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– → Quais as causas? - Acidentes com ação de forças diretas; - Indiretamente em quedas com a mão espal- mada; → Desvios dos fragmentos - Dependem da energia das forças tendo como consequência lesões de partes moles → Nível da fratura - Importante já que a ação dos músculos sobre os fragmentos na fratura ocorre através de suas inserções. → Incidência desse tipo de fratura - 3% sobre todas as fraturas - 20% sobre as fraturas de fêmur → Lesão comum: - Terço-médio(60%) → Tratamento - Conservador → Bons resultados (encurta- mento ou desvio angular podem ser aceitos sem maiores complicações) - Cirúrgico → Indicações específicas → Avaliação: - Decisão se baseia no conhecimento anatô- mico sólido; - Cada caso em particular - Extensão da diáfise ✓ Borda sup. Do M. peitoral maior até a região supracondilar distalmente. - Fraturas acima da inserção do M.peito- ral maior: ✓ Fragmento prox- mal: Abdução e rotação(man- guito); ✓ Fragmento distal: Desvio me- dial(Peitoral maior) – - Fraturas entre a inserção dos Mm. Deltoide e do peitoral maior: ✓ Fragmento proximal: Desvio medial ✓ Fragmento distal: des- vio lateral - Fraturas distais a inser- ção do deltoide: ✓ Fragmento proximal: Abdução e flexão. ✓ Fragmento distal: Tra- cionado proximalmente. - Trauma direto ou indireto; - Principais causas: ✓ Quedas com a mão espalmada; ✓ Acidentes automobilísticos; ✓ Traumatismos diretamente sobre o úmero; ✓ Desportistas. - Energia absorvida determina o grau de des- locamento; - Fraturas com traumatismos de: 1. Baixa energia: ✓ Septos intermusculares atuam na estabilização dos fragmentos; ✓ Peso do braço ajuda a manter o alinhamento e o comprimento do úmero; 2. Alta energia: ✓ Cominuição óssea; ✓ Lesões mais graves de partes mo- les adjacentes ✓ Instabilidade na fratura - Forças de: 1. Compressão → Frat. Úmero proximal; 2. Angulares: Frat. Transversas de diá- fise umeral; 3. Torcionais: Frat. Espiraladas; 4. Torcionais + angulares: Frat. De traço oblíquo(“Fragm. Asas de borboleta”) Definição de fraturas Classificação AO(mais usada) Localização anatômica - Acima da inserção do m.peitoral maior - Entre as inserções do m.peitoral maior e do deltoide; - Abaixo da inserção do m.deltoide Traço e ca- racterística da fratura • Transversa • oblíqua • espiralada • segmentar • Cominutiva Lesão de par- tes moles (Gustillo) • Exposta: grau I, II ou III Lesão periar- ticular • Glenoumeral • Cotovelo Lesão nervosa • Nervo radial • Nervo mediano • Nervo ulnar Lesão vascu- lar • Artéria braquial • Veia braquial Condições in- trínsecas do osso • Normal • Patológico: metabólico, neoplásico, infeccioso Classificação AO/ASIF (artigo científico) ✓ A: traço único ✓ Localização; ✓ Traço ✓ Exposta ou fe- chada ✓ Lesão periarticular, nervosa e/ou vascu- lar associada ✓ Condição intrínseca do osso – ✓ B: Asa de Borboleta ✓ C: cominutiva - É evidente; - Sinais clássicos: ✓ Dor; ✓ Edema; ✓ Deformidade; ✓ Crepitação; ✓ Mobilidade anormal; - Acidentes de alta energia: ✓ Exame inicial objetiva avaliar e tratar situações que apresentam risco à vida; ✓ Posteriormente realiza-se exame oste- oarticular de rotina, em casos de poli- trauma, e , em traumatismo localizado no membro superior, o exame com- pleto de extremidade; - Procura por lesões associadas: ✓ Avaliar condições da pele e das par- tes moles; ✓ Presença de exposição óssea e/ou ar- ticular, edema e/ou deformidade nas articulações e status neurovascular ✓ Teste de sensibilidade e motricidade para os n. ulnar, n.mediano e n.ra- dial; ✓ Uso de doppler no exame vascular ✓ Medida de pressão compartimental em caso de suspeita de síndrome compartimental; - Exame radiográfico: ✓ Incidência anteroposterior e de perfil do úmero (+ art. Ombro e de coto- velo); ✓ Obtida com o pct em movimento sem rodar individualmente o membro afetado; ✓ Lesões muito cominutivas = radio- grafia com tração; ✓ Lesão de ombro ou cotovelo = radio- grafia com incidências específicas sobre essas regiões; ✓ Fraturas patológicas = cintilografia óssea, TC, RM → esclarecer a exten- são da doença. - Lesão nervosa: ✓ Diagnóstico é clínico; ✓ 1ºsemana de lesão = exames indetec- táveis p/ diferenciar neuropraxia de axonotmese e de neurotmese; ✓ 3° semana de lesão = exame de velo- cidade de condução nervosa pode fa- zer tal discriminação; ✓ 6°-8° semanas = surgimento de po- tenciais de reinervação diferenciam axonotmese de neurotmese; - Suspeita de lesão vascular: ✓ Arteriografia pode ser solicitada; ✓ Lesões graves, a urgência da inter- venção cirúrgica precede pelo exame; - Maioria das fraturas de úmero; - Fraturas não deslocadas: ✓ Evoluem de maneira satisfatória – 90-100% de chances de consolidação; – - Fraturas com deslocamento: ✓ Redução incruenta - Realinhamento é possível pela posição pendente do úmero e pelo relaxamento do seu envelope muscular - Impossibilidade de redução anatômica: ✓ Aceitos certos graus de desvio rotacional, encurtamento e angulação; ✓ Valores aceitáveis de desvio e encurtamento: 1. Angulação anterior de até 20°; 2. Varo de até 30°; 3. Encurtamento de até 2,5cm; - A fratura se comporta de maneira diferente quando a consolidação → importância de classificá-la: ✓ Transversa simples: dificuldades na consolidação por conta da pouca superfície de contato e das forças de distração no foco de fratura; ✓ Oblíquas, espiraladas e cominutivas: melhor evolução quanto a consolidação; - Métodos de tratamento conservador → “Pinça de confeiteiro” ou tala gessada em”U” - Amplamente usada na emergência/primeiro atendimento; - Procedimento de colocação da tala: Axila → Cotovelo → Borda acromial - Utiliza-se tipoia tipo collar and cuff → sustentação do membro superior em que pode ser regulada a flexão do cotovelo de acordo com a angulação da fratura. - Tala colocada utilizando-se do próprio peso do membro superior, em que o pct inclina o corpo p/frente, favorecendo a colocação da imobilização e ao mesmo tempo, possibilitando a redução e o alinhamento da fratura - É um método provisório, porém alguns autores sugerem seu uso como definitivo, até o final do tto. - Pode ser empregada: 1. Frat. Oblíquas; 2. Frat. Cominutivas; 3. Frat. Transversas; Obs: deve-se obter alinhamento e redução aceitáveis. - Evtada em pct obesos, poliitraumatizados e em fraturas em que não se consida redução satisfatória. → Gesso pendente - Fundamentado na gravidade - Aparelho gesado braquiopalmar→ parte sup. Do foco da fratura até a palma da mão, sustentado por tipoia que passa por uma argola fixada no gesso a altura do punho. - Pct. deve ser cooperativo e estar disposta a manter o membro sempre na posição pendente, deve dormir sentado; - Indicado: ✓ Frat. Oblíquas; ✓ Frat. Cominutivas; ✓ Frat. Transversas deslocadas e com encurtamento (peso do membro+gesso = redução e alinhamento da fratura) ; – → Velpeau - M. superior é imobilizado junto ao tronco; - Tipo gesado ou não gessado, em que são usadas apenas faixas elásticas ou malha tubular(vepeaul de verão); - Pode ser utilizado como coxim axilar p/ alinhar melhor a fratura; - Indicado para crianças ✓ Confere boa imobilização da fratura; ✓ Limita bastante as tarefas diárias; ✓ Força o repouso - Emrpegado no adulto e no idosos em casos de: ✓ Fraturas não deslocadas ✓ Fraturas que se mantêm bem reduzidas(estáveis); → Órtese de sarmiento(brace) - Compressão dos mm. Ao redor do úmero - Mantém todas as articulações do m. superiorlivres. - Gesso ou polipropileno com tiras para compressão; - Colocado apenas no braço deixando ombro e cotovelo livres para realizar atividades físicas; - Indicado: ✓ Continuidade do tratamento em fase secundária após o uso de outra imobilização mais rígida e em que já há menos mobilidade no foco de fratura e menor edema; ✓ 3 a 4 semanas para ocorrer o descrito a cima. - Frat. Transversa e Oblíquas do terço proximal têm pior evolução com brace. - pct obseos ou com lesão do plexo braqual têm mais propensão à falha com esse tipo de tratamento. - Redução aberta com fixação é indicada: ✓ Não se obteve redução fechada satis- fatória (frat. Segmentares) ✓ Frat. do terço distal do úmero(n.radial passa junto ao foco da fratura); ✓ Frat. patológica da diáfise = fixação interna intramedular ✓ Frat. + lesão vascular associada = es- tabilização pela manipulação pós-ope- ratória e proteção do procedimento vascular. ✓ Frat. da diáfise c/ lesões concomitan- tes do m.sup ipsilateral que necessitem de mobilização precoce ✓ Pct. politraumatizados - Brace versus osteossíntese 1. Pseudoartrose (20,6 vs. 8,7%) 2. Consolidação viciosa (12,7 vs. 1,3%) Indicações absolutas Indicações relativas Fraturas múltiplas Fraturas espirais longas Fraturas expostas Fraturas transversas Fratura de úmero bilate- ral Lesão do plexo braquial Fraturas segmentares ou cotovelo flutuante Paralisia primária do nervo radial Fraturas patológicas Déficit neurológico/Par- kinson Lesão vascular Obesidade Paralisia do radial após redução fechada Pacientes não cooperati- vos devido ao abuso de álcool ou drogas Pseudartrose Métodos do tratamento cirúrgico → Fixador externo - Método muito utilizado em traumas automo- bilísticos com fraturas expostas; - Devem ser respeitadas as suas indicações, pois complicações graves podem ocorrer, – como lesão do nervo radial, quanto a coloca- ção de pinos ou da redução fechada da fratura; - É necessário fazer uma pequena incisão com dissecção e proteção do nervo na colocação dos pinos. - Recomendação: ✓ Fraturas expostas, sobretudo naquelas que possui lesão de partes moles asso- ciadas, bem como em casos de perda óssea(principal); ✓ Conversão para osteossíntese defini- tiva com placa(7-14 dias) ✓ Tto de pseudoartrose infectada → Placas - Método mais utilizado - Alta taxa de consolidação; - Baixa taxa de reoperação - Evita desconforto ou rigidez das articulações adjacentes - Placa DCP de 4,5mm têm como objetivo for- necer fixação interna rígida e dar compressão no foco da fratura - 84 – 100% de consolidação; - Indicadas: ✓ Frat. redução e alinhamento difíceis pelo método incruento ✓ Frat. com lesão vascular associadas ✓ Pct politraumautizados ✓ Frat. transversas deslocadas Obs: Em fraturas expostas, é possível a fixa- ção primária com placa no momento da lim- peza e do debridamento das lesões de partes moles; - Utilizadas mais frequentemente em fraturas cominutivas → obtenção de estabilidade e pro- movendo consolidação pelo micromovimento no foco fraturário. → Fixação intramedular - Vantagem sobre a placa em relação a abor- dagem cirúrgica; - Realizada sobre o foco fechado preserva-se a circulação sanguínea periosteal - Diminui o risco de lesão do nervo radial(ape- sar de poder ocorrer lesão com manipulação abrupta e intensa); - Evita trauma muscular; - Abordagem menos agressiva; - Proporciona fixação mais rígida com o uso de parafusos de bloqueio, eliminando as for- ças rotacionais. - Índice de consolidação de 69-100%. - Hastes de diâmetro menor estão associadas a maior taxa de complicações - Contraidicações: 1. Lesão do nervo radial 2. Pseudoartrose atrófica → Lesão do nervo radial - 6-12% das fraturas diafisárias de úmero; - A lesão é do tipo neuropraxia ou axono- tmese, com resolução espontânea em três a quatro meses(maioria); - Prevalência de 11,8% em fraturas diafisárias do úmero, sobretudo nas transversas e espira- ladas dos terços médio e médio-distal; - A fratura oblíqua do terço distal ter sido re- lacionada a lesões do nervo radial, essa com- plicação está mais associada às fraturas do terço médio do úmero (60 a 69% dos casos); - Taxa de recuperação espontânea do nervo ra- dial de 70% e uma taxa de recuperação geral de 88%; - O diagnóstico clínico é feito testando-se a extensão do punho fechado e a extensão me- tacarpofalangiana com as articulações interfa- langianas fletidas; - A extensão das articulações interfalangianas proximais dos dedos está presente em lesões do nervo radial, pois é realizada pelos intrín- secos inervados pelo mediano e pelo ulnar - Em lesões do nervo radial no terço inferior do úmero, o envolvimento pode ser apenas do – nervo inte- rósseo pos- terior, man- tendo-se a extensão do punho pelo extensor ra- dial longo do carpo. - A transec- ção do nervo radial está associada às fraturas ex- postas; ✓ A exploração imediata desses casos gra- ves não tem bons resultados, devido à própria gravidade da lesão e à necessi- dade de se utilizar enxertia nervosa; - Já as lesões em que o nervo está intacto, como em fraturas fechadas, quase sempre re- cuperam bem, mesmo após trauma de alta energia; - Os primeiros sinais de recuperação ocorrem por volta de sete semanas, completando-se, em geral, em seis meses. - Nos casos de lesão do nervo radial associada à fratura exposta, a exploração cirúrgica está indicada. - A neuropatia radial surgida após a manipu- lação da fratura também justifica a interven- ção precoce desse nervo, bem como lesão vas- cular e lesão grave de partes moles; Indicações de exploração precoce Neuropraxia do radial após redução fechada Fratura exposta Lesão vascular Ferimento por arma de fogo de alta veloci- dade Lesão grave de partes moles - o manejo recomendável dessa lesão é con- servadora (exceto nos casos citados); ✓ observação por três a quatro meses e exploração cirúrgica se houver persis- tência da lesão - O tratamento conservador da lesão de nervo radial deve ser realizado para a manutenção da mobilidade passiva do punho e da mão até a recuperação do nervo; - Exercícios devem ser executados pelo fisio- terapeuta ou pelo próprio paciente ou familiar, todos os dias; - A tala com extensão passiva dinâmica dos dedos nas articulações metacarpofalangianas auxilia no treinamento e deve ser utilizada al- gumas horas por dia. - Está indicado, também, o uso de tala noturna para manter o punho em extensão neutra. → Lesões vasculares - Essas lesões associadas a fratura são uma emergência traumatovascular; - Incidência de 3% dos casos; - Causas: ✓ Lesão penetrante por arma de fogo; ✓ Fratura exposta; ✓ Interposição entre os fragmentos ósseos ou compressão pelo hematoma e/ou edema; ✓ O diagnóstico clínico de lesão da artéria braquial é facilitado nos casos de fratura exposta e pode ser complementado com arteriografia, dependendo do caso e da ur- gência do tratamento cirúrgico; ✓ A osteossíntese de úmero está sempre in- dicada nesses casos, imediatamente antes do procedimento vascular, desde que a le- são esteja tamponada e a extremidade não apresente risco iminente. ✓ A discussão prévia ponderada do caso com o cirurgião vascular é que vai, de fato, ditar a sequência na abordagem; ✓ O acompanhamento do pós-operatório deve estabelecer um controle rigoroso da condição vascular da extremidade, que – pode necessitar de fasciotomias de alívio no braço, no antebraço e na mão. → Consolidação viciosa - É um problema pós-fratura de diáfise umeral - Desvios angulares de 20 a 30° podem ser aceitos, sobretudo em pessoas obesas - A grande mobilidade articular do ombro pode compensar desvios rotacionaisde até 15°. Encurtamentos de até 2,5 cm não causam prejuízos funcionais. - Em casos de desvios mais extremos com perda funcional, osteotomia corretiva com placa e parafusos está indicada. → Pseudoartrose - Fraturas não consolidadas após 6 meses; - Pode ocorrer em 10-30% dos casos, depen- dendo do método de tratamento escolhido; - Maior incidência: ✓ Fraturas expostas e segmentares; ✓ Traumatismo de alta energia; ✓ Fraturas mal reduzidas e/ou com pro- blemas de fixação. - Pacientes com rigidez de ombro ou de coto- velo, por colocarem maior estresse no foco de fratura, é preciso considerar o maior risco de pseudartrose; - Risco aumentado: ✓ Idade avançada; ✓ Diabetes; ✓ Desnutrição; ✓ Obesidade ✓ Uso de corticosteroides ou de anticoa- gulantes ✓ Irradiação prévia; ✓ Fraturas sob queimaduras; - Importante coletar a história e do exame fí- sico na abordagem do paciente com pseudoar- trose; - Na suspeita de infecção, a cintilografia óssea com gálio auxilia no diagnóstico; - Tratamento da pseudoartrose: ✓ Manutenção da estabilidade óssea; ✓ Eliminar gaps; ✓ Manter ou restaurar a vascularização; ✓ Erradicar a infecção (se presente); - O tratamento comprovadamente eficaz é re- alizado com placa e parafusos ou haste intra- medular, ambas acompanhadas de enxertia ós- sea corticoesponjosa. - Nos casos em que a pseudartrose é do tipo hipertrófica ou hipervascular e necessita ape- nas de estabilização óssea para consolidação. - As pseudartroses infectadas devem ser trata- das com fixador externo e debridamento ex- tenso do tecido comprometido
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