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Cavalinha (Equisetum arvense) A cavalinha é um gênero de plantas com várias espécies, sendo a mais documentada a espécie Equisetum arvense, de origem européia e é também conhecida como rabo-de-cavalo, cola-de-cavalo, milho-de-cobra, cauda-de-raposa, cana-de-jacaré, erva-canudo, lixa-vegetal, dentre outros nomes populares. Pertence a família Equisetaceae. A cavalinha apresenta dois tipos de talos. No início da primavera começam a surgir os talos férteis, que atingem em torno de 10 a 25 cm de altura e possuem cor acinzentada e morrem no verão, dando lugar aos talos estéreis, que possuem cor verde e são mais altos, podendo atingir até 90 cm de altura. Os talos estéreis morrem no início do inverno. Indicação: A cavalinha é rica em minerais que podem ajudar na recuperação de fraturas e cortes nos ossos, carne e cartilagem, além de melhorar o tempo de coagulação do sangue. O alto teor de sílica em sua composição fortalece os tecidos conjuntivos do corpo e beneficia pacientes com artrite reumatoide. Em algumas formas de tuberculose, ajuda a isolar os focos da doença nos pulmões. Ensaios clínicos demonstraram que o ácido silícico solúvel promove a formação de leucócitos, estimulando as defesas do próprio organismo e auxiliando no processo de cura natural. É benéfica contra problemas brônquicos, reumatismo e gota. Na medicina alternativa, a cavalinha é utilizada cataplasma para o tratamento de feridas. Ducha para leucorreia. Colírio para conjuntivite. Embebição para chulé. Lavagem para fortalecer os cabelos e líquido para limpeza bucal para gengivite. O chá de cavalinha pode ser preparado e borrifado em ervas de jardim e prevenir o ataque de fungos. A erva é composta de flavonoides, princípio amargo, alcaloides (equisetonina, nicotina, palustre, palustrina), sílica, cálcio, manganês, magnésio, enxofre, fitosteróis e tanino. Indicações Uso Interno: Afecções dos brônquios e pulmões; Aterosclerose e hipertensão; Afecções articulares, consolidação de fraturas e osteoporose; Hemorragias nasais, renais, menstruação excessivas; Enfermidades renais e das vias urinárias que requeiram aumento da diurese (cistite, uretrite, ureterites, oligúria e urolitíase); Inflamação e edema da próstata; Uso Externo: Feridas e frieiras; Aftas; Úlceras varicosas; Tonifica e revitaliza as unhas, peles secas e senis; Fito cosmético: Principalmente no tratamento da acne, queda de cabelos, cremes anti celulite, anti estrias, adstringentes e loções antiperspirantes. Como age: Os Glicosídeos flavônicos, saponinas, ácido gálico, potássio e sílica são os principais constituintes responsáveis pela sua atividade diurética e remineralizante, permitindo a eliminação de substância É um diurético suave, com ação reguladora e adstringente do trato genito urinário, muito útil em casos de incontinência noturna de crianças. Os taninos são os principais responsáveis por sua ação adstringente, que auxiliam em conjunto com substâncias coagulantes e silício a melhorar os transtornos circulatórios. Atua como hemostático. Apresenta propriedades remineralizantes atribuídas ao silício, que também tem a capacidade de ligar-se a mucopolissacarídeos e glicoproteínas da estrutura do tecido conectivo, estimulando a biosíntese de fibras colágenas e elastina, reservando a elasticidade e tonicidade do tecido cutâneo. Participa da calcificação dos ossos, tendo parte da matriz fibrosa colágena. Age sobre as fibras elásticas das artérias, diminuindo o risco de ateromatose, principalmente em pessoas com o colesterol elevado, regularizando o tônus, elasticidade e resistência dos vasos sanguíneos. A cavalinha atua de maneira específica em casos de inchaço e inflamação da próstata como antiinflamatório. Estimula o metabolismo cutâneo, acelera a cicatrização e aumenta a elasticidade de peles secas e senis, atuando como hidratante profundo. Atua como abrasivo devido ao seu alto teor de ácido sílico. Ajuda a recuperar a pele e ferimento pela sua ação vulneraria. Desenvolve certa ação antimicrobiana e detergente (saponinas) pode atuar como coadjuvante no tratamento externo da acne. Posologia: Uso interno: Suco ou suspensão integral de planta fresca: uma colherada de sopa ao dia; Infusão: 10-30g/l, três ou mais vezes ao dia; Planta fresca: 30 a 50 g/l. Ferver 30 minutos; Planta seca: 10-20g/l. Tomar 200ml/dia (adultos); e 10 a 30ml/dia (crianças) Pó: 0,5-1g, duas vezes ao dia, em cápsulas Extrato fluido em álcool 25%: 1 a 4mL três vezes ao dia; Tintura: 1 colher de café 3 vezes ao dia; Tintura mãe: 20 a 50 gotas por dia; Extrato seco (5:1): 400 a 1.000 mg/dia, em três doses; Crianças: metade da dose de adultos Uso externo, como cicatrizante: Decocção (50 g/L): Aplicar em forma de compressas ou banhos; Extrato fluido: 50 gotas diluídas em água; Uso Externo: Creme capilar dermatológico: Infuso de 5 a 10% Contra Indicações Na presença de gastrite, úlcera gastroduodenal: os taninos e os sais silícicos (em especial o dióxido de silício) podem irritar a mucosa gástrica; Gravidez e amamentação; Disfunção cardíaca ou renal; Reações adversas Não apresenta efeitos colaterais quando usado em doses terapêuticas. Foram relatados casos de reações alérgicas, febre, batimentos cardíacos irregulares, fraqueza muscular, falta de coordenação dos movimentos, dermatite seborréica e perda de peso. Superdosagem O consumo de altas doses pode provocar diminuição da pulsação, hipotermia, diarréia e efeitos irritativos sobre o sistema urinário. Em caso de superdosagem, recomenda-se suspender o uso e procurar orientação médica. Interações medicamentosas A cavalinha não deve ser usada juntamente com outros diuréticos e com estimulantes do sistema nervoso, como produtos substitutos da nicotina usados no tratamento para parar de fumar. Fontes BARACHO, Nilo César do Vale et al . Study of acute hepatotoxicity of Equisetum arvense L. in rats. Acta Cir. Bras., São Paulo, v. 24, n. 6, Dec. 2009 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-86502009000600005&lng=en&nrm=iso>. access on 25 Aug. 2011. FETROW, C.W.; AVILA, J.R.; Manual de Medicina Alternativa para o profissional. Guanabara Koogan, 2000 Informativo DEG
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