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Experimento-1

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Química Experimental 1, Marcos Gabriel Lopes da Silva, Experimento 1. 
 
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Química Experimental 1, Marcos Gabriel Lopes da Silva, Experimento 1. 
 
2 
 
AFERIÇA O E TESTE DE PRECISA O E 
EXATIDA O DE VA RIOS INSTRUMENTOS 
Ex
p
er
im
en
to
 1
 
Marcos Gabriel Lopes da Silva 
Departamento de Química Fundamental, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil 
 
Data da prática: 04/06/2021; Data de entrega do relatório: 11/04/2021 
 
 Palavras chaves: exatidão; precisão; instrumentos; química.
Introdução 
Saber manusear os diversos 
equipamentos presentes em um laboratório 
de química é muito importante, tanto para a 
segurança de quem está trabalhando dentro 
do laboratório, quanto para a precisão e a 
acurácia do conjunto de dados a ser obtido. 
Este experimento foi divido em duas 
grandes partes. A primeira trata-se de 
técnicas para melhorar a confiança do 
conjunto de dados, sendo estas: técnica de 
aferição do menisco e técnicas de pipetam. A 
segunda parte envolver testar a precisão e a 
exatidão de alguns instrumentos utilizados no 
laboratório de química geral, o que também é 
de extrema importância, visto que, um 
experimento feito com uma vidraria 
inadequada gera um conjunto de informações 
duvidosas e, consequentemente compromete 
a investigação científica . 
Metodologia 
1) Primeira parte 
Aferindo o menisco com o auxílio de uma 
pipeta volumétrica de 5ml, fazendo a sucção 
de água destilada que deve estar contida em 
um béquer, para isso, o seguinte 
procedimento deve ser adotado: tome uma 
propipeta, aperte a válvula(A) e comprima a 
parte que tem aparência de uma bola; solte a 
válvula(A) e somente em seguida libere a mão 
usada para compressão; encaixe a pró pipeta 
na pipeta volumétrica, sempre segurando a 
pipeta na parte superior para que a mesma 
não quebre; insira a ponta da pipeta na água 
destilada contida na béquer; aperte a 
válvula(S) para fazer a sucção; faça a sucção 
até que a água passe da marca que está 
indicada na pipeta volumétrica; limpe a ponta 
da pipeta volumétrica com um papel(presente 
na bancada); expulse a água destilada 
presente na pipeta(sem muita velocidade e 
não tão lentamente. Como já dizia Aristóteles: 
“O equilíbrio é a perfeição”) até que a parte 
inferior da curva observada(menisco) encoste 
na marcação da pipeta, faça isto utilizando a 
válvula(E) com a pipeta paralela a linhas dos 
olhos (nem acima, nem abaixo). 
Técnicas de pipetam. Antes de começar 
é importante saber que: pipetas volumétricas 
quem contém duas marcações na parte 
superior são ditas de escoamento total, ou 
seja, todo o líquido será escoado ao final do 
processo de pipetagem e, pipetas 
volumétricas que contém apenas uma 
marcação na parte superior são de 
escoamento parcial, isto quer dizer que, ao 
final do procedimento restará uma pequena 
parte do líquido na pipeta. Para as técnicas, 
será utilizada uma pipeta volumétrica e uma 
pipeta graduada, ambas de 5mL. 
Procedimentos: utilize o mesmo procedimento 
feito para aferir o menisco (com a pipeta 
graduada e com a pipeta volumétrica), 
lembre-se de verificar se a propipeta não está 
desgastada (caso esteja, troque). 
2) Segunda parte 
Agora vamos testar a precisão e a 
exatidão de diversos instrumentos presentes 
no laboratório de química. 
Química Experimental 1, Marcos Gabriel Lopes da Silva, Experimento 1. 
 
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Os materiais utilizados são: pipeta de 
Pasteur 5 mL, pipeta graduada 5 mL, balão 
volumétrico 25 mL, béquer 25 mL, béquer 5 
mL ou vidro relógio, bureta 25 mL, pipeta 
graduada 25 mL, pipeta volumétrica 25 mL, 
proveta 25 mL, balança analítica, balança 
semi-analítica e água destilada. 
2.1) Comparando o volume de gostas 
a) Procedimento experimental: Coloque 
um vidro de relógio numa balança analítica e 
tare-a; Utilizando a pipeta de Pasteur 5 ml, 
coloque 20 gotas de água destilada no vidro 
relógio; meça(anote) a massa das 20 gotas de 
água; repita este procedimento por 3 vezes. 
Agora repita o procedimento (a) com um 
pipeta graduada de 5 mL. 
2.2) Comparando o volume medido em 
vários instrumentos. 
b) Procedimento experimental: pipete 25 
mL de água destilada, utilize uma pipeta 
volumétrica 25 mL; Coloque os 25mL de água 
destilada medidos com a pipeta volumétrica 
dentro dos seguintes recipientes (todos com 
capacidade de 25 mL): balão volumétrico, 
béquer, bureta(preencha o volume morto com 
água destilada) e numa proveta; com a pipeta 
de Pasteur incremente ou retire quantidades 
de água para que o instrumento marque 
exatamente 25 mL; conte o número de gotas 
adicionado/retirado; repita o procedimento (b) 
3 vezes para cada instrumento. 
2.3) Comparando a precisão e a exatidão 
das massas. 
c) Procedimento experimental: Pese 5 
rolhas separadamente numa balança analítica 
e numa balança semi-analítica; Pese as 5 
rolhas juntas numa balança analítica e numa 
balança semi-analítica; escolha uma das 
rolhas e pese-a 5 vezes numa balança 
analítica e numa balança semi-analítica; 
 
Resultados e Discussão 
1) Comparar os volumes médios 
de gotas 
As massas das gotas de água pesadas 
em laboratório com uma balança analítica 
estão presentes na tabela 1. 
 
Tabela 1. Massa de 20 gostas de água a partir 
de uma pipeta de Pasteur e de uma pipeta 
graduada. 
Procedimentos 
Pipeta de 
Pasteur, 
massa de 
20 gotas 
de água(g) 
Pipeta 
graduada, 
massa de 
20 gotas de 
água((g) 
1 0,5084 0,9188 
2 0,5230 0,9584 
3 0,5238 0,9453 
4 0,5241 0,9641 
 
 
O cálculo do volume de cada gota de 
água pode ser feito através das relações 
presentes na figura 1. 
 
Figura 1. Relações matemáticas para o 
cálculo do volume de cada gota. 
 
 
 
O volume de cada gota de água está 
representado na tabela 2, para cada 
processo. 
Tabela 2.Volume de cada de água a partir de 
uma pipeta de Pasteur e de uma pipeta 
graduada para cada um dos procedimentos 
de medida. 
 
Procedimentos 
Pipeta de 
Pasteur, 
volume de 
cada 
gota(mL) 
Pipeta 
graduada, 
volume de 
cada gota 
(mL) 
1 0,0254 0,0459 
2 0,0262 0,0479 
3 0,0262 0,0473 
4 0,0262 0,0482 
Química Experimental 1, Marcos Gabriel Lopes da Silva, Experimento 1. 
 
4 
 
Média: 0,026 0,0473 
Desvio: 0,0004 0,0010 
 
O volume de cada gota de água com sua 
respectiva incerteza está representado na 
tabela 3, para cada processo. 
 
Tabela 3.Volume de cada de água a partir de 
uma pipeta de Pasteur e de uma pipeta 
graduada para cada um dos procedimentos 
de medida com a respectiva incerteza. 
Procedimentos 
Pipeta de 
Pasteur, 
volume de 
cada gota(mL) 
Pipeta 
graduada, 
volume de 
cada gota 
(mL) 
1 0,0254±0,0004 0,0459±0,001 
2 0,0262±0,0004 0,0479±0,001 
3 0,0262±0,0004 0,0473±0,001 
4 0,0262±0,0004 0,0482±0,001 
 
Analisando as tabelas 1,2, 3 e seus 
respectivos dados é possível observar 
que: 
a) Tanto com pipeta de Pasteur com 
a pipeta graduada: para a 
pesagem da massa no 
procedimento 1 e para volume 
cada gota também no 
procedimento 1, é perceptível que 
tais medidas são as mais 
discrepantes (estão fora da 
margem de incerteza). Estas 
medidas discrepantes ocorreram 
pois ao utilizar as pipetas pela 
primeira vez, as primeiras gotas 
de água foram expulsas das 
pipetas continham ar. O ar contido 
nas primeiras gotas de água 
sugere um erro instrumental. 
b) A massa de vinte gostas de água 
obtidas por uma pipeta de Pasteur 
é aproximadamente 
55%±1%(verificação a cargo do 
leitor) da massa de 20 gotas de 
água obtidas por uma pipeta 
graduada. Tal diferença pode ser 
explicada pelo simples fato de que 
a saída da pipeta de Pasteur 
utilizada no experimento é menor 
do que a saída da pipeta 
graduada, logo, a pipeta graduada 
dever expulsar gostascom maior 
massa e volume. 
2) Comparar os volumes médios 
de gotas 
Observe a tabela 4, que mostra o 
número de gotas de água destilada 
retiradas de vários instrumentos. 
 
Tabela 4. Gotas retiradas de cada 
equipamento com suas respectivas incertezas 
e a conversão de gotas em mL. 
GOTAS 
RETIRADAS 
 
 I II III IV inc 
Béquer 
 
51,00 54,00 53,00 49,00 ±2,22 
Bureta 3,00 3,00 4,00 2,00 ±0,82 
Balão 
volumétrico 
 
5,00 4,00 5,00 3,00 ±0,96 
Proveta 2,00 3,00 2,00 2,00 ± 0,5 
 
 
Tabela 5. Conversão das gotas retiradas 
(tabela 4) para ml. 
 
 Volum
e(mL) 
 
 
Béquer Bureta Balão 
volum 
 
Proveta 
I 
1,3362 0,0786 0,131 0,0524 
II 
1,4148 0,0786 0,105 0,0786 
III 
1,3886 0,1045 0,131 0,0524 
IV 
1,2838 0,0524 0,079 0,0524 
Média 
1,355 0,0785 0,111 0,0589 
 
Química Experimental 1, Marcos Gabriel Lopes da Silva, Experimento 1. 
 
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Com os dados obtidos é possível fazer um 
tratamento de dados, observe a tabela 6. 
 
Tabela 6. Análise dos dados. 
 anális
e 
 dos dados obtidos 
 Béque
r 
Buret
a Balão 
volu
m 
 
Provet
a 
Média 1,356 0,079 0,111 0,059 
Desvio 
padrão 
0,058 0,021
3 
0,0251 0,0131 
Volum
e 
aferido 
26,355 25,07
9 
25,111 25,059 
Erro 
relativ
o 
5,42 0,32 0,44 0,237 
 
 
 
 Analisando nossa tabela 6, 
percebemos que: a proveta seria o 
instrumento mais adequado para fazer a 
medição de 25 mL de água, visto que é 
o instrumento que possui o menor valor 
para o erro relativo, ou seja, o 
instrumento mais confiável segundo 
este experimento. 
Na realidade o esperado é que o 
balão volumétrico seja o instrumento mais 
preciso, porém, devido a usos 
inadequados como, por exemplo, 
aquecimentos ou resfriamentos 
demasiados o balão volumétrico vai 
perdendo sua precisão. Logo, concluímos 
que o balão volumétrico utilizado neste 
experimento está dessaibrado. 
 
 
3) Comparar a precisão e exatidão 
de massas 
 
 A tabela 7 mostra as massas de 5 
tampas pesadas em uma balança 
analítica e em uma balança semi-
analítica. 
 
Tabela 7. Massas de 5 tampas 
 Balança 
analítica(g) 
Balança 
semi-
analítica(g) 
Tampa 1 1,4539 1,465 
Tampa 2 1,8272 1,828 
Tampa 3 4,1894 4,184 
Tampa 4 5,6584 5,654 
Tampa 5 6,8481 6,840 
 
 A tabela 8 mostra as massas de 5 
tampas pesadas simultaneamente em 
uma balança analítica e em uma balança 
semi-analítica 
 
Tabela 8. Massas de 5 tampas 
pesadas simultaneamente 
 
Balança 
analítica(g) 
Balança 
semi-
analítica(g) 
Total 
 
19,9771 
 
19,957 
 
 A tabela 9 mostra a massa de um única 
rolha medida 5 vezes na balança 
analítica e 5 vezes na balança semi-
analitica. 
 
Tabela 10. Massa de um única rolha 
pesada 5 vezes. 
 Balança 
analítica(g) 
Balança 
semi-
analítica(g) 
Tampa 2 1,8276 1,823 
Tampa 2 1,8275 1,825 
Tampa 2 1,8276 1,825 
Tampa 2 1,8276 1,823 
Tampa 2 1,8275 1,824 
Química Experimental 1, Marcos Gabriel Lopes da Silva, Experimento 1. 
 
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Observando a tabela 8 percebemos 
que: a balança analítica é mais exata, 
visto que, os valores obtidos ao 
utilizarmos uma balança analítica tem um 
menor intervalor de variação quando 
comparados aos valores obtidos na 
balança semi-analitica. 
 
 A precisão indica que uma medida 
fazendo uso de certa ferramenta ou 
característica trará resultados similares 
toda vez em que for utilizada(wikihow). A 
precisão para as duas balanças levando 
em conta as medidas realizadas na 
mesma rolha pode ser feita da seguinte 
maneira: 
1) Determine o maior valor 
mensurado. 
 
2) Determine o menor valor 
mensurado 
 
3) Subtraia o menor valor do maior 
valor para encontrar a precisão. 
 
Logo, temos as seguintes 
precisões: 
 
Balança analítica: 0,0001 
Balança semi-analitica: 0,002 
 Façamos agora uma tabela para 
comparar as rolhas pesadas 
separadamente e as rolhas pesadas 
juntas em ambas as balanças. 
 
Tabela 10. Comparação 
comparaç
ão 
Balança 
analítica(
g) 
semi-
analítica(
g) 
Juntas 19,9771 19,957 
Separadas 19,9777 19,971 
Percebemos que, quando as rolhas 
são pesadas juntas ou separadamente na 
balança analítica o resultado é idêntico 
tendo apenas uma pequena diferença que 
por sinal está no algarismo duvidoso. 
Quando observamos o mesmo 
procedimento na balança semi-analítica, a 
diferença já não ocorre apenas no 
algarismo duvidoso, quando as rolhas são 
pesadas juntas obtemos um valor menor 
do que quando as mesmas são pesadas 
separadamente, essa diferença de valor 
se dá devido a soma dos erros aleatórios 
das 5 medidas feitas, elevando assim a 
soma das massas das 5 rolhas as quais 
foram pesadas separadamente. 
O erro relativo encontrado ao 
compararmos as massas das cinco rolhas 
pesadas juntas e separadamente é: 
Erro relativo: 0,070 
 
 Eu não consegui perceber a tal 
linearidade da balança semi-analítica 
descrita na apostila. 
 
Conclusão 
 Podemos concluir que: pipetas 
graduadas expelem gotas cujo 
volume tende a ser maior em 
relação a gotas expelidas por uma 
pipeta de Pasteur; no caso da 
realização de uma contagem de 
gotas com ambas as pipetas, as 
primeiras gotas da primeira 
pipetagem tendem a sair com um 
pouco de ar comprometendo assim 
o valor da massa; a utilização de 
equipamentos do laboratório de 
forma inadequada compromete sua 
precisão e sua exatidão; analisar um 
conjunto de dados obtido com um 
instrumento dessaibrado 
compromete toda investigação 
científica; as balanças analíticas 
são mais precisas do que as 
balanças semi-analíticas; 
 
Química Experimental 1, Marcos Gabriel Lopes da Silva, Experimento 1. 
 
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Referências 
pt.wikihow.com 
Brasil escola 
Harris, Daniel C., Analise Química 
Quantitativa, LTC, 6aed., 2005. 
Mendham, J. - Denney, R.C. - 
Barnes, J.D. - Thomas, M.J.K., 
Vogel/Análise Química 
Quantitativa, LTC, 2002. 
knwaagen.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Química Experimental 1, Marcos Gabriel Lopes da Silva, Experimento 1. 
 
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 Questões 
 
 
1) 
Mé dia: 14,98 
Précisa o: 15,02- 14.94= 0,08 
 
2) 
Uma pipéta graduada dé éscoaménto total, visto qué, tém pouca incértéza 
associada a afériça o. Na ausé ncia dé uma pipétada graduada um bala o 
volumé trico. 
 
3) 
Massa molar do hidro xido dé so dio: 39,997 g/mol 
M = 5x10-3 mol. 39,997 g/mol= 0,2 g 
V= (0,2g) .(20.10^-3 g/ml)= 10 mL 
Quantidadé dé gotas = 10 mL/ 0,0262 ml = 382 gotas

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