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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS Instituto De Ciências Exatas / Departamento De Química DISCIPLINA: IEQ645: Cromatografia em papel/ PROFESSOR: Emmanoel Vilaça Costa DATA DE ENTREGA: 08/04/2021 Resumo do capítulo cromatografia em papel (CP) DISCENTE: Jéssica Fernandes Auzier / 21851606 CROMATOGRAFIA EM PAPEL – CP É uma técnica de separação de substâncias na qual utiliza métodos físicos e químicos, em função do deslocamento diferencial de solutos na interação da fase móvel (FA) com a mistura presente na fase estacionária (FE). PRÍNCIPIO Utiliza-se a cromatografia de partição pois as substâncias são particionadas ou distribuídas entre as fases líquidas. Componentes mais solúveis na FE serão retidos com movimentação mais lenta, enquanto os menos solúveis terão uma movimentação mais rápida. EQUIPAMENTO UTILIZADO Suporte – papel onde fica retida a fase estacionária. Utiliza-se os papéis das marcas Whatman e Macherey-Nagel. Fase móvel – Solventes que fluem pelo papel. Revelador ou agente cromogênico – Agente físico (UV) ou químico (vapor de iodo). PROCEDIMENTO 1) Escolher o tipo de CP; Tipo de CP Direção do solvente Ascendente De baixo para cima. Descendente De cima para baixo. Ascendente e Descendente Em duas direções após um ponto específico. Radial ou circular Do centro para periferia. Bidimensional Direções perpendiculares 2) Selecionar um papel adequado; Tipo de papel Método utilizado Acetilado Separar substâncias hidrofílicas. Impregnado Separação de substâncias moderadamente hidrofílicas ou hidrofóbicas. Carregado Dispersão de resinas poliestirênicas. Fibra de vidro Condições extremas de temperatura e acidez. Tratado Substâncias anfóteras ou com muitas hidroxilas. 3) Escolha da fase móvel Deve-se levar em consideração a viscosidade e polaridade do solvente. Solventes Éter de petróleo Hexano Benzeno Éter dietílico Clorofórmio Acetato de etila Diclorometano Butan-2-ol Acetona Etanol Metanol H2O 4) Preparação da amostra Deve ser dissolvida preferencialmente num solvente volátil com menor volume possível. Solventes recomendados: éter dietílico, clorofórmio, acetato de etila, acetona, etanol, etc. 5) Preparação do papel No papel faz-se as seguintes demarcações: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS Instituto De Ciências Exatas / Departamento De Química DISCIPLINA: IEQ645: Cromatografia em papel/ PROFESSOR: Emmanoel Vilaça Costa DATA DE ENTREGA: 08/04/2021 Resumo do capítulo cromatografia em papel (CP) DISCENTE: Jéssica Fernandes Auzier / 21851606 P o larid ad e Marcar 2,0 cm da borda inferior para o ponto de partida, com intervalo de 1,5 a 2,0 cm dos pontos de aplicação. Realizar uma segunda marcação com 10 cm de distância do ponto de partida para percorrer a fase móvel. Dependendo da amostra é necessário tratar o papel para uma cromatografia reversa, onde ocorre a inversão da polaridade da F.E. Fase Normal Fase Reversa Fase móvel Apolar Polar Fase estacionária O papel é tratado com solução de acetona e DMF. O papel é tratado com parafina, óleo ou dissolvidos em solventes orgânicos. Melhor separação de substâncias Substâncias hidrófobas (apolares). Substâncias hidrófilas (polares). 6) Aplicação A aplicação ocorre através de microsseringas, micropipetas ou tubos capilares, aplicando-se 1µL por vez garantindo o diâmetro da mancha de 0,5 cm. O volume da amostra a ser utilizado varia conforme a sensibilidade da reação cromogênica empregada na revelação. 7) Desenvolver o cromatograma; Em um recipiente de vidro hermeticamente fechado, sem deixar escapar os vapores da fase móvel, coloca-se o papel da cromatografia de forma com que o solvente do recipiente não encoste na linha de partida com as substâncias. Para manter a saturação do recipiente é necessário colocar os papéis de filtro, embebidos na fase móvel e aderidos às paredes laterais do recipiente. 8) Secagem do papel e detecção dos compostos; Durante a secagem do papel é importante manter uma temperatura para poder conseguir uma reprodutibilidade Rf. • Método de detecção químico: Através de uma solução reveladora borrifada sobre o papel ou por meio de absorções no U.V. que se tornam fluorescentes. • Métodos biológicos e enzimáticos: baseia-se na inibição de certos microorganismos. POR QUE OCORRE? O papel (fase estacionária) é constituído de celulose que por sua vez possui em sua maioria moléculas de glicose. As hidroxilas pertencentes a molécula torna-a bastante hidrófilas, apolares. Sendo assim, a fase estacionária é apolar. Solventes menos polares são repelidos por essa estrutura e funcionam como fase móvel. Desta forma ocorre a separação. CONSIDERAÇÕES • Amostras: microgramas a miligramas; • Depende da concentração e diâmetro da mancha aplicada; • Tempo: rápida ou demorada; • Controle rigoroso das condições; • Usa-se cubas fechadas; • Substâncias corrosivas não serve com agente cromogênico; • Sensibilidade regular; ANÁLISE QUALITATIVA Através de uma substância padrão é comparado a cor e o Rf. O fator de retenção (Rf) é dado pela razão da distância da substância (ds) percorrida pela distância da fase móvel (dm) percorrida. Em caso de substância desconhecida depois de separada, deve ser eluida do papel e submetida a uma técnica instrumental adequada (U.V., E.M., I.V., absorção atômica, fluorescência por raios X, etc.) ANÁLISE QUANTITATIVA Pode-se fazer a determinação da substância diretamente no papel ou depois de extraída do mesmo. • Diretamente no papel Comparação da intensidade das cores reveladas – É analisado em série a intensidade das manchas das diluições do padrão e da amostra que mais se aproximam. Área da mancha – Após o cromatograma pronto, corta-se a área correspondente à mancha e pesa-se. Em seguida é desenvolvido gráficos de área. Análise densiométrica – Através de um densitômetro é analisado os picos das substâncias, na qual as áreas são proporcionais à concentração das substâncias. • Extração Técnica 1: Após o desenvolvimento do cromatograma, emprega-se um agente cromogênico para a formação do derivado colorida e depois extrai-se do papel e faz a leitura em um espectrofotômetro. Técnica 2: Através de padrões nas laterais do papel e com um revelador delimita-se a região onde deve estar a substância, para posteriormente ser analisada. APLICAÇÕES • Determinar drogas em humanos e animais; • Verificar a pureza dos produtos farmacêuticos; • Detectar adulterantes;
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