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Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 1 SISTEMA CARDIOVASCULAR Organização Geral do Sistema Cardiovascular e Músculo Cardíaco. Funções Transporte de O2 e nutrientes aos tecidos Transporte de CO2 e produtos de excreção do metabolismo para os pulmões, rins e outros órgãos – para serem excretados Distribuição de moléculas; hormônios e células (células do sist. Imune) Regulação térmica corporal Ciclo Cardíaco O conjunto dos eventos cardíacos que ocorre entre o início de um batimento e o início do próximo é denominado ciclo cardíaco. Cada ciclo é iniciado pela geração espontânea de potencial de ação no nodo sinusal O coração é na verdade formado por duas bombas distintas: Coração direito bombeia sangue para os pulmões. Coração esquerdo bombeia sangue para os órgãos periféricos. Cada um desses corações é bomba pulsátil de duas câmaras, composta por um átrio e um ventrículo. Cada átrio é uma fraca bomba de escorva (“detonador; estopim”) para o ventrículo, ajudando a propelir o sangue para seu interior. Os átrios possuem três funções principais: Reservatório – enchimento rápido Onda E Simples canal de condução de sangue – diástase Bomba fraca – contração atrial Já os ventrículos, fornecem a força de bombeamento principal que propele o sangue através (1) da circulação pulmonar – partindo do ventrículo direito – ou (2) da circulação periférica – do ventrículo esquerdo. Mecanismos especiais no coração promovem a sucessão contínua de contrações cardíacas, chamadas ritmo cardíaco, causando os batimentos rítmicos do coração. Fisiologia do Músculo Cardíaco O coração é composto por 3 tipos principais de músculos 1. Músculo Atrial 2. Músculo Ventricular 3. Fibras especializadas excitatórias e condutoras: só se contraem fracamente por conterem poucas fibras contráteis, mas apresentam descargas elétricas rítmicas automáticas, na forma de potenciais de ação, ou fazem a condução desses potenciais de ação pelo coração Sistema excitatório que controla os batimentos rítmicos. Atividade Rítmica Do Coração O coração possui um tecido especializado que determina a ritmicidade cardíaca – nó sinusal – e a transmissão da atividade elétrica – potencial de ação – por todo o musculo cardíaco, para gerar essa contração rítmica – sístole/diástole. Contraem-se quase como os músculos esqueléticos, mas com duração muito maior da contração Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 2 Anatomia Fisiológica do Músculo Cardíaco As fibras musculares cardíacas se dispõem em malha ou treliça com as fibras se dividindo, se recombinando e, de novo, se separando. O músculo cardíaco é estriado, como um típico músculo esquelético. Além disso, contém Miofibrilas típicas, com filamentos de actina e miosina Dispõem-se lado a lado e deslizam juntos durante as contrações, semelhantemente ao músculo esquelético. Apesar de possuírem certas semelhanças, há bastante diferença entre o músculo cardíaco e o esquelético. As áreas escuras que cruzam as fibras miocárdicas são os discos intercalados, estes, são membranas celulares que separam as células miocárdicas umas das outras. Isto é, as fibras do músculo cardíaco são feitas de muitas células individuais, conectadas em série e em paralelo umas com as outras. Em cada disco intercalado, as membranas celulares se fundem entre si, formando as junções comunicantes permeáveis (GAP) Permitem rápida difusão, quase totalmente livre, dos íons: os íons se movem com facilidade pelo fluido intracelular, ao longo do eixo longitudinal das fibras miocárdicas, com os potenciais de ação se propagando facilmente de uma célula para outra através dos discos intercalados. Dessa forma, o miocárdio forma um sincício de muitas células musculares. Quando uma delas é excitada, o potencial de ação se espalha para todas. Sarcolema: Membrana que circunda as fibras musculares cardíacas Desmossomos: conecta a membrana de uma célula à membrana de outra célula – mantendo ambas unidas. Miosina: Proteína contrátil que forma os filamentos grossos das fibras musculares Actina: Proteína contrátil que é parte do filamento fino das fibras musculares. Troponina: Proteína reguladora do filamento fino. Quando o Ca2+ se liga a ela, esta muda sua conformação promovendo a contração Tropomiosina: Proteína reguladora do filamento fino. Recobre os sítios de ligação de miosina nas moléculas de actina, evitando que a actina se ligue à miosina. Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 3 O músculo cardíaco como um sincício funcional O músculo cardíaco é um sincício funcional, formado por muitas células musculares cardíacas, no qual as células musculares cardíacas, no qual as células estão interconectadas de tal modo que, quando uma dessas células é excitada, o potencial de ação se propaga para todas as demais, passando rapidamente de célula para célula por todas as treliças de interconexões. O coração é composto por dois sincícios: 1. Sincício Atrial: forma as paredes dos dois átrios 2. Sincício Ventricular: forma as paredes dos ventrículos. Essa divisão do músculo cardíaco em dois sincícios funcionais permite que os átrios se contraiam pouco antes da contração ventricular, o que é importante para a eficiência do bombeamento cardíaco. Os átrios são separados dos ventrículos por tecido fibroso que circunda as aberturas das valvas atrioventriculares (A – V) Normalmente, os potenciais não atravessam o septo atrioventricular para atingir diretamente Como eles são conduzidos? Por meio de um sistema especializado de condução, chamado feixe A – V (Nó Atrioventricular), feixe de fibras condutoras, com alguns mm de diâmetro. Essa divisão do músculo cardíaco em dois sincícios funcionais, permite que os átrios se contraiam um pouco antes dos ventrículos, fenômeno muito importante para a eficácia do bombeamento cardíaco. Potenciais de Ação do Músculo Cardíaco O coração possui um tecido especializado que determina a ritmicidade cardíaca (nó sinusal) e a transmissão da atividade elétrica (potencial de ação) por todo o músculo cardíaco, para gerar essa contração rítmica (sístole/diástole) SISTOLE Contração Aumento da pressão sanguínea Sangue é ejetado DIASTOLE Relaxamento Diminuição da pressão sanguínea Sangue preenche a câmara cardíaca O potencial de ação, registrado no músculo ventricular tem cerca de 45mV (sístole). O potencial de membrana, ao repouso (entre os batimentos) aproxima-se de -85mV e se eleva a, aproximadamente, +20mV durante o batimento (Coração ventricular – Despolarização – Sístole). Após a ponta inicial – Spike – a membrana permanece despolarizada por cerca de 0,2s no músculo atrial e cerca de 0,3s no músculo ventricular (platô) Após isso, ocorre a abrupta repolarização Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 4 Período Refratário do Musculo Cardíaco Período refratário absoluto do coração é o intervalo de tempo durante o qual o impulso cardíaco normal não pode reexcitar uma área anteriormente excitada do musculo cardíaco Equivale aproximadamente à duração do prolongado platô do potencial de ação. Período refratário relativo: Refere-se ao período em que o músculo cardíaco pode ser reexcitado por um estimulo muito intenso, dando origem ao que denominamos contração prematura – ventricular ou atrial O musculo cardíaco, como todo tecido excitável, é refratário à reestimulação durante o potencial de ação (é mais difícil excitar o músculo do que nas condições normais, mas ainda assim pode ser excitado, se o estímulo for intenso – contração prematura no gráfico) O período refratário do músculo atrial é bem mais curto que o dos ventrículos Velocidade de Condução do Sinal Elétrico no Musculo Cardíaco A velocidadede condução do sinal excitatório do potencial de ação nas fibras musculares atriais e ventriculares é de cerca de 0,3 a 0,5 m/s A velocidade de condução no sistema de condução especializado – Fibras de Purkinje – é de 5m/s permitindo rápida condução do sinal excitatório O Platô do Potencial De Ação Adicionalmente, os íons cálcio, que entram durante esse potencial de ação, tem participação importante na excitação do processo contrátil da fibra muscular – que é outra diferença entre o musculo cardíaco e o estriado Além do mais, a permeabilidade dos íons potássio nas fibras musculares diminui, mantendo a positividade no interior da célula por mais tempo Quando os canais cálcio-sódio se fecham, a permeabilidade ao potássio aumenta rapidamente – efluxo rápido de potássio da célula. Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 5 No musculo cardíaco, o potencial de ação é provocado pela abertura de dois tipos de canais: o Canais rápidos de sódio o Canais lentos de sódio – canais cálcio-sódio Durante o tempo em que esses canais permanecem abertos, grandes quantidades de íons sódio e cálcio flui para o interior da fibra muscular cardíaca, o que mantem o período prolongado de despolarização, causando o platô do potencial de ação. Lei Frank Starling A capacidade intrínseca do coração de se adaptar a volumes crescentes de afluxo sanguíneo é conhecida como mecanismo cardíaco de Frank-Starling. Afirma que quanto mais o miocárdio for distendido durante o enchimento, maior será a força da contração e maior será a quantidade de sangue bombeada para a aorta. “Dentro de limites fisiológicos, o coração bombeia todo o sangue que a ele retorna pelas veias. ” *Ver forças de Starling Acoplamento Excitável – Contração Refere-se ao mecanismo pelo qual o potencial de ação faz com que as miofibrilas do músculo contraiam. Quando o potencial de ação se propaga pela membrana do músculo cardíaco, ele também se propaga para o interior da fibra muscular, ao longo das membranas dos tubos transversos. Os potenciais de ação, nos tubos T, por sua vez, agem na membrana dos túbulos sarcoplasmáticos longitudinais, causando a liberação instantânea de íons de cálcio para o sarcoplasma muscular, a partir do reticulo sarcoplasmático. Os íons cálcio se difundem para o interior da fibra muscular, a partir dos canais T, disponibilizando grande quantidade de cálcio para estimular a contração muscular. CICLO CARDÍACO Cada ciclo é iniciado pela geração espontânea de potencial pelo nó sinusal. Nó Sinusal Encontra-se na parede lateral superior do átrio direito, imediatamente abaixo da veia cava superior. Difunde-se o nódo para os feixes interatriais e nó A-V (onde é retardado) e continua para os ventrículos Diástole Período de relaxamento. Dividido em 3 fases 1. Enchimento rápido 2. Enchimento lento (diástase) 3. Contração atrial Pressão dos átrios > Pressão dos ventrículos Dessa forma o ventrículo se enche à baixas pressões Os túbulos T são de fato extensões internas da membrana celular. Assim, quando um potencial de ação se propaga pela membrana da fibra muscular, a alteração do potencial também se propaga ao longo dos túbulos T para o interior da fibra muscular. As correntes elétricas que circundam esses túbulos T então provocam a contração muscular. Sístole Período de contração. Dividido em 3 fases 1. Contração Isovolumétrica 2. Ejeção 3. Relaxamento isovolumétrico Resposta contrátil do ventrículo do ventrículo esquerdo em resposta à Pré-carga (e suas variações Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 6 De uma maneira simplificada o coração trabalha basicamente com duas grandezas: variações de pressão e variações de volume. A. Período de Enchimento: Diástole, há o aumento do volume somente. Abertura da Valva Mitral Volume sistólico final B. Período de Contração Isovolumétrica: Início da sístole, aumenta a pressão, pois as valvas ainda estão fechadas Fechamento da Valva Mitral Volume diastólico final C. Período de Ejeção: Pressão aumenta na sístole, pois o ventrículo continua contraindo, ejetando seu volume Abertura da Valva Aórtica D. Período de Relaxamento Volumétrico: Artéria Aorta se fecha, voltando para a pressão inicial. Volume Diastólico Final: Volume total que entra no VE na diástole Volume Sistólico Final: Volume que sobra no VE após a sístole Fração de Ejeção: Fração do volume final diastólico que é ejetado Pré-carga: pressão durante o enchimento do ventrículo Pós-carga: pressão que o ventrículo precisa vencer para esvaziar-se Depende da viscosidade sanguínea, elasticidade arterial e velocidade de ejeção Valvas Cardíacas Valvas atrioventriculares (mitral e tricúspide) Evitam refluxo de sangue dos ventrículos para os átrios Válvulas semilunares (aórtica e pulmonar) Impedem o refluxo da aorta e das artérias pulmonares para os ventrículos. Pressão O sangue circula por diferença de pressão e o caminho é sempre da maior pressão para a menor. 𝑉𝑆 = 𝑉𝐷𝐹 − 𝑉𝑆𝐹 𝐹𝐸 = 𝑉𝑆 𝑉𝐷𝐹 . 100 𝑉𝑆 = 𝐹𝐸 𝐷𝐶 = 𝐹𝐶 × 𝑉𝑆 𝑜𝑢 𝐷𝐶 = 𝑃𝐴 𝑅𝑉𝑃 Sopro Cardíaco É um som (vibrações) audível percebido no precórdio (local aonde se encontra o coração), causado por um fluxo sanguíneo acelerado e turbulento. Existe o sopro inocente do recém-nascido e da criança lactante. Por conta da história, do exame clínico você percebe se é patológico. Classificado em dois grupos 1. Sistólico (no momento que o coração ejeta seu conteúdo). 2. Diastólico (no momento que o coração se enche). São os eventos sistólico que vão dar a característica do sopro. Entretanto, um é um número e o outro é a porcentagem que ele representa. Quando o paciente sofre assistolia, o coração diminui de tamanho e forma uma pressão. Coloco meu estetoscópio no segundo espaço intercostal à direita e não ouço nada, pois o sangue é rápido, mas não é ganglionar (turbulento). Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 7 Valvulopatias aórticas: Na estenose aórtica, o ventrículo esquerdo em contração falha em se esvaziar de modo adequado, enquanto na regurgitação aórtica o sangue flui retrogradamente para o ventrículo esquerdo. Ambos os fenômenos, portanto, “represam” o sangue no ventrículo esquerdo e diminuem o volume sistólico, diminuindo, assim, o débito cardíaco. Logo, as valvulopatias aórticas podem causar insuficiência cardíaca de baixo débito. Estenose aórtica Sopro sistólico: A abertura incompleta da valva aórtica produz um efeito de esguicho durante a sístole, com o sangue jorrando a uma velocidade enorme pela pequena abertura da valva aórtica. Isso provoca grande turbulência do sangue na raiz da aorta, que produz intensa vibração e um sopro de grande amplitude durante a sístole. (Linha B) Regurgitação aórtica Sopro diastólico: O sangue reflui pela valva aórtica mal fechada durante a diástole, produzindo um sopro de baixa amplitude, “semelhante ao vento”, durante a diástole. (Linha D) Valvulopatias mitrais: Na estenose mitral, o fluxo sanguíneo do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo é dificultado, e na regurgitação mitral muito do sangue que flui para o ventrículo esquerdo retorna ao átrio esquerdo durante a contração ventricular. Portanto, ambos os fenômenos “represam” o sangue no átrio esquerdo. O acúmulo de sangue no átrio esquerdo provoca aumento da pressão atrial esquerda e aumento da pressão na circulação pulmonar, o que pode causar edema pulmonar grave. O aumento da pressão atrial esquerda causa hipertrofia do átrio esquerdo, podendo levar a uma fibrilação atrial, pela condução inadequada do impulso elétrico excitatório, que, agora, deve percorrer maior distância na parede atrial para causar sua completa despolarização. Estenose mitral Sopro diastólico: A abertura incompleta da valva mitral dificulta a passagem de sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo durante a diástole. O sopro é caracterizado por ser de baixas frequência e amplitude, e inicia-se no terço médio da diástole. (Linha E). Regurgitação Mitral Sopro sistólico: O sangue reflui pela valva mitral mal fechada durante a sístole, produzindo um sopro de baixa amplitude “semelhante ao vento”. (Linha C). Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 8 AULA 02/05 Radiografia do Tórax em Póstero Anterior Estruturas observadas o Botão aórtico o Coração o Alças intestinais o Clavícula Capítulo 20 DÉBITO CARDÍACO, RETORNO VENOSO E SUAS REGULAÇÕES Introdução A circulação do sangue ocorre devido a geração de diferenciais de pressão entre dois ou mais compartimentos do sistema cardiovascular. Exemplo: Se eu tenho 100mmHg de um lado e 75mmHg do outro, a diferença de pressão é de 25mmHg e esse número vai ser a força realizada. Se temos 40mmHg em um lado e 15mmHg no outro, temos o mesmo 25, mas depende do fluxo e da velocidade se este processo vai ocorrer em harmonia. Fluxo Sanguíneo: 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑆𝑎𝑛𝑔𝑢í𝑛𝑒𝑜 = 𝐷𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 ⁄ O fluxo sanguíneo é controlado por dois fatores 1. Gradiente de pressão do sangue entre duas extremidades do vaso 2. Resistência vascular, que é o impedimento do fluxo sanguíneo pelo vaso devida a “fricção” entre o sangue e o endotélio intravascular. A MECÂNICA DO CICLO CARDÍACO Fases do Ciclo Cardíaco: 1) Sístole Ventricular (0,3 s): Contração Isovolumétrica: Primeira fase da sístole ventricular. Ocorre entre o fechamento das valvas atrioventriculares e a abertura das valvas semilunares. A contração isovolumétrica provoca aumento da pressão intraventricular, até que a pressão intraventricular excede a pressão aórtica (e pulmonar), provocando a abertura das valvas semilunares. Período de Ejeção: Com a abertura das valvas semilunares, o sangue é lançado nas artérias, sendo que 70% do sangue é lançado no primeiro terço do período de ejeção, período de ejeção rápida, e os 30% restantes são lançados nos dois terços restantes, período de ejeção lenta. Essa fase termina com o fechamento das valvas semilunares, a partir de um pequeno refluxo de sangue. 2) Diástole Ventricular (0,5 s): Relaxamento Isovolumétrico: O relaxamento isovolumétrico ocorre entre o fechamento das valvas semilunares e a abertura das valvas atrioventriculares. Esse relaxamento provoca a diminuição na pressão intraventricular, até que a pressão intraventricular se torne menor que a pressão atrial, provocando a abertura das valvas atrioventriculares. Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 9 Período de Enchimento: Iniciado pela abertura das valvas atrioventriculares. Durante o primeiro terço, ocorre enchimento rápido e passivo do ventrículo. Durante o segundo terço, o sangue continua a fluir diretamente para os ventrículos, mas num fluxo menor. Durante o último terço, ocorre a sístole atrial, que ejeta os 20% de sangue restantes. Observe as curvas de variação da pressão atrial no Gráfico acima: Onda a: Ocorre durante a sístole atrial. Aumento da pressão atrial direita de 4 a 6 mmHg / Aumento da pressão atrial esquerda de 7 a 8 mmHg. Onda c: Ocorre no início da sístole ventricular. Aumento pequeno na pressão atrial, provocado pelo ligeiro refluxo de sangue e pelo fechamento das valvas atrioventriculares. Onda v: Ocorre no final da sístole ventricular. Aumento lento da pressão atrial pelo enchimento dos átrios a partir das veias, enquanto as valvas atrioventriculares permanecem fechadas. Ao final da sístole ventricular, as valvas abrem-se e a pressão atrial diminui. REGULAÇÃO DO BOMBEAMENTO CARDÍACO O coração é diretamente estimulado pela Divisão Autônoma do Sistema Nervoso Central: SNA Simpático = cardioestimulante SNA parassimpático = cardiodepressor Em repouso o coração bombeia somente de 4 a 6 litros de sangue por minuto (débito cardíaco – DC) Durante o exercício intenso, o coração pode ser “obrigado” a bombear de quatro a sete vezes esse volume. São dois os mecanismo que permitem essa adaptação cardíaca: 1. Regulação intrínseca: em resposta as variações do sangue que flui para o coração – pré carga. 2. Ação do sistema nervoso autônomo: eleva a frequência cardíaca e a força de contração cárdica – eleva o DC. Mecanismo de Frank Starling: Capacidade intrínseca do coração em adaptar-se às variações de volume sanguíneo que retornam da circulação ao átrio direito (variações da pré carga ou grau de estiramento da fibra do miocárdio). Quanto mais o musculo é distendido durante o movimento de diástole (enchimento), maior a força de contração, e, por conseguinte, maior a quantidade de sangue bombeado para a aorta. O coração bombeia todo o sangue que chega a ele, sem permitir represamento excessivo de sangue nas veias pulmonares e sem elevação das pressões do enchimento ventricular. ARTÉRIAS PULMONARES NÃO TÊM VÁLVULAS, por isso não criam ambientes com variação sistólica igual o coração. Toda a pressão do átrio esquerdo é transmitida diretamente para o capilar. Curva de pressão e volume OBS: segunda definição de insuficiência cardíaca = quando o coração consegue encher-se de sangue a muita baixa pressão, de artérias, veias e capilares. Conceitos Importantes Volume diastólico final: Volume ventricular ao final da diástole, portanto, resultante de seu enchimento durante a diástole. (Valor médio 120 mL) Volume sistólico final: Volume ventricular restante após a sístole. (Valor médio 50 mL) Volume sistólico (volume de ejeção): Volume bombeado pelo ventrículo a cada ciclo cardíaco. (Valor médio 70 mL) Fração de ejeção: Fração do volume diastólico final que é bombeada durante a sístole. (Valor médio 60%) VS = VDF – VSF FE = VS / VDF Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 10 Débito Cardíaco Quantidade de sangue bombeado pelo coração em direção à aorta a cada minuto. Essa também é a quantidade de sangue que flui para a circulação, sendo o responsável pelo transporte de substancia. 𝑫É𝑩𝑰𝑻𝑶 𝑪𝑨𝑹𝑫Í𝑨𝑪𝑶 = 𝑽𝑶𝑳𝑼𝑴𝑬 𝑺𝑰𝑺𝑻Ó𝑳𝑰𝑪𝑶 × 𝑭𝑹𝑬𝑸𝑼Ê𝑵𝑪𝑰𝑨 𝑪𝑨𝑹𝑫Í𝑨𝑪𝑨 Frequência Cardíaca Dada pelo número de vezes que o <3 realiza contrações em 1 minuto Volume sistólico Quanto de volume é ejetado em uma sístole 𝑽𝑶𝑳𝑼𝑴𝑬 𝑺𝑰𝑺𝑻Ó𝑳𝑰𝑪𝑶 = 𝑽𝑶𝑳𝑼𝑴𝑬 𝑫𝑰𝑨𝑺𝑻Ó𝑳𝑰𝑪𝑶 𝑭𝑰𝑵𝑨𝑳 − 𝑽𝑶𝑳𝑼𝑴𝑬 𝑺𝑰𝑺𝑻Ó𝑳𝑰𝑪𝑶 𝑭𝑰𝑵𝑨𝑳 Se o meu VS cai, devo aumentar minha FC e vice-versa, para promover a manutenção do meu DC Se preciso aumentar meu DC, primeira coisa é aumentar a FC, pois me dará um resultado rápido. Todavia, se o tempo do exercício for prolongado, eu aumento meu VS (pq não mantenho minha FC aumentada por tanto tempo) por isso atletas de alto rendimento possuem a FC mais baixa, mesmo durante o exercício Cálculo Débito Cardíaco Indivíduo com FC = 70bpm e VS = 70ml DC= 70 x 70 = 4900 ml/m Índice Cardíaco O DC aumenta, em termos aproximados, em proporção à área da superfície corporal. Portanto, o DC é expresso com frequência em função do índice cardíaco, que é o Débito Cardíaco por metro quadrado da área a Superfície Corporal. O DC se eleva proporcionalmente à área de superfície corporal. Um humano normal que pesa 70kg tem área de superfície corporal de cerca de 1,7m². Dessa forma, o índice cardíaco = 3L/min/m² SC. Teve: VS/VDF Fração de Ejeção= VDF – VSF/VDF Encontrar o débito cardíaco tendo a quantidade de bpm, a quantidade de volume sistólico e a porcentagem da fração de ejeção Na UTI IC abaixo de 2.2 demonstra que Acima de 5.6 ele está hipervolêmico Fatores que interferem no DC Tamanho corporal Idade Nível de metabolismo do corpo (Insuficiência cardíaca com DC elevado? Sim, pois o metabolismo está tão elevado que por mais que o <3 bombeie o sangue, ele não consegue manter asa necessidades metabólicas do corpo. Ex.: hipertireoidismo, beribéri (deficiência de vitamina C), fístula arteriovenosa (conexão de um circuito de alta pressão, junto a um de baixa pressão). Exercício físico Patologias que afetam o sistema cardiovascular (Ex.: varizes (trombos) embolia pulmonar (ICC) Quase tudo que acontece com o ser humano, interfere no DC (infecções) Valores Normais DC Homens jovens sadios e em repouso: 5,6 L/min Mulheres jovens sadias: 10 a 20% menor Indivíduos idosos: 5L/m Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 11 Relação entre o índice cardíaco e a Idade Durante toda a vida, o DC é regulado quase que diretamente, de forma proporcional, à atividade metabólica do corpo. Índice cardíaco diminuído é indicativo do declínio da atividade ou da massa muscular com a idade. Um atleta de alta performance tem o coração dilatado, mas é composto por músculo. Um paciente com cardiopatia chagásica, o coração também é dilatado, mas a composição da parede cardíaca será de colágeno. o Diferencio pela história clínica. Distribuição % do DC durante o exercício Gráfico Isquemia (Angina) x Infarto Angina como dor: Uma dor retroesternal em aperto, constrição ou queimação, irradiada para o dorso ou base cervical, iniciada pelo estresse físico, emocional ou mesmo repouso, associado a sudorese, que, quando prolongada, pode causar náuseas, vômitos ou mal-estar RELAÇÃO ENTRE O DC E O EXERCÍCIO Durante o exercício, o intenso aumento do metabolismo, nos músculos esqueléticos ativos, atua diretamente sobre as arteríolas musculares para relaxá-las e para permitir o acesso do oxigênio adequado e dos outros nutrientes necessários para manter a contração muscular. Quando os vasos sanguíneos teciduais locais se dilatam e aumentam o retorno venoso e o débito cardíaco acima do valor normal, o sistema nervoso desempenha papel extremamente importante ao impedir a queda da pressão arterial para níveis desastrosamente baixos. Durante o exercício, o SN fornece sinais adicionais para elevar a pressão arterial até mesmo acima do normal, o que serve para aumentar o débito cardíaco por adicional de 30% a 100%. FATORES CIRCULATÓRIOS QUE AFETAM O DC o Retorno venoso (pré carga) - quanto maior o Quanto maior a pós carga (hipertensão sistêmica e estenose aórtica) – maior a chance de ICC – Para tratar, uso vasodilatadores o Hemorragia = diminui pré carga = diminui DC (Devo dar muito volume (líquido) e controlar a hemorragia) FATORES CARDÍACOS Frequência Cardíaca Contratilidade do Miocárdio DÉBITO CARDÍACO FATORES DE ACOPLAMENTO Pré-carga Pós-carga Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 12 Fatores que afetam a Frequência Cardíaca: Simpático e Parassimpático Hormônios Nível de aptidão física Idade Fatores que afetam o Volume Sistólico: Tamanho do coração Nível de aptidão física Gênero Contratilidade Duração de contração Pré-carga (Volume diastólico final) Pós-carga (resistência) Retorno Venoso Periférico – Pré carga Retorno venoso é a quantidade de sangue que flui das veias para o átrio direito a cada min O retorno venoso ao coração é a soma de todos os fluxos sanguíneos que passam por todos os tecidos da circulação periférica do indivíduo Por ser um sistema fechado, a Pré-carga deve ser igual ao DC (o que sai deve voltar). O Retorno Venoso depende da Pressão em AD Coração periférico Quando maior a PAD maior a dificuldade do retorno venoso Quanto maior a dificuldade de passar pelas veias periféricas, maior a dificuldade do retorno venoso Boa parte da resistência ao retorno venoso ocorre nas veias, embora parte ocorra também nas arteríolas e nas pequenas artérias. Quando a resistência nas veias aumenta o sangue começa a se acumular, principalmente nas próprias veias. Porém a pressão venosa aumenta muito pouco, pois as veias são mto distensíveis. Dessa forma, aumentar a pressão venosa não é eficaz para “vencer” a resistência o fluxo de sangue no átrio direito diminui drasticamente. Pelo contrário, quando a resistência nas arteríolas e nas pequenas artérias aumenta, o sangue se acumula nas artérias, que têm capacitância de apenas 1/30 das veias. Desse modo, o mesmo discreto acúmulo de sangue nas artérias aumenta muito a pressão — 30 vezes mais que nas veias — e essa pressão elevada sobrepuja grande parte da resistência aumentada. Matematicamente, constata-se que aproximadamente dois terços da chamada “resistência ao retorno venoso” são determinados pela resistência Retorno Venoso X Pressão Atrial Direita Essa curva mostra que, quando a capacidade de bombeamento do coração é diminuída, fazendo com que se eleve a pressão atrial direita, a força retrógrada da pressão atrial crescente sobre as veias da circulação sistêmica diminui o retorno venoso do sangue para o coração. Porque a circulação sistêmica é bolsa distensível, assim qualquer aumento da pressão retrógrada faz com que o sangue se acumule nessa bolsa em vez de retornar ao coração. A melhor pressão, para se ter um retorno periférico com baixo gasto de energia, é igual a Zero Se eu quero melhorar o DC, as vezes devo aumentar o VS que chega no AD, logo, acabo aumentando a pressão do AD. Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 13 Portanto, quando menor a pressão no AD melhor, mas as vezes, preciso aumentar essa pressão, e nem por isso comprometo a função. Em quais situações? Exercício físico, hipovolemia. GRAFICO Pré-Carga e Função Ventricular Observar o momento de inflexão da curva Eu uso meu coração até um limite. Retorno Venoso Periférico – Pré-carga Volume sanguíneo e pressão venosa Vasoconstrição causada pelo simpático Contração de músculos esqueléticos Pressure drop during inhalation Patologias que REDUZEM o DC secundário – alterações retorno venoso Redução da volemia (Hemorragia) Dilatação venosa aguda (Lesão DNC) Obstrução de grandes veias (TEP) Regulação Intrínseca do Bombeamento Cardíaco “O coração normal, funcionando, sem qualquer tipo de estimulação especial, pode bombear uma quantidade de retorno venoso cerca de 2,5 vezes o normal, antes que ele próprio passe a ser um fator limitante do controle do DC. ” Acima da linha verde são os casos hiperdinâmicos Abaixo da linha verde são hipodinâmicos Coração Hipereficaz Causado por maior estimulação nervosa e hipertrofia do músculo. Aumento de Massa Cardíaca = Aumento de força Contrátil = Aumento Volume Ejetado Sistema Nervoso FC Coração Hipoeficaz Qualquer fator que diminua a capacidade contrátil PA Inibição da estimulação nervosa Qualquer fator que reduza a capacidade contrátil do <3, torna-o hipoativo: Miocardite Isquemia do miocárdio Cariotoxicidade miocárdica Inibição da excitação nervosa Arritmias Valvopatias cardíacas Qualquer fator que aumente a capacidade contrátil do <3, torna-o hiperativo Hipertrofia do músculo cardíaco Estimulação simpática. Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 14 Regulação do DC Está relacionada à regulação de todos os fluxos sanguíneos teciduais De modo geral, em todos os tecidos o fluxo sanguíneo depende do metabolismo tecidual Elevação paralela do consumo de O2 (VO2) e o DC Relação entre o DC e a RVP Sob a maioria das condições normais (PA média estável), o DC a longo prazo, varia reciprocamente com as variações da resistência vascular periférica 𝐷é𝑏𝑖𝑡𝑜 𝑐𝑎𝑟𝑑í𝑎𝑐𝑜 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝐴𝑟𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑉𝑎𝑠𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑃𝑒𝑟𝑖𝑓é𝑟𝑖𝑐𝑎 Quando a RVP está normal, o DC tbm é normal – pq toda a formula está normal Quando a RVP aumenta acima do normal, o DC cai – a não ser que eu interfira na PA Quando a RVP diminui abaixo do normal, o DC aumenta (ICC por débito elevado) – aumento a PA do indivídulo (dou volume) Patologias que elevam o DC, secundário à redução da RVP Hipotireoidismo Beribéri (Déficit vitamina B1) Fístula arterio-venosa Anemia Patologias que reduzem o DC, secundárias alterações de contratilidade IAM grave Valvopatias cardíacas graves Miocardites Tamponamento cardíaco Distúrbios do metabolismo cardíaco Influência do SNS na regulação do volume extracelular A estimulação do sistema nervoso central tem tbm função homeostática de controle do DC. Aminas Simpaticomiméticas: As catecolaminas naturais: Adrenalina Noradrenalina Dopamina Sintéticas Debutamina Isoproterenol Em grande maioria elas têm ação alfa e ou beta agonistas, de acordo com a dose. Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 15 Principais Receptores Adrenérgicos Ação do SNC na manutenção do DC Curva contínua: Demonstra o efeito da dilatação intensa dos vasos sanguíneos periféricos, após a administração de dinitrofenol, que aumenta em cerca de 4x o metabolismo de praticamente todos os tecidos corporais. CAPITULO 14 Visão Geral da Circulação Funções: Suprir as necessidades dos tecidos corporais Transportar nutrientes para os tecidos Transportar produtos de excreção para o descarte Conduzir hormônios Manter um ambiente apropriado, em todos os líquidos e tecidos do corpo, para as condições ótimas de sobrevivência e funcionamento das células Homeostasia Características Artérias Transportam sangue sob alta pressão Possuem fortes paredes Sangue flui em alta velocidade Arteríolas Últimos ramos do sistema arterial Atuando como válvulas controladoras, através dos quais o sangue é liberado para os capilares Fortes paredes que dilatam e contraem, regulando a oferta de sangue, de acordo com a necessidade dos tecidos. Capilares Capilares realizam a troca de líquido, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substancias entre o sangue e o líquido intersticial. Suas paredes são delgadas e apresentam múltiplos poros, permeáveis a água e a outras pequenas substancias moleculares. Vênulas Coletam o sangue dos capilares, gradualmente se unem, formando veias progressivamente maiores Veias Condutos para o transporte de sangue de volta para o coração ADRENORECEPTORES 2 1 1 2 Vasoconstrição Aumento da RVP Aumento da pressão sanguínea Aumento closure of internal esfíncter of the bladder Inibição da liberação de norepinefrina Inibição da liberação de insulina Taquicardia Estimulação da lipólise Estímulo da contratilidade do miocárdio Vasodilatação Diminui, ligeiramente, a RVP Broncodilatação Estimulação da gliconeogênese pelo fígado e músculo Estimula secreção de glucagon Relaxamento do músculo esfíncter urinário Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 16 Reservatório de sangue Sistema Venoso As veias atuam como condutos para o transporte do sangue dos tecidos de volta ao coração; Igualmente importante, elas tbm atuam como reservatório de sangue Embora tenham paredes delgadas (sistema coletor de baixa pressão), apresentam alta capacidade de se contrair ou expandir, atuando como reservatório extra, em quantidades pequenas ou grandes, dependendo das necessidades de circulação Fluxo Sanguíneo Quantidade de sangue que passa por determinado ponto da circulação em dado período de tempo (difere de volemia, pois esta é definida pela quantidade total de sangue, em não uma porção). Expresso em ml/min ou L/m Fluxo global em adultos: 5L/m (DC) A velocidade do fluxo é inversamente proporcional à área de secção transversa (há mtos capilares, a velocidade é menor) 𝑽𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒐 𝑭𝒍𝒖𝒙𝒐 = 𝑭𝒍𝒖𝒙𝒐 𝑺𝒂𝒏𝒈𝒖í𝒏𝒆𝒐 Á𝒓𝒆𝒂 Princípios básicos da função circulatória O fluxo sanguíneo é controlado pelas necessidades dos tecidos quando estão ativos, há a necessidade de mais nutrientes, portanto, aumento do fluxo. O DC é a soma de todos os fluxos locais dos tecidos A PA é controlada independente do fluxo sanguíneo ou do DC. Se a pressão cair, vários reflexos neurais são ativados ( força de bombeamento, contração de grandes reservatórios venosos, constrição generalizada, acumulando sangue no sistema arterial) Relação entre Pressão, Fluxo e Resistência Fatores que determinam o fluxo ao longo de um vaso sanguíneo: Diferença de pressão entre as duas extremidades Resistência vascular ao fluxo Fluxo Sanguíneo Laminar O fluxo flui de maneira estável, organizando-se em linha corrente. A velocidade no meio é maior que nas paredes, ou seja, é silencioso Fluxo Sanguíneo Turbilhonar O sangue corre em todas as direções e se misturam continuamente. Causado por alta velocidade (sangue passando por alguma obstrução). Barulhento. Divisões agudas dentro da circulação Superfície irregular dentro da circulação Rápido estreitamento do vaso sanguíneo Pressão Sanguínea Significa a força exercida pelo sangue contra qualquer unidade de área da parede vascular. Expressa em mmHg Quando afirmamos que a pressão em uma artéria é 120mmHg, dizemos que a força exercida é suficiente para impelir uma coluna de mercúrio, contra a gravidade, até um nível de 50mm de altura. O mesmo volume de sangue deve fluir, através de cada segmento da circulação a cada minuto Pressão média em Aorta: 100mmHg Pressão sistólica: 120mmHg Pressão diastólica: 80mmHg Sistema venoso: 0mmHg Pressão média nos leitos vasculares: 17mmHg Pressão baixa o suficiente para fazer com que o plasma e os nutrientes possam difundir-se facilmente dos capilares para as células dos tecidos Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 17 Resistência ao Fluxo Sanguíneo É o impedimento ao fluxo sanguíneo por um vaso, mas ela não pode ser medida por nenhum meio direto É calculada a partir das medidas do fluxo sanguíneo e da diferença de pressão entre dois pontos do vaso Ocasionalmente, a resistência pode ser expressa em Centímetros, Gramas, Segundos Influenciada por: Raio ou espessura dos vasos sanguíneos Viscosidade do sangue Presença de qualquer obstrução ao fluxo. Resistência Periférica Total A quantidade do fluxo, através de todo o sistema circulatório, é igual ao volume do bombeamento do sangue pelo coração em determinada unidade de tempo (= DC) A diferença de pressão, entre as artérias sistêmicas e veias sistêmicas é de 100mmHg, assim, a resistência de toda a circulação é de 1UPR (Unidade de Resistência Periférica) CONDUTÂNCIA E RESISTÊNCIA É a medida do fluxo sanguíneo, em um vaso, para determinada diferença de pressão. É a recíproca exata da resistência: 𝑪𝒐𝒏𝒅𝒖𝒕â𝒏𝒄𝒊𝒂 = 𝟏 𝑹𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 Pequenas mudanças no diâmetro de um vaso, causam alterações tremendas na capacidade do vaso conduzir o sangue, quando este é laminar A condutância de um vaso sanguíneo aumenta a quarta potência do seu diâmetro Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 18 CAPITULO 10 Excitação Rítmica do Coração O coração humano tem um sistema especial para a auto excitação rítmica. Esse sistema gera impulsos elétricos rítmicos para iniciar as contrações e conduz para todo o coração. Sistema Excitatório No nodo sinusal são gerados os impulsos, os feixes interatriais os conduzem para o nodo A – V, que retarda os impulsos antes deles passarem para os ventrículos. O feixeA-V conduz os impulsos aos átrios para os ventrículos e as fibras de Purkinge, conduz estes impulsos para todas as partes do ventrículo. O nó sinusal controla os batimentos do coração. Nas fibras do nó sinusal, devido sua negatividade ser muito menor, a maioria dos canais rápidos de sódio podem se abrir e produzir o PA. Nó sinusal Auto excitação Posteriormente, os canais de cálcio e sódio se fecham e um grande número de canais de K+ se abrem, e permanecem abertos por mais um tempo, causando a hiperpolarização 1. Abertura canais lentos de cálcio-sódio 2. Fechamento dos canais 3. Abertura Canais de Potássio 4. Hiperpolarização O impulso cardíaco não se propaga dos átrios aos ventrículos muito rapidamente, esse retardo permite a contração e o esvaziamento dos átrios Nodo A-V Lembrando: a alta velocidade da transmissão das fibras de Purkinge ocorre devido a presença dos discos intercalares Transmissão do impulso pelo músculo ventricular O músculo cardíaco se enrola em torno das cavidades em espiral duplo. Consequentemente, o impulso passa sobre angulações em direção à superfície acompanhando a direção dos espirais. Nó Sinusal como Marca-passo O nó sinusal possui uma descarga mais rápida que a auto excitação do nodo A-V e das fibras de Purkinge. A cada descarga sinusal, seu impulso é conduzido para o nodo A-V e as fibras de Purkinge, causando a descarga das membranas excitáveis. Assim, o nodo sinusal controla o batimento cardíaco por possuir frequências de descargas rítmicas mais altas. Ação do Sistema Nervoso Autônomo Sistema Nervoso Simpático VS FC RVP Força de contração do músculo cardíaco Nodo Sinusal Feixe A – V Nodo A – V Feixes Interatriais Fibras de Purkinge Débito Cardíaco Sistema Nervoso Parassimpático DC FC Contração cardíaca O estímulo dos nervos parassimpáticos, gera liberação de Ach que reduz a velocidade de transmissão dos impulsos para o músculo cardíaco. Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 19 EXCITAÇÃO RÍTMICA DO CORAÇÃO O coração é dotado de sistema especial para: 1. Gerar impulsos elétricos rítmicos que causam contrações rítmicas do miocárdio 2. Conduzir esses impulsos rapidamente por todo o coração. Quando esse sistema funciona corretamente, os átrios se contraem um sexto de segundo antes da contração ventricular, o que permite o enchimento dos ventrículos, antes de bombearem o sangue para os pulmões e para a circulação periférica. Além disso, diferentes porções do ventrículo se contraem simultaneamente, para gerar pressão, com o máximo de eficiência Funções do Miocárdio: Função Badmotrópica o Gera seu próprio potencial de ação Função Cronotrópica o Repetir o PA sequencialmente Função Dromotrópica o Transmissão do PA Função Inotrópica o Contração muscular Droga inotrópicas positiva: Digoxina Drogas inotrópicas negativas: bloqueadores de canais de Ca2+ Função Lusinotrópica o Relaxamento com gasto energético Estruturas cardíacas relacionadas à função de bomba: Miocárdio Função de bomba – músculo Endocárdio Direciona o sangue – valvular Pericárdio Diminui o impacto e o atritoPr Miocárdio Atrial Armazenamento do sangue Origem da onda excitatória Miocárdio Ventricular Ejeção de sangue “O músculo cardíaco contrai-se seguindo a lei do tudo ou nada: quando o estímulo atinge o limiar de excitabilidade, todo o músculo cardíaco se contrai (propriedade do sincício). Período refratário absoluto e relativo Um só processo de contração, um só processo de excitação. Automatismo: o músculo cardíaco é capaz de gerar o seu próprio estímulo (nó sinusal) que determina a sua própria contração. Contudo, o sistema nervoso simpático e parassimpático adapta o coração às condições metabólicas do corpo, bem como certas substâncias circulantes, que podem modificar a contratilidade e o automatismo cardíaco. Células Marca-passo: cls que possuem a capacidade inerente de desenvolver despolarização espontânea (Gráfico pag. 8) Acoplamento Excitação/Contração PDA propaga-se pela membrana e ao longo dos túbulos Transversos No interior da fibra, libera-se Ca2+ pelo retículo sarcoplasmático Reações químicas são ativadas para o deslizamento actina/miosina (contração) Duração da Contração Duração do PDA (músculo atrial 200ms; ventricular 60ms) influenciada pela Frequência Cardíaca. O miocárdio contrai-se como uma unidade única pela sua forma de sincício. Estes, formam 2 sistemas sinciciais, separados por um tecido fibroso, que não deixa passa a onda excitatória de um músculo para o outro, exceto no ponto de união entre ambos: o Nó Atrioventricular. Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 20 *O Nodo Sinusal Encontra-se na parede lateral superior do átrio direito, imediatamente abaixo da veia cava superior. As fibras desse nodo quase não contêm filamentos contráteis e conectam-se diretamente com a fibras atriais (internodais), de modo que qualquer potencial de ação originado no nodo sinusal se propaga de imediato para os átrios. As fibras do nodo sinusal e de todo o sistema especializado de condução possuem essa capacidade Mecanismo de Ritmicidade do Nodo Sinusal 1. Nas fibras do nodo sinusal, devido a sua negatividade muito menor, a maioria dos canais rápidos de sódio ficam bloqueados. 2. Consequentemente, só os canais lentos de cálcio-sódio podem se abrir e, assim, produzir o PA. 3. Estes, por sua vez, têm ? mais lento que o PA do músculo ventricular 4. Devido à alta [íons Na+] no LEC e à carga elétrica mais negativa no interior das fibras do nosso sinusal em repouso, os íons positivos de sódio tendem a fluir para o interior das fibras do nó sinusal, já no período de hiperpolarização (difusão passiva) Descarga rítmica de fibra nodal sinusal. Também o PA nodal sinusal é comparado com o de fibra muscular ventricular. Naturalmente a membrana das fibras do nó permitem a entrada dos íons Na+ na fase de repouso. 5. Como resultado, o fluxo de íons sódio, com carga positiva, produzem um potencial de membrana progressivamente menos negativo 6. Desse modo, o potencial de repouso fica menos negativo entre dois batimentos consecutivos (diástole) e, quando atinge o limiar do PA, os canais de cálcio-sódio são ativados, causando o influxo de Ca+ e Na+, gerando o PA. 7. Posteriormente, os canais de cálcio-sódio se fecham e, quase ao mesmo tempo, um grande número de canais de K+ se abrem 8. Assim, o influxo de íons Ca+ e Na+ é interrompido, enquanto que uma grande quantidade de íons K+ se dinfunde para fora da fibra, finalizando o PA. Transmissão do Impulso Cardíaco pelo Átrios As terminações das fibras do nodo sinusal se fundem com a fibras musculares atriais circundantes Os PAs originados no nó sinusal passam para as fibras atriais internodais O PA se propaga rapidamente por toda a massa muscular atrial, até o nó A-V *Nodo A-V Situa-se na parte mais posterior do átrio direito Sua finalidade principal é a redução do tempo de condução do estímulo para os ventrículos Essa demora é suficiente para que os átrios esvaziem seu conteúdo de sangue nos ventrículos, antes que comece a contração ventricular (sístole) Fibras de Purkinje Emergem do nodo A-V, passam pelo feixe A-V e chegam aos ventrículos São fibras com maior diâmetro e transmitem rapidamente o PA aos dois ventrículos quase simultaneamente. Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 21 Controles intrínsecos e extrínsecos do desempenho cardíaco Ação do Sistema Nervoso Simpático Liberação de catecolaminas pelas terminações nervosas A estimulação simpática aumenta a frequência de despolarização do nosso sinusal, a velocidade de condução A-V e o nível de excitabilidade em todasas regiões do coração Também aumenta a força de contração de toda a musculatura cardíaca, tanto atrial quanto ventricular (eleva o DC) Mecanismo Ocorre liberação de norepinefrina pelas terminações nervosas simpáticas Esta, aumenta a permeabilidade das fibras musculares cardíacas ao sódio e ao cálcio No nodo sinusal, aumento da permeabilidade ao Na+ provoca potencial de repouso mais positivo e, maior velocidade de ascensão desse potencial, em direção ao valor para limiar de auto-excitação, elevando, portanto, a frequência de despolarização e a FC Parassimpático (Vagal) Libera Ach pelas terminações nervosas. Reduz a frequência de disparo do ritmo do nó sinusal e diminui a excitabilidade das fibras juncionais A-V (entre a musculatura atrial e o nodo A-V) Mecanismo: A Ach liberada nas terminações nervosas vagais aumenta a permeabilidade da membrana das fibras ao K+, o que permite o rápido efluxo de K+ para fora das fibras condutoras. Isso causa a hiperpolarização das fibras, o que faz com que esse tecido excitável fique muito menos excitável. Desempenho Cardíaco Débito Cardíaco Frequência Cardíaca Volume Sistólico Controle Intrínseco Atividade Elétrica Cardíaca Controle Extrínseco SNA. Reflexos e PNA Controle Intrínseco Mecanismo de Frank-Starling Controle Extrínseco SNA Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 22 MICROCIRCULAÇÃO E SISTEMA LINFÁTICO Microcirculação A função maior da circulação ocorre na microcirculação o fornecimento de nutrientes para os tecidos e a remoção dos produtos de excreção celular Capilares são estruturas extremamente delgadas, com paredes tubulares de somente uma camada de células endoteliais As paredes dos capilares são repletas de poros para possibilitar as trocas gasosas Fluxo de sangue nos capilares – Vasomotilidade Vasomotilidade: fenômeno caracterizado pela abertura e fechamento dos esfíncteres pré- capilares de modo intermitente O principal fator determinante da vasomoção é o conteúdo de O2 nos tecidos Forças de Starling Fatores que determinam o movimento de líquido através da membrana capilar. São estas: 1. Pressão Hidrostática do capilar 2. Pressão Hidrostática intersticial 3. Pressão Coloidosmótica do plasma 4. Pressão Coloidosmótica Intersticial Interstício Espaço entre as células, preenchido por líquido intersticial O volume do Líquido Intersticial depende da filtração (na parte arterial do capilar) e da reabsorção (parte venosa do capilar) Fatores que determinam a velocidade de movimentação dos fluídos Permeabilidade Área de superfície para troca Gradiente de força Gradiente de Forças I. Pressão Hidrostática Capilar Movimento do líquido para fora II. Pressão Coloidosmótica Capilar Puxa a água do interstício para o vaso III. Pressão Hidrostática do Interstício Puxa o líquido para o interstício IV. Pressão Coloidosmótica Intersticial Puxa água para o interstício V. Proteínas do Plasma e do Interstício Controlam os volumes A permeabilidade dos poros tem relação direta com o tamanho das moléculas difusíveis Efeito da diferença de Concentração A intensidade efetiva de difusão tem relação direta com a diferença de concentração da molécula entre os dois lados da membrana Sistema Linfático É um sistema vascular a parte (por onde circula a linfa) É um sistema auxiliar de drenagem, auxilia o sistema venoso fazendo retornar parta a circulação o líquido acumulado no interstício Capilar A permeabilidade de sua membrana é diferente dependendo do tecido corporal As substancias são transferidas entre o plasma e o líquido intersticial por Difusão Interstício Vasos Linfáticos Circulação Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 23 Linfa líquido presente nos vasos linfáticos. Composição semelhante ao do plasma, exceto pela baixa concentração de proteínas Componentes 1. Capilares Linfáticos 2. Vasos linfáticos 3. Ductos linfáticos (maiores vasos(?)) 4. Linfonodos 1. Capilares Linfáticos Os menores vasos, onde ocorrem as trocas gasosas 2. Vasos Linfáticos Originados dos capilares e permitem que a linfa flua em uma direção. 3. Bombeamento Linfático a. Músculos esqueléticos sobre vasos b. Nova linfa empurra a velha c. Contração dos vasos d. ? CONTROLE LOCAL E HUMORAL DO FLUXO Cada tecido é capaz de controlar seu próprio fluxo sanguíneo em relação às suas necessidades metabólicas Necessidades dos tecidos: Suprimento de O2 Suprimento de nutrientes Remoção de CO2 Transporte hormonal Controle da temperatura corpórea Mecanismo de Controle de fluxo sanguíneo 1. Controle Agudo É obtido através de rápidas alterações na vasodilatação ou vasoconstrição local, principalmente, das arteríolas, ocorrendo de segundos a minutos, de modo a proporcionar meio rápido para manter o fluxo tecidual apropriado Aumento do metabolismo Aumento Fluxo Sanguíneo Diminuição da Saturação de O2 Aumento Fluxo Sanguíneo (Grandes altitudes, intoxicação, pneumonias) Diminuição O2 Vasodilatação + Abertura dos esfíncteres Hiperemia reativa: Ocorre em reposta a oclusão transitória de um vaso sanguíneo local Tempo prolongado sem a chegada de sangue, o fluxo aumenta muito rápido Hiperemia ativa: Devido ao aumento da atividade de um determinado órgão (estômago) ou tecido (músculos), para manter as necessidades metabólicas durante sua atividade 2. Controle à Longo Prazo Refere-se a alterações lentas do fluxo ao longo do tempo (semanas ou até meses). Vai depender da neovascularização e/ou alterações mantidas nos diâmetros dos vasos quiescentes Vascularização tecidual dependendo dos ativos metabólicos Oxigênio – Seu aumento ou sua queda depende de alguns fatores, exemplo o habitat. o Déficit de O2: relaxamento do músculo pré-capilar o Excesso O2: maior contração Ativação de novos vasos sanguíneos Mediado por “Fatores de crescimento vascular” O principal agente que controla o fluxo é o O2 A longo Prazo, mesmo com o aumento da PA o fluxo sanguíneo continua o mesmo Microcirculação se protege para não romper vasos (esfíncteres controlam e impedem que a velocidade aumente Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 24 Fator de Relaxamento derivado do endotélio – Óxido Nítrico Produzido pelas células endoteliais que revestem as arteríolas e as artérias de pequeno calibre É um componente do fator de relaxamento derivado do endotélio (EDRF) Liberado em resposta ao efeito mecânico, tipo “cisalhamento”, secundário ao aumento de fluxo em artérias pequenas e metarteríolas. Circulação Colateral: Método de regulação do fluxo. Redução do diâmetro induz o desenvolvimento de inúmeros vasos de menor calibre para suprir o sangue para a área isquêmica. Regulação Humoral da Circulação Local e Sistêmica Regulação da circulação por substâncias secretadas ou absorvidas como hormônios e íons. Agentes Vasoconstritores: Norepinefrina e epinefrina Vasopressina Angiotensina II Endotelina CAPÍTULO 18 REGULAÇÃO NERVOSA DA CIRCULAÇÃO PA é a resultante do produto da inter-relação dinâmica (temporal) entre a força contrátil ventricular e a resistência vascular periférica Acoplamento Ventricular e Arterial – Sístole Elasticidade Aórtica – Complacência – Diástole Arteriosclerose eleva a pressão sistólica e reduz a diastólica Vasoconstrição: eleva a PS e a PD Sistema Nervoso Autônomo Manutenção da PA dentro dos limites estreitos (tônus simpático) Tônus simpático: controle rápido da PA Redistribui o fluxo sanguíneo para diferentes partes do corpo Aumenta a atividade de bombeamento Fornecimento de um controle muito rápido da PA Simpático Aumento da FC Aumento do VS Vasodilatação e broncodilatação Aumentao débito cardíaco a partir da constrição das veias, imobilizando a volemia e aumentando a pré-carga Parassimpático Papel secundário na regulação da função vascular dos tecidos Diminui FC Diminui Contratilidade do músculo cardíaco Centro Vasomotor transmite impulsos parassimpáticos através da medula e dos nervos vagos para o coração e impulsos simpáticos através da medula e dos nervos simpáticos periféricos para o coração e vasos periféricos Controle agudo da PA pelo SNC 1. Aumentam a contração das arteríolas Aumento da RVP Aumento da PA 2. Aumentam a contração das veias Aumento da pré-carga Aumento da força de Batimento Aumento da PA 3. Aumento da FC e VS Aumento bombeamento cardíaco Aumento da PA Agentes Vasodilatadores: Bradicinina Histamina Todos os vasos sanguíneos são inervados, exceto capilares, esfíncteres pré-capilares e a maioria das metarteríolas Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 25 Sistema Barorreceptores e PA Reflexo desencadeado pelos receptores de estiramento O aumento da PA estira os barorreceptores fazendo com que transmitam sinais para o SNC. Sinais de FeedBack reduzindo a PA em seu nível normal. Os sinais dos barorreceptores chegam ao bulbo e são desencadeados a vasodilatação dos vasos e a diminuição da FC e da força de contratilidade Excitação dos barorreceptores pelo estiramento, diminuindo a PA devido a redução da RVP e do DC. Capítulo 19 Papel dominante dos Rins na Regulação a Longo Prazo da PA e na Hipertensão: O sistema integrado para controle da pressão. O controle a curto prazo da PA pelo sistema nervoso simpático, age sobre a resistência/ capacidade vascular periférica total e tbm sobre a capacidade de bombeamento do coração. O corpo, no entanto, tem também potentes mecanismos para a regulação da pressão arterial ao longo de semanas e meses. Esse controle a longo prazo da pressão arterial está intimamente relacionado à homeostasia do volume de líquido corporal, determinado pelo balanço entre a ingestão e a eliminação de líquido. Para a sobrevida a longo prazo, a ingestão e a eliminação de líquido devem ser precisamente balanceadas; essa tarefa é realizada por múltiplos controles nervosos e hormonais e por sistemas de controle local nos rins, que regulam sua excreção de sal e água. Entende-se que mais de 10 sistemas agem juntamente, a fim de manter a regulação da PA à longo prazo. o As veias são reserva volêmica para aumentar o DC Pressão Arterial Uma condição básica, para a sobrevivência do ser humano é a manutenção de um nível adequado de PA que seja capaz de nutrir os tecidos em condições que variam desde o dono ou repouso, até o exercício físico, trabalho ou situação de estresse. Visando a manutenção da Homeostasia do sistema circulatório, os dois principais objetivos dos mecanismos de regulação do sistema cardiovascular são: A manutenção da PA num nível relativamente constante. Adaptação do fluxo sanguíneo às diferentes demandas metabólicas. Pressão Arterial Débito Cardíaco Resistência Periférica Volume Sistólico Frequência Cardíaca Estrutura Vascular Função Vascular Contractilidade do Miocárdio Tamanho do compartimento vascular Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 26 Fatores que influenciam a PA A PA é influenciada pelos mesmos fatores que fazem oscilar as demandas metabólicas Hipertensão Arterial – Atual É uma condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos >140 e/ou 90 mmHg Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais em órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco (FR), como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e DM Mantém associação independente com evento como morte súbita, AVE, IAM, IC, doença arterial periférica (DAP) e doença renal crônica (DRC), fatal e não fatal. Lesão de órgãos alvo o Coração: induz a sobrecarga funcional ao coração e doença arterial coronária – ICG o Cérebro: AVE secundário à ruptura de pequenos vasos sanguíneos, lesionados pela contínua elevação da PA = sequelas o Rim: nefroesclerose renal, devido a múltiplas áreas de micro hemorragias (IRC) o Pode afetar a visão, IAM e disfunção sexual (principalmente homens) Roteiro para a morte A pressão arterial alta é conhecida como a “assassina silenciosa”, porque produz dano considerável aos vasos sanguíneos, coração, encéfalo e rins antes de provocar dor ou outros sintomas perceptíveis. Nos vasos sanguíneos, a hipertensão provoca espessamento da túnica média, aceleração do desenvolvimento da aterosclerose e doença da artéria coronária e aumento da resistência vascular periférica. No coração, a hipertensão aumenta a pós-carga, o que força os ventrículos a trabalharem mais para ejetar o sangue. A resposta normal ao aumento da carga de trabalho, em virtude de exercício regular e vigoroso, é a hipertrofia do miocárdio, especialmente da parede do ventrículo esquerdo. No entanto, um aumento da pré-carga leva a hipertrofia do miocárdio, que é acompanhada por dano muscular e fibrose (um acúmulo de fibras colágenas entre as fibras musculares). Como resultado, o ventrículo esquerdo aumenta, enfraquece e dilata. Como as artérias no encéfalo, geralmente, estão menos protegidas pelos tecidos adjacentes do que as artérias principais em outras partes do corpo, a hipertensão prolongada, consequentemente, faz com que se rompam, ocorrendo um acidente vascular cerebral. A hipertensão também danifica as arteríolas renais, produzindo seu espessamento, o que estreita o lume; assim, como o suprimento sanguíneo para os rins é reduzido, os rins secretam mais renina, elevando a pressão arterial ainda mais. Inúmeras drogas e métodos são eficazes na redução da PA, o problema são os efeitos colaterais provocados. A “abordagem não farmacológica” do tratamento da hipertensão arterial, significa substituir, ou pelo menos aliviar aos remédios, intervenções que alterem o estilo de vida do paciente e reduzam as complicações desta silenciosa patologia. Aumento do Volume Sanguíneo Aumento da frequência Cardíaca Aumento do volume de Ejeção AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL Aumento da Viscosidade Sanguínea Aumento da Resistência periférica Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 27 O conhecimento da fisiologia da manutenção da PA, dentro de estreitos limites, e sua fisiopatologia, permite melhor orientação em relação às intervenções necessárias na alimentação (NaCl) e atividade física (exercícios aeróbios – caminhada, bicicleta, natação, etc.) CONCEITOS FISIOLÓGICOS Relação entre as variações da PA e o Volume urinário Diurese por elevação da pressão, há relação direta entre elevação da pressão arterial e diurese. Relação entre Volume Sanguíneo e a Pressão Arterial Controle da PA pelo Rim e Líquidos Corporais O Ponto de equilíbrio representa o nível no qual a PA será regulada. Análise da regulação da PA ao se comparar a curva de excreção renal com a curva de ingestão de sal e água. o A excreção de água e sal deve ser igual a ingesta. O ponto de equilíbrio identifica o momento em que ocorre esse fenômeno. o Elevando-se a PA para 150 mmHg, aumenta em cerca de 3 a 4x a eliminação de sal e água Se a PA reduzir abaixo do nível de equilíbrio a eliminação renal de Na+ e de água tbm irá se reduzir e o estímulo à sede será desencadeado Infusão de 400ml sangue A resultante desse evento é a redução da volemia com consequente diminuição da PA e retorno ao ponto de equilíbrio Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 28 O resultado dessa resposta é: aumento da volemia, DC e PA até que o ponto de equilíbrio sejaalcançado Determinantes do controle do nível de PA a longo prazo Os dois principais determinantes do nível de PA (manutenção do ponto equilíbrio) a longo prazo são: 1. Excreção renal de água e sal 2. Ingestão de água e de sal Variações do “Ponto de Equilíbrio” Se houver desvio da curva de excreção renal para novo nível de pressão, a PA também irá, dentro de poucos dias, acompanhar a esse novo nível de pressão. Duas maneiras pelas quais a PA pode ser elevada: A. Ao se desviar a curva de excreção renal para a direita, em direção a um nível mais elevado de pressão (HAS crônica) B. Ao se aumentar a ingestão de sal e água. Assim, é impossível alterar a pressão arterial média a longo prazo sem alterar um ou os dois determinantes básicos da pressão arterial a longo prazo 1. O nível de ingestão de sal e de água ou 2. O grau do deslocamento da curva de função renal ao longo do eixo de pressão. Entretanto, se qualquer um desses determinantes for alterado, percebe-se que a pressão arterial é regulada em novo nível, onde as duas novas curvas se cruzam. Débito Cardíaco 𝑷𝑨 = 𝑫𝑪 × 𝑹𝑷𝑻 Lembrar que a curto prazo, o aumento da RVP (secundária à vasoconstrição) pode elevar a PA, entretanto esse aumento da PA produz diurese e natriurese que faz com que a pressão retorne a níveis normais. Relações da RPT com níveis a longo prazo de PA e DC em diferentes anormalidades clínicas. Nessas condições, os rins apresentam funções normais. Observe que as alterações da RVP produziram alterações iguais e opostas do DC, mas não exerceram qualquer efeito sobre a PA. Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 29 Importância do Sódio Mecanismo básico pelo qual o sal eleva o volume do líquido extracelular: Estimulação do Centro da Sede, secundário ao aumento da osmolalidade dos líquidos corporais Estimulação do eixo Hipotálamo-Hipófise e secretar Hormônio Antidiurético LEMBRAR Mesmo pequenos acréscimos de líquidos no sistema vascular se traduz em significativa elevação da PA Pequenos aumentos nas proporções do sódio corpóreo, promovendo retenção de grandes volumes no sistema circulatório SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA ALDOSTERONA Além de sua capacidade de controlar a PA através de alterações no volume de líquido extracelular, os Rins tbm dispõem de outro poderoso mecanismo para controlar a PA: o sistema renina angiotensina aldosterona Renina É uma enzima liberada pelos rins, a partir das cls justaglomerulares renais, quando a pressão arterial cai para níveis excessivamente baixos. No organismo desencadeia complexo de mecanismo de ativação de polipeptídios circulatórios que culminam na elevação da PA VOLUME DE FLUIDO EXTRACELULAR AUMENTADO AUMENTO DE VOLUME SANGUÍNEO PRESSÃO DE ENCHIMENTO CIRCULATÓRIA MÉDIA AUMENTADA AUMENTO DO DÉBITO CARDÍACO AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL AUMENTO DO RETORNO VENOSO AO CORAÇÃO AUMENTA A RESISTÊNCIA PERIFÉRICA TOTAL AUTORREGULAÇÃO AUTORREGULAÇÃO para proteger a microcirculação local. O aumento do fluxo sanguíneo aos tecidos estimula a vasoconstrição local, com o objetivo de manter o fluxo da microcirculação constante e, indiretamente, eleva a RVPT e a PA. Não é só a diminuição da PA sistêmica que induz a liberação de renina, a vasoconstrição seletiva da artéria renal, também induz, erroneamente, a maior liberação de renina – criando um ciclo vicioso. Utilizamos bloqueadores da ECA para sair desse ciclo. Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 30 Angiotensina II A Angiotensina II é um vasoconstritor extremamente poderosos (arterial e venoso) Tem sua ação direta sobre os rins (ação local), reduzindo a excreção de sódio e subsequentemente de água – aumenta volemia e consequentemente a PA Induz também a secreção de Aldosterona Aldosterona A aldosterona, secretada pelas gls suprarrenais aumentando a reabsorção de sal e de agua pelos túbulos renais (EC: eliminação excessiva de potássio – podemos consertar com a alimentação) Localização das Células Justaglomerulares A arteríola eferente tem estrutura muscular – reagindo a estímulos internos, causando a vasoconstrição A aferente, não tem grande estrutura muscular. As cls justaglomerulares identificam a diminuição ou o aumento da PA Angiotensina II age na arteríola eferente. Renina fecha a arteríola aferente impeço a saída do sangue, ou seja, aumento o volume dentro do glomérulo renais, sem aumentar a área deste, portanto, aumento a filtração do sangue. Quando o volume de sangue e a pressão arterial diminuem, as paredes das arteríolas aferentes são menos estiradas e as células justaglomerulares secretam a enzima renina no sangue. O estímulo simpático também estimula, diretamente, a liberação da renina, a partir das células justaglomerulares. A renina cliva angiotensina I, a partir do angiotensinogênio, que é sintetizado pelos hepatócitos. A Nefroesclerose atinge estas duas estruturas, e caso acentue, atinge as próprias cls justaglomerulares. Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 31 Ao clivar dois ou mais aminoácidos, a enzima conversora de angiotensina (ECA) converte angiotensina I em angiotensina II, que é a forma ativa do hormônio. A angiotensina II afeta a fisiologia do rim 1. Diminui a taxa de filtração glomerular, provocando vaso- constrição das arteríolas aferentes. 2. Aumenta a reabsorção de Na+, Cl- e água no túbulo contorcido proximal 3. Estimula o córtex da glândula suprarrenal a liberar aldosterona Sistema Renina Angiotensina frente a hemorragia intensa Hipovolemia: diminuição da PA, desencadeamento do sistema renina angiotensina Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 32 Ação Cardiovascular e Renal frente à Hipervolemia Volume Sanguíneo Pressão Sanguínea Compensação pelo Sistema Cardiovascular Compensação nos Rins Vasodilatação Ritmo Cardíaco Débito urinário Volume Sanguíneo Da Pressão Sanguínea até o Normal Estímulo Centro Integrador Reposta do Tecido Resposta Sistêmica Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 33 ELETROCARDIOGRAMA É um método auxiliar ao diagnóstico, é utilizado para análise da atividade elétrica do coração. Reflete os eventos elétricos do conjunto de suas células (sincício atrial e ventricular) – estudo como se fosse um único PA. Cada onda reflete uma contração ou um relaxamento cardíaco Ele avalia toda a atividade elétrica do coração de um ciclo cardíaco. Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 34 Onda isoelétrica: não há variação Indica o sentido e a direção do estímulo elétrico do coração Onda P Despolarização Atrial: se propaga do nó sinusal pelas fibras contráteis em ambos os átrios Contração Atrial Ativação elétrica dos átrios Duração 0,06s a 0,1s o Primeira metade da onda é o átrio direito o Segunda metade da onda é o átrio esquerdo Complexo QRS Despolarização ventricular rápida: à medida que o potencial de ação se difunde pelas fibras contráteis ventriculares Contração ventricular Ativação elétrica do ventrículo Duração 0,06s a 0,1s Amplitude 3 a 30mm A primeira onda negativa do complexo sempre vai se chamar Q A primeira onda positiva sempre será R A onda negativa seguida do R, sempre será S o A primeira onda reflete o ventrículo esquerdo o A segunda onda o ventrículo direito Onda T Repolarização ventricular: despolarização ventricular rápida, à medida que o potencial de ação se difundepelas fibras contráteis ventriculares. A repolarização ocorre mais lentamente do que a despolarização Relaxamento ventricular (diástole) Duração 0,2 Características do Eletrocardiograma Eixo vertical é a amplitude cada 10 quadrados é 1mV e cada quadrado é 1mm Eixo horizontal é o tempo cada quadradinho é 20m/s, um quadradão tem 5, então são 200m/s Funções Identificação de Infartos Aumentos na onda Q, indicam infarto do miocárdio Arritmias Tamanho das paredes ventriculares Ondas P maiores indicam aumento de um átrio Aumento na onda R, geralmente, indicam ventrículos aumentados Insuficiências cardíacas sobrecarga sistólica ou sobrecarga diastólica Fisiologia ATD3 Prof. Carlos Ayres Rute Paulino XXII 35 Intervalos ou Segmentos Intervalo P-Q: tempo desde o início da onda P até o início do complexo QRS. É o tempo necessário para o potencial de ação seguir pelos átrios, nó atrioventricular e restante das fibras do complexo estimulante do coração. O intervalo significa o tempo de condução desde o início da excitação atrial até o início da excitação ventricular Segmento S-T: Começa no final da onda e termina no início da onda T. Representa o intervalo no qual as fibras contráteis ventriculares são despolarizadas durante a fase de platô do potencial de ação. Elevado infarto agudo do miocárdio Deprimido quando o músculo do coração recebe pouco oxigênio. Intervalo Q-T: se estende do começo do complexo QRS até o final da onda T. É o intervalo do início da despolarização ventricular até o final da repolarização ventricular. Elevado dano ao miocárdio, isquemia (fluxo de sangue reduzido) miocárdica ou anormalidades de condução. Calculando a Frequência cardíaca com ECG A forma mais precisa para calcular a FC no ECG é dividindo o número 1500 pelo n° de quadradinhos entre 2 QRS. O resultado é em bpm. Tbm há outra forma, dividir 300 pelo número de quadradões (5mm). Fundamentos Para, adequadamente, acharmos um ponto em um “plano bidimensional” basta apenas duas referências: X e Y em um plano cartesiano Podemos encontrar um ponto apenas com referenciais. Localização dos Eixos elétricos Dos ventrículos Dos átrios
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