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Orientacao e Trabalho de Conclusao de Curso (TCC)

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ORIENTAÇÃO 
AO TCC
(TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO)
Luci Carlos de Andrade
AULA - 1
Unidade 1.
O CONHECIMENTO CIENTÍFICO 
Unidade 1
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO 
CIENTÍFICO 5
SENSO COMUM: 
CONHECIMENTO SUPERFICIAL 6
O CONHECIMENTO CIENTÍFICO: 
PRINCÍPIOS E VISÃO DA REALIDADE 10
A UNIVERSIDADE E A INICIAÇÃO 
CIENTÍFICA 14
Exercícios Propostos 18
Sumário
2
CONTEÚDO
O conteúdo da disciplina concentra-se no estudo 
teórico sobre o TCC. Apresentamos considerações 
sobre	o	conhecimento	científico	e	a	importância	
da	pesquisa.	Discutimos	os	elementos	básicos	que	
devem constar em um processo de investigação, em 
que	explicitamos	o	conceito	da	pesquisa	tipo	Mo-
nografia,	complementando	com	estudos	explicati-
vos sobre a estrutura para elaboração do trabalho 
monográfico.	Faremos	uso	de	textos	e	exercícios	
como	recursos	didáticos.	
COMPETÊNCIAS
Ao	término	desta	disciplina	o	aluno	deverá	ser	capaz	
de compreender o processo de produção da ciência 
e	a	importância	da	pesquisa	nesse	contexto.	Deverá	
também	conhecer	as	especificidades	do	TCC,	ou	da	
monografia,	ampliando	sua	visão	sobre	importantes	
considerações que irão servir de subsídios no mo-
mento da investigação, bem como, inteirar-se dos 
aspectos que envolvem a estrutura do TCC.
Plano de Estudos
3
Nesta unidade, estudaremos, inicialmente, as bases 
do conhecimento do senso comum, para posterior-
mente conhecermos os princípios do conhecimento 
científico	e	sua	importância	no	contexto	da	produ-
ção da ciência e a universidade como espaço para a 
construção	do	saber	científico.
BOM ESTUDO!
Caro(a) aluno(a),
4
1.01.
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO 
CIENTÍFICO 
Podemos considerar que toda a vida intelectual da ci-
ência tem como base o conhecimento. Pois, o homem 
é	 um	 ser	 posto	 no	mundo	 para	 viver	 a	 sua	 existên-
cia.	Como	ser	 existencial,	 é	preciso	 interpretar	 a	 si	 e	
ao	mundo	em	que	vive,	atribuindo-lhes	significações.	
Cria, intelectualmente, representações com diversos 
significados	da	realidade.	A	essas	representações	cha-
mamos	conhecimento.	(INÁCIO	FILHO,	2007).	
Temos, então, o conhecimento, que, dependendo 
da forma pela qual se chega a essa representação por 
meio	de	significados,	pode	ser,	em	 linhas	gerais,	clas-
sificado	em	diversos	 tipos:	mítico,	ordinário,	artístico,	
filosófico,	religioso	e	científico.	
No entanto, as duas formas que estão mais presen-
tes	e	que	mais	interferem	nas	decisões	da	vida	diária	do	
homem são o conhecimento do senso comum e o cientí-
fico.	Por	isso,	são	objeto	para	análise	nessa	unidade.		
O homem utiliza a forma mais usual para inter-
pretar a si mesmo, o seu mundo e o universo como 
um todo, produzindo e construindo interpretações sig-
nificativas,	 isto	 é,	 o	 conhecimento	 do	 senso	 comum,	
também	chamado	de	conhecimento	ordinário,	comum	
ou empírico.
5
1.02.
SENSO COMUM: 
CONHECIMENTO SUPERFICIAL 
Falemos, então, do conhecimento do senso comum. 
Esse conhecimento surge como consequência da ne-
cessidade de resolver problemas imediatos, que apare-
cem	na	vida	prática	e	decorrem	do	contato	direto	com	
os fatos e fenômenos, que vão acontecendo no dia a 
dia do homem, percebidos principalmente através da 
percepção sensorial, ou das sensações humanas. Na 
idade pré-histórica, observamos que o homem soube 
fazer uso das cavernas para abrigar-se das intempéries 
e proteger-se da ameaça dos animais selvagens. Grada-
tivamente, foi aprendendo a dominar a natureza, inven-
tando	a	roda,	meios	mais	eficazes	de	caça	e	de	pesca,	
tais como lanças, redes e armadilhas, canoas para nave-
gar nos lagos e rios, instrumentos para o cultivo do solo 
e tantos outros.
Alguns	 exemplos	mostram	 	 a	 evolução	 histórica	
do homem na busca e produção de um conhecimento 
útil gerado pela necessidade de produzir soluções para 
os	 seus	problemas	de	 sobrevivência:	O	carro	puxado	
por animais, o uso de remédios caseiros utilizando er-
vas	hoje	classificadas	como	medicinais,	os	instrumentos	
artesanais utilizados para a construção de moradias e 
6
para	a	confecção	de	tecidos	e	do	vestuário,	a	fabricação	
de utensílios domésticos, o estabelecimento de normas 
e leis que regulamentavam a convivência dos indivíduos 
no grupo social. 
Desse modo, o conhecimento do senso comum, 
sendo resultado da necessidade de resolver os proble-
mas	diários	não	é	programado	ou	planejado	de	forma	
antecipada. Ele se desenvolve, seguindo a ordem na-
tural dos acontecimentos, na medida em que a vida 
acontece.	Nesse	tipo	de	conhecimento,	há	uma	tendên-
cia de manter o sujeito que o elabora como um espec-
tador passivo da realidade, atropelado pelos fatos. É 
nesse sentido, que o conhecimento do senso comum 
caracteriza-se	por	 ser	elaborado	de	 forma	espontânea	
e instintiva, marcas fundamentais do conhecimento do 
senso comum. 
O conhecimento do senso comum estabelece-se 
num	nível	 superficialmente	 consciencial,	 não	 tem	um	
aprofundamento	 crítico	 e	 racionalista.	 Ao	 considerá-
lo	como	um	viver	sem	conhecer	significa	que	o	senso	
comum, quando busca informações e elabora soluções 
para os seus problemas imediatos, não apresenta e nem 
especifica	as	 razões	ou	 fundamentos	 teóricos	que	de-
monstram	ou	justificam	seu	uso,	sua	confiabilidade,	por	
não	compreender	e	não	saber	explicar	as	relações	que	
há	entre	os	fenômenos.	Observemos	o	que	diz	Inácio	
Filho, sobre o conhecimento do senso comum:
7
“É um conhecer e um representar a realidade tão 
colado,	 tão	solidário	à	própria	realidade,	que	o	ho-
mem quase não se distancia dela; é quase pura vida, 
de modo que, tomado isolado do processo da vida 
de quem o elaborou, resulta incôngruo, descabido, 
a-lógico. É um viver sem conhecer. Isso demonstra
que esse conhecimento é, na maioria das vezes, vi-
vencial	e,	por	isso,	ametódico.”	(1995,	p.	46)
Então, no senso comum por ser um conhecimento 
produzido	de	forma	espontânea	e	 instintiva,	não	pos-
sui métodos. Utiliza, geralmente, conhecimentos que 
funcionam razoavelmente bem na solução dos proble-
mas imediatos, apesar de não se compreender ou de se 
desconhecer	 as	 explicações	 a	 respeito	de	 seu	 sucesso.	
Assim, esses conhecimentos, pelo fato de darem cer-
to, transformam-se em convicções, em crenças que vão 
sendo repassadas de um indivíduo para o outro e de 
uma geração para a outra. 
Um	 exemplo	 dessa	 verdade	 é	 o	 caso	 das	 ervas	
medicinais	para	a	cura	de	doenças.	Usa-se	há	séculos,	
mas	se	perguntar	às	pessoas	que	as	usam,	quais	as	pro-
priedades, que componentes químicos estão presentes 
e como eles atuam no organismo, que doses devem ser 
ingeridas, que possíveis efeitos colaterais podem advir, 
com	o	 seu	 uso	 indiscriminado,	 dificilmente	 se	 obterá	
respostas. Apenas, sabem que faz bem, mas não sabem 
o porquê. Somente, se alguém tiver obtido alguma in-
8
formação	de	fonte	científica,	sabe	dizer	por	que	as	er-
vas medicinais curam. 
Geralmente, as pessoas conhecem apenas os efei-
tos	 benéficos	 do	 seu	 uso.	 No	 caso,	 da	 plantação	 se-
guindo as fases da lua, em que se mantém a tradição 
e somente informações pertinentes ao seu uso, com 
base unicamente na percepção sensorial do homem, 
sem	fundamentação	científica.	Muitos	outros	exemplos	
poderiam ser citados caracterizando o senso comum 
como conhecimento baseado principalmente na intui-
ção das pessoas. 
Desse modo, a objetividade no conhecimento do 
senso	 comum	é	muito	 superficial	 e	 limitada,	pois	 está	
demasiadamente	preso	à	vivência,	à	ação	e	à	percepção	
orientadas	 apenas	 pelo	 interesse	 prático	 imediatista	 e	
pelas crenças pessoais. Nessa perspectiva, os aspectos 
da realidade ou dos fatos que não se enquadram den-
tro	desse	enfoque	de	interesse	inteiramente	utilitário,	na	
maioria	das	vezes	são	excluídos,	acarretando	uma	visão	
fragmentada e, até distorcida da realidade. Agora, conhe-
ceremos as bases em que se ancoram o conhecimento 
científico	e	os	princípios	que	diferem	do	senso	comum.
9
1.03.
O CONHECIMENTO CIENTÍFICO: 
PRINCÍPIOS E VISÃO DA REALIDADE 
Com anecessidade do homem assumir uma posição 
mais ativa em relação aos fenômenos, com um poder 
maior de ação sobre os mesmos, surge o conhecimento 
científico,	que	capacita	o	homem	no	uso	da	sua	racio-
nalidade,	propondo	uma	forma	sistemática,	metódica	e	
crítica na função de desvelar o mundo e os fenômenos, 
compreendê-los,	explicá-los	e	dominá-los.	
A necessidade, então, de compreender a cadeia de 
relações	 que	 se	 esconde	 por	 trás	 das	 aparências	 sen-
síveis dos objetos, fatos ou fenômenos, captadas pela 
percepção	 sensorial	 e	 analisadas	de	 forma	superficial,	
subjetiva e a crítica pelo senso comum, impulsiona o 
homem	a	produzir	ciência.	O	produzir	ciência	signifi-
ca ir além da realidade imediatamente percebida para 
descobrir	os	princípios	explicativos	que	servem	de	base	
para	a	compreensão	da	organização,	classificação	e	or-
denação	da	natureza,	na	qual	o	homem	está	 inserido.	
Os	princípios	explicativos,	ou	a	teoria	sustentam	e	ca-
racterizam	o	conhecimento	científico	somadas	à		orga-
nização	ou	classificação	(INÁCIO	FILHO,	2007).
Mediante tais princípios a realidade passa a ser 
percebida sob a luz da ciência não mais de forma de-
10
sordenada, esfacelada ou fragmentada, como ocorre no 
senso comum. Sob as bases de um critério orientador, 
de	um	princípio	explicativo	fundamenta-se	a	compreen-
são do tipo de relação que se estabelece entre os fatos, 
coisas e fenômenos, integrando a visão de mundo. As-
sim,	o	conhecimento	científico	expressa-se	sob	a	forma	
de	enunciados	e	tratados	que	explicam	as	condições	e	
as determinações da ocorrência dos fatos e dos fenô-
menos relacionados a um problema, evidenciando os 
esquemas	e	sistemas	de	dependência	que	existem	entre	
suas	propriedades	(LAKATOS	E	MARCONI,	2003).
1.03.1. 
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
Através	da	investigação	científica	temos	o	conhecimen-
to	científico.	Além	de	buscar	soluções	para	problemas	
de	ordem	prática	da	vida	diária,	marcas	do	conhecimen-
to	do	senso	comum,	busca	 também	explicações	siste-
máticas	que	possam	ser	testadas	e	criticadas	através	de	
provas	empíricas,	ou	seja,	através	de	experiências	palpá-
veis	e	de	princípios	explicativos.	A	investigação	científi-
ca procura alcançar um conhecimento seguro, por meio 
de	 um	problema	de	 investigação,	 ou	das	 experiências	
e crenças do senso comum, cujos fatos ou fenômenos 
podem	estar	além	da	experiência	vivencial	imediata.
11
Quando	 se	 percebe	 que	 os	 conhecimentos	 exis-
tentes que têm origem nas crenças do senso comum, 
das	religiões	ou	da	mitologia,	ou	das	teorias	filosóficas	
ou	 científicas,	 são	 insuficientes	 e	 impotentes	para	 ex-
plicar os problemas e as dúvidas que surgem, aparece a 
investigação	científica.	Ao	reconhecer		a	ineficácia	dos	
conhecimentos	 existentes,	 que	 não	 respondem	 com	
consistência aos questionamentos levantados, ocorre a 
investigação	científica	como	meio	de	construir	um	sa-
ber estruturado, criterioso e metódico, pautado em fun-
damentações teóricas. 
É	quando	 reconhecemos	as	 limitações	 existentes	
no	saber	já	estabelecido	e	verificamos	a	necessidade	de	
encontarar respostas que possam esclarecer e propor-
cionar a compreensão de uma dúvida. Dessa forma, se-
gundo	Lakatos	e	Marconi	(2003)	iniciar	uma	investiga-
ção	científica	é	reconhecer	a	crise	de	um	conhecimento	
já	existente	com	o	objetivo	de	tentar	modificá-lo,	am-
pliá-lo	ou	substituí-lo,	criando	um	novo	conhecimento	
que	responda	à	questão	proposta.		
A dúvida ou questão, ainda sem resposta, é por-
tanto	o	marco	inicial	da	investigação	científica,	em	que	
se	reconhece	no	conhecimento	existente	a	insuficiên-
cia ou meio inadequado para esclarecer uma dúvida. O 
conhecimento	 científico,	 ao	 pretender	 construir	 uma	
resposta	segura	e	viável	para	responder	às	dúvidas	exis-
tentes, propõe-se atingir o ideal da racionalidade e o 
ideal da objetividade. 
12
O	 conhecimento	 científico	 propõe	 um	 encadea-
mento de enunciados que tendem necessariamente a 
ser coerentes entre si em um processo lógico e racional. 
Ligando o pensamento com a realidade, na busca de 
uma correspondência desses enunciados com a realida-
de	dos	fenômenos.	O	conhecimento	científico	é	o	pro-
duto,	o	resultado	desse	encadeamento	(MOLES,	1971).
1.03.2. 
CONHECIMENTO CIENTÍFICO: 
FUNDAMENTOS SÓLIDOS 
A base da ciência é a ligação da teoria com os dados 
empíricos	(ou	pesquisa	de	campo),	como	mecanismos	
utilizados	para	 justificar	 a	 aceitabilidade	de	 	uma	 teo-
ria, o que não garante a objetividade do conhecimento 
científico.	Embora,	a	ciência	trabalhe	com	dados	e	pro-
vas	fatuais,	está	também	sujeita	a	erros	de	interpretação	
dessas provas. Pois, a ideologia, a visão de mundo, a 
sua formação, os elementos culturais e o momento his-
tórico	 sempre	 influenciam	 o	 cientista,	 o	 investigador,	
quando	nas	suas	buscas	por	explicações.
No	 conhecimento	 científico,	 a	 teoria	 é	 o	marco	
teórico	 da	 investigação,	 proporcionando	 uma	 solidifi-
cação para a pesquisa e um sentido único, consensual 
e	 universal.	Os	 conceitos	 definidos	 através	 das	 bases	
13
teóricas transformam-se em construtos, ou seja, em 
conceitos	com	significação	única	construídos	conven-
cionalmente e aceitos universalmente pela comunidade 
científica	(LAKATOS	E	MARCONI,	2003).
O	fazer	científico	é	ancorado	no	que	se	denomina	
de	método	científico,	que	é	o	conjunto	de	procedimen-
tos, geralmente não padronizados que serão utilizados 
pelo investigador, cujas orientações pautadas por pos-
turas	e	atitudes	críticas	devem	ser	adequados	à	natureza	
de cada problema investigado. A estruturação metodo-
lógica de uma pesquisa, ou o método escolhido para a 
investigação	 irá	proporcionar	 rigor	 e	 cientificidade	na	
fundamentação da pesquisa garantindo solidez a pes-
quisa	empírica,	em	consonância	com	a	teoria.	
1.04.
A UNIVERSIDADE E A INICIAÇÃO CIENTÍFICA
Em	pesquisas	recentes,	têm-se	observado	um	baixo	ní-
vel intelectual dos ingressantes nas Instituições de En-
sino	Superior.	Assim,	a	questão	da	Iniciação	Científica,	
ou o início do processo de pesquisar para acadêmicos 
que	adentram	no		curso	superior	fica	complicada	quan-
do se depara com um público que mal sabe ler e escre-
ver, que mal consegue entender o conteúdo de artigos 
14
de	jornal,	ou	mesmo	o	significado	de	termos	corriquei-
ros, vem-nos a seguinte pergunta: é possível promover 
a	iniciação	científica	nos	cursos	de	graduação	(licencia-
tura	e	bacharelado)?	(INÁCIO	FILHO,	2007)
Considerando que todo saber é histórico, ao lem-
brarmos	que	o	que	os	gregos	produziram	era	 reflexo	
de seu tempo e de sua cultura, assim ocorreu com os 
romanos e quaisquer outros povos. Essa historicidade 
na	verdade	valida	o	aspecto	de	cientificidade	do	conhe-
cimento, pois nos permite observar que sempre o saber 
está	ligado	a	realidade	objetiva.		
E embora, a ciência seja considerada moderna, a 
universidade é uma instituição criada no período me-
dieval	para	atender	às	necessidades	da	sociedade	feudal.	
Foi	se	adequando,	mais	tarde,	às	necessidades	do	mun-
do burguês, introduzindo a pesquisa empírica, tornan-
do-se um centro de pesquisa desde então. 
A universidade é considerada o lócus para a pro-
dução da ciência. É o espaço que promove a incursão 
do acadêmico no campo da pesquisa. A produção do 
conhecimento	científico	dá-se	a	partir	das	necessidades	
e problemas emergentes da sociedade, que carecem de 
respostas	e	soluções	em	todas	as	áreas.	O	saber,	ou	o	
conhecimento	científico,		é	assim	construído	no	sentido	
de	atender	aos	desafios	e	apelos	do	mundo	atual,	e		os	
projetos	 de	 Iniciação	Científica	nas	 universidades	 são	
os primeiros passos em direção a instrumentalização do 
acadêmico para os caminhos da pesquisa. 
15
 Quando falamos da universidade brasileira ob-
servamos que não possui tanta história, mas apesar de 
ser uma instituição recente, esteve integrada na luta pela 
conquista ou consolidação de uma sociedade moderna. 
Teve	 influência	 na	 construção	 e	 consolidação	 da	 de-
mocracia, no entanto é atingida pela crisedo modelo 
econômico,	base	de	seu	financiamento.		Além	do	mais,	
a	sua	produção	ainda	está	voltada	para	responder	a	an-
tigos	desafios,	alguns	até	superados.		 	
Para	Inácio	Filho	(2007)	é	preciso	repensar	o	papel	
da	universidade	no	contexto	da	pesquisa,	como	campo	
de	produção	da	ciência.	Torna-se	necessário	estimular	
a avaliação de projetos que contemplem a intervenção 
na realidade, no atendimento a problemas reais e atu-
ais.	 Trabalhar	 técnicas	 de	 redação,	 normas	 científicas.	
Estimular a elaboração de planos de estudos e de diag-
nósticos através da mensuração estatística, da situação 
estudada e utilizar metodologias alternativas, como pes-
quisa-ação, pesquisa-participante. 
	 Assim,	verifica-se	que	a	principal	mudança	no	
que	se	refere	a	iniciação	científica	na	graduação	diz	res-
peito ao professor. A própria vivência do professor na 
pesquisa contribui para estimular os iniciantes. É preci-
so começar e envolver outros professores e alunos, do 
próprio curso e depois de outros cursos e departamen-
tos, institutos ou faculdades. 
 Nos cursos de graduação em ciências humanas 
especificamente,	 sejam	 licenciaturas	 ou	 bacharelados,	
16
existe	 a	 possibilidade	 de	 realizar	 pesquisa	 bibliográfi-
ca,	quando	se	trata	da	iniciação	à	pesquisa	do	aluno	de	
graduação,	o	que	não	exige	custos	elevados	nem	finan-
ciamento	externo.	É	 importante	dizer	que	nada	subs-
titui	 a	pesquisa	quando	 se	 trata	de	 iniciação	científica	
na graduação. “Considerado isto, de pouco ou de nada 
adianta ter uma disciplina denominada metodologia 
científica	ou	métodos	e	 técnicas	de	pesquisa	ou	qual-
quer outro nome, se os professores de graduação não 
realizam	pesquisa”	(INÁCIO	FILHO,	2007,	p.	48).	
O	exercício	da	pesquisa	inicia-se	fundamentalmen-
te na graduação e deve continuadamente percorrer tra-
jetória no decorrer da formação do aluno. A busca, a 
investigação é um processo e deve estar engajada nos 
anseios e nos interesses do pesquisador. A vivência nos 
caminhos da pesquisa pode promover tanto nos alu-
nos de graduação quanto de especialização, o gosto pela 
atividade de pesquisar, o que demanda principalmente, 
disciplina, estudo e persistência na busca em prol da 
produção da ciência para o bem da humanidade.
17
Exercícios Propostos
1. Em	sua	opinião,	como	poderíamos	definir	o	conhe-
cimento	do	senso	comum?
2. Observe o trecho: “o senso comum, quando busca
informações e elabora soluções para os seus problemas
imediatos,	não	apresenta	e	nem	especifica	as	razões	ou
fundamentos	teóricos	que	demonstram	ou	justificam	seu
uso,	 sua	 confiabilidade...”	 Inácio	 Filho	 (2007)	 comple-
menta esta questão. Esclareça o pensamento do autor.
3. Comente	sobre	a	importância	da	Iniciação	Científica
para o futuro pesquisador.
4. Para	Inácio	Filho	(2007)	é	preciso	repensar	o	papel
da	universidade	no	 contexto	da	pesquisa,	 como	cam-
po	de	produção	da	ciência.	Comente	esta	afirmação	de
acordo com a sua opinião.
5. Aponte	a	base	fundamental	do	conhecimento	científi-
co, que o diferencia do conhecimento do senso comum.
18
19
ORIENTAÇÃO 
AO TCC
(TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO)
Luci Carlos de Andrade
AULA - 2
Unidade 2.
A PESQUISA: 
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES 
Unidade 2
PESQUISA: CONCEITOS, APLICABILIDADE E 
ELEMENTOS PRÓPRIOS DE UMA PESQUISA 4
POR QUE FAZER PESQUISA? 5
ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA FAZER 
UMA PESQUISA 6
ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA FAZER
UMA PESQUISA 8
ELEMENTOS DE UM PROJETO DE PESQUISA 9
O PROBLEMA NA PESQUISA 11
Exercícios Propostos 16
Sumário
2
Nesta unidade, trataremos da pesquisa, seus concei-
tos,	 importância	 e	finalidades.	O	estudo	 trata	 tam-
bém	 dos	 elementos	 necessários	 para	 realizar	 uma	
investigação e dos aspectos principais de um projeto 
de pesquisa.
BOM ESTUDO!
Caro(a) aluno(a),
3
2.01.
PESQUISA: CONCEITOS, APLICABILIDADE E 
ELEMENTOS PRÓPRIOS DE UMA PESQUISA
Ao	pensarmos	em	pesquisa,	podemos	defini-la	como	
o procedimento	racional	e	sistemático,	cujo	objetivo	é
proporcionar respostas aos problemas de interesse a
serem solucionados e que são propostos pelo pesqui-
sador. Busca-se através da pesquisa elementos e res-
postas,	quando	não	se	dispõe	de	informação	suficiente
para responder a um problema, ou então quando a in-
formação disponível não apresenta uma estrutura ade-
quadamente relacionada ao problema.
Gil	(2002)	apresenta	de	forma	clara	algumas	con-
siderações importantes sobre pesquisa. É interessante 
iniciar	conceituando	a	pesquisa,	que	se	dá	por	meio	de	
conhecimentos disponíveis e a utilização criteriosa de 
métodos,	 técnicas	e	outros	procedimentos	científicos.	
Além disso, a pesquisa desenvolve-se por meio de pro-
cesso composto por inúmeras fases, que começa funda-
mentalmente pela formulação do problema percorren-
do caminhos até chegar na apresentação dos resultados.
4
2.02.
POR QUE FAZER PESQUISA?
Existem	basicamente	 dois	 grandes	 grupos	 que	 deter-
minam a realização de uma pesquisa: por questões e 
interesses	de	ordem	intelectual	e	de	ordem	prática.	Ou	
seja, no primeiro caso, o pesquisador envolve-se com 
a investigação simplesmente pela própria satisfação de 
conhecer.	Nas	questões	práticas,	existem	interesses	em	
conhecer e aprofundar assuntos que possam contribuir 
com	melhoras	e	soluções	em	todas	as	áreas	para	bene-
fícios	à	sociedade	de	um	modo	geral.		
Pode-se dizer que as pesquisas originadas desses dois 
grupos são conhecidas como “puras” e “aplicadas” e 
discuti-las	 como	 se	 fossem	mutuamente	 exclusivas	 e	
tanto o conhecimento em si mesmo, quanto as contri-
buições	práticas	resultantes	desse	conhecimento	são	de	
interesse	da	ciência	(GIL,	2002).
Pode ocorrer de em uma pesquisa sobre proble-
mas	 práticos	 resultar	 em	 princípios	 científicos,	 bem	
como uma pesquisa pura pode fornecer conhecimentos 
passíveis	 de	 aplicação	 prática	 imediata.	 É	 importante	
refletir	sobre	estratégias	e	táticas	de	pesquisa	adequadas	
aos objetivos tanto das pesquisas “puras” quanto das 
“aplicadas”. Desse modo, daremos atenção aos estu-
dos	básicos	tanto	das	pesquisas	acadêmicas,	quanto	das	
pesquisas elaboradas para a solução de problemas.
5
2.03.
ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA FAZER 
UMA PESQUISA
Em um sentido geral, apontamos questões a serem es-
tudadas ao elaborar-se um projeto de pesquisa, que en-
globam qualquer investigação na sua totalidade. Alguns 
itens	são	importantes	e	devem	fazer	parte	do	perfil	de	
um	pesquisador,	o	que	resultará	no	êxito	ou	não	da	pes-
quisa.	Por	exemplo:		
a) conhecimento do assunto a ser pesquisado;
b) curiosidade;
c) criatividade;
d) integridade intelectual;
e) atitude autocorretiva;
f) sensibilidade social;
g) imaginação disciplinada;
h) perseverança e paciência;
i) confiança	na	experiência.
Todos esses itens devem ser levados em conta no 
percurso	 de	 uma	 pesquisa	 ou	 nas	 práticas	 de	 investi-
gação. O pesquisador deve estar imbuído de objetivos 
que o levem a persistir no sentido de alcançar as metas 
propostas	para	a	pesquisa.	É	preciso	o	máximo	de	rigor	
em todas as etapas da pesquisa e estar consciente de 
6
que	não	é	um	trabalho	fácil.	Demanda	tempo,	disponi-
bilidade	e	empenho	para	enfrentar	as	dificuldades,	que	
certamente surgem em todo percurso investigativo.
2.03.1. 
OS RECURSOS HUMANOS, MATERIAIS E 
FINANCEIROS
De	 acordo	 com	Gil	 (2002),	 o	 pesquisador	 tem	 papel	
fundamental	 no	 processo	 de	 produção	 científica,	 no	
entanto, é preciso pensar também nas questões relacio-
nadas aos recursos de que dispõe o pesquisador no de-
senvolvimento e na qualidade dos resultados da pesqui-
sa. Isso indica que no campo da ciência não devemos 
associar	 invenções	 e	 descobertas	 como	 exclusividade	
da genialidade do cientista. A organização com amplos 
recursos tem maior probabilidade de ser bem sucedida 
num empreendimento de pesquisa, que outra cujos re-
cursos	sejam	deficientes.
Para ser bem sucedido, qualquer empreendimento 
de	pesquisa,	deverá	levar	em	consideração	a	questão	dos	
recursos	 disponíveis.	 É	 necessáriopensar	 nos	 equipa-
mentos	 e	materiais	 necessários	 ao	desenvolvimento	da	
pesquisa. Estar atento aos gastos que possam ocorrer na 
trajetória da investigação. Por isso, o pesquisador deve ter 
noção do tempo a ser utilizado. Em um projeto de pes-
quisa, é preciso prever e considerar os recursos humanos, 
materiais	e	financeiros	necessários	a	sua	efetivação.
7
ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA FAZER 
UMA PESQUISA
Toda pesquisa precisa ser devidamente planejada. O pla-
nejamento, portanto, é a primeira fase, que deve com-
por:	a	formulação	do	problema,	a	especificação	dos	ob-
jetivos, a construção de hipóteses e a operacionalização 
dos conceitos. No planejamento, deve constar também 
os aspectos referentes ao tempo a ser despendido, os 
recursos	humanos,	materiais	 e	financeiros	necessários	
para sua realização. 
Existe	uma	concepção	de	planejamento	sustenta-
da	por	quatro	elementos	necessários	a	compreensão	do	
pesquisador:	processo,	eficiência,	prazos	e	metas.	En-
tão, podemos conceber o planejamento como um pro-
cesso	sistematizado,	cuja	base	pode	dar	mais	eficiência	à	
investigação, para que em um determinado prazo alcan-
ce o conjunto das metas estabelecidas. O planejamento 
de	uma	pesquisa	fica	assim	explicitado	por	Gil:
“O planejamento da pesquisa concretiza-se median-
te a elaboração de um projeto, que é o documento 
explicitador	das	ações	a	serem	desenvolvidas	ao	lon-
go do processo de pesquisa. O projeto deve, portan-
to,	especificar	os	objetivos	da	pesquisa,	apresentar	a	
justificativa	de	 sua	 realização,	 definir	 a	modalidade	
2.04.
8
de pesquisa e determinar os procedimentos de cole-
ta	e	análise	de	dados.	Deve,	ainda,	esclarecer	acerca	
do cronograma a ser seguido no desenvolvimento 
da pesquisa e proporcionar a indicação dos recursos 
humanos,	 financeiros	 e	 materiais	 necessários	 para	
assegurar	o	êxito	da	pesquisa.”	(2002,	p.	19)
O projeto de pesquisa apresenta o roteiro das 
ações a serem desenvolvidas ao longo de seu desenvol-
vimento. Esse projeto constitui documento fundamen-
tal para a investigação proposta. A elaboração de um 
projeto é que possibilita, em muitos casos, organizar e 
relacionar	os	tipos	de	atividades,	experiências	e	estraté-
gias de investigação. 
ELEMENTOS DE UM PROJETO DE 
PESQUISA 
Para	a	elaboração	de	um	projeto	de	pesquisa	não	exis-
tem	regras	específicas.	A	estrutura	do	projeto	é	deter-
minada principalmente pelo tipo de problema a ser pes-
quisado. Basicamente, é preciso que o projeto descreva 
como	 se	processará	 a	 pesquisa,	 esclarecendo	quais	 as	
etapas que serão desenvolvidas e os recursos que devem 
2.05.
9
ser viabilizados para atingir os objetivos. O projeto pre-
cisa estar detalhado para proporcionar a avaliação do 
processo de pesquisa. 
Na base de um projeto de pesquisa devem constar 
os seguintes itens:
a) formulação do problema;
b) construção	de	hipóteses	ou	especificação	dos	obje-
tivos;
c) identificação	do	tipo	de	pesquisa;
d) operacionalização	das	variáveis;
e) seleção da amostra;
f) elaboração dos instrumentos e determinação da es-
tratégia de coleta de dados;
g) determinação	do	plano	de	análise	dos	dados;
h) previsão da forma de apresentação dos resultados;
i) cronograma	da	execução	da	pesquisa;
j) definição	dos	recursos	humanos,	materiais	e	financeiros
a	serem	alocados	(LAKATOS	E	MARCONI,	2003,	p.	20).
Alguns	 fatores	 influenciam	na	 elaboração	de	 um	
projeto de pesquisa. Em primeiro lugar e o mais impor-
tante	deles	refere-se	à	natureza	do	problema.	No	caso	
de uma pesquisa, cujo objetivo é investigar as intenções 
de voto em determinado momento, a elaboração do 
projeto	é	bastante	simples.	É	possível,	nesse	exemplo,	
determinar	 com	 precisão	 as	 ações	 necessárias,	 assim	
como seus custos. Porém, em uma pesquisa que pre-
tende conhecer os fatores que determinam os níveis de 
10
participação política de uma população, a elaboração do 
projeto	torna-se	bastante	complexo,	pois	é	difícil	deter-
minar com precisão os procedimentos que serão adota-
dos	para	a	obtenção	de	respostas	significativas.
É	possível	que,	nesse	caso,	seja	necessário	elabo-
rar	 um	 anteprojeto,	 que	 deverá	 passar	 por	 alterações	
significativas	para	se	chegar	à	elaboração	definitiva	do	
projeto. Outros inúmeros casos semelhantes devem ser 
analisados	(GIL,	2002).	
O	problema	da	pesquisa	precisa	estar	bem	defini-
do, para que se proceda a elaboração do projeto. Tam-
bém, é preciso ter clareza dos objetivos e da metodolo-
gia a ser utilizada.
O PROBLEMA NA PESQUISA
Um problema ou uma indagação é o início de toda pes-
quisa.	O	que	Gil	(2002)	nos	coloca	é	que	nem	todo	pro-
blema	é	passível	de	tratamento	científico.	Então,		para	
realizar	uma	pesquisa	é	necessário,	em	primeiro	lugar,	
verificar	se	o	problema	levantado	pode	se	inserir	na	ca-
tegoria	de	científico.
“Com base nessas considerações, pode-se dizer que 
2.06.
11
um	 problema	 é	 de	 natureza	 científica	 quando	 en-
volve	variáveis	que	podem	ser	tidas	como	testáveis:	
“Em que medida a escolaridade determina a prefe-
rência	político-partidária?”	“A	desnutrição	determi-
na	o	rebaixamento	intelectual?”	Todos	esses	proble-
mas	 envolvem	 variáveis	 suscetíveis	 de	 observação	
ou de manipulação. É perfeitamente possível, por 
exemplo,	 verificar	 a	 preferência	 político-partidária	
de determinado grupo, bem como seu nível de es-
colaridade, para depois determinar em que medida 
essas	 variáveis	 estão	 relacionadas	 entre	 si.”	 (GIL,	
2002,	p.	24)
Considerando que um problema de pesquisa pode 
ser	 determinado	 por	 razões	 de	 ordem	 prática	 ou	 de	
ordem	 intelectual,	 conforme	 já	dissemos	anteriormen-
te,	 inúmeras	 razões	de	ordem	prática	podem	conduzir	
à	 formulação	 de	 problemas.	 Um	 problema	 pode	 ser	
formulado tendo em vista a necessidade de subsidiar 
determinada	 ação.	Exemplo	em	dois	 casos:	um	candi-
dato	a	cargo	eletivo	pode	estar	interessado	em	verificar	
como se distribuem seus potenciais eleitores, com vistas 
a orientar sua campanha. Ou, uma empresa pode estar 
interessada	em	conhecer	o	perfil	do	consumidor	de	seus	
produtos para decidir sobre a propaganda a ser feita.
Os	interesses	práticos	relacionados	aos	interesses	
intelectuais	 estão	 também	 no	 contexto	 das	 pesquisas	
desenvolvidas	 no	 âmbito	 dos	 cursos	 universitários	 de	
graduação.	De	 acordo	 com	Gil	 (2002,	 p.	 25):	 “É fre-
12
quente professores sugerirem aos alunos a formulação 
de problemas com o objetivo de treiná-los na elabora-
ção de projetos de pesquisa”.
Existe	uma	diversidade	de	interesses	em	pesquisas	
de	ordem	intelectual	que	levam	à	formulação	de	proble-
mas de pesquisa, principalmente quando um pesquisa-
dor volte sua atenção para um objeto pouco conhecido. 
Freud,	por	exemplo,	destacou-se	quando	pesquisou	so-
bre	o	inconsciente,	uma	área	pouco	explorada.	
Áreas	 já	exploradas,	 também,	são	de	 interesse	de	
pesquisadores,	cuja	finalidade	é	aprofundar	a	temática,	
abordando novos aspectos, com o objetivo de determi-
nar	ou	especificar	melhor	as	condições	em	que	certos	
fenômenos	ocorrem,	ou	como	podem	ser	influenciados	
por outros.
Um pesquisador pode também se interessar em 
testar	 uma	 teoria	 específica.	 Gil	 (2002)	 aponta	 um	
exemplo	 nesse	 sentido:	 Wardle	 (1961)	 um	 pesquisa-
dor estudou crianças que frequentavam uma clínica de 
orientação infantil e constatou que os que furtavam, ou 
apresentavam outros comportamentos anti-sociais, pro-
vinham,	com	frequência	significativa,	de	lares	desfeitos,	
observou que apresentavam incidência mais elevada de 
separação da mãe e com maior frequência tinham pais 
que provinham também de lares desfeitos. 
O interesse de um pesquisador pode residir apenas 
na	descrição	de	determinado	fenômeno.	Exemplo:		veri-
ficar	as	características	socioeconômicas	de	uma	popula-
13
ção	ou	traçar	o	perfil	do	adepto	de	determinada	religião.	
Diversos	 fatores	 influenciam	na	escolha	de	problemas	
de	pesquisa.	Contudo,	não	é	fácil	formular	um	problema	
científico.	Lakatos	reconhece:	“Para alguns, isso implica 
mesmoo exercício de certa capacidade que não é muito 
comum nos seres humanos. Todavia, não há como dei-
xar de reconhecer que o treinamento desempenha papel 
fundamental nesse processo”.	(2010,	p.	53)
O	 exercício	 da	 pesquisa	 possibilita	 aos	 pesquisa-
dores	um	domínio	na	elaboração	de	regras	práticas	que	
auxiliam	na	 formulação	de	problemas	 científicos.	 São	
“dicas” simples e objetivas que direcionam o pesqui-
sador na formulação do problema de pesquisa, quais 
sejam: 
a) o problema deve ser formulado como pergunta;
b) o problema deve ser claro e preciso;
c) o problema deve ser empírico;
d) o problema deve ser suscetível de solução;
e) o	problema	deve	ser	delimitado	a	uma	dimensão	viá-
vel.	(LAKATOS,	2010,	p.	135)
É preciso ressaltar que para formular o problema 
na pesquisa que se tem a intenção de averiguar é preciso 
em primeiro lugar ter clareza e relação com o objeto 
da investigação. Isto é, um objeto, uma inquietação, um 
questionamneto que faça parte da vivência do pesqui-
sador. Além disso, é importante o minucioso estudo da 
literatura	 existente	 sobre	 a	 temática	 	 e	discussão	com	
14
pessoas,	 que	 acumulam	 muita	 experiência	 prática	 no	
campo de estudo.
Em linhas gerais, as considerações sobre a pes-
quisa serviram de base para tratarmos em seguida das 
questões	ou	elementos	específicos	e	próprios,	em	que	
teremos	a	oportunidade	de	observar	as	especificidades	
de	uma	pesquisa	monográfica.
15
Exercícios Propostos
1. Descreva com suas palavras o conceito de pesquisa.
2. Aponte	as	dicas	que	segundo	Lakatos	(2010)	podem
direcionar o pesquisador na formulação do problema da
pesquisa.
3. Um problema de pesquisa pode ser determinado
por	 razões	de	ordem	prática	ou	de	ordem	 intelectual.
Esclareça.
4. De	que	forma	Gil	(2002)	orienta	para	a	elaboração
de	um	projeto	de	pesquisa?
5. É	importante	refletir	sobre	estratégias	e	táticas	de	pes-
quisa adequadas aos objetivos tanto das pesquisas “pu-
ras” quanto das “aplicadas”. Comente.
16
17
ORIENTAÇÃO 
AO TCC
(TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO)
Luci Carlos de Andrade
AULA - 3
Unidade 3.
TCC: A PESQUISA MONOGRÁFICA 
Unidade 3
O TRABALHO MONOGRÁFICO 4
MONOGRAFIA: CONCEITOS 5
A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: 
BASE DA MONOGRAFIA 8
ESCOLHA DO TEMA 10
Exercícios Propostos 17
Sumário
2
Nesta unidade, estudaremos os conceitos e as espe-
cificidades	de	uma	monografia.	Os	objetivos	e	fina-
lidades dos TCCs, complementando com considera-
ções	sobre	a	pesquisa	bibliográfica,	base	teórica	de	
uma	monografia.
BOM ESTUDO!
Caro(a) aluno(a),
3
3.01.
O TRABALHO MONOGRÁFICO
Iniciando nossa conversa e estudos, nesta unidade, jul-
gamos	 interessante	 compreender	primeiramente	 a	 ex-
pressão	Monografia.	Situando-a	historicamente.	A	pala-
vra	monografia	surgiu	no	final	do	século	XVIII	através	
do autor Frederico Le Play. Etimologicamente mónos 
quer dizer um só e graphein,	 escrever	 (SALOMON,	
2004,	p.	254).
Trata-se	de	um	trabalho	científico	em	que	se	apre-
sentam os resultados da pesquisa desenvolvida. Um 
documento, cujo estudo minucioso discorre sobre um 
determinado	 assunto.	Existem	 vários	 tipos	 de	mono-
grafias.	São	trabalhos	acadêmicos	em	geral	que	englo-
bam o Trabalho de Graduação Interdisciplinar - TGI e 
o TCC	contendo	então	a	“monografia”.	Isto	é,	a	descri-
ção	de	um	determinado	assunto,	que	não	exige	um	es-
tudo	completo	e	exaustivo,	pois	se	trata	de	um	requisito
para complementação de cursos em graduação e pós-
-graduação. Diferenciam-se quanto ao nível de inves-
tigação do assunto proposto. No caso das dissertações
científicas	de	mestrados	e	teses	de	doutorados,	que	são
estudos	mais	aprofundados.	(HABERMANN,	2009)
O	estudo	ou	pesquisa	monográfica	é	exigida	tanto	
no nível da graduação, como no da pós-graduação. “Re-
4
fere- se, geralmente, ao trabalho de término de curso 
ou de unidade de programa de uma disciplina, como 
atividade	de	desempenho	escolar	a	ser	avaliada”.	(SA-
LOMON,	2004,	p.	261)
MONOGRAFIA: CONCEITOS
Na conceituação da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas	(ABNT),	os	trabalhos	acadêmicos	ou	similia-
res são: documentos que representam o resultado de es-
tudo,	e	que	devem	expressar,	conhecimento	do	assunto	
escolhido: “deve ser obrigatoriamente emanado da dis-
ciplina, módulo, estudo independente, curso, programa 
e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação 
de	um	orientador”.	(NBR	14724,2005,	p.3)
A	dissertação	exigida	em	mestrados,	para	se	obter	
o grau	de	mestre,	é	um	outro	exemplo	de	monografia.
No entanto, é um documento que representa o resul-
tado	de	um	trabalho	experimental	ou	exposição	de	um
estudo	 científico	 retrospectivo,	mais	 aprofundado,	 de
tema	único	e	bem	delimitado	em	sua	extensão,	com	o
objetivo de reunir, analisar e interpretar informações.
O referido estudo deve necessariamente evidenciar o
conhecimento	de	literatura	existente	sobre	o	assunto	e
a capacidade de sistemação do aluno. É feito sob a co-
3.02.
5
ordenação	de	um	orientador	(doutor),	e	visa	à	obtenção	
do	título	de	mestre.	(NBR	14724,2005)
Com base nestas considerações, compreende-
se	que:	as	monografias	são	estudos	 investigativos	que	
cumprem	 importante	papel	didático-pedagógico.	Pois,	
oferecem	ao	estudante	universitário	a	oportunidade	de	
descobrir, iniciar na produção da ciência e conhecer 
gradativamente os métodos para desenvolvê-la. 
Compreendemos,	 então,	 que	 não	 há	 diferença	
específica	quanto	ao	 termo	monografia	e	TCC,	e	 sim	
quanto ao estilo de pesquisa, profundidade, nível de in-
vestigação e originalidade do tema abordado, os quais 
classificam	o	grupo	dos	trabalhos	científicos	desenvol-
vidos.	(SALOMON,	2004)
A	monografia	é	um	trabalho,	que	reúne	a	síntese	de	
leituras,	observações,	reflexões	e	críticas,	desenvolvidas	
de	forma	metódica	e	sistemática.	Os	relatos	são	feitos	
por um pesquisador sobre um determinado escrito, re-
sultado de suas investigações. O que se investiga em uma 
monografia,	inicia-se	com	as	inquietações	acadêmicas.
Como todo trabalho de investigação ou trabalho 
científico,	 a	 monografia	 inicia-se	 por	 uma	 dúvida	 ou	
problema. Ao buscar os meios para resolver essa proble-
mática,	o	pesquisador	levanta	dados	em	fontes	específi-
cas do conhecimento. Ou seja, busca fontes teóricas que 
dizem respeito ao assunto em questão. A revisão crítica 
de todos os achados serão somados, ou não, a uma pes-
quisa	empírica	(de	campo).	Da	busca,	da	reflexão	crítica	
6
resulta	a	monografla,	que	deverá	colher	mais	fatos	que	
opiniões.	Esta	é	uma	caracterização	de	monografia:
“Localizamos,	 na	 origem	 histórica	 da	 monografia,	
aquilo que até hoje caracteriza essencialmente esse 
tipo	de	trabalho	científico:	a	especificação,	ou	seja,	
a redução da abordagem a um só assunto, a um só 
problema. Mantém-se o sentido etimológico: mónos 
(um	só)	e	graphein	(escrever):	dissertação	a	respeito	
de um assunto único...” 
“É	preciso	atentar	(...)	para	o	uso	escolar	da	palavra	
monografia.	Embora,	tenha	de	comum	com	o	em-
prego	científico	o	caráter	de	tratamento	de	um	tema	
bem delimitado, difere na qualidade da tarefa: o ní-
vel	de	investigação	que	a	precede.	As	“monografias”	
de	término	de	seminários	ou	atividades	semelhantes	
não	merecem	a	rigor	a	classificação	que	se	lhes	atri-
bui, pois não são, em geral, autênticos trabalhos de 
investigação	 científica,	mas	 apenas	 de	 iniciação	 na	
investigação.”	(SALOMON,	2004,	p.	219)	
A estruturação ou a preparação sistematizada de 
um	trabalho	científico,	no	caso	a	monografia,	pressu-
põem	 as	 seguintes	 etapas:	 1)	 determinação	 do	 tema-
-problema	 do	 trabalho	 (dúvida,	 questão,	 problema);
2) levantamento	 da	 bibliografia	 referente	 a	 esse	 tema
(fontes);	3)	leitura	e	documentação	(tratamento	com	a
bibliografia);	4)	reflexão	crítica;	5)	construção	lógica	do
trabalho	e	6)	redação	do	texto	(monografia).
7
O	trabalho	monográfico	é	muito	comum	nas	uni-
versidades, fazendo parte da rotina das referidas insti-
tuições. É uma forma de associar concretamente o en-
sino	e	 a	pesquisa.Muitos	 cursos	 exigem	monografias	
como	trabalhos	de	conclusão	de	curso.	Martins	(2002)	
complementa:	 “A	 monografia	 é	 um	 documento	 que	
descreve um estudo minucioso sobre um tema relativa-
mente restrito. Frequentemente é solicitada como “Tra-
balho de Formatura” ou “Trabalho de Final de Curso” 
(p.	19)”.		As	dissertações	de	mestrado	e	teses	de	douto-
ramento	também	são	trabalhos	monográficos.
3.03.
A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: 
BASE DA MONOGRAFIA
Ao	caracterizar	um	trabalho	monográfico	fica	evidente	a	
estruturação sistematizada desse documento, tendo como 
base	a	pesquisa	bibliográfica,	como	parte	fundamental	da	
monografia.	Pois,	o	levantamento	ou	revisão	bibliográfi-
ca	é	parte	fundamental	e	inicial	em	uma	monografia.	
A	 pesquisa	 bibliográfica	 é	 sempre	 realizada	 para	
fundamentar teoricamente o objeto de estudo de uma 
monografia.	Apresenta	elementos	que	subsidiam	a	aná-
lise dos dados e imprime o aspecto teórico, com base na 
comprensão	crítica	do	pesquisador.	(MINAYO,	2001)
8
Através	do	pensamento	de	Lakatos	 (2010),	com-
preendemos	a	pesquisa	bibliográfica	como	aquela	que	
se realiza a partir do registro disponível, decorrente de 
pesquisas anteriores, em documentos impressos, como 
livros, artigos, teses etc. É uma pesquisa que busca os 
dados	ou	as	categorias	teóricas,	já	trabalhadas	por	ou-
tros pesquisadores e devidamente registradas. Assim, as 
contribuições dos autores tornam-se fontes para novos 
temas a serem pesquisados. 
Ao	considerar	que	a	pesquisa	bibliográfica	é	utili-
zada	basicamente	em	todos	os	 trabalhos	científicos,	é	
importante	evidenciar	que	essa	pesquisa	tem	como	fi-
nalidade colocar o pesquisador em contato direto com 
tudo que foi escrito sobre determinado assunto, com o 
objetivo de permitir ao cientista uma sustentação para a 
análise	de	sua	investigação	ou	na	manipulação	das	suas	
informações. Contribui com informações e pesquisas 
baseadas	em	acervos	de	diversos	autores,	que	já	estuda-
ram sobre o tema em questão. 
Existem	pesquisas	produzidas	somente	a	partir	de	
fontes	 bibliográficas.	 Pois,	 é	 uma	 pesquisa	 que	 cobre	
uma imensa gama de fenômenos, oferecendo grande 
vantagem ao pesquisador. Isso é fundamental no caso 
de	uma	grande	demanda	de	dados	ou	da	complexidade	
do tema, para solucionar o seu problema de pesquisa.
Para	Severino	(2007)	e	Lakatos	(2010)	existem	na	
pesquisa	bibliográfica	oito	fases	distintas:
9
a) escolha do tema;
b) elaboração do plano de trabalho;
c) identificação;
d) localização;
e) compilação;
f) fichamento;
g) análise	e	interpretação;
h) redação.
ESCOLHA DO TEMA 
O tema é o assunto que se deseja provar ou desenvol-
ver.	É	uma	dificuldade	ou	problema	que	se	deseja	solu-
cionar.	Escolher	um	tema	significa	levar	em	considera-
ção	fatores	internos	e	externos.	
Os internos consistem em: 
a) selecionar um assunto de acordo com as inclinações,
as aptidões e as tendências de quem se propõe a elabo-
rar	um	trabalho	científico;
b) optar	por	um	assunto	compatível	com	as	qualifica-
ções pessoais;
c) encontrar um objeto que mereça ser investigado cien-
tificamente	e	tenha	condições	de	ser	formulado	e	deli-
mitado em função da pesquisa.
3.04.
10
Os	externos	requerem:	
a) a disponibilidade do tempo para realizar uma pesqui-
sa completa e aprofundada;
b) a	existência	de	obras	pertinentes	ao	assunto	em	nú-
mero	suficiente	para	o	estudo	global	do	tema;
c) a	possibilidade	de	consultar	especialistas	da	área,	para
uma	orientação,	 tanto	na	escolha,	quanto	na	análise	e
interpretação	 da	 documentação	 específica.	 (LAKA-
TOS,	2010,	p.	26-27)
Pode-se ter como fontes para a escolha do assunto, 
a	própria	experiência	pessoal	ou	profissional,	de	estudos	
e leituras, da observação. O passo seguinte a escolha do 
assunto é sua delimitação. Nesse sentido, é interessante 
pensar que o sujeito é a realidade, a respeito da qual se 
deseja saber alguma coisa. É o universo de referência. 
Que pode ser constituída de objetos, fatos, fenômenos 
ou pessoas. O objeto de um assunto é o tema propria-
mente	dito,	está	relacionado	àquilo	que	se	deseja	saber	
ou realizar a respeito do sujeito. 
3.04.1. 
ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO
É interessante elaborar o Plano de Trabalho antes do 
fichamento.	Na	elaboração	do	plano,	deve-se	observar	a	
estrutura	de	todo	o	trabalho	científico:	introdução,	de-
11
senvolvimento e conclusão. 
a) Introdução. Formulação clara e simples do tema, sua
delimitação,	importância,	caráter,	justificativa,	metodo-
logia empregada e apresentação sintética da questão.
b) Desenvolvimento. Fundamentação lógica do trabalho,
cuja	 finalidade	 é	 expor	 e	 demonstrar	 suas	 principais
ideias.
c) Conclusão. Consiste no resumo completo, mas sinteti-
zado, da argumentação desenvolvida na parte anterior.
Devem	 constar	 da	 conclusão	 a	 relação	 existente	 en-
tre as diferentes partes da argumentação e a união das
ideias	e,	ainda,	a	síntese	de	toda	a	reflexão.	(LAKATOS,
2010,	p.	28)
3.04.2. 
IDENTIFICAÇÃO
É	a	identificação	das	obras	ou	a	fase	de	reconhecimento	
do assunto pertinente ao tema em estudo. Deve-se par-
tir,	inicialmente,	pela	procura	de	catálogos	onde	se	en-
contram as relações das obras. Essas obras podem ser 
publicados pelas editoras, com a indicação dos livros 
e revistas editados, ou pertencer a bibliotecas públicas, 
com	a	listagem	por	título	dos	trabalhos.	Existem,	ainda,	
os	catálogos	específicos	de	alguns	periódicos,	com	o	rol	
dos artigos publicados anteriormente.
12
Em	 seguida,	 seria	 o	 levantamento,	 pelo	 Sumário	
ou Índice, dos assuntos nele abordados. Outra fonte de 
informações refere-se aos resumos das obras que ofere-
cem	elementos	para	identificar	o	trabalho.	
3.04.3. 
LOCALIZAÇÃO
Após	o	levantamento	bibliográfico,	com	a	identificação	
das obras que interessam, é preciso partir para a locali-
zação	das	fichas	bibliográficas	nos	arquivos	das	bibliote-
cas	públicas,	nos	de	faculdades	oficiais	ou	particulares	e	
outras instituições. É um trabalho que demanda tempo, 
mas que posteriormente facilita a busca do pesquisador. 
3.04.4. 
COMPILAÇÃO
É o apanhado geral de todo o material selecionado, ou a 
reunião	sistemática	do	material	contido	em	livros,	revis-
tas, publicações avulsas ou trabalhos mimeografados. 
Esse material pode ser obtido por meio de fotocópias, 
xerox	ou	vídeos,	microfilmes	etc.
13
3.04.5. 
FICHAMENTO
São as anotações e registros em forma de resumos das 
leituras realizadas com base no material selecionado. O 
pesquisador após minuciosa leitura transcrever resumi-
damente o pensamento dos autores lidos.
De posse das fontes de referência, o pesquisador deve 
transcrever	os	dados	em	fichas	ou	não,	com	o	máximo	
de	exatidão	e	cuidado.	Pode-se	utilizar	fichas	que	levam	
o indivíduo a pôr em ordem no seu material. Possibilita,
ainda, uma seleção constante da documentação e de seu
ordenamento.
3.04.6. 
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO 
Essa	fase	é	importante,	pois	o	pesquisador	terá	condi-
ções	de	verificar	criticamente	o	material	coletado	para	
utilizá-lo	ou	não	na	elaboração	do	seu	trabalho.	A	pri-
meira	 fase	da	análise	e	da	 interpretação	é	a	crítica	do	
material	bibliográfico,	sendo	considerado	um	juízo	de	
valor	sobre	determinado	material	científico.	De	acordo	
com	Salomon	(2004,	p.	115),	é	preciso	analisar:	
14
a) crítica do texto:	averiguar	se	o	texto	sofreu	ou	não	alte-
rações,	interpolações	e	falsificações	ao	longo	do	tempo.
Investigar,	principalmente,	se	o	texto	é	autógrafo	(escri-
to	pela	mão	do	autor)	ou	não;	em	caso	negativo,	se	foi
ou não revisto pelo autor; se foi publicado pelo autor
ou	outra	pessoa	o	fez;	que	modificações	ocorreram	de
edição para edição;
b) crítica da autenticidade: determina o autor, o tempo, o
lugar	e	as	circunstâncias	da	composição;
c) crítica da proveniência:	investiga	a	proveniência	do	tex-
to. Varia conforme a ciência que a utiliza. Em História,
tem	 particular	 importância	 o	 estudo	 de	 onde	 provie-
ram	os	documentos;	em	Filosofia,	interessa	muito	mais
discernir até que ponto uma obra foi mais ou menos
decalcada sobreoutra.
3.04.7. 
REDAÇÃO
A	 redação	 da	 pesquisa	 bibliográfica	 varia	 de	 acordo	
com	o	tipo	de	trabalho	científico	que	se	deseja	apresen-
tar.	Pode	ser	uma	monografia,	uma	dissertação	ou	uma	
tese.	No	caso	da	monografia,	é	interessante	que	o	autor	
tenha	 certo	 conhecimento	 sobre	 o	 que	 irá	 escrever	 e	
uma leitura apurada do material a ser pesquisado.
A	redação,	na	monografia	exige	cuidados	necessários	a	
todo	trabalho	científico:	
15
a) Clareza - não deixa margem a interpretações
diversas; não utiliza linguagem rebuscada, ter-
mos desnecessários ou ambíguos; evita falta de
ordem na apresentação das ideias;
b) Precisão - cada palavra traduz exatamente o
que o autor transmite;
c) Comunicabilidade - abordagem direta e simples
dos assuntos; lógica e continuidade no desenvol-
vimento das ideias; uso criterioso da pontuação;
d) Consistência - de expressão gramatical; de ca-
tegoria, equilíbrio existente nas seções de um
capítulo ou subseções de uma seção; de sequên-
cia, ordem na apresentação de capítulos, seções e
subseções do trabalho.
(SALOMON,	2004	E	MARTINS,	2002)
No	 texto	 devem	 constar	 citações	 e	 suas	 respec-
tivas	 referências	 bibliográficas,	 indicando	 as	 leituras	
existentes	e	devidamente	fundamentadas	em	um	texto	
apresentável.	A	coerência	e	articulação	entre	as	partes	
são fundamentais, a introdução, o desenvolvimento e 
a conclusão devem estar correlacionadas para melhor 
compreensão do trabalho como um todo.
16
Exercícios Propostos
1.Na	sua	compreensão,	o	que	é	um	estudo	monográfico?
2. Para	 Severino	 (2007)	 e	 Lakatos	 (2010)	 existem	 na
pesquisa	 bibliográfica,	 oito	 fases	 distintas.	Aponte-as	 e
comente cada uma delas.
3. Esclareça	a	função	da	pesquisa	bibliográfica	em	um
trabalho	científico.
4. De	acordo	com	Salomon	(2004),	é	preciso	ter	cuida-
do	ao	elaborar	a	redação	em	um	trabalho	monográfico.
Aponte-os.
5. Esclareça aspectos importantes a serem considerados
na	escolha	do	tema	de	uma	monografia.
17
18
ORIENTAÇÃO 
AO TCC
(TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO)
Luci Carlos de Andrade
AULA - 4
Unidade 4.
TCC: O TRABALHO MONOGRÁFICO
Unidade 4
O TRABALHO MONOGRÁFICO 4
CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE UMA 
MONOGRAFIA 5
AS NORMAS DA ABNT 7
SOBRE A FORMATAÇÃO DA 
MONOGRAFIA 9
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 12
ELEMENTOS TEXTUAIS 13
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 13
Exercícios Propostos 14 
Sumário
2
Nesta unidade, estudaremos itens relevantes para a ela-
boração	de	uma	monografia.	Complementando	com	
considerações sobre as normas da ABNT e informa-
ções	sobre	a	formatação	do	trabalho	monográfico.	
BOM ESTUDO!
Caro(a) aluno(a),
3
4.01.
O TRABALHO MONOGRÁFICO
Um	trabalho	científico	requer	disponibilidade	do	pes-
quisador em buscar todo aparato para que torne pos-
sível a realização da pesquisa. Demanda tempo, dedi-
cação e organização, para que na medida do possível 
e mediante a clareza e objetividade da investigação, o 
pesquisador	obtenha	êxito	na	sua	produção	científica,	
seja ela qual for. 
Em princípio, realizar leituras de revistas especiali-
zadas	da	área	a	ser	estudada	e	a	participação	em	cursos	de	
especialização,	extensão	e	aperfeiçoamento,	em	seminá-
rios	e	congressos	científicos	muito	contribuem,	no	mo-
mento, em que se busca investigar um determinado tema.
Outra questão importante em um projeto de pes-
quisa é o interesse por algo , por uma questão que se 
queira investigar. Certamente, que só se conhece, só se 
é	levado	a	investigar	à	medida	que	se	precisa	encontrar	
solução	ou	respostas	a	questionamentos	ou	dificuldades	
na	área	específica	da	temática.
4
4.02.
CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE UMA 
MONOGRAFIA
Além disso, alguns outros pontos merecem atenção, 
quando se propõe uma investigação. São critérios que 
servem	para	reflexão	do	pesquisador.	Pensar	na	pesqui-
sa a ser realizada nos seguintes aspectos: originalidade, 
importância,	viabilidade	e	conhecimento	do	assunto.
É	necessário	pensar	na	originalidade do trabalho 
para	evitar	que	se	pesquise	sobre	um	assunto	já	conhe-
cido e, portanto, não se acrescente nada com o traba-
lho	de	investigação.	Mesmo	uma	pesquisa	bibliográfica,	
quando se utiliza de outros autores, dispensando a pes-
quisa de campo, é possível somar grande contribuição 
para	 a	 ciência	 no	 preenchimento	 de	 lacunas	 deixadas	
pelas	pesquisas	publicadas	sobre	o	assunto.	(INÁCIO	
FILHO,	2007)
Um tema deve levar em conta também a sua im-
portância.	Refletir	sober	a	relevância	do	trabalho	para	
a	comunidade	científica	e	mesmo	para	a	sociedade.	A	
viabilidade é outro item que não se pode desconsiderar, 
pois o pesquisador pode correr o risco de perder tempo 
e recurso. O pesquisador deve atentar para realizar uma 
pesquisa sobre um determinado assunto, que ainda não 
foi	objeto	de	estudos	e	publicações.	Essa	reflexão	com	
5
base em estudos requer também muita observação so-
bre	as	produções	já	realizadas.
Essa	 observação	 feita	 com	 base	 em	 leituras	 irá	
auxiliar	o	pesquisador	para	que	tenha	o	conhecimento do 
assunto	a	ser	estudado.	Desse	modo,	terá	condições	de	
propor problemas relevantes no seu projeto de pesquisa.
A Fundamentação teórica é outra questão impor-
tante	 em	qualquer	 elaboração	 científica,	 pois	 consiste	
em	 explicitar	 e	 embasar	 os	 conceitos	 fundamentais	
na	utilização	de	procedimentos	para	as	análises,	assim	
como as categorias e os pressupostos teóricos, que sus-
tentarão todo o desenvolvimento da pesquisa.
Para	 Inácio	 Filho	 (2007),	 todo	 esse	 conjunto	 de	
categorias, conceitos e pressupostos deve constituir-se 
num	 todo	 articulado	dentro	do	 trabalho	 científico.	O	
conhecimento sobre a estrutura da pesquisa também 
deve fazer parte do interesse do pesquisador, no senti-
do	de	estruturar	o	trabalho	dentro	dos	padrões	exigidos	
para	elaboração	de	um	trabalho	científico.	
Além de buscar um conhecimento sobre o assunto 
a ser pesquisado, fazendo um levantamento das obras 
já	apresentadas	sobre	a	temática,	é	necessário	também	
que	o	pesquisador	tenha	acesso	à	estrutura	do	trabalho	
e	à	questão	da	normatização	das	elaborações	científicas.	
Toda	 pesquisa	 deve	 atender	 as	 exigências	 da	 normas,	
para	que	seja	aceito	pela	comunidade	científica.
Logo	abaixo,	seguem	algumas	considerações	sobre	
as normas da ABNT, para que você pesquisador, possa 
6
inteirar-se de forma breve de normas que regulam a ela-
boração	científica,	sem	contudo	deixar	de	pesquisá-las	
e	estudá-las	de	maneira	mais	criteriosa,	para	o	êxito	do	
seu	trabalho,	no	caso	a	monografia.
AS NORMAS DA ABNT
Todo	 trabalho	 científico	 exige	 uma	 formatação	 com	
base nas normas da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas. É um padrão nacional de normas, que vale 
para	todos	as	produções	científicas.	É	interessante	ter	
acesso	a	estas	normas	para	formatar	de	forma	prática	
e objetiva seus próprios trabalhos e, principalmente, a 
monografia.
Nesse	 sentido,	Habermann	 (2009)	 traz	 colabora-
ções, que esclarecem questões importante relacionadas 
às	normas,	e	que	são	na	maioria	das	vezes,	motivo	de	
dificuldades	 na	 elaboração	 de	 trabalhos,	 por	 parte	 de	
pesquisadores. 
A ABNT foi fundada no ano de 1940. Trata-se de 
uma	entidade	privada	de	políticas	públicas,	sem	fins	lu-
crativos, reconhecida por Lei, como órgão de utilidade 
pública dirigida por membros de um conselho delibe-
rativo,	 conselho	 fiscal,	 conselho	 técnico	 e	 a	 diretoria	
executiva.	
4.03.
7
Pode-se	dizer	que	é	o	único	órgão	responsável	de	
normalização	 técnica	no	Brasil,	 e	 é	 a	 única	 e	 exclusi-
va representante no país de entidades internacionais, 
como: a ISO - International Oganization For Standar-
dization, da qual é membro fundadora, bem como da 
COPANT - Comissão Pan-Americana de Normas Téc-
nicas e da AMN - Associação MERCOSUL de Norma-
lização. Também é representante da IEC - International 
Eletrotechnical Commission.
Quando se refere aos trabalhos acadêmicos o co-
mitê	responsável	pela	elaboração	e	alteração	é	o	da	in-
formação e documentação - ABNT/CB-14. A ABNT 
tem	comofinalidade	promover	o	desenvolvimento	tec-
nológico nacional e, neste caso, padronizar a forma de 
apresentação dos trabalhos acadêmicos, para que todos 
os trabalhos apresentados pelos alunos sigam o mesmo 
padrão.	(HABERMANN,	2009)
A	ABNT	apresenta	várias	normas	que	são	referen-
dadas	com	números	chamados	de	NBR,	que	significa	
Normas Brasileiras, as quais estão sujeitas a revisões pe-
riodicamente.	O	acadêmico	precisa	estar	atento	às	mu-
danças das normas por ocasião da elaboração do seu 
trabalho, considerando as constantes adequações que a 
ABNT processa. 
Abaixo,	 apresentamos	 as	 normas	mais	 utilizadas	
em trabalhos acadêmicos: 
- ABNT NBR 6023:2002, que referencia sobre a elaboração
das referências;
8
- ABNT NBR 6024:2003, que referencia sobre a numera-
ção progressiva das seções de um documento escrito; 
- ABNT NBR 6027:2003,	que	referencia	sobre	o	sumário;
- ABNT NBR 6028:2003, que referencia sofre o resumo de
trabalho;
- ABNT NBR 6034:1989, que referencia sobre o índice de
publicações;
- ABNT NBR 10520:2002, que referencia sobre as citações
em documentos;
- ABNT NBR 12225:2004, que referencia sofre a lombada e;
- ABNT NBR 14724:2005, que referencia sobre a forma-
tação	dos	 trabalhos	 acadêmicos	 como:	 a	 capa,	página
de rosto, dedicatória, agradecimentos, epígrafe, dentre
outros	itens.	A	formatação	básica	para	elaborar	um	tra-
balho acadêmico deve ser baseada nos princípios gerais
da NBR 14724:2005.
4.04.
SOBRE A FORMATAÇÃO DA MONOGRAFIA
Ainda,	 em	 Habermann	 (2009),	 apresentamos	 basica-
mente os padrões a serem seguidos na formatação de 
uma	monografia,	devendo-se	considerar	que	a	forma-
tação	básica	para	elaborar	um	trabalho	acadêmico	deve	
ser baseada nos princípios gerais da NBR 14724:2005:
9
• PAPEL:	deve	ser	branco,	formato	A4	e	o	texto	deve	ser
digitado	no	anverso	da	folha,	ou	seja,	na	frente,	exceto
para	a	folha	de	rosto	que	deverá	conter	a	ficha	catalo-
gráfica,	impressos	na	cor	preta,	podendo	utilizar	outras
cores apenas para ilustrações; 
• MARGENS:	a	margem	deverá	obedecer	3	cm	de	borda
superior e esquerda e 2 cm de borda inferior e direita;
• ESPACEJAMENTO ENTRELINHAS: deve ser de 1,5 cm em
todo	o	 trabalho,	 exceto	para	 as	citações	com	mais	de
três linhas, notas de rodapé, referências, legendas das
ilustrações	e	das	tabelas,	ficha	catalográfica,	natureza	do
trabalho,	nome	da	instituição	e	área	de	formação,	que
devem ser redigidos em espaçamento simples;
• PARÁGRAFO:	1,25	cm	em	todo	o	trabalho,	exceto	para
as citações;
• TEXTO:	deve	ser	justificado	em	todo	o	trabalho,	exceto
para	as	referências	no	final	do	trabalho	e	notas	de	ro-
dapé,	as	quais	deverão	estar	alinhadas	à	esquerda.	Se	no
decorrer	do	texto	utilizar	termos	de	origem	estrangeira,
recomenda-se	o	uso	de	itálico;
• FONTE E TAMANHO: é facultado ao acadêmico utilizar- 
se de qualquer tipo de fonte, porém as mais indicadas
são a Arial ou Times New Roman, até mesmo a Courier
New, pois o formato da letra contribui para que a leitura
seja	menos	cansativa.	O	tamanho	exigido	é	12,	exceto
para citações com mais de 3 linhas, notas de rodapé,
paginação e legendas das ilustrações e tabelas, devendo
ser redigidas em tamanho menor e uniforme. Nestes
10
casos, o tamanho indicado é 10; 
• PAGINAÇÃO: deve ser contada a partir da folha de rosto
continuamente, mas não numeradas, só deve aparecer o
número	de	páginas	a	partir	da	primeira	folha	da	parte
textual,	ou	seja,	da	introdução,	em	algarismos	arábicos,
no canto superior direito da folha a 2cm da borda supe-
rior. Se por ventura, o trabalho for em dois volumes, o
número	de	páginas	continua	de	onde	parou	o	primeiro
volume.	 Se	 houver	 apêndices	 e	 anexos,	 estes	 deverão
ser numerados sequencialmente após a conclusão;
• TÍTULOS DAS SEÇÕES E SUBSEÇÕES: trata-se dos elemen-
tos	 textuais,	 que	devem	 seguir	 o	 indicativo	numérico,
alinhado	à	esquerda	separado	por	um	espaço	de	carac-
teres,	 destacados	 em	 letras	maiúsculas,	 negrito,	 itálico
ou	sublinhado,	devendo	o	texto	iniciar	após	dois	espa-
ços de 1,5 cm entrelinhas;
• TÍTULOS DAS SUBSEÇÕES: segue a mesma formatação
dos títulos das seções, porém é opcional redigir em le-
tras maiúsculas ou minúsculas, desde que seja padrão
em	todo	o	trabalho.	(HABERMANN,	2009,	p.	22)
Vale	 ressaltar	 que	 nos	 elementos	 pré-textuais	 e	
pós-textuais,	 não	 se	 utiliza	 a	 indicação	 numérica	 de-
vendo ser redigidos em letras maiúsculas, centraliza-
das,	em	negrito,	itálico	ou	sublinhado,	com	exceção	da	
dedicatória e epígrafe, as quais não deverão conter os 
títulos e indicativo numérico conforme dispõe a NBR 
6024:2003. 
11
Além	da	formatação	básica	do	trabalho	acadêmico,	
é	necessário	compreender	a	divisão	da	estrutura	desse	
trabalho.	Ou	seja,	os	elementos	pré-	textuais,	textuais	e	
pós-textuais	descritos	abaixo.
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Nos	elementos	pré-textuais	devem	constar:	
- Capa;
- Folha de rosto;
- Folha de aprovação;
- Dedicatória(s);
- Agradecimento(s);
- Epígrafe;
- Resumo	na	língua	vernácula;
- Resumo em língua estrangeira;
- Lista de ilustrações;
- Lista de tabelas;
- Lista de abreviaturas e siglas;
- Lista de símbolos;
- Sumário.
Nestes	elementos,	estão	os	de	caráter	obrigatório	e	os	
de	caráter	opcional,	que	poderão	ser	melhor	identifica-
dos na unidade 5.
4.05.
12
ELEMENTOS TEXTUAIS
Nos	elementos	textuais,	configura-se	o	corpo	do	traba-
lho, e deve constar: 
- Introdução;
- Objetivo Geral;
- Objetivo	Específico;
- Método;
- Resultado;
- Discussão;
- Conclusão.
4.06.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Esta é a última parte da estrutura do trabalho e deve 
constar:
- Referências	(obrigatório);
- Apêndice	(opcional);
- Anexo	(opcional);
- Glossário	(opcional).
4.07.
13
Exercícios Propostos
1. Comente os critérios a serem pensados para a elabo-
ração	de	uma	monografia.
2. O	que	deve	constar	nos	elementos	pré-textuais	de
uma	monografia?
3. No	corpo	da	monografia	existe	o	item	-	Títulos	das
seções e subseções. Esclareça.
4. Todo	trabalho	científico	exige	uma	formatação	com
base nas normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas.	Justifique	esta	afirmação.
5. Comente	 o	 pensamento	 de	 Inácio	 Filho	 (2007):
“todo esse conjunto de categorias, conceitos e pressu-
postos deve constituir-se num todo articulado dentro
do	trabalho	científico.	O	conhecimento	sobre	a	estrutu-
ra da pesquisa também deve fazer parte do interesse do
pesquisador, no sentido de estruturar o trabalho dentro
dos	padrões	exigidos	para	elaboração	de	um	 trabalho
científico”.
14
15
ORIENTAÇÃO 
AO TCC
(TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO)
Luci Carlos de Andrade
AULA - 5
Unidade 5.
ESTRUTURA DA MONOGRAFIA
Unidade 5
ESTRUTURA DA MONOGRAFIA: 
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS 4
A COMPOSIÇÃO ESTRUTURAL DA 
MONOGRAFIA 5
DISCRIMINAÇÃO DAS PARTES 7
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 27
Sumário
2
Nesta	unidade,	será	apresentada	a	estrutura	da	mo-
nografia	 com	 todos	os	 elementos	necessários	para	
a	 formatação	 do	 trabalho	 monográfico	 de	 forma	
explicativa	para	melhor	visualização	do	pesquisador.
BOM ESTUDO!
Caro(a) aluno(a),
3
5.01.
ESTRUTURA DA MONOGRAFIA: 
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS 
Nesta	 unidade,	 apresentamos	 de	 forma	 explicativa,	
item	a	item	da	estrutura	da	monografia	com	a	descrição	
de	cada	parte,	para	que	o	acadêmico	identifique	os	ele-
mentos na própria apresentação da estrutura projetada 
para melhor visualização do pesquisador. É um material 
elaborado por nós, por ocasião de trabalhos realizados 
com orientações de TCCs em cursos de graduação e 
especialização, cujo objetivo é oferecer ao aluno as con-
dições visuais para a formatação correta de um trabalho 
científico,	ou	de	uma	monografia.
Vale ressaltar que, embora tenhamos este padrão 
básico	 para	 a	 formatação	 de	 uma	 monografia,	 cada	
instituição pode proceder a adequações ou mudanças 
que	 julgar	 necessária,	 sempre	 afirmando	 que	 este	 é	
um modelo padrão de estrutura e formatação de uma 
monografia.O	aluno	deverá	inteirar-se	da	formatação	
exigida	 pela	 sua	 instituição	 tomando	 como	 base	 este	
modelo	 para	 observar	 se	 existem	 elementos	 a	 serem	
modificados	ou	não.	Estudar,	 também,	as	normas	vi-
gentes da ABNT, considerando as constantes mudan-
ças nessa padronização.
4
5.02.
A COMPOSIÇÃO ESTRUTURAL DA 
MONOGRAFIA
É	importante	observarmos	que	toda	a	Monografia	ou	
TCC devem ser compostas, de acordo com a ABNT/
NBR 14724:2002, das seguintes partes:
5
PRÉ-TEXTUAIS
Capa Obrigatório
Folha de rosto Obrigatório
Folha de aprovação Obrigatório
Dedicatória Opcional
Agradecimentos Opcional
Epígrafe Opcional
Resumo Obrigatório
Sumário Opcional
Lista de ilustrações Opcional
Lista de tabelas Opcional
Lista de abreviaturas 
e siglas Opcional
Lista de símbolos Obrigatório
TEXTUAIS
Introdução Obrigatório
Desenvolvimento Obrigatório
Conclusão ou 
Considerações	finais Obrigatório
PÓS-TEXTUAIS
Referências Obrigatório
Glossário Opcional
Apêndice	(s) Opcional
Anexo	(s) Opcional
6
5.03.
DISCRIMINAÇÃO DAS PARTES
1.1. CAPA
Deve conter:
a) nome da Instituição e do autor ao alto da folha, em
fonte 14, em letras maiúsculas e sem negrito;
b) título do trabalho ao centro em fonte 16, em letras
maiúsculas e com negrito;
c) parte inferior com o nome da cidade e o ano de apre-
sentação, em fonte 12, apenas as iniciais são maiúsculas
e não todas as letras das palavras, e sem negrito.
7
UNAES - FACULDADE DE CAMPO GRANDE
LUCI CARLOS DE ANDRADE
MATERIALIZAÇÃO DA POLÍTICA DE 
MUNICIPALIZAÇÃO DO ENSINO 
FUNDAMENTAL DE MATO GROSSO DO SUL 
NOS ANOS DE 1993 A 2002
Campo Grande
2005
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1.2. FOLHA DE ROSTO
Após a capa, aparece:
a) nome do autor ao alto da folha, em fonte 14, em le-
tras maiúsculas e sem negrito;
b) título do trabalho ao centro em fonte 16, em letras
maiúsculas e com negrito;
c) logo	abaixo,	da	metade	da	folha,	à	direita,	aparece	uma
explicação	rápida	mais	clara	acerca	dos	objetivos	institu-
cionais, seguida da instituição, a que se destina a pesquisa;
d) parte inferior, o nome da cidade e o ano de apresen-
tação, em fonte 12, apenas as iniciais são maiúsculas e
não todas as letras das palavras, e sem negrito.
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LUCI CARLOS DE ANDRADE
MATERIALIZAÇÃO DA POLÍTICA DE 
MUNICIPALIZAÇÃO DO ENSINO 
FUNDAMENTAL DE MATO GROSSO DO SUL 
NOS ANOS DE 1993 A 2002
Campo Grande
2005
Monografia apresentada como exigência 
parcial para a obtenção do título de 
Especialista em Gestão e Políticas Públicas da 
Educação, apresentada à Banca Examinadora 
da UNAES – Faculdade de Campo Grande, 
MS, sob a orientação da Prof.ª MSc. Liliana 
Gonzaga de Azevedo Martins.
10
1.3. FOLHA DE APROVAÇÃO
Deve	conter	o	título	completo	da	monografia	ou	TCC,	
nome completo do autor, nome do título, nota que ob-
teve no trabalho, nome completo dos membros da ban-
ca	examinadora	e	local	para	assinatura	dos	membros	e	
data de aprovação.
11
TERMO DE APROVAÇÃO
A monografia intitulada: MATERIALIZAÇÃO DA POLÍTICA 
DE MUNICIPALIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL 
DE MATO GROSSO DO SUL NOS ANOS DE 1993 A 2002, 
apresentada por LUCI CARLOS DE ANDRADE como exigência 
parcial para a obtenção do título de Especialista em Gestão e 
Políticas Públicas da Educação à Banca Examinadora da UNAES, 
Campo Grande, MS, obteve nota _______, para aprovação.
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
Prof.ª MSc. Liliana Gonzaga de Azevedo Martins (UNES)
ORIENTADORA
_________________________________________________
Prof.ª MSc. Zaira de Andrade Lopes (UNAES)
CONVIDADA
_______________________________________________
Prof. PhD. Francisco Trindade Leite (UNIDERP)
CONVIDADO
12
1.4. PRÉ-TEXTUAIS
São	as	páginas	que	antecedem	ao	sumário.	Podem	ser	
incluídas as seguintes partes, devendo constar cada uma 
em	página	separada.
a) Dedicatória: essa folha não é obrigatória, mas contém
texto,	geralmente	curto,	no	qual	o	autor	dedica	seu	tra-
balho a alguém.
b) Agradecimentos: visa agradecer a pessoas que tenham
contribuído para o sucesso do trabalho, prestar home-
nagem aos que não estiveram diretamente relacionadas
com sua realização e entes queridos.
c) Epígrafe: trata-se de um pensamento de algum autor
de preferência, que revele o objeto estudado, mas não,
necessariamente, tenha alguma relação com o tema.
d) Resumo: síntese	dos	pontos	relevantes	do	texto,	em
linguagem clara, concisa, direta, com o mínimo de 200
e	o	máximo	de	500	palavras.
13
DEDICATÓRIA
Dedico à minha mãe, por tudo o que ela representa na 
minha vida.
Ao meu marido, por me fazer feliz.
Ao meu pai, por me mostrar o caminho do perdão.
Aos meus irmãos, pelo apoio nas horas que precisei.
Aos meus filhos, por serem pessoas tão belas.
14
AGRADECIMENTOS
A realização deste trabalho só foi possível graças ao auxílio de 
professores e à compreensão de um grupo de apoio, aos quais 
manifesto valorosa gratidão.
À Prof.ª Éster Senna, pela paciência, confiança e orientação segura, 
pela amizade e compreensão que me dispensou, principalmente 
nos meus momentos de ansiedade.
À minha sobrinha Paula, pelo apoio no levantamento de material 
para o desenvolvimento da pesquisa, pela montagem de quadros, 
pela sua inteligência e habilidade em informática, especialmente 
pela paciência. 
À Profª. Regina Tereza Cestari de Oliveira, pelo estímulo, pela 
segurança, pela solidariedade, pelas críticas valiosas e pelo 
sorriso, com o qual sempre me acolheu.
À Profª. Vera Maria Vidal Peroni, por aceitar fazer parte da 
minha banca e pelas contribuições no exame de qualificação, pela 
disposição ao atender-me, várias vezes, por telefone, pelo respeito 
à minha pessoa e ao meu trabalho.
Ao Prof. David Victor-Emamnuel Tauro, pelas suas aulas 
maravilhosas e pela sua efetiva contribuição.
Ao Prof. Antonio Carlos do Nascimento Osório, figura forte que 
nos impulsiona a continuar.
À Tatiana e à Jacqueline, pela amizade, paciência, carinho e 
cuidado com todos os mestrandos, principalmente, na hora de 
resolver problemas.
15
Os homens fazem sua própria história, mas 
não a fazem como querem; não a fazem 
sob circunstâncias de sua escolha e sim 
sob àquelas com que se defrontam direta-
mente, legadas e transmitidas pelo passa-
do. A tradição de todas as gerações mortas 
oprime como um pesadelo o cérebro dos 
vivos. E justamente quando parecem em-
penhados em revolucionarem-se a si e às 
coisas, em criar algo que jamais existiu, 
precisamente nesses períodos de crise re-
volucionária, os homens conjuram ansio-
samente em seu auxílio os espíritos do pas-
sado, tomando-lhes emprestado os nomes, 
os gritos de guerra e as roupagens, a fim de 
apresentar e nessa linguagem emprestada.
(Karl Marx, 1814)
16
RESUMO
O objeto de investigação é a materialização da política de descen-
tralização, via municipalização do ensino fundamental no Estado 
de Mato Grosso do Sul, no período 1993 a 2002, cujo processo 
de municipalização iniciou-se em 1993 no governo de Pedro Pe-
drossian (1991/1994), através Lei n.º 1.331, de 11 de dezembro de 
1992 que efetivou a parceria entre o Estado e os Municípios, con-
forme o artigo 1.º, que instituía o Programa de Descentralização 
e Fortalecimento do Ensino de 1.º Grau (hoje ensino fundamen-
tal). Elegeu-se como objetivo geral investigar a concretização da 
política de municipalização do ensino fundamental desenvolvida 
no Estado de Mato Grosso do Sul, no período 1993 a 2002, para 
analisar o movimento da descentralização, via municipalização 
do Estado de Mato Grosso do Sul. A pesquisa documental foi 
realizada a partir de textos oficiais enviados à Assembleia Legis-
lativa desde 1980, Diários Oficiais, Relatórios de Gestão dos anos 
1992 a 2002, Decretos, Resoluções, Leis, Convênios assinados, 
projetos, programas e propostas dos governos: Pedro Pedrossian 
(1991/1994), Wilson Barbosa Martins (1995/1998) e José Orcírio 
Miranda (1999/2002). Foram realizadas nove entrevistas semi-es-
truturadas, gravadas em fita cassete, com representantes da socie-
dade política e sociedade civil. As categorias selecionadas foram: 
a de totalidade,a qual nos indica que a descentralização, por meio 
da municipalização precisa ser analisada numa perspectiva de re-
lacionamento e multicausalidade, com destaque para o modo de 
produção da vida material; a de mediação indica que as relações 
no processo de municipalização da educação se estabelecem reci-
procamente e não podem ser compreendidas por si mesmo, numa 
única direção determinista.
Palavras-chave: Municipalização. Descentralização. Política 
pública. Gestão da Educação.
17
e) Lista de ilustrações: relação	de	tabelas,	gráficos,	fórmu-
las,	 lâminas,	 figuras	 (desenhos,	 gravuras,	mapas,	 foto-
grafias,	esquemas,	fluxogramas,	quadros	etc),	na	mesma
ordem em que são citadas no TCC, com indicação da
página,	onde	estão	localizadas.
Lista de tabelas: elaborado de acordo com a ordem 
apresentada	no	texto,	com	cada	item	designado	por	seu	
nome	e	acompanhado	da	página.
f) Listas de abreviaturas e siglas: relações alfabéticas das
abreviaturas e siglas, utilizadas na publicação, seguidas
das	palavras	a	que	correspondem,	escritas	por	extenso.
g) Lista de símbolos: deve ser elaborado de acordo com a
ordem	que	aparece	no	texto.
h) Sumário: as divisões do trabalho, os capítulos e seções
com	 a	 indicação	 das	 páginas.	Não	 se	 deve	 confundir
com índice, para designar esta parte.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
QUADRO 1.1 - Estrutura de Financiamento da Educação por 
Unidade da Federação...............................................................41
QUADRO 1.2 - Recursos públicos para financiar a Educação 
no projeto original.....................................................................48
QUADRO 1.3 - Organização do Sistema Municipal de 
Educação – LDB 9394/96..........................................................52
19
LISTA DE TABELAS
TABELA 3.4 – EVOLUÇÃO DE MATRÍCULAS DA REDE 
ESTADUAL.............................................................................116
TABELA 3.5 – EVOLUÇÃO DAS MATRÍCULAS DO 
ENSINO FUNDAMENTAL.................................................. 216
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LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ADCT – Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
APM – Associação de Pais e Mestres
BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento
BM – Banco Mundial
BIRD - Banco Internacional para a Reconstrução e o 
Desenvolvimento
CENESP - Centro Nacional de Educação Especial 
CF – Constituição Federal
COAGRI - Coordenação Nacional de Ensino Agropecuário
DF – Distrito Federal
DIPLAN – Diretoria de Planejamento
FETEMS – Federação dos Trabalhadores em Educação do 
Estado de Mato Grosso do Sul.
FMI – Fundo Mundial de Investimentos
FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional
FPE – Fundo de Participação dos Estados
FPM – Fundo de Participação do Município
FUMPE - Fundo de Manutenção de Prédios Escolares
FUNDEF - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 
Fundamental e Valorização do Magistério.
21
LISTAS DE SÍMBOLOS
% - Porcentagem 
@ - Arroba 
R$ - Real
22
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. MUNICIPALIZAÇÃO NO ESTADO
BRASILEIRO.......................................................................... 22
2.1. ESTADO E A 
MUNICIPALIZAÇÃO..............................................................23
2.2. MUNICIPALIZAÇÃO NO BRASIL APÓS A DÉCADA 
DE 1980.................................................................................... 29
2.2.1. MUNICIPALIZAÇÂO E A CONSTITUIÇÂO FEDERAL 
DE 1988.................................................................................... 34
3. MUNICIPALIZAÇÃO NO ESTADO DE MATO GROSSO
DO SUL.................................................................................... 56
3.1. GESTÃO DE HARRY AMORIM COSTA E A 
MUNICIPALIZAÇÃO............................................................. 57
3.2. GESTÃO DE MARCELO MIRANDA SOARES ............64
3.2.1.MUNICIPALIZAÇÂO NO MARCELO MIRANDA 
SOARES ...................................................................................70
REFERÊNCIAS........................................................................81
ANEXOS...................................................................................82
23
1.5. TEXTUAIS
A	organização	do	texto	dos	trabalhos	científicos	deve	
obedecer	à	sequência:	Introdução, Desenvolvimento, 
que se dividindo em seções e subseções, conforme a 
natureza do assunto, e Conclusão.
a) Introdução: conforme ABNT/NBR 14724 – 4.2.1:
Parte	 inicial	do	texto,	onde	devem	constar	a	delimita-
ção do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros
elementos	necessários	para	situar	o	tema	do	trabalho.
b) Desenvolvimento: de acordo com ABNT/NBR 14724
- 4.2.2:	Parte	principal	do	texto,	que	contém	a	exposição
ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em
seções e subseções, que variam em função da aborda-
gem do tema e do método.
c) Conclusão: conforme ABNT/NBR 14724 – 4.2.3.
Conclusão:	parte	final	do	texto,	na	qual	se	apresentam
conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóte-
ses. NOTA: é opcional apresentar os desdobramentos
relativos	à	 importância,	síntese,	projeção,	 repercussão,
encaminhamento e outros.
24
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem como objeto de investigação ...
Parte-se do pressuposto que ...
O processo de municipalização do Estado de Mato Grosso do 
Sul, originou-se ...
Centralização dos programas educacionais nos últimos anos 
ganhou mais destaque por sua relevância como política 
educacional...
A elaboração desta pesquisa justifica-se em razão ...
Elegeu-se como objetivo geral ...
A pesquisa documental foi realizada a partir de textos oficiais 
...
Foram realizadas nove entrevistas semi-estruturadas, gravadas 
em fita cassete com representantes da sociedade civil: ...
Para investigar a política de municipalização do ensino 
fundamental do Estado de Mato Grosso do Sul, na etapa 
de fundamentação teórica alguns trabalhos trouxeram sua 
relevância sobre a temática discutida, a exemplo de Rocha 
(1992) que apresenta um estudo sobre a gestão pública no 
Estado de Mato Grosso do Sul, no período de 1979 a 1990, 
Para ordenar esse rol de informações, este trabalho foi 
composto em três seções: na primeira ...
Na segunda seção abordou-se ...
Na terceira e última apresentou-se análise das medidas ...
25
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo teve como objetivo investigar a concretização 
da política de municipalização do ensino fundamental, de 
Mato Grosso do Sul, no período de 1993 a 2002, que está 
associada ao debate sobre as políticas sociais, principalmente 
sobre a Reforma do Estado, alicerçadas nas orientações do 
MARE (1995) que conduziu as políticas sociais, alicerçadas 
em três pilares: focalização; privatização e descentralização, 
determinando mecanismos de negociação nos campos político-
institucional e econômico-financeiro,
De fato, a análise da municipalização no período 
estabelecido demonstrou pelos documentos produzidos pela 
Secretaria de Estado de Educação e pela fala dos atores 
envolvidos neste processo, que esta política caminhou 
muito mais na direção da linha historicamente construída do 
descompromisso e a desresponsabilização e não na realização 
de um processo de democratização.
Na prática, verificou-se que o processo de endividamento 
do Estado de Mato Grosso do Sul, já estava em andamento 
desde a sua criação e a falta de recursos para a área da 
Educação, foi decisivo para ...
Dos nove entrevistados, sete acreditam que ...
Na época em que foi dada a largada para a municipalização 
do ensino fundamental, em 1993, a realidade educacional era 
outra: ...
26
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Qual a sua compreensão sobre o seguinte trecho do
texto:	 “O	 aluno	deverá	 inteirar-se	 da	 formatação	 exi-
gida pela sua insituição tomando como base este mo-
delo	para	observar	se	existem	elementos	a	serem	mo-
dificados	ou	não.	Estudar	também	as	normas	vigentes
da ABNT, considerando as constantes mudanças nessa
padronização”.
2. Comente	sobre	a	diferença	entre	Apêndice	e	Anexos.
3. Esclareça	os	elementos	que	compõem	a	parte	textu-
al	da	monografia.
27
28
ORIENTAÇÃO 
AO TCC
(TRABALHO DE CONCLUSÃO

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