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Gabarito das Autoatividades ECONOMIA (GTI) 2012/2 Módulo I 3UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES E C O N O M I A GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE ECONOMIA UNIDADE 1 TÓPICO 1 1 Você considera o entendimento da economia importante para a sua vida pessoal? De que maneira sua vida é afetada pela economia brasileira e mundial? R.: Sim. A economia é muito importante para a vida de todas as pessoas, pois ela afeta as suas vidas de maneira muito profunda. A economia brasileira irá determinar vários aspectos que serão fundamentais para a definição da qualidade de vida dos brasileiros. O crescimento econômico determinará o número de empregos disponíveis na sociedade. Quanto maior o número de pessoas empregadas num país, maior será a renda disponível para o consumo. Se os consumidores são abundantes num país, os empresários se sentem confiantes para investir na produção. Quanto mais investimentos produtivos forem feitos, mais bens e serviços estarão disponíveis para atender às necessidades da sociedade de maneira geral. Para sobreviver, os seres humanos precisam ter atendidas algumas necessidades básicas. Essas necessidades são em grande parte atendidas por bens e serviços produzidos por empresários e colocados à venda para os consumidores. Se esse processo de produção e distribuição de riqueza funciona relativamente bem num país, a probabilidade da qualidade de vida de seus habitantes ser elevada é muito grande. 2 Explique o que se entende por atividade econômica. R.: Atividade econômica é o conjunto de ações dos seres humanos destinadas a produzir, distribuir ou consumir riquezas, de forma a satisfazer determinadas necessidades, com o objetivo final de criar condições para a perpetuação da espécie humana e de sua sociedade. Todo trabalhador, empresário, consumidor, estudante ou dona de casa realizam atividades econômicas. Toda pessoa que trabalha está produzindo algo (um bem ou serviço), que terá uma utilidade (em maior ou menor grau) e que servirá para satisfazer a necessidade (prioritária ou supérflua) de alguém. 3 Como e quando a economia se transforma numa ciência independente? R.: A economia se transforma numa ciência independente a partir da publicação 4 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD E C O N O M I A da obra “A Riqueza das Nações: investigação sobre sua natureza e suas causas”, por Adam Smith, em 1776. Esse economista é considerado hoje o “pai da Economia”. 4 Qual é o objetivo da ciência econômica? R.: A ciência econômica tem por objetivo realizar um estudo sistemático e metódico das ações econômicas, para estabelecer “Leis Econômicas” que ajudem a dinamizar, potencializar, racionalizar e tornar socialmente mais justo o processo de produção, distribuição e consumo de riquezas. Em outras palavras, a ciência econômica é a ciência que estuda as diferentes maneiras pelas quais as sociedades se organizam e se relacionam para produzir, distribuir e consumir riquezas, de modo a atender às necessidades humanas e com isso garantir a sua sobrevivência e perpetuação como espécie e como organização social. 5 Por que os recursos produtivos são considerados escassos? Explique. R.: Os recursos produtivos são considerados escassos, pois eles não estão disponíveis em quantidade suficiente para atender a todas as necessidades de todas as pessoas. Muitas necessidades humanas precisam ser atendidas por bens e serviços oferecidos pelo setor produtivo e pelo mercado. A produção desses bens e serviços exige a utilização de vários recursos produtivos, como a mão de obra, o capital, tecnologia, energia, terra, instalações etc. Tais recursos são relativamente escassos, alguns mais, outros menos. No entanto, mesmo os recursos relativamente abundantes (como a mão de obra de baixa qualificação) não chegam a ser tão abundantes a ponto de poderem ser extraídos de forma gratuita da natureza ou da sociedade, ou seja, eles possuem um relativo grau de escassez. Alguns são finitos, outros são renováveis. Portanto, o seu uso precisa ser realizado com cuidado e parcimônia, evitando os desperdícios. TÓPICO 2 1 Quem são os responsáveis pelas decisões econômicas em um país? R.: As decisões econômicas são tomadas pelos agentes econômicos. Existem quatro agentes econômicos. Num primeiro momento, temos os empresários e consumidores. Em última instância, os empresários decidem se produzem uma mercadoria ou não e os consumidores decidem se a compram do empresário ou não. A relação entre esses dois agentes ocorre no mercado. Nas últimas décadas, o Estado tem se tornado um agente econômico muito importante. Muitas das decisões econômicas são tomadas por ele, principalmente nas questões que não são adequadamente resolvidas pelo mercado. E, finalmente, o setor externo também pode ser considerado um 5UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES E C O N O M I A agente econômico importante. Com o avanço da globalização, o comércio internacional tem sido cada vez mais significativo, fazendo com que empresários tomem muitas decisões levando em consideração as demandas de clientes externos. 2 De que maneira as decisões das famílias como consumidoras influenciam as decisões de produção das empresas? R.: Um empresário só irá produzir mercadorias se encontrar consumidores para elas. Nesse sentido, ele precisa ficar atento aos desejos dos consumidores, ou seja, ele precisa perceber adequadamente as reais necessidades dos consumidores e produzir mercadorias que venham a atendê-las de forma adequada. O empresário que não ouvir adequadamente o seu cliente corre o risco de perdê-lo. Se isso acontecer, suas mercadorias não serão vendidas e o lucro não será realizado. Muito provavelmente o empresário irá falir e será expulso do mercado. 3 As relações de mercado são adequadas para promover a oferta de bens e serviços para a sociedade? R.: Não. As relações de mercado são adequadas para atender a um determinado segmento da sociedade: aquele que tem condições de consumir. Contudo, parcelas significativas da sociedade, principalmente nos países de terceiro mundo, possuem um nível de renda muito baixo, o que desestimula vários setores econômicos privados a produzirem bens e serviços para eles. Nesse sentido, o mercado não tem condições de oferecer bens e serviços para as parcelas mais carentes da população, pois essas pessoas não têm condições de pagar por eles. 4 Por que a participação do Estado nas decisões econômicas cresceu tanto a partir dos anos 30 do século XX? R.: A partir dos anos 30 do século XX, houve um significativo incremento da participação do Estado nas decisões econômicas. Esse agente econômico passou a ser um promotor do desenvolvimento econômico. Ele assumiu a responsabilidade em estimular a demanda agregada e, dessa forma, gerar empregos. Além disso, o Estado passou a realizar ações no sentido de corrigir os desvios do mercado e a estimular uma distribuição relativamente equilibrada de renda. TÓPICO 3 1 O que se entende por sistema econômico? R.: Sistema econômico é o nome dado ao conjunto de características peculiares de uma determinada economia, em relação ao grau de importância 6 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD E C O N O M I A relativa de cada agente econômico nas decisões econômicas, ao tipo de propriedade adotado, aos processos de circulação das mercadorias, aos níveis de desenvolvimento tecnológico, ao grau de divisão do trabalho, além de vários outros fatores. Existem, atualmente, dois sistemas econômicos em funcionamento no mundo: o Capitalismo e o Socialismo. 2 O que determina a participação relativa dos agentes econômicos nas decisões econômicas? R.: Nos sistemas econômicos capitalistas há uma predominância de decisões econômicas tomadas por agentes atuantes no mercado (empresas e consumidores). Já nos sistemas econômicos socialistas, as decisões econômicas são tomadas, predominantemente, pelo Estado. 3 Quais revoluçõesestão ligadas à disseminação dos valores da sociedade burguesa? R.: Entre as principais transformações sociais que irão ajudar a disseminar e consolidar os valores da sociedade burguesa estão a Reforma Protestante de 1517 na Alemanha, a Revolução Puritana de 1640 e a Revolução Gloriosa de 1688, ambas na Inglaterra, e a Revolução Francesa de 1789. 4 Existem diferenças entre o socialismo adotado pela URSS e pela China? Explique. R.: Sim. O socialismo praticado pela antiga União Soviética era caracterizado por um modelo de economia planificada, no qual todas as decisões econômicas eram centralizadas nos gabinetes do Estado. Nesse modelo econômico a iniciativa privada não existia. Toda a produção, toda oferta de empregos eram de responsabilidade do governo central. Na China, durante os anos 50 e 60 do século passado, o modelo de organização econômica era praticamente idêntico ao modelo soviético. Todavia, em 1978 iniciou-se um processo liberalizante de abertura para a iniciativa privada, dando maior autonomia às empresas e incentivando a competição. Tal abertura trouxe reflexos imediatos na produtividade do trabalhador chinês e foi fundamental para que o destino da economia chinesa fosse muito diferente do da soviética. Hoje, a China é o país que mais cresce no mundo. 5 O que se quer dizer quando afirmamos que está havendo uma aproximação entre os sistemas econômicos Capitalista e Socialista? R.: A aproximação entre os sistemas econômicos ocorre porque, em anos recentes, o capitalismo tem adotado algumas características típicas das economias planificadas dos Estados socialistas. Atualmente, nos países capitalistas, o grau de interferência do Estado nos assuntos econômicos é muito elevada. Ele retira uma grande parcela da riqueza produzida pela sociedade, pela cobrança de impostos, e redireciona esses recursos para 7UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES E C O N O M I A setores que ele julga prioritários. Portanto, no capitalismo atual, embora ainda exista predominância do mercado nas decisões econômicas, o Estado tem uma forte participação. Paralelamente, os países socialistas que sobreviveram ao século XX são justamente aqueles que se flexibilizaram e permitiram uma maior abertura para os empreendimentos privados. A China é o melhor exemplo desse fenômeno. 6 Por que o capitalismo e o socialismo, nos seus estados puros, isto é, sem intervenção estatal e sem abertura para o mercado, respectivamente, não funcionam de forma adequada? R.: O capitalismo, no seu estado puro, ou seja, com um mínimo de interferência estatal, tende a gerar um processo de concentração de renda que culmina em crises de superprodução. Isso significa que, caso não exista a figura do Estado para corrigir os desvios do mercado, os ricos tendem a ficar cada vez mais ricos, enquanto os pobres tendem a permanecer em condições pouco dignas de vida. E essa dinâmica, levada ao extremo, acaba sendo prejudicial aos próprios empresários, que não encontram mais consumidores em quantidades suficientes para vender suas mercadorias. Por outro lado, o socialismo, na forma de uma economia totalmente planificada, também não funciona de forma adequada. As decisões econômicas, por serem tomadas de forma muito centralizada, tendem a apresentar muitos equívocos que levam a desperdícios de recursos escassos. Além disso, a inexistência de concorrência faz com que as empresas estatais não se preocupem em avaliar adequadamente as necessidades reais dos consumidores. A inexistência de competição entre empresários não gera o estímulo necessário para o aprimoramento de tecnologias utilizadas no processo produtivo. Finalmente, a horizontalização das classes sociais leva muitos trabalhadores a perder o estímulo pelo trabalho, reduzindo a sua produtividade. TÓPICO 4 1 Diferencie o Fluxo Real do Fluxo Monetário no Fluxo Circular da Renda. Em qual desses fluxos circula a riqueza real de uma sociedade? R.: O Fluxo Circular da Renda é uma simplificação esquemática do funcionamento de um sistema econômico capitalista. Nesse esquema, dois fluxos funcionam paralelamente. O fluxo real representa a troca de mercadorias, bens, serviços e recursos produtivos (tangíveis ou intangíveis) entre os agentes econômicos (famílias e empresas). O fluxo monetário representa a troca de recursos financeiros (moeda) entre os agentes. A riqueza real de uma sociedade circula no fluxo real, pois somente os bens e serviços têm condições de atender às necessidades humanas. Da mesma forma, apenas os recursos produtivos têm condições de atender às necessidades de 8 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD E C O N O M I A produção das empresas. A moeda, que circula no fluxo monetário, por si só, não tem condições de atender, de forma direta, a essas necessidades. Embora a moeda possa funcionar como reserva de valor, ela, em si, não satisfaz uma necessidade. A moeda pode ser trocada por uma mercadoria, bem ou serviço (do fluxo real) e esse bem ou serviço irá satisfazer as necessidades humanas. 2 Por que existe a necessidade da existência do Fluxo Monetário? R.: A função do fluxo monetário é funcionar como uma contrapartida financeira do fluxo real. O fluxo monetário representa a circulação de moeda na economia. A moeda nada mais é do que uma tecnologia criada para facilitar o processo de troca das riquezas reais entre os vários agentes econômicos. Nesse sentido, a moeda não é riqueza real. Ela é uma representação da riqueza, um instrumento desenvolvido pelo ser humano para dinamizar as trocas de bens e serviços. Até existe comércio sem o uso de moeda (escambo), mas as limitações desse tipo de atividade econômica são gigantescas. Quanto mais avançada uma sociedade e quanto mais complexas forem suas relações econômicas, mais desenvolvido terá de ser o fluxo monetário. 3 O que acontece se as famílias não gastarem toda a sua renda com o consumo das mercadorias produzidas pelas empresas? R.: Caso toda a renda das famílias não seja gasta com o consumo de mercadorias, as empresas não terão como vender toda a produção. Com a queda na produção, as empresas irão demitir funcionários. A renda total da sociedade será reduzida. Sua capacidade de consumo declinará. As empresas venderão menos ainda e estarão inclinadas a demitir mais funcionários. Algumas fecharão as portas. A economia entrará numa espiral decrescente, em que a queda na renda reduz o consumo, que reduz as vendas, a produção, o emprego e assim por diante, levando o país a entrar numa recessão econômica. 4 O que são vazamentos do Fluxo Circular da Renda? Como eles podem ser corrigidos? R.: Os vazamentos do Fluxo Circular da Renda são saídas de recursos do sistema econômico, que, se não forem adequadamente corrigidos, poderão levar a economia a entrar em crise. Existem, basicamente, três tipos de vazamentos. Para cada tipo de vazamento corresponde uma “injeção” de recursos capaz de corrigir os efeitos da primeira. O vazamento da poupança pode ser corrigido com injeção dos investimentos. O vazamento dos impostos pode ser corrigido com os gastos do governo. Finalmente, o vazamento dos gastos com importações pode ser corrigido com a injeção de recursos decorrentes das exportações. 9UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES E C O N O M I A 5 O que pode acontecer com a economia de um país se o governo reduzir seus gastos a um valor muito abaixo da arrecadação de impostos por um período muito longo de tempo? R.: Caso o governo venha a reduzir seus gastos num valor muito abaixo da arrecadação de impostos, ele terá um efeito positivo, que, tecnicamente, é chamado de superávit fiscal. Esses recursos podem ser usados para reduzir o grau de endividamento do Estado. No entanto, se esse processo se estender por um período de tempo muito longo, teremos uma situação na qual um vazamento de recursos (impostos) do fluxo circular da renda não será adequadamente compensado pela injeção de recursos correspondente (gastos do governo).Dessa forma, a demanda total da sociedade (demanda agregada) será reduzida, gerando risco de recessão econômica. TÓPICO 5 1 Em que consistia a riqueza para os mercantilistas, para os fisiocratas e para os clássicos? R.: Para os mercantilistas a riqueza estava materializada nos metais preciosos, notadamente no OURO e na PRATA. Os fisiocratas julgavam que somente as atividades ligadas à terra eram capazes de gerar riquezas. Os economistas clássicos acreditavam que a fonte da riqueza estava no trabalho. Quanto mais trabalho for necessário para produzir uma mercadoria, mais valiosa ela será. 2 Quem foi o mais destacado dos economistas clássicos? Quais suas prin- cipais ideias? R.: O mais destacado dos economistas clássicos foi Adam Smith. Entre suas principais ideias, podemos destacar: • Liberalismo: a economia funciona segundo uma ordem natural e automática regulada pela livre concorrência e pela lei da oferta e da procura (mão invi- sível). O Estado não deve intervir. • Individualismo: a busca pelo interesse próprio por parte dos indivíduos contribui positivamente para o crescimento econômico geral (vícios privados, benefícios públicos). • Fonte de riqueza é o Trabalho. E o desenvolvimento econômico é baseado na divisão e especialização do trabalho. • Smith se preocupava com a elevação do nível de vida e o bem-estar econômico de toda a sociedade. • Pressupõe uma harmonia de interesses entre as várias classes sociais. 3 Por que Smith afirmava que a busca do interesse próprio auxilia o processo de crescimento econômico? 10 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD E C O N O M I A R.: Smith julgava que os indivíduos, nas suas relações sociais, apresentam, na sua grande maioria, um comportamento egoísta, no sentido de priorizar seus interesses pessoais em detrimento dos interesses dos demais. Con- tudo, para Smith, isso não é necessariamente algo negativo. Para ele, faz parte da natureza humana procurar melhorar sua condição material. Isso o estimulará a poupar, a se qualificar, para conseguir um bom emprego e ser melhor remunerado. Também o empresário age de forma egoísta, pois busca ampliar seu capital pelo lucro de sua empresa. Entretanto, para atingir esse objetivo, ele produz bens e serviços que colaboram para melhorar a qualidade de vida da sociedade. 4 Explique em que consistia o conceito de “Homem Econômico” desenvolvido pelos economistas neoclássicos. R.: O “Homem Econômico” (Homo economicus), na visão dos economistas neoclássicos, representa um padrão médio de comportamento dos seres humanos nas suas relações econômicas. Segundo esse padrão, os seres hu- manos tendem a ser extremamente racionais nas suas decisões econômicas e buscam sempre maximizar seus benefícios e minimizar seus prejuízos. Em suma, este homem econômico estaria, a todo o momento, fazendo cálculos de “custo benefício” para verificar se uma ação é vantajosa para ele ou não. Na visão dos economistas marginalistas, as pessoas somente se dispõem a re- alizar determinadas ações se elas lhes forem, de alguma maneira, vantajosas. 5 O que se entende por neoliberalismo e quais são suas características? R.: O neoliberalismo é um movimento relativamente recente em Economia, que teve sua maior expressão intelectual na figura do economista norte- americano Milton Friedman (1912-2006), que pregava, entre outras coisas, a redução do grau de intervenção do Estado na atividade econômica. Os defensores do neoliberalismo argumentam que o Estado, no século XXI, não tem mais recursos para realizar os pesados investimentos em infraestrutura necessários para conduzir o processo de crescimento num contexto de crescente globalização. Por isso, a atividade produtiva deve ser repassada à iniciativa privada, mais ágil, mais competente para produzir, e com mais recursos para investir. Nesse “novo liberalismo”, o Estado continua tendo responsabilidades, e uma das principais é fiscalizar se a iniciativa privada está, de fato, atendendo aos anseios dos consumidores e se não estão ocor- rendo abusos. Essa fiscalização do Estado acontece por meio de Agências Reguladoras. 6 Quais foram os períodos econômicos em que houve uma maior influência das ideias liberais? R.: Dentre os períodos econômicos estudados, os que apresentaram maior influência das ideias liberais foram: 1º) Escola Fisiocrata; 2º) Escola Clássica; 11UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES E C O N O M I A 3º) Escola Neoclássica; e 4º) Neoliberalismo. 7 Por que o economista John Maynard Keynes é considerado um revolu- cionário? Que tipo de revolução Keynes propunha? R.: Keynes é considerado um revolucionário, pois ele propunha mudanças fundamentais no modo de funcionamento do Sistema Capitalista. Apesar de as mudanças propostas serem muito grandes, sua revolução foi considerada conservadora, pois tinha o propósito final de manter o capitalismo funcionando. Sua revolução tinha por objetivo manter o Capitalismo, ao invés de destruí-lo, como tinha proposto Marx no século anterior. 8 Em que década as ideias de Keynes começaram a ficar famosas e qual o fato econômico da época que trouxe consequências sociais muito negativas, principalmente nos EUA? R.: As ideias de Keynes ficaram famosas durante a década de 30 (do século XX), a partir da publicação de sua principal obra (Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda) em 1936. O fato econômico mais relevante do período, com graves consequências sociais, foi a Grande Depressão Econômica. 9 Qual era a ideia central de Keynes para a resolução dos grandes problemas econômicos de sua época? R.: A ideia central de Keynes era que, para sair da grande depressão, a iniciativa deveria partir do Estado. Este agente econômico deveria realizar gastos públicos de forma a estimular a Demanda Agregada, ou seja, ampliar o consumo global da sociedade. Os gastos públicos em obras diversas gerariam empregos, renda e, por consequência, um aumento gradual no consumo, o que estimularia o setor privado a voltar a investir. Adicionalmente, os recur- sos utilizados nos gastos deveriam vir de empréstimos, o que implicava a realização de déficits públicos, gerando endividamento do Estado. 10 As propostas de Keynes foram bem aceitas pelos governantes e em- presários da época? Por quê? R.: As ideias de Keynes foram, num primeiro momento, consideradas heresias, pois confrontavam diretamente os princípios econômicos em vigor até então. Economistas e chefes de Estado julgavam que Keynes estivesse errado. Além disso, a ideia de intervenção direta do Estado no sistema econômico não agradava as elites políticas norte-americanas de tradição liberal. Por isso, Keynes foi considerado por muitos um comunista. 11 A teoria desenvolvida por Keynes funcionou bem nos países do 3º mundo? Por quê? R.: Como as ideias de Keynes funcionaram para tirar os países de primeiro mundo da Grande Depressão, esperava-se que o mesmo poderia ocorrer 12 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD E C O N O M I A no sentido de tirar os países do terceiro mundo do subdesenvolvimento. Assim, muitos empréstimos foram concedidos aos governos desses países na esperança de que seus Estados os conduzissem rumo ao crescimento e desenvolvimento econômico. Entretanto, a experiência prática mostrou que o crescimento e o desenvolvimento econômico não ocorrem de forma mágica a partir da realização de gastos públicos. Os países do primeiro mundo saíram rapidamente da crise, pois possuíam recursos produtivos de que os países do terceiro mundo não dispunham. Fatores como a falta de mão de obra qualificada, falta de capacidade empresarial e política, falta de cultura para o trabalho, elevada carga tributária etc. muitas vezes impediam que os investimentos públicos rendessem frutos efetivos e melhorassem a qualidade de vida da população destes países. 12 A Segunda Guerra Mundial afetou de alguma maneira a adoção das ideias keynesianas? R.: A proposta de Keynes implicava a realização de gastos públicos elevadospara estimular a demanda. Como no princípio as ideias de Keynes sofreram muita resistência por parte dos chefes de Estado, os gastos públicos no período 1936-1939 foram relativamente reduzidos, pois muitos julgavam que o economista britânico estivesse errado. Portanto, os gastos públicos durante esse período foram muito tímidos e não resolveram a questão do desemprego. Em 1939, antes do início da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos ainda tinham 17% da sua mão de obra economicamente ativa desempregada. O início da Segunda Guerra Mundial trouxe a urgência do investimento na indústria bélica. Muitos recursos públicos foram utilizados para criar novas indústrias de tanques, submarinos, aviões, armas, munições e suprimentos aos soldados em frente de batalha. Por isso, em 1942 não havia mais desem- pregados nos EUA. Portanto, a Segunda Guerra Mundial mostrou ao mundo que as ideias de Keynes realmente funcionavam, embora ele nunca tenha proposto investimento público deliberado na indústria de armas. 13UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES E C O N O M I A UNIDADE 2 TÓPICO 1 1 Por que os países começaram a se preocupar em fazer registros da sua atividade econômica? R.: A preocupação com o registro adequado da atividade econômica começou a tomar corpo nos países do primeiro mundo ao longo dos anos 30 do século XX. Durante esse período teve início o processo de incremento do papel do Estado na condução dos assuntos econômicos. Para que a ação do Estado surtisse os efeitos adequados, era necessário ter dados confiáveis da estrutura econômica do país, de forma que fosse possível identificar os pontos fracos e os “gargalos produtivos” da economia. Os dados econômicos da realidade permitiriam uma ação mais efetiva e pontual nos problemas econômicos de determinada nação. 2 Qual a diferença entre PIB e PNB? Qual é o maior no caso do Brasil? Por quê? R.: O Produto Interno Bruto – PIB – registra o valor total de bens e serviços finais produzidos ao longo de um ano, por empresas nacionais e multinacionais atuando dentro do território nacional. Já o Produto Nacional Bruto – PNB - registra o valor total de bens e serviços finais produzidos ao longo de um ano, por empresas nacionais, estejam elas atuando no país ou no exterior. No caso do Brasil, o PIB é maior que o PNB, pois a quantidade de empresas multinacionais atuando no país é superior ao número de empresas brasileiras atuando no exterior. Os lucros que as empresas multinacionais auferem no país e enviam ao exterior é superior ao lucro que empresas brasileiras atuando no exterior enviam ao Brasil. 3 Por que os insumos e as matérias-primas não devem ser computados no cálculo do PIB? R.: O valor dos insumos e das matérias-primas não deve ser computado no cálculo do PIB, para evitar dupla contagem. Por exemplo: a farinha de trigo é a matéria-prima do pão. Portanto, o valor da farinha de trigo já está embutido no valor do pão. Caso considerássemos, por ocasião do cálculo do PIB, o valor do pão e da farinha de trigo, este estaria sendo contabilizado duas vezes, o que resultaria num PIB superestimado e incorreto. 14 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD E C O N O M I A 4 Cite dois tipos de transações econômicas legais que não são contabilizadas no PIB. R.: Os investimentos financeiros e a comercialização de mercadorias usadas são exemplos de transações econômicas legais, que não são contabilizadas no cálculo do PIB. 5 Explique como funciona o método do Valor Adicionado. R.: O método do Valor Adicionado é uma maneira pela qual o PIB de um país pode ser medido. Esse método traz a grande vantagem de permitir avaliar o grau de contribuição de cada empresa para o valor do PIB. Ele é obtido a partir do valor total do faturamento de uma empresa (obtido pela soma de todas as notas fiscais de saída emitidas) menos o valor dos bens intermediários, ou seja, a matéria-prima utilizada no processo produtivo (valor obtido a partir da soma das notas fiscais de entrada emitidas pela empresa). Somando-se o valor adicionado por todas as empresas em operação no país, tem-se o valor do Produto Interno Bruto. 6 Por que o PIB e a renda per capita não são considerados bons indicadores de qualidade de vida? Existe algum indicador que cumpre essa função? R.: Um PIB elevado não é sinônimo de elevados índices de qualidade de vida. Atualmente, a China é a quarta economia do mundo, mas isso não significa que os chineses tenham uma qualidade de vida decente. Da mesma forma, a renda per capita não leva em consideração se a renda no país é bem distribuída ou não. Ela não registra a economia informal e não considera eventuais custos sociais decorrentes da poluição, dos congestionamentos, da degradação do meio ambiente etc. Um indicador desenvolvido pela ONU, para superar essas limitações, é o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH. Este índice leva em consideração variáveis como: expectativa de vida, nível de alfabetização, grau de distribuição de renda, mortalidade infantil, leitos hospitalares per capita, consumo de calorias e proteínas per capita etc. 7 Explique qual a diferença entre PIB Real e PIB Nominal. R.: O PIB nominal representa o valor da produção de um determinado país, calculado a partir dos preços praticados em um ano específico. O valor do PIB tradicionalmente é divulgado pelos meios de comunicação (jornais, revistas, televisão etc.). Contudo, o valor do PIB nominal não é um bom indicador a ser utilizado quando se tem por objetivo medir o crescimento de uma economia de um ano para o outro. Como o PIB mede o valor total de bens e serviços produzidos num determinado país ao longo de um ano, se o valor unitário desses bens e serviços se elevar ao longo do ano, o PIB também irá subir, mesmo que o volume de produção tenha se mantido estável. Em outras palavras, isso significa que o PIB nominal acaba embutindo a inflação ocorrida ao longo do ano, fato esse que pode distorcer os cálculos 15UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES E C O N O M I A e superestimar o crescimento econômico. Para evitar esse erro de cálculo, é necessário descontar a inflação ocorrida no período. Isso é feito por meio do cálculo de um PIB real. O PIB real sempre será calculado em relação a um ano base. E os preços praticados nesse ano-base serão utilizados para estimar o valor do PIB real dos demais anos. A comparação entre o valor do PIB real de diferentes anos permitirá um levantamento mais preciso do crescimento econômico de um país. 8 Como o valor da cotação do dólar em relação ao real afeta o valor do PIB brasileiro? R.: Ao compararmos o PIB brasileiro com o PIB de outras nações, é preciso fazer uso de uma única moeda. Não tem sentido comparar o PIB brasileiro em reais com o PIB norte-americano em dólares ou com o PIB britânico em libras esterlinas, com o PIB japonês em yens ou, ainda, com o PIB alemão em euros. Para ser possível uma comparação adequada do tamanho das diferentes economias do mundo, é necessário utilizar uma moeda única. A moeda mais comumente utilizada para essas comparações é o dólar norte-americano. Por isso, o PIB dos diversos países do mundo é convertido da sua moeda nacional para dólar pela cotação média do período. No caso do Brasil, após o cálculo do PIB em reais, ele é convertido em dólar, pelo valor médio do câmbio entre as duas moedas, praticado ao longo dos anos. Consequentemente, o valor do PIB brasileiro em dólar irá depender fortemente do valor do câmbio. Por exemplo: em 1997, quando o valor do câmbio médio correspondia a US$ 1,00 = R$ 1,08, o PIB brasileiro superou os US$ 807 bilhões. Já em 2002, com um câmbio médio de US$ 1,00 = R$ 2,93, o PIB brasileiro não chegou a US$ 460 bilhões. Aparentemente, se levarmos em consideração o valor do PIB brasileiro em dólar, a economia do país “encolheu” o equivalente a 43%, o que representaria uma crise gigantesca, uma verdadeira depressão econômica. Contudo, analisando os dados do PIB (real) nacional,constatamos que nesse período ocorreu um crescimento real de quase 9% da produção. Portanto, o valor do câmbio médio entre as moedas dos diferentes países pode gerar distorções muito grandes de um ano para outro. TÓPICO 2 1 Por que motivo o Estado passou a assumir funções sobre a atividade econômica a partir dos anos 30 do século XX? R.: Nos anos 30 do século XX, o sistema capitalista enfrentou uma profunda crise econômica, conhecida por “Grande Depressão”. Durante essa crise, os governantes, baseados nas teorias econômicas vigentes até então, acreditavam que a crise era temporária e se corrigiria automaticamente 16 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD E C O N O M I A num período de tempo relativamente curto. Por isso, julgavam que o Estado não deveria realizar nenhuma atividade que viesse a interferir nos assuntos econômicos. Acreditava-se na época que a iniciativa privada, sozinha, teria condições de superar a crise. Entretanto, após uma década de espera por uma solução milagrosa do mercado, começava a ficar evidente que os empresários não teriam condições de ampliar significativamente a oferta de empregos. Por isso, a partir da segunda metade da década de 30, muitos economistas, entre eles o britânico John Maynard Keynes, propuseram uma interferência crescente do Estado na economia, com o objetivo de superar a Grande Depressão. Essa interferência seria feita basicamente pela realização de gastos públicos, financiados por empréstimos, destinados a estimular a geração de empregos e o aumento da demanda agregada. 2 Escreva sobre pelo menos três funções realizadas pelo Estado nos tempos atuais. R.: (1) Estímulo à demanda agregada: uma das funções primordiais do Estado é incentivar o consumo total da sociedade. Quanto maior o consumo de um país, maior será o volume de vendas, consequentemente, mais elevada será a produção, o emprego e a renda. (2) Promover o crescimento econômico: o Estado é hoje um agente ativo no processo de estímulo ao crescimento econômico. Ele é em grande parte responsável pela criação da infraestrutura e da estabilidade institucional e social necessárias ao florescimento da iniciativa privada nacional e multinacional. (3) O Estado é o ofertante por excelência dos chamados bens públicos, de uso coletivo, muitos dos quais não são atrativos ao setor privado. (4) O Estado é um agente de distribuição de renda, que atua no sentido de evitar concentrações excessivas de riquezas, o que poderia gerar crises de superprodução. (5) O Estado administra a conjuntura econômica, evitando oscilações muito fortes nos níveis de preços. 3 Quais são as principais variáveis que determinam o produto (PIB) de um país? R.: O PIB de um país depende de sua Demanda Agregada (DA). Quanto maior a demanda agregada de um país, maior será o volume de produção necessário para atender a esse consumo. E o consumo global da sociedade depende de cinco fatores principais. O principal deles é o Consumo privado (C), que irá depender do volume de renda disponível das famílias. Quanto maior a renda de uma família, maior tende a ser o seu consumo. Um segundo fator determinante da Demanda Agregada é o volume de Investimentos (I) realizados pelos empresários. Ao contrário das famílias, que gastam sua renda com bens de consumo, os empresários, ao realizarem investimentos, demandam máquinas, equipamentos, matérias-primas e bens de produção. Quanto maior o volume de investimentos por parte dos empresários, maior será o estímulo à Demanda Agregada e, por consequência, ao PIB. Os 17UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES E C O N O M I A investimentos geralmente representam o componente mais instável da demanda agregada, pois os empresários só investem quando existe a perspectiva de lucro para seus projetos. Caso essa perspectiva seja reduzida por algum motivo (guerra, catástrofe natural etc.), os empresários tendem a reduzir significativamente o volume de investimentos, diminuindo a demanda agregada e, por consequência, o PIB. O terceiro determinante do PIB são os Gastos do Governo (G). Os gastos do governo têm a característica de funcionar como um estimulante da atividade econômica. Quanto mais o governo de um país gastar (na construção de obras públicas, no pagamento de funcionários públicos etc.), mais incrementará o PIB. É importante lembrar que nem sempre o governo tem condições de gastar, principalmente quando ele se encontra muito endividado, como é o caso do governo brasileiro. O quarto fator determinante do PIB são as Exportações (X). Quanto maior o volume de exportações, mais estímulo será dado à demanda agregada e ao PIB. Finalmente, o último componente são as Importações (M). Este componente da demanda agregada é inversamente proporcional, ou seja, quanto maiores forem as importações, menor será o PIB. Isso se deve ao fato de que a aquisição de uma mercadoria importada não estimula a produção interna, mas, ao contrário, representa uma parcela da renda nacional que “vaza” para o exterior, estimulando a produção em outros países. 4 O que significa “Welfare State” e onde ele surgiu? R.: Welfare State significa “Estado do Bem-Estar Social”. Ele surgiu na Europa, após a II Guerra Mundial, como uma consequência da aplicação das ideias keynesianas. Com o término do conflito mundial, os investimentos na indústria bélica foram sensivelmente reduzidos. Para que o Estado pudesse continuar com a sua responsabilidade de estimular a demanda agregada, era necessário encontrar um outro foco para os gastos públicos. Com o crescimento da ameaça comunista no leste europeu, os países capitalistas direcionaram os gastos públicos para o setor social. Esse modelo de Estado passou a garantir padrões de vida mínimos para os seus cidadãos, por meio da execução de programas de moradia, saúde, educação, previdência social, seguro-desemprego, além de garantir uma política de pleno emprego. 5 Qual a diferença entre metas estruturais e metas conjunturais? R.: Metas estruturais são metas que pretendem alterar a estrutura econômica de um país. Um exemplo de meta estrutural seria converter um país eminentemente agrícola numa economia industrial. Tais metas, em função da sua complexidade, somente podem ser atingidas a longo prazo. Já as metas conjunturais dizem respeito ao conjunto de circunstâncias econômicas nas quais o país se encontra. E as metas conjunturais mais desejáveis são o pleno emprego e a estabilidade de preços. Estas metas, em determinadas circunstâncias, podem ser atingidas no curto prazo. 18 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD E C O N O M I A 6 Por que existe um trade-off entre emprego e estabilidade de preços? O que é possível fazer para minimizar esse trade-off? R.: Trade-off significa escolha conflitante. Isso quer dizer que, quando um governo prioriza o estímulo ao emprego, ele pode eventualmente gerar como efeito colateral a inflação. E, caso o governo adote por prioridade o combate à inflação, o conjunto de medidas adotadas para este fim pode trazer, como reflexo, o desemprego e a recessão econômica. Isso acontece porque, para estimular o emprego, é necessário incrementar a demanda agregada. Isso pode ser feito por meio do aumento dos gastos do governo. No entanto, o aumento exagerado da demanda agregada irá gerar inflação, pois o consumo cresce muito repentinamente, de forma que os empresários não têm condições de ampliar a oferta de produtos no mesmo ritmo. Nessa situação, as mercadorias podem faltar e com isso seus preços tendem a crescer. Além disso, à medida que mais pessoas passam a ter emprego, seu consumo tende a aumentar, estimulando a inflação. Inversamente, quando o governo prioriza o controle da inflação, ele irá tomar um conjunto de medidas que venham a reduzir a demanda por bens e serviços na sociedade. Com a queda nas vendas, os empresários dificilmente elevarão os preços das mercadorias (o que ajuda a combater a inflação), mas poderão, eventualmente, demitir funcionários,gerando desemprego e, em casos mais graves, recessão econômica. TÓPICO 3 1 Coloque-se na posição de um Ministro da Fazenda. Que ações de Política Fiscal e Monetária você irá tomar para combater a inflação? Explique suas decisões. R.: Um Ministro da Fazenda, que tenha por objetivo controlar a inflação, deverá adotar um conjunto de medidas que venha a restringir a demanda agregada, ou seja, o consumo global da sociedade. No campo da Política Fiscal, ele poderá incrementar os impostos (diretos), reduzindo a renda disponível das famílias e reduzir os gastos públicos, paralisando obras ou reduzindo o seu ritmo de construção, diminuindo verbas para determinados ministérios ou concedendo aumentos reduzidos ao funcionalismo público e ao salário mínimo. Na esfera da Política Monetária, várias ações poderão ser tomadas, todas no sentido de reduzir a oferta monetária. Entre essas ações, podemos citar: a redução da emissão de moeda, o aumento das reservas compulsórias do Banco Central, a venda de títulos públicos no Open Market, a restrição do crédito e a elevação da taxa de juros. Todas essas ações reduzirão a capacidade de consumo da sociedade, diminuindo a demanda agregada, forçando o setor privado a manter os preços estáveis, sob pena de não terem mais clientes para seus produtos. 19UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES E C O N O M I A 2 O que significa “gargalo produtivo”? R.: Gargalo produtivo significa uma limitação do setor produtivo de uma economia. Ele surge quando um elo da cadeia produtiva de um país é mais fraco que os demais. Por exemplo, não existe a possibilidade de instalação de novas fábricas de eletrodomésticos num país que tem deficiências no fornecimento de energia elétrica. Não é possível instalar empresas de alta tecnologia num país com falta de mão de obra qualificada. 3 O que significa e como funciona o Depósito Compulsório do Banco Central? R.: As reservas ou depósitos compulsórios do Banco Central representam uma parcela dos depósitos à vista, que os bancos comerciais devem colocar à disposição do Banco Central. Ele é um instrumento que traz uma certa segurança ao sistema bancário, pois evita que os bancos emprestem volumes excessivamente elevados de recursos. É um mecanismo por meio do qual o Banco Central evita que a moeda escritural se multiplique muito rapidamente no sistema bancário. Essa multiplicação da moeda escritural (depósitos à vista de liquidez imediata) deve ser controlada, pois sua expansão desmensurada também pode gerar inflação. Ele funciona por meio da retenção, por parte do Banco Central, de uma parcela dos depósitos realizados em bancos comerciais. Essa retenção de recursos (sem remuneração) não é um imposto. Os recursos são devolvidos ao banco comercial quando o cliente do banco resolver sacar seus depósitos. 4 Que regime de taxas cambiais um país deve adotar se quiser evitar um ataque especulativo? R.: O regime de taxas cambiais mais seguro para evitar um ataque especulativo é o regime de taxas cambiais flutuantes. Como neste regime as taxas de câmbio flutuam, elas têm uma tendência de se autoajustar. Por exemplo, quando a moeda do país está muito valorizada em relação às estrangeiras, há uma tendência de elevação de importações, em detrimento das exportações. Com isso, a saída de divisas é superior à entrada. À medida que as reservas de moeda externa forem diminuindo, elas tendem a se valorizar em relação à moeda nacional. A escassez de divisas força a sua valorização. À medida que a moeda nacional perde valor, a externa se fortalece. Com isso, o volume de importações tende gradualmente a diminuir e as exportações a aumentar. 5 Por que o Brasil teve que abandonar o Regime de Taxas Cambiais Fixas no início de 1999? R.: Durante o período de julho de 1994 a janeiro de 1999, o Brasil adotou o regime de taxas cambiais fixas. Todavia, a taxa de câmbio na qual a moeda nacional foi fixada era artificialmente elevada. O real foi equiparado ao dólar. Esta ação foi tomada como uma estratégia para combater o grande mal da economia nacional até então: a inflação. Com uma moeda nacional 20 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD E C O N O M I A extremamente valorizada em relação às estrangeiras, os produtos importados ficaram muito mais acessíveis. Portanto, os comerciantes, atacadistas e varejistas poderiam importar mercadorias caso os produtores nacionais quisessem elevar seus preços. Para o consumidor final, essa estratégia foi muito boa, pois garantia mercadorias relativamente baratas nas prateleiras dos supermercados. Contudo, para o produtor nacional, isso foi muito ruim, pois ele passou a enfrentar a concorrência internacional. Como consequência desse processo, o Brasil começou a apresentar déficits crescentes em sua Balança Comercial. Esse déficit, somado ao déficit da Balança de Serviços, gerava um déficit gigantesco em Conta Corrente. Como consequência, as reservas cambiais brasileiras diminuíam ano a ano, expondo o país ao risco de um ataque especulativo. E foi o que aconteceu em janeiro de 1999, quando houve uma fuga maciça de capitais especulativos do país, reduzindo dramaticamente o volume de divisas do país, impossibilitando a manutenção do regime da taxas cambiais fixas. 6 Quais as possíveis vantagens e desvantagens de uma Política Comercial de restrição de importações? R.: Uma Política Comercial de restrição de importações tem como aspecto positivo o fato de que, ao restringirmos a entrada de determinados produtos importados, a indústria nacional tem condições de se desenvolver sem se preocupar com a concorrência externa, muitas vezes mais poderosa do ponto de vista do poder econômico. Essa estratégia já foi adotada várias vezes no Brasil, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de determinados setores da economia doméstica. Como exemplo, podemos citar a antiga "Lei de Informática", de 1984, que garantia reserva de mercado para empresas de capital nacional nos oito anos seguintes, para a quase totalidade dos produtos e serviços relacionados às atividades de informática. Naquele contexto, o governo adotou uma política de proteção ao "similar nacional" para os segmentos voltados aos equipamentos de pequeno e médio porte. A desvantagem de se adotar esse tipo de política está no fato de que os países com os quais o Brasil mantém relações comerciais podem se sentir prejudicados e adotar medidas retaliatórias, restringindo a importação de produtos brasileiros. Além disso, um excesso de protecionismo do setor produtivo nacional pode gerar acomodação dos produtores nacionais, que, sem precisar se preocupar com a concorrência internacional, deixam de investir em aperfeiçoamentos técnicos e em melhorias da qualidade. No caso da “Lei de Informática”, de 1984, o efeito foi o contrário do esperado. A indústria nacional, que se desenvolveu ao longo do período em que a lei estava em vigor, era muito frágil e não tinha a menor condição de competir com a indústria externa. Ao mesmo tempo, essa lei condenou o país a conviver por muito tempo com equipamentos tecnologicamente defasados e que eram comercializados a um preço elevadíssimo. 21UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES E C O N O M I A 7 Por que nos dias atuais o Estado reduziu a sua atuação sobre a atividade econômica por meio da Política de Rendas? R.: Desde 1994, a participação do governo brasileiro na implementação de políticas de rendas vem se reduzindo. Isso se deve ao fato de que essas políticas, quando utilizadas de forma desmesurada, podem provocar efeitos colaterais negativos na economia. Por exemplo: na segunda metade dos anos 80, quando o Brasil estava iniciando suas experiências econômicas de combate à inflação, o tabelamento de preços foi largamente utilizado. Muitos produtores, que se julgaram lesados pelo fato de o preço do seu produto ter sido fixado num patamar muito baixo, simplesmente deixaram de ofertar o produto. Como consequência, houve um desabastecimentode várias mercadorias. Em determinados setores, particularmente no automobilístico, as mercadorias até poderiam ser adquiridas mediante o pagamento de “ágio”, ou seja, uma diferença a mais sobre o valor oficial do produto. Um outro exemplo pode ser observado pela interferência do governo diretamente nas negociações salariais. Nos anos 80, durante o Plano Cruzado, foi criado um dispositivo legal, que garantia um reajuste automático dos salários de todas as categorias trabalhistas sempre que a inflação atingisse 20%. O objetivo dessa política era garantir o poder de compra dos trabalhadores contra os efeitos da inflação. Entretanto, com o recrudescimento da inflação, o gatilho salarial passou a disparar mensalmente, iniciando um processo de indexação da economia e gerando um fenômeno conhecido como inflação inercial. Portanto, para evitar a volta da inflação inercial e das pressões inflacionárias disfarçadas pelos congelamentos de preços, o governo brasileiro tem evitado utilizar esses mecanismos de forma exagerada desde meados dos anos 90. 8 Qual é a situação da distribuição de renda no Brasil? R.: O Brasil é um país que apresenta uma das piores distribuições de renda do mundo, a ponto de Edmar Bacha denominá-lo de Belíndia, uma mistura entre uma pequena e rica Bélgica e uma imensa e pobre Índia. Em 1999, os 10% mais ricos detinham 47,4% da renda nacional. O tempo que os 20% mais pobres precisam trabalhar para igualar sua renda ao dos 20% mais ricos é de 2 anos e oito meses, enquanto que em países como a Polônia, os mesmos 20% mais pobres precisam trabalhar apenas 3 meses para se igualarem aos 20% mais ricos. Em 1999, o 1% mais rico detinha 13,1% de toda a riqueza nacional, enquanto que os 50% mais pobres detinham apenas 14% de toda renda nacional, ou seja, quase a mesma coisa. 22 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD E C O N O M I A TÓPICO 4 1 O que é déficit público? R.: Déficit público é uma situação na qual o governo gasta mais recursos (com obras, folha de pagamento, previdência social etc.) do que arrecada com impostos. 2 Quais são os principais instrumentos de cobertura de um déficit público? R.: Quando um governo gasta mais do que arrecada, ele tem normalmente duas alternativas para cobrir as despesas. Por um lado, ele pode recorrer à emissão de moeda, mas esse recurso tem o inconveniente de gerar inflação. A outra alternativa seria a venda de títulos da dívida pública no Open Market, para potenciais investidores. 3 Como o governo consegue convencer investidores a “emprestar” dinheiro a ele? R.: Para convencer potenciais investidores a adquirir títulos da dívida pública, o governo precisa remunerá-los com uma taxa de juros. O investidor sempre levará duas variáveis em consideração na hora de investir: o risco e a remuneração. Por isso, quanto mais sólida a economia de um determinado país, mais baixos serão os juros que ele terá de oferecer para os títulos que emite, uma vez que os mesmos têm fácil aceitação no mercado. Já países do terceiro mundo, com um elevado grau de endividamento, como é o caso do Brasil, correm o risco de não honrar seus títulos, passando um verdadeiro “calote” nos investidores. Para compensar esse elevado risco, os investidores somente estarão dispostos a aplicar seus recursos se estes países remunerarem seus títulos a uma taxa de juros elevada. 4 Por que o governo tem uma dívida tão elevada? R.: A elevada dívida pública é resultado de um conjunto de fatores. Um deles está no fato de que, durante muito tempo, o governo brasileiro realizou gastos públicos num valor muito superior à sua arrecadação de impostos. Até 1998, os resultados primários do governo eram negativos. A partir de 1999, foi iniciada uma política de resultados primários positivos, política esta que tem se mantido até os dias atuais. Durante todo esse período (1999 a 2005), embora o resultado primário tenha sido positivo, o resultado nominal continua negativo, o que significa que a dívida pública brasileira continua aumentando. Um outro fator, muito importante para explicar o elevado valor da dívida, está nas taxas de juros praticadas no país. O Brasil possui as taxas de juros reais (taxas de juros nominais descontados os juros) mais elevadas do mundo. Como boa parte dos títulos públicos emitidos pelo governo é atrelada à SELIC 23UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES E C O N O M I A (taxa básica de juros), isso significa que o ritmo de crescimento da dívida é o mais elevado do mundo, superando significativamente o ritmo de crescimento da economia brasileira. 5 Por que a taxa de juros praticada no Brasil é tão elevada? R.: A taxa de juros no Brasil é bastante elevada em função de um conjunto de fatores. O primeiro deles é a inflação. A taxa de juros é utilizada como mecanismo de combate à inflação. Juros elevados inibem a demanda agregada, pois desestimulam o consumo das famílias e o investimento dos empresários. Além disso, os juros são utilizados como um mecanismo para atração de capital especulativo externo. Os títulos públicos oferecidos ao público podem ser adquiridos por investidores nacionais e internacionais. Existem situações em que um país deseja atrair investidores especulativos internacionais, pois esses investidores podem trazer divisas (moedas externas). É o caso de países que passam por dificuldades no pagamento de obrigações externas. Todavia, os investidores internacionais sempre levam em consideração duas variáveis na hora de decidir investir em determinado país: a rentabilidade (dada pela taxa de juros praticada no país) e o risco (dado pela probabilidade de o país vir a dar o “calote” nos seus títulos públicos). Essa probabilidade, de um país não honrar seus compromissos externos, é medida por meio de índices calculados por bancos internacionais (o mais famoso deles é o EMBI+ medido pelo J. P. Morgan e também conhecido pela expressão “risco país”). Normalmente, os países do terceiro mundo, que se encontram altamente endividados, como é o caso do Brasil, possuem elevados índices de risco país e, consequentemente, precisam praticar elevadas taxas de juros para atrair o capital especulativo externo. Portanto, um dos motivos dos juros permanecerem num patamar relativamente elevado no Brasil se deve ao fato de ele ainda ser considerado um mercado relativamente instável e inseguro para os investidores especulativos internacionais. 6 Quais são as consequências sobre a sociedade de uma taxa de juros tão elevada? R.: Além de atrair capital especulativo externo e servir de instrumento de combate à inflação, a manutenção de taxas de juros elevadas provoca vários efeitos negativos sobre a economia de um país. O principal deles está na inibição do consumo das famílias, principalmente nas de mais baixa renda, que precisam fazer uso dos meios de financiamento para a aquisição de bens de consumo duráveis. Além disso, os juros elevados não estimulam o investimento do setor privado, o que limita a capacidade de crescimento e geração de empregos da economia. Paralelamente a esses efeitos, o próprio governo sai prejudicado, pois, como boa parte dos títulos públicos são remunerados pela taxa de juros praticada pelo país, é o próprio setor público que terá de arcar com as despesas decorrentes do crescimento da dívida 24 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD E C O N O M I A pública. Consequentemente, o governo provavelmente será forçado a destinar boa parte dos recursos arrecadados dos impostos para o pagamento dos juros da dívida, ao invés de investi-los em obras e serviços para a sociedade. 7 Com relação às contas públicas, qual a diferença entre resultado primário e resultado nominal? R.: O resultado primário é o resultado obtido pelo governo quando, das suas receitas operacionais (provenientes da arrecadação de impostos), são descontadas as suas despesas operacionais (investimentos em obras públicas, folha de pagamentos do funcionalismo público, gastos com a previdênciasocial etc.). Desde 1999, o Brasil tem apresentado um resultado positivo nesta conta, num montante que tem variado entre 3,18% e 4,81% do PIB. Já o resultado nominal é obtido a partir do resultado primário (seja ele positivo ou negativo) deduzido o volume de gastos com os juros da dívida. Trata-se do resultado efetivo do setor público de um país. No caso do Brasil, este resultado nominal tem sido negativo e seu resultado tem variado de 2,67% a 5,08% nos últimos anos. Isso significa que o volume de recursos poupados pelo governo não tem sido suficiente para pagar por todos os gastos com os juros da dívida. 8 Descreva o ciclo vicioso do Endividamento Público. R.: A existência de sucessivos déficits nominais leva ao aumento da dívida interna. O país entra num círculo vicioso: como o governo gasta mais do que arrecada, precisa cobrir suas despesas com a emissão de títulos públicos. Como precisa convencer o mercado a comprar seus títulos, mantém uma taxa de juros elevada (a mais elevada do mundo). No entanto, quanto mais o governo eleva a taxa de juros, mais rapidamente cresce sua dívida interna e maior será o volume de juros pagos para honrar seus compromissos. Maior será, então, o seu déficit público no ano seguinte e maior será a necessidade de emissão de títulos públicos. Conclui-se que a dívida interna do governo cresce por dois motivos: pelos juros elevados que precisa praticar para torná-los atrativos ao mercado e pela necessidade de emitir novos títulos para cobrir o déficit nominal. TÓPICO 5 1 Qual a função da emissão de moedas lastreadas em ouro? R.: A emissão de moeda lastreada em ouro, processo também conhecido por “Padrão-Ouro”, foi um princípio de política monetária adotado por vários países até o ano de 1971, quando foi definitivamente abandonado. Este princípio era um resquício da necessidade de lastro exigida para a emissão de moeda-papel pelos primeiros bancos, ou seja, foi uma estratégia utilizada 25UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES E C O N O M I A pelos governos para dar mais confiança à sua moeda. Essa reserva metálica permitia a conversibilidade, ou seja, a transformação de notas de papel em ouro monetário. Se alguém se sentisse inseguro em relação à estabilidade da moeda, poderia trocar o papel pintado por ouro e se tranquilizar. Esse Ouro Monetário era conservado em lingotes ou sob a forma de moedas no Tesouro Nacional ou nos Bancos Centrais desses países. Se o governo quisesse emitir mais papel-moeda, teria de aumentar seus estoques de ouro. Isso funcionava como um freio, pois criava sérias limitações para que um governo emitisse mais dinheiro, ou seja, tornava difícil para um governo apelar para a inflação. 2 O que significa moeda fiduciária? R.: A fidúcia é uma característica das moedas atuais. Fidúcia significa confiança. Então, moeda fiduciária é uma moeda cujo valor depende da confiança que a população, de modo geral, tem nela. Atualmente, o valor das moedas não depende mais do lastro em ouro. A moeda não é mais conversível em ouro. O seu valor depende da aceitação da moeda pela sociedade, de sua confiança na solidez das instituições monetárias. 3 Quais são as funções da moeda? Explique. R.: A moeda possui três funções básicas. A sua principal função é de “instrumento de trocas”. Ela foi criada para ser um mecanismo de facilitação das trocas de bens, serviços, mercadorias etc., entre os diversos agentes da atividade econômica. Uma segunda função para a moeda é a de “denominador comum de valores”. Por meio da moeda, é possível comparar os valores de diferentes mercadorias. Por exemplo: com quantas sacas de soja um produtor agrícola pode comprar um trator? Quantas horas um professor precisa ensinar para adquirir um computador? Tudo em nossa sociedade que é objeto de compra e venda tem o seu valor quantificado em unidades monetárias. Até mesmo o PIB, que mede a produção total de bens e serviços ao longo de um ano, é quantificado em unidades monetárias. A terceira função da moeda é a de “reserva de valor”. A moeda cumpre essa função, porém ela não o faz de maneira ideal. Quanto maior for a inflação de um país, mais rapidamente a moeda perde valor, consequentemente, pior é a sua capacidade de reserva de valor. Contudo, mesmo assim, pelo fato de ter liquidez imediata, ou seja, por sua capacidade de ser universalmente aceita e trocada por outro produto, as pessoas decidem manter parte de sua renda na forma de moeda. 4 Quando um governo emite moeda para cobrir suas despesas, que tipo de inflação ele está criando? Por quê? R.: Quando o governo resolve emitir moeda para pagar suas despesas operacionais, ele estará gerando uma inflação de demanda. A moeda recém- emitida, ao ser utilizada para o pagamento de obras públicas ou da folha de pagamentos do funcionalismo público, estará colaborando para aumentar 26 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD E C O N O M I A a renda total da sociedade. O incremento da renda induzirá uma boa parte da sociedade a consumir mais, elevando a demanda agregada. Como, a princípio, não existiu nenhum incremento da oferta nem da capacidade produtiva, o aumento da demanda não poderá ser atendido integralmente pelos empresários. Nessa situação, em função da falta de bens e serviços para todos, haverá um aumento das pressões inflacionárias. 5 O que significa indexação da economia? Qual o seu efeito sobre a inflação? R.: Indexar a economia significa atrelar preços, salários, contratos, aluguéis etc. a determinados índices de mensuração da inflação (IGP-DI, IGP-M, IPADI, INCC, INPC, IPCA etc.). O grande inconveniente da indexação da economia é que a inflação passada serve de parâmetro para o aumento de preços futuros, mesmo que as causas originais da elevação de preços (elevação da demanda ou redução da oferta) já tenham desaparecido. Com isso, a inflação se retroalimenta, gerando, muitas vezes, uma tendência de crescimento exponencial que culmina num processo hiperinflacionário. A inflação inercial também é chamada de inflação psicológica. 6 Em que situações a inflação pode ser entendida como um imposto inflacionário? R.: A inflação pode ser entendida como um imposto inflacionário quando ela é decorrente da emissão exagerada de moeda por parte de algum governo. Quando as despesas do governo são muito superiores às suas receitas, ele pode cobrir a diferença emitindo moeda. Isso é muito bom para o governo, pois ele cria uma receita artificial para pagar as suas dívidas. No entanto, a emissão de moeda gera inflação e a inflação corrói o valor do salário do trabalhador. Por isso, a inflação também pode ser entendida como um instrumento de transferência de valor do salário do trabalhador (que perde valor à medida que a moeda desvaloriza) para as contas do governo (que acumulam valores pela emissão de moeda). É uma forma velada de cobrar impostos, justamente da parcela da população mais exposta aos efeitos nocivos da inflação. 7 Como uma inflação elevada afeta os investimentos dos empresários? R.: Num ambiente de elevada inflação, os empresários, de modo geral, têm dificuldade em realizar planejamentos financeiros de longo prazo. A inflação prejudica a precisão dos cálculos de rentabilidade de projetos de investimentos produtivos. Normalmente, os investimentos produtivos possuem um elevado prazo de maturação. Isso significa que, quando um empresário decide realizar um investimento produtivo, muito tempo irá decorrer até que o projeto fique pronto e em condições de entrar em operação. Dependendo do tamanho do investimento, o prazo de maturação é de dois anos ou mais (em alguns casos muito mais). Num ambiente econômico no qual a inflação oscila em torno 27UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES E C O N O M I A de 2.500% ao ano, o empresário se sente tentado a desistir do investimento produtivo e direcionar seus recursos para as aplicações financeiras, ou seja, para os investimentos especulativos. Esse processo é duplamente prejudicial,pois, como sabemos, a inflação normalmente é originária de uma situação em que a oferta de mercadorias não é suficiente para atender à procura. E se os empresários decidem não investir na produção, a capacidade produtiva não se amplia, mantendo a inflação num ciclo vicioso. TÓPICO 6 1 Qual a moeda padrão para o comércio internacional? A partir de quando ela passou a ter essa hegemonia? R.: Nas transações econômicas internacionais são utilizadas moedas que têm ampla aceitação no mercado mundial. Atualmente, a principal dessas moedas é o dólar. A hegemonia do dólar foi determinada pela reunião de Bretton Woods, realizada em julho de 1944, cerca de um mês após a invasão das forças aliadas na Normandia, na famosa Operação Overlord, fator que determinou o desfecho da II Guerra Mundial. A hegemonia militar das forças norte-americanas, no final dessa guerra, possibilitou a estes imporem, aos demais países reunidos na conferência, as novas regras do sistema financeiro internacional. Até o início desse conflito, a principal moeda utilizada nas transações internacionais era a libra esterlina da Inglaterra. 2 O que um país como o Brasil, que não tem o direito de emitir dólares, precisa fazer para importar mercadorias? R.: Caso um país como o Brasil queira importar mercadorias, precisará de divisas internacionais (preferencialmente dólares) para pagá-las. Por isso, ele deverá, antes, exportar, para conseguir os dólares necessários para pagar pelas importações. Caso não consiga exportar o suficiente para pagar pelas importações, poderá tomar dólares emprestados, porém, ao se endividar em moeda estrangeira, terá de pagar os juros dessa dívida também em moeda estrangeira. 3 Por que a balança comercial brasileira foi negativa no período de 1995 a 2000? R.: Durante o período compreendido entre os anos de 1995 e 2000, a balança comercial brasileira foi negativa, indicando que ao longo desses anos o Brasil importou mais mercadorias que exportou. Este excesso de importações frente às exportações foi a consequência de uma estratégia deliberada do governo para combater a inflação. Com o valor da moeda nacional artificialmente elevado em relação ao dólar, os produtos importados ficaram relativamente mais baratos que muitas mercadorias produzidas por empresas nacionais. 28 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD E C O N O M I A Para sobreviver, muitas empresas tiveram de se reestruturar para cortar custos e oferecer produtos de maior qualidade a um preço mais reduzido. As empresas que não conseguiram se adaptar à concorrência internacional perderam mercado e faliram. Essa estratégia adotada pelo governo foi boa para o consumidor final, que teve acesso a uma ampla gama de produtos importados a preços relativamente constantes. Contudo, o lado negativo está no fato de que essa estratégia desestimulou vários segmentos do setor produtivo que não tinham condições de competir com os concorrentes estrangeiros, gerando falências e desemprego. 4 Qual tem sido o comportamento da Balança de Serviços? Por que ela se comporta dessa maneira? R.: Em função das características estruturais da economia brasileira e, principalmente, em função do fato de o Brasil ter uma grande dívida externa e uma grande quantidade de multinacionais instaladas em seu território (aliado ao fato de existirem poucas empresas brasileiras atuando no exterior), a Balança de Serviços tem sido historicamente negativa no Brasil. A balança de serviços registra, entre outras coisas, as chamadas Rendas de Capitais, que incluem as despesas com o pagamento de juros da dívida externa e a remessa de lucros e dividendos das empresas multinacionais instaladas no país. Quanto maior a dívida externa de um país, maior é o chamado serviço da dívida, ou seja, o volume de juros pagos, registrados na balança de serviços. Como a dívida externa brasileira é elevada, os gastos com o serviço da dívida têm sido significativos. Além disso, nas Rendas de Capitais, são registradas as remessas ao exterior de lucros e dividendos das empresas multinacionais instaladas no país, assim como as remessas do exterior ao Brasil das empresas nacionais instaladas no exterior. Como existem muito mais multinacionais estrangeiras atuando no país do que empresas nacionais atuando no exterior, o volume de lucros remetidos ao exterior é muito superior ao volume de lucros das empresas nacionais enviados ao Brasil. Para que esse cenário mude, ou seja, para a realização de um hipotético superávit na balança de serviços, a estrutura econômica do país teria de mudar significativamente. O país deveria sair da condição de devedor e passar a ser um grande credor internacional. Além disso, boa parte de suas empresas deveriam instalar filiais no exterior e enviar seus lucros ao país de origem. Ambos os cenários não parecem exequíveis no curto prazo. 5 O que são transações unilaterais? R.: As transações unilaterais tratam das doações a fundo perdido feitas entre vários países em casos de catástrofes naturais e das transferências de trabalhadores que vivem em outros países. O desempenho do Brasil, nesse quesito, tem sido positivo, embora isso não seja motivo de orgulho nacional, 29UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES E C O N O M I A pois é o reflexo da grande quantidade de trabalhadores brasileiros vivendo no exterior e mandando dinheiro para familiares no Brasil. 6 Qual a diferença entre investimentos diretos e investimentos de curto prazo? Qual desses dois tipos de investimentos é considerado mais saudável para a cobertura de um déficit em transações correntes? R.: Os investimentos diretos representam investimentos produtivos de empresas multinacionais no país ou a compra, por estrangeiros, de uma empresa nacional. Esse tipo de investimento gera empregos, produz e, portanto, colabora para incrementar o PIB, paga impostos, além de se fixar no país, impedindo a sua fuga sem o menor aviso prévio. Já os investimentos de curto prazo, também chamados de investimentos especulativos, não são investimentos produtivos, portanto não geram empregos. Estes capitais são atraídos ao país pela elevada taxa de juros praticada internamente. Eles buscam apenas uma remuneração financeira. Além disso, ao menor sinal de fraqueza da economia doméstica, estes capitais tendem a deixar muito rapidamente o país, provocando um fenômeno conhecido como ataque especulativo, o que pode deixar a nação insolvente e sem condições de cumprir com suas demais obrigações externas. Por isso, os investimentos diretos são considerados muito mais saudáveis para a economia de um país do que os investimentos de curto prazo. 7 O que são reservas cambiais? R.: Reservas cambiais representam o conjunto de recursos em moeda externa com liquidez internacional (divisas internacionais) em poder de determinado país, para uso em transações externas, sejam elas comerciais ou financeiras. Elas são necessárias, pois nem sempre um país estará gerando (por meio de suas exportações de mercadorias, investimentos diretos recebidos e empréstimos tomados) um fluxo de divisas suficiente para cobrir os seus gastos com importações, pagamentos de serviços da dívida, amortizações etc. 8 O que acontece com um país cujas reservas cambiais chegam ao fim? R.: Quando as reservas cambiais de um país chegam ao fim, ele não tem mais recursos para cumprir com suas obrigações externas e é obrigado a decretar a moratória, que seria uma espécie de falência do país. Ao decretar a moratória, o país perde confiança no mercado internacional e não consegue atrair novos investimentos externos, muito menos contrair novos empréstimos, pois ninguém empresta para quem não tem perspectivas de devolver o que foi emprestado. Assim, para conseguir importar mercadorias essenciais, o país terá de pagar à vista, pois seu crédito internacional não existe mais. No entanto, como pagar à vista se não existem mais reservas cambiais? A solução é desvalorizar dramaticamente o valor da moeda nacionalem relação às estrangeiras, tornando as mercadorias nacionais 30 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD E C O N O M I A muito mais baratas e, portanto, competitivas no mercado internacional. Com isso, criam-se condições para um aumento nas exportações e para a criação de uma pequena reserva emergencial de divisas internacionais. O grande problema desse conjunto de ações é que, com a desvalorização da moeda nacional, as mercadorias importadas ficarão muito mais caras, dando início, ou acentuando, a um processo inflacionário. UNIDADE 3 TÓPICO 1 1 Descreva o comportamento dos consumidores em relação ao preço das mercadorias. Quais as causas desse comportamento? R.: Normalmente, os consumidores tendem a consumir muito de determinada mercadoria quando seus preços são baixos. À medida que os preços dessa mercadoria aumentam, há uma tendência de que o consumo caia. Por isso, a função de demanda é representada graficamente por uma curva descendente. As principais razões desse tipo de comportamento são: (1) Os preços constituem um obstáculo aos consumidores. Quanto mais altos os preços, menor será o número de consumidores aptos e interessados em adquirir a mercadoria. (2) Efeito substituição. Quando o preço de determinado produto aumenta, os consumidores tendem a procurar por um produto similar, cujo preço não tenha aumentado. (3) Utilidade marginal. Quanto maiores forem as quantidades disponíveis de um produto qualquer, menores serão os graus de sua utilidade marginal. O consumo de uma unidade de determinada mercadoria por parte de um consumidor pode trazer a ele um nível de satisfação elevado. Entretanto, o consumo de unidades adicionais da mesma mercadoria pode reduzir o seu grau de satisfação. Chegará o ponto em que o consumidor estará totalmente satisfeito e não terá interesse em consumir unidades adicionais. 2 O que significa afirmar que existe um conflito de interesses entre empresários e consumidores no mercado? Explique. R.: Existe um conflito de interesses entre empresários e consumidores, pois os primeiros sentem-se mais motivados a produzir quanto maior for o preço de venda da mercadoria. Já os consumidores se sentirão mais estimulados a comprar quanto mais baixo for o valor da mercadoria. Num patamar elevado de preços, o empresário deseja produzir muito, mas o consumidor irá consumir pouco. Haverá excesso de produção e elevação dos estoques. Quando os 31UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES E C O N O M I A preços estão num patamar muito baixo, os consumidores têm interesse em adquirir muitas mercadorias, mas o interesse de produção por parte dos empresários é muito pequeno. 3 Explique como ocorre o equilíbrio entre os interesses de empresários e consumidores. R.: O equilíbrio entre os interesses de empresários e consumidores ocorre pela interação de seus comportamentos representados graficamente pelas curvas de oferta e demanda. Se os preços praticados forem muito baixos, os consumidores até têm interesse em adquirir mercadorias, porém os empresários têm pouco estímulo para produzi-las. Por consequência, gera-se um desequilíbrio de mercado, em que a demanda é maior do que a oferta. Nessa situação, os potenciais consumidores do mercado terão que disputar as poucas mercadorias produzidas. Os empresários tenderão a elevar o preço da mercadoria vendida, pois procurarão vendê-las para quem oferecer mais por elas. Por outro lado, se os preços estiverem num patamar muito elevado, os empresários terão grande interesse em produzir mercadorias, porém existirá um número limitado de compradores dispostos a comprar as mercadorias produzidas ou em condições financeiras de efetuar a compra. Nesse contexto, os produtores terão de disputar entre eles os poucos consumidores disponíveis no mercado e tenderão a fazê-lo por meio da redução do preço de venda da mercadoria, pois sabem que, se não reduzirem seu preço, correrão o risco de não conseguir vender nada (uma vez que outros empresários estarão vendendo a mesma mercadoria a um preço mais baixo). Quando existe excesso de oferta, os preços tendem a cair. A queda de preços desestimula a produção. Caso o desestímulo seja excessivo, irão faltar mercadorias. A falta de mercadorias representa um excesso de demanda. Esse excesso de demanda força uma subida de preços. A elevação dos preços volta a estimular alguns empresários a produzir um pouco mais. Por meio desse mecanismo, os preços tendem a oscilar até atingirem um ponto de equilíbrio, em que a demanda se iguala com a oferta. Nesse ponto de equilíbrio entre oferta e demanda, o preço tende a permanecer estável, sem estimular nenhuma das duas forças. 4 O que Adam Smith quis afirmar com a expressão “mão invisível”? R.: Adam Smith utilizou a expressão “mão invisível” para designar o funcionamento automático do mercado por meio da lei da oferta e da procura. Segundo ele, as forças do mercado têm a capacidade de se autorregularem por meio da interação entre consumidores e produtores. É como se uma mão invisível ajustasse o volume de produção, com as necessidades do mercado consumidor. 32 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD E C O N O M I A 5 Em que medida a lei da procura e da oferta justifica uma sociedade baseada no liberalismo econômico? R.: Como Adam Smith afirmava que o mercado se autoajustava por meio da interação entre a oferta e a procura, como se existisse uma “mão invisível” regulando o mercado, o economista acreditava que não havia necessidade de intervenção do Estado nos assuntos econômicos. Para Smith, a interferência do Estado prejudicava o perfeito funcionamento do mercado. Para que houvesse uma alocação ótima dos recursos produtivos, o Estado deveria ter uma estrutura mínima, restringindo-se a cuidar de questões tipicamente governamentais, como a organização de exércitos, a administração da justiça e a realização de obras públicas que não atraem a iniciativa privada. TÓPICO 2 1 O que significa a expressão elasticidade-preço da procura? R.: A elasticidade-preço da procura mede o grau de sensibilidade da procura em relação ao preço. Existem situações em que pequenas variações nos preços podem provocar grandes variações nas quantidades consumidas. Em outras situações, mesmo variações significativas nos preços praticamente não alteram as quantidades consumidas. No primeiro caso, temos demandas elásticas em relação ao preço e, no segundo, demandas inelásticas. 2 A elasticidade-preço da demanda por pacotes turísticos para Nova Iorque por turistas brasileiros é 2,5. Suponhamos que em função da desvalorização cambial o preço do pacote turístico caiu em 40%. Qual é o efeito desta desvalorização cambial sobre a demanda por viagens para Nova Iorque? R..: Є = Modificação percentual da quantidade procurada Modificação percentual do preço 2,5 = Modificação percentual da qualidade procurada 40% Modificação percentual da quantidade procurada = 40% x 2,5 Modificação percentual da quantidade procurada = 100% Portanto, com a queda de 40% no valor do pacote turístico para Nova Iorque, a demanda por esse serviço sobe em 100%. 3 Como é caracterizada a elasticidade-preço do “sal”? Como se explica esse comportamento? 33UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES E C O N O M I A R.: O sal é uma mercadoria cuja demanda é tipicamente inelástica em relação aos preços. Mesmo que o sal tenha o seu preço incrementado em 200%, a queda no consumo será pouco significativa. Isso acontece porque o valor médio do sal no mercado é muito pequeno e afeta muito pouco o orçamento das famílias. Ao mesmo tempo, o volume mensal de consumo de sal por uma família não tende a variar muito. São poucas as famílias que consomem mais de 1kg de sal ao mês. Mesmo que o preço do sal caia pela metade, elas não irão dobrar o seu consumo. 4 Explique como funcionam os fatores que influenciam a elasticidade-preço da procura. R.: Existem três principais
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