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2021 - Modelo de Petição - Pedido de Revogação de Prisão Temporária

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Prévia do material em texto

MODELO DE PETIÇÃO - PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE 
PRISÃO TEMPORÁRIA - PROFESSOR LENILDO 
MÁRCIO DA SILVA 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1.ª VARA DO 
JÚRI DA COMARCA DE xxxxxxxxxx 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo de Numeração Única xxxxxxxx 
 
ACUSADO: ELE e outros 
 
PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO TEMPORÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELE, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, 
vem, à ilustre presença de Vossa Excelência, através de seu representante legal 
que ao final assina (Procuração Ad Judicia inclusa – doc.01), 
apresentar PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO TEMPORÁRIA, com 
fundamento nas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
 
DOS FATOS 
 
1 – O ora Requerente foi acusado, com outros, pelo Ministério Público 
do Estado de XXXX, da prática dos crimes previstos, respectivamente, 
no art.121, §2º, inciso I (motivo torpe), do Código Penal, art.2º, caput e §1º, 
da Lei n.º 12.850/2013, art.1º, inciso I, alíneas “a” e “b”, da Lei n.º 9.455/97, 
e art. 138, §2º, do Código Penal. 
 
 
2 – Em decorrência de tais acusações, o Requerente e outros, foram 
presos temporariamente, por, supostamente, no dia XX do mês de XXX de 2.018, 
em associação criminosa, matarem a vítima SEI, policial federal, simulando o 
envolvimento deste com o tráfico de drogas, imputando-lhe falsamente a prática 
de crime, e, mediante tortura da vítima JO, obtiveram deste a versão de 
depoimento que permitiu a incriminação daquele, tendo o Requerente papel de 
destaque no desenvolvimento das referidas práticas criminosas. 
 
Mediante tais acusações, o Requerente TEVE SUA PRISÃO 
TEMPORÁRIA DECRETADA para garantia das investigações policiais, pela 
Dra. ANA, Juíza Titular da 1ª Vara do Júri da Comarca de XXXX, nos termos 
abaixo reproduzidos – Cópia da Decisão inclusa – doc.02: 
 
“(...) 
 
Narram as autoridades policiais que no dia XX do corrente mês e 
ano foi morto dentro de um dos quartos do hotel “XXXXX”, o policial federal 
SEI pelos integrantes da policia civil do Estado de XXXX: (...). 
 
Divulgou-se na imprensa local que o policial federal estaria 
diretamente envolvido no crime de tráfico interestadual de drogas, cuja 
informação fora obtida quando a prisão de JO, ocorrida no mesmo dia da 
morte do PF. 
 
(...) que devido a notícia do envolvimento de agente público 
federal em crime hediondo começaram a apurar os fatos para dimensionar 
a participação do mesmo nos eventos criminosos divulgados. 
 
Ocorre que da prévia investigação realizada vislumbrou-se a 
distorção dos fatos que levaram a óbito o policial federal, com o 
envolvimento de delegados e agentes da policia civil que teriam construído 
uma versão fantasiosa para ocultar a verdade. 
 
(...) 
 
Da perfunctória análise do constante nos três processo, apurou-
se que existe bastante incongruência entre o narrado no APF n.º XXX/2018 
e os indícios até o momento apresentados acerca prisão de JO e a morte 
de SEI, (...). 
 
(...) 
 
O previamente apurado pelas autoridades policiais federais 
revela extrema preocupação e gravidade, uma vez que envolve a possível 
participação de agentes públicos de segurança vinculados à Polícia Civil 
do Estado de XXXXXX no cometimento de crimes hediondos, que podem 
ter inclusive causado a morte de um POLICIAL FEDERAL. 
 
(...) 
 
A segregação de (...) ELE se justifica, uma vez que como 
trabalham no meio policial, em liberdade podem dificultar as investigações 
com a destruição de prova e coação de testemunhas, como aparentemente 
já fizeram, ao modificar a situação fática como consta no APF n.º 
XXXX/2018 e divulgado na imprensa e redes sociais. 
 
(...) 
 
Do exposto, determino a prisão temporária, por 30 (trinta) dias, 
com base na Lei n.º 8.072/90, de (...). 
 
(...) ” 
 
 
3 – Todavia, Excelência, A PRISÃO TEMPORÁRIA DO 
REQUERENTE DEVE SER REVOGADA, para atender à lei, ao direito e à 
justiça, como a seguir passará a ser demonstrado. 
 
 
DA NECESSIDADE DE REVOGAÇÃO DA PRISÃO 
TEMPORÁRIA DO REQUERENTE – DAS RAZÕES DE 
FATO E DE DIREITO 
 
 
DA PERDA DE NECESSIDADE DA PRISÃO TEMPORÁRIA DO 
REQUERENTE 
 
4 – Conforme decisão acima transcrita que decretou a prisão 
temporária do Requerente, este seria um risco para as investigações policiais, 
em razão de suas atividades policiais, o que lhe propiciaria facilidade para 
destruir provas e coagir testemunhas. 
 
No caso em análise, a referida prisão não cumpre mais a função 
a que se propõe, senão vejamos. 
 
Estabelece o artigo 1º, inciso I, da Lei n.º 7.960/89, que dispõe acerca 
da prisão temporária o seguinte: 
 
Art. 1° Caberá prisão temporária: 
 
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito 
policial; 
 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer 
elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; 
 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer 
prova admitida na legislação penal, de AUTORIA ou participação do 
indiciado nos seguintes crimes: 
 
(...) 
Dessa forma, Excelência, a PRISÃO TEMPORÁRIA DO 
REQUERENTE ENCONTRA-SE COMPLETAMENTE ESVAZIADA, uma vez 
que os depoimentos relativos ao caso sob investigação foram colhidos, 
todos os documentos e provas possíveis relacionados com o caso foram 
arrecadados, assim como o Requerente não possui “poder” para 
atrapalhar a colheita de prova relativa às informações relativas à quebra de 
sigilo telefônico decretada, e, em assim sendo, NÃO TEM O REQUERENTE 
COMO ATRAPALHAR AS INVESTIGAÇÕES, haja vista que toda a prova 
pertinente às investigações já foi produzida. 
 
Ressalte-se, ainda, Excelência, que, em verdade, apesar do 
Requerente ter sido preso temporariamente no dia XX/XX/2018, o mesmo está 
afastado de suas funções desde o dia XX/XX/2018, conforme evidencia 
a Cópia da Portaria n.º XXXXXX, que segue inclusa – doc.03. 
 
Em assim sendo, já são quase 20 DIAS, que o Requerente está 
afastado de suas funções policiais, o que propiciou um desenvolvimento 
tranquilo das investigações policiais pertinentes ao caso em apuração, com farta 
colheita de prova, sem qualquer tipo de atrapalhamento no seu desenvolvimento 
por parte do Requerente. 
 
Destaque-se, ainda, Excelência, que, diferentemente do 
imaginado, em nenhum momento o Requerente foi óbice ao 
desenvolvimento dessas investigações, pois jamais agiu de forma arbitrária 
e/ou ilícita, estando com sua consciência tranquila com relação às acusações 
que estão lhe sendo imputadas, pois, agiu neste caso como sempre agiu em 
toda sua carreira policial, de forma legal, proba e de acordo com os 
procedimentos e regras de conduta policial. Frise-se, ainda, que estas 
afirmações são facilmente comprovadas através da Cópia da petição 
apresentada a este juízo, pelo patrono do Requerente – doc.04, onde o 
mesmo inclusive apresentou a Vossa Excelência o seu passaporte, dando 
provas de não temer nem as investigações que estavam sendo desenvolvidas 
em seu desfavor, nem a aplicação da lei penal contra si, pois, como diz o dito 
popular “QUEM NÃO DEVE NÃO TEME”. 
 
 
5 – Importante destacar, ainda, o que seja a prisão temporária e qual 
a sua função, conforme o entendimento do doutrinador GUILHERME DE SOUZA 
NUCCI, em sua obra PRISÃO E LIBERDADE– 4ª Edição – Revista e 
atualizada – Editora Forense, às fls. 48 A 50, conforme abaixo reproduzido: 
 
“(...) 
 
A prisão temporária é uma das modalidades de prisão cautelar, 
de cunho persecutório penal, decretada na fase da investigação criminal, 
com o objetivo de aprimorá-la, tornando-a eficiente, dentro dos parâmetros 
constitucionais. 
(...) 
 
Antes da Constituição Federal de 1988, adotava-se, em meio à 
investigação policial, a chamada prisão para averiguação, representada 
pelo encaminhamento à força do suspeito à delegacia, visando-se à 
apuração da materialidade ou autoria de um delito. Cometido um crime 
grave, focava-se um suspeito e, para amealhar provas, dando-se alguma 
segurança às testemunhas do fato, prendia-se o indivíduo para averiguar o 
ocorrido, fazendo-osem mandado judicial, nem tampouco a concretização 
de flagrante. (...) 
 
Entretanto, editada a Constituição Federal de 1988, estipulou-se, 
no art. 5.º, LXI, que “ninguém será preso senão em flagrante delito ou por 
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo 
nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos 
em lei”. 
 
Diante disso, excetuadas a prisão em flagrante e a prisão militar, 
somente o juiz pode determinar a detenção de alguém, desde que 
competente para tanto, fazendo-o por meio de ordem escrita e 
fundamentada. Caiu em desuso a prisão para averiguação, que, uma vez 
realizada, constitui crime de abuso de autoridade. 
 
INAUGURA-SE A FASE DA PRISÃO TEMPORÁRIA, CUJA META 
É ASSEGURAR A PRODUTIVIDADE E A EFICÁCIA DA INVESTIGAÇÃO 
CRIMINAL. ENTRETANTO, O TEOR DA LEI É VAGO, SEM 
ESPECIFICAÇÕES PRECISAS, DANDO MARGEM A INTERPRETAÇÕES 
DEMASIADO ELÁSTICAS. 
 
(...) 
 
(...)SOMENTE SE PODE DECRETAR A TEMPORÁRIA NAS 
HIPÓTESES DESCRITAS PELO INCISO III ASSOCIADA À 
IMPRESCINDIBILIDADE PARA AS INVESTIGAÇÕES DO INQUÉRITO 
POLICIAL OU QUANDO O INDICIADO NÃO TIVER RESIDÊNCIA FIXA OU 
NÃO FORNECER ELEMENTOS SUFICIENTES AO ESCLARECIMENTO DE 
SUA IDENTIDADE. 
 
(...) 
 
Substituindo a prisão para averiguação, a temporária destina-se, 
muitas vezes, a permitir a colheita de provas da materialidade da infração 
penal e dos elementos básicos de autoria. Eis porque se trata de um mal 
necessário. Embora de curta duração, nem sempre decretada em função 
de motivos sólidos, pelo menos se trata de medida cautelar privativa de 
liberdade controlada pelo Judiciário. 
 
(...) 
 
(destaques nossos) 
 
Desta forma, Excelência, mediante as claras explicações do ilustre 
doutrinador suso, fica evidente que A PRISÃO TEMPORÁRIA DO 
REQUERENTE PERDEU A SUA FUNÇÃO, MOTIVO PELO QUAL DEVE SER 
REVOGADA. 
 
 
6 – Destaque-se, ainda, Excelência, que no sentido da pretensão do 
Requerente é a JURISPRUDÊNCIA DE NOSSOS TRIBUNAIS PÁTRIOS, 
conforme os julgados abaixo reproduzidos: 
 
a) TJ-SP - Homicídio Simples 00318672620148260000 SP 
0031867-26.2014.8.26.0000 (TJ-SP) 
 
Data de publicação: 22/07/2014 
 
Ementa: Habeas Corpus. Homicídio. Prisão temporária. 
Revogação. Admissibilidade. Paciente que foi custodiado e interrogado 
sem embaraços, indicando onde pode ser encontrado. Embora exista 
alguma flexibilidade na definição pelo Juiz de seu período de duração, 
dentro do mínimo e máximo legal, uma vez satisfeito o desiderato da prisão 
temporária nas investigações mostra-se dispensável o decurso completo 
do prazo originalmente fixado. Parecer da PGJ favorável à concessão da 
ordem. Ordem concedida para revogar a prisão temporária, convalidada a 
liminar. 
 
 
b) STJ: “Embora seja certo que a Lei 7.960/89, no seu artigo 2.º, 
tenha estabelecido o prazo de 5(cinco) dias para a duração da prisão 
temporária, a excepcionalidade da medida constritiva de liberdade exige 
que esta perdure apenas pelo período necessário à consecução dos fins 
por ela almejados. Tendo a prisão temporária sido decretada em razão da 
sua imprescindibilidade para as investigações criminais, já que necessária 
a colheita em separado dos depoimentos dos investigados, para evitar 
prévio ajuste das versões, e já tendo sido ouvido o segregado pela 
autoridade policial, evidente o esvaziamento da finalidade da medida, não 
existindo fundamento idôneo capaz de justificar a sua manutenção no 
cárcere.” (HC 206.182-MA, 5.ª T., rel. Jorge Mussi, 06.08.23013, v.u.). 
 
 
7 – Polo exposto, Excelência, fica evidente a NECESSIDADE DE 
REVOGAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA DO REQUERENTE, HAJA VISTA 
QUE A MESMA JÁ ATINGIU SEU ESCOPO, E, CONSEQUENTEMENTE, 
ESVAZIOU-SE DE SUA FUNÇÃO, SENDO COMPLETAMENTE 
DESNECESSÁRIA A PERMANÊNCIA DO ACUSADO NO AMBIENTE DO 
CÁRCERE. 
 
Some-se a tudo isso, Excelência, que a digna magistrada foi induzida 
a erro pela Autoridade Policial Federal para decretação da prisão do Requerente, 
como a seguir passará a ser demonstrado. 
 
DA INDUÇÃO A ERRO DA AUTORIDADE JUDICIAL PELA 
AUTORIDADE POLICIAL FEDERAL PARA DECRETAÇÃO DA PRISÃO DO 
REQUERENTE 
 
8 – Inicialmente destaque-se que o Requerente, bem como a sua 
equipe, agiram no ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL, uma vez que 
estavam investigando criminosos ligados ao tráfico de drogas no Estado de 
XXXXXX. 
 
Em nenhum momento agiram de forma ilegal/arbitrária no 
desenvolvimento da operação e a vítima SEI foi apontado sim por JO como um 
dos seus associados nas práticas criminosas, e, se essa informação não é 
verdadeira, o Requerente não tem nada a ver com isso, e jamais, em nenhum 
momento, manipulou o depoimento prestado pelo mesmo. 
 
Diferentemente da versão mirabolante apresentada pela Autoridade 
Policial Federal em sua representação, o Requerente, nem sua equipe, em 
nenhum momento, jamais agiu de forma criminosa, sendo todas as suas ações 
voltadas exclusivamente para a persecução criminal de agentes criminosos do 
tráfico de drogas. 
 
Destaque-se, ainda, que a droga apreendida, não foi “plantada”, e o 
fato do depoente TORLA ter feito o reconhecimento da droga apreendida, como 
sua, atesta a veracidade de tal afirmação. 
 
Outro ponto explorado pela Autoridade Policial Federal para induzir 
Vossa Excelência à prisão do Requerente foi o desencontro de horários, 
consequência do cansaço gerado pela operação policial bem como pelo horário 
do sistema, mas isso, por si só, não torna a operação policial realizada criminosa. 
 
Por fim, esclareça-se que a presença de ALMIR na Delegacia ocorreu 
tão somente em razão de seu filho DEDÉ estar detido na mesma, e jamais o 
mesmo acompanhou o depoimento de JO, sendo tal afirmação completamente 
mentirosa, tal qual as demais relativas ao procedimento policial adotado em sua 
prisão. 
 
As mentiras do depoimento de JO são evidenciadas pela ausência de 
qualquer lesão corporal no mesmo, apesar do relato de que apanhou por demais, 
por três vezes, em três momentos diferentes de sua prisão, todavia o Laudo de 
Lesões Corporais realizado no mesmo, cuja cópia segue inclusa - –doc.05, não 
evidenciou nem mesmo um hematoma sofrido pela “vítima”. 
 
Se houve induzimento de quem quer que seja em seu depoimento 
prestado, este, certamente, foi da Autoridade Policial Federal, em relação ao 
“depoente” TORLA, uma vez que houve verdadeira inovação processual penal 
com o mesmo, adotando-se o procedimento de ENTREVISTA, previsto em 
legislação própria da Autoridade Policial Federal, depois de retirar o referido 
“depoente” de seu voo. 
 
Todas essas informações, Excelência, e muitas outras foram 
sonegadas pela Autoridade Policial Federal, em sua representação, apesar de 
serem de seu conhecimento, conforme é facilmente percebido de uma análise 
superficial do Inquérito Policial produzido pela mesma, selecionando apenas as 
partes que lhe interessavam objetivando prejudicar o Requerente e sua equipe, 
em uma verdadeira busca de “vingança” contra aqueles que, na realidade, 
apenas cumpriram com suas obrigações. 
 
 
9 – E também por isso, Excelência, se pede a REVOGAÇÃO DA 
PRISÃO TEMPORÁRIA DO REQUERENTE, a qual, a bem da verdade, jamais 
deveria ter sido decretada, todavia, não havia como Vossa Excelência decidir de 
forma diferente, mediante a maquiavélica manipulação dos fatos realizada pela 
Autoridade Policial Federal em sua representação. 
 
 
DO PEDIDO 
 
10 – Mediante as razões de fato e de direito expostas, devidamente 
subsidiadas pelo conjunto probatório dos presentes autos processuais e pela 
documentação que segue inclusa no presente pedido, vem o ora Requerente, à 
ilustre presença de Vossa Excelência, através de seu representante legal que ao 
final assina, REQUERER: 
 
a) QUE SEJA CONCEDIDA REVOGAÇÃO DA PRISÃO 
TEMPORÁRIA DO REQUERENTE, HAJA VISTA ESTA NÃO CUMPRIR MAIS 
AS FUNÇÕES A QUE SE PROPÕE; 
 
b) QUE SEJA EM CARÁTER DE URGÊNCIA EXPEDIDO ALVARÁ 
DE SOLTURA EM FAVOR DO REQUERENTE, A SER CUMPRIDO JUNTO AO 
DIRETORDA PENITENCIÁRIA XXXXXX AFIM DE QUE SEJA RESTITUÍDO 
EM SUA LIBERDADE, VISTO NÃO EXISTIR NO PRESENTE CASO 
ELEMENTOS AUTORIZADORES DA SEGREGAÇÃO CAUTELAR. 
 
O que se pede é que Vossa Excelência não acredite na fórmula 
mirífica e cruel de impor a purificação do ora Réu através das chamas do 
fogo. Perde – se um santo, mas salva-se umhomem, como nos ensina 
lucidamente o grande mestre EVANDRO LINS E SILVA, em seu livro “A defesa 
tem a palavra”. 
 
Esteja certa, Excelência, de que, em acolhendo o PEDIDO DE 
REVOGAÇÃO DE PRISÃO TEMPORÁRIA do Requerente, estará 
confeccionando ato da mais pura e cristalina JUSTIÇA! 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
xxxxx-xx, xx de xxxxx de 2.018. 
 
 
 
ADVOGADO 
OAB

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