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Manejo de feridas e cicatrização

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Manejo de feridas e cicatrização 
 
Funções da pele 
• Proteção física 
• Termorregulação 
• Absorção e excreção de substâncias 
Anatomia da pele 
• Epiderme: camada avascular, mais externa 
▪ Células de Langerhans – fagocitose e 
ativação de LT 
▪ Células de Merkel – transmissão 
nervosa 
▪ Queratinócitos e melanócitos] 
• Derme: camada intermediária 
▪ Vasos sanguíneos, linfáticos, 
nervoso, musculo eretor do pelo 
• Tecido subcutâneo: camada interna 
▪ Artérias diretas, gorduras e musculo 
paniculares 
Ferida = lesão corporal que cursa com interrupção 
da continuidade tecidual; 
Fases da cicatrização – acontecem em conjunto 
• Inflamatória 
➢ Marcada pela presença dos 
neutrófilos 
➢ Fase que ocorre nos primeiros dias 
de lesão 
➢ Chegada dos neutrófilos no leito – 
Início do Desbridamento 
▪ Hemostasia → vasodilatação 
(mastócitos liberam histamina) 
▪ Mediadores vasoativos; aumento de 
fluxo e permeabilidade vascular 
▪ Catecolaminas; aumento de 
neutrófilos na área; vasoconstrição – 
aderência do endotélio vascular 
▪ Calor, rubor, edema, dor e perda de 
função 
 
• Desbridamento 
➢ Processo de fagocitose e limpeza da 
região lesada 
➢ Presença de pus e secreção na ferida 
➢ Processo necessário para o 
andamento da cicatrização 
➢ Nessa fase ocorre diminuição de 
neutrófilos e aumento de 
macrófagos 
➢ Monócitos se transformam em 
macrófagos 
▪ Netrófilos – macrófagos 
(fagocitose – compostos tóxicos 
e enzimas – quimiotaxia de 
menócitos) 
o Secretam Colagenase 
o Macrófagos Estímulo dos 
Fibroblastos 
o Estímulo da angiogênese 
– proliferação vascular 
• Proliferativa 
➢ Proliferação de novos vasos 
(angiogênese) 
➢ Fibroblastos 
➢ Formação do TECIDO DE 
GRANULAÇÃO! 
 
• Maturação 
➢ Ocorre com a ferida já epitelizada 
➢ Ferida está fechada mas não 
cicatrizada por completo 
➢ Pode demorar muito tempo até o 
final do processo 
➢ Aumento da [ ] de colágeno tipo 1 – 
Fazem constrição vascular 
➢ Força da cicatriz de 80% - Não 
reestabelece como antes! 
Fatores que afetam a cicatrização 
• Hospedeiro: idade, doenças concomitantes, 
desnutrição 
• Ambiente da ferida: profundidade e 
tamanho, contaminação, necrose, 
confecção da ferida 
• Ambiente externo a ferida: bandagem 
apertada, fármacos errados, manejo errado, 
tutor 
Classificação das feridas 
• Tempo e progressão da ferida 
➢ Limpa: ferida cirúrgica; sem acesso 
ao tgi, repertório, genital ou urinário; 
tempo cirúrgico reduzido; sem 
quebra de assepsia 
➢ Limpa contaminada: quebra de 
assepsia; acesso ao tgi, respiratório 
ou genitourinário; ferida não 
cirúrgica com tempo > 4 horas 
➢ Contaminada: lesões de 4 a 12h da 
causa inicial; possuem um processo 
inflamatório evidente; contato com 
terra, fezes outros agentes 
contaminantes 
➢ Suja e infectada: mais de 12 horas do 
acontecimento; evidente infecção e 
inflamação; tecido com coloração 
dúbia 
• Quanto a causa da ferida 
➢ Atraumática: Bisturi – incisão 
magistral com mínimo trauma 
➢ Traumática 
▪ Físico – Atropelamento, mordida, 
arma de fogo 
▪ Químicos – Produtos de limpeza 
• Estruturas envolvidas 
➢ Superficiais: epiderme ou somente a 
pele atingida 
➢ Profundas: Pele, músculos, fáscias, 
osso 
• Apresentação clínico-cirúrgica 
➢ Aberta: meio externo 
➢ Fechada: sem ruptura de pele 
Teoria dos fechamentos das feridas 
• Primeira intenção 
➢ Fechamento com suturas 
imediatamente após a lesão 
➢ Realizada em feridas limpas ou 
limpas contaminadas 
➢ Síntese sem tensão 
➢ Aposição das bordas 
• Primeira intenção atrasada 
➢ Fechamento com suturas 
➢ Realizada em feridas contaminadas 
➢ Mais de 48 – 72h de ocorrência 
➢ Sem formação do tecido de 
granulação 
• Segunda intenção 
➢ Fechamento SEM suturas - 
epitelização 
➢ Feridas que estavam contaminadas 
ou infectadas 
➢ Mais de 5 dias de ocorrência 
➢ Presença do tecido de Granulação!!! 
➢ Feridas não muito extensas 
➢ Pacientes que não podem ser 
submetidos aprocedimentos 
cirúrgicos 
➢ Disposição do proprietário 
• Terceira intenção 
➢ Feridas extensas 
➢ Fechamento por suturas ou técnicas 
de síntese 
➢ Presença do tecido de 
GRANULAÇÃO!! 
➢ Técnicas cirúrgicas reconstrutivas 
➢ Aposição tecidual na ausência de 
tensão 
➢ Abordagem desejada para evitar um 
tempo longo de exposição dos 
tecidos ao meio externo 
Manejo das feridas 
• Estabilização do paciente 
• Proteção da ferida com ataduras 
• Limpeza após estável 
• Desbridamento da ferida: cirúrgico, 
enzimático, mecânico e autolítico 
❖ Cirurgico: utilização de materiais 
cirúrgicos; desbridamento rápido; 
realizar em camadas; remove tecidos 
viáveis – atraso na cicatrização 
❖ Autolítico: criação de um ambiente 
úmido; aumento de macrófagos e 
neutrófilos na lesão; seleção do 
tecido a ser removido; menos 
doloroso só que mais demorado 
❖ Mecânico: realizado com bandagens; 
sempre com material estéril; não é 
seletivo – mesma complicação do 
cirúrgico; utilizada bandagem úmida-
seca ou seca-seca; troca realizada 3 
a 4 vezes ao dia; realiza proteção ao 
meio externo 
❖ Enzimatico: enzimas que vão realizar 
a eliminação do tecido; 
desbridamento sem anestesia; 
ausência de lesão em estruturas 
nobres; tempo mais longo para o 
desbridamento 
❖ Doloroso 
➢ Necessário quando há presença de 
tecido desvitalizado e necrótico 
➢ Acelera a fase proliferativa da ferida 
➢ Obter bordas e feridas limpas para 
fechamento primário ou atrasado 
• Antibioticoterapia tópica 
➢ Muito utilizada na veterinária 
➢ Seletivo a algumas bactérias 
➢ Volume de administração?? 
➢ Dificuldade em atingir concentrações 
ideais em tecidos necróticos 
➢ Bactérias resistentes 
➢ Método correto de passar a pomada 
é observado diariamente na rotina? 
➢ Cria crosta sobre a lesão se não 
trocada rotineiramente 
➢ Utilizar material estéril para passar a 
pomada 
➢ Podem ser tóxicos aos tecidos – 
atraso na cicatrização 
➢ Utilizados até o tecido de 
granulação! 
➢ Bom desbridamento 
▪ Pouca necessidade de 
associar a métodos tópicos 
ATB 
▪ Acelera o procedimento 
▪ Não causa resistência 
bacteriana 
• Antibioticoterapia sistêmica 
➢ Podem ser utilizados 
profilaticamente ou 
terapeuticamente - Feridas limpas-
contaminadas, contaminadas e sujas 
infectadas 
➢ Profiláticos NÃO são usados no pós-
operatório - Usado em feridas 
limpas-contaminadas 
➢ Terapeuticos: 
▪ Usado em feridas 
contaminadas e sujas 
infectadas 
▪ Ideal realizar coleta do 
material para cultura e 
antibiograma 
▪ Até a cultura – antibiótico de 
amplo espetro 
• Bandagens 
➢ Primeira intenção 
➢ Primeira intenção atrasada 
➢ Segunda intenção 
➢ Terceira intenção 
➢ Camadas: primária/contato, 
secundaria/absorção, 
terciária/proteção 
➢ Objetivos 
▪ Proteção ao meio externo 
▪ Conforto ao paciente 
▪ Absorver exsudação 
▪ Realizar desbridamento 
▪ Remoção de edema e 
hemorragia 
Camada primária/de contato: 
• Pode ser chamada de camada de cobertura; 
• Camada que entra em contato direto com a 
lesão; 
• Desbridamento e auxilia na formação da 
granulação; 
• Característica aderente ou não aderente 
(úmida-seca, úmida-úmida ou seca-seca) 
• Aderente: adere ao tecido e fazem 
desbridamento mecânico; dor na hora de 
remover o curativo; remove tecido viável; às 
vezes é preciso sedar para tocar; cautela em 
utilizar seco-seco – gazes direto no paciente; 
úmido-seco – gazes com solução fisiológica 
• Não aderente – feridas: desbridamento 
autólítico ou enzimático; sem dor na 
remoção do curativo; autolítico excelente – 
desbridamento seletivo; enzimático – 
desbridamento não seletivo 
Camada secundária/absorção 
• Absorver sangue, exsudato, debris e tecido 
necrótico. 
• Auxilia na redução do espaço morto e 
previne edema 
• Importante em feridas úmidas 
• Avaliação do volume de exsudato 
Camada terciária/proteção 
• Manter os outros componentes no paciente• Efeito de segurança 
• Pressão no curativo 
• Cuidado com a pressão colocada!! 
Cirurgia reconstrutiva 
• Procedimento cirúrgico após traumas para 
apor as bordas 
➢ Recobrir o leito lesado 
• Diminui a perda de temperatura e 
possibilidade infecção 
• Conforto ao paciente e ao tutor – manejo da 
ferida 
• Evitar em ambientes infectados 
• Feridas extensas pode ser indicado 
• Compreender as linhas de tensão 
• Técnicas reconstrutivas: padrão subdérmico, 
axial e enxertos 
• Incisões paralelas a linha de tensão 
• Suturas perpendiculares 
 
• Etapas 
➢ Qual técnica irei utilizar? 
➢ Todas as técnicas – AUSÊNCIA DE 
TENSÃO 
➢ Conhecer as linhas de tensão da pele 
➢ Manipulação atraumática – 
Princípios de Halsted 
• Padrão subdermico 
➢ Retalhos excelentes na veterinária 
➢ Utiliza a vascularização do plexo 
subdérmico - Músculo cutâneo 
➢ Inúmeras abordagens 
 
 
• Padrão axial 
➢ Resultados positivos 
➢ Utiliza vascularização direta de vasos 
que nutrem a região 
➢ Epigástrica caudal, Genicular 
➢ Conhecimento da anatomia vascular 
• Enxertos 
➢ Mais difíceis de realizar e difícil o 
manejo pós cirúrgico 
➢ Remove pele de um local para o 
outro de forma livre 
➢ Maior probabilidade de dar errado 
➢ Aplicados em extremidade 
• Complicações 
➢ Deiscência das suturas 
➢ Avança do infecção 
➢ Não progressão da lesão 
➢ Edema 
➢ Hematoma 
➢ Óbito

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