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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA MICROECONOMIA III 2009.2 Professor: Antônio Marcos Hoelz Ambrózio e Hamilton Kai Gabarito da 2º Lista de Exercícios 1) Lembre-se sempre: cada estratégia do espaço estratégico deve conter uma ação para cada situação em que o jogador possa vir a ser chamado a jogar. 1ºjogo: S1 = {A, B}, S2 = {C, D} 2ºjogo: S1 = {L, R}, S2 = {L’, R’}, S3 = {L’’, R’’} 3ºjogo: S1 = {LL’’, LR’’, RL’’, RR’’}, S2 = {L’, R’} 4ºjogo: S1 = {LL’’, LR’’, RL’’, RR’’}, S2 = {L’, R’} 5ºjogo: S1 = {L, R}, S2 = {L’’, R’’}, S3 = {L’L’’’, L’R’’’, R’L’’’, R’R’’’} 6ºjogo: S1 = {L, R}, S2 = {L’L’’, L’R’’, R’L’’, R’R’’, M’L’’, M’R’’, L’M’’, R’M’’, M’M’’} 7ºjogo: S1 = {L, R}, S2 = {L’, M’, R’} 2) a) O espaço estratégico da filha que repartirá o bolo será 0 < S1 < 100%, onde S1 representa a parcela do bolo que o pedaço 1 representa do total (conseqüentemente, 1 – S1 será a fatia do pedaço 2).Cada estratégia da filha que escolhe o bolo deverá ser uma função que define pegar o pedaço 1 ou o pedaço 2 do bolo, dada a partição feita por sua irmã. Logo, seu espaço estratégico será o conjunto de todas estas funções. b) A resolução deste jogo é absolutamente trivial. Basta ver que no 2º estágio a filha que escolhe o pedaço pegará o maior pedaço. Portanto, a filha que reparte o bolo saberá no 1º estágio que ficará com o menor pedaço do bolo. Conseqüentemente, ela fará com que o menor pedaço seja o maior possível => S1 = 1 – S1 = 50%. c) Sim. 3) a) S1 = [0,inf) e S2 = { f: [0,I) → [0,inf) }. ©: a notação é chata, mas vale resposta em palavras tb.Note que o espaço estratégico do jogador 2 é uma função de reação, sempre o espaço estratégico de quem for jogar por último é condicionado em todas as possibilidades de quem jogar primeiro. B1) Para todos os jogadores o ganho tem que ser maior que o custo para que eles dêem contribuições positivas.Começando pelo jogador 2: R ≥ I2 e 0 ≤ Ι2 ≤ Ι − Ι1 para que seja racional. Como R > I => R > I – I1 => R > I2 Então a estratégia ótima do jogador 2 é: I2 (I1) = I – I1. Ou seja, como vale a pena realizar o projeto até mesmo sozinho, 2 sempre irá completar a contribuição de 1. E então 1 antecipando isso escolherá não contribuir. B2) Seguindo a mesma linha: A estratégia ótima do jogador 2 é: I2 (I1) = I – I1, se I1 ≥ (1/4).I e I2 (I1) = 0 caso contrário. Antecipando isso, o jogador 1 escolhe I1 = (1/4).I c) No caso (b2) não é possível, pois se pagar todo 90% valor do projeto o jogador 1 terá payoff negativo (0,9 > ¾) e isso é dominado por não contribuir. Mas no caso (b1) é possível. Um EN é: I1 = (0,9).I e I2 (I1) = (I – I1) se I1 ≥ (0,9).I e zero caso contrário. Naturalmente, não é ENPS (uma vez que a estratégia do jogador 2 implica em uma “ameaça” de não contribuir mesmo quando é de seu interesse) mas é Nash: respostas erradas estariam sendo dadas apenas em pontos do jogo não alcançadas. 4) a) Para o Comprador: SC =⎨I≥0, f: (V,I, P)→{S,N}⎬ onde f representa a decisão do comprador entre aceitar (S) ou não (N) o negócio, dado V, para cada I e P. Para o Vendedor: SV =⎨P(V,I)≥0⎬ onde o valor de P é decidido a partir da valoração dada pelo comprador e o nível de investimentos. d) Por indução retroativa, comecemos pelo Comprador em sua ultima posição no jogo. Ele teria um payoff de V+I-P-I2 caso compre, mas no caso de não comprar o bem esse payoff seria de –I2, Assim, o Comprador estaria disposto a comprar até a indiferença entre os dois payoffs: V+I-P-I2 ≥ -I2 => P ≤ V+ I Antecipando o que o Comprador irá fazer no lance seguinte o Vendedor irá selecionar o maior preço tal que o Comprador aceite comprar, o que torna a estratégia ótima para o Vendedor selecionar P = V + I. Assim, no primeiro lance, o Comprador antecipa os movimentos seguintes do jogo (em particular antecipa que será P=V+I) e toma a decisão inicial de investimentos com base no payoff que terá ao final do jogo: -I2. Assim, como é um payoff negativo, ele decidirá minimizar essa perda, escolhendo I=0. Assim o único ENPS desse jogo é quando o Comprador investe zero e o vendedor oferece um preço (P) igual a valoração dada pelo Comprador (V) e então o Comprador aceita pagar esse preço P=V. e) Temos que o payoff do Vendedor é alterado nessa situação para P+I/2, mas quando toma sua decisão quanto ao preço a parcela I/2 do payoff é exógena (já foi determinada pelo comprador no primeiro momento). Assim, a estratégia ótima para ele será novamente estipular um preço P=V+I. Logo, para o comprador, a escolha que ele deve fazer na primeira parte do jogo não se altera. Assim, o ENPS do jogo não é alterado, bem como a estratégia do Vendedor. f) O contrato faria com que o Vendedor cobrasse um preço máximo estipulado de V, ex-ante. Assim, a decisão do Vendedor na segunda fase, passa a ser o cumprimento compulsório do contrato, cobrando do Comprador a quantia V. A partir desse momento, no primeiro instante do jogo, o Comprador teria payoff V+I-P-I2. Se P=V, então, a decisão do Comprador é maximizar I- I2. Pela CPO, ele escolherá I=1/2 e assim o Vendedor terá pay-off, ao final, de V+1/4. Note que quando ele assina o contrato ele se compromete ex-ante a cobrar o preço de V. Se o Vendedor tiver liberdade p/ colocar preço como função do investimento, ex-post ele fará P=V+I. Essa última opção como visto induz I=0 e logo P*=V da mesma forma. Se comprometendo a cobrar V, o Comprador Max I- I2, escolhendo I=1/2 e assim o Vendedor tem pay-off ao final de V+1/4. Logo é racional. 5) a) A B NC C NC SA = {NC, C}, SB = {NC, C} NC C Jogador A NC 0,0 0,51 C 510,0 -105,-10 EN= {NC, C}e {C, NC} ENPS= {NC, C}e {C, NC} B NC C 0,0 0,51 510,0 -105,-10 C b) A B NC C NC SA = {NC, C}, SB = {NC NC, NC C, C NC, C C} EN= {NC, C C}, {C, NC NC} e {C, C NC} ENPS= {C, C NC} c) B A NC C NC SB = {NC, C}, SA = {NC NC, NC C, C NC, C C} EN= {C C, NC}, {NC NC, C} e {C NC, C} ENPS= {C NC, C} 6) a) Empresários: πe ≥ 0. Autoridade monetária: conjunto de todas as funções π(πe) b) W(π, πe) = - c*π2 – [(-1/2)*y + 2*(π - πe)]2 B NC C 0,0 0,51 510,0 -105,-10 C A NC C 0,0 510,0 0,51 -105,-10 C c) Autoridade monetária: Max{- c*π2 – [(-1/2)*y + 2*(π - πe)]2}=> π = (2*(1/2)*y + 4*πe)/(c + 4). Se πe = 0, então π = (2*(1/2)*y)/(c + 4). No entanto, se π = (2*(1/2)*y)/(c + 4), a melhor resposta dos empresários seria πe = (2*(1/2)*y)/(c + 4). Logo, este não é um EN => este não é um EN perfeito em subjogos. d) Para encontrar o equilíbrio perfeito em subjogos devemos fazer com que empresários maximizem suas utilidades dada a função de melhor resposta para a autoridade monetária (encontrada no item c). Como V(πe, π) = – (πe - π)2, a utilidade máxima deste agente será V(πe, π) = 0. Logo, basta fazer πe = π(πe). Com isso, chegamos a πe = (2*(1/2)*y)/c = π. Então, W(π, πe) = - c*π2 – [(-1/2)*y]2 e V(πe, π) = 0. Mas se fosse πe = π = 0, teríamos V(πe, π) = 0 e W(π, πe) = – [(b-1)*y]2 => este equilíbrio não é pareto-eficiente. e) Temos que dπ/dc < 0 => π diminui. Logo, quanto maior a independência da autoridade monetária, menor a taxa de inflação de equilíbrio. 7) a) S1 = {q1 > 0}, S2 = {conjunto de todas as funções q2(q1), com q2(q1) > 0 ∀ q1 > 0} e S3 = {conjunto de todas as funções q3(q1), com q3(q1) > 0 ∀ q1 > 0} b) Devemosencontrar as funções de reação de q2 e q3. Para isto, devemos fazer: Max[P(Q)*q2 – C*q2] => Max[(a - q1 - q2 - q3 – C)*q2] => q2 = (a - q1 - q3 – C)/2. Similarmente, q3 = (a - q1 – q2 – C)/2 => (q1 + q2) = (2/3)*(a – q1 – C). A firma 1, sabendo disso, fará Max[(a - q1 – (q2 + q3) – C)*q1] => Max[(a - q1 – ((2/3)*(a – q1 – C)) – C)*q1] => Max[(1/3)*(a - q1 – C)*q1] => q1 = (a - C)/2. O equilíbrio de Nash perfeito em subjogos será {(a - C)/2, (a – q1 – C)/3, (a – q1 – C)/3}.Desta forma, o resultado será q1 = (a - C)/2, q2 = q3 = (a – C)/6. c) O espaço estratégico da firma 3 muda, passando a ser o conjunto de todas as funções q3(q1, q2). d) Devemos maximizar as funções de lucro da firma 3, da firma 2 e da firma 1, nesta ordem. - Firma 3: Max[(a - q1 - q2 - q3 – C)*q3] => q3(q1, q2) = (a – q1 – q2 – C)/2 - Firma 2: Max[(a - q1 - q2 - q3(q1, q2) – C)*q2] => Max[((a - q1 - q2 – C)/2)*q2] q2(q1) = (a – q1 – C)/2 - Firma 1: Max[(a - q1 - q2(q1) - q3(q1, q2(q1)) – C)*q1] => Max[((a - q1 – C) - (a – q1 – C)/2 – ((a – q1 – C)/2 – (a – q1 – C)/4)*q1] => Max[((a – q1 – C)/4)*q1] => q1 = (a - C)/2. O equilíbrio de Nash perfeito em subjogos será {(a - C)/2, (a – q1 – C)/2, (a – q1 – q2 – C)/2} O resultado será q1 = (a – C)/2, q2 = (a – C)/4 e q3 = (a – C)/8. Como a firma 3 vende uma quantidade menor e como a preço diminui quando esta firma é desonesta, temos que sua situação desta firma piora por ter mais informação e pelos outros jogadores saberem disto. 8) ai)S1= [O,infinito), S2= [O,infinito) aii) =)2,1(1 qqπ P(Q).q1 - c. q1= ( 27 – ( q1+q2)). q1 -3. q1 =)2,1(2 qqπ P(Q).q2 - c. q2= ( 27 – ( q1+q2)). q2 -3. q2 na maximização de lucro q1=q2= 8 a) S1 = {q1 > 0}, S2 = {conjunto de todas as funções q2(q1), com q2(q1) > 0 ∀ q1 > 0} - Firma 2: Max[(a - q1 - q2– C)*q2] => q2(q1) = (a – q1– C)/2 - Firma 1: Max[(a - q1 - q2(q1) – C)*q2] => Max[((a - q1 - (a – q1– C)/2 – C))*q2] => q1 =(a – C)/2 ENPS={ (12, (24 – q1)/2} ci)Lucro em Cournot L1=L2=8*11 – 8*3=64 b) Lucro em Stackelberg L1 =12*9 – 12*3=72 L2=6*9 – 6*3=36 A empresa 2 paga até (64-36)= 28 e a empresa 1 paga (72-64)= 8 cii) 2 primeiro lance, se observar qualquer lance entre {0,7}, sua melhor resposta será dar este lance +1 se observar qualquer lance maior que 8, sua melhor resposta será dar qualquer lance menor que a lance da segunda firma A firma 2 antecipando a estratégia da 1, colocará 8. 9) a) Se mais de uma firma entrar a guerra de preços fará com que P=Cmg mas dado que há custos fixos para entrar no mercado elas estariam tendo lucro negativo então não entrar seria melhor.Caso entre só uma firma P = 25 – Q, Cmg = 9 e CF = 16 Q = 25 – P Max (25 – P)*P – (25 – P)*9 - 16 P Dπ/dp = 25 -2P + 9 = 0 P=17 => Q = 8 π=32 Como uma firma terá lucro positivo, uma somente entrará. b)P = 15 Q = 25 – 15 = 10 (esta será a quantidade total que será colocada no mercado) Se o lucro das firmas dentro do mercado for positivo mais firmas entrarão, e dado que elas dividem o mercado igualmente já que colocam o mesmo preço, qi = Q/n = 10/n, onde qi é a qtde da firma i. π = 15 * 10/n – 9 * 10/n – 16 ≥ 0 60/n ≥ 16 60/16 ≥ n nmax=3 Agora com 3 firmas, as três têm lucro positivo mas se entrar uma quarta o lucro passa a ser negativo para todas logo param de entrar firmas. c)Falsa. Controlando os preços o governo aumentou a quantidade de firmas no mercado, e portanto a competição, além de ter aumentado a quantidade total produzida. 10) a) b) Para o ENPS, se resolve por indução retroativa: - A firma M joga B se a firma E jogar A, enquanto que a firma M joga A se a firma E jogar B. - Dado que a firma M produzirá no setor na qual a firma E não produz, a firma E, caso entre, decide produzir no setor A. - Se a firma E entrar no mercado, ela produzirá no setor A enquanto que M produzirá no setor B. Isso fará a firma E ter payoff de 10 quando ela entrar no mercado e zero caso ela não entre. Sendo assim, a firma E entra no mercado. ENPS: (Entra,A ; B,A). c) O conceito de EN permite a possibilidade de ameaças não críveis em jogos seqüenciais. Ou seja, se a firma M jogar a estratégia de produzir no mesmo setor que a firma E produzir (caso esta entre no mercado), a firma E decidirá não entrar no mercado. Para conferir se essas estratégias formam um equilíbrio de Nash, é necessário ver se a firma M quer desviar da sua estratégia dada a estratégia da firma E e se a firma E quer e n (0,10) B A E B A M B A M (-2,-2) (10,3) (3,10) (-1,-1) E desviar da sua estratégia dada a estratégia da firma M. Dada a estratégia de M, a firma E prefere não entrar no mercado, pois caso entre, espera ter um payoff negativo. Dada a estratégia de E (de não entrar no mercado, e, caso venha a ser chamada a entrar, jogue ou A ou B), a firma M é indiferente entre mudar ou não de estratégia. Sendo assim, existem equilíbrios de Nash nos quais a firma E não entra. d) Não necessariamente. Com informação perfeita, a firma M recebe payoff de 3 em ENPS. Caso a informação fosse imperfeita (M não observasse a escolha de segmento de E), poderia haver ENPS onde E escolha B e M escolha A, recebendo payoff de 10. O ponto não é simplesmente a firma M ter mais informação, mas a firma E saber disso e explorar esse fato em seu favor (situação parecida no modelo de Stackelberg) e) O ENPS desse jogo continua sendo a firma E entra no mercado, e todas as vezes que a firma E tem que escolher em que setor produzir, a firma E escolhe produzir no setor A, independente das escolhas prévias de M. E a firma M continua escolhendo sempre o setor que a firma E não escolheu. Para justificar isso, defina o subjogo de escolha de nichos das firmas como a parte do jogo na qual a firma E decide em qual nicho produzir e, posteriormente, a firma M decide em qual setor produzir (chame esse subjogo de G). Esse subjogo é repetido três vezes no jogo dessa seção (para o jogo repetido, será utilizada a notação G(3)). Como há um número finito de repetições do subjogo de escolha de nichos e um único ENPS no subjogo, tem-se que o único ENPS do subjogo G(3) é o ENPS do subjogo G jogado em cada uma das repetições (ver proposição da página 84 do livro do Gibbons). Como o único ENPS do subjogo G é a firma E escolhendo o nicho A e a firma M escolhendo o nicho que a firma E não escolher, esse ENPS será jogado em cada subjogo G de G(3), e como esse resultado de G(3) dá um payoff maior que zero para a firma E, tem-se que a firma E decidirá entrar no mercado no primeiro estágio do jogo. f) No último período de escolha estratégica de nichos, valerá a pena para a firma E escolher A e a firma M escolher o que a firma E não escolher (não vale a pena para M punir pois não há futuro). No segundo período de escolha estratégica de nichos, tem-se que, se a firma E escolhe A, a firma M escolhe A também, impondo a firma E o custo de dois e forçando a saída do mercado da firma E. Fazendo isso, M terá um payoff de 8 (10 amanhã menos a perda de 2 hoje), enquanto se jogar B ganha 6 (3 hoje e 3 no período seguinte) Assim, ao jogar A a firma E espera payoff de -2. Se por outro lado a firma E escolhe B, a firma M escolherá A, ganhando 10 hoje e 3 no período seguinte (se jogar B perderá 1 agora e ganhará 10 no próximo período, na melhor das hipóteses – que E seja obrigada a sair). Assim, no segundo período a firma E escolhe B e a firma M escolhe A. No primeiro período de escolha estratégica de nichos, se a firma E escolher A, por um raciocínio parecido com o anterior a firma M escolhe A, pois tem uma perda de 2 agora e um ganho de 20 nos próximos dois períodos (e 18 é maior que o ganho de ter 3 agora, 10 no segundo período e 3 no último período). Assim a firma E tem uma perda de dois caso escolha A. Se a firma E escolher B, a firma M, sabendoque no período seguinte não irá impor, em equilíbrio, custos a E, escolhe A. Ou seja, no subjogo de escolha estratégica de nichos, o equilíbrio é a firma E escolher B nos dois primeiros períodos e escolher A no último período (payoff de 16), enquanto que a firma M escolhe A nos dois primeiros períodos, independentemente da escolha de E, e escolhe B no último período (payoff de 23). Sendo assim, em equilíbrio, as duas firmas tem payoffs positivos. Dado isso, tem-se que a firma E resolve entrar no mercado. O novo ENPS é que a firma E entra no mercado, escolhe B nos dois primeiros períodos de escolha estratégica de nichos e escolhe A no último período. A firma M em ENPS escolhe A nos dois primeiros períodos de escolha estratégica de nichos e escolhe B no último período 11) a) b) No segundo estágio, a firma M decide acomodar, pois acomodando, tem um payoff de 4 ao invés de um payoff de 1. Antevendo isso, a firma E decide entrar no mercado, pois assim, tem um payoff de 4, ao invés de um payoff de zero. Ou seja, o ENPS desse jogo é: Firma E: Entra Firma M: Se a firma E entrou, escolhe A. c) Sim, existem equilíbrios de Nash nos quais a firma E joga ne. Para ver isso, podemos desenhar o jogo na forma estática: Firma M A L Firma E E (4,4) (-1,1) ne (0,10) (0,10) Dado uma jogada ne da firma E, a firma M está indiferente entre A e L. E se antecipa uma jogada L da firma M, a firma E prefere jogar ne. Sendo assim, é EN a firma E jogar ne e a firma M jogar L. Esse equilíbrio de Nash, porém, é sustentado por uma ameaça não crível. Isso ocorre porque, dada a seqüência do jogo, uma vez que a firma E entrou, a firma M não tem efetivamente incentivo a jogar L. d) (0,10) M e ne A L (4,4) (-1,1) A frase não é verdadeira. Isso pode ser compreendido da seguinte forma: a perda de capacidade por parte de M de observar a entrada é equivalente a tornar o jogo simultâneo. Nesse caso, jogar L deixa de ser uma ameaça não crível. Com isso, podem acontecer dois equilíbrios. Em um primeiro, a firma E não entra e a firma M joga L, o que leva a firma M a ganhar 10. Nesse caso, M fica melhor sem observar entrada que observando entrada. O outro equilíbrio plausível seria a firma E entrar e a firma M acomodar. Nesse caso, a firma M ficaria indiferente entre observar ou não a entrada da firma E Sendo assim, se M perde a capacidade de observar se houve ou não entrada, ela fica melhor ou igual. e) f) Em primeiro lugar, deve-se perceber que, caso não adote comportamento agressivo, a firma M obterá payoff de 4 (pois o jogo sem comportamento agressivo é equivalente ao anterior). Nesse caso, a adoção de comportamento agressivo só é válido se induzir a firma E a não entrar no mercado. Como E só não entra no mercado se espera comportamento agressivo, uma primeira condição é que o pré-gasto em propaganda dê incentivo à firma M a lutar ao invés de acomodar: 1 > 4- G. (0,10-G) M e ne A L (4,4-G) (-1,1) G M E NG M e ne A L (4,4) (-1,1) E (0,10) De outro lado, o gasto G deve ser tal que o lucro obtido por M em caso de não-entrada dado o pré-pagamento da propaganda supere o pay-off de equilíbrio de adotar comportamento passivo: 10 – G > 4 Em resumo, temos duas condições necessárias e suficientes para que haja um ENPS no qual a firma M adota o comportamento agressivo no primeiro estágio: a) G deve ser grande o suficiente para induzir a firma E a não entrar no mercado – ou seja, incentivar M a lutar; b) G deve ser baixo o suficiente para que o lucro do comportamento agressivo (10-G) seja maior do que o lucro sem comportamento agressivo. Ou seja: 4-G<1 10-G>4 Então: 3<G<6 g) Pode-se compreender o primeiro estágio (de gastos com marketing) como um estágio no qual a firma M cria uma forma de sustentar o compromisso com a estratégia “jogar L caso a firma E entre”. Nesse caso, temos que, para que possa haver compromisso com L, os gastos com campanha tem que ser altos o suficiente para que os ganhos da acomodação (relativos aos de lutar) sejam “exauridos”. Com isso, temos um limite inferior para G. Ao mesmo tempo, para tal estratégia valer a pena, os gastos com marketing não devem ser tão altos de modo que a firma monopolista pré-pagando os gastos ainda tenha mais lucro que um oligopolista que acomoda entrada. Isso impõe o limite superior aos gastos de marketing. Esse exercício ilustra a idéia de escolha estratégica: M realiza uma ação ex-ante (pré- pagamento do gasto em propaganda) de forma a alterar seu incentivo ex-post – ou seja, transforma a ameaça de jogar L em uma resposta ótima ex-post. O benefício dessa ação para M é que ao antecipar os novos incentivos de M (jogar L) E altera sua escolha (passa a não entrar) de modo que o pay-off final de M aumente. 12) a) Por indução retroativa: Caso a F2 entre no mercado, seu problema será: max {q2} (16 – q1 – q2).q2 - F CPO: 16 – q1 – 2.q2 =0 q2 = (½)(16 – q1) A decisão de entrada da F2 dependerá do nível q1 e do seu custo fixo F. F2 entra se : Π∗2 = (½)(16 – q1).(16 – (½)(16 – q1) – q1) > F (1) Decisão da F1: i) Caso em que “acomoda” entrada: max {q1} (16 – q1 – q2(q1)).q1 ou max {q1} (16 – q1 – (½)(16 – q1)).q1 CPO: 2.q*1 = 16 : q*1 = 8. E assim: q*2 = 4 Lucro de Stackelberg: Π∗1 = 8.(16 − 8 − 4) = 32 e Π∗2 = 4.(16 − 8 − 4) = 16− F ii) Caso em que “detem” entrada: deve escolher q1 tal que Π∗2 = F Usando a condição de entrada (1), segue que: F = 1: q*1 = 14: Π∗1 = 14.(16 − 14) = 28 < 32 F = 4: q*1 = 12 : Π∗1 = 12.(16 − 12) = 48 > 32 ENPS: Caso F=1: F1 produz a quantidade de Stackelberg q*1 = 8 em t=1: uma vez que lucro de duopólio supera lucro de monopólio quando bloqueia entrada. Firma 2 antecipa lucro líquido positivo e então entra produzindo q*2 = 4: solução de Stackelberg Caso F=4: F1 produz 12 em t=1, F2 antecipa que caso produza qualquer quantidade terá prejuízo e então não entra: F1 goza de lucro de monopólio (bloqueio de entrada) de 48. c) Intuição: A escolha de quantidade q1 funciona como um instrumento que F1 tem para inibir a entrada de F2. Note que como essa escolha se dá ex-ante (t=1) e de forma irreversível, esta é uma “ameaça” crível: quanto mais 1 produz, menor o mercado residual com que F2 se depara, e logo menor o incentivo para entrar. O ponto crucial, no entanto, é que ao “sobre-produzir” a F1 deprime o preço de mercado que ela também recebe, e logo F1 tem de verificar se a quantidade que inibe a entrada da F2 constitui uma escolha vantajosa do seu ponto de vista. Esse último cálculo depende essencialmente do custo fixo de entrada F da F2: quanto maior for esse, maior a fração de mercado que a F2 deve “abocanhar” para diluir seus custos fixos – e logo o quanto a F1 precisa “sobre-produzir” em relação à quantidade ótima de Stackelberg é menor. Assim, no exercício em questão, quando F = 4, a F1 podia bloquear entrada com q*1 = 12; mas quando F = 1, para bloquear entrada F1 precisava produzir q*1 = 14: apenas para F=4 o bloqueio era vantajoso. 13) a ) Empresário 2, observando a escolha I1, decide o quanto ele investe: max 1 (10.I1.I2) – (I2)2 I2 3 2 CPO: I2 = 10.I1 3 Empresário 1, antecipando resposta ótima de 2: max 2 [10.I1.I2(I1)] – (I1)3 I1 3 3 CPO: 400 I1 – I12 = 0 I1 = 400 ; I2 = 4000 9 9 27 OBS: A correspondência de melhor resposta do empresário 2 deve ser substituída na função objetivo de 1 antes de derivar: 1 deve levar em conta o efeito de sua decisão sobre o comportamento de 2. b) Por raciocínio análogoao do item (a), a escolha ótima de investimento de 1: max β.[10.I1.I2 (β)] – (I1)3 onde I2 = (1 – β).10.I1 I1 3 Max β.100.(1 – β).I12 – (I1)3 I1 3 CPO: I1 = 200.β.(1 – β) Substituindo esse investimento na função lucro da firma 1, verifica-se que o lucro é função crescente desse investimento – logo a escolha de β ótima maximiza I1: CPO: 1 - 2.β = 0 : β* = ½ Intuição: O empresário 1 enfrenta um trade-off na escala de β; β grande aumenta sua participação sobre o lucro, porém afetará negativamente o investimento do empresário 2 – diminuindo o produto: no ótimo, a firma 1 prefere diminuir sua participação na divisão do bolo a fim de aumentar o tamanho deste – e conseqüentemente a “fatia” que efetivamente recebe em equilíbrio c) O jogador 1 escolher uma estratégia onde β é diferente de 1 nunca será crível, já que quando 1 puder escolher ex-post ele sempre terá incentivo a desviar para β = 1, independente do prometido (promessa vazia). Assim, em ENPS o Jogador 2 não investirá e 1 estará em situação pior do que no caso anterior – lucro zero 14) a) Para a correspondência de melhor resposta da firma 1 no mercado B, maximizaremos seu lucro em oligopólio: (1) b) Primeiro devemos ver a correspondência de melhor resposta da firma 2: (2) Substituindo (2) em (1) Um aumento na produção de F1 em A diminuirá o seu custo marginal em B, o que em Cournot tem como consequência um aumento de produção por parte da firma 1. Do mesmo modo, aumento em provocará uma queda de produção de 2 em B; isso pois 1 e 2 competem como substitutos estratégicos, portanto um aumento em provocará uma diminuição em (o que reforça o incentivo para aumento em ). c) Por indução retroativa devemos analisar a escolha de 1 em A levando em consideração as respostas em B. Sendo assim: CPO = > =9 Note que F1 tem prejuízo no mercado A mas esse prejuízo é mais que compensado pela conquista de mercado e conseqüente ganho no mercado B. 2 18 12 1 AB B qqq −−= 2 18 1 2 B B qq −= 3 218 1 1 A B qq += 3 18 1 2 A B qq −= 3 218)18(} 3 218)] 3 18() 3 218(36{[13)15(max 11111111 1 A A AAA AAA q qqqqqqqq A +−−+−−+−+−− d) Uma taxa de desconto fará com que o lucro de Cournot trazido a valor presente tenha um peso menor para o monopolista já que . Isso fará com que diminua se aproximando da resposta ótima da firma 1 caso estivesse unicamente no mercado A monopolista. e) Para que a firma 2 não entre devemos ter necessariamente que: Isso é: Lucro de Detenção Lucro de F1 no mercado B se ela for monopolista => (36 - q1B) q1B- (18-12) q1B CPO=> q1B=15 e Lucro no mercado B de 225 Lucro de F1 no mercado A = -120 Assim, Lucro de detenção = 225 -120=105 Lucro de Acomodação Lucro de F1 no mercado B (oligopolista) => q1A=9 , q1B=12 e q2B=3 Lucro de F1 no mercado B= 144 Lucro de F1 no mercado A =-63 Assim, Lucro de acomodação = 144 -63=81 Decorre daí que F1 prefere deter a entrada de F2