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Unidade 3 = NHB de Integridade Cutâneo-mucosa · Sobest – Sociedade Brasileira de Estomaterapia · Sobende – Sociedade Brasileira de Enfermagem em Dermatologia · Revisão sistemática é significativo para discussões · 13 de abril de 2016 – mudança da terminologia de ULCERA por pressão para LESÃO por pressão · Lesão por Pressão possui três estágios: · Estagio 1: Pele Íntegra com eritema que não embranquece · Estágio 2: Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme · Estágio 3: Perda da pele em sua espessura total · Há o estagio 4, o estágio não classificável e o estágio de lesão por pressão tissular profunda · Pele = membrana com duas camadas (epiderme derme) que reveste a superfície exterior do corpo e que se continua com as membranas e orifícios · Funções: manter a integridade do corpo; protegê-lo contra agressões externas; absorver e excretar líquidos; regular a temperatura; absorver luz UV; sintetizar vitD; detectar estímulos sensoriais; servir de barreira para MO’s; exercer papel estético · Epiderme – poros, pelos, camada queratinizada e terminação nervosa (anexos da pele) · Hipoderme – veias, artérias e tecido adiposo (anexos da pele) · 5 camadas de epiderme são afetadas com a instalação de uma lesão cavitária na pele do paciente! · Derme – glândulas sudoríparas e sebáceas, músculo eretor do pelo e folículo piloso (anexos da pele) · Derme papilar – delimitada pela epiderme acima; mais superficial · Derme reticular – mais profunda; fisiologia do processo cicatricial · Ferida = qualquer lesão no tecido epitelial, mucosas ou órgãos com prejuízo de suas funções básicas · Cicatrização = é a cura de uma ferida por reparação ou regeneração dos tecidos afetados evoluindo em fases distintas · Fase inflamatória, exsudativa, reativa ou defensiva · Fase proliferativa, de regeneração, reconstrutiva ou fibroblástica · Fase reparadora, de maturação ou remodelação tecidual Fase inflamatória · Caracterizada por dor, rubor, calor, edema e perda da função. Começa no momento da lesão e se estende por um período de 3 a 6 dias · Não necessariamente devido presença de agente patológico. Se torna um processo infeccioso quando um MO acessa essa abertura de injuria na pele e esse agente causador de doença se prolifera e sinaliza maior inflamação (exsudato, edema) · Se divide em três etapas: · 1) Trombocítica · Os trombócitos liberam mediadores vasoativos, fatores quimiotáticos e fatores plaquetários · Um número elevado de plaquetas se agrega e forma um trombo · A cascata de coagulação é induzida por mecanismos: o endógeno que são os fatores plaquetário liberados pelos trombócitos e os exógenos que são substancias que se originam do tecido conjuntivo danificado · Como resultado verifica-se que as enzimas convertem o fibrinogênio solúvel em fibrina insolúvel formando uma rede de trombos e eritrócitos = coágulo · 2) Granulocítica · Os granulócitos (eosinófilo, basófilo e neutrófilo - diapedese) se deslocam até o alvo e liberam enzimas proteolíticas (colagenases, elastases e hidrolases ácidas) · Poucas horas após a lesão, ocorre uma grande concentração de leucócitos polimorfonucleares na área afetada · Como resultado, dá-se a fagocitose das bactérias, a decomposição dos tecidos necrosados e a limpeza do local da lesão · 3) Macrofágica · Os macrófagos são atraídos para o local e secretam substâncias vasoativas e fatores de crescimento, que possuem mecanismos de estimulação e inibição de crescimento celular – reparo tecidual fase proliferativa · Divide-se em três etapas: · 1) GRANULAÇÃO = angiogênese com formação de tecido novo composto de capilares, colágeno e proteoglicans · Há produção de colágeno pelos fibroblastos · Há a migração e divisão mitótica das células · 2) EPITELIZAÇÃO = formação de tecido conjuntivo novo e epitelização · Diminui a capilarização e aumenta o colágeno · Há a migração e divisão mitótica das células epiteliais iniciando nas bordas das feridas (colágeno direcionado para essas bordas) · 3) CONTRAÇÃO = redução do tamanho da lesão pela ação especializada dos fibroblastos fase reparadora · Tem início por volta da 3 semana e se estende por até 2 anos · Há diminuição progressiva da vascularização e dos fibroblastos, aumento da forca tênsil e reorientação das fibras de colágeno · O volume da cicatriz diminui gradualmente e a coloração passa de vermelho para o branco pálido, característico do tecido cicatricial classificação das feridas · Quanto ao grau de contaminação: · Feridas limpas = produzidas em ambientes cirúrgicos · Feridas limpa-contaminadas = lesão inferior a 6h entre o trauma e o atendimento e sem contaminação significativa · Feridas potencialmente infectadas = causadas por objetos sujos ou mordida de animais · Feridas contaminadas = quando se observa algum tipo de reação inflamatória mais importante, ou, ainda que tenha decorrido mais de 6h após o trauma · Feridas infectadas = se observa a presença de exsudato purulento no seu interior, ou sinais de infecção · Quanto à penetração em cavidade: · Ferida penetrante = quando atinge órgãos e vísceras · Ferida não penetrante = quando atinge camadas superficiais (pele, tecido subcutâneo e músculos) · Quanto à profundidade dos planos atingidos: · Ferida superficial = quando atinge apenas a epiderme podendo chegar à derma · Ferida profunda = quando atinge o subcutâneo, músculos e ossos · Ferida transfixante = há uma entrada e uma saída · Quanto à presença de exsudato: · Exsudato seroso = é plasmático, aquoso, transparente e está normalmente presente em lesões limpas · Exsudato sanguinolento = indica ocorrência de lesão vascular · Exsudato purulento = espesso como resultado de leucócitos e MO’s vivos ou mortos, com coloração que pode variar de amarela, verde ou marrom · Quanto à dimensão da ferida: · Comprimento · Largura · Profundidade = usa-se uma sonda ou swab colocados verticalmente na região mais profunda da lesão tipos de cicatrização · PRIMEIRA INTENÇÃO = está associada a feridas limpas, com perda mínima de tecido, quando é possível fazer a junção das bordas da lesão por meio de suturas ou qualquer outro tipo de aproximação e com reduzido potencial para infecção · Lesão por cesária · A mais positiva · SEGUNDA INTENÇÃO = relacionada a ferimentos infectados e lesão com perda acentuada de tecido, onde não é possível realizar a junção das bordas, acarretando um desvio de sequência esperada de reparo tecidual · Dificuldade de aproximação tecidual · Este processo envolve uma produção mais extensa de tecido de granulação e, também, requer maior tempo para a contração e epitelização da ferida, produzindo uma cicatriz significativa · TERCEIRA INTENÇÃO = quando há fatores que retardam a cicatrização de uma lesão inicialmente submetida a um fechamento por primeira intenção · Ocorre quando uma incisão é deixada aberta para drenagem do exsudato e, posteriormente fechada · A mais dificultosa · Uma sutura que precisou ser retirada – processo reacional ao fio da sutura; própria fisiologia do paciente; condição clínica (nutrição, hidratação, quadros pré-existentes) fatores que influenciam na cicatrização (retardam ou impedem) · Padrão de sono e repouso; saúde física e mental; nutrição e hidratação · Fatores locais – pressão continua, ambiente seco na pele, traumas e edemas · Diminuição da perfusão nos tecidos = deficiência de oxigênio · Impedimento da síntese de colágeno = diminuição da proliferação e migração celular · Redução da resistência dos tecidos à infecção · Fatores nutricionais – ausência ou diminuição de proteínas, vitamina A, C, K, carboidratos, gorduras e zinco, retardam a cicatrização · Presença de infecção – prolonga a fase inflamatória, provoca destruição tecidual, retarda a síntese de colágeno e impede a epitelização · Identificar pontos de risco de infeção (Transudato); analisar sinais vitais; checar necessidade de cobertura da lesão prevenção da instalação de uma infecção no processo inflamatório · Tecido desvitalizado ou necrótico – deve ser removido seja por processo mecânico ou autolítico· Idade – diminui a resposta inflamatória, a síntese de colágeno e a angiogênese, por outro lado há um aumento da fragilidade capilar e do tempo de epitelização · Fator sistêmico – hipertensão, diabetes, hepatopatias (cirrose, hepatopatite diabética, hepatite, malária), nefropatias, problemas vasculares e neoplasias. Além disso o uso de drogas sistêmicas e imunossupressoras influenciam na cicatrização semiotécnica de curativos · Finalidades: · Limpar a ferida · Proteger de traumatismo mecânico · Prevenir contaminação · Absorver secreções · Imobilizar · Vantagens da cicatrização através do meio úmido: · Estimulo à epitelização, à formação do tecido de granulação e maior vascularização da área da ferida · Facilita a remoção do tecido necrosado e impede a formação de fibrina · Serve como barreira protetora contra microorganismos · Promove a diminuição da dor · Evita traumas na troca de curativos · Normas de assepsia para curativos: · Lavar as mãos antes e após a realização do procedimento · Remover assepticamente tecidos desvitalizados ou necrosados · Obedecer o princípio da realização de procedimento do local menos para o mais contaminado · Usar luvas não estéreis na possibilidade do contato com sangue ou demais fluidos corporais · Usar luvas estéreis em substituição a pinças ou em procedimentos cirúrgicos (debridamento) · Curativos removidos para inspeção da lesão devem ser trocados imediatamente · Evento iatrogênico = dano causado pela assistência, seja por não saber ou por saber e negligenciar · Lacerar tecido vivo ao retirar o curativo · Escarificar e acabar lacerando uma veia · É necessário estimar e prever o que pode acontecer com aquela assistência de saúde · Kkk POlividine tópico · Indicações: antissepsia de pele e mucosas peri-catéteres (vasculares, diálise), peri-introdutores e fixadores externos com a finalidade de prevenir a colonização · Tipos de feridas: inserções de catéteres vasculares, introdutores e fixadores externos · Limpeza de fixadores · Totalmente contraindicado em feridas abertas de qualquer etiologia · Retarda o processo metabólico, retardando assim o processo cicatricial · Danifica e reduz a forca tênsil · Devido seu mecanismo de ação altera a sinalização celular · Modo de usar: limpar o local de inserção com gaze e SF, secar com gaze, passar esse PVPI e ocluir com fina cama de gaze e fixar ou usar uma cobertura semipermeável soro fisiologico 0,9% e cobertura seca · Cloreto de sódio a 0,9% · Limpeza mecânica ou hidrolítica da ferida · Indicado em incisões e locais de inserção de drenos · Em feridas suturadas e inserção de drenos · Contraindicado em feridas abertas de qualquer causa · Modo de usar: limpar a área com gaze e SF, secar com a gaze, ocluir com gaze seca ou cobertura apropriada, fixar e, se for dreno, ocluir com bolsa coletora. Cobrir com micropore · Peridicidade de troca · Curativo de incisão – de acordo com o exsudato drenado ou no máximo 24h ou 48h · Drenos: · Coletor simples para pequenos débitos = trocar a cada 24h · Placa ou bolsa para débitos elevados = esvaziar a cada 24h ou então trocar quando houver perda da aderência ou extravasamento · Cobertura oclusiva com gaze = a cada 24h · Observações: · Incisões precisam de técnica estéril nas primeiras 24h, após esse período a incisão pode ficar aberta e ser limpa com água tratada (chuveiro) · Para melhor estética da cicatriz recomenda-se a utilização de tiras de micropore sobre a incisão para evitar tração dos bordos da ferida · Utilizar técnica estéril para os drenos até sua remoção · Registrar os débitos de drenos curativo úmido com sf e cobertura úmida · Cloreto de sódio 0,9% · Mecanismo de ação: Limpa e umedece a ferida, favorece a formação de tecido de granulação, amolece os tecidos desvitalizados e favorece o debridamento autolítico · Uso em feridas com cicatrização por 2. e 3 intenção · Contraindicação em feridas com cicatrização por 1 intenção (ferida limpa) e locais de inserção de catéteres, introdutores, fixadores externos e drenos · Modo de usar · Incisão com deiscência: · Limpar a incisão com gaze e SF · Lavar o ponto de deiscência com jatos de SF. · Manter gaze úmida com SF no local. · Ocluir com cobertura estéril de gaze seca e fixar · Feridas abertas: · Lavar o leito da ferida com jato de SF · Remover exsudatos limpando a ferida com gaze e SF · Com movimentos leves e lentos para não prejudicar o · Processo cicatricial · Remover tecidos desvitalizados com gaze e pinça. · Colocar gaze úmida no leito da ferida · Ocluir com cobertura estéril (gaze seca) e fixar · Observação: o Soro Fisiológico pode ser substituído por Ringer simples
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