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2 LEITURA COMPLEMENTAR A história da educação feminina

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24/09/2019 A história da educação feminina
www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/reportagens/14812-a-história-da-educação-feminina 1/6
No início do século XX, a educação feminina ainda era voltada
para as necessidades domésticas e o currículo destinado às
mulheres relacionava-se aos objetivos do Abecedário Moral
(1585), obra do escritor português Gonçalo Fernandes Trancoso
(Imagem: GEA/ MultiRio).
07 Março 2019
A história da educação feminina
Por Fernanda Fernandes
 
 
Hoje, a presença feminina é marcante em
todos os níveis de formação educacional, mas
nem sempre foi assim. As mulheres ingressaram
na escola tardiamente e com formação voltada
para os cuidados com o lar e a família. De
acordo com as leis portuguesas, o sexo
feminino fazia parte do imbecilitus sexus, ou
sexo imbecil, uma categoria à qual pertenciam
mulheres, crianças e doentes mentais. Essa
ideia persistiu no Brasil Colônia, onde também
eram comumente declamados versinhos como:
“mulher que sabe muito é mulher atrapalhada,
para ser mãe de família, saiba pouco ou saiba
nada”; "a mulher honrada deve ser sempre
calada"; e “mulher que sabe latim não tem
marido, nem bom fim” – muitos dos quais
encontrados na literatura de escritores
portugueses do gênero masculino. 
Mesmo já no século XIX, Charles Darwin, por
exemplo, acreditava que as mulheres eram
intelectualmente inferiores – opinião
semelhante à de outros homens biólogos na época.
Jesuítas: os primórdios da educação brasileira
As escolas do período colonial foram constituídas, inicialmente, pela ordem dos padres jesuítas.
Localizadas nas vilas e cidades, eram voltadas para o público masculino, visando à formação de uma
elite colonial culta e religiosa. Tanto as mulheres brancas, ricas ou não, como as negras escravas e
as indígenas não tinham acesso à leitura e à escrita.
A primeira reivindicação pela instrução feminina no Brasil partiu de um indígena, que pediu ao
padre Manoel de Nóbrega que ensinasse sua mulher a ler e a escrever. Os indígenas estranhavam a
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24/09/2019 A história da educação feminina
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diferença de oportunidades educacionais entre homens e mulheres, visto que estas eram
consideradas companheiras.
O padre sensibilizou-se com o pedido, já que os jesuítas tinham o desejo de fundar recolhimentos
para as mulheres no Brasil. No entanto, a ideia não se concretizou por ter sido considerada ousada
demais pela rainha de Portugal, Dona Catarina.
Apesar disso, alguns indígenas conseguiram burlar as regras. A autora Arilda Ribeiro afirma ter
encontrado registros de que Catarina Paraguassu, também conhecida como Madalena Caramuru,
teria sido não apenas a primeira indígena, mas a primeira mulher a aprender a ler e a escrever,
tendo feito uma carta de próprio punho ao padre Manoel de Nóbrega em 1561.
As mulheres ficaram excluídas do sistema escolar estabelecido na colônia. Quando muito, podiam
educar-se na catequese. Na segunda metade do século XVII, surgiram conventos no Brasil, cujas
“escolas” para moças ensinavam, sobretudo, costura e bordado (“trabalhos de agulha”), boas
maneiras e muita reza para “afastar maus pensamentos”.
Esses locais também eram usados como prisões por homens que tivessem muitas filhas e temessem a
divisão de suas propriedades com futuros genros; por maridos traídos ou pelos que tinham a intenção
de trair suas esposas; além de irmãos que, pensando na herança familiar, preferiam não repartir os
bens.
Até então, a educação feminina seguia restrita aos cuidados com a casa, o marido e os filhos.
A inclusão limitada das mulheres na escola
A implementação de uma série de reformas estabelecidas por Sebastião José de Carvalho, futuro
Marquês de Pombal, entre 1750 e 1777, na metrópole e nas colônias portuguesas, culminou com a
expulsão dos jesuítas (1759). Assim, a educação passou da mão destes para o Estado.
A reforma educacional pombalina representou uma primeira tentativa de transformação da instrução
feminina, embora pouco tenha mudado na prática. Com Pombal, oficialmente, as mulheres tiveram
permissão para frequentar salas de aula (separadas por sexo); e o magistério público surgiu como
mercado de trabalho para elas, que poderiam dar aulas apenas para moças.
Pela reforma, foi proibido o ensino particular sem a permissão da recém-criada Diretoria Geral de
Estudos; o conteúdo do ensino e os livros didáticos passaram a ser controlados; e foram criadas as
aulas régias, que marcaram o surgimento do ensino público oficial e laico.
Com a vinda da família real portuguesa, em 1808, a educação feminina, de forma geral, continuou a
mesma. A preocupação era que as mulheres soubessem cuidar do lar e pudessem aparecer em
público sem causar vergonha ao marido ou aos pais.
Por influência dos estrangeiros que chegavam, surgiu o interesse e a procura, por parte das famílias,
por professoras particulares, que, geralmente, ensinavam, simultaneamente, meninos e meninas da
família. Diferentes estabelecimentos no centro da cidade, destinados à educação feminina,
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Educadora mineira, Maria Guilhermina Loureiro de
Andrade fundou na década de 1870, o Colégio Andrade
(RJ), para meninas. Depois de estudar a metodologia
dos jardins de infância, em Nova York, reestruturou o
colégio que, em 1888, passou a oferecer um jardim de
infância e um curso de formação de jardineiras –
professoras de classes infantis –, considerado o
primeiro do país (Foto: Jornal do Brasil, 20/5/1934)
apareciam em anúncios na Gazeta do Rio de Janeiro,
alguns dirigidos por inglesas e francesas. A
portuguesa Maria do Carmo da Silva e Gama
anunciava seu estabelecimento para “filhas de boas
famílias”, em 1813, por exemplo.
Durante o período do Império Brasileiro, ainda que as
mulheres tenham começado a ter acesso à instrução
das primeiras letras, eram desobrigadas de cursarem
o ensino secundário, cuja função era preparar os
homens para o ensino superior.
A Constituição de 1824, a primeira do Brasil,
propunha o ensino primário gratuito extensivo a
“todos” os cidadãos, embora sem considerar como
tal as populações negra e indígena. Entretanto, a
primeira legislação específica sobre o ensino
primário, após a Independência, foi a lei de 15 de
outubro de 1827, conhecida como Lei Geral, que
marcou a criação de escolas de primeiras letras
(hoje, Ensino Fundamental) em todo o país – e foi
referência para a escolha da data comemorativa do Dia do Professor.  
A lei tratou dos mais diversos assuntos, como a
remuneração dos mestres e mestras, o currículo
mínimo, a admissão de professores e as escolas para
meninas. As mulheres, no entanto, seguiram sendo
discriminadas: não tendo acesso a todas as matérias
ensinadas aos meninos, sobretudo as consideradas
mais racionais, como a geometria, e deveriam
aprender as “artes do lar”. 
Com relação ao pagamento, apesar de a Lei Geral
prever igualdade para mestres e mestras, um decreto
de 1831 fez com que, na prática, as mulheres
ganhassem menos. Isso porque os governos provinciais
tinham a autorização de contratar candidatos não
aprovados em concurso com a condição de pagá-los
salários menores; e vale lembrar que não havia escolas
de formação para meninas, além de elas não terem
aulas de todas as matérias ministradas nas instituições
de primeiras letras. 
Em 1835, foi criada a primeira Escola Normal do país,
em Niterói. No entanto, não foram admitidas
matrículas de moças.
O início das classes mistas e um novo campo para o
magistério
A educação feminina no Rio de Janeiro contou com a
dedicação de vários grupos de religiosas.Em 1854, por
exemplo, começou a funcionar o Colégio Imaculada Conceição, mantido pela Companhia das Filhas
de Caridade de São Vicente de Paula, voltado para a educação das filhas da elite carioca e
comprometido com os rígidos padrões morais da Igreja Católica Romana.
A partir de 1870, foram fundadas escolas protestantes, especialmente metodistas e presbiterianas,
que quebraram o monopólio religioso do catolicismo e, pela primeira vez no Brasil, reuniram alunos
de ambos os sexos numa mesma classe.
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei_sn/1824-1899/lei-38398-15-outubro-1827-566692-publicacaooriginal-90222-pl.html
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Educadora e ativista política, Armanda Álvaro Alberto (1892-
1967) lutava por uma educação pública, gratuita, laica e
direcionada às necessidades de todos; e pela emancipação das
mulheres, tendo tornado-se a primeira presidente da União
Feminina do Brasil (Foto: Divulgação/ Núcleo de Estudos Visuais
em Periferias Urbanas – NuVISU)
Nessa época, surgiram nas províncias escolas públicas mistas, e as professoras receberam
autorização para lecionar para meninos de
determinada idade (geralmente entre 12 a 14 anos) –
o que abriu um novo campo ao magistério feminino.
As moças foram liberadas para ingressar nos cursos
normais, e o trabalho feminino ganhou força no final
do século XIX, tendo em vista a necessidade de um
número maior de trabalhadores para suprir a
crescente demanda. Aliado a isso, foi construído o
discurso da vocação natural da mulher ao magistério.
Médicos, pais, clero e governantes acreditavam que
elas eram dotadas de ternura e outras qualidades
“naturais” para os professores exercerem sua
profissão.
Cabe salientar que o privilégio dos cargos superiores
da instrução pública, postos de comando, ainda era
dos homens. Embora, até 1898, a regulamentação da
escola pública não mencionasse critérios de gênero
para a direção de uma escola, por exemplo, pareceu
ter havido um acordo entre autoridades do governo e
da administração do ensino ao elegerem,
inicialmente, apenas professores homens, reforçando as desigualdades de gênero nas relações
profissionais.
Por volta de 1910, as mulheres começaram a dominar o mercado de trabalho do ensino elementar,
enquanto os homens seguiam dominando o nível secundário. No entanto, mesmo nas primeiras
décadas do século XX, havia a exigência do celibato para que as mulheres pudessem exercer a
função de professoras do ensino público. Segundo o Estatuto da Instrução Pública, as professoras
tinham que ser solteiras ou viúvas. Se casassem, perderiam o cargo.
Mulheres no ensino profissionalizante e no ensino superior
Em 1881, foram inauguradas as classes profissionalizantes para o sexo feminino no Liceu de Artes e
Ofícios no Rio de Janeiro, apenas 24 anos depois de sua fundação. Os cursos, porém, ainda
reforçavam os papéis tradicionalmente vinculados às mulheres. 
Em 1897, era criado, também no Rio, o
Instituto Profissional Feminino que, após 15
anos, acrescentava Orsina da Fonseca ao seu
nome (em homenagem à esposa do presidente
Hermes da Fonseca). Com a Lei Nº 1997, de
setembro de 1918, foi autorizada a separação
entre internato e externato, sendo este
transferido para novas instalações no ano
seguinte e passando a chamar-se Escola
Profissional Paulo de Frontin. Lá, eram
oferecidos o Curso Comercial, com as
disciplinas de estenografia (taquigrafia),
datilografia, contabilidade e línguas; e o Curso
Profissional, com as oficinas de chapéus,
bordados, costura, flores, desenho e
modelagem. Durante décadas, essa instituição
foi uma das principais referências no ensino
profissionalizante para moças fluminenses. 
O ingresso nos cursos superiores foi mais uma luta enfrentada pelas mulheres. Apenas em 1879, o
governo imperial permitiu, condicionalmente, a entrada feminina nas faculdades. As candidatas
solteiras deveriam apresentar licença de seus pais; já as casadas, o consentimento por escrito de
seus maridos.
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Embora oficialmente aceitas na graduação, o número de mulheres inscritas para tal foi irrisório por
muito tempo. As razões para isso vão desde o preconceito da sociedade até a impossibilidade de elas
frequentarem os melhores cursos preparatórios, dificultando a entrada no ensino superior.
O cenário atual da educação feminina
Após conquistarem o acesso aos cursos superiores, as mulheres seguiram progredindo no campo da
educação, tornando-se mestras e doutoras em diferentes áreas do saber. Durante a segunda metade
do século XX, a presença delas cresceu expressivamente na educação, tanto como força de trabalho,
quanto na participação em todos os níveis de formação.
“A década de 90 marca a virada das mulheres brasileiras, que ultrapassaram os homens em nível de
escolarização. A proporção de pessoas analfabetas já é significativamente menor entre as mulheres
do que entre os homens em todos os grupos com até 39 anos de idade. As mulheres também
superaram os homens em número médio de anos de estudos e, nas salas de aula, reinam absolutas:
85% dos 1,6 milhão de professores da educação básica em todo o país são do sexo feminino”, diz um
levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) do ano 2000.
Segundo esse relatório do Inep, o fator de maior influência para essa virada das mulheres sobre os
homens em nível de escolarização foi o ingresso das mulheres no mercado de trabalho, o que as
estimulou a buscar um melhor nível de escolaridade, inclusive como forma de compensar a
discriminação salarial de gênero.
Observando dados mais atuais, o Censo da Educação Superior de 2016 apontou que as mulheres
representavam 57,2% dos estudantes matriculados em cursos de graduação. Já na docência, segundo
o mesmo levantamento, elas são 45,5%.
Entre os professores da educação básica, elas são maioria: representam cerca de 80%, segundo
Censo Escolar 2018.
 
Fontes:
BNDigital – Biblioteca Nacional.
Portal MAPA – Memória da Administração Pública Brasileira (Arquivo Nacional).
Site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep. 
Site do projeto Mulher 500 Anos Atrás dos Panos (Rede de Desenvolvimento Humano - REDEH).
KRAUSE, C; KRAUSE, M. Educação de mulheres do período colonial brasileiro até a o início do
século XX: do imbecilitus sexus à feminização do magistério.X Simpósio Linguagens e Identidades
da/na Amazônia Sul-Ocidental, 2016. 
MACHADO, M; QUADROS, R; TOMÉ, D. A educação feminina durante o Brasil colonial. Anais da
Semana de Pedagogia da UEM. Volume 1, Número 1. Maringá: UEM, 2012. 
24/09/2019 A história da educação feminina
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Comportamento Educação
PAZ, Cláudia Denis Alves da. Gênero no trabalho pedagógico na educação infantil. 2008.
Dissertação – Mestrado em Educação – Faculdade de Educação/ UnB. 
RIBEIRO, Arilda Ines Miranda. Mulheres Educadas na Colônia. In: LOPES, Eliane Marta Teixeira;
FILHO, Luciano Mendes de Faria; VEIGA, Cynthia Greive (Orgs.). 500 Anos de Educação no Brasil. 2.
ed. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2000.
RIBEIRO, Arilda Ines Miranda. Mulheres e educação no Brasil-Colônia: histórias entrecruzadas.
Grupo de Estudos e Pesquisas "História, Sociedade e Educação no Brasil", Faculdade de Educação –
Unicamp. 
SCHUMAHER, Schuma. Um Rio de Mulheres:a participação das mulheres fluminenses na história
do Estado do Rio de Janeiro/ Schuma Schumaher e Érico Vital Brazil – Rio de Janeiro: REDEH, 2003.
STAMATTO, Maria Inês Sucupira. Um olhar na História: a mulher na escola (Brasil: 1549 – 1910).
Programa de Pós-Graduação em Educação – UFRN. II Congresso Brasileiro de História da Educação,
2002.
 
Gênero | Professor 
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/busca?mult=7http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/busca?mult=10
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/busca?mult=34
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/busca?mult=81

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