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Atenção Primária à saúde

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Atenção Primária à saúde
Caso I
SUS - REVISÃO DOS CONCEITOS:
PRINCIPIOS DOUTRINÁRIOS: DIRETRIZES ORGANIZATIVAS:
· UNIVERSALIDADE Regionalização e Hierarquização 
· EQUIDADE Descentralização
· INTEGRALIDADE Participação social
UNIVERSALIDADE: é a garantia de que todos os cidadãos devem ter acesso aos serviços de saúde públicos e privados conveniados (independente de nacionalidade, raça, sexo...), em todos os níveis do sistema de saúde. Assegurado por uma rede de hierarquizada de serviços e com tecnologia apropriada para cada nível
EQUIDADE: A princípio o acesso aos serviços de saúde deve ser garantido a toda a população em condições de igualdade (sem importar gênero, situação econômica, social, cultural, racial ou religiosa.). Porém pode haver uma discriminação positiva em casos especiais em que a prioridade deve ser dada a quem tem mais necessidades.
INTEGRALIDADE: O atendimento deve incorporar um amplo espectro de intervenções, articulando: prevenção atendimento curativo e reabilitação. (A ação integrada deve ter a capacidade de promover a saúde no cotidiano das pessoas, fazer diagnósticos e tratamentos precoces para reduzir danos e iniciar rapidamente a reabilitação e readaptação ao convívio social.
Das diretrizes organizativas:
HIERARQUIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO:
· Os serviços de saúde devem estar organizados em níveis crescentes de complexidade, com tecnologia adequada para cada nível, potencializando a resolutividade.
· É fundamental a regulação adequada entre os níveis para que haja fluxos de referência e contra-referência claramente normatizados e funcionando para que o acesso seja garantido.
· A resolutividade do nível de atenção primaria pode chegar a 80-90%.
 Rede poliárquica
DESCENTRALIZAÇÃO 
· No SUS há uma redistribuição do poder, as competências e instâncias decisórias são repassadas para as esferas mais próximas à população: redefinição das atribuições- desconcentrando o poder da união e dos estados para os municípios.
· Centro da estratégia: processo de municipalização da saúde, entendido como um fenômeno político-administrativo que aponte para uma ruptura com o modelo assistencial tradicional e consiga dotar os municípios com modelos locais de saúde de acordo com todas as diretrizes do sus.
PARTICIPAÇÃO/CONTROLE SOCIAL
· A participação social está garantida em todos os níveis, com os conselhos federal, estaduais e municipais.
· A participação social é composta pelos representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários.
· Espaço para o cidadão que quer exercer influência no direcionamento do SUS.
· CONSELHOS E CONFERÊNCIAS DE SAÚDE
· CONFERÊNCIA DE SAÚDE: reunir-se a cada 4 anos, para avaliar situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes. Um espaço de discussão das políticas de saúde em todas as esferas de governo. Como fórum de discussão, avaliam e propõem mudanças ou novas políticas e programas de saúde para o país.
 APS: ATENÇÃO PRIMÁRIA Á SAÚDE
APS DE ALTA QUALIDADE:
· Melhor seguimento das prescrições médicas
· Menor utilização de serviços de emergência 
· Mais cuidados preventivos
· Mais detecção precoce de cânceres
· Menores taxas de hospitalizações
Serviços de saúde  objetivam promover saúde e responder as necessidades da população  PROMOÇÃO DE SAÚDE + PREVENÇÃO + TRATAMENTO.
Território  lócus das ações dos serviços de atenção primária – responder as necessidades em saúde significa:
· Identificar e corresponder aos imperativos de saúde de quem procura e tem acesso aos serviços.
· Intervir nos riscos populacionais  proteger as populações vulneráveis e diminuir as inequidades em saúde.
 Os problemas de saúde apresentados pela população são de diversas naturezas – coexistem doenças crônicas (não transmissíveis e transmissíveis), violência e acidentes, problemas de saúde mental, doenças agudas e infectocontagiosas.
 Pode haver alguns problemas de grande complexidade - exige intervenções sobre indivíduos, famílias e grupos sociais bem como englobando elementos cognitivo-tecnológicos de diferentes disciplinas.... Apesar disso lidar com tais problemas em APS implica menor custo financeiro, pois sua resolução envolve uso de menor densidade tecnológica.
Análise das características de saúde da população  deve orientar a organização de sistemas de saúde – além de nortear a educação médica e o desenvolvimento de pesquisas.
VALORES, PRINCÍPIOS E ATRIBUTOS
VALORES  são reflexos dos valores mais amplos que pautam a sociedade em geral, são essenciais para estabelecer as prioridades nacionais e para a avaliação da correspondência entre os pactos sociais e as necessidades e expectativas da população. (direito à saúde, equidade, solidariedade, participação)
 SUS- saúde da família  Universalidade, equidade, integralidade, participação e controle social
PRINCÍPIOS são responsáveis pela articulação entre os valores e os elementos estruturais e funcionais de um determinado sistema de saúde, fundamentam as políticas de saúde, legislação, os critérios de avaliação, a geração e alocação de recursos. (Respostas às necessidades de saúde, intersetorialidade, orientação para qualidade, responsabilidade e prestação de contas, sustentabilidade, justiça social)
SUS regionalização com hierarquização, caráter substitutivo (enfoque nas pessoas), orientação para a qualidade.
ATRIBUTOS  são as características operativas por meio das quais se busca alcançar os valores e princípios preconizados. 
SUS  Atributos dos serviços de atenção primária, secundária e terciária(- registro adequado, continuidade de pessoal, comunicação, qualidade clínica, defesa da clientela)
Valores princípios e atributos específicos da atenção primária  PRIMEIRO CONTATO, LONGITUDINALIDADE, INTEGRALIDADE, COORDENAÇÃO, ORIENTAÇÃO FAMILIAR E COMUNITÁRIA, ENFOQUE NA PESSOA (E NÃO NA DOENÇA), ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA, COMPETÊNCIA CULTURAL.
PRIMEIRO CONTATO: a porta de entrada
· Um serviço é considerado a porta de entrada ao sistema de saúde quando é identificado pela população e pela equipe como o primeiro recurso a ser buscado.
· Idealmente deve ser de fácil acesso e disponível 
· “Porta de entrada ao sistema de saúde” = refere-se tanto à acessibilidade quanto à utilização do serviço pela população. Seja em caso de um novo evento em saúde ou um novo episódio de um evento antigo.
VANTAGENS: 
1. Menos consultas para um mesmo problema;
2. Menos exames complementares;
3. Menos hospitalizações ou hospitalizações mais curtas;
4. Menos cirurgias;
5. Mais ações preventivas e adequadas; 
6. Maior qualidade das ações;
7. Mais ações preventivas e adequadas e maiores chances de que ocorram no tempo certo.
LONGITUDINALIDADE:
A continuidade do cuidado e o estabelecimento de vínculo
 Longitudinalidade é a duração, no tempo, de uma relação de confiança de base pessoal que se estabelece entre indivíduos e um médico ou uma equipe de família.  essa relação possibilita aos profissionais conhecerem os usuários do serviço e a esses, a equipe de saúde.
· Fonte regular de atenção e a recorrência a ela ao longo do tempo, o que implica a adscrição da população pelas equipes de saúde
VANTAGENS:
1. + ações de prevenção
2. Atendimento + precoce e adequado
3. Conclusão de um maior número de tratamentos
4. Obtenção de maior integralidade no cuidado
5. Coordenação mais eficiente das ações e serviços
6. Menor proporção de doenças previníveis 
7. Obtenção de maior satisfação com o atendimento
8. Diminuição dos custos totais
9. Especialmente vantajosa para pessoas com doenças crônicas e morbidade múltiplas
INTEGRALIDADE:
A abrangência do cuidado
· Capacidade da equipe de saúde de identificar e lidar com o leque completo das necessidades de saúde dos indivíduos. Seja resolvendo-as ou prestando orientações para que recebam serviços dos cuidados secundários e terciários 
· Equipe com capacidade de identificar e lidarcom ampla gama de questões.
· Recursos : visitas domiciliares, organizações comunitárias e articulações intersetoriais - são muitas vezes necessários, constituindo-se em parte de um atendimento integral
VANTAGENS 
1. Maior quantidade de ações de prevenção;
2. Maior satisfação da população com o atendimento;
3. Maior adesão ao tratamentos recomentados.
COORDENÇÃO: 
Informação, comunicação e articulação e ordenação nos diversos níveis de atenção à saúde.
A coordenação implica em adequada e eficiente troca de informações nos casos de referência e contra-referências;
· Bem desempenhada quando por meio de um sistema de informação que é de base eletrônica – integra os pontos assistenciais e permite aos serviços de APS avaliar se a atenção recebida nos demais pontos foi adequada às necessidades dos pacientes.
· A coordenação é essencial para o alcance dos demais atributos da APS
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE - RAS 
 O Brasil definiu a organização da assistência do sistema de saúde operadas pelas redes, visando a construção de sistemas integrados de saúde.
Redes integradas de serviços, rede regionalizadas, serviços integrados, cuidado integrado
· Constitui-se de redes horizontais interligas por pontos de atenção, de distintas densidades tecnológicas, com suas estruturas de apoio e logística, não havendo hierarquia entre os diferentes pontos de atenção à saúde.
 
· Há evidencias que as redes de saúde contribuem de forma importante para a melhoria dos resultados sanitários e econômicos dos sistemas de atenção à saúde.
ORGANIZAÇÃO LOCAL E SERVIÇO DE APS:
TERRITÓRIO:
TERRITÓRIO-ÁREA: quando se distancia o foco, o que permite ver o conjunto, os territórios não são necessariamente homogêneos, as medias não costumam refletir a realidade, e conhece-los permite lidar com as iniquidades em saúde.
MICROÁREAS: quando se aproxima do foco. Logica da homogeneidade (ambiental, geográfica, socioeconômica, sanitária, cultural, etc), nela se concentram grupos populacionais + ou – homogêneos, de acordo com suas condições de existência.
ANÀLISE DA SISTUAÇÃO DE SAÚDE
DADOS SECUNDÁRIOS:
· Dados e informações colhidos por outras agencias e setores, governamentais ou não, em geral para fins político-administrativos.
· Sistemas de informação de interesse para a saúde, com banco de dados nacionais de acesso facilitado no âmbito do MS, SES, SMS.
 mortalidade, nascidos vivos, agravos de notificação compulsória, produção de serviços, atendimentos ambulatoriais, hospitalizações e internações domiciliares, além de informações de base populacional.
DADOS PRIMÁRIOS:
· Quando os dados secundários são insuficientes, questões importantes podem ser respondidas por pesquisas de campo aplicação de questionários em amostras ou censos de populações
· Inquéritos domiciliares são usados quando não estão disponíveis informações necessárias que digam respeito a toda a população, como por exemplo: perfis demográfico, educacional e socioeconômico, frequência de doenças, índices e coeficientes, condições ambientais e habitacionais. Um aspecto peculiar desses inquéritos é fornecer dados sobre moradores que não procuram os serviços de saúde e/ou não constam nas informações oficiais – possível de ocorrer em periferias de grandes centros urbanos.
IMPORTÂNCIA DOS DADOS: os dados secundários permitem os diagnósticos de comunidades – através do reconhecimento de campo e o levantamento demográfico, de saúde, recursos e de serviços. Também permitem uma tentativa de compreensão dos aspectos culturais.
O DIAGNÓSTICO DE COMUNIDADE VISA:
· Identificar o diferentes grupos populacionais, segundo critérios demográfico, epidemiológicos, socioeconômicos, culturais e políticos.
· Identificação e descrição dos problemas de saúde dos distintos grupos;
· Análise da situação de saúde e presença de inequidades;
· Priorização dos problemas, buscando a definição das intervenções necessárias;
· Definição dos objetivos, formulação dos planos e metas, para a implementação de ações;
· Estabelecimento de parâmetros para as avaliações 
 ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA – ESF
A saúde da família é a estratégia do estado para organizar a tenção primária à saúde (APS) dentro do SUS.
Objetiva ampliar em número e qualidade os serviços do primeiro nível do sistema, a fim de alcançar os principais objetivos propostos pelo SUS: universalidade, integralidade, equidade.
ATENÇÃO BÁSICA = termo escolhido pelo MS para se referis à atenção primária à saúde.
FUNÇÕES PRINCIPAIS DA ESF NA ORGANIZAÇÃO DO SUS:
1. Ser a base do sistema de a saúde: oferecer o serviço por meio das unidades básicas mais próximo possível das pessoas.
2. Ser resolutiva: identificar riscos, doenças necessidades e demandas de saúde, buscar sempre que possível ampliar a autonomia das pessoas
3. Coordenar o cuidado: elaborar , acompanhar e gerir os planos terapêuticos das pessoas, assim como acompanhar e organizar o fluxo delas entre os pontos de atenção das redes de atenção à saúde, assumindo o papel de centro de comunicação dessas redes.
4. Ornenar as redes de atenção à saúde: reconhecer e mensurar as necessidades em saúde da população sob sua responsabilidade, organizando as respostas dos demais serviços de saúde.
ESTRUTURA DA ESF:
· Não há padrão único de infraestrutura física e de conformação quanti-qualitativa de profissionais de saúde.
· IMPORTANTE: ter profissionais médicos especialistas em APS, cuja especialidade, no Brasil, se denomina medicina de família e comunidade.
· FUNDAMENTAL: ofertar serviços em tipo e quantidade suficientes para atender com resolubilidade cerca de 90% das demandas- necessidades em saúde da população.
· TERRITÓRIO: população sob o cuidado da equipe deve ser a residente em um território específico.
· PROFISSIONAIS/EQUIPE: é obrigatório  um médico generalista (de preferência médico da família e da comunidade, um enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Pode ser complementado por profissionais de saúde bucal  cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde da família, e auxiliar e/ou técnico em saúde bucal.
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE/PROFISSIONAIS: 
Principais atribuições a todos os integrantes da equipe:
 Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe identificando grupos, famílias, e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidade;
 Manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos e utilizar de forma sistemática os dados para a análise da situação de saúde;
 Cuidar da saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da unidade de saúde, e quando necessário no domicilio e demais espaços comunitários, garantindo a integralidade (ações de promoção, proteção, recuperação, prevenção), o atendimento da demanda espontânea, realização de ações programáticas, coletivas e de vigilância à saúde;
 Busca ativa e notificação doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos de importância local;
 Responsabilizar-se pela população adscrita e coordenar o cuidado (quando há atendimento em outros pontos de atenção do sistema de saúde);
 Praticar o cuidado familiar e dirigido a coletividade e grupos sociais (visa propor intervenções que influenciem os processos de saúde e doença da comunidade);
 Realizar reuniões de equipe (discutir em conjunto o planejamento e avaliação das ações da equipe, usando os dados disponíveis);
 Acompanhar e avaliar sistematicamente as ações implementadas, visando à readequação do processo de trabalho;
 Garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação na atenção básica;
 Realizar ações de educação em saúde à população adscrita;
 Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais e o controle social;
Principais atribuições do médico:
 Realizar a atenção à saúde dos indivíduos sob sua responsabilidade;
 Realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e quandoindicado ou necessário no domicílio e/ou demais espaços comunitários (escolas, associações...)
 Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
 Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário;
 Indicar de forma compartilhada com outros pontos de atenção a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário.
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO:
 Respeitar as especificidades de cada categoria profissional, não sobrecarregando um integrante da equipe com atribuições gerais quando este é o único capacitado para o desenvolvimento de ações específicas;
 A equipe de saúde deve reconhecer e respeitar os limites de atuação pessoais de cada um de seus integrantes.
 O planejamento e a oferta de ações programáticas (pré-natal, puericultura, cuidado a portadores de hipertensão e/ou diabetes entre outras) pelas equipes de saúde da família deve ser feito a partir do padrão epidemiológico da população e das competências reais dos integrantes da equipe.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E AÇÕES DO PROCESSO DE TRABALHO DAS EQUIPES DE APS:
 Definir o território de atuação e a população sob responsabilidade, programar e implementar as atividades de atenção à saúde de acordo com as necessidades de saúde da população, com a priorização de intervenções clinicas e sanitárias nos problemas de saúde segundo critérios de frequência, risco, vulnerabilidade (possibilidade de resolver o problema) e resiliência (capacidade do indivíduo lidar com riscos, ameaças, e problemas de saúde, superando esses obstáculos, preservando sua saúde física e mental).
 Desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco a fim de prevenir o aparecimento ou a persistência de doenças e danos evitáveis;
 Realizar o atendimento da demanda espontânea e o primeiro atendimento às urgências;
 Promover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita;
 Desenvolver ações educativas que possam interferir no processo saúde-doença, no desenvolvimento de autonomia;
 Participar do planejamento local de saúde, assim como do monitoramento e da avaliação das ações;
 Participar e desenvolver ações intersetoriais;
 Realizar atenção domiciliar (destinada as pessoas com problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até a unidade de saúde;
 Estimular a participação da população nas ações de controle social;
Principais resultados alcançados pela ESF referentes à ampliação do acesso ao SUS e à melhoria de vida da população brasileira:
↓ mortalidade infantil
↓ da mortalidade em menores de cinco anos
↑ cobertura vacinal da terceira dose da tetravalente em menores de um ano de idade
↓ de 50% na prevalência da desnutrição infantil crônica
↑do acesso e qualidade do pré-natal
↑ exames citopatológicos cervicovaginais em mulheres de 25 a 59 anos
↓ Das internações devidas a condições sensíveis à atenção primária.
↑ ao acesso a ações de saúde bucal (e ↓ Do número de dentes cariados, perdidos, obturados)
↑ satisfação do usuário
↑Acesso e utilização dos serviços e assistência domiciliar em idosos
↑ Presença e extensão dos atributos da APS (primeiro contato, longitudinalidade, coordenação, integralidade, orientação familiar, orientação comunitária)
Reforço à organização das redes de atenção à saúde em municípios com alta cobertura de ESF.
↑ oferta da força de trabalho na população com oito anos de exposição à saúde da família.
DESAFIOS E PERSPECTIVAS:
O principal desafio da ESF na próxima década seja assumir e exercer a função de centro de comunicação nas redes de atenção à saúde, aumentando a sua resolubilidade e ampliando seu papel de responsabilização frente à saúde das pessoas moradoras das áreas de adscrição da ESF.
· Mais recurso financeiros
· Melhoria na estrutura física e de infraestrutura das USFs
· Redistribuição do processo formativo dos profissionais de saúde
· Maior ênfase em processos de educação permanente que se mostrem efetivos para mudanças da prática clínico-assistencial
· Maior incorporação tecnológicas nas unidades de saúde da família a partir de resultados consistentes de avaliação de tecnologia em saúde
· Maior reconhecimento dos avanços conquistados
· Maior investimento nas ações citadas

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