Buscar

livro mackenzie Unidade 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 141 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 141 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 141 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

(
7
)CIÊNCIAS
2o Semestre
Exemplar do Professor
Ensino Fundamental II
Organizador: Mackenzie
Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pelo Mackenzie
 (
ANO
)
Mackenzie Educacional
VOLUME
179
Elaboração de originais Alessandra Souza Santos Beatriz Mais Souza
Lia Chaer
Direção editorial
Débora Bueno Muniz Oliveira
Coordenação editorial e pedagógica
Mônica Cotrin Huertas Noemih Sá Oliveira
Edição de texto e revisão pedagógica
Alessandra Souza Santos Bianca Alsina Moreira Patricia Giampaoli
Simei Martins Lima Sales
Conselho editorial André Henrique Fernandes Scordamaglio
Filipe Costa Fontes Mauro Fernando Meister
Projeto gráfico
Arte Ação
Edição de arte
Tiago Alves Tepassé
Diagramação e arte-final
Arte Ação
Imagens de capa
Shutterstock.com
Ilustração de capa
Mariana Coan
Ilustrações de miolo
Estúdio Felix Reiners Ltda.
Pesquisa iconográfica
Tiago Alves Tepassé
Revisão
Eliete Macruz
 (
S237v
Santos,
 
Alessandra
 
Souza.
Viver
 
:
 
conhecimento
 
e
 
sabedoria
 
:
 
Ensino
 
fundamental
 
II
 
:
 
Ciências
 
–
 
7
o 
ano : 2
o 
semestre : Exemplar do Professor / Alessandra Souza Santos,
 
Beatriz Mais Souza, Lia Chaer ; organizador: Instituto 
Presbiteriano
 
Mackenzie.
 
–
 
São
 
Paulo
 
:
 
Ed.
 
Mackenzie,
 
2016.
296
 
p.
 
:
 
il.
 
;
 
28
 
cm.
 
–
 
(Sistema
 
Mackenzie
 
de
 
Ensino
 
;
 
v.
 
179)
Obra
 
coletiva
 
concebida,
 
desenvolvida
 
e
 
produzida
 
pelo
 
Mackenzie.
 
ISBN
 
978-85-8293-492-0
1.
 
Ensino
 
Fundamental
 
–
 
7
o
 
ano.
 
2.
 
Ciências.
 
I.
 
Souza,
 
Beatriz
 
Mais.
II.
 
Chaer,
 
Lia.
 
III.
 
Instituto
 
Presbiteriano
 
Mackenzie.
 
IV.
 
Título.
 
V.
 
Série.
CDD
 
372.3
)Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
A equipe do Mackenzie Educacional empenha-se para apresentar este material em conformidade com os mais altos padrões acadêmicos e editoriais. Em caso de dúvidas conceituais e questões relativas a tipografia e edição, a equipe encontra-se à disposição para a verificação e posterior correção do que for validado. Solicitamos que todos os apontamentos relativos a estes casos sejam enviados ao ME por e-mail (mackenzie.educacional@mackenzie.br) ou por carta endereçada ao Mackenzie Educacional – Dúvidas, Rua Itacolomi, 412, Higienópolis, São Paulo, SP. O Mackenzie Educacional não se responsabiliza pelo uso não autorizado desta publicação e se isenta de qualquer uso indevido do material didático, que desrespeite a legislação pertinente.
Produção, impressão, acabamento e distribuição
Rua da Consolação, 896 – Consolação São Paulo – SP
CEP 01302-907
Todos os direitos reservados ao Mackenzie.
Proibida a reprodução parcial ou total, inclusive de ilustrações e fotos.
 (
Prefácio
)“Se você olhar a natureza profundamente, você conseguirá ver todo o resto muito melhor.”
Albert Eistein, cientista alemão
 (
A
)primeira página de um livro tem um nome especial: é a capa. Em um livro, todas as páginas são pensadas para dialogar com você. Isso significa que
até a capa já lhe traz informações. Observe:
Vamos acompanhar você durante todo o Fundamental II. Esse é o segundo ano da coleção para esse segmento.
Você já percebeu que faz parte de um mundo preparado para abrigar a vida: é um mundo com água, com ar, com solo, com energia, e tantos
 		outros elementos. Mas e a vida que todos elementos favorecem? Será que é só a sua vida? Nesse livro você investigará as várias formas de vida que existem em nosso planeta e será levado a pensar como cada uma delas também favorece a existência de vida como um todo.
 (
4
)
 (
3
)
Essa coleção foi criada na defesa do desenvolvimento de quatro saberes: Ser
Fazer Conhecer e Conviver.
Com esses saberes acreditamos que uma pessoa consegue conciliar
conhecimento e sabedoria em sua vida.
Aqui você pode ver quem somos: a Equipe ME.
 (
Organização
 
do
 
livro
)
Um livro tem uma forma de ser organizado. Conhecer essa organização lhe ajudará a lê-lo melhor! Nesse livro que você tem em mãos...
Nosso tema geral será dividido em quatro subtemas relacionados: eles corresponderão às quatro unidades.
O tema de cada unidade será dividido em três assuntos específicos: um para cada capítulo.
No capítulo, conforme formos abordando o tema, você entrará em contato com vários conceitos específicos da disciplina que lhe ajudarão a pensar nesse tema.
Sempre que você for apresentado a um conceito, haverá algumas questões para que você possa observá-lo ou colocá-lo em prática. Essas questões podem vir em forma de box ou seções. O box aparece em qualquer lugar de uma página. A seção sempre ocupa uma ou mais páginas inteiras. Elas são caracterizadas por uma tarja colorida no alto da página.
Você terá boxes ao longo do livro que lhe convidarão a pensar no tema em discus- são no capítulo:
 (
PESQUISA
)	 (
Dica
)	 (
Saiba
 
mais
)
Fazendo pesquisas.
 (
Glossário
)
Explicando as palavras novas relacionadas aos conteúdos.
Vendo filmes, lendo livros ou visitando sites.
 (
Vamos
 
fazer
)
Exercitando ou dando sua opinião sobre o conteúdo estudado.
Inteirando-se de curiosidades.
 (
Para
 
lembrar!
)
Relembrando conceitos.
 (
Experiência
)	 (
Agora
 
reflita:
)
Fazendo experiências.	Refletindo.
E terá também seções que discutirão como o tema em estudo…
... é registrado.
... tem a ver com o cotidiano.
... ajuda a estudar cientificamente o mundo.
... se relaciona com a arte.
Por fim, quando aca- bar uma unidade, você sempre terá um resumo de to- dos os conceitos que aprendeu em uma seção assim:
Como será um resumo que você só terá depois de responder às questões, essa seção recebeu o nome de Saber em Ação.
Mas, além de um resumo dos conceitos, você pre- cisa chegar a uma con- clusão sobre o tema, não é mesmo? Por isso, você terá um momento para refletir sobre tudo o que aprendeu e registrar as conclusões a que chegou.
Faremos isso na seção Refletindo.
E se você precisar de materiais complementares durante a discussão dessas ideias, alguns deles estão disponíveis no fim de seu livro, no Material de Apoio.
Agora, o que nós lhe desejamos é uma boa jornada de estudo!
Equipe ME
 (
Sumário
)
Unidade 3 Os invertebrados, os peixes
e os anfíbios
Captulo 1
Invertebrados: na terra, na água ou parasitas
Os invertebrados	11
Poríferos	11
Reprodução	13
Função ecológica e utilidades	13
Cnidários	15
Reprodução	17
Função ecológica	19
Platelmintos	21
Planárias	22
Tênias	22
Esquistossomos	25
Nematelmintos	26
Ancilóstomos	27
Lombrigas	28
Oxiúros	28
Filárias	29
Anelídeos	30
Minhocas	31
Poliquetas	32
Hirudíneos	33
Moluscos	34
Gastrópodes	35
Cefalópodes	36
Lamelibrânquios	38
Equinodermos	40
Ciência em ação: Sanguessugas
terapêuticas	44
Vendo um mundo melhor: Mariscos e
ostras como fonte de renda sustentável	46
Como evitar as verminoses	48
Ciência e arte: Jeca Tatu e
as verminoses da época	50
Captulo z
Reino animal – Invertebrados II
Artrópodes	52
Insetos	53
Características de um inseto	54
Reprodução	56
Aracnídeos	59
Escorpiões	60
Aranhas	61
Ácaros	63
Crustáceos	65
Reprodução	66
Miriápodes	68
Reprodução	69
Função ecológica e utilidades dos artrópodes	71
Ciência em ação: As drosófilas e
os avanços da genética	77
Ciência e cotidiano: Ácaros, alergias e
acne	79
Captulo 3
Cordados I
Protocordados	80
Vendo um mundo melhor: Ascídias que comem seus próprios cérebros	83
Vertebrados	84
Os peixes	85
Ciclóstomos: os peixes mais simples	85
Chondrichthyes: peixes
cartilaginosos	86
Osteichthyes: peixes ósseos	89
Anfíbios	96
Respiração	96
Reprodução	97
A diversidade dos anfíbios	97
Ciência e cotidiano: A piracema	103
Ciência em ação: Anfíbios e bromélias	105
Saber em ação	106
Refletindo	115
Unidade 4 Os vertebrados e a vida no meio terrestre
Captulo 1
Reino Animal – Cordados II
Répteis	119
A pele e a respiração dos répteis	119
Reprodução e excreção dos répteis	120
A variedade dos répteis	122
Quelônios	124
Escamados	125
Crocodilianos	128
Ciência em ação: Você sabe como é produzido o soro antiofídico?	131
Aves	133
Algumas características
relacionadas ao voo	135Bicos, pés e alimentação:
relacionados com o ambiente	139
A respiração e a circulação das aves	144
A reprodução das aves	145
Ciência e cotidiano: A biopirataria e
o perigo da extinção de espécies	149
Ciência e arte: Passaredo	152
Captulo z
Reino Animal –Mamíferos
A diversidade dos mamíferos	155
Monotremados e Marsupiais	155
Placentários	157
A diversidade dos placentários	158
Quirópteros	161
Outros placentários	162
Vendo um mundo melhor: Peixes-bois
em perigo	166
Glândulas mamárias, sudoríparas e
sebáceas	167
Ciência e cotidiano: Mamíferos:
o cuidado com os filhotes	169
Funções vitais e percepção do ambiente . 170
A respiração dos mamíferos	170
A alimentação dos mamíferos	171
Mamíferos herbívoros	171
Mamíferos carnívoros	173
Mamíferos onívoros	173
Os sentidos e a vida biológica dos mamíferos	175
Quem comanda o corpo?	176
Ciência em ação: Vítimas de derrame são tratadas com saliva de morcego na
Grã-Bretanha	181
Captulo 3
Relações entre os seres humanos e outros seres vivos
Seres humanos e plantas	183
As plantas na nossa alimentação	184
A importância dos cereais	184
A importância das verduras e
dos legumes	184
A importância das frutas	184
As plantas medicinais	186
As plantas também podem
ser tóxicas	188
As plantas e seus usos	191
As plantas na indústria de
cosméticos	191
As plantas e os ambientes urbanos	191
Vendo um mundo melhor: A importância da Política Nacional de Plantas Medicinais
e Práticas Complementares	193
Ciência e cotidiano: Cuidado com
as plantas venenosas	195
Seres humanos e animais	197
Acidentes com animais	198
Acidentes com peixes	198
Acidentes com aranhas	199
Ciência em ação: Você sabe como
se produz o soro antiaracnídico?	204
Saber em ação	206
Refletindo	210
Material de Apoio	217
 (
3
) (
Os
 
invertebrados,
 
os peixes e os
 
anfíbios
) (
8
)IMAGENS: SHUTTERSTOCK.COM MONTAGEM: ADRIANO AGUINA
Unidade
“O belo é uma manifestação de leis secretas da natureza, que, se não se revelassem a nós por meio do belo, permaneceriam eternamente ocultas.”
Goethe, escritor
 (
O
)Reino Animal desperta muito o nos- so interesse. Quem não gosta de saber como vivem os bichos, de que se alimen- tam ou como se reproduzem? Quem nunca parou para pensar quantos deles existem e quais os mais numerosos? Nesta Unida- de algumas dessas perguntas começarão a ser respondidas, e você perceberá a beleza que existe em cada forma de vida e como
é importante a sua preservação.
Você sabe dizer qual é o grupo de animais que apresenta a maior va- riedade de espécies?
Qual desses grupos de animais você acredita que exista em maior nú- mero no planeta? Por quê?
Em sua opinião, com quais desses animais os seres humanos estão em contato com mais frequência?
Com certeza você conhece muitos vertebrados e sabe como eles se defendem de predadores. Mas e os invertebrados? Você sabia que eles também possuem mecanismos de defesa supereficientes?
9
 (
100
)
 (
101
)
Capítulo
1
Inverterados: na terra, na ua ou parasitas
Além dos seres vivos que fazem parte do Reino Monera, do Reino Protista, do Reino Fungi e do Reino Vegetal, vamos conhecer a partir de agora aqueles que são classificados no Reino Animal.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os animais não se caracterizam unicamente pelo tipo de locomoção, pela diferença entre macho e fêmea ou por terem sistemas complexos para desempenhar suas funções vitais. Os animais se caracterizam por serem pluricelulares, eucariontes e heterotróficos. Isso significa que eles são formados por muitas células; células que possuem o material genético envolto por uma membrana nuclear; além disso, os animais não produzem seu pró- prio alimento, por isso precisam buscá-lo. Este reino se divide em dois grupos: o dos animais vertebrados e o dos invertebrados.
Observe as imagens a seguir:
Invertebrados
 (
Lagostim-azul
Medusa
Minhocas
Borboleta
Planária
H
C
Aranha
R
I
T
) (
T
) (
H
)Coral
 (
Estrela-do-mar
C
)Esponja
 (
G
)Anêmona
 (
Glossário
Invertebrados
 
–
 
são
 
seres
 
vi-
 
vos que não possuem coluna
 
vertebral.
)Lacraia
Lesma do mar
 (
H
)Rã-verde
Vertebrados
 (
T
)Tartaruga gigante
Araras-vermelhas
Piranha
Leão-marinho
 (
U
) (
T
)Ser humano
 (
Glossário
Vertebrados 
– são seres vi-
 
vos que possuem coluna ver-
 
tebral segmentada e crânio
 
que
 
protege
 
o
 
cérebro.
)
Os invertebrados
Os animais invertebrados, pelos quais começaremos nosso estudo sobre o Reino Animal, englobam nada menos que 95% de todas as espécies animais que existem. São encontrados nos mais diversos ambientes aquáticos e terrestres, além de exis- tirem espécies parasitas.
Os invertebrados se dividem em 8 filos: poríferos, cnidários, platelmintos, nema- telmintos, anelídeos, moluscos, equinodermos e artrópodes.
 (
A
 
complexidade
 
dos
 
invertebrados
Os invertebrados, assim como os demais seres vivos, são organizados de acordo com caracterís-
 
ticas
 
de
 
similaridade.
 
Os
 
organismos
 
que
 
possuem
 
maior
 
quantidade
 
de
 
atributos
 
semelhantes
 
são
 
separados
 
em
 
determinados
 
grupos.
 
Dessa
 
forma,
 
temos
 
grupos
 
de
 
animais
 
mais
 
simples
 
e
 
grupos
 
mais
 
complexos,
 
assim
 
diferenciados
 
em
 
relação
 
à
 
quantidade
 
de
 
estruturas
 
físicas.
Na
 
teoria
 
evolutiva
 
os
 
indivíduos
 
mais
 
simples
 
são
 
considerados
 
mais
 
primitivos
 
e
 
os
 
mais
 
com-
 
plexos
 
são
 
mais
 
evoluídos.
)
 Poríferos
Em termos de estrutura corporal, os poríferos são os animais mais simples. Eles não possuem tecidos diferenciados, células sensoriais e sistema nervoso ou órgãos com funções específicas. Não podem se locomover. Podem ser monoicos (hermafro- ditas) ou dioicos (sexos separados).
O termo porífero significa “poro” ou “corpo formado por poros”, pequenas aber- turas que fazem a comunicação da parte interna com a parte externa do animal.
 (
LAURAD/SHUTTERSTOCK.COM
) (
DIVE-HIVE/SHUTTERSTOCK.COM
)As esponjas são representantes do Filo Porífera.
 (
DENNIS
 
SABO.SHUTTERSTOCK.COM
)O corpo das esponjas é revestido por muitas células com poros, por onde a água, o oxigênio e as partículas de ali- mento entram. Elas têm a forma de um vaso, cuja cavidade central é chamada átrio, que se abre para o meio externo por uma abertura chamada ósculo. O átrio é revestido por células chamadas coanócitos, especializadas em manter a corrente contínua de água no corpo do animal e capturar o alimento.
Os coanócitos possuem um flagelo envolto por uma estrutura que lembra um co- larinho de camisa e, por isso, são também conhecidos como “células de colarinho”. As substâncias orgânicas e bactérias capturadas pelos flagelos são levadas para a digestão dentro da célula ou para os amebócitos, que farão a digestão do alimento no mesênquima, espaço que fica entre a face externa e a face interna das esponjas. No mesênquima existe uma substância gelatinosa onde se encontram mergulha- das as espículas. Essas estruturas semelhantes a espinhos são formadas por calcário
ou sílica, o mesmo mine- ral que compõe a areia da praia. Como as esponjas são	invertebradas,	seu corpo se mantém no for- mato de um vaso, graças à existência das espículas. Enquanto a água cir- cula no corpo das espon- jas (entrando pelos poros e saindo pelo ósculo) são retidas algumas substân- cias da água. Por isso, podemos	considerá-las
animais filtradores.
 Reprodução
Os poríferos podem se reproduzir de maneira sexuada (através de gametas) ou assexuada (sem o envolvimento de gametas).
Na reprodução sexuada, cada esponja produz gametas femininos e masculi- nos. Os gametas femininos (óvulos) são mantidos no interior do corpo do animal, e os masculinos, após amadurecidos, são lançados no átrio onde circula a água, dali sendo levados para longe pelas correntes. Quando a água que contém os gametas masculinos entra pelos poros de outra esponja, os gametas são recolhidos com os nutrientes e levados até os gametas femininos. Após a fecundação, as larvas são lançadas na corrente e levadas livremente até que se fixemem outro substrato e ali se desenvolva outra esponja.
A reprodução assexuada pode ocorrer de três maneiras diferentes: por brota- mento, por fragmentação ou por gemulação.
O brotamento ocorre quando formam-se brotos no exterior do corpo das espon- jas. Esses brotos podem se soltar e continuar o desenvolvimento, dando origem a um novo indivíduo.
 (
RICHARD
 
WHITCOMBE/SHUTTERSTOCK.COM
)A fragmentação só é possível porque as es- ponjas possuem um alto poder de regeneração. Alguns pequenos fragmentos que se despren- dem podem se desenvolver e formar novas es- ponjas.
A gemulação ocorre com esponjas de água doce. As gêmulas são estruturas resistentes, ca- pazes de sobreviver mesmo em condições ad- versas. São formadas por um grupo de células sem diferenciação (amebócitos) envoltas por uma capa protetora (formada por espongina). As gêmulas se formam no interior das esponjas e depois são lançadas no exterior. Em condições adversas elas permanecem na forma de cápsu- la, mas em condições propícias os amebócitos se
diferenciam e novas esponjas se formam.
 Função ecológica e utilidades
Esponja
Por serem animais filtradores, as esponjas são importantes indicadores da qua- lidade das águas onde se encontram. Caso os níveis de poluentes estejam acima do tolerável, esses animais são facilmente afetados, pois todos os tipos de partículas e substâncias nocivas podem ser absorvidos por eles, levando a um rápido decréscimo na população local.
Durante muito tempo, as esponjas foram comercializadas como acessórios para banho. Com a disseminação do uso das esponjas vegetais e, posteriormente, das esponjas sintéticas, essa utilização diminuiu significativamente, ajudando na preser- vação desses animais.
 (
PESQUISA
Você já ouviu falar na doença de Alzheimer? Em caso afirmativo, conte o que
 
sabe;
 
se
 
não
 
souber,
 
pesquise
 
na
 
internet
 
e
 
descreva
 
no
 
seu
 
caderno
 
alguns
 
aspectos
 
da
 
doença.
) (
Vamos
 
fazer
Os
 
animais
 
são
 
pluricelulares,
 
eucariontes
 
e
 
heterotróficos.
 
Pensando
 
sobre
 
isso,
 
faça
 
o
 
que
 
se
 
pede.
Com
 
o
 
auxílio
 
de
 
um
 
dicionário,
 
preencha
 
os
 
verbetes
 
a
 
seguir.
Pluricelular
 
adj.
:
Composto
 
de
 
várias
 
células;
 
multicelular.
Unicelular
 
adj.
:
Que
 
só
 
possui
 
uma
 
célula.
b)
 
Dos
 
seres
 
vivos
 
abaixo,
 
qual
 
é
 
heterotrófico
 
e
 
qual
 
é
 
autotrófico?
 
Justifique
 
suas
 
escolhas.
autotrófico
heterotrófico
Resposta
 
pessoal.
) (
AMENIC181/SHUTTERSTOCK.COM
) (
DAVE
 
MONTREUIL/SHUTTERSTOCK.COM
) (
Fontes
 
naturais
 
para
 
a
 
indústria
 
farmacêutica
Estudos
 
atuais
 
revelam
 
uma
 
nova
 
função
 
farmacológica
 
para
 
as
 
esponjas
 
marinhas
 
da
 
espécie
 
Plakortis angulospiculatus
. A partir dos extratos retirados dessas esponjas foi verificada a presen-
 
ça
 
de
 
uma
 
substância
 
chamada
 
anticolinesterásica
,
 
que
 
é
 
responsável
 
por
 
inibir
 
processos
 
de
 
atuação
 
de
 
algumas
 
enzimas,
 
auxiliando
 
na
 
prevenção
 
de
 
algumas
 
doenças,
 
como
 
o
 
Alzheimer.
Cientistas especialistas em química orgânica, da Universidade Federal Fluminense do Rio de
 
Janeiro, pesquisam o efeito de inibidores da enzima chamada colinesterase no ser humano.
 
Doenças como o Alzheimer são hoje tratadas com inibidores dessa enzima, os anticolinesterási-
 
cos, atuando sobre o
 
processo de declínio cognitivo, ou seja, a perda potencial de aprendizagem.
Fonte:
 
<h
t
tp://sec.sbq.org.br/cd29ra/resumos/T0812-1.pdf>.
 
Acesso
 
em:
 
jan.
 
2016.
)
c) Você já sabe diferenciar os dois tipos de células. Agora, desenhe uma célula eucarionte, apontando as estruturas que a diferenciam da célula procarionte.
 (
Espera-se que o aluno desenhe uma célula
 
eucarionte
 
destacando
 
o
 
material
 
nuclear
 
isolado
 
do
 
citoplasma
 
por
 
uma
 
membrana.
)	
Célula eucarionte	Célula procarionte
2. Indique com setas o sentido da água que circula no corpo das esponjas.
3. Identifique no desenho os poros, o átrio e o ósculo da esponja.
4. Que utilidades as esponjas podem ter para o ser humano?
Podem ser usadas como utensílios de banho, em pesquisas de medicamentos e ainda podem indicar a presença de poluentes em um determinado local.
Poro
Átrio
Ósculo
5. Correlacione as estruturas das esponjas com suas funções:
a) Coanócitos	( C ) saída de água
b) Amebócitos	( D ) parte interna da esponja
c) Ósculo	( A ) células que capturam o alimento
d) Átrio	( E ) lugar de armazenamento do alimento
e) Mesênquima	( B ) células de digestão do alimento
 Cnidários
 (
Glossário
Tecidos
 
verdadeiros
 
ou
 
diferen-
 
ciados 
– são aqueles formados
 
por células que desempenham
 
funções específicas. Podemos di-
 
zer que essas células trabalham
 
de maneira coordenada com o
 
objetivo 
de realizar determinada
 
função, importante para o funcio-
 
namento
 
do
 
organismo.
)Os cnidários também são animais bem simples, porém apre- sentam uma cavidade digestiva no corpo, células nervosas e tam- bém tecidos verdadeiros. A importância da cavidade digestória deve-se ao fato de esses animais poderem ingerir quantidades maiores de alimento, que será triturado e digerido na cavidade antes de ser absorvido pelas células.
Os representantes desse filo são as hidras, medusas ou águas-
-vivas, corais e anêmonas-do-mar. Alguns cnidários podem viver em colônias, como é o caso dos corais e das caravelas. Eles são
todos aquáticos e podem ter desde pouca capacidade de locomoção até a capacidade de nadar livremente. Os cnidários que se movimentam pouco são chamados pólipos e os que podem nadar são as medusas.
 (
VLAD61/SHUTTERSTOCK.COM
) (
VIRUNJA/SHUTTERSTOCK.COM
)
 (
As águas-vivas são
 
medusas.
) (
Os
 
corais
 
são
 
pólipos.
) (
RICH
 
CAREY/SHUTTERSTOCK.COM
) (
ARCHANA
 
BHARTIA/SHUTTERSTOCK.COM
)Os pólipos podem se locomover de uma forma interessante, conhecida como “mede-palmos” ou “cambalho- tas”. As medusas são ótimas nadadoras e sua movimentação se dá basicamente pela propulsão da água. A cavidade gás-
trica fica cheia de água e, quando as paredes do corpo do animal se contraem, essa água é expulsa com força, dando-lhe propulsão.
Tanto os pólipos como as medusas só podem modificar a forma do corpo e se locomover porque possuem células especializadas nessa função, que não são encon- tradas nos poríferos.
O nome do filo deve-se ao fato de eles possuírem células urticantes chamadas cnidócitos. Elas podem ser encontradas em toda a superfície corporal desses ani- mais, mas se concentram especialmente nos tentáculos.
· cnidócitos produzem e armazenam um líquido urticante em seu interior. Quando algum animal tem contato com o cnidário, os cnidócitos rapidamente o liberam.
· nematocistos auxiliam esse processo por- que são estruturas perfurantes que inje- tam o líquido na presa. A presa é ime- diatamente paralisada e levada para o interior da cavidade digestiva do animal.
 (
Glossário
Urticantes
 
–
 
que
 
produz
 
sensação
 
semelhante
 
à
 
de
 
irrita-
 
ção
 
provocada
 
na
 
pele
 
pela
 
urtiga
Tentáculos
 
–
 
apêndices
 
delgados
 
e
 
flexíveis
 
encontrados
 
em
 
diversos
 
invertebrados
 
aquáticos.
)Quando entram em contato com um desses animais, os seres humanos normalmente sofrem queimaduras que, apesar de serem doloridas, em geral não são graves.
O esquema acima ilustra um cnidócito, célula característica de cnidários.
Um peixe entre cnidários
Existe um pequeno peixe que é imune ao veneno dos cni- dários, o peixe-palhaço. Esses peixes estabelecem uma relação harmoniosa de protocooperação com as anêmonas. Podem viver entre os tentáculos sem serem atingidos e em troca recebem proteção contra os predadores. Colocam seus ovos em meio aos tentáculos das anêmonas e, assim, asseguram a sobrevivência de sua prole. Em troca, os res- tos de alimentos desses peixinhos acabam sendo usados como fontes de nutrientes para as anêmonas. Sendo assim, os dois se beneficiam dessa relação.
 (
KRZYSZTOF
 
ODZIOMEK/SHUTTERSTOCK.COM
)Peixes-palhaçosse protegendo entre os tentáculos de uma anêmona.
 (
DIOMEDIA
 
/
 
NATURE
 
PL
 
/
 
JURGEN
 
FREUND
) (
DIOMEDIA
 
/
 
ARDEA
 
/
 
VALERIE
 
&
 
RON
 
TAYLOR
)Tanto os pólipos como as medusas possuem uma boca na entrada da cavidade gástrica, mas não apresentam ânus. A digestão desses animais ocorre em duas eta- pas: na primeira, o alimento
é semidigerido na cavidade gástrica e, na segunda, as par- tículas restantes são levadas para o interior das células que recobrem a cavidade. Após a digestão, as partes do alimen- to que não foram utilizadas são liberadas para o exterior do corpo do animal pela boca. A respiração é realizada a par- tir do oxigênio dissolvido na água, que é retirado pela epi- derme. A eliminação de subs- tâncias de excreção também
é realizada pela epiderme.
 Reprodução
Cnidários se alimentando de pequenos peixes que são digeridos na cavidade gástrica.
Nesse filo podemos encontrar animais que se reproduzem de forma assexuada ou sexuada; e outros que podem se reproduzir de maneira tanto sexuada como as- sexuada. É o caso da hidra. As caravelas e águas-vivas fazem a reprodução sexuada e os corais se multiplicam assexuadamente.
 (
Reprodução
 
sexuada
 
e
 
reprodução
 
assexuada
A
 
reprodução
 
sexuada
 
é
 
aquela
 
que
 
envolve
 
gametas
 
masculinos
 
e
 
femininos,
 
que,
 
após
 
a
 
fe-
 
cundação,
 
formam
 
a
 
célula-ovo
 
que
 
dará
 
origem
 
a
 
um
 
novo
 
ser
 
vivo.
A
 
reprodução
 
assexuada
 
ocorre
 
sem
 
o
 
envolvimento
 
de
 
gametas,
 
e
 
os
 
seres
 
formados
 
possuem
 
a
 
mesma
 
informação
 
genética
 
daquele
 
do
 
qual
 
se
 
originaram.
)
Vamos ver a seguir alguns exemplos de formas de reprodu- ção desses animais.
As águas-vivas, em geral, re- produzem-se sexuadamente. Elas liberam os gametas masculinos na água. Esses gametas nadam em busca de gametas femininos que também estão na água ou dentro da fêmea. Após a fecun- dação é formada uma larva que depois dará origem a uma água-
-viva adulta.
Já as hidras podem se re- produzir de maneira sexuada ou assexuada. Na reprodução asse- xuada, as hidras podem formar brotos em algumas partes laterais do corpo. Esses brotos se soltam e dão origem a um novo animal.
Na reprodução sexuada, em certas épocas do ano, as hidras produzem vários testículos e um ovário. O ovário libera apenas um óvulo, que fica exposto no exte- rior do corpo.
Os espermatozoides são libe- rados na água e nadam em busca de um óvulo. Quando o encontram, ocorre a fecundação e forma-se a célula-ovo ou zigoto. Essas células se multiplicam várias vezes e for- mam um embrião, que se solta do corpo da hidra fêmea, fixa-se ao substrato e se desenvolve em um novo animal.
 (
DIOMEDIA
 
/
 
BSIP
)Ciclo de vida da água-viva
Os corais normalmente se reproduzem assexuadamente formando brotos, os quais não se desprendem do organismo que lhes deu origem, por isso eles se ex- pandem horizontalmente pelo oceano, às vezes cobrindo grandes superfícies.
 Função ecológica
Sabemos que todos os seres vivos são importantes para o ecossistema a que pertencem e, considerando aqueles que vivem em ambientes marinhos, pensamos logo nos corais. Eles são animais fixos, o que faz com que muitas pessoas nem sai- bam que são animais. Eles possuem cores e formas variadas e, junto com outros seres vivos marinhos, fazem dos recifes verdadeiros espetáculos de beleza.
Os recifes são colônias de corais. Porém, os corais que formam essas colônias são aqueles que vivem em protocooperação com microalgas chamadas zooxantelas. Essas algas, ao realizarem fotossíntese, produzem substâncias orgânicas que servem de alimento para os corais. Elas também são importantes para o processo de calcifi- cação e crescimento desses animais. A cor de um coral depende da cor da zooxan- tela com a qual ele se associa. Nessa associação, os corais liberam gás carbônico e compostos ricos em nitrogênio e fósforo, que são utilizados pelas algas.
Os recifes de corais são também importantes para outros seres vivos marinhos, pois se tornam um refúgio seguro para a reprodução e, logo, para a preservação de outras espécies.
Porém, um estranho fenômeno tem sido observado em todo o mundo: os corais estão ficando brancos. Isso ocorre porque as zooxantelas estão morrendo. Acredita-
 (
DIOMEDIA
 
/
 
AURORA
 
PHOTOS
 
RM
 
/
 
PETER
 
ESSICK
)-se que as agressões ao meio ambiente têm alterado a composição das águas dos oceanos e levado essas algas
à morte. A alteração na tem- peratura da água, na turbidez (que dificulta a entrada dos raios solares) e as mudanças químicas (aumento da acidez da água do mar) podem ser as causas da morte das zoo- xantelas, mas estudos ainda estão em andamento.
 (
DIOMEDIA
 
/
 
IMAGEBROKER
 
RM
 
/
 
J.W.ALKER
)A extinção dessas algas é responsável por prejuízos que vão muito além da perda das cores dos recifes: após certo tempo, os corais acabam mor- rendo, pois deixam de fazer as associações com as algas. A morte dos corais e a conse- quente diminuição dos recifes podem levar à morte muitas outras espécies marinhas, principalmente aquelas que dependem dos recifes para a reprodução.
Vamos fazer
1. Complete o quadro abaixo com as principais diferenças entre os poríferos e os cnidários.
	
	Poríferos
	Cnidários
	
Células características do filo
	
Coanócitos
	
Cnidócitos
	
Localização das células características
	
No átrio, câmara interna do corpo do animal.
	
Na superfície do corpo, mas principalmente nos tentáculos.
	
Funções das células características
	
Captação de partículas de alimento e digestão.
	
Captura de alimento e proteção do animal.
2. Identifique o tipo de reprodução que está ocorrendo na figura ao lado.
Reprodução sexuada.
3. O que diferencia um pólipo de uma medusa?
Os pólipos se locomovem pouco, enquanto as medusas nadam livremente nos oceanos.
4. Para os cnidários, qual é a importância da presença de uma cavidade digestiva?
Na cavidade digestiva é feito o primeiro processo de digestão, em que o alimento é semidigerido. Assim, eles podem ingerir alimentos maiores.
5. Leia a notícia sobre os corais e responda às perguntas.
“Cientistas da Sociedade Zoológica de Londres apresentam planos para sal- var corais da extinção. Estes pesquisadores identificaram 10 espécies que cor- rem maior risco de extinção. Um dos planos prioriza espécies ameaçadas que ocorrem em todo o globo, unindo esforços e priorizando regiões como Filipinas,
Moçambique e Caribe. Nestas regiões, vão apoiar e treinar ambientalistas locais para realizar pesquisas e implementar medidas de preservação direcionadas.”
Fonte de pesquisa: <http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/cientistas+revelam+planos+ para+salvar+corais+da+extincao/n1237942142274.html>. Acesso em: jan. 2016.
a) De acordo com o que você estudou sobre os corais, cite três possíveis causas para a extinção desses animais.
O aluno poderá citar o aumento da temperatura dos oceanos, da acidez da água do mar, a poluição etc.
b) Que medidas de preservação os ambientalistas poderiam implementar com a população? Indique com as suas palavras.
O aluno poderá responder, por exemplo, a conscientização de não jogar lixo nos rios, pois deságuam nos mares e nas margens dos mares.
c) Qual é a especialização do cientista que cuida desse tipo de pesquisa? Iden- tifique no texto.
Zoólogo.
 (
Vermes
”Vermes”
 
é
 
um
 
nome
 
que
 
antigamente
 
designava
 
todos os organismos de
 
corpo alongado e mole,
 
que possuem simetria bi-
 
lateral
 
sem
 
apêndices
 
ar-
 
ticulados, concha 
ou es-
 
queleto interno. Vivem na
 
maioria dos tipos de 
habi-
 
tat
 
e
 
podem
 
parasitar
 
ou-
 
tros organismos. Atual-
 
mente,
 
os
 
vermes
 
são
 
or-
 
ganizados
 
em
 
vários
 
filos.
) Platelmintos
Existem cerca de 15 mil espécies de platelmintos identificadas pela ciência. A maioria delas é aquática e pode viver em oceanos, rios e lagos. Mas também existem aquelas que vivem em ambientes úmidos, como os solos, ou espécies parasitas, que vivem à custa de outros seres vivos.
O nome do Filo Platelminto deve-seao fato de esses animais pos- suírem o corpo achatado, já que plateo significa “achatado”. Os pla- telmintos possuem tubo digestório incompleto, ou seja, apresentam boca, mas não apresentam ânus.
 (
DIOMEDIA
 
/
 
SCIENCE
 
SOURCE
 
/
 
NATURE’S
 
IMAGES
) (
DIOMEDIA
 
/
 
SCIENCE
 
SOURCE
 
/
 
JAMES
 
H.
 
ROBINSON
) (
JUBAL
 
HARSHAW/SHUTTERSTOCK.COM
)As planárias, as tênias e os esquistossomos são os mais comuns. As planárias são animais de vida livre, terrestre ou aquática. As tênias e os esquistossomos são parasitas.
Planária terrestre	Taenia sp.	Schistossoma sp.
 Planárias
As planárias possuem uma estru- tura semelhante a um olho, porém bem simples, chamada ocelo. Os oce- los são sensíveis apenas a variações de luminosidade, mas não formam imagens. Nas laterais da cabeça exis- tem projeções por meio das quais o animal pode perceber estímulos olfa- tivos ou gustativos, que o ajudam na localização de alimento.
Esquema de reprodução das planárias
Na parte posterior do corpo da planária encontram-
-se a boca e o poro genital. Da boca, o animal propulsio- na a probóscide, ou faringe, para a captura do alimento. O intestino, onde ocorre a digestão, é todo ramificado e permite que os nutrientes cheguem a todas as partes do corpo do animal.
As planárias são hermafroditas, ou seja, possuem tanto estruturas sexuais femininas como masculinas.
Os óvulos ficam no interior das planárias e os esper- matozoides são trocados através do poro genital. Após o encontro dos óvulos e dos espermatozoides, os ovos são formados e lançados no meio externo. Dentro deles se forma um embrião e, posteriormente, surgem novas planárias.
 (
Poder
 
regenerativo
As
 
planárias
 
possuem
 
um
 
grande
 
poder
 
de
 
rege-
 
neração. Essa capacidade é muito explorada por
 
planárias
 
de
 
água
 
doce
 
como
 
forma
 
de
 
reprodu-
 
ção assexuada. Quando são cortadas em várias
 
partes, podem se originar, de cada uma, um no-
 
vo
 
indivíduo.
)
 Tênias
As tênias possuem uma estrutura corporal um pouco diferente da estrutura das planárias. Elas são animais parasitas, ou seja, podem prejudicar a nossa saúde. A Taenia solium, ou tênia-do-porco, e a Taenia saginata, ou tênia-do-boi, podem con- taminar o ser humano quando este ingere carne malcozida, contaminada com larvas do verme.
Popularmente, esses animais também são chamados solitárias, pois apenas um deles vive no intestino do hospedeiro. São herma- froditas e não precisam trocar gametas com outra tênia. Elas fazem a autofecundação (seus próprios espermatozoides fecundam seus óvulos).
A estrutura do corpo das tênias é formada pela cabeça, seguida de uma série de segmentos que terminam em proglotes, onde se formam os gametas masculinos e os femininos. Os óvulos de uma proglote são fecundados pelos espermatozoides de uma proglote vi- zinha, ambos do mesmo animal. Em cada proglote podem-se formar até 80 mil ovos.
No ciclo de vida das tênias incluem-se um hospedeiro interme- diário e outro definitivo. O hospedeiro intermediário pode ser o porco ou o boi, dependendo da espécie do verme. Se um desses animais ingerir proglotes com ovos ou os próprios ovos durante a alimentação, elas chegam ao intestino do animal, onde são liberados os embriões. Na corrente sanguínea, se tranformam em larvas, os cisticercos, que ficam instalados entre os músculos. Ao ingerir carne malcozida e con- taminada, as larvas continuam vivas e se desenvolvem em nosso in- testino, dando origem a uma tênia adulta.
A pessoa contaminada com esse verme desenvolve uma doença chamada teníase. Quando o doente evacua libera, junto com as fezes, as proglotes cheias de ovos, capazes de infectar outros animais e de reiniciar o ciclo.
Observe na imagem abaixo um detalhe da cabeça de uma Taenia solium. Nela existem ventosas e ganchos, estruturas usadas pelo ani- mal para prender-se às paredes do intestino do hospedeiro definitivo.
 (
BIOSPHOTO/AFP
)A Taenia saginata não possui ganchos, mas possui quatro ventosas.
 (
Parasita
 
de
 
peixe
Existe também a espécie
 
de
 
tênia
 
Diphyllobothrium
 
latum
, que utiliza um pei-
 
xe de água doce como
 
hospedeiro intermediário.
 
Essa tênia chega a medir
 
10 m de comprimento e
 
pode infectar o ser huma-
 
no
 
quando
 
ele
 
consome
 
a
 
carne do peixe crua ou
 
malcozida.
)
 (
Glossário
Hospedeiro intermediário 
–
 
é
 
o
 
organismo
 
onde
 
o
 
parasi-
 
ta não atinge a maturidade,
 
ficando somente em estágio
 
larval se reproduzindo ape-
 
nas
 
assexuadamente.
Hospedeiro
 
definitivo
 
–
 
é
 
o organismo onde o parasi-
 
ta permanece e desenvolve
 
seu ciclo de vida completo,
 
ou 
seja, o parasita se insta-
 
la
 
definitivamente
 
e
 
atinge
 
a maturidade conseguindo
 
reproduzir-se
 
sexuadamente.
)
Detalhe da cabeça de uma Taenia solium
Cisticercose
 (
IMAGENS:
 
DIOMEDIA/DEAGOSTINI/DEA
 
PICTURE
 
LIBRARY
)Dentro do corpo do hospedeiro definitivo, os ovos da Taenia solium podem eclodir e dar origem aos cisticercos. Estes cisticercos causam a cisticercose, doença mais grave que a teníase, que pode ser fatal.
Ciclo de vida da Taenia solium. O hospedeiro intermediário é o porco e o definitivo é o ser humano.
Ciclo de vida da Taenia saginata. O hospedeiro intermediário é o boi e o definitivo é o ser humano.
 Esquistossomos
O esquistossomo é um platelminto parasi- ta do ser humano. Em seu ciclo de vida tam- bém existem dois hospedeiros, um interme- diário e um definitivo. No Brasil, os casos de esquistossomose são causados pelo Schistos- soma mansoni.
Quando uma pessoa contaminada elimi- na os ovos do esquistossomo nas fezes, eles podem eclodir, liberando uma larva chamada miracídio. Os miracídios podem entrar no cor- po de lesmas, caracóis ou caramujos, perma- necendo dentro desses animais por aproxima- damente 15 dias.
Durante esse período eles se desenvol- vem em cercárias, larvas adultas liberadas na água que ficam viáveis por cerca de 3 dias.
Se durante esse período as larvas tiverem contato com uma pessoa, elas podem perfurar a pele, penetrar e alcançar a corrente sanguínea.
 (
Vamos
 
fazer
1.
 
Qual
 
é
 
a
 
característica
 
dos
 
platelmintos
 
que
 
dá
 
nome
 
ao
 
grupo?
Eles
 
possuem
 
o
 
corpo
 
achatado.
2.
 
Observando
 
o
 
desenho,
 
explique
 
como
 
as
 
planárias
 
se
 
alimentam.
As planárias são 
geralmente carnívoras. Elas propulsionam a
 
probóscide,
 
ou
 
faringe,
 
para
 
a
 
captura
 
do
 
alimento
 
e
 
por
 
esse
 
canal
 
elas
 
sugam
 
os
 
nutrientes.
3.
 
Qual
 
é
 
a
 
importância
 
de
 
as
 
planárias
 
terem
 
ramos
 
intestinais
 
espalhados
 
por
 
todo
 
o
 
corpo?
Como
 
as
 
planárias
 
não
 
possuem
 
um
 
sistema
 
circulatório
 
muito
 
desenvolvido,
 
as
 
ramificações
 
intestinais
 
permitem
 
que
 
os
 
nutrientes
 
sejam
 
levados
 
para
 
as
 
partes
 
do
 
corpo
 
e
 
cheguem
 
a
 
todas
 
as
 
células.
)
4. (
HLPHOTO/SHUTTERSTOCK.COM
) (
SLAWOMIR FAJER/SHUTTERSTOCK.COM
)Se você estivesse em um restaurante self-service e tivesse de escolher con- sumir uma das duas carnes abaixo, qual escolha seria mais segura para a sua saúde? Por quê?
A segunda opção mostra uma carne bem passada. Nesse caso ela não ofereceria perigo quanto à transmissão das larvas da tênia.
5. Complete o esquema sobre o ciclo de vida dos esquistossomos.
 (
No intestino do
 
hospedeiro
 
definitivo
 
(ser
 
humano)
Água
Penetram o
 
corpo humano
 
pela
 
pele
Caramujo
Miracídios
Cercárias
Ovos
Verme
 
adulto
)
Hospedeiro intermediário
 Nematelmintos
O nome desse filo de invertebrados tem origem nas palavras gregas nematos, que significa “filamento”, e helmin, que significa “vermes”. Atualmente são co- nhecidas cerca de 10 mil espécies de nematelmintos, que podem viver de diversas formas: livremente na água e no solo ou parasitando plantas ou animais.
Os nematelmintos são animais um pouco mais complexos, pois possuem boca e ânus e, na maioria das vezes, sexos diferenciados.
Várias espécies de nematelmintos são parasitas dos seres humanos: ancilósto-mos, lombrigas, oxiúros e filárias são os mais conhecidos.
	
 (
DIOMEDIA
 
/
 
SCIENCE
 
SOURCE
 
/
 
SCIENCE
 
SOURCE
)Ancilóstomos atacando os tecidos da parede intestinal.
Enterobius vermicularis, ou oxiúro, visto ao microscópio eletrônico.
 (
SEBASTIAN
 
KAULITZKI/SHUTTERSTOCK.COM
) Ancilóstomos
Ascaris lumbricoides ou lombriga, nematelminto que parasita o intestino humano.
Wuchereria bancrofti, ou filária.
 (
DIOMEDIA
 
/
 
SCIENCE
 
SOURCE
 
/
 
MICHAEL
 
ABBEY
) (
CULTURA
 
CREATIVE/AFP
)O Ancylostoma duodenale mede em torno de 15 milímetros, mas é capaz de perfurar a parede do intestino de uma pessoa. Ele causa uma verminose, a ancilostomíase, que deixa a pessoa enfraquecida e anêmica.
As pessoas infectadas liberam em suas fe- zes ovos do ancilóstomo. Esses ovos, ao che- garem ao solo úmido, eclodem e dão origem a larvas microscópicas, que penetram a pele das pessoas sem que elas percebam.
 (
BSIP/AFP
)As larvas alcançam a corrente sanguínea e são levadas aos pulmões, de onde podem alcançar a traqueia e a faringe.
A faringe faz parte tanto do sistema digestório como do respiratório, e, se as larvas chegarem até ela facilmente, serão engolidas e passarão ao estômago e ao intestino. No intestino elas encontrarão o ambiente necessário para se desenvolver e reiniciar todo o ciclo.
Os ancilóstomos possuem em sua boca estruturas parecidas com ganchos, que perfuram a parede do intestino e permitem que os vermes se fixem nela e se ali- mentem do sangue do hospedeiro. As feridas que sangram constantemente fazem a pessoa ficar muito fraca e pálida. Por causa da palidez das pessoas doentes, devido à forte anemia, a ancilostomíase é popularmente conhecida como “amarelão”.
 Lombrigas
A lombriga, ou Ascaris lumbricoides, também é um nematelminto que parasita o sistema digestório humano. Como as fêmeas adultas liberam diariamente milhares de ovos no intestino do hospedeiro, as fezes dos doentes são liberadas altamente infestadas deles. Esses ovos contaminam o solo e a água. Crianças que brincam com terra contaminada ou pessoas que trabalham no manejo do solo, como agricultores, por exemplo, se não lavarem bem as mãos com água limpa e sabão poderão se con- taminar pela ingestão dos ovos do verme e contrair ascaridíase.
Quando os ovos chegam ao sistema digestório, dão origem a uma larva micros- cópica que perfura as paredes do intestino e chegam à corrente sanguínea. As larvas percorrem todo o corpo e, quando retornam ao intestino, se desenvolvem e se for- talecem, dando continuidade ao ciclo.
Enquanto são levadas pelo sangue, as larvas podem atacar o sistema respirató- rio, prejudicando a respiração e causando coceira no nariz e na garganta. Ao mesmo tempo, os vermes adultos, ao se desenvolverem no intestino, liberam substâncias tóxicas que provocam vômitos, cólicas e até convulsões.
Se a infestação for muito intensa, os vermes podem causar obstrução intestinal e, em crianças, podem provocar asfixia, caso se acumulem na faringe e na laringe durante o vômito.
 Oxiúros
Os oxiúros são vermes que medem cerca de 1,5 cm de comprimento e causam uma doença conhecida como oxiuríase. Eles vivem e se reproduzem no intestino grosso do ser humano, local onde o processo de digestão se conclui antes da libera- ção das fezes.
 (
SEBASTIAN
 
KAULITZKI/SHUTTERSTOCK.COM
) (
AFP
) Filárias
Após o acasalamento, as fêmeas ficam cheias de ovos e migram para a região anal. O acúmulo dos vermes nessa região causa coceira e irritação intensas. É comum que principalmente crianças co- cem o local irritado e contaminem os dedos com os ovos do verme. Dessa forma, podem contaminar alimentos e objetos e, consequentemente, ingerir esses ovos. Ao chegarem ao intestino, os ovos dão origem a novos vermes adultos e o ciclo recomeça.
Ilustração mostrando oxiúros com ovos dentro do intestino grosso.
As filárias são vermes longos e muito finos que parasitam vários animais. Quando o ser humano é parasitado por filárias, desenvolve uma doença conhecida como filariose, que também é popularmente chamada “elefantíase”. Esse nome surgiu porque as pessoas doentes frequentemente apresentam um inchaço nos membros, sobretudo nas pernas, que ficam semelhantes às de um elefante. Isso acontece porque as filárias vivem nos vasos sanguíneos e linfáticos, prejudican- do a circulação linfática e o controle do acúmulo dos líquidos corporais em certas áreas do corpo.
 (
DIOMEDIA
 
/
 
SCIENCE
 
SOURCE
 
/
 
MARK
 
GILES
)Existe uma diferença marcante entre a forma de transmissão des- se verme em relação aos anteriormente estudados. A contaminação das pessoas ocorre pela picada do mosquito Culex. O mosquito contrai as larvas quando pica uma pessoa infectada. Uma vez contaminado, os mosquitos as transportam para pessoas sadias, dando continuidade ao ciclo.
Perna de uma pessoa que sofre de filariose.
Vamos fazer
1. O que você entendeu a respeito do papel de um hospedeiro intermediário e um hospedeiro definitivo no ciclo de vida de alguns seres parasitas?
O hospedeiro intermediário é um ser vivo em cujo corpo o parasita passa uma fase do seu desenvolvimento. No corpo do hospedeiro definitivo o ciclo de desenvolvimento do parasita se completa: ali ele se reproduz sexuadamente.
2. Em determinada cidade estavam ocorrendo muitos casos de filariose. O gover- no local investiu muitos recursos para tratar as pessoas infectadas, mas isso não resolveu, pois continuavam aparecendo novos casos. O que mais o governo deveria ter feito para realmente erradicar a doença?
Espera-se que o aluno perceba que nada foi feito para controlar a população de mosquitos Culex, os transmissores da doença. Sendo assim, as pessoas eram tratadas, mas ainda havia mosquitos contaminados picando pessoas sadias. Estas, por sua vez, se tornavam hospedeiras dos vermes, fazendo com que mais mosquitos fossem contaminados ao ter contato com elas.
3. Relacione as colunas considerando os parasitas e os seus sintomas.
a) teníase
b) esquistossomose	dores abdominais intensas
c) ascaridíase	coceira no ânus
d) ancilostomíase	inchaço nas pernas
e) oxiuríase	cansaço e dores pelo corpo
f) filariose
 (
NATALIEJEAN/SHUTTERSTOCK.COM
) Anelídeos
Existem aproximadamente 12 mil espécies de anelí- deos descritas. Esse grande grupo de invertebrados pode ser encontrado nos mais diversos ambientes: na terra e nas águas doce e salgada. É comum nos lembrarmos das minhocas quando pensamos em anelídeos, mas a verda- de é que esses animais possuem formas bem diferencia- das e alguns são muito bonitos e coloridos, como é o caso de certos poliquetas (anelídeos marinhos).
Poliquetas
Poliquetas
O que marca os animais desse filo é o fato de possuírem o corpo formado por anéis. Porém, eles diferem bastante quanto à forma de alimentação. Existem anelídeos que se alimentam de detritos e de matéria orgânica, além dos herbívoros e carní- voros.
Muitos são extremamente importantes para os seres humanos, como é o caso das minhocas, que fertilizam e aeram o solo, além de serem usa- das como iscas em pescaria, e também das san- guessugas, de grande interesse para a medicina.
Na superfície de seus corpos os anelídeos possuem células que funcionam como glândulas, secretando um muco que lhes serve de proteção. Nessa região também são vistas as cerdas, peque- nas estruturas formadas por uma proteína chama- da quitina, que as torna relativamente rígidas.
A importância dessas estruturas está no fato de elas servirem de apoio para promover a tração desses animais e auxiliá-los no deslocamento, uma vez que eles não possuem pernas.
Os anelídeos possuem um pequeno cérebro e dois cordões nervosos que levam as informações do sistema nervoso para todo o corpo.
 Minhocas
 (
D.
 
KUCHARSKI
 
K.
 
KUCHARSKA/SHUTTERSTOCK.COM
)As minhocas são os anelídeos mais conhecidos. Elas se alimen- tam de detritos orgânicos, princi- palmente vegetais, que ingerem com a terra. Após ser ingerido, o alimento pode ficar armazenado no papo e depois ser levado para a moela, onde será triturado. Após digeridos, os restossão eliminados juntamente com grãos de areia, formando o húmus.
As minhocas respiram pela pele. O oxigênio penetra a pele e passa para o sangue. Em seguida,
A foto mostra uma minhoca, um dos anelídeos mais conhecidos. Observe que o corpo do animal é todo segmentado por anéis.
 (
NATALIEJEAN/SHUTTERSTOCK.COM
)é levado para todas as células do corpo, onde ocorrerá a respiração celular.
As minhocas não possuem olhos, mas um tipo especial de célula sensorial que permite ao animal perceber a diferença entre um ambiente mais claro e um mais escuro. Essas células se espalham por toda a superfície do corpo das minhocas.
As minhocas são hermafroditas, mas elas não se reproduzem sozinhas. Quando duas minhocas se encontram para se reproduzir elas trocam espermatozoides. Esses
gametas masculinos são estocados e depois depositados em um casulo, juntamente com seus próprios óvulos. Os espermatozoides fecundam os óvulos dentro do casulo, que fica em uma região diferenciada no corpo das minhocas, chamado clitelo. No ca- sulo existe uma reserva de alimento para os embriões, além de uma proteção contra o ressecamento. O casulo é liberado no solo e dele nascem minhocas semelhantes às adultas, ou seja, elas não passam pelo estágio de larva.
Ao se deslocarem sob a terra, as minhocas escavam túneis que tornam o solo mais arejado. Além disso, enquanto elas se locomovem, ajudam a misturar os nu- trientes do solo.
 Poliquetas
Os poliquetas são anelídeos que vivem no meio aquático, principalmente no marinho, e possuem esse nome por terem muitas cerdas no corpo.
Existem em grande número, apresentam indivíduos de várias cores que po- dem ser encontrados vivendo de várias formas: cavando túneis, fixando-se em substratos, nadando ou perfurando conchas. Alguns secretam uma substância que forma um tubo, no interior do qual o animal vive, como é o caso dos sabelídeos, normalmente vistos em recifes de corais ou decorando aquários. Em geral, esses anelídeos são pequenos, mas alguns chegam a medir até 3 metros e podem
 (
ETHAN
 
DANIELS/SHUTTERSTOCK.COM
)ser grossos como o nosso dedo po- legar, como é o caso do poliqueta Eunice aphroditois.
Como as minhocas, os polique- tas também respiram pela pele, mas muitos possuem uma estru- tura especializada na obtenção do oxigênio da água, as brânquias.
Diferentemente das minhocas, os poliquetas hermafroditas são ra- ros. A maioria deles possui sexos se- parados.
Eunice aphroditois
 Hirudíneos
Existem hirudíneos de água doce, que se fixam em crustáceos, e também as co- nhecidas sanguessugas, que podem ser encontradas na água doce, no mar ou no solo úmido.
Ao redor da boca, encontra-se a ven- tosa anterior e, na outra extremidade do corpo, a ventosa posterior. Elas são usadas
Sanguessuga
 (
PHOTOCREA/SHUTTERSTOCK.COM
)para que as sanguessugas possam se fixar e se movimentar.
A ventosa anterior possui estruturas semelhantes a lâminas. Ao se fixarem em um animal, as lâminas cortam a superfície do corpo como se fossem pequenos bisturis.
Da boca das sanguessugas é liberada uma substância chamada hirudina, que impede que o sangue coagule e permite a alimentação do anelídeo. Apenas um tipo de sanguessuga que se fixa em peixes apresenta brânquias; todas as outras espécies respiram pela pele.
As sanguessugas são hermafroditas e se reproduzem da mesma forma que as minhocas.
 (
Vamos
 
fazer
1.
 
O
 
esquema
 
abaixo
 
ilustra
 
três
 
filos
 
de
 
invertebrados.
 
Identifique
 
a
 
qual
 
filo
 
per-
 
tencem
 
os
 
animais
 
1,
 
2
 
e
 
3.
1.
2.
3.
Anelídeo
Nematelminto
 
Platelminto
2.
 
Ainda
 
usando
 
como
 
base
 
o
 
esquema
 
acima,
 
identifique
 
as
 
estruturas
 
A,
 
B
 
e
 
C.
A
 
–
 
boca;
 
B
 
–
 
canal
 
digestório;
 
C
 
–
 
ânus.
3.
 
Que
 
característica
 
marcante
 
existe
 
em
 
todos
 
os
 
invertebrados
 
do
 
Filo
 
dos
 
Ane-
 
lídeos?
Todos
 
possuem
 
o
 
corpo
 
segmentado
 
por
 
anéis.
)
4. A minhoca é um anelídeo muito importante para a qualidade dos solos agricul- táveis. Discorra sobre o exemplo de outro anelídeo que também é importante para os seres humanos.
Os alunos poderão retomar o exemplo das sanguessugas.
5. Dentre os anelídeos existem os poliquetas, que recebem esse nome porque possuem muitas cerdas pelo corpo. Qual é a importância dessas estruturas para o modo de vida desses animais?
Os poliquetas cavam túneis e perfuram conchas, alguns ainda formam um tubo onde vivem saindo e retornando ao seu interior. As cerdas são essenciais para a movimentação desses animais quando desempenham essas funções.
 Moluscos
 (
Glossário
Sésseis
 
–
 
organismos
 
que
 
vi-
 
vem
 
fixos
 
a
 
um
 
substrato.
)O nome desse filo significa “mole” e engloba animais que possuem esse tipo de corpo. Eles podem ser encontrados em vários ambientes e desenvolvem formas de vida diferentes. Alguns são nadadores eficientes, como os polvos e as lulas; ou- tros são sésseis, como as ostras e os mariscos, e crescem fixos em um substrato. Os caramujos se locomovem por rastejamento, seja sobre
rochas e areia do fundo do mar ou sobre plantas e lama no fundo de lagos e riachos. Os caracóis e as lesmas são animais terrestres.
Como forma de proteção, a maioria dos moluscos possui uma concha formada principalmente de calcário. As conchas possuem formas e cores variadas, e as ca- racterísticas dessa estrutura são muito importantes para auxiliar nos trabalhos de classificação desses animais.
 (
CBPIX/SHUTTERSTOCK.COM
) (
FMUA/SHUTTERSTOCK.COM
)Normalmente, as conchas são externas e resistentes e possuem espaço sufi- ciente para que o animal se recolha em seu interior, como medida de proteção. Mas também existem moluscos que possuem uma concha interna parecida com uma lâmina. Nesse caso, ela não serve de proteção, mas de esqueleto, que sustenta a cabeça do animal.
Molusco aquático	Molusco terrestre
Os moluscos possuem glândulas especiais, localizadas no manto, que secretam as substâncias que formam a concha. O manto envolve todo o animal. Isso é muito interessante, pois ele fabrica sua própria concha à medida que se desenvolve. A maioria das espécies de moluscos é hermafrodita, e ainda existem espécies de se- xos separados.
Existem muitos grupos de moluscos, mas os mais conhecidos são os gastrópo- des, os lamelibrânquios e os cefalópodes.
 Gastrópodes
Os representantes desse grupo são os caracóis e os caramujos. O nome significa “estômago nos pés“ (gastro = estômago; podos = pés). Eles podem ser bem peque- nos ou pesar vários quilos, dependendo da espécie.
Os gastrópodes possuem cabeça, pé e massa visceral. Na cabeça são encon- trados os órgãos dos sentidos e a boca. Os tentáculos são de dois tipos: um deles especializado nos sentidos de olfato e tato e outro que possui olhos. Na boca existe um tipo de lixa, chamada rádula, que tem função de raspar o substrato para retirar o alimento.
A massa visceral fica totalmente envolvida pela concha do caracol e é onde es- tão todos os órgãos que desempenham funções vitais, como o coração, a glândula digestória, o estômago e o órgão excretor. As gônadas, onde são produzidos os ga- metas, também se encontram na massa visceral.
O pé é formado por uma musculatura forte, utilizada de formas diferentes, de- pendendo do modo de vida do animal. Eles são usados na locomoção por arrasta- mento, para cavar à procura do alimento e para fixar o animal nas rochas.
 Cefalópodes
Os mais conhecidos representantes dessa classe são os polvos e as lulas. O nome
cefalópodes significa “cabeça nos pés” (cefalo = cabeça; podos = pés).
Os pés desses animais são como tentáculos que ficam unidos diretamente à cabeça do animal, mas, na verdade, são a junção da massa visceral com a cabeça propriamente dita. Nessa região são encontrados a boca, a rádula e o cérebro. Bem próximo à base da cabeça dos cefalópodes existe um tubo chamado sifão, que faz comunicação com uma câmara interna onde circula a água. Para realizar a natação, os músculos são fortemente contraídos, fazendo com que a água seja expulsa da câ- mara a partir do sifão com grande pressão e dando propulsãoao animal.
 (
PICTUREPARTNERS/SHUTTERSTOCK.COM
)Lulas e polvos são bem parecidos. Para diferenciá-los devemos reparar em al- guns detalhes: os polvos possuem oito tentáculos, enquanto as lulas possuem dez, sendo dois deles mais longos. As lulas apresentam uma concha interna reduzida em forma de lâmina; os polvos não apresentam essa estrutura.
Polvo: observe os oito tentáculos.	Lula: repare na existência de dez tentáculos, sendo dois de tamanho diferenciado.
 (
VITTORIO
 
BRUNO/SHUTTERSTOCK.COM
)Tanto as lulas como os polvos são predadores e, nos seus tentáculos, existem muitas ventosas, que servem para o animal se fixar em locais estratégicos e, princi- palmente, para auxiliar na captura de suas presas. Mas eles também têm seus pre- dadores naturais e, para se defender deles, ambos possuem uma bolsa na região da cabeça, conhecida como “bolsa de tinta”. Quando se sentem ameaçados, eles con- traem a bolsa e liberam um líquido escuro, que se espalha rapidamente e despista o predador, enquanto eles fogem
com grande rapidez.
Os polvos possuem ainda outra eficiente estratégia para escapar dos predadores: eles podem mu- dar de cor em apenas alguns se- gundos e ficar camuflados onde se encontram.
A foto mostra a substância escura liberada pelo polvo.
 (
Experiência
Estudar
 
sobre
 
os
 
moluscos
 
nos
 
traz
 
muitas
 
informações
 
interessantes.
 
Mas
 
você
 
já teve a oportunidade de analisar como é o corpo desses animais? Com a orien-
 
tação
 
do
 
seu
 
professor,
 
realize
 
a
 
experiência
 
proposta
 
no
 
Material
 
de
 
Apoio
,
 
página
 
218
 
e
 
aprenda
 
muito
 
mais
 
sobre
 
esses
 
animais.
)
Em grandes proporções
 (
THE
 
YOMIURI
 
SHIMBUN/AFP
)Os cefalópodes apresentam os maiores espécimes de invertebrados. As lulas-gigantes, Architeuthis sp, po- dem alcançar 20 metros de comprimento, o que é mais ou menos o tamanho de um cachalote. Existem relatos de que no Mar do Japão já foram avistados polvos gigantes cujos tentáculos mediam de 10 a 15 metros.
 (
DIOMEDIA
 
/
 
FLPA
 
/
 
COLIN
 
MARSHALL
)Mas esse interessante grupo de moluscos, embora pequeno, apresenta muita variedade. A lula Idiosepius pygmaeus mede apenas 1 cm de comprimento e é o menor cefalópode conhecido.
Um exemplar da menor espécie de lula existente (Idiosepius pygmaeus)
Um exemplar de lula-gigante (Architeuthis sp)
Cefalópodes com conchas
 (
BLUEHAND/SHUTTERSTOCK.COM
)O Nautilus é um animal que vive em águas muito profundas. Ele é raro atu- almente e possui uma concha externa
de grande beleza.
A concha desse molusco não é igual à concha de um caracol, pois ela é formada em um processo diferente. Como esses animais vivem sob uma pressão muito intensa da água, sua concha é mais forte, tem mais cama- das e é bem mais pesada.
 (
LRAFAEL/SHUTTERSTOCK.COM
)Para contrabalancear o peso da concha, no interior dela existem câmaras que se enchem de ar e permitem que o animal se locomova. Entretanto, ele não é tão ágil quanto as lulas e os polvos.
A foto mostra uma concha de Nautilus cortada ao meio. Observe as câmaras que se enchem de ar para permitir a flutuação desses animais.
 Lamelibrânquios
O grupo dos lamelibrânquios engloba as ostras e os mariscos. O nome da clas- se significa “brânquias em forma de lâminas”. Eles também são conhecidos como bivalves, nome que significa “duas valvas”, ou uma concha formada por duas partes (valvas) unidas por uma musculatura. Essas conchas se abrem e fecham por contra- ção de músculos internos, que funcionam como dobradiças.
Esses animais praticamente não possuem cabeça. Neles não encontramos ór- gãos sensoriais, como os tentáculos, e eles não possuem rádula. A massa visceral possui vários órgãos, como nos gastrópodes, e fica protegida dentro da concha.
Eles são animais filtradores. Quando as valvas se abrem, uma corrente de água passa pelas brânquias, onde o oxigênio é absorvido. Ao passar pela boca, o molusco se alimenta de partículas de alimento suspensas na água.
 (
JIANG
 
ZHONGYAN/SHUTTERSTOCK.COM
)Esses animais são comu- mente encontrados fixados nas rochas. Isso é possível porque, no pé, eles possuem glândulas especializadas em secretar filamentos de pro- teínas que fixam o animal ao substrato.
 (
Vamos
 
fazer
1.
 
Leia
 
o
 
texto
 
a
 
seguir
 
e
 
responda
 
às
 
questões:
Ostras
 
podem
 
acumular
 
agentes
 
causadores
 
de
 
doenças,
 
comprova
 
pesquisa
A
 
cidade
 
de
 
Florianópolis,
 
capital
 
do
 
estado
 
de
 
Santa
 
Catarina,
 
é
 
a
 
principal
 
produtora dos moluscos conhecidos como ostras-do-pacífico, respondendo por
 
95%
 
da
 
produção
 
brasileira.
)
Sabemos que as ostras são animais filtradores e, por isso, podem acumular em seus corpos compostos químicos, além de vírus, bactérias e protozoários.
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) fez uma pesquisa para averiguar a qualidade dos mariscos consumidos pelas pessoas como alimento e tentar desenvolver uma maneira de diminuir a contaminação desses animais.
 (
PICTUREPARTNERS/SHUTTERSTOCK.COM
)Na pesquisa eles utilizaram ostras da espécie Crassostrea gigas, que se alimen- ta de plâncton por meio da filtração da água. Verificaram que, mesmo estando em locais considerados adequados, as ostras se contaminaram com vírus e me- tais pesados. A concentração no corpo do animal pode chegar a ser maior que na água do mar.
Uma maneira de se proteger du- rante o consumo é ingerir esses animais
Crassostrea gigas
cozidos à temperatura igual ou superior a 90 °C. Essa é uma forma de matar microrganismos, mas os pesquisadores alertam que a contaminação por substân- cias químicas e metais pesados, provenientes principalmente do petróleo, não pode ser retirada.
Os pesquisadores da UFSC estão tentando desenvolver depuradores em forma de pequenos tanques, nos quais a água é purificada com radiação ul- travioleta, que mata os microrganismos. Ao mesmo tempo, esses depuradores, instalados em restaurantes, por exemplo, afastariam as ostras também da conta- minação química.
Fonte de pesquisa: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/03/28/ostras-podem-acumular- agentes-causadores-de-doencas-comprova-pesquisa/>. Acesso em: jan. 2016.
a) As ostras são moluscos. A que grupo elas pertencem?
Elas pertencem ao grupo dos lamelibrânquios.
b) O que há de especial na concha desses moluscos?
A concha é formada por duas valvas, ou seja, duas partes que ficam unidas por uma musculatura.
c) Considerando a maneira como esses animais se alimentam, por que eles são conhecidos como bons indicadores da qualidade da água?
Por serem animais filtradores, quando a água do mar passa por suas brânquias, ficam retidos resíduos de substâncias orgânicas e compostos químicos. Ao estudar a contaminação desses animais é possível saber se o local de onde eles foram retirados está com a água contaminada.
d) De acordo com o texto, qual é o estado brasileiro responsável pela maior produção das ostras-do-pacífico?
O estado de Santa Catarina.
e) Qual foi a espécie de ostra estudada pelos pesquisadores da UFSC? O que eles averiguaram quando avaliaram as ostras que estavam em locais consi- derados adequados para sua criação?
Eles utilizaram ostras da espécie Crassostrea gigas e verificaram que, mesmo estando em locais considerados adequados, elas estavam contaminadas por vírus e algumas outras substâncias.
f) O que pode ser feito para oferecer à população ostras adequadas para o con- sumo?
Uma opção é consumir as ostras cozidas à temperatura superior a 90 ºC, para se proteger contra microrganismos. Porém, para se proteger da contaminação por compostos químicos, os pesquisadores estão desenvolvendo depuradores de água do mar em forma de tanques, que podem ficar fora do ambiente natural, como em restaurantes.
 (
PESQUISA
Uma espécie de caramujo africano denominado 
Achatina fulica 
foi considera-
 
da um dos cem organismos que mais se proliferam no planeta. Esse animal
 
foi introduzido no Brasil para substituir outra espécie de caramujo que era
 
servido
 
na
 
culinária
 
francesa,
 
chamadoescargot
.
 
Pesquise
 
na
 
internet
 
quais
 
estados do Brasil essa espécie já invadiu e como ela está prejudicando a bio-
 
diversidade
 
e
 
gerando
 
problemas
 
de
 
saúde
 
pública.
Registre
 
essa
 
pesquisa
 
em
 
seu
 
caderno.
Depois,
 
disserte
 
em
 
até
 
cinco
 
linhas
 
o
 
que
 
você
 
pensa
 
a
 
respeito
 
da
 
intro-
 
dução
 
de
 
espécies
 
exóticas
 
em
 
países
 
onde
 
essas
 
espécies
 
originalmente
 
não
 
ocorrem.
)
 Equinodermos
O nome desse filo significa “espinhos na pele” (echinos = espinho; derma = pele). Mas a grande marca desses animais não é o fato de na superfície de seu corpo existirem projeções calcárias que se assemelham a espinhos, e sim outra caracterís- tica marcante: a simetria radial ou, no caso específico dos equinodermos, a simetria pentâmera. Essa característica se refere ao plano do corpo. Os equinodermos não possuem cabeça, cauda, lado direito ou esquerdo. Seu corpo pode ser dividido em cinco partes iguais, que se arranjam em torno de um eixo central.
 (
KAMIRA/SHUTTERSTOCK.COM
)Simetria
Todos os equinodermos conhecidos são marinhos, mas eles não podem nadar nem flutuar. Eles são, portanto, animais bentônicos. Alguns vivem fixos, como os lírios-do-mar, e outros se arrastam sobre o substrato, que pode ser a areia ou rochas. Outra característica marcante dos equinodermos está na forma de movimen- tação de seus pés: eles apresentam o sistema ambulacrário – na região ventral do animal existem centenas de pés bem pequenos, semelhantes a ventosas, que ficam
arranjados em fileiras.
Internamente, existem tubinhos minúsculos e ampolas que servem de comuni- cação a esses pés. Por dentro desse sistema circula água do mar constantemente, e a pressão exercida vai variando à medida que isso ocorre. Quando a pressão é maior, o pé se enche e se estende;
quando a pressão diminui, ele retorna ao tamanho original. Isso ocorre em todos os peque- nos pés de forma coordenada e, com os movimentos de ex- tensão e contração, os equino- dermos podem se locomover.
Os equinodermos possuem boca e ânus, e, nos carnívoros, como as estrelas-do-mar, exis- tem glândulas internas que produzem sucos digestivos.
 (
alimento.
) (
Outras
 
funções
 
do
 
sistema
 
de
 
locomoção
O sistema ambulacral está
 
envolvido
 
também
 
no
 
de-
 
sempenho de outras tare-
 
fas,
 
como
 
nutrição,
 
respi-
 
ração
 
e
 
percepção
 
de
 
estí-
 
mulos sensoriais do am-
 
biente.
)Os ouriços apresentam cinco estruturas rígidas na cavidade bucal, que se assemelham a pequenos dentes. Eles usam essas estruturas para raspar as rochas e retirar delas as algas, sua principal fonte de
A reprodução desses animais é sexuada, mas a fecundação não ocorre no corpo da fêmea ou do macho, mas sim na água do mar. As fêmeas liberam os óvulos e os machos, os espermatozoides. Ao se encontrarem, ocorre a fecundação, formando a célula-ovo. Elas origi- nam larvas microscópicas, que fazem parte do plâncton. As larvas se desenvolvem e originam animais jovens.
 (
Os
 
moluscos
 
e
 
a
 
regeneração
As
 
estrelas-do-mar
 
têm
 
uma
 
capacidade
 
de
 
regeneração
 
muito
 
grande.
 
Quase
 
todas
 
as
 
partes
 
perdidas podem ser recompostas. Isso é muito importante para a preservação das espécies, pois,
 
mesmo
 
que
 
um
 
predador
 
se
 
alimente
 
de
 
parte
 
de
 
uma
 
estrela,
 
ela
 
poderá
 
se
 
manter
 
viva.
) (
TIAGO
 
SÁ
 
BRITO/SHUTTERSTOCK.COM
) (
ANDRE
 
SEALE/PULSAR
 
IMAGENS
)	
 (
DIOMEDIA
 
/
 
SCIENCE
 
SOURCE
 
/
 
TOM
 
MCHUGH
) (
NATUREDIVER/SHUTTERSTOCK.COM
)Estrutura bucal dos ouriços com cinco dentes	Ouriços-do-mar
 (
VILAINECREVETTE/SHUTTERSTOCK.COM
) (
KASCHIBO/SHUTTERSTOCK.COM
) (
KAROLINE
 
CULLEN/SHUTTERSTOCK.COM
) (
STUBBLEFIELD
 
PHOTOGRAPHY/SHUTTERSTOCK.COM
) (
SPHINX
 
WANG/SHUTTERSTOCK.COM
)O Filo dos Equinodermos possui apenas cinco classes: asteroides, equinoides, holoturoides, crinoides e ofiuroides.
Asteroides: estrelas-do-mar	Equinoides: ouriços-do-mar	Holoturoides: pepinos-do-mar
Crinoides: lírios-do-mar	Ofiuroides: ofiúros
Vamos fazer
1. Os moluscos possuem o corpo mole, o que torna o animal muito desprotegido contra os predadores. No entanto, eles possuem estruturas e estratégias contra os ataques. Comente isso dando três exemplos e especificando em qual grupo de moluscos eles podem ser observados.
Os alunos poderão citar os gastrópodes, que possuem uma concha feita de calcário. Também poderão lembrar-se dos cefalópodes, como os polvos, que possuem uma bolsa de tinta que libera um líquido escuro que confunde o predador e permite a fuga ou ainda sobre a capacidade de camuflagem desses animais.
2. No grupo dos moluscos lamelibrânquios encontramos as ostras, muito aprecia- das na culinária. Esses animais são sensíveis à poluição ambiental, pois são fil- tradores e estão se tornando raros. O que está sendo feito para que as espécies de ostras sejam preservadas?
Espera-se que os alunos comentem a importância do cultivo sustentável das ostras, de forma que elas não desapareçam dos ambientes naturais, até mesmo porque muitos outros seres vivos da cadeia alimentar dependem delas.
3. (
SERGEY
 
SKLEZNEV/SHUTTERSTOCK.COM
)A imagem mostra com detalhes os pés ambulacrários das estrelas-do-
-mar. Explique como esses animais se locomovem.
No interior do sistema de pés existem tubinhos minúsculos e ampolas que se comunicam. Por dentro desse sistema circula água do mar constantemente e a pressão exercida vai variando à medida que ela circula. Quando a pressão é maior, o pé se enche e se estende e quando a pressão diminui ele retorna ao tamanho original. Isso ocorre em todos os pequenos pés de
forma coordenada e com o movimento de extensão e contração dos mesmos os equinodermos podem se locomover.
 (
CIÊNCIA
 
EM
 
AÇÃO
)
Sanguessugas terapêuticas
Parece filme de terror, mas a cena de sanguessugas grudadas na pele não está apenas no cinema. Ela está também em diversos hospitais e centros de pesquisa espalhados pelo mundo. Os anelídeos de corpo achatado estão sendo usados, por exemplo, na remoção de sangue em áreas específicas de pacientes de cirurgias re- construtivas.
A técnica é antiga. Há séculos que tais vermes, especialmente os da espécie de água doce Hirudo medicinalis, são empregados para promover sangrias ou em outras terapias. A novidade é que estudos recentes têm mostrado que a utilização é muito maior. Eles podem ser aplicados, por exemplo, para reduzir a dor em pacientes com osteoartrite ou até mesmo para restaurar a mobilidade perdida com a doença.
Segundo uma reportagem na edição atual da revista Nature, Andreas Michalsen e Gustav Dobos, da Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha, têm realizado testes clínicos para estudar os efeitos da sanguessuga na osteoartrite, uma doença grave que causa inflamações e dores, afetando 20% das pessoas com mais de 65 anos. Em diversos experimentos preliminares, um incluindo 24 voluntários, os pes- quisadores colocaram até seis sanguessugas nas juntas dos pacientes, deixando-os ali por cerca de uma hora. Os vermes chegaram a ingerir sangue em quantidade
correspondente a até dez vezes seu peso corporal.
Após apenas uma semana de tratamento, houve uma redução de 64% na dor indicada pelos voluntários. Os benefícios, segundo os cientistas, permaneceram até três meses. “Após o tratamento, eu consegui até descer uma escada correndo”, disse Elfriede Klein, um dos pacientes.
O tratamento é indolor. “Ao aplicá-las, os pacientes sentem uma leve fisgada, mas depois não sentem dor ou qualquer outra sensação desagradável”, explica Michalsen.
Os pesquisadores alemães querem resultados mais conclusivos que indiquem os motivos do efeito verificado. “À medida que o verme morde, injeta um complexo coquetel de proteínas no hospedeiro por meio da saliva. Isso pode ser responsável pelos efeitos terapêuticos.”
O que se sabe, segundo o cientista, é que a saliva do verme contém pelo me- nos uma substância anti-inflamatória. Outra substância conhecida produzida pelo
 (
EVRU/SHUTTERSTOCK.COM
)animal é a hirudina, desco- berta há mais de umséculo. Trata-se de uma proteína que impede a coagulação do san- gue. Uma forma sintética de hirudina é vendida na forma de medicamento e os pesqui- sadores acreditam que muitos outros remédios derivados da sanguessuga serão descobertos no futuro.
A tendência parece certa. Algumas empresas já estão criando sanguessugas em cativeiro. Elas chegam a vender mais de 70 mil desses animais anualmente para usos clínicos. Nos Estados Unidos, a Leeches USA comercializa mais de 10 mil por ano, a sete dólares cada uma.
Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/2804>. Acesso em: jan. 2016.
De acordo com o texto, responda:
1. (
Glossário
Gota: 
doença na qual um
 
tipo de ácido (ácido 
úrico)
 
se
 
acumula
 
nas
 
articulações.
 
A pessoa doente sente dores
 
muito fortes e o local apre-
 
senta
 
um
 
inchaço
 
agudo.
)Na Índia, as sanguessugas são utilizadas para trata- mento de artrite, gota, vertigem crônica e sinusite. O tratamento permite que o fluxo de sangue no lo- cal onde está o problema aumente e mais oxigênio chegue, aumentando as chances de melhora. Como as sanguessugas podem fazer o papel de auxiliado- ras na circulação sanguínea?
As sanguessugas liberam uma substância chamada hirudina, que é anticoagulante. Essa substância impede que ocorra a coagulação no local da mordida e faz com que o sangue não pare de circular.
2. Algumas pessoas acham que os vermes não passam de seres asquerosos e que não possuem nenhuma função, por isso não fariam falta se fossem extermina- dos. Você concorda com isso? Após ler esse texto, como você passou a entender a importância desses animais?
Espera-se que o aluno faça uma análise crítica de certas atitudes comuns entre as pessoas, mostrando entender que todos os seres vivos são importantes e nos auxiliam de alguma forma. Eles poderão exemplificar com a minhoca ou com a própria sanguessuga, por exemplo.
 (
Agora
 
reflita:
O exemplo das sanguessugas apresentado anteriormente mostra que
 
até
 
mesmo
 
os
 
seres
 
a
 
que
 
não
 
costumávamos
 
atribuir
 
utilidade
 
de
 
fato
 
são úteis. Isso evidencia que devemos respeitar todas as formas de vida.
 
Cada
 
ser
 
vivo
 
tem
 
o
 
seu
 
valor
 
na
 
natureza!
)
 (
VENDO
 
UM
 
MUNDO MELHOR
)
Mariscos e ostras como fonte de renda sustentável
Os bivalves são moluscos filtradores, e essa forma de alimentação faz com que esses animais estejam mais expostos à ação dos poluentes, pois potencializa a absor- ção dos mesmos.
Outro problema que afeta bastante a sobrevivência desses animais é o extrati- vismo de espécies usadas na culinária. Os bivalves crescem lentamente e, como a extração de espécimes do ambiente nem sempre acontece de forma planejada, em alguns locais a preservação desses animais está seriamente prejudicada. Mas algu- mas estratégias muito eficientes têm permitido que eles continuem sendo utilizados, porém de forma sustentável.
Um bom exemplo ocorre na comunidade Palateia, situada na Barra de São Mi- guel, no litoral sul de Alagoas.
Os moradores dessa comunidade mantêm uma relação próxima com o ecossiste- ma de manguezal, local que serve de abrigo e berçário para muitas espécies nativas. Além do peixe e do caranguejo, amplamente explorados, a ostra coloca-se como uma alternativa para atender às necessidades nutricionais e se constitui em uma oportunidade de complementação de renda das famílias.
A necessidade de extrair as ostras visando apenas à comercialização e ao lucro, tornou-se uma ameaça ao ambiente, porque esses animais eram retirados sem o menor controle.
Eles teriam sido extintos se a população local não tivesse sido incentivada a fa- zer uma criação sustentável de ostras. A partir daí, os moradores locais aprenderam a cultivar esses animais no próprio manguezal e a planejar o manejo da população desses moluscos.
Isso tem transformado a vida dessas pessoas, pois agora elas preservam o am- biente e também têm uma fonte de renda mais promissora. As ostras que crescem nessas condições recebem uma certificação de qualidade e de produto sustentável, o que aumenta o preço de venda. Além da criação de ostras para fins alimentícios, os caiçaras estão aprendendo a utilizar todas as partes do molusco. As conchas podem ser usadas na indústria de fármacos, na fabricação de tijolos, na adubação de jardi- neiras e no artesanato.
 (
IVONNE
 
WIERINK/SHUTTERSTOCK.COM
)Os moradores de Pala- teia passaram de catadores de ostras a produtores de os- tras. Isso mostra que a natu- reza pode ser explorada, mas também deve ser preservada.
Fonte: <www.issuu.com/ojornalweb/ docs/27-marco-jornal>. pág. 13 a 16.
Acesso em: jan. 2016.
· Você acredita que iniciativas como essa podem melhorar a qualidade de vida das pessoas? Explique.
	
	
Espera-se que o aluno comente sobre a geração de renda e também sobre a preservação
	
	
da natureza. A preservação é a única forma de permitir que a população da comunidade
	
	
continue sobrevivendo com essa atividade.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Como evitar as verminoses
 (
AFRICA924/SHUTTERSTOCK.COM
)As verminoses são doenças comuns, mas nem por isso deixam de ser graves. Elas ocorrem mais em países tropicais, onde o clima favorece a vida e a reprodução desses animais. Mas os países onde existe maior número de pessoas que vivem em condições deficientes de saneamento e higiene também registram muitos casos de doenças desse tipo, principalmente entre as crianças.
Ao contrário do que muitas pessoas possam pensar, para controlar a ocorrência das verminoses não é suficiente tratar os doentes. O problema está na facilidade que as pessoas têm em contrair essas doenças. A falta de saneamento básico e de água tratada são problemas sérios que permitem que as verminoses se espalhem. O mau tratamento do lixo, que permite a proliferação desordenada de insetos e ratos, também é um grande agravante.
 (
MARIAN.P/SHUTTERSTOCK.COM
)Enquanto problemas desse tipo não forem resolvidos, as pessoas continuarão expostas às formas de contágio e, ainda que sejam tratadas, não estarão fora de risco.
 (
ELENA
 
ELISSEEVA/SHUTTERSTOCK.COM
) (
SUBBOTINA
 
ANNA/SHUTTERSTOCK.COM
)Contudo, medidas pessoais podem ser a forma mais eficiente de garantir a boa saúde. Os hábitos de higiene são indispensáveis para evitar contaminações: lavar as mãos com frequência, lavar bem os alimentos crus antes de ingeri-los, não ingerir carnes malcozidas, andar sempre calçado, não nadar em lagos e rios poluídos, e beber apenas água tratada e filtrada ou fervida. Cuidar bem do lixo, não o deixan- do exposto e jogado em qualquer lugar, também faz parte da responsabilidade de cada cidadão.
	
 (
YURIY RUDYY/SHUTTERSTOCK.COM
) (
JOSHUA
 
RAINEY
 
PHOTOGRAPHY/SHUTTERSTOCK.COM
)Manter as mãos limpas, mesmo se não puder lavar com água e sabão.
Lavar as mãos com frequência.
	
 (
BIKERIDERLONDON/SHUTTERSTOCK.COM
) (
VENUS
 
ANGEL/SHUTTERSTOCK.COM
)Lavar bem os alimentos crus.	Não andar sem calçados.
Jogar o lixo armazenado em sacos.	Beber água filtrada.
 (
CIÊNCIA
 
E
 
ARTE
)
Jeca Tatu e as verminoses da época
Monteiro Lobato foi o precursor da literatura infantil em nosso país. Ele se dedi- cou a escrever obras marcadas por uma linguagem simples e atrativa. Foi autor de contos muito conhecidos, que fazem parte da vida de muitas crianças até hoje. A maioria desses contos acontece no Sítio do Picapau Amarelo.
Lobato nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Em home- nagem ao seu nascimento, nesse dia comemora-se o Dia Nacional do Livro Infantil.
 (
MAURICIO
 
SIMONETTI/PULSAR
 
IMAGENS
)Foi um escritor comprometido com causas sociais e aproveitava o espa- ço da sua arte para protestar contra a situação dos trabalhadores e da saúde pública no Brasil de sua épo- ca. Assim nasceu o personagem Jeca Tatu, criado por Monteiro Lobato em sua obra Urupês, que contém 14 his- tórias baseadas no trabalhador rural paulista. Simboliza a situação do ca- boclo brasileiro, abandonado às do- enças pelos

Continue navegando