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Unidade III
PSICOLOGIA APLICADA À 
FISIOTERAPIAFISIOTERAPIA
Profa. Ma. Rita Maciel
Psicologia Aplicada à Fisioterapia
Unidade III
 A depressão e sua repercussão no 
adoecimento e no tratamento.
 Paciente terminal e a morte.
 O fisioterapeuta e suas relações O fisioterapeuta e suas relações 
interdisciplinares.
 O fisioterapeuta na participação de 
projetos de prevenção de doenças e 
estímulo a melhor qualidade de vida.
A depressão e sua repercussão no 
adoecimento e no tratamento
 Depressão: é um quadro psíquico sério e 
que, se não for adequadamente tratado, 
pode levar a pessoa a desenvolver 
comportamentos que trarão transtornos 
enormes tanto para si mesmo como
para a famíliapara a família.
A depressão e sua repercussão no 
adoecimento e no tratamento
CID-10 – Classificação de Transtornos 
Mentais e de Comportamento (OMS):
 Depressão: transtornos de humor 
(afetivos). 
Código F32 – Episódio depressivo:Código F32 Episódio depressivo:
 leve, moderado ou grave.
A depressão e sua repercussão no 
adoecimento e no tratamento
Principais sintomas (CID-10): 
 rebaixamento do humor, redução da 
energia e diminuição da atividade;
 alteração da capacidade de experimentar 
o prazer;
 perda de interesse;
 diminuição da capacidade de 
concentração, associada, em geral, 
à fadiga acentuada, mesmo após um 
esforço mínimo;
 diminuição da autoestima e da 
autoconfiança e, frequentemente, 
ideias de culpabilidade e/ou
indignidade, mesmo nas 
formas leves. 
A depressão e sua repercussão no 
adoecimento e no tratamento
Episódio depressivo leve:
 Geralmente, estão presentes ao menos 
dois ou três dos sintomas descritos na 
CID-10.
 O paciente usualmente sofre com aO paciente usualmente sofre com a 
presença desses sintomas, mas 
provavelmente será capaz de 
desempenhar a maior parte das 
atividades.
A depressão e sua repercussão no 
adoecimento e no tratamento
Episódio depressivo moderado:
 Geralmente, estão presentes quatro ou 
mais dos sintomas descritos na CID-10. 
 A pessoa, aparentemente, tem muita 
dificuldade para continuar adificuldade para continuar a 
desempenhar as atividades de rotina.
A depressão e sua repercussão no 
adoecimento e no tratamento
Episódio depressivo grave sem sintomas 
psicóticos:
 Episódio depressivo no qual vários dos 
sintomas são acentuados e 
angustiantes, tipicamente a perda da 
autoestima e ideias de desvalia ou culpa. 
 As ideias e os atos suicidas são comuns 
e observa-se, em geral, uma série de 
sintomas “somáticos”.
A depressão e sua repercussão no 
adoecimento e no tratamento
Episódio depressivo grave com sintomas 
psicóticos:
 Episódio depressivo correspondente à 
descrição de um episódio depressivo 
grave (F32.2), mas acompanhado de:
 alucinações; 
 ideias delirantes; 
 lentidão psicomotora ou de estupor de 
tal gravidade que todas as atividades 
sociais normais tornam se impossíveis;sociais normais tornam-se impossíveis;
 risco de morrer por suicídio,
de desidratação ou de desnutrição. 
A depressão e sua repercussão no 
adoecimento e no tratamento
 Morris e Maisto (2004, p. 408) citam os 
sintomas para o diagnóstico da 
depressão de acordo com DSM-IV, que 
orienta que ao menos cinco dos 
sintomas abaixo, incluindo pelo menos 
um dos dois primeiros devem estarum dos dois primeiros, devem estar 
presentes:
 Temperamento deprimido: a pessoa se 
sente triste ou vazia na maior parte do 
dia, quase todos os dias.
 Perda de interesse no prazer: perda do 
interesse em desempenhar as atividades 
normais, como trabalhar ou ir a eventos 
sociais.
A depressão e sua repercussão no 
adoecimento e no tratamento
 Perda ou ganho significativo de peso: a 
pessoa ganhou peso ou perdeu mais de 
cinco por cento do peso corporal em
um mês.
 Transtornos de sono: a pessoa está com 
dificuldades para dormir ou, ao 
contrário, está dormindo demais.
 Transtornos nas atividades motoras: os 
outros observam uma mudança no nível 
de atividade da pessoa. Ela “fica parada” 
ou demonstra agitação e inquietação 
incomuns.
A depressão e sua repercussão no 
adoecimento e no tratamento
 Fadiga: a pessoa se queixa de estar 
constantemente cansada e sem energia.
 Sentimentos de inutilidade ou culpa 
excessiva: a pessoa expressa 
sentimentos como “você ficaria melhor 
sem mim” ou “sou o mal e arruíno tudo 
para todos que amo”.
 Incapacidade para se concentrar: a 
pessoa reclama de falta de memória 
(“simplesmente não consigo me lembrar 
de mais nada”) ou da incapacidade de 
concentrar a atenção em tarefas simples, 
como a leitura de um jornal.
A depressão e sua repercussão no 
adoecimento e no tratamento
 Pensamentos recorrentes de morte: a 
pessoa fala em cometer suicídio ou 
expressa o desejo de estar morta.
 A depressão provoca instabilidade 
emocional na pessoa e dificuldade para 
aqueles que convivem com ela. 
 Somente um profissional especializado, 
no caso, o psiquiatra, poderá fazer o 
diagnóstico e o acompanhamento 
medicamentoso.
 Tratamento psicológico.
Interatividade
Dentre os principais sintomas da 
depressão, podemos citar:
a) Estado crescente de concentração e 
produtividade.
b) Diminuição da capacidade deb) Diminuição da capacidade de 
concentração, associada, em geral, à 
fadiga acentuada, mesmo após um 
esforço mínimo.
c) Elevação acentuada da autoestima.
d) Rebaixamento do humor e aumentod) Rebaixamento do humor e aumento
da energia.
e) Alteração da capacidade de 
experimentar o prazer com
aumento de interesses.
Resposta
Alternativa correta: “b”.
 Diminuição da capacidade de 
concentração, associada, em geral, à 
fadiga acentuada, mesmo após um 
esforço mínimo.
Fatores motivacionais: a 
importância da motivação no 
tratamento
O que é motivar?
 1 Ato de motivar. 2 Exposição de 
motivos. 3 Psicol Espécie de energia 
psicológica ou tensão que põe em 
movimento o organismo humano, 
determinando um dado 
comportamento. 4 Sociol Processo de 
iniciação de uma ação consciente e 
voluntária. (Dicionário Michaelis, 2012)
 Somos sempre motivados para alguma 
coisa, seja para o trabalho ou para os 
estudos; algo sempre nos impulsiona 
para alguma ação.
Fatores motivacionais: a 
importância da motivação no 
tratamento
De acordo com Lindzey, Hall e Thompson 
(1977, p. 328):
Teoria da redução dos impulsos:
 “Um motivo é qualquer coisa que inicia o 
comportamento. Há duas classes decomportamento. Há duas classes de 
motivos: impulsos (ou necessidades) e 
incentivos. Os impulsos (drives) são 
incitações à ação. Impulsos originados 
em processos orgânicos internos, 
identificáveis, são chamados impulsos 
não aprendidos ou primários. A fome é 
um exemplo. Outros impulsos são 
adquiridos através da aprendizagem;
a competição é um tipo de
impulso aprendido”.
Fatores motivacionais: a 
importância da motivação no 
tratamento
Conforme explicam Morris e Maisto (2004), 
sobre a teoria da redução dos impulsos:
 As necessidades corporais, como a 
fome, por exemplo, criam um estado de 
tensão ou estimulação chamado 
impulso.
 O comportamento será a busca da 
comida a fim de que o organismo retorne 
ao equilíbrio anterior.
Fatores motivacionais: a 
importância da motivação no 
tratamento
A teoria da redução dos impulsos classifica 
os impulsos em duas categorias:
 Impulsos inatos: não aprendidos, 
chamados também de primários. 
 Presentes em todos os seres, garantem aPresentes em todos os seres, garantem a 
sobrevivência das espécies, inclusive a 
humana.
 Exemplos: sexo, fome e sede.
Fatores motivacionais: a 
importância da motivação no 
tratamento
Impulsos secundários: 
 Adquiridos através da aprendizagem, 
podem mudar de uma pessoa para outra, 
pois cada indivíduo pode sentir-se 
motivado a buscar sua satisfação de 
diferentes maneiras e de acordo com os 
estímulos que recebeu.
Fatores motivacionais: a 
importância da motivação no 
tratamento
Teoria da ativação: 
 “A ativação se refere a um estado de 
alerta. O nível de ativação que ocorre emum determinado momento se apresenta 
ao longo de um continuum. Numa ponta, 
está o estado de alerta extremo; na 
outra, está o sono. Às vezes, o 
comportamento parece ser motivado 
pelo desejo de reduzir o estado de 
ativação; em outros momentos, parece 
ser motivado pelo desejo de intensificarser motivado pelo desejo de intensificar 
esse mesmo estado. Por exemplo: 
quando você está cansado tira um 
cochilo. Quando está entediado, vê TV”. 
(MORRIS; MAISTO, 2004, p. 263)
Fatores motivacionais: a 
importância da motivação no 
tratamento
 Abraham Maslow (1908-1970) 
hierarquizou os motivos que levam a 
pessoa a apresentar determinados 
comportamentos e, nesse caso, as 
necessidades corporais estão na base da 
sua pirâmidesua pirâmide.
autoatualização
Fatores motivacionais: a 
importância da motivação no 
tratamento
 O trabalho apresentado por Maslow nos 
leva a questionar a possibilidade de 
muitas pessoas não conseguirem, por 
diferentes razões, ter satisfeitas as suas 
necessidades básicas. 
Morris e Maisto (2004, p.265-266) explicam:
“De fato, a dificuldade em satisfazer 
necessidades básicas pode, na verdade, 
promover a satisfação de necessidades 
superiores: um casal com dificuldades 
financeiras, para construir uma família, 
pode acabar se aproximando muito mais 
como resultado dessa vivência”.
Fatores motivacionais: a 
importância da motivação no 
tratamento
 É importante conhecer as teorias da 
motivação porque os profissionais, 
principalmente da área da saúde, devem 
entender os mecanismos que levam a 
pessoa a apresentar determinados 
comportamentos principalmente quandocomportamentos, principalmente quando 
necessitam aderir a determinados 
tratamentos. 
Fatores motivacionais: a 
importância da motivação no 
tratamento
 É fundamental que o profissional 
conheça a motivação do seu cliente para 
o tratamento e sua recuperação.
 Use de seus conhecimentos técnicos, 
explicando a ele todas as etapas e 
condutas do seu trabalho numa 
linguagem que ele possa entender e 
sentir-se seguro e motivado. 
Interatividade
Sobre a teoria da redução dos impulsos, 
podemos afirmar que:
a) As necessidades profissionais fazem 
com que o sujeito sinta-se motivado.
b) O comportamento da pessoa será ab) O comportamento da pessoa será a 
busca de proteção e defesa pessoal.
c) Apresenta duas categorias: os impulsos 
inatos e secundários.
d) Apresenta a hierarquização dos motivos 
que levam a pessoa à aprendizagemque levam a pessoa à aprendizagem.
e) O nível de ativação que ocorre em um 
determinado momento se apresenta ao 
longo de um continuum.
Resposta 
Alternativa correta: “c”.
 A teoria da redução dos impulsos 
apresenta os impulsos inatos – não 
aprendidos – e os impulsos secundários
– adquiridos através da aprendizagem.
Pouca ou nenhuma melhora dos 
“pacientes”; aspectos psicológicos 
do fisioterapeuta
Sobre esse tema, Martins (2004, p. 21) afirma:
 “Assim como a preocupação com a 
qualidade técnica faz com que, em cada 
área, se desenvolvam temas específicos, 
que constituem parte do que chamamos 
de conhecimentos e habilidades relativos 
a áreas técnica, a abordagem da qualidade 
interacional também torna necessário o 
estudo de vários temas teóricos e a 
reflexão sobre o desenvolvimento de 
atitudes”atitudes”.
Pouca ou nenhuma melhora dos 
“pacientes”; aspectos psicológicos 
do fisioterapeuta
 A autora afirma ainda que tão importante 
quanto o profissional conhecer os 
motivos do comportamento do cliente é 
ter conhecimento também sobre os 
efeitos que esses comportamentos 
provocam no profissional como aprovocam no profissional, como a 
angústia, a impotência e a raiva.
 As relações interpessoais carregam em 
si muito mais do que se pode esperar; 
afinal, nem sempre elas ocorrem no 
plano da objetividade e a subjetividadeplano da objetividade, e a subjetividade 
das relações traz emoções e sentimentos 
que são inerentes a ela.
Pouca ou nenhuma melhora dos 
“pacientes”; aspectos psicológicos 
do fisioterapeuta
 De acordo com Martins (2004, p. 35), para 
que as relações possam acontecer num 
plano de compreensão e entendimento, a 
autora propõe a formação da “aliança 
terapêutica”, visto que ela é o elemento 
fundamental e a mola propulsora para ofundamental e a mola propulsora para o 
vínculo profissional-cliente.
 Outro ponto importante a ser observado é 
a relação de transferência e 
contratransferência que se dá entre 
cliente profissional e profissional clientecliente-profissional e profissional-cliente. 
Pouca ou nenhuma melhora dos 
“pacientes”; aspectos psicológicos 
do fisioterapeuta
Perdicaris e Silva (2008) relatam que a 
relação profissional-cliente pode se 
apresentar seguindo três modelos básicos:
 Modelo ativo/passivo: surge quando os 
profissionais decidem o tratamento de 
forma praticamente unilateral.
 Modelo de cooperação: segundo esse 
modelo, o diagnóstico é estabelecido e 
as opções terapêuticas são 
apresentadas (inclusive com a 
participação de familiares) para que se 
busque a melhor solução.
Pouca ou nenhuma melhora dos 
“pacientes”; aspectos psicológicos 
do fisioterapeuta
 Modelo de participação e consentimento 
mútuos: nessa modalidade, os 
profissionais têm o papel de ajudar o 
cliente a se ajudar. São parceiros, cada 
qual com atribuições e responsabilidades, 
no resgate do melhor de si na busca deno resgate do melhor de si, na busca de 
um equilíbrio psicossociobiológico.
 Aplicável nas chamadas doenças crônicas 
não transmissíveis, entre as quais se 
encontra o câncer. Nos países 
desenvolvidos cada vez mais osdesenvolvidos, cada vez mais os 
indivíduos exigem informações 
adequadas, inclusive para que se possa 
autoajudar e controlar a saúde, de maneira 
mais integrada e integradora.
Pouca ou nenhuma melhora dos 
“pacientes”; aspectos psicológicos 
do fisioterapeuta
 Não há fórmulas para que a boa relação e 
a comunicação atinjam o seu ideal; a 
necessidade está justamente na 
compreensão da dinâmica que ocorre 
nas relações interpessoais. 
 O reconhecimento de que a dor, tanto 
física quanto psíquica do cliente, pode 
atingir, de alguma maneira, o profissional 
é um meio de tornar mais amena a 
convivência com o sofrimento do outro. 
 Todo preparo é necessário para o 
profissional, principalmente se ele optar 
por trabalhar com doenças graves e 
pacientes fora de possibilidade de cura.
Paciente terminal e a morte
 Estudar e discutir a morte desperta 
incômodo na maioria das pessoas, 
principalmente quando se trata do 
adoecimento e da morte de crianças
ou jovens.
 Existe, em grande parte das pessoas, a 
“fantasia” de que a morte é algo distante 
e que acontece somente na velhice. 
Paciente terminal e a morte
 De acordo com Kovács (2008), a questão 
da temporalidade é relativa, pois a 
afirmativa de que um idoso com doença 
grave está próximo da morte é 
constantemente contrariada; afinal, 
pessoas jovens e saudáveis morrempessoas jovens e saudáveis morrem 
antes daqueles que já estão próximos 
dela.
 Como o profissional enfrenta tal 
situação? 
 Como lidar com a morte do outro?
Paciente terminal e a morte
 A morte é algo inerente à condição 
humana e atinge a todos 
indiscriminadamente. 
 Estar próximo de alguém que está 
partindo faz com que o profissional se 
aproxime da certeza da própria finitude.
 Uma das maneiras possíveis para 
minimizar a angústia do profissional é ele 
estar preparado para o trabalho 
especializando-se para isso, estar inserido 
em uma equipe que tenha
como meta oferecer as melhores 
condições possíveis para o paciente
e que saiba trocar entre si os
momentos mais difíceis.
Paciente terminal e a morte
Conceito de paciente terminal descrito por 
Kovács (2004):
“O conceito de paciente terminal é 
historicamente relacionado com o século 
XX, por causa da alteração na trajetória de 
doenças que, no passado, eram 
fulminantes; observa-se sua cronificação, 
graças ao desenvolvimento da medicina, da 
cirurgia e da farmacologia. Muitasainda 
não têm cura, como alguns tipos de câncer, 
Aids e moléstias degenerativas o que fazAids e moléstias degenerativas, o que faz 
com que alguns pacientes vivam anos com 
necessidade de cuidados constantes”.
Paciente terminal e a morte
 “O rótulo ‘paciente terminal’ é usado de 
forma estereotipada para pacientes que 
apresentam doenças com prognóstico 
reservado, mesmo que estejam em fase 
de diagnóstico e de tratamento.” 
Á(KOVÁCS, 2004, p. 107)
 Em relação à família, é importante que 
ela seja observada e orientada, pois, 
conforme Carvalho (1996, p. 44), “o medo 
do sofrimento pela perda faz, muitas 
f ili itvezes, com que os familiares evitem 
entrar em contato explícito com o 
assunto morrer”. 
Paciente terminal e a morte
Pessini (2007), citando a definição da 
Organização Mundial de Saúde (OMS) 
(2002), escreve:
Cuidados paliativos – “uma abordagem que 
aprimora a qualidade de vida dos pacientes 
e família que enfrentam problemas 
associados com doenças ameaçadoras de 
vida, através da prevenção e alívio do 
sofrimento, por meios de identificação 
precoce, avaliação correta e tratamento da 
dor e outros problemas de ordem físicador e outros problemas de ordem física, 
psicossocial e espiritual”.
Paciente terminal e a morte
 A família também é incluída nos 
cuidados paliativos, pois é sabido que a 
doença afeta diretamente a família, e ela 
precisa ser vista e cuidada pelos 
profissionais.
Definição de cuidados paliativos pelo 
Ministério da Saúde (2012):
“Conjunto de ações interdisciplinares, 
promovido por uma equipe de profissionais 
da saúde e voltado para o alívio do 
sofrimento físico, emocional, espiritual e 
psicossocial de doentes com prognóstico 
reservado, acometidos por condições ou 
doenças em estágio irreversível 
[...]”.
Interatividade
Sobre a relação profissional-cliente, aponte 
a alternativa incorreta:
a) No modelo de participação e 
consentimento mútuos, o profissional 
ajudar o cliente a se ajudar. 
b) No modelo ativo/passivo, os 
profissionais decidem o tratamento de 
forma unilateral.
c) No modelo de cooperação, o diagnóstico 
é estabelecido pelo médico, apenas.é estabelecido pelo médico, apenas.
d) As relações interpessoais carregam em 
si muito mais do que se pode esperar.
e) Não há fórmulas para que a boa relação 
e a comunicação atinjam o seu ideal.
Resposta 
Alternativa correta: “c.”
 É incorreto: no modelo de cooperação, o 
diagnóstico é estabelecido pelo médico, 
apenas.
Paciente terminal e a morte
A OMS aponta os princípios fundamentais, 
conforme cita Pessini (2007, p. 167-168), e 
que apontamos:
 Os CP valorizam o atingir e manter um 
nível ótimo de dor e administração dos 
sintomas. 
 Os CP afirmam a vida e encaram o 
morrer como um processo normal. 
 Os CP não apressam e nem adiam a 
morte.morte. 
 Os CP integram aspectos psicológicos e 
espirituais dos cuidados do paciente. 
Paciente terminal e a morte
 Os CP oferecem um sistema de apoio 
para ajudar os pacientes a viver tão 
ativamente quanto possível, até o 
momento da sua morte.
 Os CP ajudam a família a lidar com a 
doença do paciente e no luto.
 Os CP exigem uma abordagem
de equipe.
 Os CP visam aprimorar a qualidade
de vida.de vida.
 Os CP são aplicáveis no estágio inicial 
da doença, concomitantemente com
as modificações da doença e
terapias que prolongam a vida.
O luto: fases de enfrentamento 
 Tão difícil quanto falar sobre a morte é 
também falar sobre o luto, e como 
entendemos que o trabalho do 
profissional nem sempre se encerra com 
a morte do paciente, é necessário estar 
preparado para apoiar a famíliapreparado para apoiar a família. 
O luto: fases de enfrentamento
Kovács (2007, p. 217) define luto como:
“O luto é o processo de elaboração diante 
de uma perda de uma pessoa com quem 
vínculos e foram estabelecidos. É a 
vivência da morte consciente, é como se 
uma parte nossa morresse. Faz parte de 
nossa existência e nos configura como 
humanos, e dela nos recordamos, todos 
temos histórias de perdas para contar, e às 
vezes é mais sofrida que a própria morte.
É um vínculo que se rompe de formaÉ um vínculo que se rompe de forma 
irreversível, quando se trata de morte 
concreta”. 
O luto: fases de enfrentamento 
Kovács (2007, p. 227) relata os sentimentos 
da pessoa que vive a iminência da morte, o 
luto pelas coisas perdidas e a própria vida a 
partir das seguintes dimensões:
 Profissional que tinha um trabalho ou 
atividade que não pode mais ser 
realizada.
 Identidade: de pessoa saudável, 
autônoma, em posse da sua vida.
 Familiar: não pode realizar as atividadesFamiliar: não pode realizar as atividades 
de cuidador ou de provedor.
O luto: fases de enfrentamento 
 Saúde: do ser saudável.
 Corporais: as eventuais mutilações 
resultantes da doença ou do tratamento, 
perdas de partes do corpo. Mudanças 
corporais, por exemplo: aumento ou 
diminuição de peso, inchaço, mudança 
de cor, perda de cabelo.
 Planos e projetos: poderão ser 
interrompidos pela doença ou
pela morte.
O luto: fases de enfrentamento
Bowlby (1985, apud Kovács, 2007, p. 221) 
apresenta as principais fases para o 
enfrentamento do luto:
 Fase de choque: momento de 
conhecimento da perda, no qual podem 
ocorrer reações, da anestesia até um 
total descontrole.
 Fase de busca: ocorre o anseio pela 
pessoa perdida e também se processa o 
contato com a realidade, de que houve 
de fato uma perda, e que não há volta. 
Pode haver a ilusão de que a pessoa não 
tenha morrido, de que tudo não passa de 
um pesadelo. 
O luto: fases de enfrentamento
 Fase de desorganização e desespero: 
presente quando a perda já é vista como 
realidade. Podem estar presentes 
atuações contraditórias: manter tudo que 
recorde a pessoa, e se desfazer 
rapidamente de tudo que possa lembrárapidamente de tudo que possa lembrá-
lo. É nessa fase também que uma 
depressão reativa pode se manifestar 
num processo mais duradouro ou como 
uma dimensão patológica que se torna 
mais evidente.mais evidente.
 Fase de reorganização: a vida pode ser 
reorganizada em novos patamares sem a 
existência daquele que morreu.
O luto patológico
 Bowlby (1985 apud Kovács, 2007, p. 222) 
destaca alguns fatores que devem ser 
observados e que são complicadores do 
processo de elaboração do luto:
 O relacionamento com a pessoa perdida: 
relacionamentos carregados com 
ressentimentos e mágoas são mais 
difíceis de serem elaborados. Perdas de 
crianças e jovens podem ser muito 
difíceis de serem aceitas e elaboradas.
 Idade e sexo do enlutado: é importante 
considerar se é uma criança ou um 
adulto e também as especificidades
de gênero.
O luto patológico
 Causas e circunstâncias da perda: as 
perdas rápidas e inesperadas podem 
causar muitas dificuldades no início, 
pois não há nenhum preparo anterior. 
Por outro lado, mortes lentas podem 
envolver a convivência com muitoenvolver a convivência com muito 
sofrimento e dor, o que também pode
ser penoso.
 Personalidade do enlutado: importante 
considerar como o enlutado viveu as 
suas experiências anteriores as formassuas experiências anteriores, as formas 
de enfrentamento escolhidas, 
características de personalidade e se 
existem distúrbios psiquiátricos. 
O luto: fases de enfrentamento
 Rede social e de apoio do enlutado: 
pessoas sozinhas ou com famílias 
desorganizadas ou pouco continentes 
estão sob maior risco de um luto 
complicado.
Parkes (1998, p. 133-136) apresenta os 
seguintes tipos:
 Luto crônico: processo que se prolonga 
de forma indefinida, possivelmente mais 
presente em relações com forte 
conteúdo de dependência. A princípio, é 
difícil caracterizá-lo como tal, já que o 
processo de luto tem tempos variados 
para cada pessoa.
O luto patológico
 Luto adiado: a pessoa não entra em 
contato com a perda, não consegue 
expressar os seus sentimentos e não 
procede à elaboração.
 Luto inibido: a expressão do luto está 
inibida e seus sinais parecem ausentes.
Definir exatamente se o lutoestá seguindo 
para uma patologia ou se aquele é o tempo 
necessário para que a pessoa possa estar 
elaborando a perda é algo extremamente 
difícil, tendo em vista que a linha que 
separa o normal do patológico pode ser 
muito tênue. 
O fisioterapeuta e suas relações 
interdisciplinares
 O modelo biomédico de atendimento 
ainda é encontrado em muitos meios e 
remonta a um tempo da história advindo 
da influência da filosofia que discutia o 
dualismo mente-corpo. 
O fisioterapeuta e suas relações 
interdisciplinares
 A grande transformação proposta está 
na mudança do modelo biomédico para o 
modelo biopsicossocial, que hoje se faz 
presente na maior parte das relações e 
no cuidado com a pessoa doente.
O fisioterapeuta e suas relações 
interdisciplinares
 Na perspectiva multidisciplinar, 
podemos entender que as informações 
de cada profissional a respeito do cliente 
se complementam, mas não há uma 
decisão conjunta, já que essa é, em 
geral tomada pelo médicogeral, tomada pelo médico. 
O trabalho desenvolvido pela equipe 
interdisciplinar é definido por Bruscato et
al (2006, p35) como:
 equipe que busca uma superação de 
fronteiras disciplinares, com a 
construção de uma linguagem 
interdisciplinar consensualmente (cont.)
O fisioterapeuta e suas relações 
interdisciplinares
 (cont.) construída entre os integrantes.
Cada membro amplia seus referenciais 
específicos e desenvolve uma ação 
colaborativa com os demais.
 Podemos entender que, nas relações 
interdisciplinares, a avaliação e o 
planejamento caminham de maneira 
colaborativa, interdependente, 
complementar e coordenada.
 Todos os profissionais agem ampliando 
seu referencial e atuam colaborando uns 
com os outros; a identidade profissional 
é mantida, assim como o domínio 
específico da técnica.
O fisioterapeuta: participação em 
projetos de prevenção de doenças e 
melhora na qualidade de vida
De acordo com Lück (2003, p. 27), o projeto 
é:
 “[...] conjunto organizado e encadeado 
de ações de abrangência e escopo 
definidos, que focaliza aspectos 
específicos a serem abordados num 
período de tempo, por pessoas 
associadas e articuladoras das 
condições promotoras de resultados, 
com um determinado custo”. 
O fisioterapeuta: participação em 
projetos de prevenção de doenças e 
melhora na qualidade de vida
 Ao pensar em planejar ações para a 
saúde, é preciso entender que as 
intervenções devem ir de encontro com os 
problemas já existentes, sua recuperação 
e prevenção. 
Níveis a serem trabalhados:
 Prevenção primária: desenvolvimento de 
ações e programas destinados a evitar a 
ocorrência da doença.
 Prevenção secundária: aqui, a doençaPrevenção secundária: aqui, a doença 
pode estar em desenvolvimento, e as 
medidas devem estar voltadas para 
impedir o seu desenvolvimento
através do atendimento e, se necessário, 
realizar um tratamento imediato. 
O fisioterapeuta: participação em 
projetos de prevenção de doenças e 
melhora na qualidade de vida
 Prevenção terciária: desenvolvimento de 
ações voltadas para a reabilitação da 
pessoa após a cura da doença ou o seu 
controle, reajustando o indivíduo a uma 
nova condição de vida. A fisioterapia é 
um exemplo com relação à colocação deum exemplo com relação à colocação de 
próteses, auxiliando o sujeito em sua 
readaptação a partir de seu ajuste ao 
ambiente.
Interatividade 
De acordo com Bowlby (1985), citado por 
Kovács (2007), as principais fases para o 
enfrentamento do luto são:
a) Choque, busca, desorganização, 
reorganização.
b) Desespero, revolta, desorganização, 
aceitação.
c) Negação, reorganização, 
desorganização.
d) Euforia depressão ansiedade buscad) Euforia, depressão, ansiedade, busca.
e) Choque, negação, revolta, ira, 
depressão, desespero.
Resposta
Alternativa correta: “a”.
 As principais fases para o enfrentamento 
do luto são: choque; busca; 
desorganização; reorganização, de 
acordo com Bowlby (1985).
ATÉ A PRÓXIMA!

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