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SchistosomaSchistosoma mansonimansoni CLASSIFICACLASSIFICAÇÇÃOÃO CLASSE CLASSE �� TrematodaTrematoda ORDEM ORDEM �� DigeneaDigenea FAMFAMÍÍLIA LIA �� SchistosomatidaeSchistosomatidae GÊNERO GÊNERO �� SchistosomaSchistosoma ESPESPÉÉCIE CIE �� SchistosomaSchistosoma mansonimansoni �� SchistosomaSchistosoma haematobiumhaematobium �� SchistosomaSchistosoma japonicumjaponicum �� SchistosomaSchistosoma intercalatumintercalatum �� SchistosomaSchistosoma mekongimekongi � Schisto = fenda + Soma = corpo SCHISTOSOMA (corpo em forma de fenda) � Schistosoma mansoni � Ocorre na África, Antilhas e América da Sul. � esquistossomíase mansônica ou intestinal - vênulas da parede do intestino grosso, sigmóide e reto, com sintomas predominantemente intestinais. � formas mais graves: hepatoesplenomegalia, hipertensão do sistema porta ou outras manifestações patológicas. � Brasil: xistossomose, xistosa, doença dos caramujos, moléstia de Pirajá da Silva, barriga d‘água. � Gênero Biomphalaria (moluscos de água doce) - hospedeiros intermediários do Schistosoma mansoni � Schistosoma haematobium � Esquistossomose vesical ou hematúria do Egito � África, Bacia do Mediterrâneo e Oriente Médio. � Hospedeiro intermediário � Moluscos do gênero Bulinus � São eliminados pela urina. �� SchistosomaSchistosoma japonicumjaponicum � Esquistossomose intestinal (moléstia de Katayama) � China, Japão, Ilhas Filipinas e sudeste asiático � Hospedeiro intermediário � Moluscos do gênero Oncomelania. � Vivem no sistema porta intra-hepático. � São eliminados pelas fezes. � MORFOLOGIA Macho � Mede 1 cm, cor esbranquiçada, corpo dividido em 2 porções: Anterior � ventosa oral e ventral Posterior � canal ginecóforo Fêmea � Mede 1,5 cm, cor mais escura, corpo dividido em 2 porções: Anterior � ventosa oral e ventral Posterior � glândulas vitelinas e ceco Schistossoma mansoni - fêmea Schistossoma mansoni – fêmea dentro do canal ginecóforo do macho MORFOLOGIA Ovo � oval e apresenta lateralmente um espículo voltado para trás (longevidade do ovo maduro:3 a 4 semanas). Miracídio� Cilíndrico e ciliado (vivem cerca de 8 a 10 horas). Esporocisto Cercária � possuem 2 ventosas � oral e ventral, possui 1 corpo e 1 cauda (vivem cerca de 8 a 12 horas) Esquistossômulo � Forma intermediária entre a cercária e forma adulta. Schistossoma mansoni - ovos � HABITAT � Vermes adultos � Sistema porta intra- hepático � Acasalamento e postura � Plexo hemorroidário � terminais da veia mesentérica inferior. � CICLO BIOLÓGICO � Tipo heteroxênico � TRANSMISSÃO � Através da penetração ativa das cercárias na pele e mucosas � Áreas mais atingidas � pés e pernas � Locais de maior transmissão � Valas de irrigação, açudes, pequenos córregos � PATOGENIA (Esquistossomose aguda) � CERCÁRIA � Dermatite cercariana: sensação de comichão, eritema, edema, pequenas pápulas e dor. � ESQUISTOSSÓMULOS � 3 dias após são levados aos pulmões e 1 semana depois estão nos vasos do fígado (febre, eosinofilia, linfadenopatia, esplenomegalia, hepatomegalia e urticária). Forma toxêmica. � VERMES � Os mortos causam lesões no fígado Ação espoliadora � Consomem 2,5 mg de ferro por dia Cercária S mansoni � OVOS � ESQUISTOSSOMOSE AGUDA Fase pré-postural: 10 a 35 dias após infecção: � Assintomática ou inaparente � Mal estar, febre, tosse, hepatite aguda Fase aguda: 50 a 120 dias após a infecção: � Disseminação de ovos, provocando a formação de granulomas, caracterizando a forma toxêmica Forma toxêmica � Sudorese, calafrios, emagrecimento, fenômenos alérgicos, cólicas, hepato-esplenomegalia discreta, alterações das transaminases, etc. � ESQUISTOSSOMOSE CRÔNICA Forma intestinal � A maioria benigna Casos crônicos � Fibrose da alça retossigmóide, ↓ do peristaltismo e constipação constante (prisão de ventre). � Diarréia, dor abdominal, tenesmo (cont. musc. lisa) emagrecimento, etc. � Formação de numerosos granulomas (presença de grande número de ovos num determinado ponto) graves � Esquistossomose crônica Forma hepática � fígado aumentado e doloroso à palpação. Formação de numerosos granulomas. Fibrose com lobulações � Parênquima íntegro Fibrose periportal� Obstrução dos ramos intra hepáticos da veia porta � Hipertensão portal obs: os ovos ficam retidos nos capilares dos espaços porta do fígado. Schistosoma mansoni Schistossoma mansoni - granuloma schistossomótico em fígado, causado pela presença de ovos do parasito (setas). Forma esplênica � Devido à congestão do ramo esplênico � Esplenomegalia Consequências �Desenvolvimento da circulação colateral anormal intra-hepática e de anastomoses do plexo hemorroidário, umbigo, esôfago, região inguinal � Formação de varizes esofagianas � DIAGNÓSTICO � Laboratorial � Exame de fezes � Biópsia retal, biópsia hepática � Exames sorológicos � Intradermoreação � ELISA, Fixação do complemento, IFI �� EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA �� AmplaAmpla distribuidistribuiççãoão geogrgeográáficafica ((ÁÁfricafrica, , AntilhasAntilhas e e AmAmééricarica do do SulSul)) �� IdadeIdade ((faixafaixa etetááriaria maismais jovemjovem)) �� MeioMeio ambienteambiente favorfavoráávelvel ((temperaturatemperatura e e luminosidadeluminosidade)) �� SusceptibilidadeSusceptibilidade do do moluscomolusco ((BiomphalariaBiomphalaria)) �� PresenPresenççaa de de pessoaspessoas infectadasinfectadas eliminandoeliminando ovosovos viviááveisveis nasnas fezesfezes.. � TRATAMENTO � Oxamniquine (Mansil ou Vansil) (Age sobre as formas adultas do parasito) 15 mg/kg de peso do paciente, dose única, por via oral. Crianças com menos de 30 kilos � 20 mg/kg de peso, em duas doses de 10 mg/kg, com intervalo de 4 a 6 horas. � Praziquantel (CESTOX, CISTICID, BILTRICID) (Age sobre as formas adultas do parasito) 40 mg/kg de peso do paciente, dose única, via oral. � PRAZIQUANTEL � MODO DE AÇÃO: � A droga atua aumentando a permeabilidade da membrana ao cálcio, o que causa contrações e paralisia da musculatura dos parasitas. � Os efeitos neuromusculares levam à maior motilidade e paralisia espasmódica, causando o desprendimento e desintegração dos parasitas no intestino. � PRAZIQUANTEL � Utilizado para tratamento da esquistossomose, cisticercose e infecções por cestóides e trematódeos do fígado, pulmões e intestino. � A droga alcança excelentes níveis terapêuticos no fígado e tecido muscular, e atravessa a barreira hematoencefálica chegando também ao cérebro e líquido cefalorraquidiano. � PROFILAXIA � No contexto geral: � Saneamento básico � Educação sanitária � Tratamento dos doentes � Combate ao molusco presentes nos focos peridomiciliares através de moluscocidas. Caramujos hóspedes de esquistomomas MOLUSCOS TRANSMISSORES DA Esquistossomose mansônica ���� Biomphalaria glabrata ���� Biomphalaria tenagophila ���� Biomphalaria straminia (Ceará) FASCIOLA HEPATICA Ciclo vital dos trematódeos O verme adulto (A) põe ovos (B) que, embrionados, liberam no meio líquido uma larva ciliada, o miracídio (C). Este nada, até penetrar em um molusco hospedeiro, perdendo seu epitélio ciliado e adotando a forma sacular: é o esporocisto (D). No interior deste, forma-se, por brotamento, uma 2ª geração larvária – as rédias – capazes também de formar rédias de 3ª geração (E). Estas rédias (F) produzem uma nova geração larvária – as cercárias (G) – que voltam ao meio aquático e nadam até penetrarem em um hospedeiro vertebrado (hospedeiro definitivo). Ou encistam-se na vegetação (ou outros animais) – são as metacercárias (H) – que, ingeridas por determinados vertebrados, transformam-se a final nos estádios juvenis do trematódeo (I) que evoluem para vermes adultos (A). Algumas espécies não apresentam todas as fases aqui mencionadas. Agente etiológico: Fasciola hepatica. Doença: fasciolíase, fasciolose ou distomatosehepática. Morfologia: Verme adulto - aspecto foliáceo, cor acinzentada, mede 2 a 4 cm, sendo achatado dorsoventralmente e com extremidades afiladas. Possui uma ventosa oral (a) e pouco atrás uma ventosa ventral ou acetábulo (b). Seu sistema digestório é extremamente ramificado. Esquema de uma Fasciola hepatica com destaque para o sistema digestório Fasciola hepatica Ciclo: heteroxênico Hospedeiro definitivo: herbívoros (principalmente bovinos, ovinos e caprinos). Ocasionalmente homem Hospedeiro intermediário: moluscos de água doce do gênero Lymnaea. Habitat : Vesícula e canais biliares de vertebrados. Alimentam-se de bile e tecidos necrosados Cada helminto produz de 4 mil a 50 mil ovos/dia. Ciclo vital da Fasciola Os ovos, arrastados pela bile, saem com as fezes, eclodindo depois de embrionarem na água de pântanos e charcos onde pastam seus hospedeiros. Os miracídios infectam moluscos de água doce do gênero Lymnaea, onde se multiplicam, produzindo rédias e cercárias. As cercárias saem ao fim de 2 meses, nadam pouco tempo e logo se encistam (metacercárias) aderidas em geral à vegetação. Graças à proteção assegurada pelas glândulas cistógenas, as metacercárias podem sobreviver até serem ingeridas, com o pasto, por novos hospedeiros. O ciclo, segundo Markel et al. Fasciola hepatica Fasciola hepatica � A Fasciola hepatica poucas vezes infecta o homem, o que parece decorrer de certo grau de resistência natural. � Também o número de helmintos costuma ser pequeno, mas a eosinofilia é intensa e os testes imunológicos podem ser bem positivos. � As lesões precoces resultam da migração das larvas. � As metacercárias eclodem no intestino, atravessam a parede - cavidade peritoneal - perfuram a cápsula de Glisson, invadindo o fígado. � Neste, abrem túneis que produzem inflamação, abscessos eosinofílicos, necrose e fibrose. PATOLOGIA � Ao atingirem a luz dos canais biliares ou da vesícula, aí se instalam, crescem e as fêmeas adultas põem ovos. � Causado dilatação e hipertrofia das paredes, inflamação, lesões vasculares e necrose tecidual em torno. � A vesícula biliar pode estar normal ou dilatada, com colecistite ou colelitíase. � Pode haver cirrose biliar, compressão e atrofia dos tecidos adjacentes, formação de adenomas e insuficiência hepática. � Migrações erráticas, raras, podem levar as fascíolas aos pulmões, produzindo dispnéia ou asfixia; mas também a outros órgãos. • O período de incubação varia - 6 e 9 semanas. • Na fase aguda - poucos sintomas, podendo até quatro meses sem sintomatologia. • Mas há leucocitose e intensa eosinofilia; hemossedimen-tação aumentada; por vezes, febre alta e aumento doloroso do fígado. • As provas de função hepática estão, em geral, alteradas, havendo hipergamaglobulinemia. • No hospedeiro humano, as fascíolas podem viver 9 a 13 anos. SINTOMATOLOGIA • Na fase crônica - colecistite, angiocolite, calculose ou outros quadros digestivos crônicos. • Sintomas freqüentes são: dor abdominal localizada no hipocôndrio direito, anorexia e dispepsia, evacuações pouco freqüentes ou constipação intestinal. A febre é em geral baixa. • Icterícia quando se instala uma colelitíase obstrutiva. • Pode haver hepatoesplenomegalia e emagrecimento. • Os quadros graves são devidos à infecção ou obstrução biliar. DIAGNÓSTICO • quadro clínico: febre, eosinofilia, aumento do fígado e dor no hipocôndrio direito. • Em pequenos surtos epidêmicos, é possível relacionar os casos com uma refeição coletiva em que se consumiu agrião contaminado. • Diagnóstico: encontro de ovos do parasito nas fezes ou no suco duodenal obtido por sondagem (na bile). O ovo de Fasciola O embrionamento, faz-se no meio aquático, em geral, em 10 a 20 dias. Uma confusão diagnóstica pode ser devida à alimentação das pessoas com fígado de animal infectado. Os ovos de Fasciola transitam, então, pelo tubo digestivo sem eclodir e são eliminados com as fezes do paciente. TRATAMENTO Os medicamentos empregados são: • Triclabendazol, via oral, 2 vezes no mesmo dia, com 6 a 8 horas de intervalo, depois das refeições. • Deidroemetina, como para o tratamento da amebíase. EPIDEMIOLOGIA � Zoonose cosmopolita, muito freqüente no gado ovino, caprino e bovino, bem como em outros herbívoros, causando grandes prejuízos econômicos para a pecuária. � Os casos humanos registrados no mundo reduzem-se a alguns milhares. � No Brasil, foram notificados pouco mais de meia centena, a maioria no Paraná. � Admite-se que muitos casos fiquem desconhecidos porque os médicos não pensam nessa infecção, porque o diagnóstico é difícil ou porque aceitam-se outras explicações para seu quadro clínico. ECOLOGIA E CONTROLE • As condições para a existência - sobretudo em climas subtropicais e temperados. • No Brasil estende-se do RS a M Gerais. • O ecossistema em que se criam as fascíolas é o de campos com alagados e áreas pantanosas, habitadas por moluscos de água doce do gênero Lymnaea e onde haja criação de ovinos ou de bovinos. • Os períodos de chuvas são os melhores para a transmissão. • As metacercárias requerem umidade e suportam melhor as temperaturas baixas que as superiores a 25ºC, podendo viver meses na forragem úmida. • Para prevenir a infecção humana, basta que todo o agrião consumido venha de hortas cercadas e irrigadas de modo a impedir o acesso e a poluição fecal pelo gado. • Não usar adubo animal nessas culturas. • O gado pode ser tratado com triclabendazol. • A água de beber, nas regiões endêmicas, deve ser tratada ou submetida à filtração. Conchas de moluscos do gênero Lymnaea, hospedeiros de Fasciola hepatica.
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