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Gabarito das Autoatividades REVEGETAÇÃO E FITORREMEDIAÇÃO (GAM) 2013/1 Módulo II 3UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES R E V E G E T A Ç Ã O E F I T O R R E M E D I A Ç Ã O GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE REVEGETAÇÃO E FITORREMEDIAÇÃO UNIDADE 1 TÒPICO 1 1 Elabore uma tabela comparativa com os conceitos de área degradada e área perturbada. R.: Uma área degradada é aquela que, após distúrbios, teve eliminados, juntamente com a vegetação, os seus meios bióticos de regeneração, como o banco de sementes, o banco de plântulas, a chuva de sementes e a rebrota. Essas áreas, muitas vezes, exigem intervenção com plantio de mudas associado a práticas de engenharia civil. As áreas em que a estrutura do solo for profundamente afetada pelos agentes de degradação precisarão de tratamento especial. As técnicas de plantio de mudas não bastam para refazer sequer a estrutura florestal nessas condições. No entanto, uma área perturbada é considerada aquela que sofreu distúrbios, mas manteve seus meios bióticos de regeneração. A diferença com a área degradada é que não é obrigatória para a recuperação destas áreas, pois a própria natureza se encarregará de tal tarefa. 2 Estabeleça diferenças e semelhanças entre os conceitos de recuperação, restauração e reabilitação. R.: A restauração ecológica é considerada como transformar a área degradada em uma condição próxima à condição antecedente ao distúrbio. No entanto, o termo recuperação pode ser definido como o processo que visa à obtenção de uma nova utilização para a área degradada. A reabilitação é o retorno da área degradada a uma situação alternativa estável. Isso ocorre mediante uma forte intervenção antrópica, sem que o ecossistema permaneça em condição irreversível de degradação. 3 Analise a figura a seguir para definir a sucessão ecológica. FIGURA 8 – AMBIENTE EM PROCESSO DE SUCESSÃO ECOLÓGICA 4 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD R E V E G E T A Ç Ã O E F I T O R R E M E D I A Ç Ã O FONTE: Disponível em: <http://www.infoescola.com/ecologia/comunidade-climax/>. Acesso em: 26 maio 2011. R.: A sucessão ecológica é um processo de modificação progressiva de uma comunidade vegetal, tanto na proporção quanto na composição de seus indivíduos, até que esta atinja um estado de equilíbrio dinâmico com o ambiente. As modificações são causadas por alterações das condições abióticas e bióticas decorrentes de atividades dos próprios componentes da comunidade ou devido a fatores externos, com consequências na probabilidade de estabelecimento e sobrevivência de cada espécie. Para que ocorra um processo de sucessão são necessários alguns pontos primordiais, tais como: a existência de uma área aberta onde espécies da flora possam se desenvolver, a entrada de novas espécies ao longo do tempo e que as espécies que vão ocupando a área tenham um comportamento ecológico distinto. Assim, as espécies pioneiras invadem lentamente um sítio disponível à colonização e facilitam o estabelecimento de outras espécies, pois agem como abrigo para os vetores de dispersão, melhoram as condições de fertilidade do solo e formam hábitats adequados ao recrutamento. Dessa forma, espécies de ervas, arbustos, árvores pioneiras de ciclo de vida curto e longo constituem grupos ecológicos com funções distintas na regeneração da floresta. 5UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES R E V E G E T A Ç Ã O E F I T O R R E M E D I A Ç Ã O TÓPICO 2 1 O que é desenvolvimento sustentável? A sociedade humana pode crescer de maneira sustentável? Justifique as suas respostas. R.: A sustentabilidade das atividades humanas, bem como o tamanho e a distribuição da população humana, têm-se tornado preocupações crescentes do público geral e dos governantes. Porém, para alcançar a sustentabilidade ou para se aproximar dela, é necessária a compreensão ecológica do problema. Quando se chama de sustentável significa que ela pode ser continuada ou repetida em um futuro previsível. A grande preocupação é que as atividades humanas são nitidamente insustentáveis. A população humana não poderá, por exemplo, explorar os recursos florestais mais rapidamente do que a capacidade de regeneração da floresta. O conceito de desenvolvimento sustentável estabelece a possibilidade de desenvolvimento econômico efetivo se alicerçado no tripé “Eficiência Econômica, Ecologia e Equidade intra e entre gerações”. 2 Discuta a seguinte afirmação: “A sociedade humana não deve se preocupar com os efeitos que provoca nos sistemas naturais, pois a sucessão ecológica irá cicatrizar os impactos negativos”. R.: A área precisa ter capacidade de autorregenerar, ou seja, apresentar resiliência. A ação humana, neste caso, não é obrigatória para a recuperação, pois a própria natureza se encarregará de tal tarefa (Figura 2). Portanto, se a área mantém a sua capacidade de regeneração (denominada de “resiliência”), ela é considerada perturbada e a intervenção humana apenas acelera o processo de recuperação. TÓPICO 3 Questão única - Agora é hora do desafio! Responda à pergunta para fixar um ponto importante do texto: Pode você pensar em algum meio que Holl poderia utilizar para aumentar a dispersão de sementes de florestas perturbadas? R.: Estabelecer alguns atrativos adicionais à avifauna, como a instalação de poleiros naturais com disponibilidade de frutos ou sementes da flora nativa. TÓPICO 3 1 Faça uma tabela comparativa para: áreas degradadas por mineração, agropecuária, resíduos perigosos e aglomerações urbanas. 6 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD R E V E G E T A Ç Ã O E F I T O R R E M E D I A Ç Ã O R.: A mineração constitui um dos principais fatores antrópicos de degradação ambiental, devido às grandes modificações físicas e bióticas que provoca. Estes efeitos exibem maior intensidade na mineração a céu aberto, onde a paisagem é fortemente modificada, o solo é erodido e lixiviado e as águas poluídas. A semelhança com a degradação causada pelas atividades agropecuárias é o impacto causado no ambiente natural, pois para a implantação das pastagens é necessário seguir as seguintes etapas: implantação, estabelecimento de pastagens e sua utilização, com posterior queda gradativa da produtividade e da qualidade nutricional dessas áreas. Para a implantação de pastagens, geralmente, ocorre a derrubada e a queima da vegetação nativa localizada nas áreas de interesse agropecuário. Essas práticas, de corte e queima de árvores, liberam muitos nutrientes minerais que podem sustentar dois ou três anos de crescimento vegetal, tanto em uma plantação quanto das gramíneas para a pastagem. Esses nutrientes liberados podem ser lixiviados rapidamente do solo quando a vegetação natural não está mais presente para assimilá-los. Consequentemente, os níveis de nutrientes minerais no solo caem rapidamente. Além disso, à medida que os solos tropicais expostos secam, o movimento da água traz óxido de ferro e de alumínio para a superfície, onde formam uma substância semelhante ao tijolo, chamada laterita. O escoamento superficial da água sobre a laterita impenetrável acelera a erosão. Os compostos poluentes podem ser substâncias que possuem meia vida longa ou ainda uma lenta taxa de desaparecimento no ambiente. Esse é o caso de vários compostos que foram feitos pelo homem. Os compostos como herbicidas, fungicidas e inseticidas são poluentes de grande preocupação já que entram no ambiente em quantidades substanciais, são tóxicos e resistentes à degradação e podem se acumular em sedimentos (areia e argila, por exemplo). Desse modo, as áreas contaminadas surgem devido ao aumento da produção de bens para o consumo ou para sustentar a sociedade atual. 2 Considere o banheiro que você usa frequentemente e descubra para onde vai o seu esgoto. Com quais problemas de poluição você está contribuindo? R.: Discutir sobre o saneamento de cada cidade, poluentes presentes no esgoto sanitário e como este é tratado pelo município.7UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES R E V E G E T A Ç Ã O E F I T O R R E M E D I A Ç Ã O UNIDADE 2 TÓPICO 1 1 Qual a importância da floresta ciliar? R.: A vegetação ciliar funciona como filtro de toda a água que atravessa o conjunto de componentes da bacia de drenagem. Dessa forma, proporciona a manutenção da qualidade e quantidade da água das nascentes e dos rios. Nas áreas onde se encontram riachos pequenos e frágeis, a cobertura vegetal das margens é essencial para a sua preservação, pois a vegetação evita a erosão dos solos adjacentes, impedindo a sedimentação ou assoreamento do leito desses canais. Nas áreas onde o rio se encontra mais sinuoso e volumoso, a presença da vegetação possibilita a estabilidade das margens. Os rios recebem continuamente material orgânico das áreas ciliares. Esse material orgânico cumpre uma importante função nutricional para biota aquática. As irregularidades das margens proporcionadas pela vegetação e pela queda de matéria orgânica grosseira (galhos e troncos, por exemplo) favorece o processo de retenção de nutrientes e a diminuição da erosão. As irregularidades são importantes no período de extravasamento do rio, pois reduzem a velocidade da água, diminuindo o impacto desses fenômenos. Nas margens onde ocorre a deposição há um predomínio de depósitos arenosos sujeitos naturalmente ao processo de desmoronamento. A presença do sistema radicular da vegetação ciliar, porém, diminui a erosão das margens e o consequente assoreamento do curso d’água. A presença da vegetação resulta, ainda, na absorção e na interceptação da radiação solar, contribuindo para o equilíbrio térmico da água, proporcionando melhores condições à fauna nativa. A vegetação ciliar serve como corredor para a fauna circular entre as áreas de florestas, evitando o isolamento de populações bióticas. 2 Os países desenvolvidos poderiam disponibilizar maior quantia de recursos financeiros para conservar as florestas tropicais em países em desenvolvimento? Explique. R.: Aqui é para entrar a opinião do(a) acadêmico(a) e criar uma discussão com as diferentes respostas para criar uma resposta de consenso. 8 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD R E V E G E T A Ç Ã O E F I T O R R E M E D I A Ç Ã O TÓPICO 2 Questão única - Considere a figura a seguir como a representação de áreas localizadas em curso superior, médio e inferior. Tendo isso em vista, avalie cada compartimento em relação aos tipos de rio. FIGURA 31 – REPRESENTAÇÃO DE ÁREAS LOCALIZADAS EM CURSO SUPERIOR, MÉDIO E INFERIOR DE RIOS FONTE: A autora R.: Rio de Curso Superior – o rio neste local se encontra raso, ou seja, possui a lâmina da água reduzida, porém, em períodos com alta pluviosidade, aumenta seu volume de água muito rapidamente. Este rio se encontra em partes acidentadas do relevo, tendo então a característica de um rio encachoeirado, devido à declividade acentuada do relevo em que se encontra. Rio de Curso Médio – apresenta-se de forma anastomosada, possuindo várias ilhas de deposição de sedimentos, sendo que, neste curso, o rio vai perdendo competência. As ilhas são dinâmicas, apesar de possuírem vegetação na maioria das vezes, elas estão em constantes mudanças, e o rio está sempre procurando novos caminhos. Estas ilhas também podem se juntar com as margens ou ficar isoladas no meio do rio. Rio de Curso Inferior – é um rio profundo, a velocidade da correnteza é reduzida, pois é um rio encontrado em planícies. Este rio também é chamado de rio maduro, que apresenta um padrão sinuoso ou meândrico, que possui curvas de deposição e assoreamento de sedimentos. Este rio possui pouca competência, e transporta geralmente muitos sedimentos, dando aspecto de coloração muito turva; seu fluxo é laminar, quase que imperceptível. TÓPICO 3 Questão única - Faça uma pesquisa na internet sobre a importância da floresta ciliar e os fatores condicionantes para o seu estabelecimento, e depois elabore um resumo. Uma dica para você é o site: <www.scielo.br>. Nesse site você encontrará inúmeros artigos científicos sobre o assunto. Boa pesquisa! 9UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES R E V E G E T A Ç Ã O E F I T O R R E M E D I A Ç Ã O R.: Fatores condicionantes: tipo de solo, profundidade do solo, classe textural, capacidade de troca catiônica, profundidade do lençol freático, tipologia de rio e relevo. Os principais benefícios da mata ciliar: qualidade da água, estabilidade das margens, habitat para fauna nativa e equilíbrio térmico. TÓPICO 3 1 Cite e descreva os solos que ocorrem em áreas de floresta ciliar. R.: Organossolos: são definidos como solos orgânicos, sendo que a matéria orgânica é oriunda de restos de vegetais em grau variado de decomposição. A acumulação desses materiais ocorre em áreas encharcadas. Apresentam coloração escura, são muito mal drenados (com lençol freático próximo à superfície). Com a retirada da floresta e o processo de drenagem, esses solos diminuem a espessura. Gleissolos: solos muito mal drenados. Em áreas com saturação hídrica, o horizonte A é marrom escuro. A coloração é cinzenta (ferro reduzido); textura muito argilosa, argilosa ou média; solos ácidos. Podem apresentar pontuações alaranjadas devido à oxidação do ferro. Essa reação ocorre na presença de oxigênio. Quando as raízes penetram no solo, facilitam a entrada de oxigênio. Neossolos flúvicos: estão presentes em áreas de terraços ou em várzeas que estão sujeitas à eventual inundação. São caracterizados por serem solos pouco desenvolvidos, que apresentam apenas o horizonte A sobre camadas estratificadas sem relação entre si. São profundos, com drenagem moderada e imperfeita, com textura muito variável, em função da natureza de sedimentos depositados pelo rio. Estes solos estão presentes em rios de grande porte. São solos sujeitos a desmoronamento que são acentuados pela retirada da vegetação. Cambissolos: solos bem drenados a moderadamente drenados, coloração marrom, marrom amarelada ou marrom avermelhada. Grande variação na textura. Horizonte B pouco desenvolvido. 2 Considere as situações abaixo para identificar os tipos de solo. Justifique a sua resposta considerando outras características relacionadas ao solo identificado. • SITUAÇÃO A: solos que apresentam horizonte H com 40 cm ou mais de espessura e com mais de 20% da massa do solo composto por matéria orgânica. • SITUAÇÃO B: camadas de deposição sem relação pedogenética entre si. R.: Organossolo (Situação A) e Neossolo Flúvico (Situação B). 10 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD R E V E G E T A Ç Ã O E F I T O R R E M E D I A Ç Ã O TÓPICO 4 1 Que estratégias as plantas possuem para evitar a perda da água? R.: Há inúmeras adaptações especiais que minimizam a perda de água enquanto otimizam a captação do dióxido de carbono. Entre essas adaptações podem-se citar os estômatos. Os estômatos são os pontos de entrada para o dióxido de carbono e também permitem à água escapar para a atmosfera por transpiração. As plantas controlam a perda de água fechando seus estômatos. Os estômatos podem ser encontrados em caules jovens, mas são mais frequentes nas folhas. 2 Como as plantas absorvem os nutrientes do solo? R.: As plantas adquirem nutrientes minerais (nitrogênio, cálcio, potássio, fósforo) de formas iônicas dissolvidas desses elementos na fração líquida do solo. No entanto, os solos são desiguais e heterogêneos. Mesmo assim, as raízes se desenvolvem neles, podendo encontrar regiões que variem no conteúdo de nutrientes e água. As plantas podem apresentar uma maior ramificação nas partes mais ricas do solo. A nutrição das plantas envolve, portanto, a absorção de todos os materiais brutos do ambiente necessários para os processos bioquímicos essenciais à distribuição desses materiais dentro da planta e à sua utilização no metabolismo e no crescimento. Nas espécies vegetais vasculares, há dois tecidos condutores: o xilema e o floema. O xilemaé o principal tecido condutor de água, está envolvido na condução de minerais, substâncias de reserva e sustentação. Já o floema é o principal tecido condutor de alimentos nas plantas. 3 Qual o efeito do excesso da água sobre as plantas? R.: O excesso de água no solo é considerado um caráter fortemente seletivo, em que espécies vegetais que não suportam um solo alagado são eliminadas no ambiente. O alagamento elimina os espaços do ar do solo limitando as trocas gasosas com a atmosfera onde, em poucas horas, as raízes e os micro- organismos consomem o oxigênio presente na água, criando um ambiente sem oxigênio (anóxico). O decréscimo de oxigênio disponível no solo afeta o processo respiratório de raízes, mas algumas espécies possuem a capacidade de continuar desenvolvendo o sistema radicular mesmo nessas condições. Algumas alterações são observadas na parte aérea de plantas submetidas ao alagamento das raízes. O fechamento estomático e a redução na taxa fotossintética são efeitos observados em plantas arbóreas, em decorrência da deficiência ou diminuição do oxigênio no solo. As espécies que toleram o 11UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES R E V E G E T A Ç Ã O E F I T O R R E M E D I A Ç Ã O alagamento podem recuperar sua atividade fotossintética de maneira mais rápida do que aquelas espécies sensíveis. Em espécies não tolerantes, a saturação hídrica do solo (solos alagados) inibe o crescimento e pode induzir a senescência precoce. A presença da água no solo em caráter temporário ou permanente acaba determinando as espécies vegetais que colonizam áreas com solos saturados por água. UNIDADE 3 TÓPICO 1 1 Descreva a importância de elaborar um projeto de recuperação. R.: O projeto técnico pode ser definido como um conjunto sistemático de informações, formado por etapas que se sobrepõem e se complementam, para que se alcance um determinado resultado preestabelecido. A sua importância está ligada no auxílio no planejamento, na execução e na avaliação do processo de restauração. 2 Qual a importância de caracterizar uma área degradada? R.: Caracterização do tipo de degradação: seleção para o reflorestamento na propriedade implica a discussão sobre a ocupação passada, atual e futura da área, considerando que, com frequência, a floresta que será implantada será permanente. Para isso, deve-se estudar ainda uma forma de evitar confrontos com os interesses produtivos, salvo nas situações previstas em lei. Após a seleção da área de intervenção, é preciso caracterizar o local para que se escolha o melhor modelo e técnicas que serão utilizadas. Para que essas técnicas sejam selecionadas de maneira correta, é necessário que seja identificado o fator responsável pela degradação. TÓPICO 2 Questão única - O que é o tratamento da paisagem e qual é a sua importância para a seleção dos sistemas de recuperação? R.: O controle de erosão, a recomposição topográfica e obras de engenharia em situações que a topografia é uma fator restritivo para o desenvolvimento de espécies da flora. Além disso, se faz necessário tratamento físico do solo (escarificação, subsolagem, gradeação, aração, terraceamento, coveamento, 12 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD R E V E G E T A Ç Ã O E F I T O R R E M E D I A Ç Ã O incorporação de matéria orgânica, entre outros), tratamento químico (calagem, aplicação de matéria orgânica e de fertilizantes) e tratamentos biológicos (incorporação de matéria orgânica, inoculação com micro-organismos). A análise do solo é, também, uma das etapas primordiais para o conhecimento das condições do local que irá receber as mudas de espécies nativas. As amostras de solo precisam ser retiradas cerca de dois a três meses antes do início dos trabalhos de preparo do solo. É necessário realizar análises de profundidade, permeabilidade, drenagem, fertilidade e a condição de toxidez do solo. Essas características serão fundamentais para orientar o processo de recuperação. TÓPICO 3 Questão única - Elabore uma tabela comparativa com os sistemas de recuperação. R.: Implantação de espécies vegetais nativas: esse sistema pode ser usado em áreas em que a floresta original foi substituída por alguma atividade de agricultura ou de pecuária. Ainda, é preciso analisar se a floresta que está no entorno da área é exótica ou está ausente. Aqui, as espécies são introduzidas em sequência: espécies pioneiras, secundárias iniciais, secundárias tardias e/ou climáxicas. As espécies podem ser plantadas na área a partir de mudas, mas já há áreas em estudos onde são introduzidas somente sementes. Regeneração natural: esse sistema se diferencia, pois ele é utilizado em áreas com menor nível de perturbação. Essa situação é a mais fácil de restaurar. Enriquecimento: esse sistema, ao contrário da implantação com espécies nativas ou de regeneração natural, é usado em áreas em estágio intermediário de degradação, ou seja, áreas que ainda mantêm algumas das características originais. Nessas áreas, geralmente, há espécies pioneiras, mas elas estão em alta densidade. Devido ao domínio de espécies pioneiras, essas áreas apresentam como resultado uma baixa diversidade de espécies. Assim, é preciso que espécies de final de sucessão sejam introduzidas para garantir a restauração dos processos ecológicos. Adensamento: esse sistema é similar às áreas de enriquecimento, pois nas áreas podem se observar espécies nativas das fases iniciais de sucessão. A seleção das espécies que serão utilizadas para o adensamento, precisa ser diferenciada em espécies de borda, ou seja, aquelas que apresentam crescimento rápido e possuam uma copa larga. Essas características são fundamentais para que as espécies possam competir com espécies invasoras e agressivas. Em todos os sistemas, com exceção do sistema de regeneração natural, 13UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES R E V E G E T A Ç Ã O E F I T O R R E M E D I A Ç Ã O a escolha das espécies é uma das etapas fundamentais. Portanto, selecionar a espécie correta irá garantir o sucesso do projeto de restauração. TÓPICO 4 Questão única - Agora construa uma tabela com as características das es- pécies pioneiras listadas na Tabela 11. Para isso, você pode fazer pesquisas no site: <www.scielo.br>. Aqui você encontrará artigos científicos. Boa pesquisa! R.: - Menor tamanho de semente (menor quantidade de endosperma) sementes com dormência; - maior quantidade de sementes por indivíduo; - formação de banco de sementes; - crescimento rápido e longevidade menor; - fertilidade precoce e fases reprodutivas longas. TÓPICO 4 Questão única - Um cidadão, que tem uma área degradada há dois anos por retirada da vegetação e uso do solo para pastagem, pretende recuperá-la. Mas, para elaborar o projeto, é necessário considerar as seguintes variáveis ecológicas: • tamanho da área a ser recuperada é de 1 hectare, sendo 500 m de extensão ao longo do rio; • remanescente florestal nativo com baixa diversidade (menos de oito espécies) presente a 500 metros de distância da área; • presença de plantio de exóticas (pínus) em 30% da área. Plantio com 5 anos. Considerando essas variáveis, faça a caracterização da área para propor estratégias que poderiam ser tomadas para recuperar a área. R.: Área degradada tendo solo compacto, área com alta taxa de escoamento superficial, alta incidência de radiação solar e baixa diversidade de fauna e flora, proximidade com espécie exótica invasora (dispersão anemocórica). Para recuperar é preciso: selecionar espécies de crescimento rápido e com alta taxa de reprodução para proteção do solo e formação de banco de sementes; adubar as covas com matéria orgânica e incorporar na área serapilheira do remanescente florestal. Posteriormente, incorporar espécies mais exigentes quanto às características físicas e químicas do solo. Cuidado para respeitar os princípios da sucessão ecológica. 14 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD R E V E G E T A Ç Ã OE F I T O R R E M E D I A Ç Ã O TÓPICO 5 Questão única - Quais são as estratégias para recuperar uma floresta ciliar? R.: Caracterização da área, transposição de serapilheira, instalação de poleiros, chuva de sementes, formação de leira, transposição de solo, nucleação, formação de ilhas de diversidade, plantio de mudas pioneiras.
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