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4ª ATIVIDADE DE PREPARAÇÃO PARA A 12ª ONHB

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4ª ATIVIDADE DE PREPARAÇÃO PARA A 12ª ONHB – 2020 
Equipe Neutro é Shampoo
Heloíse Almeida Luna (2º ano de Informática)
Emílio Nelson Cruzeiros (2º ano de Informática)
Eduardo Aquino da Silva (2º ano de Informática)
Obra 1:
1- Nome de cada obra. 
Pano de boca executado para a representação extraordinária dada no Teatro da corte por ocasião da Coroação do Imperador D. Pedro I
2- Resumo sobre os autores de cada obra. (Mínimo 05 linhas por autor)
Jean-Baptiste Debret nasceu em 18 de abril de 1768 em Paris. Famoso pelas pinturas heroicas de Napoleão, ele veio para o Brasil em 1816 integrando a Missão Artística Francesa, que tinha o objetivo de estabelecer o ensino oficial das artes plásticas no Brasil. Não há consenso se os artistas franceses tinham vindo por convite da corte portuguesa (que estava no Brasil desde 1808) para criar uma cultura artística e embelezar e higienizar os costumes urbanos do país ou se esses artistas vieram por conta própria, para exilar-se, já que eram antigos aliados de Napoleão, que havia sido derrotado na Europa há um ano.
3- Datas das iconografias.  
1822
4- Época retratada em cada imagem (século ou ano). 
1822
5- Significados das obras. (Mínimo 10 linhas por obra) 
A obra feita por Debret carrega fortes simbolismos, a ideia inicial do pintor era de mostrar “a fidelidade geral da população brasileira ao governo imperial sentado em um trono coberto por uma rica tapeçaria”, existia a responsabilidade de produzir e aplicar nas obras símbolos alegóricos que passassem uma bela e sedutora imagem aos súditos. 
No centro da imagem é posicionada uma figura feminina, ela está ocupando o trono, coroada e assim representando o governo imperial, vestida com as novas cores do Império e trazendo consigo as tábuas da Constituição, decretada somente em 1824. Ao substituir a figura do príncipe por essa alegoria, o pintor busca reforça a ideia de um novo governo baseado nas leis e não mais em uma figura absoluta do monarca. Acima da coroa está uma espécie de esfera celeste com a inicial “P” do novo soberano D. Pedro, coroada e sustentada por figuras aladas identifica a Independência do Brasil diante de Portugal. Esses elementos compartilham de um espaço com características tropicais, remetendo a algo como um “império nos trópicos” a união harmônica entre as palmeiras verdes ao fundo e, em primeiro plano, uma cornucópia derramando frutas típicas do país. Também mais à esquerda, há uma barca amarrada e carregada de sacos de café e maços de cana-de-açúcar, dois produtos que giravam a economia local. Tudo isso representando o cenário real do novo Brasil Independente.
Afastando-se um pouco do centro podemos ver negros, índios e brancos unidos e armados com armas de fogo, machados e foices todos juntos, sem excluir outros grupos dessa narrativa de luta pela nova terra. Não existe conflito entre eles, pois o artista resolve retratar esses povos unidos por uma causa específica, suas terras, o lugar onde eles vivem. Pode ser visto também crianças como uma pequena representação do futuro. 
Esta ideia de um Brasil formado pelo povo homogêneo foi fortemente defendida pelo o ministro José Bonifácio de Andrada e Silva, e essa ideia faz parte de toda a obra de Debret. Um Brasil novo, apoiado nas novas tábuas da lei e fortemente unidos. Trata-se de um recorte político feito pelo o pintor, uma imagem atualizada do Brasil novo. O conjunto dos elementos na pintura formam de um jeito harmonioso todas essas ideias. Foi uma obra feita com cuidado e bem calculada, começando pela a posição da alegoria com o escudo e as tábuas da lei e indo até a união dos elementos nacionais perante a essa alegoria formando uma única composição que traduz perfeitamente, por meio da imagem, o contexto político em 1822. 
6- Incoerências históricas encontradas nas iconografias. (Mínimo 05 linhas por obra)
O pano de boca, sendo uma espécie de cortina de palco utilizada entre os atos das peças nos teatros, encontrava-se em um ambiente extremamente elitizado, onde provavelmente negros, negras e indígenas nunca puderam prestigiar uma apresentação e ver-se representados na obra de Debret que reproduz uma igualdade nacional que nunca existiu no Brasil. É importante ressaltar que em 1822 a escravidão ainda não havia sido abolida e, segundo uma pesquisa do Instituto Geledés, ao longo do século XIX a mulher negra sofreu uma espécie de aviltamento em sua sexualidade, resultado de estigmas negativos que as acompanhou durante a trajetória da escravatura. Ou seja, na realidade do Brasil do início do século XIX, as mulheres negras não tinham o protagonismo que Debret mostra em seu pano de boca e os homens negros eram vistos como simples instrumentos de trabalho. Além disso, no século XIX, a “questão indígena” no Brasil deixou de ser uma questão de mão-de-obra, para se converter essencialmente numa questão de terras, em que brancos retiravam os índios de suas terras para abrir espaço para que chegassem outros trabalhadores, como os imigrantes europeus, considerados mais lucrativos no sistema capitalista. Na obra de Debret, eles parecem estar lutando pelas mesmas causas, mas no “Brasil real” a luta era contra os povos indígenas.
Obra 2:
1- Nome de cada obra. 
Retrato de senhor com cinco escravos
2- Resumo sobre os autores de cada obra. (Mínimo 05 linhas por autor)
Militão Augusto de Azevedo nasceu no Rio de Janeiro em 1837 e trabalhou paralelamente como ator e fotógrafo. Com um grupo da Companhia Dramática Nacional de teatro, viajou para São Paulo em 1862, onde passou a residir e iniciou sua carreira como fotógrafo. Ele foi um dos maiores nomes da fotografia brasileira na segunda metade do século XIX, quando ainda eram raros os registros urbanos no país. Em 1875, ele criou o seu próprio estúdio de fotografia, localizado em frente à Igreja do Rosário, em São Paulo. Essa igreja era frequentada principalmente pela população negra, o que ajuda a explicar a grande quantidade de negros retratados e a maneira como eles aparecem em algumas de suas fotos, não como escravos, mas como cidadãos comuns.
3- Datas das iconografias.  
1879
4- Época retratada em cada imagem (século ou ano). 
1879
5- Significados das obras. (Mínimo 10 linhas por obra) 
Na imagem, a intenção do senhor de escravos parece ser de exibir os seus “bens”, mostrando sua riqueza e seu poder, por meio de uma fotografia de estúdio, que eram escassas e sinal de luxo no século XIX. Cada um dos cinco escravos tem uma expressão diferente do outro: o primeiro (à direita) parece estar assustado, com a mão na boca; o segundo tem uma expressão de curiosidade ao olhar para a caixa preta do fotógrafo; o terceiro é o que tem a expressão mais ausente, é o mais bem vestido, com o cabelo repartido como o do senhor; o quarto tem uma expressão humilde, de braços cruzados; e o quinto parece ser o mais orgulhoso, talvez por ter sido o único a aparecer na foto com seu instrumento de trabalho (uma varinha de pastoreio), o que o distingue dos outros e pode ter como intenção mostrar como ele era importante para aquele trabalho específico. Uma característica especial de distinção são os sapatos do senhor de escravos, em contraste com os pés descalços dos escravos, que é mais um aspecto dissonante da desigualdade social entre os homens.
6- Incoerências históricas encontradas nas iconografias. (Mínimo 05 linhas por obra) 
A vestimenta dos escravos na fotografia era um “truque” dos fotógrafos para criar uma “máscara social”, mas as diferenças sociais ficam expostas no acanhamento dos fotografados em roupas que não eram suas e nem bem lhe serviam. Tendo em vista que no século XIX as teorias raciais de caráter “científico” foram amplamente assimiladas e divulgadas no Brasil, a fotografia é uma afirmação dessa superioridade, por meio da centralidade do homem branco na cena, e não pode ser interpretada como reflexo de igualdade racial no Brasil devido às roupas possuírem certa semelhança e não haver uma radical separação por raça de forma física, pois o contexto histórico nos mostra que havia uma radical separação social,política e econômica entre brancos e negros.
Obra 3:
1- Nome de cada obra. 
Desenho de indígena do povo Jurupixuna
2- Resumo sobre os autores de cada obra. (Mínimo 05 linhas por autor)
Alexandre Rodrigues Ferreira foi um naturalista nascido na Bahia em 27 de abril de 1756. Em 1778, foi nomeado pela Rainha D. Maria I para comandar uma expedição científica pelas capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá, chamada de Expedição Filosófica. Esta durou de 1783 a 1792, período durante o qual foram registradas informações sobre a fauna, a flora e os habitantes da região amazônica. Esse material permaneceu em manuscritos por quase um século e só depois da morte de Alexandre Rodrigues Ferreira o material foi organizado para ser publicado em 1876.
3- Datas das iconografias.  
1783-1791
4- Época retratada em cada imagem (século ou ano). 
Final do século XVIII
5- Significados das obras. (Mínimo 10 linhas por obra) 
O desenho do indígena destaca a sua vestimenta, arma de guerra e pintura facial. Não há foco na cultura indígena, as crenças, danças e rituais desses povos, o que mostra o desinteresse científico da época nas questões das sociedades não-europeias. A visão de Alexandre Rodrigues Ferreira não difere muito dos cronistas do final do século XVIII e XIX, que dividiam os índios em apenas dois blocos com características gerais: tupis no litoral e tapuias no interior. O próprio Ferreira refere-se aos indígenas retratados como simplesmente “uma classe de mamíferos”, transparecendo o esvaziamento de identidades que estava em curso desde 1500, pois além do silêncio imposto aos sujeitos que foram colonizados e não podiam falar sobre si porque, como diz o filósofo Michel Foucault, os saberes produzidos por grupos subalternos são invalidados, havia uma negação do colonizador em tratar das questões dos povos indígenas. Portanto, além desses povos não terem direito à voz, no século XVIII, eles não tinham nem sequer suas humanidades reconhecidas.
6- Incoerências históricas encontradas nas iconografias. (Mínimo 05 linhas por obra) 
A imagem evoca a fantasia do “bom selvagem”, tese do filósofo Jean-Jacques Rousseau que defende que o ser humano é puro e inocente em seu estado natural e a sociedade é a responsável por incutir nele a maldade, pelo aspecto pacífico do índio retratado. Na época das grandes navegações europeias esse conceito foi difundido por todo o continente europeu. Além disso, a cultura indígena não foi aprofundada durante os dez anos da Expedição Filosófica, pois as análises sobre o cotidiano e comportamento dos índios são simples e superficiais e não se diferenciam muito das descrições quinhentistas desses povos, mesmo com os novos recursos do século XVIII.
Obra 4:
1- Nome de cada obra. 
“Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500”.
2- Resumo sobre os autores de cada obra. (Mínimo 05 linhas por autor)
Nascido em São Fidélis, RJ em 1867, Oscar Pereira da Silva foi um pintor, decorador, desenhista e professor. Estudou na Academia Imperial de Belas Artes (Aiba), e após ajudar a decorar a igreja de Candelária no Rio de Janeiro, veio a ganhar um prêmio de viagem ao exterior, indo para a França em 1889. Em 1896 volta ao Brasil e realiza uma exposição no salão da Escola Nacional de Belas Artes (Enba), com 33 trabalhos feitos na Europa. Posteriormente acaba fundando a Escola de Belas Artes, originalmente chamada de Núcleo Artístico.
3- Datas das iconografias.  
Foi finalizada em 1922.
4- Época retratada em cada imagem (século ou ano). 
Período da chegada de Pedro Álvares Cabral no Brasil, no ano de 1500.
5- Significados das obras. (Mínimo 10 linhas por obra) 
A obra retrata o desembarque da esquadra de Pedro Álvares Cabral no Brasil, em 23 de abril de 1500.  Podemos ver de um lado da imagem, na praia, vários índios indo em direção a água e alguns outros vindo das densas matas. Os índios são retratados em posições de corridas e muitos com lanças em suas mãos e todos em estado de muita agitação diante aquela situação. O pintor busca passar também um ar de curiosidade entre aqueles índios ao verem as grandes caravelas portuguesas que se aproximavam mais e mais da praia. Do outro lado de imagem vemos os portugueses sendo representados bem diferente dos índios, eles não esboçam estar surpresos e passam um ar de total controle da situação. Porém, essa representação não condiz com alguns documentos oficiais como a carta de Pero Vaz de Caminha enviada a Portugal. Nela esse primeiro encontro é descrito como pouco amistoso e não tão Eufórico quanto representado na obra de Óscar Pereira, apesar disso ele usou de fortes elementos descritos na carta em seu quadro. Nos dias de hoje, essa pintura é uma das imagens mais utilizadas para representar o momento da chegada das caravanas de Pedro Álvares Cabral no Brasil, estando presente em diversos livros didáticos e diversas publicações no meio acadêmico.
6- Incoerências históricas encontradas nas iconografias. (Mínimo 05 linhas por obra) 
A tela mostra diversos índios na praia de Porto Seguro, na Bahia, em posições de corrida, gritando e empunhando lanças de forma eufórica, em contraste com os portugueses, que não reagem com surpresa diante do território novo que adentravam, o que é provavelmente uma falácia histórica para afirmar uma posição de coragem dos desbravadores europeus, tendo em vista que esse encontro de culturas deve ter surpreendido ambos os povos.
Obra 5:
1- Nome de cada obra. 
“Terra Brasilis”
2- Resumo sobre os autores de cada obra. (Mínimo 05 linhas por autor)
Nascido em Portugal no ano de 1497, Lopo Homem foi um cartógrafo e cosmógrafo, sendo considerado um dos melhores do século XVI, junto com Pedro Reinel (que fez o trabalho Miller Atlas junto com Lopo Homem). Participou da comissão de demarcação dos limites de navegação de Portugal e Espanha após o Tratado de Tordesilhas. Suas principais obras são dois planisférios (1519 e 1554) e “Terra Brasilis” (parte do Miller Atlas, em 1519)
3- Datas das iconografias.  
Por volta de 1519.
4- Época retratada em cada imagem (século ou ano). 
Época do conhecimento português da costa atlântica sul-americana nos primeiros anos do século XVI.
5- Significados das obras. (Mínimo 10 linhas por obra) 
O mapa retratado na imagem é um dos primeiros mapas do Brasil. A arte mostra um detalhamento da costa brasileira até a foz do rio da Prata, destacando a atividade de exploração do pau-brasil pelos povos nativos para os portugueses e mostrando aspectos da fauna também, como as araras coloridas e macacos. O litoral, mais conhecido pelos portugueses, está apresentado de forma mais detalhada, com expressões europeias nomeando diferentes locais nessa região, enquanto o interior é preenchido por desenhos da fauna, flora e população nativa, por ser desconhecido. Como Portugal já tinha um conhecimento marítimo vasto, pois o governo investia nas navegações desde o século XV, o mar aparece com caravelas, brasões, bandeiras e com orientações de navegação, o que aponta que os portugueses conheciam melhor o mar e as técnicas de navegação do que o Brasil, que naquela época havia sido “descoberto” pelos europeus há cerca de vinte anos.
6- Incoerências históricas encontradas nas iconografias. (Mínimo 05 linhas por obra) 
O mapa mostra o mundo erroneamente fechado, onde não se vê o Oceano Pacífico, o que pode ser interpretado como falta de conhecimento cartográfico suficiente na época ou como uma tentativa de afastar a Espanha dessa região do globo, pois Portugal e Espanha disputavam o acesso ao Oriente e, com a descoberta de novas terras a oeste do Oceano Atlântico, a rivalidade entre os dois países aumentou e deu origem a uma série de tratados de partilha, em o mundo era dividido entre as duas potências marítimas da época.
Obra 6:
1- Nome de cada obra. 
Plano Piloto da Cidade de Brasília
2- Resumo sobre os autores de cada obra. (Mínimo 05 linhas por autor)
Nascido em Toulon na França em 1902, Lúcio Costa foi um grande arquiteto e urbanista brasileiro. Após estudar na Inglaterra e naSuíça, chegou ao Brasil em 1917, ingressando na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), onde concluiu o curso de arquitetura e pintura em 1924. Em 1930 foi nomeado diretor da Enba, porém foi exonerado em 1931 por diferenças com alguns acadêmicos. Entre seus principais projetos estão a sede do novo “Ministério da Educação e Saúde do Rio de Janeiro” em 1935 e “Brasília” entre 1956 e 1960.
3- Datas das iconografias.  
1956.
4- Época retratada em cada imagem (século ou ano). 
Trata-se do período de idealização e construção da cidade de Brasília e o Distrito Federal no governo de Juscelino Kubitschek, século XX, entre 1956 e 1960.
5- Significados das obras. (Mínimo 10 linhas por obra) 
A imagem retrata o projeto arquitetônico da cidade de Brasília, planejada como “a cidade em forma de avião”, que na verdade teve sua forma inspirada pelo sinal da cruz, mas assim ficou popularmente conhecida. O trabalho era inovador, pois apresentava a cidade de forma horizontal, diferente do modelo das grandes cidades brasileiras. Além disso, o projeto propunha dois eixos que se cruzavam, ruas sem esquinas, “superquadras”, que são uma forma de organização urbanística de extensões residenciais abertas ao público, onde as casas são numeradas com números pares entre o Eixo Monumental e o Lago Paranoá, e números ímpares no outro lado, e “tesourinhas”, ferramentas que permitem a circulação dos carros por meio de pistas que dão acesso às superquadras, cortando o Eixo-Rodoviário-Residencial. Devido a essas ideias inovadoras, o projeto foi escolhido dentre outros 26 projetos arquitetônicos para a nova capital federal, apesar da simplicidade com que fora apresentado, em uma folha de papel comum, desenhado à mão, com alguns rabiscos e um total de 24 páginas datilografadas de relatório, enquanto outros projetos tinham diversos desenhos detalhados e mais 200 páginas explicativas.
Obra 7:
1- Nome de cada obra. 
“A Pátria”
2- Resumo sobre os autores de cada obra. (Mínimo 05 linhas por autor)
Nascido na Ilha de Paquetá, RJ no ano de 1888, Pedro Bruno foi um pintor, escultor, desenhista, artista visual e concertista brasileiro responsável por diversos projetos paisagísticos e ornamentais em sua cidade natal e defensor entusiasmado da natureza local. Após término dos estudos de música na Itália volta para o Brasil em 1910, ingressando na Escola Nacional de Belas Artes (Enba) em 1918. Graças a tela “A Pátria”, recebeu o prêmio viagem ao exterior da 26ª Exposição Geral de Belas Artes e em 1920 vai para a Itália novamente, porém agora para se aperfeiçoar na pintura na Accademia Brittanica, em Roma.
3- Datas das iconografias.  
1919.
4- Época retratada em cada imagem (século ou ano). 
Início do século XX.
5- Significados das obras. (Mínimo 10 linhas por obra) 
No quadro "A Pátria" o pintor Pedro Bruno, busca representar o forte sentimento patriótico da época, a esperança e máxima credibilidade que eram depositados na República. Essa representação é rica em detalhes e tem vários elementos fiéis à época, tais coisas contribuem fortemente para a importância dessa obra. Existia um grande sentimento de orgulho pela nação, sonhos de um Brasil próspero e glorioso. Ao observarmos a imagem podemos ver representações de mães trabalhando e cuidando de seus filhos, o trabalho é de confeccionar uma bandeira nacional. A criança abraçando carinhosamente um pedaço da bandeira simboliza o afeto pela a nação que estava sendo cultivado. As mulheres representam as mães que precisavam cuidar de seus filhos, fazer todos os trabalhos domésticos e costurar para ajudar na renda de casa. Olhando mais ao fundo da obra, com um pouco de dificuldade podemos ver um senhor sentado, sendo ele a única presença masculina no local. Ele carrega consigo o simbolismo do antigo, do ultrapassado, do arcaico, em outras palavras aquele senhor representa a antiga monarquia. Já as mulheres são a República, tendo em suas mãos a nova pátria. Também temos quadros na cena, um deles sendo o de Tiradentes, que após a proclamação da República foi reconhecer como um herói nacional. Embora antes no período colonial fosse visto como um traidor. Na parte de baixo dos quadros pode ser visto uma imagem de um santo, possuindo relação com uma população devota em um estado laico.
6- Incoerências históricas encontradas nas iconografias. (Mínimo 05 linhas por obra) 
Na obra “A Pátria”, estão ausentes os habitantes da então capital federal, Rio de Janeiro, que eram em sua maioria negros, pardos, ex-escravos e seus descendentes (de acordo com Nicolau Sevcenko). Dessa forma, todos os representantes da nação de Pedro Bruno são brancos, de traços e indumentárias europeus. Além disso, a obra que se propõe a mostrar um ambiente privado e familiar não faz uma referência explícita ao senhor patriarcal daquela casa, o que pode ter acontecido para exaltar uma imagem de “pátria-mãe” com figuras femininas ou porque as mulheres na obra já estão enquadradas no papel de gênero que lhes era atribuído, exercendo um trabalho doméstico sem remuneração e limitando-se à esfera privada da vida. Observa-se também que essas donas de casa retratadas surpreendentemente dispensaram amas de leite, criadas e serviçais, que eram as verdadeiras responsáveis pelos serviços doméstico e de cuidado das crianças no Brasil do início do século XX.
Obra 8:
1- Nome de cada obra. 
Ame-o ou deixe-o
2- Resumo sobre os autores de cada obra. (Mínimo 05 linhas por autor)
Nascido em Caratinga, MG no ano de 1932, Ziraldo é um cartunista, desenhista, jornalista, cronista, chargista, pintor e dramaturgo brasileiro. Começou sua carreira na revista “Era uma Vez” fazendo colaborações mensais. Em 1954 começou a desenhar uma coluna de humor no jornal “Folha da Manhã”. Mas foi em 1960 que cresceu de verdade, com a revista “Pererê” (primeira de quadrinhos brasileira em cores publicada por um único autor), depois disso vieram os personagens “Mineirinho”, “Jeremias, o Bom” e, é claro, seu maior sucesso, “O Menino Maluquinho” em 1980.
3- Datas das iconografias.  
1970
4- Época retratada em cada imagem (século ou ano). 
Segunda metade do século XX ou, mais especificamente, o período do governo Médici, entre 1969 e 1974.
5- Significados das obras. (Mínimo 10 linhas por obra) 
Charge divulgada no jornal O Pasquim em crítica ao governo de Emílio Garrastazu Médici por meio de uma paródia de um de seus slogans “Brasil: Ame-o ou deixe-o”. Para o governo da Ditadura Militar, esse slogan significava, na prática, que apenas aqueles que concordassem com o regime teriam o direito de permanecer no país, pois os opositores da Ditadura eram perseguidos, mortos ou exilados. Na charge, Ziraldo procurou mostrar a verdadeira face desse slogan e a violência que estava implícita nele, pois o amor à pátria que os militares pregavam era ufanista, estimulava um clima de patriotismo para impulsionar o apoio ao governo e exigia dos cidadãos que aceitassem as leis do país sem se importar com as circunstâncias dessa legalidade. O governo Médici foi um dos períodos de maior repressão da Ditadura Militar, com a criação de uma estrutura oficial de repressão, o DOI-Codi, em que se realizavam interrogatórios com torturas de qualquer suspeito de envolvimento com grupos de esquerda ou com a luta armada. Além dos métodos brutais de repressão, o governo também controlava os meios de comunicação, utilizando da censura e da propaganda como medidas para alienar a população e divulgar a imagem de um país de muitos recursos naturais, vitorioso nos esportes e em ascensão econômica. Foi nesse período em que ocorreu o chamado “milagre econômico”, com uma aceleração do crescimento do PIB, industrialização e inflação baixa. Contudo, foi nesse período em que se intensificou a concentração de renda, pois o milagre da economia não chegou aos bolsos dos mais pobres, que tiveram seus salários achatados e, com os sindicatos sob intervenção do governo, as negociações sempre beneficiavam o empresariado.
Obra 9:
1- Nome de cada obra. 
Capa do disco O Começo do Fim do Mundo
2- Resumo sobre os autores de cadaobra. (Mínimo 05 linhas por autor)
O festival foi organizado por Antônio Bivar, que foi um dramaturgo, biógrafo, jornalista, contista, romancista, tradutor, ator, roteirista, cronista, diretor e produtor musical brasileiro nascido em São Paulo, SP no ano de 1939. Começou sua carreira com a peça “Cordélia Brasil” (1968), ganhando o prêmio Governo do Estado, São Paulo. Depois disso foi prêmio atrás de prêmio. Em 1970 foi para a Inglaterra por causa de exílio e acaba escrevendo uma nova versão de uma peça dele, “O Cão Siamês de Alzira Porra-Louca” se tornou agora “Alzira Power”, conquistando o prêmio Governador do Estado, Rio de Janeiro. Ao voltar para o Brasil focou na música, sendo diretor dos shows de Maria Bethânia e Rita Lee, além do festival “O Começo do Fim do Mundo”.
3- Datas das iconografias.  
1982
4- Época retratada em cada imagem (século ou ano). 
1982
5- Significados das obras. (Mínimo 10 linhas por obra) 
O festival “O Começo do Fim do Mundo” foi um marco importante para a história do movimento punk no Brasil, principalmente na cidade de São Paulo. Ele foi a consolidação de um movimento que vinha crescendo desde a década de 1970, além da consolidação do “Do It Yourself” (Faça Você Mesmo). Em meio ao regime militar e uma crise econômica, os jovens eram grandes questionadores do governo, a ponto de beirar o anarquismo em certos momentos, mas o problema é que eles estavam divididos. Aí entra a importância maior do festival, que serviu como uma forma de aproximar as diversas bandas jovens de punk (ou, “facções punk”, como denominavam). Ao contrário do que se esperava, o primeiro dia de apresentações foi tranquilo, mas o mesmo não se pode dizer do segundo. A polícia militar invadiu o local (Sesc Pompéia) para expulsar e prender os punks, mesmo sem motivo aparente, além da repressão cultural. O clima do evento é passado através da capa do disco das músicas gravadas no festival, sendo uma foto do público possivelmente tirada de cima do palco.
Obra 10:
1- Nome de cada obra. 
Charge da Revista Careta
2- Resumo sobre os autores de cada obra. (Mínimo 05 linhas por autor)
Alfredo Storni nasceu na cidade de Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, em 4 de novembro 1881. O chargista iniciou sua carreira em 1899, no semanário “O Bisturi”. A charge analisada foi publicada na Revista Careta, na qual o Storni trabalhou entre 1920 e 1930. Seus principais trabalhos são os personagens “Zé Macaco”, “Faustina” e “Baratinha” pela revista “O Tico Tico” no ano de 1908. Além das revistas já mencionadas ele trabalhou também na “D. Quixote” e “Correio da Noite”, além da “O Gafanhoto” que ele mesmo criou no ano de 1904.
3- Datas das iconografias.  
1929
4- Época retratada em cada imagem (século ou ano). 
Período das eleições presidenciais de 1930.
5- Significados das obras. (Mínimo 10 linhas por obra) 
A charge é uma crítica à “política do café com leite”, que vigorou durante a República Velha e tratava-se de um acordo entre as oligarquias estaduais e o governo federal para manter o poder nas mãos das elites do país, alternando a Presidência da República entre políticos paulistas e mineiros. A charge refere-se mais especificamente às eleições presidenciais de 1930, em que houve um rompimento do acordo de Minas Gerais, que retirou o seu apoio ao candidato paulista, aliado ao interesse das outras regiões em participar da disputa política, com o lançamento da candidatura da Aliança Liberal, que unia Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba. Os citados na charge são: Washington Luís (então Presidente do país), Júlio Prestes (candidato paulista apoiado pelo Presidente) e Antônio Carlos (candidato de oposição da Aliança Liberal); o chargista utiliza-se desses nomes para formar o nome de outro político da época: Luís Carlos Prestes, que não era candidato em 1930, mas marcou o cenário político nacional, destacando-se como expoente socialista na época. A posição dos personagens quanto aos políticos da época demonstra falhas na democracia do início do século XX, pois o povo não se sentia representado na política e grande parte da população não tinha direito ao voto, já que este era concedido apenas aos homens com mais de 21 anos que não fossem analfabetos, religiosos e militares.

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