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ATUAÇÃO DA 
FISIOTERAPIA NA 
SÍNDROME DO TUNEL DO 
CARPO:
REVISÃO SISTEMÁTICA
ALBA GOMES DE S. SILVA
RA D1324F5 
Orientador: Fábio A.C. Pastor
DEFINIÇÃO DA SÍNDROME DO TÚNEL 
DO CARPO 
A síndrome do túnel do carpo (STC), descrita pela primeira vez por Sir
James Paget em 1854, constitui a neuropatia compressiva periférica mais
comum. Compreende sinais e sintomas causados pela compressão do nervo
mediano ao nível do canal do carpo. É causada por um desequilíbrio entre o
conteúdo e o continente desse canal e comporta tratamento conservador ou
cirúrgico. O túnel do carpo é um espaço osteoligamentar delimitado dorsal e
lateralmente pelos ossos do carpo e, ventralmente, pelo espesso ligamento
transverso do carpo. Pelo seu interior passam os tendões dos flexores
superficiais e profundos dos dedos, o tendão flexor longo do polegar e o nervo
mediano. O valor de pressão normal dentro do espaço carpal, na posição de
repouso do punho, é de aproximadamente 13 mmHg, enquanto indivíduos com
STC possuem valores de pressão em torno de 26mmHg, podendo chegar a 30
mmHg durante a noite. Nas posições de flexão e extensão máxima de punho os
valores de pressão podem chegar a 90 mmHg2,10 .
OS SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS DA 
STC
Dor, hipoestesia e parestesia no território de sensibilidade do nervo mediano 
(particularmente no polegar, dedo indicador e médio e face radial do dedo anular), 
com piora noturna dos sintomas. Caracteristicamente, os sintomas de parestesia e 
dor noturna acordam o paciente durante o sono e melhoram com uso de tala para 
imobilização do punho e com movimentos da mão e do punho. A dor pode ter 
irradiação proximal para o braço e ombro. O paciente pode referir diminuição de 
força de preensão e, em estágios mais avançados, pode-se observar hipotrofia da 
musculatura tenar. Além da fraqueza muscular da pinça do polegar e indicador. 
Atrofia tenar é um sinal tardio e representa perda funcional significativa da função 
manual. Muitos estudos relatam que a caracterização da STC se dá através de um 
complexo sintomático, ou seja, a presença dos sintomas relatados acima 
isoladamente não são suficientes para definição do diagnóstico da STC. É digno de 
registro a insignificância estatística de dor como sintoma isolado da STC (em 
apenas 1,5% dos casos).
A ETIOLOGIA DA STC
É desconhecida e ocorre, geralmente, em trabalhadores que desempenham
tarefas que envolvem movimentos repetitivos das mãos, tais como digitação,
operação em máquinas e linha de montagem. O estresse
ergonômico e fatores psicossociais também favorecem o desenvolvimento
dessa síndrome. Tenossinovites, gravidez, hipotireoidismo, pós-trauma como
fratura de Colles e doenças sistêmicas, como artrite reumatóide, lúpus e
diabetes mellitus, também estão relacionados com as causas desse mal. O
comprometimento de estruturas nobres na região do punho, entre as quais o
nervo mediano, é considerado uma das causas mais
frequentes de quadros dolorosos e das alterações
sensitivas na região das mãos, especialmente nas extremidades. A evolução
dos sinais e sintomas dessa síndrome não apresenta um curso previsto, haja
vista que alguns indivíduos apresentam uma progressão na alteração da função
do punho e da mão, enquanto outros
desenvolvem períodos assintomáticos, com picos de alteração da função e
variação dos sintomas.
Territórios de inervação do nervo 
mediano na mão
O território sensitivo do nervo mediano ocupa a face palmar de três dedos radiais e 
a metade radial do dedo anular. Na face dorsal, ele compreende as duas últimas 
falanges dos três primeiros dedos e a metade radial do quarto. Quanto mais 
proximal o ramo cutâneo palmar acima do ligamento anterior, mais explicada é a 
falta de participação na sintomatologia da zona tenariana. Sobre o plano motor, o 
nervo mediano inerva classicamente os músculos de oposição (abdutor curto do 
polegar, oponente do polegar e feixe superficial do flexor curto do polegar) e os dois 
primeiros músculos lumbricais.
Exame eletroneuromiográfico
(ENMG)
A ENMG compreende uma etapa de estímulo e uma etapa de detecção. Ele é 
bilateral. A etapa estímulo-detecção permite estudar a condução nervosa 
sensitiva e motora do nervo mediano e destaca o abrandamento eletivo na 
passagem do túnel do carpo. Ela permite igualmente a análise da amplitude e 
da duração das respostas motoras e sensitivas. Essa exploração é completada 
por uma medida da condução nervosa do nervo ulnar homolateral e por 
estudos do lado contralateral.
A abordagem clínica em paciente com acroparestesia da mão inclui cinco etapas:
Discutir o diagnóstico no interrogatório, nos testes provocativos, na análise de
eventuais patologias associadas e diagnóstica diferencial;
Determinar a etiologia;
Avaliar a gravidade da compressão por análise da sensibilidade discriminativa no
teste de Weber e da força dos músculos tenarianos inervados pelo nervo
mediano;
Julgar a oportunidade de fazer exames complementares, em primeiro lugar o
exame eletroneuromiográfico (ENMG);
Propor o tratamento adaptado ao estado de gravidade, à etiologia, ao local e ao
contexto de atividade. Em primeiro lugar, não há padrão-ouro para o diagnóstico
positivo da STC.
Diagnóstico
Fisiopatologia
Anomalias nervosas ultraestruturais e correlações clínicas
Do ponto de vista fisiopatológico, uma síndrome compressiva combina fenômenos
de compressão e tensão. Anatomicamente, existem dois locais de compressão do
nervo mediano: um no nível do limite proximal do túnel do carpo, ocasionado pela
flexão do punho por causa da alteração na espessura, na rigidez da fáscia
antebraquial e na porção proximal do RF; e o segundo no nível da porção mais
estreita, próximo do hâmulo do hamato.
UMPHRED DA. Além do sistema nervoso central: Síndrome de encarceramento
neurovascular. Em: STOCKERT BW, KENNY L, EDGE LOW PI. Reabilitação
Neurológica. 5 ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2009. p. 403.
CHAMMAS M, BORETTO J, BURMANN LM et al. Síndrome do túnel do carpo–
Parte I (anatomia, fisiologia, etiologia e diagnóstico). Revista Bras Ortop. Porto
Alegre, RS, v. 49, n.5, p. 430- 434, 2014.
A Síndrome do Túnel do Carpo (STC) é a mais frequente das síndromes 
compressivas e é definida pela compressão ou tração do nervo mediano (NM) 
ao nível do punho. Diante disso, um aumento na pressão dentro do túnel do 
carpo pode ocorrer por diversos motivos, como por exemplo a inflamação, 
espessamento dos tendões ou edema. O fluxo sanguíneo venoso estará 
prejudicado e a incapacidade do sangue de agir se desenvolverá, pois, a 
pressão dentro do túnel estará aumentada.
AURICH FL de O. Avaliação pré e pós-operatória dos pacientes com
síndrome do túnel do carpo submetidos a tratamento cirúrgico. 2012. 23 f.
Monografia (Residência Médica) – Comissão de Residência Médica do
HSPM, São Paulo, 2012.
A compreensão do nervo mediano na região do punho é o local mais comum a 
ser acometido, essa nomenclatura foi dita de forma original pelo cirurgião e 
fisiologista britânico Sir James Paget, em 1854, e em seguida depois de oito 
décadas, o seu conceito foi melhorado pelo Moersch, tendo como principal 
patologia as neuropatias periféricas compressivas dos membros superiores
•
Sabe-se que a STC possui uma grande incidência nos profissionais que 
utilizam movimentos repetitivos do punho, onde dentro da região do 
carpo existe uma pressão para facilitar a execução dos movimentos, 
sendo a pressão normal dos tecidos nesta região é de 25 mmHg, com a 
pressão máxima de 32 mmHg na flexão e 90 mmHg na extensão do 
punho
AGUIAR ROC. Diagnóstico ultrassonográfico da síndrome do túnel do
carpo. Radiol Bras.Curitiba, PR, v. 48, n. 6, p. I X, 2015.
HOLANDA LF de, HOLANDA RR, FILHO AP da S et al. Técnica de
microincisão na cirurgia do túnel do carpo. Arq Bras Neurocir, Campina
Grande, PB, v. 28, n. 4, p. 146, 2009.
A compressão nervosa, a ocorrência de restrição no deslizamento dos nervos
periféricos tem sido consideradacomo fator contribuinte na fisiopatologia. Esses
fatores juntos na fisiopatologia da síndrome, apesar de não haver concordância,
destacam-se: sexo feminino, obesidade, índice de massa corporal alto, idade acima
de 30 anos, atividade motora repetitiva e algumas doenças sistêmicas.
Na fisiopatologia dessa patologia, ocorrem fenômenos que podem acarretar 
problemas na microcirculação sanguínea intraneural, lesões da bainha de 
mielina e o nível axonal e alterações no tecido conjuntivo. Sendo 
considerados fenômenos de compressão e tensão. Como diagnóstico da 
STC tem o exame de eletromiografia que ajudará na descoberta da 
mesma.
OLIVEIRA DE T.J. Síndrome do Túnel do Carpo Controvérsias a Respeito
de Diagnóstico Clínico e Eletrofisiológico e a Relação Como Trabalho.
Belo Horizonte - MG, Rev. Arq Neuropsiquiatr; 58 (4): 11 42 - 1148, 2000.
FUKUSHIMA WY, RUGGIERO GM, CHO AB et al. Síndrome do túnel
carpal: resultados do tratamento cirúrgico com a técnica de mini-
incisão. Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde. Santo André, SP,
v. 35, n. 1, p. 29, 2009.
Suas principais manifestações clínicas são dor, parestesia, dormência, perda de 
força e formigamento das mãos. No início, a sintomatologia é leve, sendo que com 
o tempo, ocorre piora do quadro, com uma diminuição da sensibilidade e da força 
muscular, atrofia e o despertar noturno
A atuação da fisioterapia na STC deve ser direcionada tanto para a prevenção 
quanto para a intervenção na doença, através de recursos e técnicas (laser, 
ultrassom, alongamentos, cinesioterapia, acupuntura, órteses) de acordo com 
os meios físicos utilizados, dispondo também da aplicação da ergonomia e 
ginástica laboral quando são aplicados exercícios físicos associados a 
correções ergonômicas nos postos de trabalho como médicos preventivos.
DAVID, D.R.; OLIVEIRA, D. A. A. P.; OLIVEIRA, R. F. Atuação da
fisioterapia na síndrome do túnel do carpo-estudo de caso.
Conscientia e saúde, 2009; 8(2): 295-299.
GONÇALVES, M. F. S.; GUIMARÃES, H. S.; OLIVEIRA, T.
V. C.. Intervenção fisioterapêutica na síndrome do
Túnel do carpo: um estudo de caso. Scire Salutis,
Aquidabã, v.2, n.1, p.10‐15, 2012.
Em relação ao tratamento, há duas opções: o tratamento conservador ou o 
cirúrgico. Porém, inicialmente o tratamento deve ser conservador, devendo ser 
prescrita fisioterapia para todos os pacientes com STC como primeira alternativa 
terapêutica para reduzir consideravelmente a sintomatologia. Mas em alguns casos, 
quando o paciente não responde ao tratamento conservador, a cirurgia é 
recomendada.
Como outra forma de tratamento desta patologia destacamos a mobilização
neural que por sinal ajudará a descomprimir o nervo, fazendo com que o paciente
tenha um relaxamento das estruturas acometidas, aliviando assim as dores e
parestesias. A técnica de mobilização neural por sua vez tem diversas melhorias, e
seus objetivos são de melhorar ou fazer com que volte os movimentos do sistema
nervoso, isso beneficiará no retorno das suas funções que estavam fora do normal e a
diminuição dos sintomas descrito no quadro de determinadas patologias ocorridas no
Sistema Nervoso.
VASCONCELOS et al. Avaliação da mobilização neural sobre
o ganho de amplitude de movimento. Rev. Fisioter. Mov.,
Curitiba, v. 24, n. 4, p. 665 - 672,2011.
CONCLUSÃO
.
A fisioterapia tem uma grande importância na prevenção, no tratamento e na
reabilitação funciona l dos indivíduos acometidos pela STC . O tratamento multidisciplinar é
muito importante p ara amenizar possíveis complicações, pois objetiva o retor no dos pacientes
às suas AV D’s ( Atividades de Vida Diária) e melhorar a qualidade de vida.
Diante d isso, esta revisão sistemática objetivou buscar na literatura científica o
tratamento fisioterapêutico de pacientes com STC , visando identificar melhores condutas
empregadas e através disso foi feito um material educativo sobre como a Fisioterapia pode
prevenir e tratar a Síndrome do Túnel do Carpo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
❑ UMPHRED DA. Além do sistema nervoso central: Síndrome de encarceramento neurovascular. Em: STOCKERT BW, KENNY L, EDGE LOW PI. Reabilitação Neurológica. 5 ed.
Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2009. p. 403.
❑ CHAMMAS M, BORETTO J, BURMANN LM et al. Síndrome do túnel do carpo–Parte I (anatomia, fisiologia, etiologia e diagnóstico). Revista Bras Ortop. Porto Alegre, RS,
v. 49, n.5, p. 430- 434, 2014.
❑ AURICH FL de O. Avaliação pré e pós-operatória dos pacientes com síndrome do túnel do carpo submetidos a tratamento cirúrgico. 2012. 23 f. Monografia (Residência
Médica) – Comissão de Residência Médica do HSPM, São Paulo, 2012.
❑ AGUIAR ROC. Diagnóstico ultrassonográfico da síndrome do túnel do carpo. Radiol Bras.Curitiba, PR, v. 48, n. 6, p. I X, 2015.
❑ HOLANDA LF de, HOLANDA RR, FILHO AP da S et al. Técnica de microincisão na cirurgia do túnel do carpo. Arq Bras Neurocir, Campina Grande, PB, v. 28, n. 4, p.
146, 2009.
❑ OLIVEIRA DE T.J. Síndrome do Túnel do Carpo Controvérsias a Respeito de Diagnóstico Clínico e Eletrofisiológico e a Relação Como Trabalho. Belo Horizonte - MG,
Rev. Arq Neuropsiquiatr; 58 (4): 11 42 - 1148, 2000.
❑ FUKUSHIMA WY, RUGGIERO GM, CHO AB et al. Síndrome do túnel carpal: resultados do tratamento cirúrgico com a técnica de mini- incisão. Arquivos Brasileiros de
Ciências da Saúde. Santo André, SP, v. 35, n. 1, p. 29, 2009.
❑ DAVID, D.R.; OLIVEIRA, D. A. A. P.; OLIVEIRA, R. F. Atuação da fisioterapia na síndrome do túnel do carpo-estudo de caso. Conscientia e saúde, 2009; 8(2): 295-299.
❑ GONÇALVES, M. F. S.; GUIMARÃES, H. S.; OLIVEIRA, T. V. C.. Intervenção fisioterapêutica na síndrome do Túnel do carpo: um estudo de caso. Scire Salutis,
Aquidabã, v.2, n.1, p.10‐15, 2012.
❑ VASCONCELOS et al. Avaliação da mobilização neural sobre o ganho de amplitude de movimento. Rev. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 24, n. 4, p. 665 - 672,2011.