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Habilidades Médicas I Anamnese

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Habilidades Médicas I 
Diagnóstico e Prognóstico 
Mason define “como uma série de 
procedimentos de ordem intelectual e 
operacional através dos quais se obtém uma 
resposta a um determinado problema clínico”. 
Sem um diagnóstico não haverá proposta 
terapêutica correta. Não será possível monitorar 
a evolução das doenças, nem atingir a 
preservação ou restauro da função. 
A elaboração de um diagnóstico sempre 
dependerá de uma base de conhecimentos 
amplos. 
O diagnóstico é resultado de: 
-Conhecimento médico: é indispensável estar 
familiarizados com os sintomas comuns em 
atendimento primário (febre, síndromes 
dolorosas, dor torácica, cansaço, astenia, 
vertigens, tonturas, diarreias, infecções de vias 
respiratórias superiores virais e bacterianas, 
tosse e insônia entre outros); bem como as 
entidades nosológicas prevalentes em nosso país: 
doenças cardiovasculares (hipertensão arterial 
sistêmica, dislipidemias, aterotrombose, 
insuficiência coranariana aguda e crônica, 
insuficiência cardíaca acidente vascular 
encefálico), diabetes melito, osteoartrose, 
depressão, obesidade, doença pulmonar 
obstrutiva crônica, infecções do trato urinário, 
dispepsias, doenças endêmicas (dengue 
tuberculose, malária, doença de Chagas, AIDS, 
mal de Hansen, enteroparasitoses e 
ectoparasitoses). 
-Obtenção competente de dados por meio da 
história clínica e do exame físico. 
-Registros organizados: documentação científica 
sistematizada. 
-Tempo necessário para obtenção de um bom 
prontuário médico: em média devem ser 
dedicados 30 a 50 min a cada paciente com 
consulta inicial. 
-Capacidade de integrar dados em conjuntos 
significativos, seguindo a lógica do raciocínio 
clínico. 
-Lista dos achados em ordem e importância e 
significância (lista de problemas). 
-Uso racional e criterioso de exames 
complementares. 
-Busca do diagnóstico final pela seleção da 
nosologia que explique de maneira mais adequada 
todos os achados. 
-Revisão do diagnóstico, valorizando os dados 
positivos. 
É possível exercitar a demora permitida quando 
o diagnóstico for mais complexo ou o paciente 
for portador de várias comorbidades 
(multimobidades), ou seja, tratando-se de um 
paciente portador de doença crônica (“de 
processo lento, duração longa e desprovida de 
resolução espontânea”), sem risco de vida 
imediato. Nestes casos, é correto fazer o 
atendimento de forma escalonada em várias 
consultas, elegendo prioridades a serem 
abordadas em diferentes momentos. 
É mais prudente ter como meta o diagnóstico de 
uma só doença que explique todas as queixas do 
paciente e os achados do exame físico. Contudo, 
idosos quase sempre apresentam dois ou mais 
problemas de saúde. Nesses casos, é mais 
prudente hierarquizar o que mais incomoda o 
paciente ou que põe sua vida em risco. 
As regras práticas para realizar o diagnóstico 
são: 
-Fazer sempre a sua observação clínica 
(anamnese e exame físico) pessoal. 
-Evitar usar observação de outrem, para ganhar 
tempo ou agilizar o trabalho. 
-Quanto menos precisas forem as definições da 
síndrome clínica, da entidade e da hierarquização 
do diagnóstico diferencial, mais difícil será a 
escolha e a seleção de exames complementares 
de maior especificidade e sensibilidade para 
confirmar o diagnóstico, eliminando os 
diagnósticos diferenciais não pertinentes. 
-Quanto mais inadequada a anamnese, maior a 
dependência dos dados de exames físico e 
exames complementares. 
Sintoma, sinal, síndrome, 
entidade nosológica 
Sintoma é uma sensação subjetiva percebida pelo 
paciente e não observada pelo examinador 
(inspeção, palpação e ausculta). Exemplos: dor, 
náuseas, dormências, insônia e má digestão. 
Sinal é um dado objetivo notado pelo paciente e 
observado pelo examinador por meio do método 
clínico ou de exames complementares. Exemplos: 
tosse, edema, cianose, sangue na urina 
(hematúria) ou condensação pulmonar na 
radiografia de tórax. 
Síndrome é um conjunto de sintomas e/ou sinais 
que ocorrem associadamente e que podem ser 
determinados por diferentes causas. Exemplo: 
síndrome febril (hipertermia, taquicardia, 
taquisfigmia, sudorese, tremores, mialgias, 
artralgias), podendo se relacionar com infecções 
bacterianas, virais, fúngicas, doenças 
inflamatórias e iatropatogênicas (entendidas 
como lesão dano ou prejuízo ocasionado pelo 
médico ou pela medicina, podendo ser de ordem 
física, mental, social ou espiritual, seja de 
maneira direta ou indireta). 
Entidade nosológica é em geral, uma doença bem 
definida com alteração de função de órgãos ou 
sistemas, ou mesmo perda da função com suas 
consequências e repercussões. 
Há doenças nas quais não se pode intervir, ou 
seja, ou se intervém muito pouco, como as 
genéticas, assim como há aquelas que têm 
causas bem definidas e o tratamento é curativo, 
como as infecções bacterianas, virais ou 
fúngicas. Em algumas, há condições de intervir na 
disfunção de modo definido em outras será 
necessário a participação (adesão) do paciente, 
como em modificação dos hábitos de vida. 
 
 
 
 
 
Método Clínico 
Exame clínico 
O exame clínico é, sem dúvida, parte 
fundamental do tripé no qual se apoia a medicina 
moderna. Os exames laboratoriais e os 
equipamentos mecânicos ou eletrônicos – os 
outros dois componentes – dependem dos dados 
clínicos para se transformarem em informações 
aplicáveis no tratamento do paciente, por mais 
exatos que sejam os resultados ou por mais 
ilustrativos que sejam seus traçados de imagens. 
O exame clínico tem um papel especial em três 
pontos cruciais da prática médica: formular 
hipóteses diagnósticas, estabelecer uma boa 
relação médico- paciente e a tomar decisões. 
A relação médico/paciente nasce e se 
desenvolve durante o exame clínico, e sua 
qualidade depende do tempo e da atenção que 
são dedicados à anamnese. 
Componentes do Exame 
Clínico 
O exame clínico engloba a anamnese e o exame 
físico, os quais compreendem partes que se 
complementam reciprocamente. 
Anamnese inclui os seguintes elementos: 
-Identificação; 
-Queixa principal; 
-História da doença atual; 
-Interrogatório sintomatológico; 
-Antecedentes pessoais e familiares; 
-Hábitos de vida; 
-Condições socioeconômicas e culturais. 
O exame físico por sua vez, pode ser dividido 
em: 
-Exame físico geral; 
-Exame dos órgãos ou sistemas. 
Porém, antes de iniciar o estudo de cada um dos 
itens que constituem, é necessário atentar para 
três preliminares: 
-Posicionamento do examinador e do paciente 
para a realização do exame clínico. 
-Conhecimento das regiões em que se divide a 
superfície corporal, de modo que o método 
possa localizar e anotar corretamente os 
sintomas e os dados do exame físico. 
-Etapas da anamnese. Enquanto estudante o 
examinador deverá seguir as etapas que 
constituem a anamnese. Depois de ter domínio da 
técnica, o clínico, em seu consultório, pode ter a 
liberdade de alterar os elementos da anamnese. 
Assim sendo, todos os itens serão pesquisados, 
porém anotados com mais liberdade, sem tanta 
rigidez no aprendizado. 
Posições do examinador e do 
paciente para o exame clínico 
Para o anamnese, o mais adequado é que o 
paciente sente- se em uma cadeia defronte à 
escrivaninha do médico. 
Atualmente têm sido acentuadas as vantagens 
de o médico e o paciente se sentarem lado a 
lado sem o distanciamento provocado pela 
escrivaninha, mas esta prática inda não se 
generalizou. 
No caso de pacientes acamados, cabe ao 
examinador sentar-se ao lado do leito, 
procurando deixá-los na posição que lhes seja 
mais confortável. 
Para executar o exame físico, costumam-se 
adotar profundamente as seguintes posições: 
-Decúbito dorsal; 
-Decúbito lateral (direito e esquerdo); 
-Decúbito ventral; 
-Posição sentada (no leito ou em uma banqueta 
ou cadeira); 
-Posição de pé ou ortostática. 
Na realização de exames especiais – exames 
ginecológicos e proctológico, por exemplo, 
adotam-se posições própriasque serão 
estudadas no momento oportuno. 
O examinador colocar-se á modos diferentes, 
ora de um lado, ora de outro, ficando de pé ou 
sentado, procurando sempre uma posição 
confortável que lhe permita máxima eficiência 
em seu trabalho e mínimo incômodo para o 
paciente que as mudanças de decúbito não sejam 
constantes e repetidas. Assim sendo, o médico 
deverá examinar sentada e a seguir de pé. É 
clássica a recomendação para o examinador se 
colocar à direita do paciente. Conduto, isso não 
quer dizer que deva permanecer fixo na posição. 
O examinador deverá deslocar-se livremente 
como lhe conviver. 
 
Figura 1 paciente em decúbito dorsal. Os braços repousam sobre a 
mesa de exame em mínima abdução. 
 
Figura 2 paciente em decúbito lateral direito com um dos 
repousando sobre seu corpo em abdução. As pernas são 
levemente fletidas para maior comodidade do paciente. 
 
Figura 3 paciente em decúbito lateral esquerdo com os braços em 
abdução para a possibilitar a visualização da face lateral do tórax. 
 
 
Figura 4 paciente em decúbito ventral. Os braços estão sobre o 
travesseiro e o paciente repousa sobre um dos lados do rosto. 
 
Figura 5 paciente em posição sentada. As mãos repousam sobre as 
coxas. Nesse caso, o paciente está sentado na beira do leito da 
mesa de exame. 
 
Figura 6 paciente em posição ortostática. Os pés encontram-se 
moderadamente afastados um do outro e os membros superiores 
caem naturalmente junto ao corpo. 
 
 
 
 
 
 
Divisão da superfície corporal 
Para localização dos achados semióticos na 
superfície corporal, é toda conveniência 
empregar uma nomenclatura padronizada. Por 
isso adotamos a divisão proposta pela 
Terminologia Anatômica Internacional. 
I. Regiões da cabeça 
1. frontal 
2. parietal 
3. occipital 
4. temporal 
5. infratemporal 
II. Regiões da face 
6. nasal 
7. bucal 
8. mentual 
9. orbital 
10. infraorbital 
11. da bochecha 
12. zigomática 
13. parotideomassetérica 
III. Regiões cervicais 
14. cervical anterior 
15. esternocleidomastóidea 
16. cervical lateral 
17. cervical posterior 
 
 
IV. Regiões torácicas 
18. infraclavicular 
19. mamária 
20. axilar 
21. esternal 
V. Regiões do abdome 
22. hipocôndrio 
23. epigástrico 
24. lateral (flanco) 
25. umbilical 
26. inguinal (fossa ilíaca) 
27. pública ou hipogástrico 
VI. Regiões dorsais 
28. vertebral 
29. vertebral 
30. escapular 
31. infraescapular 
32. lombar 
33. supraescapular 
34. interescapulovertebral 
VII. Regiões perineal 
35. anal 
36. urogenital 
VIII. Regiões do membro superior 
37. deltóidea 
38. braquial anterior 
39. braquial posterior 
40. cubital anterior 
41. cubital posterior 
42. antebraquial anterior 
43. antebraquial posterior 
44. dorso da mão 
45. palma da mão 
IX. Regiões do membro inferior 
46. glútea 
47. femoral anterior 
48. femoral posterior 
49. genicular anterior 
50. genicular posterior 
51. crural anterior 
52. crural posterior 
53. calcânea 
54. dorso do pé 
55. planta do pé 
 
 
 
 
 
Entrevista 
A entrevista é uma técnica de trabalho comum 
às atividades profissionais que exigem o 
relacionamento direto do profissional com sua 
clientela, como é o caso do repórter, do 
assistente social, do psicólogo e do médico. 
A entrevista no exercício da profissão médica é 
um processo social de interação entre o médico, 
o paciente e/ou seu acompanhante frente a 
uma situação que envolve um problema de saúde. 
A iniciativa da interação, regra geral, cabe ao 
paciente, que, ao sentir-se de que alguma coisa 
não está bem consigo decide procurar um 
médico para confirmar ou não a sua situação 
como doente. Porém, se a iniciativa cabe ao 
paciente, sua plena execução cabe ao médico. 
A utilização de quadros de referências distintos 
para orientar as ações pode dificultar o 
desenrolar da entrevista entre o médico e o 
paciente; assim, o médico deve se preocupar não 
só em conhecer e compreender os elementos 
culturais que orientam a ação do paciente, como 
também fazer uma análise de si próprio, no 
sentido de tornar conscientes os valores básicos 
que orientam sua ação. 
O médico deve dar atenção à linguagem que vai 
utilizar durante a entrevista, pois o conjunto de 
símbolos (termos e expressões) utilizado pela 
profissão médica nem sempre é compreendido 
pelo paciente, uma vez que seu quadro de 
referência pode ser distinto. 
O médico deve conhecer também, os padrões 
normativos que a cultura criou para o seu 
paciente. 
Exame Físico 
O paciente só se sente verdadeiramente 
“examinado” quando está sendo inspecionado, 
palpado, percutido, auscultado, pesado e 
medicado. 
Esse componente afetivo sempre existe e atinge 
seu grau máximo nos pacientes com transtornos 
de ansiedade, podendo, inclusive, ultrapassar os 
limites do normal. Deve ser reconhecido e 
corretamente explorado pelo médico para 
consolidar a relação médico paciente que teve 
início na anamnese. 
O exame físico das crianças tem peculiaridades 
que serão enfatizadas no curso de pediatria. 
Mas, a título de informe preliminar, desejamos 
deixar registrada a recomendação de 
Marcondes: “O exame da criança é resultado de 
muita paciência, doçura e carinho”. 
 
Fatores que interferem na 
entrevista 
Vistos de uma maneira esquemática, os 
elementos que interferem na entrevista podem 
ser dispostos da seguinte maneira: 
-Objetos físicos, que incluem: 
Ambiente adequado, quase sempre representado 
por uma sala de consultas – o consultório – que 
pode ser quarto ou a enfermaria. 
Instrumental, cujo mínimo é uma cadeira para o 
participante da entrevista o material necessário 
para as anotações. 
-Objetos culturais, que compreendem: 
Com relação ao médico: 
Estar consciente de seus valores básicos (ética 
médica) 
Usar linguagem adequada 
Cuidar da apresentação pessoal 
Com relação ao paciente: 
Conhecer os componentes culturais de sua 
clientela potencial (nível educacional, padrões 
alimentares, medicina popular, religiosidade) 
Conhecer as expectativas de comportamento da 
clientela geral 
Conhecer o universo de comunicação básico (a 
linguagem) de sua clientela. 
Com relação à comunidade: 
Conhecer os recursos assistenciais disponíveis na 
comunidade. 
Conhecer as condições sanitárias da comunidade 
-Objetivos sociais, que incluem: 
Conseguir do paciente uma predisposição positiva 
para dar informações. 
Estar atento a indícios sublimares (hesitações, 
gestos, expressões) que possam indicar 
incompreensão, receio, defesa, insegurança, 
desconfiança. 
Controlar suas próprios manifestações que 
possam induzir respostas inadequadas. 
Seguimento do paciente 
O seguimento do paciente cria condições ideais 
para aprofundar a relação médico-paciente, pois 
os repetidos encontros abrem oportunidades 
para novas indagações e permanente análise das 
queixas e das atitudes do paciente. Muitas vezes, 
somente após aprofundamento do 
relacionamento torna-se possível esclarecer 
questões cuja abordagem não foi possível na 
entrevista inicial. 
O seguimento tem por finalidade continuar 
obtendo dados clínicos, seja pela anamnese ou 
pela repetição do exame físico, agora dirigido 
para os setores do organismo mais envolvidos. 
Assim, por exemplo, no seguimento de um 
paciente com insuficiência cardíaca, o médico 
fará indagações sobre os sintomas (dispneia, 
tosse, insônia, oligúria) e, ao examiná-lo, 
concentrará sua atenção na ausculta do tórax, 
atento às crepitações nas bases pulmonares, à 
frequência e ao ritmo do coração; na palpação do 
fígado, cuja sensibilidade e tamanho passam a 
ter interesse especial; no exame físico geral, 
através do qual vai acompanhar o ingurgitamento 
jugular e a intensidade do edema dos membros 
inferiores. Ao lado disso, vai registrar o peso do 
volume urinário diariamente. 
Ficha clínica ou prontuário 
médico 
Todo atendimento, por mais simples queseja, 
deve ser registrado na ficha clínica ou no 
prontuário médico. 
“O prontuário do paciente é o documento único 
constituído de um conjunto de informações 
registradas, geradas a partir de fatos, 
acontecimentos e situações sobre a saúde do 
paciente e a assistência prestada a ele, de 
caráter legal, sigiloso e científico que possibilita a 
comunicação entre membros da equipe 
multiprofissional e a continuidade da assistência 
ao indivíduo”. 
O prontuário é um documento que pertence ao 
paciente, mas fica sob a guarda da equipe 
médica e/ou da instituição. 
Há inúmeros modelos de fichas e de prontuários, 
mas todos eles devem reservar espaço para a 
identificação do paciente, a história clínica, o 
exame físico, o diagnóstico, as prescrições 
terapêuticas e o seguimento do paciente. É 
necessário abrir um item para anotações de 
exames complementares. 
Todo paciente, não importa onde foi seu 
atendimento, precisa ter um “prontuário básico”. 
A assistência médica especializada deve usar 
“anexos” de acordo com suas necessidades. 
 
 
 
Laboratório de Habilidades 
O exame físico é ensinado aos estudantes e 
repetidamente treinado, utilizando-se manequins 
que simulam reações humanas em diversas 
situações clínicas, ou também pacientes-atores, 
quando não for possível a realização do exame 
no manequim. Vale destacar que os manequins e 
os atores profissionais não substituem os 
pacientes, mas apenas antecedem o contato 
com eles, que, nesse caso, será realizado dentro 
dos hospitais. 
Objetivos do laboratório de habilidades 
Desenvolver a postura ética na relação 
médico-paciente 
Desenvolver a habilidade de realizar uma 
anamnese completa 
Desenvolver a habilidade de realizar 
inspeção, palpação, percussão e ausculta 
Desenvolver a habilidade de realizar a 
semiotécnica do exame físico geral, dos 
seguintes sistemas: cardiovascular, 
respiratório, do abdome, dermatológico, 
neurológico, endócrino-reprodutor masculino 
e feminino, endócrino-metabólico, 
geniturinário masculino e feminino e 
locomotor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vantagens do laboratório de habilidades 
Complexas situações clínicas podem ser 
desenvolvidas e simuladas 
Os procedimentos poderão ser repetidos 
muitas vezes, o que seria inaceitável para os 
pacientes 
O erro é permitido e pode ser corrigido de 
imediato sem o constrangimento do médico e 
do paciente 
Exclui-se a dependência de haver pacientes no 
momento do treinamento 
Pode ser um fato de motivação importante 
para a o aluno para adquirir habilidades e 
conhecimento 
Sendo um espaço de treinamento, oferece 
maior segurança ao estudante quando for 
examinado o paciente real. 
Equipamentos necessários: 
Manequins simuladores, estetoscópio, 
esfigmomanômetros, macas, banquinhos, 
cadeiras, papel de maca descartável, lençol, fita 
métrica, calculadora, balança, termômetro, 
lanterna-foco, diapasão, estesiômetro, martelo e 
oftalmoscópio. 
Essa atividade tem por finalidade o treinamento 
das habilidades necessárias aos estudantes na 
realização de uma anamnese, com ênfase no 
desenvolvimento da comunicação, no 
direcionamento da história clínica, bem como no 
treinamento das atividades éticas na relação 
médico-paciente. 
 
 
 
 
Anamnese
 A palavra anamnese significa trazer de volta à 
mente todos os fatos relacionados com a doença 
e o paciente. 
A anamnese, se benfeita, acompanha-se de 
decisões diagnósticos e terapêuticas corretas; se 
malfeita, em contrapartida, desencadeia uma 
série de consequências negativas, as quais não 
podem ser compensadas com a realização de 
exames complementares, por mais sofisticadas 
que sejam. 
Possibilidades de objetivos da anamnese 
Estabelecer condições para uma adequada 
relação médico-paciente 
Conhecer, por meio da identificação, os 
determinantes epidemiológicos do paciente que 
influenciam seu processo saúde-doença 
Fazer a história clínica, registrando, detalhada 
e cronologicamente, o problema atual de saúde 
do paciente 
Avaliar, de maneira detalhada, os sintomas de 
cada sistema corporal 
Registrar e desenvolver práticas de promoção 
da saúde 
Avaliar estado de saúde passado e presente 
do paciente, conhecendo os fatores pessoais, 
familiares e ambientais que influenciam seu 
processo saúde-doença 
Conhecer hábitos de vido do paciente, bem 
como suas condições socioeconômicas e 
culturais 
Em termos simples poder-se-ia pensar que 
“fazer anamnese” é simplesmente “conversar 
com o paciente”; contudo entre uma coisa e 
outra há uma distância enorme, basicamente 
porque o diálogo entre o médico e o paciente 
tem objetivo e finalidade preestabelecida, ou 
seja, a reconstituição dos fatos e dos 
acontecimentos direta ou indiretamente 
relacionados com uma situação anormal da vida 
do paciente. A anamnese é um instrumento de 
triagem de sintomas anormais, problemas de 
saúde e preocupações, e registra as maneiras 
como a pessoa responde a essa situação, 
abrindo espaço para a promoção da saúde. 
A anamnese pode ser conduzida das seguintes 
maneiras: 
-O médico deve deixar que o paciente relate livre 
e espontaneamente suas queixas sem nenhuma 
interferência, limitando-se a ouvi-lo. Essa técnica 
é recomentada e seguida por muitos clínicos. O 
psicanalista apoia-se integralmente nela ao ponto 
de se colocar em uma posição na qual não possa 
ser visto pelo paciente, para que se sua 
presença não exerça nenhuma influência 
inibidora ou coercitiva. 
-De outro modo, que pode denominar-se 
anamnese dirigida, o médico, tendo em mente um 
esquema básico, conduz a entrevista mais 
objetivamente o uso dessa técnica exige rigor 
técnico e cuidado na sua execução, de modo a 
não se deixar levar por ideias preconcebidas. 
-Outra maneira seria o médico deixar, 
inicialmente, o paciente relatar de maneira 
espontânea suas queixas, para depois conduzir a 
entrevista de modo mais objetivo. 
A história clínica, portanto, não é o mais simples 
registro de uma conversa. É mais do que isso: é o 
resultado de uma conversa com objetivo 
explícito, conduzida pelo examinador e cujo 
conteúdo foi elaborado criticamente por ele. 
As primeiras tentativas são trabalhosas, longas e 
cansativas e o resultado não passa de uma 
história complicada e eivada de descrições 
inúteis, ao mesmo tempo em que deixa de ter 
informações essenciais. 
Por isso, pode-se afirmar que a anamnese é a 
parte mais importante. Seu aprendizado é lento, 
só conseguido depois de se realizarem dezenas 
de entrevistas. 
Pergunte-se frequentemente quanto tempo 
deve-se dedicar à anamnese. Não se pode, é 
obvio, estabelecer limites rígidos. 
Nas doenças agudas ou de início recente, em 
geral apresentado pouco sintomas, é 
perfeitamente possível conseguir uma história 
clínica de boa qualidade 10 min, ao passo nas 
doenças de longa duração, com sintomatologia 
variada não se gastarão menos de que 30 a 60 
min na anamnese. 
A anamnese ainda é, na maioria dos pacientes, o 
fator isolado mais importante para se chegar a 
um diagnóstico, mas o valor prático da história 
clínica não se restringe à elaboração do 
diagnóstico, que será sempre meta fundamental 
do médico. A terapêutica só pode ser planejada 
com acerto e proveito se for fundamentada no 
conhecimento detalhado dos sintomas relatados. 
Cada indivíduo personaliza de maneira própria 
seus padecimentos. Todo paciente apresenta 
particularidade que escapam a qualquer 
esquematização rígida. Idiossincrasias ou 
intolerâncias que a anamnese traz à tona podem 
ser decisivas na escolha de um recurso 
terapêutico. Assim, o antibiograma poderá indicar 
que determinada substância é mais ativa contra 
determinado germe, porém, se o paciente 
relatar intolerância àquele antibiótico, sua 
eficácia cientificamente preestabelecida perderá 
o significado. 
Há muitas doenças cujos diagnósticos são efeitos 
quase exclusivamente pela história, como, por 
exemplo, angina do peito, epilepsia, enxaqueca e 
neuralgia do trigêmeo, isso sem se falar dos 
transtornos psiquiátricos, cujodiagnóstico apoia-
se integralmente nos dados da anamnese. 
Recomendações práticas 
É no primeiro contato que reside a melhor 
oportunidade para fundamentar uma boa relação 
entre o médico e o paciente. Perdida essa 
oportunidade, sempre existirá um hiato 
intransponível entre ume outro; cumprimente o 
paciente, perguntando logo o nome dele e 
dizendo-lhe o seu. Não use termos como “vovô”, 
“vovó”, “vozinho”, “vozinha” para idosos. 
Demonstre atenção ao que o paciente está 
falando. Procure identificar de pronto alguma 
coisa especial – dor, sono, ansiedade, hostilidade, 
tristeza – para que você saiba a maneira de 
conduzir a entrevista. 
Conhecer e compreender as condições 
socioculturais do paciente representa uma ajuda 
inestimável para reconhecer a doença e 
entender o paciente. 
Perspicácia e tato são qualidades indispensáveis 
para obtenção de dados sobre a doenças 
estigmatizantes ou distúrbios que afetam a 
intimidade da pessoa. 
Tem sempre cuidado de não sugestionar o 
paciente com perguntas que surgem de ideias 
preconcebidas. 
O tempo reservado à anamnese distingue o 
médico competente do incompetente, o qual 
tende a transferir para os instrumentos e para 
o laboratório a responsabilidade do diagnóstico. 
Sintomas bem investigados e mais bem 
compreendidos abrem caminho para um exame 
físico objetivo. Isso poderia ser anunciado de 
outra maneira: só se acha o que se procura e só 
se procura o que se conhece. 
A causa mais frequente de erro diagnóstico é 
uma história clínica mal obtida. 
Obtida as queixas, estas devem ser elaboradas 
mentalmente pelo médico, de modo a encontrar 
o desenvolvimento lógico dos acontecimentos, 
que é a base do raciocínio clínico. 
Os dados fornecidos pelos exames 
complementares nunca corrigem as falhas e as 
omissões cometidas na anamnese. 
Somente a anamnese que o médico tenha uma 
visão de conjunto do paciente, indisponível para a 
prática de uma medicina humana, ou seja, uma 
medicina de excelência. 
Elementos componentes de uma anamnese 
Identificação Perfil 
sociodemográfico que 
possibilita a 
intepretação dos 
dados individuais e 
coletivos do paciente 
Queixa principal É o motivo da 
consulta. Sintomas ou 
problemas que 
motivam o paciente a 
procurar atendimento 
médico 
História da doença 
atual 
Registro cronológico 
do problema atual de 
saúde do paciente 
Interrogatório 
sintomatológico 
Avaliação detalhada 
dos sintomas de cada 
sistema corporal. 
Completamente a HDA 
avaliar práticas de 
promoção à saúde 
Antecedentes 
pessoais e familiar 
Avaliação do estado 
de saúde passado e 
presente do paciente, 
conhecendo os 
fatores pessoais e 
familiares que 
influenciam seu 
processo de saúde-
doença. 
Hábitos de vida Documentar hábitos e 
estilo de vida do 
paciente, incluindo 
ingesta alimentar 
diária e usual, pratica 
de exercícios, história 
ocupacional, uso de 
tabaco, consumo de 
bebidas alcoólicas e 
utilização de outras 
substâncias e drogas 
ilícitas 
Condições 
socioeconômicas e 
culturais 
Avaliar as condições 
de habitação do 
paciente, além de 
vínculos afetivos 
familiares, condições 
financeiras, atividades 
de lazer, filiação 
religiosa e crenças 
espirituais, bem como 
escolaridade. 
Obs: Naturalidade: onde o paciente nasceu. 
Procedência: Este item geralmente refere-se à 
residência anterior do paciente. Por exemplo, ao 
atender a um paciente que mora em Goiânia (GO), 
que anteriormente residiu em Belém (PA), deve-
se registrar esta última localidade como a 
procedência. 
Em casos de pacientes em trânsito (viagens de 
turismo, de negócio) a procedência confunde-se 
com a residência, depende do referencial. Por 
exemplo: no caso de um executivo que reside em 
São Paulo (SP) e fez uma viagem de negócios 
para Recife (PE), caso seja atendido em um 
hospital em Recife, sua procedência será São 
Paulo. Caso procure assistência médica logo 
depois de seu retorno a São Paulo (SP), sua 
procedência será Recife (PE). 
O princípio de territorialização do Sistema Único 
de Saúde (SUS) trouxe uma nova conotação o 
item procedência. Uma vez que os municípios 
brasileiros são divididos em territórios, o registro 
da procedência territorial é importante para o 
repasse financeiro municipal. 
Residência: quanto a esse item, anota-se a 
resistência atual. Nesse local deve ser incluído o 
endereço do paciente. As doenças infecciosas e 
parasitárias se distribuem pelo fundo em função 
de vários fatores, como climáticos, hidrográficos 
e de altitude. Conhecer o local da residência é o 
primeiro passo nessa área. Além disso, deve-se 
lembrar da passagem que a população tem muita 
mobilidade e os movimentos migratórios influem 
de modo decisivo na epidemiologia de muitas 
doenças infecciosas e parasitárias. 
É na identificação do paciente e, mais 
especificamente, no registro de sua residência 
que esses dados emergem para uso clínico. 
Citemos como exemplo a doença de Chagas, a 
esquistossomose, a malária e a hidatidose. A 
distribuição geográfica dessas importantes 
endemias deve estar na mente de todos nós, 
pois a todo momento nos veremos diante de 
casos suspeitos. 
 
Interrogatório sintomatológico 
Essa parte da anamnese, denominada também 
anamnese especial ou revisão dos sistemas. 
O interrogatório sintomatológico documentos a 
existência ou ausência de sintomas comuns 
relacionados com cada um dos principais 
sistemas corporais. 
Simples aquecimento ou medo inconsciente de 
determinados diagnósticos podem levar o 
paciente a não se referir a padecimentos de 
valor crucial para chegar a um diagnóstico. Outra 
importante função do interrogatório 
sintomatológico é avaliar práticas à saúde. 
Enquanto se avalia o estado de saúde passado e 
presente de cada sistema corporal, aproveita-se 
para promover saúde, orientando e esclarecendo 
o paciente sobre maneiras de prevenir doenças 
e evitar riscos de saúde. 
 
 
Sintomas Gerais 
Febre: sensação e aumento da temperatura 
corporal acompanhada ou não de outros 
sintomas (cefaleia, calafrios, sede etc) 
Astenia: sensação de fraqueza. 
Alterações do peso: especificar perda ou ganho, 
quantos quilos, intervalo de tempo e motivo 
(dieta, estresse, outros fatores). 
Sudorese: eliminação abundante de suor. 
Generalizada ou predominante nas mãos e pés. 
Calafrios: sensação de frio com ereção de pelos 
e arrepiamento da pele. Relação com febre. 
Caibras: contrações involuntárias de um músculo 
ou grupo muscular. 
Pele e fâneros 
Alterações na pele: cor, textura, umidade, 
temperatura, sensibilidade, prurido, lesões. 
Alterações dos fâneros: queda de cabelos, pelos 
faciais em mulheres, alterações das unhas. 
Promoção da saúde: exposição solar (hora do dia, 
uso de protetor solar); cuidados com a pele e 
cabelos (bronzeamento artificial, tintura). 
Cabeça e pescoço 
-Crânio, face e pescoço 
Dor: localizar o mais corretamente possível a 
sensação dolorosa. A partir daí, indaga-se sobre 
as outras características semiológicas da dor. 
Alterações do pescoço: dor, tumorações, 
alterações dos movimentos, pulsações anormais. 
 
 
-Olhos 
Dor ocular e cefaleia: bem localizada pelo 
paciente ou de localização imprecisa no globo 
ocular. 
Sensação de corpo estranho: sensação 
desagradável quase sempre acompanhada da dor 
Prurido: sensação de coceira 
Queimação e ardência: acompanhado ou não de 
sensação dolorosa. 
Lacrimejamento: eliminação de lágrimas, 
independentemente do choro 
Sensação de olho seco: sensação de secura, 
como se o olho não tivesse lágrimas 
Xantopsia, iantopsia e doropsia: visão amarelada, 
violeta e verde respectivamente. 
Diminuição ou perda da visão: uni ou bilateral, 
súbita ou gradual, relação com a intensidade da 
iluminação, visão noturna, correção (parcial ou 
total) com óculos ou lentes de contato. 
Diplopia: visão dupla, constante ou intermitente. 
Fotofobia: hipersensibilidade à luz. 
Nistagmo: movimentos repetitivos rítmicos dos 
olhos, tipo de nistagmo.Escotomas: manchas ou pontos escuros no 
campo de visual, descritos como manchas, 
moscas que voam diante dos olhos ou pontos 
luminosos. 
Secreção: líquido purulento que recobre as 
estruturas externas do olho. 
Vermelhidão: congestão de vasos na esclerótica. 
Alucinações visuais: sensação de luz, cores ou 
reproduções de objetos. 
Promoção da saúde: uso de óculos ou lentes de 
contato, último exame oftálmico. 
-Ouvidos 
Dor: localizada ou irradiada de outras regiões. 
Otorreia: saída de líquido pelos ouvidos. 
Otorragia: perda de sangue pelo canal auditivo, 
relação como traumatismo. 
Transtorno da acuidade auditiva: perda parcial ou 
total da audição, uni ou bilateral; início súbito ou 
progressivo. 
Zumbidor: sensação subjetiva de diferentes tipos 
de ruídos (campainha, grilos, apito, chiado, 
cachoeira, jato de vapor zunido). 
Vertigem e tontura: sensação de estar girando 
em torno dos objetos (vertigem subjetiva) ou os 
objetos girando em torno de si (vertigem 
objetiva). 
Promoção da saúde: uso de aparelhos auditivos; 
exposição a ruídos ambientais; uso de 
equipamentos de proteção individual (EPI); limpeza 
do pavilhão auditivo (cotonetes, outros objetos, 
pelo médico). 
-Nariz e cavidades paranasais 
Prurido: pode resultar de doença local ou 
sistêmica. 
Dor: localizada no nariz ou na face. Verificar 
todas as características semiológicas da dor. 
Espirros: isolados ou em crises. Indagar em que 
condições ocorrem, procurando detectar locais 
ou substâncias relacionados com os espirros. 
Obstrução nasal: rinorreia; aspecto do 
corrimento (aquoso, purulento, sanguinolento); 
cheiro. 
Corrimento nasal: aspecto do corrimento (aquoso, 
purulento, sanguinolento). 
Epistaxe: hemorragia nasal. 
Dispneia: falta de ar. 
Diminuição do olfato: diminuição (hiposmia) ou 
abolição (anosmia). 
Aumento do olfato: transitório ou permanente. 
Cacosmia: consiste em sentir mal cheiro sem 
razão para tal. 
Parosmia: perversão do olfato. 
Alterações da fonação: voz anasalada (rinolalia) 
Cavidade bucal e anexos 
Alterações do apetite: polifagia ou hiporexia; 
inapetência ou anorexia; perversão do apetite 
(geofagia ou outros tipos). 
Sialose: excessiva produção de secreção salivar. 
Halitose: mau hálito 
Dor: dor de dente, nas glândulas salivares, na 
língua (glossalgia), na articulação 
temporomandibular. Trismo. 
Ulceração/sangramento: causa local ou da 
doença do sistema hemopoético. 
Promoção da saúde: escovação de dentes e 
língua (vezes/dia); último exame odontológico. 
-Faringe 
Dor de garganta: espontânea ou provocada pela 
deglutição. Verificar todas as características 
semiológicas da dor. 
Dispneia: dificuldade para respirar relacionada 
com a faringe. 
Disfagia: dificuldade de deglutir localizada na 
bucofaringe (disfagia alta). 
Tosse: seca ou produtiva. 
Halitose: mau hálito. 
Pigarro: ato de raspar a garganta. 
Ronco: pode estar associado á apneia do sono. 
-Laringe 
Dor: espontânea ou à deglutição. Verificar as 
outras características semiológicas da dor. 
Dispneia: dificuldade de respirar. 
Alterações da voz: disfonia; afonia; voz lenta e 
monótona; voz fanhosa ou anasalada. 
Tosse: seca ou produtiva; tosse rouca; tosse 
bitonal. 
Disfagia: disfagia alta. 
Pigarro: ato de raspar a garganta. 
Promoção da saúde: cuidados com a voz 
(gargarejos, produtos utilizados). 
-Tireoide e paratireoide 
Dor: espontânea ou a deglutição. Verificar as 
outras características semiológicas. 
Outras alterações: nódulo, bócio, rouquidão, 
dispneia, disfagia. 
-Vasos e linfomas 
Dor: localização e outras características 
semiológicas. 
Adenomegalia: localização e outras 
características semiológicas. 
Pulsações e turgência jugular. 
Tórax 
-Parede torácica 
Dor: localizada e demais características 
semiológicas, em particular a relação da dor com 
os movimentos do tórax. 
Alterações da forma do tórax: alterações 
localizadas na caixa torácica como um todo. 
Dispneia: relacionada com dor ou alterações da 
configuração do tórax. 
-Mamas 
Dor: relação coma menstruação e outras 
características semiológicas. 
Nódulos: localização e evolução; modificação 
durante o ciclo menstrual. 
Secreção mamilar: uni ou bilateral, espontânea ou 
provocada; aspecto da secreção. 
Promoção da saúde: autoexame mamário; última 
mamografia / ultrassonografia (USG) (mulheres 
>40 anos). 
-Traqueia, brônquios, pulmões e pleuras 
Dor: localizada e outras características 
semiológicas. 
Tosse: seca ou com expectoração. Frequência, 
intensidade, tonalidade, relação com o decúbito, 
período em que predomina. 
Expectoração: volume, cor, odor, aspecto e 
consistência. Tipos de expectoração: mucoide, 
serosa, purulenta, mucopurulenta, hemoproica. 
Hemoptise: Eliminação de sangue pela boca, 
através da glote, proveniente dos brônquios ou 
pulmões. Obter os dados para diferenciar a 
hemoptise de epistaxe e da hematêmese. 
Vômica: eliminação súbita, através da glote, de 
quantidade abundante de pus ou líquido de 
aspectos mucoide ou seroso. 
Dispneia: relação com esforço ou decúbito; 
instalação súbita ou gradativa; relação com tosse 
ou chieira; tipo de dispneia. 
Chieira: ruído sibilante percebido pelo paciente 
durante a respiração; com relação com a tosse e 
dispneia; uni ou bilateral; horário em que 
predomina. 
Cornagem: ruído grave provocado pela passagem 
do ar pelas vias respiratórias altas reduzidas de 
calibre. 
Estridor: respiração ruidosa, algo parecido com 
cornagem. 
Tiragem: aumento da retirada dos espaços 
intercostais. 
-Diafragma e mediastino 
Dor: localização e demais características 
semiológicas. 
Soluço: contração espasmódicas do diafragma, 
concomitantes com o fechamento da glote, 
acompanhada de um ruído rouco. Isolado ou em 
crises. 
Dispneia: dificuldade respiratória. 
Sintomas de compressão: relacionados com o 
comprometimento do simpático, do nervo 
recorrente, do frênico, das veias cavas, das vias 
respiratórias e do esôfago. 
Promoção a saúde: exposição a alergênios (qual); 
última radiografia de tórax. 
-Coração e grandes vasos 
Dor: localização e outras características 
semiológicas; dor isquêmica (angina do peito e 
infarto do miocárdio); dor da pericardite; dor de 
origem aórtica de origem psicogênica. 
Palpitações: percepção incômoda dos batimentos 
cardíacos; tipo de sensação, horário de 
aparecimento, modo de instalação e 
desaparecimento; relação com esforço ou outros 
fatores desencadeantes. 
Dispneia: relação com esforço e decúbito; 
dispneia paroxística noturna; dispneia periódica ou 
de Cheyne-Stokes. 
Intolerância aos esforços: sensação desagradável 
ao fazer esforço físico. 
Tosse e expectoração: tosse seca ou produtiva; 
relação com esforço e decúbito; tipo de 
expectoração (serosa, serossanguinolenta). 
Chieira: relação com dispneia e tosse: horário em 
que predomina. 
Hemoptise: quantidade e características do 
sangue eliminado. Obter dados para diferenciar e 
transitória, parcial ou total, da consciência; 
situação em que ocorreu; duração; 
manifestações que antecederam o desmaio e 
que vieram depois. 
Alteração do sono: insônia; sono inquieto. 
Cianose: coloração azulada da pele, época do 
aparecimento (desde o nascimento ou surgiu 
tempos depois); intensidade; relação com choro e 
esforço. 
Edema: época em que apareceu; como evoluiu, 
região em que predomina. 
Astenia: sensação de fraqueza. 
Posição de cócoras: o paciente agachado, 
apoiando as nádegas nos calcanhares. 
Promoção da saúde: exposição a fatores 
estressantes; último check-up cardiológico. 
-Esôfago 
Disfagia: dificuldade à deglutição; disfagia alta 
(bucofaríngea); disfagia baixa (esofágica). 
Odinofagia: dor retroesternal durante a 
deglutição. 
Dor: independente da deglutição. 
Pirose: sensação de queimação retroesternal; 
relação com a ingestão de alimentos ou 
medicamentos; horário em que aparece. 
Regurgitação: volta à cavidade bucalde alimento 
ou de secreções contidas no esôfago ou no 
estômago. 
Eructação: relação com a ingestão de alimentos 
ou de relação emocionais. 
Soluço: horário em que aparece; isolado ou em 
crise; duração. 
Hematêmese: vômito de sangue; características 
do sangue eliminado; diferenciar de epistaxe e de 
hemoptise. 
Sialose (sialorreia ou ptialismo): produção 
excessiva de secreção salivar. 
Abdome 
O interrogatório sobre os sintomas das doenças 
abdominais inclui vários sistemas, mas, por 
comodidade, é melhor nos restringirmos aos 
órgãos do sistema digestivo. Os outros órgãos 
localizados no abdome devem ser analisados 
separadamente, reunindo-se o sistema urinário 
com os órgãos genitais, o sistema endócrino e o 
hemolinfopoético. 
-Parede abdominal 
Dor: localização e outras características 
semiológicas. 
Alteração da forma e do volume: crescimento do 
abdome; hérnias; tumorações. 
-Estômago 
Dor: localização na região epigástrica; outras 
características semiológicas. 
Náuseas e vômitos: horário em que aparecem; 
relação com a ingestão de alimentos; aspectos 
dos vômitos. 
Dispneia: conjunto de sintomas constituído de 
desconforto epigástrico, empanzinamento, 
sensação de distensão por gases, náuseas a 
determinados alimentos. 
Pirose: sensação de queimação retroesternal. 
-Intestino delgado 
Diarreia: duração e volume; consistência, aspecto 
e cheiro das fezes. 
Esteatorreia: aumento da quantidade de gorduras 
excretadas nas fezes. 
Dor: localização, contínua ou em cólicas. 
Distensão abdominal, flatulência e dispepsia: 
relação com ingestão de alimentos. 
Hemorragia digestiva: Aspecto “em borra de 
café” (melena) ou sangue vivo (enterorragia). 
-Colón, reto e ânus 
Dor: localização abdominal ou perianal; outras 
características semiológicas; tenesmo. 
Diarreia: diarreia baixa; aguda ou crônica; 
disenteria. 
Obstipação intestinal: duração; aspectos das 
fezes. 
Sangramento anal: relação com a defecação. 
Prurido: intensidade; horário em que predomina. 
Distensão abdominal: sensação de gases no 
abdome. 
Náuseas e vômito: aspecto do vômito; vômitos 
fecaloides. 
-Fígado e vias biliares 
Dor: dor continua ou em cólica; localização no 
hipocôndrio direito; outras características 
semiológicas. 
Icterícia: intensidade; durante e evolução; cor da 
urina e das fazes; prurido. 
-Pâncreas 
Dor: localização (epigástrica) e demais 
características semiológicas. 
Icterícia: intensidade; duração e evolução; cor da 
urina e das fezes; prurido. 
Diarreia e esteatorreia: características das 
fezes. 
Náuseas e vômitos: tipo de vômito. 
Promoção da saúde: uso de antiácidos, laxantes 
ou “chás digestivos”. 
Sistemas geniturinário 
-Rins e vias urinárias 
Dor: localização e demais características 
semiológicas. 
Alterações miccionais: incontinência; hesitação; 
modificações do jato urinário; retenção urinária. 
Alterações do volume e do ritmo urinário: oligúria; 
anúria; poliúria; disúria; noctúria; urgência; 
polaciúria. 
Alterações da cor da urina: urina turva; 
hematúria; hemoglobinúria; porfirinúria. 
Alterações do cheiro da urina: mau cheiro. 
Dor: dor lombar e no flanco e demais 
características semiológicas; dor vesical; 
estranguria; dor perineal. 
Edema: localização; intensidade; duração. 
Febre: calafrios associados. 
-Órgãos genitais masculinos 
Lesões penianas: úlceras, vesículas (herpes, 
sífilis, cancro mole). 
Nódulos nos testículos: tumor, varicocele. 
Distúrbios miccionais: ver rins e vias urinárias. 
Dor: testicular; perineal; lombossacra; 
características semiológicas. 
Priapismo: ereção persistente, dolorosa, sem 
desejo sexual. 
Hemospermia: sangue no esperma 
Corrimento uretral: aspecto da secreção. 
Disfunção sexuais erétil; ejaculação precoce; 
ausência de ejaculação, anorgasmia, diminuição da 
libido, síndrome por deficiência de hormônios 
testiculares (síndrome de Klinefelter, puberdade 
atrasada). 
Promoção da saúde: autoexame testicular; último 
exame prostático ou PSA; uso de preservativos. 
 
-Órgãos genitais femininos 
Ciclo menstrual: data da primeira menstruação; 
duração dos ciclos subsequentes. 
Distúrbios menstruais: polimenorreia; 
oligomenorreia; amenorreia; hipermenorreia; 
hipomenorreia; menorreia; dismenorreia. 
Tensão pré-menstrual: cólicas; outros sintomas 
Hemorragias: relação com o ciclo menstrual. 
Corrimento: quantidade; aspecto; relação com as 
diferentes fases do ciclo menstrual. 
Prurido: localizado na vulva. 
Disfunção sexual: dispareunia; frigidez; diminuição 
da libido; anorgasmia. 
Menopausa e climatério: idade em que ocorreu a 
menopausa; fagachos ou ondas de calor; insônia. 
Alterações endócrinas: amenorreia, síndrome de 
Turner. 
Promoção da saúde: último exame ginecológico; 
último Papanicolaou; uso de preservativos; terapia 
de reposição hormonal. 
Sistema hemolinfapoético 
Astenia: instalação lenta ou progressiva. 
Hemorragia: petéquias; equimose; hematomas; 
gengiovarragia; hematúria; hemorragia digestiva. 
Adenomegalias: localizadas ou generalizadas; sinais 
flogísticos; fistulização. 
Febre: tipo de curva térmica. 
Esplenomegalia e hepatomegalia: época do 
aparecimento; evolução. 
Dor: bucofaringe; tórax; abdome; articulações; 
ossos. 
Icterícia: cor das fazes e da urina. 
Manifestações cutâneas: petéquias; equimose; 
palidez; prurido; eritemas; pápulas; herpes. 
Sintomas osteoarticulares; 
Sintomas cardiorrespiratórios; 
Sintomas gastrointestinais; 
Sintomas geniturinários; 
Sintomas neurológios. 
Sistema endócrino 
O interrogatório dos sistemas relacionados com 
as glândulas endócrinas abrange o organismo 
como um todo, desse os sintomas gerais até o 
psíquico, mas há interesse em caracterizar um 
grupo de manifestações clínicas diretamente 
relacionadas com cada glândula para desenvolver 
a capacidade de reconhecimento, pelo clínico 
geral, dessas enfermidades. 
-Hipotálamo e hipófise 
Alterações do desenvolvimento físico: nanismo, 
gigantismo, acromegalia. 
Alteração do desenvolvimento sexual: puberdade 
precoce; puberdade atrasada. 
Outras alterações: galactorreia; síndrome 
poliúrica; alterações visuais. 
-Tireoide 
Alterações locais: dor, nódulo; bócio; rouquidão; 
dispneia; disfagia. 
Cãibras: dor acompanhada de contração 
muscular. 
Espasmos musculares: miotonia; tétano. 
 
Artérias, veiais, linfáticos e microcirculação 
-Artérias 
Dor: claudicação intermitente; dor de repouso. 
Alterações da cor da pele: palidez, cianose, 
rubor, fenômeno de Raynaud. 
Alterações tróficas: atrófica da pele, diminuição 
do tecido subcutâneo, queda de pelos, alterações 
ungueais, calosidades, ulcerações, edema, 
sufusões hemorrágicas, bolhas e gangrena. 
Edema: localização; duração e evolução. 
-Veias 
Dor: tipo de dor; fatores que a agravam ou 
aliviam. 
Edema: localização, duração e evolução. 
Alterações tróficas: hiperpigmentação, celulite, 
eczema, úlceras, dermatofibrose. 
-Linfáticos 
Dor: localização no trajeto do coletor linfático 
e/ou na área do linfoma correspondente. 
Edema: instalação insidiosa. Lesões secundárias 
ao edema de longa duração (hiperqueretose, 
lesões verrucosas, elefantíase). 
-Microcirculação 
Alterações da coloração e da temperatura da 
pele: acrocianose; livedo reticular; fenômeno de 
Raynaud; eritromegalia; palidez. 
Alterações na sensibilidade: sensação de dedo 
morto, hiperestesia, dormência e formigamentos. 
Promoção da saúde: cuidados com a postura; 
hábito de levantar peso; movimentos repetitivos; 
uso de saltos muito altos; prática de ginástica 
laboral. 
-Sistema nervoso 
Distúrbios da consciência: obnubilação estado de 
coma. 
Dor de cabeça e na face: localização e outras 
características semiológicas. 
Tontura e vertigem: sensação de rotação 
(vertigem); sensação de iminente desmaio; 
sensação de desequilíbrio; sensação desagradável 
na cabeça. 
Convulsões: localizada ou generalizada, tônicas ou 
clônicas; manifestaçõesocorridas antes 
(pródromos) e depois das convulsões. 
Ausência: breves períodos de perda da 
consciência. 
Automatismo: tipos. 
Amnésia: perda de memória, transitória ou 
permanente; relação com traumatismo craniano 
e com ingestão de bebidas alcoólicas. 
Distúrbios visuais: ambliopia; amaurose; diplopia. 
Distúrbios auditivos: hipocusia; acusia; zumbidos. 
Distúrbios da marcha: displasia 
Distúrbio da motricidade voluntária e da 
sensibilidade: paresias, paralisias, parestesias, 
anestesias. 
Distúrbios esfincterianos: bexiga neurogênica; 
incontinência fecal. 
Distúrbios do sono: insônia; sonolência; sonilóquio; 
pesadelos; terror noturno; sonambulismo; 
briquismo; movimentos rítmicos da cabeça; 
anurese noturna. 
Distúrbios das funções cerebrais superiores: 
disfonia, disartria, dislalia, disritmolalia; disgrafia; 
afasia; distúrbios das gnosias; distúrbios das 
praxiais. 
Promoção a saúde: uso de andadores, bengalas 
ou cadeira de rodas; fisioterapia. 
Exame psíquico e avaliação das condições 
emocionais 
 Consciência: alterações quantitativas (normal, 
obnubilação, perda parcial e total da consciência) 
e qualitativas. 
Atenção: nível de atenção e outras alterações. 
Orientação: orientação autopsíquica (capacidade 
de uma pessoa saber quem ela é), orientação no 
tempo e no tempo e no espaço. Dupla 
orientação, despersonalização, dupla 
personalidade, perda do sentimento de existência. 
Pensamento: pensamento normal ou pensamento 
fantástico, pensamento maníaco, desagregação 
do pensamento, bloqueio do pensamento, 
ambivalência, perseverança, pensamentos 
subtraídos, sonorização do pensamento, 
pensamento incorretamente, pensamento 
prolixo, pensamento oligofrênico, pensamento 
demencial, ideias delirantes, fobias, obsessões 
compulsões. 
Memória: capacidade de recordar. Alterações da 
memória de fixação e de evocação. Memória 
recente remota. Alterações qualitativas da 
memória. 
Inteligência: capacidade de adaptar o pensamento 
às necessidades do momento presente ou de 
adquirir novos conhecimentos. Déficit intelectual. 
Sensopercepção: capacidade de uma pessoa 
apreender as impressões sensoriais. Ilusões. 
Alucinações. 
Vontade: disposição para agir a partir de uma 
escolha ou decisão, perda da vontade; 
negativismo; atos impulsivos. 
Psicotricidade: expressão objetiva da vida 
psíquica nos gestos e movimentos; alterações da 
psicomotricidade; estupor. 
Atividade: compreende um conjunto de vivências, 
incluindo sentimentos complexos; humor ou 
estado de ânimo; exaltação e depressão do 
humor. 
Comportamento: importante questionar 
comportamentos inadequados e antissociais. 
Idosos podem apresentar comportamentos 
sugestivos de quadros demenciais. 
Outros: questionar também sobre alucinações 
visuais e auditivas, atos compulsivos, 
pensamentos obsessivos recorrentes, exacerbão 
da ansiedade, sensação de angústia e de medo 
constante, dificuldade em ficar em ambientes 
fechados (claustrofobia) ou em ambiente abertos 
(agrafobia), onicofagia (hábitos de roer as unhas), 
tricofagia (hábito de comer o cabelo) tiques e 
vômitos induzidos.

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