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projeto letramento alfabetização

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Prévia do material em texto

Unopar Universidade Norte do Paraná
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 (
Cristiane Pereira pedrosa Anacleto
) (
Projeto de Alfabtetização e Letramento na educação infantil
 nos anos iniciais
)
Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade
Querência MT
2021
 (
Cristiane Pereira Pedrosa Anacleto
)
 (
Projeto de Alfabetização e letramento na educação infantil
 nos anos iniciais
)
 (
[Projeto Educativo apresentado à Uno par Universidade Norte do Paraná]
,
 como requisito parcial à conclusão do Curso de 
[Licenciatura
 
em pedagogia
].
 Docente
 superviso Prof.ª
[Jacqueline Rodrigues Carvalho Grade
] 
)
 (
Querência 
MT
2021
)
INTRODUÇÃO 
Este presente projeto está relacionado ao processo de alfabetização e letramento da criança quando conclui a pré-escola e ingressa no ensino fundamental, surgiu em algumas discussões realizadas em sala de aula, no curso de Pedagogia. Tais reflexões levou-me a pensar que ainda existem muitas dúvidas em relação à implementação do ensino fundamental com a duração de nove anos. Segundo Coraggio (1998), para adequar-se às expectativas dessa nova legislação, as reformas educacionais e curriculares devem caminhar no sentido de preparar crianças e jovens para cidadania. Para tanto, torna-se necessário proporcionar-lhes conhecimentos a fim de que possam participar e usufruir dos bens e serviços da sociedade atual, integrando-se também no processo produtivo que demanda uma mão-de-obra cada vez mais qualificada. Neste sentido, almeja-se compreender através desta pesquisa, quais as principais dificuldades das crianças do Ensino Fundamental para assimilarem a aprendizagem na leitura e na escrita, as causas dessas dificuldades e analisar os efeitos das intervenções pedagógicas para a resolução do problema. Essas discussões que envolvem tais dificuldades de aprendizagem não é algo novo. Há muitos anos já se houve falar em dificuldades na leitura e na escrita pelas crianças dos anos iniciais. Entretanto, nas últimas décadas os problemas vêm se agravando, gradativamente, principalmente no que se refere à área da alfabetização, o que aponta para a necessidade de uma preocupação maior a respeito do que se aprende, e não do que se ensina. As dificuldades de aprendizagem envolvem alunos comuns, ou seja, aparentemente sem danos de natureza médica ou psicológica que necessitam de práticas educativas especiais. Apresentam dificuldades de aprendizagem crianças que não rendem de acordo com o seu nível escolar em uma ou mais áreas, dentre elas as seguintes: expressão oral, compreensão oral, expressão escrita com ortografia adequada, habilidade básica de leitura, compreensão da leitura. Portanto, para a alfabetização avançar em qualquer escola, é necessário que esta ofereça condições e estruturas não só na prática pedagógica, mas no geral, já que é um direito de todos garantido por lei (ECA) como: espaço adequado, atrativo, lúdico, etc., tornando o ensino com qualidade e sucesso no decorrer de seu desenvolvimento. Entende-se que a escola é responsável para a promoção da aprendizagem, uma vez que esse processo é o caminho que a criança deverá percorrer para compreender as características, o valor e a função da escrita, desde que essa se constitua no objeto da sua atenção, por conseguinte, do seu conhecimento, pois se trata do seu campo educacional.
OBJETIVOS GERAIS
 
● Analisar a prática do professor mediante o seu trabalho de alfabetização e letramento nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Compreender a alfabetização como um processo em que devem ser respeitados o ritmo, as descobertas e as características individuais, possibilitando ao indivíduo a apropriação do ato de ler e escrever. Contribuir no processo de alfabetização e letramento dos alunos através de atividades lúdicas, que alimentem imaginário e contribuam para o desenvolvimento da leitura e escrita; 
 OBJETIVO ESPECÍFICO
 
● Oferecer aos alunos oportunidade diversas de ouvir com frequência a leitura de textos, Incentivar o aluno ao prazer da leitura, proporcionar possibilidades de compreensão com o mundo da escrita, proporcionar um ambiente escolar com inúmeras interações com a língua escrita, organizar ideias do texto, passando da forma oral para escrita;
 ● Compreender unidades fonoaudiologias, conhecer o alfabeto, aprender conceito de fonema, estabelecer relação entre grafemas e fonemas, despertar a criatividade e imaginação, Vivenciar a cultura local, compreender o desenvolvimento de linguagem como fonte para o processo de Alfabetização. Aprimorar a leitura e a escrita, de modo a dominar uma interpretação e produzir texto;
● Utilização de uma aula de aula de textos variados, oriundos de fontes diversificadas. Trabalhar em produção de texto de gêneros variados focalizando uma comunicação comunicativa, desenvolvendo atividades de conto e reconto dramatização, Trabalhar com a organização/estruturação conceitual de alguns gêneros textuais, realizar atividades baseadas na análise linguística de textos escolhidos. Conduzir o aluno a pensar o seu texto como forma de comunicação.
PROBLEMATIZAÇÃO
No decorrer do curso de Pedagogia eu como acadêmica percebi que o maior problema de aprendizagem dos anos iniciais do ensino fundamental, estava centrado na dificuldade do processo de alfabetização, principalmente nas atividades de leitura e escrita. Observei também, os problemas de repetência dos alunos, e a dificuldade deles em acompanhar o processo de aprendizagem, que agravam ainda mais a falta de interesse pela a leitura e a escrita, devido à defasagem idade-série. Portanto, este projeto propôs-se a compreender as dificuldades manifestadas pelos alunos no processo de alfabetização em relação à leitura e à escrita, com um estudo na classe de aceleração. A formação do professor e seu conhecimento educacional nesse processo de aprendizagem são essenciais para que se concretize sua função de educador. O futuro professor deve preparar-se para exercer as suas funções de avaliador, não estando despreparado para enfrentar seus problemas diários em seu trabalho pedagógico (MOREIRA, 1994).
REFERENCIAL TEÓRICO
. Assim compreende-se a importância de estudá-los profundamente, através de teóricos como Magda Soares (1998), a qual afirma que o Brasil despertou para o fenômeno do Letramento a partir do momento em que percebeu que o problema do analfabetismo, não é apenas ensinar a ler e escrever, mas sim, proporcionar as crianças e adultos que façam uso da leitura e da escrita, envolvendo-se em práticas sociais. Soares (2003) ao conceituar os dois processos nos diz que, enquanto alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, letrar significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e escrita. Uma criança alfabetizada sabe ler e escrever; já uma criança letrada tem o hábito, e as habilidades, e até mesmo o prazer de leitura e de escrita de diferentes gêneros de textos, em diferentes suportes ou portadores, em diferentes contextos e circunstâncias. Tfouni (2010), mostra que enquanto a Alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o Letramento focaliza os aspectos sócio históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade. Kleiman (2005), enfatiza ainda que a Alfabetização tem características especificas diferentes das do Letramento, mas é parte integrante dele, como prática escolar ela é essencial: todos, crianças jovens ou adultos precisam ser alfabetizados para poder participar, de forma autônoma, das muitas práticas de Letramento das diferentes instituições. Portanto, as autores mostram esses processos como diferentes, mas enfatizam a integração de ambos como processos interligados, trazendo a importância de se alfabetizar letrando, para assim, adquirir uma prática educativa satisfatória. Dentro dessa discussão, considero interessante apresentar alguns dados referentes a uma pesquisa sobre Alfabetização e Letramento, feita pelo Instituto Paulo Montenegro, referenteao Indicador de Alfabetismo Funcional – INAF (2016). Nesta pesquisa constatou-se que em todas as regiões brasileiras tem como resultados os seguintes percentuais, 27% das pessoas pesquisadas foram classificadas como analfabetas funcionais, que inclui (Analfabeto e Rudimentar) sendo apenas 4% correspondente ao grupo de pessoas consideradas analfabetas, já que não conseguem realizar tarefas simples que envolvam leitura de palavras e frases, e 73% da população investigada, são pessoas classificadas como alfabetizadas funcionalmente, que inclui (Elementar Intermediário e Proficiente), onde apenas 8% dos respondentes estão no último grupo de alfabetismo Proficiente, revelando domínio de habilidades que praticamente não mais impõem restrições para compreender e interpretar textos em situações usuais e resolvem problemas envolvendo múltiplas etapas, operações e informações. Esses índices são de pessoas acima de 15 anos, que são frutos de um processo de escolarização que não consegue alfabetizar de maneira satisfatória. Ou seja, um percentual muito baixo da população brasileira tem pleno domínio da leitura e da escrita. O papel da escola neste contexto educacional não é uma simples aprendizagem mecânica, de codificar e decodificar os códigos de linguagem, vai além do ler e escrever, por isso a importância de se alfabetizar letrando, trazendo a criança para o processo de Alfabetização através de vários gêneros textuais, através da leitura da palavra e do mundo. Na década de 1980 surgiu no Brasil o termo Letramento, uma versão da palavra da língua inglesa literacy, um termo até então pouco conhecido e estudado por teóricos e pesquisadores brasileiros. Na época, as primeiras divulgações da expressão Letramento foram nos livros. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística da autora Mary Kato (1986) e Adultos não alfabetizados: o avesso do avesso tendo como a autora Leda Verdiani Tfouni (1988). A partir de então tornou-se mais conhecido o Letramento e passou a ser estudado por alguns teóricos que discutem os processos de aprendizagem da leitura e da escrita. Entende-se que “o Letramento por sua vez, focaliza os aspectos sócio históricos da aquisição da escrita, desse modo, o Letramento tem por objetivo investigar não somente quem é alfabetizado, mas também quem não é alfabetizado, e, nesse sentido, desliga-se de verificar o indivíduo e centraliza-se no social” Tfouni (2010, p.12) Com o reconhecido do Letramento no Brasil em meados dos anos de 1980, houve uma adesão por parte de educadores e até mesmo no próprio ambiente acadêmico em utilizar esse termo, e adaptá-lo às suas práticas pedagógicas. Diante disso Soares (2016) conceitua como Letramento, O Letramento surgiu então no contexto da Alfabetização, para o complemento desta prática no seu processo educacional, propondo reflexões sobre as práticas e usos da leitura e da escrita. Porém, ele começa antes do processo de Alfabetização, pois a criança já nasce em uma sociedade letrada e desde cedo, mesmo sem saber ler e escrever vão conhecendo e se familiarizando com as práticas de leitura e escrita no seu meio social e cultural, familiarizando-se com a leitura de mundo. Moratatti (2004) nos mostra que, Portanto, Alfabetização e Letramento são práticas educacionais que devem ser trabalhados de maneira conjunta e equilibrada. É importante salientar também que são processos distintos, mas não indissociáveis, pois entende-se que “Alfabetização nomeia aquele que apenas aprendeu a ler e a escrever, e o Letramento aquele que adquiriu o estado ou a condição de quem se apropriou da leitura e da escrita, incorporando as práticas sócias que a demandam” (SOARES, 2016, p.19). O Letramento é uma prática que vai além dos muros da escola, ou do âmbito escolar, podemos perceber que se trata de aprendizados que pode acontecer no ambiente escolar, no entanto, está associado a diversas práticas sociais, em que há a necessidade de fazer uso desses aprendizados, para viver plenamente em sociedade. Com isso, todo e qualquer indivíduo já é introduzido ao Letramento desde o nascimento, pois essas habilidades são passadas instantaneamente através do seu meio social e cultural, por isso, a importância de o ambiente escolar compreender que o educando já entra no seu processo de escolarização trazendo a leitura de mundo (Letramento). Daí a importância de valorizá-la e utilizá-la no processo de ensino/aprendizagem. Conforme afirma Soares (2016): Não obstante, apenas a codificação e decodificação da linguagem escrita no sistema educacional, não é mais suficiente para atender as demandas sociais. O indivíduo precisa de uma compreensão maior, no que se refere fazer o uso da escrita e da leitura na sociedade, com isso deve incorporar de fato na educação uma Alfabetização crítica, como cita Paulo Freire (1987, p.36) “Não basta saber ler, Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho”. Essa reflexão de Freire já nos aproxima do que hoje conceituamos como Letramento. Portanto, o sistema educacional deve reconhecer que através da educação (Alfabetização e Letramento), o indivíduo poderá refletir e intervir nos seus contextos de atuação. O processo de Alfabetização vai muito além da sala de aula, não é apenas o saber ler e escrever, é necessário fazer o uso significativo da leitura e da escrita (Letramento), despertar nos educandos uma consciência crítica e autônoma, para que eles tenham possibilidade de intervir em questões, sociais, políticas e culturais da sociedade. Sendo assim tanto a escola quanto o professor e alunos, precisam caminhar juntos no acompanhamento dessas informações. Diante desse panorama, gestores e principalmente professores assumem um papel fundamental no sentido de favorecer o ensino colaborativo no qual seja atribuído também ao aluno autonomia no processo de aprendizagem. Um educador consciente de seu papel no processo de alfabetização realiza um trabalho de ação pedagógica que enfoca o desenvolvimento e a construção da linguagem. Segundo Luiz Carlos Cagliari “de tudo o que a escola pode oferecer aos alunos é a leitura, sem dúvida, o melhor, a grande herança da educação”. (Cagliari, 2009, p.160) Paulo Freire destaca que a atividade de leitura/ escrita deve ter como base a leitura do mundo feita pelo educando e não apenas uma transmissão de conhecimentos. Portanto, é necessário que esta atividade de leitura e escrita seja dinâmica e realizada com a integração do sujeito no seu mundo social. Ele atribui à alfabetização a capacidade de levar o analfabeto a organizar reflexivamente seu pensamento, desenvolver a consciência crítica, introduzi-lo num processo real de democratização da cultura e de libertação. (Freire, 2000, p.25). É possível também notarmos, no dia a dia, quantas pessoas, embora alfabetizadas, sentem profunda dificuldade em expressar-se de forma escrita. Da mesma maneira há pessoas não tiveram oportunidade de adquirir a prática da leitura e escrita, porém demonstram grande facilidade em expressar-se. É sabido, portanto, que o letramento ocorre sempre na formação de todo ser humano, tenha ele frequentado uma escola ou não. É comum que as pessoas associem o letramento à escolarização, mas as pessoas analfabetas poderão ser letradas. O processo de alfabetização comporta a aprendizagem coletiva e simultânea dos rendimentos da leitura e da escrita. Entretanto, a leitura e a escrita no passado eram concebidas como aprendizagem individual e distinta. Somente as crianças cujos pais pudessem custear um preceptor eram iniciadas na arte de traçar as letras no papel, e isso, depois de longos anos de aprendizagem da leitura. Existiam os mestres especializado, uns que ensinavam a ler e outros que ensinavam a escrever e a contar. Nas classes que o mestre ensinava as três habilidades, o ensino era individualizado (BARBOSA, 1990). Dessa forma, é importante que as práticas alfabetizadoras sejam significativas para os educandos (as) no seu processo de aprendizagem,e as metodologias escolhidas pelo alfabetizador são fundamentais para que a Alfabetização aconteça de maneira satisfatória. A escolarização se dá quando foi possível o acesso à escola, já o letramento ocorre a partir das necessidades e experiências vivenciais do dia-a-dia. Há, assim, uma diferença entre saber ler e escrever, ser alfabetizado, e viver na condição ou estado de quem sabe ler e escrever, ser letrado. (Soares – 1999, p.36). Assim, conforme mostra Santos e Albuquerque (2007). Com isso, uma educação visa a emancipação e libertação dos sujeitos, que conscientize estes a pensar, criticar, lutar por uma sociedade igualitária para todos, possibilitando a esses indivíduos a se tornarem cidadãos do mundo, no mundo. Não obstante, conforme trazem as autoras Santos e Albuquerque, alfabetizar na perspectiva no Letramento é, portanto, “oportunizar situações de aprendizagem da língua escrita nas quais o aprendiz tenha acesso aos textos e a situações de uso deles, mas que seja levado a construir a compreensão acerca do sistema de escrita alfabética” (SANTOS E ALBUQUERQUE, 2007, p.98). A escola deve instrumentalizar seus alunos através de trabalhos de leituras que vão além do trabalho mecânico de decodificação de letra por letra, palavra por palavra. (BRASÍL. MEC, 2007). O trabalho da escola com a leitura deve fazer sentido para o aluno, isto é, a atividade de leitura deve responder, do seu ponto de vista, a objetivos de realização imediata. Trata-se de uma prática social complexa, a escola deve preservar sua natureza e sua complexidade, sem descaracterizá-la. (BRASÍL. MEC, 2001) Portanto, compreende-se que os métodos de alfabetização é o caminho que será conduzido o trabalho de ensino aprendizagem, como se viu é necessário ter cautela, pois dependendo da maneira que ele é encaminhado pode fazer o inverso de um ensino significativo, que torna a criança crítica e reflexiva, e não apenas, um ensino mecânico, onde o indivíduo reproduz o aprendizado. Assim, consideram-se as crianças como seres que a partir da interação e estimulação constroem seu conhecimento, assim o professor precisa apresentar significado ao que ensina para os alunos. Então, as práticas devem ser prazerosas e o professor deve transmitir confiança, e o método deve ser adequado, atendendo as especificidades de cada turma. Foi tratada neste trabalho a importância de alfabetizar letramento, o quanto é essencial oferecer o ensino com textos que fazem parte do contexto das crianças para favorecer assim o aprendizado além de incentivar o uso da leitura e da escrita nas práticas sociais. O professor precisa escolher a maneira adequada de conduzir o trabalho no processo de alfabetização. Ele deve ser observador, incentivar a criança a expressar-se, sem represarias e castigos, propondo atividades prazerosas, que façam parte do contexto em que a criança está inserida, estimulando assim um diálogo entre sujeito e conhecimento, numa ação conjunta na construção do conhecimento.
MÉTODO
 Iremos trabalhar da seguinte forma, leitura e escrita com ajuda de um variado material, painel de sílabas; tabuleiro de figuras/sílabas/palavras; bingo de sílabas/figura/palavras; dominó de sílabas/figuras/palavras; baralhinho de sílabas/palavras; varal de leitura; bolsinha de sílabas; caça-palavras; fichas de leituras de frases, livrinho das sílabas, montagem de palavras, entre outros métodos todos praticados e vivenciados com a mediação do professor. Também com Soletração: baseando-se na associação de estímulos visuais e auditivos, valendo-se apenas da memorização como recurso didático, cujo objetivo é ensinar a combinatória de letras e sons. Parte do ensino das letras, mostrando em seguida que, quando estas se juntam, representam sons, as sílabas, que, por sua vez, formam palavras. Nesse método, o aprendizado da leitura como compreensão fica para um segundo plano. Silabação: consiste em apresentar, primeiro, as vogais e os ditongos, depois as famílias silábicas, começando pelas consoantes cujo som é sempre o mesmo (v, p, b, f, d, t), passando em seguida para aquelas que apresentam dificuldades ortográficas. Nesse método, tal como na soletração, a compreensão da leitura vem depois da aprendizagem do processo de decodificação. Será trabalhado também em conjunto o Método fônico: ênfase em ensinar a decodificar os sons da língua, na leitura, e a codificá-los, na escrita. O professor dirige a atenção da criança para a dimensão sonora da língua para que ela perceba que as palavras, além de terem mais de um significado, são formadas por sons. Alguns desses métodos adiam o ensino do nome das letras até que a criança tenha dominado as relações letras-fonemas para que ela focalize primeiro o som da letra e só depois o seu nome. Quanto aos métodos analíticos, poderão ser trabalhados parte das unidades significativas da linguagem – palavras, frases ou pequenos textos, para depois chegar à análise das partes menores que as constituem - sílabas e letras. Vai ser aplicado também Método dos contos: consiste em iniciar o ensino da leitura a partir de pequenas histórias adaptadas ou elaboradas pelo professor, buscando explorar o prazer da criança em ouvir histórias e, assim, introduzi-la ao conhecimento de base alfabética. Depois, o texto é desmembrado em frases que a criança aprende a reconhecer globalmente e repeti-la; em seguida, aprende a reconhecer certas palavras, as quais são posteriormente divididas em sílabas; e, por fim, a composição de novas palavras com as sílabas estudadas. Essas são as etapas a serem seguidas na adoção desse método. Baseando se no Método da palavração: propõe o ensino das primeiras letras a partir de uma palavra-chave destacada de uma frase ou texto; essa palavra é desmembrada em sílabas, as quais são recombinadas para formar novas palavras.
CRONOGRAMA
O projeto será desenvolvido em 8 aulas, podendo ser ampliado para mais dias.
Cronograma de Atividades
	Dias de duração
	Atividades
	Carga horária
1:00 hora
	Primeiro dia 
	Acolher as crianças para dar início ao projeto apresentado no planejamento 
	
	
	Apresentação de livros didáticos e paradidáticos.
	
	Segundo dia 
	Acolhida
	30 min
	
	Conhecer o alfabeto
	40 min
	
	Confecção de caderno de alfabetização 
	40 min
	
	Conhecendo alfabeto silábico
	40 min
	
	
	
	Terceiro dia
	Acolhida
	30 min
	
	Formando palavras
	40 min
	
	Construindo texto com palavras
	1h
	
	Ler em voz alta, com fluência, em diferentes situações
	30min
	Quarto dia 
	Acolhida
	30 min
	
	Expressando sentimento através da leitura
	30min
	
	Escrever seu próprio nome;
	30min
	
	Reconhecer, e identificar as letras do alfabeto
	30min
	Quinto dia
	Acolhida
	30 min
	
	Trabalhando escrita 
	40 min
	
	Construção de mural de história infantis
	50 min
	
	Aprender conceito de fonema,
	40 mim
	
	
	
	
 Sexto dia 
	Acolhida
	30 min
	
	Apresentação da massinha de modelar
	30min
	
	Confecção da massinha de modelar
	40min
	
	Trabalhando letras com massinha de modelar
	40min
	
 Sétimo dia
	Acolhida
	30min
	
	Conhecendo a ordem alfabética e seu uso
	40 min
	
	Alfabetização com música 
	40 min
	
	Alfabetizando com jogos
	40 min
	 Oitavo dia
	Acolhida
	
	
	Exposição e apreciação das atividades
	
	
	 
 Culminância: Apresentar em mural de fotos das crianças em cada atividade.
	 
 30min
	 Total
	Aproximadamente
	 15:30 horas
RECURSOS
● Livros literários e informativos, fantoches, malas de histórias, álbuns de figurinhas, cartazes, desenhos, filmes, folders, gráficos, revistas de histórias em quadrinhos, ilustrações, jornais, quadro de giz, revistas, televisão, vários gêneros textuais, varal didático, etc.
●Livros didáticos e paradidáticos
● contos, fábulas, letras de músicas...;
● Textos diversos; Alfabeto móvel;  Atividades impressas;
● Atividades fotocopiadas, caderno de anotações;
● Aparelhos áudio- visuais (som, TV e DVD, projetor de imagem, not book, caixa de som, microfone...);
● Material de expediente (Cola, tesoura, fita gomada, durex, lápis piloto, quadro branco, TNT, E.V.A, etc.);
● Cartazes (cartolinas, lápis de cor, giz de cera, folha sulfite, massinha de modelar)
AVALIAÇÃO
Avaliação será diagnóstica e processual, para que as professores possam rearticular sua prática de acordo com as necessidades de cada turma. A avaliação pode ser feita através do entendimento do aluno sobre o assunto, o desenvolvimento em cima dos temas propostos e da execução das atividades. Esse processo de avaliação também servirá para que o professor analise o grau de leitura, escrita e oralidade dos alunos. Serão observados os seguintes aspectos: participação, interesse, desempenho, engajamento e colaboração. Optamos por um trabalho avaliativo que ocorra de forma contínua durante todo o desenvolvimento das atividades grupais e individuais, através das quais poderemos observar o nível de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos individualmente e coletivamente. Observaremos pontos tais como: o desenvolvimento e o relacionamento nas atividades desenvolvidas diariamente em sala de aula como também fora de sala. Por tanto desenvolveremos a avaliação respeitando as etapas de desenvolvimento do projeto: → Atividades lúdicas, dinâmicas, contextualizadas e que possibilite o desenvolvimento lógico do aluno - Observação e anotações do desenvolvimento (individual e coletivo) da aprendizagem dos alunos - Atividades escritas de interpretação, leitura e escrita (diariamente/cumulativas) - Atividades orais. 
REFERÊNCIAS
FERREIRO, Emília. Com Todas as Letras. São Paulo: Cortez, 1999. vol. 2.
FERREIRO, Emília. Alfabetização em Processo. São Paulo: Cortez, 1996. 
SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2008
SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 6 ed. São Paulo: Contexto, 2011.
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. Tradução Horácio Gonzalez (et. al.). 24 ed. São Paulo: Cortez. 1995
FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Artmed,1985. 
SOARES, Magda. Letramento: um tema e três gêneros. Belo Horizonte: Autentica, 1998.
MOREIRA, Antônio Flavio. CONHECIMENTO EDUCACIONAL E FORMAÇÃO DO PROFESSOR. Campinas. 
STREET, Brian. Letramentos sociais: abordagens críticas do letramento no desenvolvimento, na etnografia e na educação. São Paulo: Parábola, 2014.
TFOUNI, Leda Verdiani. Letramento e alfabetização. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1997,
104 p. WAGNER, Danel; VENEZKY, R. Street, B. Literacy: an Internacional handbook. Westview Press, 1999.
SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação, n. 25, p. 5-17, jan./fev./mar./abr. 2004.
SMOLKA, Ana L. B. A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como um processo discursivo. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1989, 135p.
SOARES, Magda. A escolarização da literatura infanto-juvenil. In: EVANGELISTA, Aracy A. M.; BRANDÃO, Heliana M. B.; MACHADO, Maria Z. (Orgs.). A escolarização da leitura literária. 2. ed., 3. Reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2011, p. 17-48.
SOARES, Magda. A reinvenção da alfabetização. Presença Pedagógica, Belo Horizonte, v. 9, n. 52, p. 1-21, jul./ago. 2003c.
MORTATTI, Maria do Rosário Longo. História dos métodos de alfabetização no Brasil. 2006. Disponível em: http://www.idadecerta.seduc.ce.gov.br/download/encontro _paic_24_2602_2010/historias_dos_metodos_de_alfabetizacao_brasil_pdf. Acesso em 21/05/2010.
KLEIMAN, A. B. Apresentação. In. KLEIMAN, A. B. (org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social. Campinas, SP: Mercado das letras, 1995, p. 9-10.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 23 ed. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989
ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correa de. Conceituando alfabetização e letramento. In: SANTOS, Carmi Ferraz; MENDONÇA, Marcia (org.). Alfabetização e letramento: conceitos e relações. 1.ed. 1. Reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 11-21.
Vygotsky, L. - A formação social da mente. SP, Martins Fontes, 1987.
Vygotsky, L. - Pensamento e linguagem. SP, Martins Fontes, 1988.
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Básica (SEB).
Pró-Letramento: Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental – alfabetização e linguagem. Ed rev. e ampla. Incluindo Saeb/Prova Brasil Matriz de Referência/Secretaria de Educação Básica – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
KATO, Mary. Aquisição da escrita e métodos de alfabetização. São Paulo: Revista: Nova Escola, 1984.

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