público, com endereço profissional na Rua..., 
endereço eletrônico, e em face do ESTADO X, pessoa jurídica de direito público interno, CNPJ nº..., 
com sede na Rua..., endereço eletrônico, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
I – DO CABIMENTO 
É cabível o presente Mandado de Segurança com fulcro no art. 5º, LXIX da CRFB e art. 1º da Lei nº 
12016/09, por se tratar de violação a direito líquido e certo do impetrante. 
A luz do artigo 23 da Lei nº 12.016/09, entende-se que para a interposição do mandado de segurança, 
tem o lesado, um prazo de 120 dias para defender seus direitos. 
Assim, resta claro e tempestivo o presente mandado de segurança. 
 
II – DOS FATOS 
A Impetrante é concessionária do serviço público de transporte aquaviário no Estado X há sete anos e 
foi surpreendida com a edição do Decreto 1.234, da Autoridade Coatora, que, na qualidade de Poder 
Concedente, declarou a caducidade da concessão e fixou o prazo de trinta dias para assumir o serviço, 
ocupando as instalações e os bens reversíveis. 
A Impetrante, então, inconformada com a medida, porque jamais fora cientificada de qualquer 
inadequação na prestação do serviço, vem impetrar Mandado de Segurança contra o ato que declarou 
a caducidade da concessão. 
 
III – DA LIMINAR 
O art. 7º, III da Lei nº 12016/09 prevê a possibilidade de concessão de liminar em Mandado de 
Segurança desde que presentes o fundamento relevante do pedido e o perigo de ineficácia da medida. 
O perigo de ineficácia da medida decorre do fato de que a impetrante, com a declaração da 
caducidade do contrato de concessão, sem se programar para tal, poderá sofrer um prejuízo de difícil 
reparação à posteriori. 
Já o fundamento relevante do pedido se baseia no disposto no art. 38, §§2º e 3º da Lei 8.987/95, o 
qual exige que a declaração de caducidade seja precedida de verificação de inadimplência da empresa 
concessionária, e que nesta é assegurada a ampla defesa. 
Portanto, deve o ato ser suspenso o ato coator, determinando-se a manutenção da prestação dos 
serviços pela impetrante até o julgamento final do feito. 
 
IV – DA NULIDADE DO DECRETO 1.234 E DA AUSENCIA DE PRAZOS 
Inicialmente, o art. 35, III da Lei nº 8987/95, prevê que os contratos de concessão podem ser extintos, 
entre outros, por declaração de caducidade. Vejamos: 
 
“Art. 35. Extingue-se a concessão por: 
[...] 
III - caducidade;” 
 
A caducidade, via de regra, é declarada pelo poder concedente em casos inexecução do contrato de 
concessão de serviço público, seja ela parcial ou total. 
Junta-se ao raciocínio, o exposto no artigo 5º, inciso LIV da Constituição Federal/88 na qual, entende 
que: 
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem 
o devido processo legal” 
 
No mesmo sentido, de acordo com o art. 38: 
“Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, 
a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da 
concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas 
as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas 
convencionadas entre as partes 
§ 2o A declaração da caducidade da concessão deverá ser 
precedida da verificação da inadimplência da concessionária 
em processo administrativo, assegurado o direito de ampla 
defesa. 
§ 3o Não será instaurado processo administrativo de 
inadimplência antes de comunicados à concessionária, 
detalhadamente, os descumprimentos contratuais referidos 
no § 1º deste artigo, dando-lhe um prazo para corrigir as 
falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento, 
nos termos contratuais” 
 
A Impetrante, fora informada através do Decreto 1234, da caducidade de sua concessão de serviços 
junto ao Estado X. Ainda, este decreto fixava um prazo de 30 dias para o fim do contrato de concessão. 
Ressalta-se que, antes da instauração do processo supramencionado, a concessionária deveria ter sido 
notificada com as informações detalhadas acerca da sua inadimplência, oferecendo- -lhe um prazo 
para corrigi-las. Assim, se a concessionária se enquadrar após essa notificação, o processo 
administrativo deve, sequer, ser instaurado. 
Dessa forma, além da violação da norma no dispositivo citado, houve a violação ao princípio do devido 
processo legal, conforme art. 5º, LIV da CRFB, haja vista que o procedimento previsto legalmente não 
fora observado; e aos princípios do contraditório e ampla defesa, conforme art. 5º, LV da CRFB, uma 
vez que não houve notificação da concessionária e tampouco oportunidade de apresentar defesa. 
 
V - DOS PEDIDOS 
Diante de todo o exposto, requer: 
A) a notificação da Autoridade Coatora para que preste informações na forma da lei; 
b) a ciência do órgão de representação judicial do Réu para, querendo, integrar a lide; 
c) a ratificação da medida liminar com a procedência do pedido, determinando anulação do ato 
impugnado pela não observância do devido processo legal e, consequentemente, a manutenção da 
prestação dos serviços pela Impetrante até que se encerre o contrato. 
 
Nestes termos, pede o deferimento. 
Local..., Data... 
______________________________ 
Advogado..., OAB...,

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