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AVA2 - CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE

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TRABALHO AVA2 
 
 
 
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
 
 
 
Professora: Leice Daiane de Araújo Costa 
Aluno: Filippe Goulart Sampaio 
 
 
 
 
Introdução 
 
Atualmente a área econômica e financeira está em evidência, há pelo menos três anos que 
se falam muito mais em educação financeira, apareceram diversos consultores, coachings, 
trades e diversos outros nomes e adjetivos para pessoas que te “auxiliam” a manusear e 
até indicar o que fazer com o seu dinheiro. 
Um forte ponto a favor disso foi o recorde da Bolsa de Valores, que no ano de 2020 bateu o 
recorde de 1 milhão de CPFs cadastrados. 
E a área econômica, mais especificamente a vida de um economista, ficou muito mais 
evidente no cenário atual. 
 
 
Cabe ressaltar que muitas vezes nos dão responsabilidades praticamente impossíveis de 
serem equacionadas, como por exemplo quando alegam que é da responsabilidade do 
economista antever o futuro, pois é uma atividade deveras ingrata, visto que o rumo da 
economia depende de uma infinidade de variáveis, todas interligadas umas às outras, 
muitas delas simplesmente imprevisíveis. Por outro lado, também em nossa defesa, 
gostaria de lembrar que toda e qualquer decisão financeira requer análise de mercado e 
elaboração de cenários. A não ser que seguir o aconselhamento de economistas se prove 
pior do que tomar decisões aleatoriamente, ainda teremos garantido o nosso espaço no 
mercado de trabalho. 
 
Seja como for, ainda temos nosso espaço nos bancos, nas corporações, nas consultorias, 
no setor público, estamos todos os dias nos jornais decifrando as altas e baixas dos 
mercados, apontando os rumos da economia e auxiliando as famílias e as empresas em 
suas cada vez mais complexas decisões de consumo, poupança e investimento. Por algum 
motivo, seja ele qual for, ainda existe demanda pelos nossos serviços. 
 
Por força do hábito, refém que sou deste exercício rotineiro de tentar prever o amanhã, 
tenho acompanhado, atento e atônito, o debate a respeito do futuro das profissões – da de 
economista, em especial – diante do avanço da tecnologia e da inteligência artificial. 
Estaríamos nós, economistas, ameaçados de extinção? 
 
Se tomarmos como referência as distopias futuristas, pois apresenta um futuro em que 
máquinas desempenham com perfeição o papel da mão invisível de Adam Smith, do 
leiloeiro de Walras, numa distopia que transforma em realidade a fantasia dos modelos 
econômicos de equilíbrio geral. 
 
Para delírio dos economistas neoclássicos… os quais, porém, provavelmente já estariam 
extintos, assim como todos os demais profissionais da área, uma vez que, na obra de 
Asimov, as máquinas, cuja capacidade de analisar e calcular é muito superior à dos seres 
humanos, alocam os recursos escassos de forma eficiente, de acordo com os interesses da 
sociedade. 
 
No futuro apresentado pelo escritor, as máquinas compreendem plenamente o 
funcionamento do sistema econômico, de uma forma nunca alcançada pelos economistas, e 
passam a ter controle total da economia, aparentemente encontrando equilíbrio entre 
equidade e eficiência – alocações eficientes não necessariamente são consideradas justas 
e redistribuição, por sua vez, pode implicar perda de eficiência – em uma espécie de 
ditadura benevolente capaz de atender aos anseios da humanidade – os quais nem a 
própria humanidade parece compreender exatamente quais são. 
 
Entretanto, são justamente o dilema da equidade e da eficiência e o teorema da 
impossibilidade segundo o qual não existe um mecanismo de escolha social capaz de 
agregar preferências individuais e, a partir delas, criar uma preferência coletiva que seja 
racional – que ainda me fazem acreditar no futuro da profissão. 
 
De fato, grande parte das atividades dos economistas, especialmente as técnicas, que 
envolvem análise e projeção de indicadores, poderão facilmente ser substituídas por robôs 
muito mais competentes. 
 
Chego a desconfiar, porém, que não é exatamente a qualidade das análises e a precisão 
das projeções que, mesmo hoje, garantem prestígio aos economistas. Afinal, fosse isso 
verdade, profissionais que erraram bisonhamente suas previsões, apostaram no Ibovespa 
em 200 mil pontos e disseram que o Brasil não tinha mais como dar errado estariam 
desempregados a esta hora, e não com palestras lotadas e colunas nos principais jornais e 
revistas do país. 
 
 O fato de que, apesar dos avanços da inteligência artificial, o futuro, no futuro, 
provavelmente continuará incerto. Se no mundo antigo os homens consultavam o oráculo 
de Delfos para conhecer o amanhã, em uma sociedade cada vez pautada pelo dinheiro e 
pelas leis do Deus Mercado, os economistas devem continuar desempenhando seu papel 
de oráculos e intérpretes da vontade divina. 
 
Em segundo lugar, o fato de que as discussões econômicas servem não apenas para 
informar e auxiliar a população na tomada de decisão, mas também para entreter e divertir, 
aspecto cada vez mais relevante na civilização do espetáculo. 
 
Principalmente porque, no futuro, provavelmente ainda existirão conflitos distributivos, 
quase sempre ocultos nos debates pretensamente científicos a respeito da melhor forma de 
organizar a sociedade e o sistema econômico. A encenação dos economistas quase nunca 
está apenas a serviço da informação e do entretenimento dos espectadores. As ciências 
econômicas, é preciso reconhecer, muitas vezes servem apenas para dar ares científicos ao 
que não passa, na verdade, da mera defesa de determinados interesses e ideologias. 
 
O que há de técnico na atividade do profissional, como modelagem estatística, simulação 
de impactos econômicos ou análises de custo e benefício, por exemplo, poderá ser 
realizado com muito mais propriedade pelas máquinas, sem dúvida. Quando não houver 
melhorias de Pareto a serem realizadas, porém, a definição de quem ganha e quem perde 
ainda se dará (assim espero) pelo jogo democrático, onde os economistas devem continuar 
a desempenhar um papel importante não necessariamente de análise, mas, principalmente, 
de convencimento. 
 
Para que haja equilíbrioneste jogo, por sinal, deveria valer a Primeira Lei dos Economistas 
– para cada economista sempre existe um economista igual e oposto –, a qual não vem 
sendo respeitada na imprensa e nas universidades. 
 
Conclusão 
 
Concluímos que, sendo assim,temos razões para acreditar que, embora muitas das 
atividades técnicas dos economistas possam vir a serem substituídas pela inteligência 
artificial, seus papéis de oráculo, entertainer e lobista – cada vez mais amparados pelas 
máquinas, é verdade – devem manter sua importância no admirável mundo novo. 
A não ser, é claro, que o pensamento único tome conta de todas as esferas da vida humana 
e aos economistas reste, então, apenas o papel de missionários da nova fé. 
Pouco importa. Afinal, é da natureza do nosso trabalho fazer previsões, conjecturas e 
especulações; concordar, discordar, duvidar; apostar, acertar e errar. 
Trabalho este que realizaremos pelo menos até um dia em que a sociedade entregue a 
eficiência econômica como valor social supremo, quando, aí sim, todos – e não apenas os 
economistas – já teremos sido integralmente substituídos por robôs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia: 
 
Scielo - Revista de Economia Conteporânea 
https://doi.org/10.1590/S1415-98482011000100008 
 
https://www.fea.usp.br/economia/graduacao/profissao-economista 
 
https://jrs.digital/2021/06/24/economista-da-fecap-quanto-vale-a-vida/ 
 
https://www.infoescola.com/biografias/milton-friedman/ 
 
https://www.oeconomista.com.br/profissao-economista/ 
https://doi.org/10.1590/S1415-98482011000100008
https://www.fea.usp.br/economia/graduacao/profissao-economista
https://jrs.digital/2021/06/24/economista-da-fecap-quanto-vale-a-vida/
https://www.infoescola.com/biografias/milton-friedman/
https://www.oeconomista.com.br/profissao-economista/

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