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Heranças Ligadas aos Cromossomos Sexuais

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Heranças 
Ligadas aos 
Cromossomos 
Sexuais 
Espécie Humana: 23 cromossomos = 46 
cromossomos 
23 cromossomos = célula sexual (gametas) = n 
haploide 
46 cromossomos = células somáticas = 2n diploide 
Herança Ligada ao cromossomo X 
OBS: Doenças genéticas humanas ligadas ao X 
são muito mais comuns em homens do que em 
mulheres devido ao padrão de herança ligada ao 
X. 
Os cromossomos humanos X e Y determinam o 
sexo biológico de uma pessoa, com XX 
determinando sexo feminino e XY determinando 
sexo masculino. Apesar do cromossomo Y conter 
uma pequena região similar ao cromossomo X, de 
forma que eles podem parear durante a meiose, 
ele é muito menor e contém muito menos genes. 
Para quantificar essa diferença, o cromossomo X 
tem cerca de 800-900, genes codificadores de 
proteínas com uma ampla variedade de funções, 
enquanto que o Y tem apenas 60-70, genes 
codificadores de proteínas, dos quais cerca da 
metade são ativos somente nos testículos. 
O cromossomo Y humano desempenha um papel 
fundamental para a determinação do sexo de um 
embrião em desenvolvimento. Isto é causado 
principalmente por um gene chamado SRY (região 
determinante de sexo do Y, do inglês "sex-
determining region of Y"). SRY está localizado no 
cromossomo Y e codifica uma proteína que ativa 
outros genes necessários para o 
desenvolvimento masculino. 
 Embriões XX não possuem SRY, levando ao 
desenvolvimento do sexo feminino. 
 Embriões XY possuem SRY, levando ao 
desenvolvimento do sexo masculino. 
Em casos raros, erros durante a meiose podem 
transferir o SRY do cromossomo Y para o 
cromossomo X. Se um cromossomo X que possui 
SRY fertilizar um óvulo normal, resultará em um 
embrião cromossomicamente do sexo feminino 
(XX) e que se desenvolve como do sexo 
masculino. 
Se um cromossomo Y deficiente de SRY fertilizar 
um óvulo normal, resultará em um embrião 
cromossomicamente do sexo masculino (XY) e 
que se desenvolve como do sexo feminino 
OBS: nem todas as espécies com cromossomos X 
e Y possuem o gene SRY. 
 Uma vez que o indivíduo do sexo feminino tem 
dois cromossomos X, ele terá duas cópias de cada 
gene ligado ao X. 
Doenças genéticas associadas ao 
cromossomo X 
Em humanos, os alelos para certas anomalias 
(incluindo algumas formas de daltonismo, 
hemofilia e distrofia muscular) são ligados ao X. 
Estas doenças são muito mais comuns em 
homens do que em mulheres em razão de seu 
padrão de herança ligado ao X. 
Hemofilia 
alelo recessivo; deficiência do fator VIII 
A hemofilia é causada por uma mutação em 
qualquer um de dois genes, ambos localizados no 
cromossomo X. Os dois genes codificam proteínas 
que auxiliam na coagulação sanguínea 
 
A hemofilia é uma doença que provoca 
sangramentos prolongados devido a 
anormalidades ou deficiência na atividade de 
fatores de coagulação, em especial os fatores VIII 
e IX 
A hemofilia não é contagiosa e acomete homens 
com maior frequência, sendo muito rara no sexo 
feminino. A doença é conhecida por ser 
hereditária, porém há também a chamada 
hemofilia adquirida, a qual é rara e apresenta 
origem autoimune. 
Anomalias do cromossomo X são relativamente 
benignas quando comparadas às anomalias 
autossômicas análogas. Mulheres com 3 
cromossomos X são quase sempre normais física 
e mentalmente e férteis. Isto contrasta com todas 
as trissomias autossômicas conhecidas cujos 
efeitos são devastadores. 
Daltonismo 
Daltonismo é uma alteração da visão que se 
caracteriza pela incapacidade de distinguir 
algumas cores, principalmente o verde do 
vermelho. Assim como a hemofilia, o daltonismo 
é um exemplo de herança ligada ao sexo. 
O daltonismo é determinado por um gene 
recessivo ligado ao cromossomo X, simbolizado 
por Xd enquanto que o gene alelo dominante, que 
condiciona a visão normal, é simbolizado por XD 
cerca de 97% dos daltônicos são do sexo 
masculino. 
Herança ligada ao cromossomo y 
Herança holândrica, ligada ao cromossomo Y ou 
herança restrita ao sexo. 
Um gene que tem um papel importante nesse fato 
é o TDF (iniciais de testis-determining factor), 
também chamado de SRY (iniciais de sex-
determining region of Y chromossome), que 
codifica o fator determinante de testículos, 
determina o sexo/ desenvolvimento dos genitais 
masculinos no embrião. 
Hipertricose 
A Hipertricose (também conhecida como a 
síndrome do lobisomem) é uma doença 
extremamente rara, caracterizada por um 
crescimento excessivo de pelos. As pessoas 
acometidas por este distúrbio apresentam a pele 
toda coberta de pelos, exceto as palmas das mãos 
e dos pés. Só foram relatados 50 casos, desde a 
idade média. 
Herança limitada ao sexo 
Envolvem genes encontrados nos dois sexos, mas 
só se manifestam em um deles. São genes que 
determinam certo caráter e expressam-se 
melhor de acordo com o sexo. São ativados pelos 
hormônios 
OBS: é uma herança autossômica, uma vez que 
estão nos cromossomos autossômicos e não 
sexuais. 
Ex: produção de leite materno 
Herança influenciada PELO SEXO 
Também é uma herança autossômica. 
Caracteriza-se pela variação de dominância e 
recessividade de genes em função do sexo. 
Influenciado também por hormônios. 
Ex Calvície (alopecia androgenética). 
Inativação do cromossomo x 
Na inativação do X, um cromossomo X é 
compactado "amassado em uma bolinha"), para 
formar uma estrutura pequena e densa chamada 
de corpúsculo de Barr. A maioria dos genes no 
corpúsculo de Barr são inativos, o que significa 
que eles não são transcritos. 
Uma mulher tem dois cromossomos X, um do pai 
e um da mãe. Qual deles ela irá inativar? A 
inativação do X é um processo aleatório que 
ocorre separadamente em células individuais 
durante o desenvolvimento embrionário. Uma 
célula pode desligar o X paterno, enquanto sua 
vizinha pode desligar o X materno ao invés. 
 
Hipótese de Lyon 
de acordo com a hipótese de Lyon, 1 dos 2 
cromossomos X em cada célula somática 
feminina é inativado geneticamente muito cedo na 
vida embrionária (por volta do 16º dia). De fato, não 
importa quantos cromossomos X estejam 
presentes, todos, menos 1, serão inativados. 
Entretanto, estudos de genética molecular 
demonstraram que alguns genes do cromossomo 
X inativado permanecem funcionantes, e esses 
poucos são essenciais para o desenvolvimento 
feminino normal. 
O gene XIST é responsável pela inativação dos 
genes do cromossomo X, produzindo RNA que 
desencadeia a inativação. 
O X inativo pode ser materno ou paterno, e qual 
dos dois será o cromossomo inativado é um 
evento aleatório dentro de cada célula no 
momento da inativação; o mesmo X permanece 
inativo em todas as células descendentes. 
Mecanismos de compensação de 
dose 
Alguns genes continuam se expressando em 
ambos os cromossomos X nos braços p e q. 
Em 1949, o pesquisador inglês Murray Barr 
descobriu que há uma diferença entre os núcleos 
interfásicos das células masculinas e femininas: 
na periferia dos núcleos das células femininas 
dos mamíferos existe uma massa de cromatina 
que não existe nas células masculinas. 
(corpúsculo de Barr; essa cromatina possibilita 
identificar o sexo celular dos indivíduos pelo 
simples exame dos núcleos interfásicos). 
Alguns autores acreditam que a inativação do 
cromossomo X da mulher seria uma forma de 
igualar a quantidade de genes nos dois sexos. 
Análise de cariótipo 
46, XY, del (8) (q21) 
 46, XY = indivíduo do sexo masculino com 
número de cromossomos normais. 
 Del (8) (q21) = deleção no braço longo do 
cromossomo 8, região 2, banda 1 
Azoospermia 
Caracterizada pela ausência total de 
espermatozoides no sêmen. 
Pode ter causa obstrutiva ou não obstrutiva. 
Dependendo da causa, pode ter tratamento clínico 
ou cirúrgico. 
 
17q12.4 
 17: cromossomo 
 Q: braço longo 
 1: região 
 2: banda 
 4: sub-banda 
Alterações dos cromossomos 
sexuais distúrbios clínicos 
As anomalias doscromossomos sexuais ocorrem 
quando a pessoa não tem um cromossomo sexual 
inteiro (chamado monossomia) ou tem um 
cromossomo sexual extra (um extra é chamado 
trissomia). As anomalias podem também ocorrer 
quando a pessoa não tem uma parte de um 
cromossomo sexual (um quadro clínico 
denominado deleção) 
Síndrome de Klinefelter: 
É uma anomalia do cromossomo sexual, na qual 
os meninos nascem com dois cromossomos X e 
um Y (XXY). 
→ Os meninos podem ter dificuldades de 
aprendizagem, braços e pernas longos, 
testículos pequenos e infertilidade. 
→ Suspeita-se do diagnóstico na puberdade, 
quando a maioria dos sintomas se 
desenvolve. 
→ Tratamento com testosterona pode 
beneficiar algumas pessoas 
A síndrome de Klinefelter é a doença relacionada 
a cromossomo sexual mais frequente, e ocorre 
em aproximadamente um em cada 500 nascidos 
vivos do sexo masculino. A maioria dos meninos 
herda o cromossomo X extra da mãe. 
Alguns meninos afetados têm três, quatro ou até 
mesmo cinco cromossomos X junto com o Y. À 
medida que o número de cromossomos X 
aumenta, a gravidade da deficiência intelectual e 
das anomalias físicas também aumenta. 
Os hormônios melhoram a densidade óssea, 
tornam fraturas menos prováveis e estimulam o 
desenvolvimento de uma aparência mais 
masculina. Terapia de reposição hormonal pode 
ajudar a diminuir alguns problemas 
comportamentais e de desenvolvimento. 
 
A síndrome é originada por falhas ocorridas na 
disjunção do cromossomo sexual na anáfase 
durante a meiose I, meiose II ou mitose, levando a 
existência de cromossomos X extras. 
 
Síndrome de Rett: 
Síndrome de Rett é uma doença genética rara 
não-hereditária que afeta, na esmagadora 
maioria dos casos, pessoas do sexo feminino e a 
maneira como o cérebro dessas pessoas se 
desenvolve. Ao longo do tempo, as crianças que 
nascem com a doença passar a desenvolver 
problemas crescentes com movimentos, 
coordenação e comunicação, podendo, inclusive, 
prejudicar a capacidade de usar as mãos, andar e 
de comunicar-se com outras pessoas. 
A síndrome de Rett é causada por cerca de 200 
mutações genéticas que ocorrem no cromossomo 
sexual X, mais especificamente no gene MECP2, 
em aproximadamente oito pontos específicos 
deste gene. A síndrome de Rett nem sempre é 
causada por uma mutação do MECP2, mas pode 
ser provocada por deleções gênicas parciais, 
mutações em outros genes (p. ex., os genes 
CDKL5 e FOXG1) que afetam o desenvolvimento do 
encéfalo na síndrome de Rett atípica, mutações 
em outras partes do gene MECP2 e, 
possivelmente, em outros genes que ainda não 
foram identificados. 
Além disso, a doença raramente pode ser 
hereditária. As mutações genéticas que provocam 
a síndrome geralmente ocorrem de forma 
espontânea e aleatória. 
→ Crescimento lento 
→ Perda de movimento e coordenação 
→ Perda de habilidades de comunicação e 
pensamento 
→ Movimentos anormais das mãos 
→ Movimento incomum dos olhos 
→ Problemas respiratórios 
Trissomia do X 
A trissomia do X é uma anomalia de cromossomo 
sexual comum, na qual as meninas nascem com 
três cromossomos X (XXX). 
A síndrome da trissomia do X raramente causa 
anomalias físicas óbvias. Meninas com síndrome 
da trissomia do X podem apresentar inteligência 
levemente abaixo da média, problemas com as 
habilidades verbais e mais problemas escolares 
que seus irmãos e irmãs. Às vezes, a síndrome 
causa irregularidade menstrual e infertilidade. 
Contudo, algumas mulheres com síndrome da 
trissomia do X já deram à luz crianças fisicamente 
normais com cromossomos normais. 
Casos extremamente raros de bebês com quatro 
ou até mesmo cinco cromossomos X já foram 
identificados. Quanto mais cromossomos X a 
menina apresentar, maior é a probabilidade de ela 
ter deficiência intelectual e anomalias físicas.

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