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GUYON, STC

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GRUPO CAELIS 
FACULDADE SANTO ANTÔNIO 
BACHARELADO EM FISIOTERAPIA 
 
 
JOSELAINE DO VALE 
MICAELI RAMOS PEREIRA 
NÚBIA DOS SANTOS SENA 
SHIRLEY LAIANE NASCIMENTO 
 
 
 
 
SÍNDROMES COMPARTIMENTAIS 
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO 
SÍNDROME DO CANAL DE GUYON 
SÍNDROME DE DEQUERVAIN 
 
 
 
 
 
Alagoinhas 
2020 
 
JOSELAINE DO VALE 
MICAELI RAMOS PEREIRA 
NÚBIA DOS SANTOS SENA 
SHIRLEY LAIANE NASCIMENTO 
 
 
 
 
SÍNDROMES COMPARTIMENTAIS 
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO 
SÍNDROME DO CANAL DE GUYON 
SÍNDROME DE DEQUERVAIN 
 
 
Relatório apresentado à Instituição de en-
sino Superior Faculdade Santo Antônio aprovado 
como requisito parcial à disciplina de Fisioterapia 
Aplicada à Ortopedia e Traumatologia, ministrada 
pela Prof. Me. Adriana Varjão, para obtenção de 
Bacharelado em Fisioterapia. Tal escrito tem o 
intuito de concentrar informações a respeito das 
Síndromes compartimentais, Síndrome do Túnel do 
Carpo, Canal de Guyon e Dequervain. 
 
 
 
 
 
 
Alagoinhas 
2020 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO............................................................................................................................ 3 
SÍNDROMES COMPARTIMENTAIS .......................................................................................... 4 
DEFINIÇÃO ................................................................................................................................ 4 
ETIOLOGIA ................................................................................................................................ 5 
CAUSAS ..................................................................................................................................... 5 
DIAGNOSTICO........................................................................................................................... 6 
TRATAMENTOS ........................................................................................................................ 6 
ANATOMIA DO PUNHO E DA MÃO .......................................................................................... 9 
NEUROPATIA DO CANAL DE GUYON .................................................................................. 11 
ANATOMIA ............................................................................................................................... 11 
CONCEITO ............................................................................................................................... 13 
SINTOMAS ............................................................................................................................... 14 
MECANISMOS DE LESÃO ...................................................................................................... 16 
DIAGNÓSTICO/TESTES ......................................................................................................... 17 
TRATAMENTO ......................................................................................................................... 18 
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO ....................................................................................... 21 
ANATOMIA ............................................................................................................................... 21 
CONCEITO ............................................................................................................................... 22 
SINTOMAS ............................................................................................................................... 25 
DIAGNÓSTICO/TESTES ......................................................................................................... 25 
TRATAMENTO ......................................................................................................................... 27 
TENOSSINOVITE DE DE QUERVAIN .................................................................................... 29 
ANATOMIA – CONCEITO ........................................................................................................ 29 
SINTOMAS ............................................................................................................................... 30 
CAUSAS ................................................................................................................................... 30 
DIAGNOSTICO/TESTE ............................................................................................................ 31 
TRATAMENTO ......................................................................................................................... 32 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 36 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 37 
3 
 
INTRODUÇÃO 
Silva e Mejia (2015) trazem que uma das principais funções do sistema nervoso 
periférico é de conduzir impulsos nervosos aos músculos e desta forma realizar 
contrações musculares que permitem as pessoas realizarem movimentos, outra 
função é de receber informações sensitivas do corpo e do ambiente externo, ou 
informar ao sistema nervoso central a presença de alguma lesão seja mecânica, por 
temperatura ou pressão. 
As neuropatias compressivas são as principais causadoras de dores agudas 
e crônicas, o nervo ulnar está situado no membro superior que é acometido 
por este processo de compressão causando desconforto, dores, 
deformações e paralisias nos membros afetados. (SILVA e MEJIA, 2015) 
O presente escrito objetiva analisar as patologias compressivas Síndromes doi 
Túnel do Carpo e do Canal de Guyon, a tenossinovite de Dequervain e as Síndromes 
compartimentais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
SÍNDROMES COMPARTIMENTAIS 
DEFINIÇÃO 
Volkmann (1981) apud. Costa et al (2019), define que Síndrome 
compartimental (SC) é qualquer elevação na pressão intersticial dentro do 
compartimento ósseo- facial. 
Há 2 tipos principais de SC: SC muscular, que ocorre dentro do 
compartimento miofascial; e SC abdominal, observada no interior do 
compartimento da cavidade abdominal, é uma evolução grave do aumento 
na pressão nesse compartimento abdominal porem existe outros tipos de SC. 
A SC muscular pode ser classificada em aguda ou crônica, de acordo com o 
tempo de evolução (BAUMFELD D, et al., 2017) Apud. Costa et al (2019) 
Norberto Canha (1989) apud. Canha e Marques (2016), diz que a síndrome 
compartimental aguda ou locas (SCA) é a falência da circulação intersticial por conflito 
de espaço. 
A síndrome compartimental crônica surge, habitualmente no membro inferior 
(perna), em atletas de alta competição, caracterizada por dor constante, bilateral, no 
decurso do exercício físico. (Canha e Marques, 2016). 
Donaldson (2014) Apud. Canha e Marques (2016) relata que suas 
consequências são diversas, cursando desde a perda da função de um membro, 
amputação e óbito. Os atletas constituem a porção da população com maior incidência 
dessa patologia, sendo as mulheres dez vezes mais afetadas que os homens. 
Lawendy et al. (2016), Apud. Costa et al (2019) traz que a elevação da pressão 
dentro de um compartimento osteomuscular ou abdominal fechado gera o 
comprometimento microvascular e pode evoluir com hipóxia e necrose tecidual. 
Assim, apesar de tratar-se de um processo local, pode também gerar consequências 
sistêmicas, como por exemplo, hipovolemia, rabdomiólise, desequilíbrio hidroelétrico 
e ácido- básico, falecia renal e morte. 
 
5 
 
 
Disponível em:<<https//m.facebook.com/pg/ligalicase/posts>> 
Figura 1 
ETIOLOGIA 
Uma miríade de situações pode estar na origem de uma SCA. Lesões de alta 
energia cinética (fratura dos ossos da perna e do antebraço), lesões com 
esmagamento dos tecidos, lesões triviais com ou sem fraturas ou em cirurgias 
ortopédicaseletiva das extremidades. (CANHA e MARQUES, 2016) 
CAUSAS 
1. Diminuição do tamanho do compartimento 
Imobilização (gessos) apertados, ex: contractura isquêmica de Volkmann 
Pressão externa localizada 
Encerramento total das fáscias em cirurgia de fratura óssea (iatrogênico) 
2. Aumento do conteúdo no compartimento 
2.1 Hemorragia 
Lesão vascular grave (rotura) 
Alteração da coagulação 
2.2 aumento da permeabilidade capilar 
Traumatismos 
Edema pós-isquemia 
Queimaduras 
Administração de drogas intra-arteriais 
Cirurgia ortopédicas 
Esforço e exercício (síndrome compartimental crônica) 
3. Aumento da pressão capilar 
3.1 Exercício 
3.2 Obstrução venosa 
3.3 Imobilização dos membros 
6 
 
3.4 Hipertrofia muscular (SC) 
3.5 Infiltração de infusões 
3.6 Síndrome nefrótica 
DIAGNOSTICO 
“O diagnostico tem como suporte a clínica, e o valor da pressão 
intracompartimental ou ambas”. (Canha e Marques, 2016) 
A clínica com o conjunto de sinais e sintomas apresentados, constitui a 
primeira linha do diagnóstico da síndrome compartimental aguda. E 
importante valorizar o edema, a distensão cutânea, as alterações da 
coloração cutânea, a palidez e o aumento da tensão e consistência do 
compartimento envolvido. Apreciar também a diminuição de força muscular, 
da capacidade motora, a presença de dor ao movimento passivo no musculo 
envolvido, bem como a dor desproporcionada, não expectável. (CANHA e 
MARQUES,2016) 
“As parestesias, como sensação de demência e formigamento, são sintomas 
precoces numa SCA. Notar que, após várias horas de isquemia nervosa, os nervos 
perdem a função e a dor pode estar ausente”. (Canha e Marques, 2016) 
Nos doentes inconscientes, sob o efeito de substância psicotrópicas ou 
intoxicados, é primordial a monitorização da pressão intracompartimental. 
Uma pressão de perfusão menor do que 30 mmHg durante 2 horas, tem uma 
sensibilidade de 93% como valor preditivo do diagnóstico da SCA. Assim, em 
termos de pratica cirúrgica, se a pressão intracompartimental for 30 mmHg 
superior a pressão diastólica, a fasciotomia descompressiva está indicada. 
(CANHA e MARQUES, 2016) 
TRATAMENTOS 
 O musculo tolera curtos períodos de hipóxia, e após 2 horas inicia-se 
processo progressivo de necrose. Uma inadequada pressão de perfusão 
durante 6-8 horas causa uma necrose muscular extensa. De modo 
semelhante, estruturas nervosas sofrem danos irreversíveis. (CANHA e 
MARQUES, 2016) 
Campos (2018) Costa et al (2019) diz que nesse sentido destaca-se a 
fasciotomia, como método cirúrgico de escolha, que resulta na descompressão dos 
compartimentos musculares. 
 
7 
 
 
Disponível em:<https://fisioterapiaetc.com/sindrome-compartimental>> 
Figura 2 
 O método fasciotomia tradicional apresenta maior chance de infecção e 
longos períodos de processo cicatricial, de modo que o tempo de retorno as 
atividades cotidianas e que exigem maiores esforços é mais prolongado. 
Outros possíveis desfechos decorrentes do método tradicional de fasciotomia 
consistem em hematomas, lesões de nervos e vasos, adesão fascial e 
hemorragia de membro. (COSTA et Al., 2019) 
 
Disponívelem:<https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010236162017000100103&script=sci_arttext&tlng=pt>> 
Figura 3 
 
“Entretanto, há outros procedimentos que podem ser realizados, como 
endoscopia, mais recentemente, visando redução iatrogênicas, procedimentos 
minimamente invasivos”. (Costa et Al, 2019) 
Voleti, et Al. (2015) Costa et al (2019) descreveu a técnica de fascectomia 
endoscópica, que resultou em baixa taxa de complicações e recuperação rápida 
permitindo o retorno de atletas ao esporte em pouco tempo. 
Donaldson (2014) Costa et al (2019) relata que amputação é indicada em casos 
de diagnostico tardio, na qual não há função muscular e há trauma significativo no 
membro, ressaltando a importância da descoberta precoce da patologia. 
Costa et Al. (2019) diz que diversos estudos têm sido realizados na busca por 
minimizar ou melhorar os traumas decorrente da cirurgia, como reduzir o tempo 
cirúrgico ou evitar infecções. As terapeutas não medicamentosas mais eficazes são 
8 
 
aquelas que evidenciam a parada do exercício ou diminuição da intensidade do 
mesmo, no caso de atletas. 
Entretanto, a dor tende a voltar gradualmente ao longo do tempo. Entres os 
estudos realizados, testou-se o uso da fenilefrina e da dobutamina, as quais 
mostraram-se efetivas na elevação da pressão sanguínea quando usadas 
sequencialmente. Outros artigos apontam o tratamento somente com o uso 
de fisioterapia com terapia funcional manual, o qual teve bons resultados. 
(COSTA et Al, 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
ANATOMIA DO PUNHO E DA MÃO 
Cruz (2017) traz que a mão humana está localizada na parte mais distal do 
braço, é formada por 27 ossos, 17 articulações e 19 músculos, isso faz com que ela 
apresente 23 graus de liberdade, sendo cinco movimentos do polegar, quatro para 
cada dedo e dois para a palma da mão. 
Os ossos dão a sustentação e estrutura para o membro. Dos 27 ossos, oito 
estão localizados na região do Carpo, composto pelos ossos Escafoide, 
Semilunar, Piramidal, Pisiforme, Trapézio, Trapezoide, Capitato e Hamato. O 
metacarpo é composto de cinco ossos, um para cada dedo, ligando a região 
da palma da mão com os dedos. São quatorze ossos de Falange, sendo o 
polegar composto por duas falanges (distal e proximal) e os demais dedos 
por três falanges cada um (distal, medial e proximal). Cada dedo recebe um 
nome específico, são eles: polegar (primeiro dedo), indicador (segundo 
dedo), médio (terceiro dedo), anular (quarto dedo) e mínimo (quinto dedo). 
(CRUZ, 2017) 
 
Fonte: (Cruz, 2017) Fonte: (Cruz, 2017) 
Figura 4 – Ossos da mão Figura 5 – Regiões da mão 
 
Cruz (2017) frisa que a classificação dos músculos da mão é de acordo com 
sua localização, divididos em: região palmar lateral (Tênar), região palmar medial 
(Hipotênar) e região palmar média. 
10 
 
 
Fonte: (Cruz, 2017) 
Figura 6 – Músculos da mão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
NEUROPATIA DO CANAL DE GUYON 
ANATOMIA 
Segundo Kisner (2009) Apud. Silva e Mejia (2015) “O Nervo ulnar emerge do 
cordão medial do plexo braquial na borda inferior do músculo peitoral menor e desce 
pelo braço ao longo da face medial do úmero”. O nervo passa posteriormente a 4ª 
articulação do cotovelo no sulco entre o epicôndilo medial do úmero e o olecrano da 
ulna. O sulco é coberto por uma bainha fibrosa que forma o túnel ulnar. 
 
Disponível em: <<http://nervomusculoedor.com.br/nervo Disponível em: <<https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9 
-ulnar-compressao-na-mao-canal-de-guyon-nucg>> GcRojQUt8ghUsL4X5aZlTSl3IiUqczLvtoIqGQ&usqp=CAU>> 
Figura 7 – Trajeto do nervo Ulnar. Figura 8 – Passagem do nervo Ulnar no cotovelo. 
 
“O túnel ulnar descrito pelo urologista francês Guyon em 1861 é um canal 
oblíquo semirrígido, com assoalho ósseo e teto fibroso [...]”. (RUAS et All., 2010) 
Uma vez formado, o nervo desce pelo braço, no qual não inerva nenhum 
músculo, e no cotovelo passa por meio da goteira condilar, atrás do epicôndilo 
medial do olécrano. Após emergir desta goteira penetra entre as duas 
cabeças do músculo flexor ulnar do carpo (túnel cubital), cujo assoalho é 
formado pelo ligamento medial da articulação do cotovelo e a porção superior, 
pela densa aponeurose que conecta ambas a cabeça umeral e ulnar, do 
músculo flexor ulnar do carpo. O tronco principal do nervo ulnar atinge a 
região do punho, na qual passa por meio do canal de Guyon [...]. (FERREIRA, 
2001 Apud. SILVA e MEJIA (2015) 
Cambier (2005) Apud. Silva e Mejia (2015) afirma que o nervo ulnar é respon-
sável pela preensão do punho e assegura os movimentos de lateralidade dos dedos, 
e seu território cutâneo corresponde à parte interna da mão (face palmar e dorsal). 
12 
 
 “O nervo ulnar temorigem nas raízes nervosas de C8 e T1 e é o ramo mais 
espesso do fascículo medial do plexo braquial. Cerca de 6 a 8cm proximal ao punho, 
lança um ramo cutâneo dorsal para a mão”. (Ruas et All., 2010) 
Segundo Taylor Apud. Severo et All. (2003), “o nervo ulnar atravessa o retiná-
culo dos flexores e o canal de Guyon, local de possíveis compressões”. 
O nervo passa no lado medial do osso pisiforme e lateralmente ao gancho do 
hamato. Essas estruturas formam as paredes do canal de Guyon. O seu teto 
é formado pelo ligamento pisohamato e o músculo palmar curto. O nervo é 
acompanhado da artéria ulnar ao penetrar o canal de Guyon. É nesta área 
que o nervo se divide em ramo profundo e superficial. O ramo superficial é 
sensitivo e inerva a borda ulnar e radial do dedo mínimo e a borda ulnar do 
anular. O ramo profundo é puramente motor e inerva o músculo abdutor, opo-
nente e flexor curto do quinto dedo. No segmento proximal da região palmar, 
esse ramo inerva os terceiro e quarto músculos lumbricais e também todos 
os músculos interósseos. A parte terminal inerva o adutor do polegar e a 
cabeça profunda do flexor curto do polegar. Muitas variações anatômicas 
poderão ser encontradas nessa região. (SEVERO et All., 2003) 
 
 
 
Disponível em: << https://www.novafisio.com.br/abordagem-fisio Disponível em: << https://encrypted-tbn0.gstatic.com/ 
terapeutica-na-sindrome-do-canal-de-guyon-estudo-de-revisao/>> images?q=tbn%3AANd9GcR49xWmkQmUBOhJnO_Dv 
 BageNBNXidOx72g8A&usqp=CAU>> 
Figura 9 – Nervo Ulnar no Punho e Mão Figura 10 – Nervo Ulnar na passagem pelo 
 carpo. 
 
Disponível em: <<https://questoesdefisiocomentadas.wordpress.com/tag/anatomia-dos-ossos-do-carpo/>> 
Figura 11 – Nervo Ulnar na passagem pelo carpo. 
13 
 
CONCEITO 
Kisner (2009) Apud. Silva e Mejia (2015) traz que os nervos são móveis e ca-
pazes de torção e de distensão considerável por causa de seu arranjo. Contudo são 
suscetíveis a vários tipos de lesões. Silva e Mejia (2015) inferem que “As lesões bio-
mecânicas do sistema nervoso periférico resultam mais comumente de fricção, com-
pressão e distensão”. 
De acordo com Cambier (2005) Apud. Silva e Mejia (2015) as lesões dos tron-
cos nervosos periféricos têm mais comumente origem mecânica, podendo ser 
consequentes a um grande traumatismo: lesões penetrantes, fraturas, luxações, 
agrupam-se aí as paralisias pós-operatórias (com pressão ou estiramento facilitado 
pela anestesia), as paralisias obstétricas, as paralisias devida à ação do gesso, as 
paralisias acidentais durante a injeção de um medicamento. 
Severo et All. (2003) traz que a compressão do nervo ulnar no canal de Guyon 
(CG) foi originalmente descrita por Hunt, em 1908. A partir daí, numerosos fatores têm 
sido citados como possíveis etiologias de compressão do nervo ulnar no canal de 
Guyon. 
A compressão do nervo ulnar é a segunda causa mais frequente de 
neuropatia compressiva. Ocorre no cotovelo, na arcada de Struthers, no 
septo intermuscular, no epicôndilo medial, na cabeça medial do tríceps, no 
túnel cubital com a banda de Osborne e na aponeurose do pronador e 
flexores, arcada do flexor ulnar do carpo, resultando em isquemia e neurite 
crônica. (BATISTA ARAÚJO, PAZ JÚNIOR, 2011) 
Severo et All. (2003) relata que a compressão do nervo ulnar no canal de Guyon 
tem sido associada a diversos fatores, como falso aneurisma da artéria ulnar, artrite 
reumatóide, cistos, calcinose da esclerodermia, lipoma, fraturas dos ossos do carpo, 
anomalias musculares, cisto intraneural, traumas repetidos relacionados à ocupação 
e atividades esportivas e trombose. 
“A sua etiologia inclui anormalidades ósseas, fraturas, tumores, gânglios, 
constrição fascial, subluxação do nervo no epicôndilo medial durante os movimentos 
de flexão do cotovelo e ossificação heterotópica”. (Batista, Araújo, Paz Júnior, 2011) 
Segundo Severo et All. (2003), “a etiologia mais comum dessa síndrome é por 
cisto sinovial”. 
14 
 
Os cistos sinoviais podem ocorrer em qualquer articulação, porém são mais 
frequentes no punho, em sua face dorsal, e podem funcionar como fator compressivo 
em túneis osteofibrosos. (Ruas et All., 2010) 
“Os cistos sinoviais são tumorações de etiologia desconhecida, de localização 
mais comum na face dorsal do punho, e a compressão do nervo ulnar por um cisto é 
evento raro na literatura médica”. (Ruas et All., 2010) 
 
Disponível em: << https://fernandomoya.com.br/blog/>> 
Figura 12 – Cisto Sinovial na face dorsal do punho. 
 
 “A compressão do nervo no canal de Guyon é cinco vezes menos comum do 
que em nível de cotovelo. A revisão da literatura revela que a compressão nervosa no 
canal de Guyon é ocorrência rara”. (SEVERO et All., 2003) 
O nervo ulnar é o segundo nervo mais comprometido em síndromes compres-
sivas do membro superior, e o envolvimento proximal no cotovelo é muito mais co-
mum. (Seguti et All., 2011) 
SINTOMAS 
“Compressão (pressão mantida aplicada externamente em decorrência do 
pinçamento de um osso tumor ou tecido mole e que resulta em lesão mecânica ou 
isquêmica) ”. (Kisner, 2009 Apud. Silva e Mejia (2015) 
Cambier (2005) Apud. Silva e Mejia (2015) afirma que a compressão de um 
nervo provoca em alguns minutos uma interrupção funcional. O problema é revertido 
imediata e completamente pela liberação da compressão. 
15 
 
Segundo Lundy-Ekman (2008) Apud. Silva e Mejia (2015) a compressão focal 
de um nervo ocasiona: diminuição do fluxo sanguíneo e consequente edema na área 
afetada, diminuição da velocidade da condução nervosa e dor. 
A lesão de um nervo periférico pode resultar em comprometimentos motores, 
sensitivos e/ou simpáticos. A dor pode ser um sintoma de tensão ou de 
compressão nervosa, porque o tecido conjuntivo e as estruturas vasculares 
ao redor e dentro dos nervos periféricos são inervados (KISNER, 2009 Apud. 
SILVA e MEJIA 2015). 
O aumento da pressão dentro do canal provoca uma diminuição de velocidade 
de condução do estímulo nervoso, gerando dor, parestesia e fraqueza muscular. 
(Ruas et All., 2010) 
Quando há compressão, a deformação mecânica e a isquemia levam à perda 
das propriedades mecânicas e funcionais das fibras nervosas devido a vários 
mecanismos: obstrução local do movimento, inflamação e fibrosamento, 
proteção reflexa muscular local, excesso de tensão ao longo de um trajeto da 
fibra, além de outros mecanismos ainda não compreendidos. (MARINZECK, 
2007 Apud. SILVA e MEJIA 2015). 
Segundo Lundborg e Dahlin Apud. Severo et All. (2003), a gravidade da 
compressão é determinada pelos fatores de magnitude e duração da compressão, e, 
as consequências da compressão nervosa podem ser desde parestesia até perda 
permanente da sensibilidade, paralisia motora e atrofia muscular. 
O quadro clínico varia de acordo com o tempo de início dos sintomas, a mag-
nitude e o nível de compressão, podendo ocorrer desde dor e parestesia até 
hipotrofia e perda significativa de força muscular, com deformidades impor-
tantes da mão, muitas vezes irreversíveis. Uma delas, a mão em garra, pode 
ocorrer como consequência de compressões nervosas. O punho se fixa em 
flexão palmar, as articulações metacarpofalangeanas em hiperextensão e as 
interfalangeanas em flexão. (RUAS et All., 2010) 
 
Disponóvel em: <<https://questoesdefisiocomentadas.wordpress.com/tag/lesao-em-nervo-ulnar/>> 
Figura 13 – Deformidades na mão e punho de acordo com a lesão nervosa. 
16 
 
MECANISMOS DE LESÃO 
Segundo Kisner (2009) Apud. Silva e Mejia (2015) os locais onde um nervo 
periférico é mais vulnerável a compressão, fricção ou tensão são os túneis (de tecidos 
moles, ósseos ou fibro-ósseos), ramos do sistema nervoso (especialmente se o nervo 
fizer um ângulo abrupto) pontos onde um nervo fica relativamente fixo ao passar perto 
de estruturas rígidas (através de uma proeminência óssea) e em pontos de tensão 
específicos. 
O nervo ulnar pode ser comprimido em alguns trechos do seu trajeto,dentre 
elas o canal cubital, a arcada de Struthers, e o canal de Guyon, sendo esta última de 
ocorrência considerada rara pela literatura. (Ruas et All., 2010) 
Cambier (2005) Apud. Silva e Mejia (2015) afirma que o nervo ulnar pode ser 
lesado em qualquer ponto do seu trajeto, mas está exposto a microtraumas em duas 
regiões: nas proximidades do cotovelo e na palma da mão. 
Shea e McClain, Apud. Severo et All. (2003) relacionaram os achados clínicos 
da compressão distal do nervo ulnar a três distintas zonas anatômicas na região do 
canal de Guyon. O primeiro tipo envolve a compressão das fibras motoras e sensiti-
vas, proximal à bifurcação do nervo; O segundo tipo envolve a ocorrência de lesão 
envolvendo o ramo profundo e resultando em anormalidade motora e sensibilidade 
normal. O terceiro tipo caracteriza pela compressão do ramo superficial, produzindo 
alterações sensitivas sem déficit motor. 
 
Disponível em: <<https://br.pinterest.com/pin/838936236820765450/>> 
Figura 14 – Nervo ulnar no punho e na mão. 
 
Ferreira (2001) Apud. Silva e Mejia (2015) diz que o nervo ulnar pode ser com-
primido no túnel cubital, entre as duas cabeças do flexor ulnar do carpo, na borda de 
17 
 
sua aponeurose (ligamento arqueado ou arco aponeurótico), constituindo a Síndrome 
do túnel cubital. 
Kisner (2009) Apud. Silva e Mejia (2015) afirma que a lesão ou irritação do 
nervo ulnar no canal entre o hámulo do hamato e o pisiforme é decorrente de pressão 
mantida, como ao escrever durante um tempo prolongado ou inclinar-se para frente 
sobre os punhos estendidos (como no ciclismo). Ocorre pelo uso repetitivo da ação 
de garra dos 4º e 5º dedos, como ao tricotar, fazer nós ou usar alicates ou grampea-
dores, ou ainda em decorrência de um trauma, como cair sobre a borda ulnar do pu-
nho. 
DIAGNÓSTICO/TESTES 
O diagnóstico é baseado em uma história detalhada, exame clínico minucioso 
e exames complementares adequados. A eletroneuromiografia é o exame 
neurológico de eleição para localização da compressão. A ultrassonografia e 
a ressonância magnética também auxiliam na localização do cisto. Destaca-
se a importância de um diagnóstico precoce da síndrome compressiva para 
um melhor prognóstico pós-operatório. (RUAS et All., 2010) 
 “O diagnóstico é clínico e complementado pelo exame eletroneuromiográfico”. 
(Batista, Araújo, Paz Júnior, 2011) 
Durante o exame físico é importante testar a sensibilidade do dorso ulnar da 
mão para servir de diagnóstico diferencial das compressões mais altas, já que 
o ramo cutâneo dorsal bifurca-se proximalmente ao canal de Guyon. Como a 
etiologia desta síndrome pode incluir lesão da artéria ulnar, o teste de Allen 
deve ser feito em todos os casos de suspeita clínica desta compressão. A 
ENMG é útil para definir o sítio de compressão e os ramos envolvidos. O 
diagnóstico pode ser complementado por ultra-sonografia ou ressonância 
magnética. (SEVERO et All., 2003) 
 
Disponível em: << https://www.passeidireto.com/arquivo/ Disponível em: << https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn: 
71664682/teste-de-allen>> ANd9GcScFI9Cs_JfsWi6GEwUS7Ctuhy61vhc7csqe7h-GjLodU0clD 
 U&s>> 
Figura 15 – Teste de Allen Figura 16 – Teste de Allen 
 
18 
 
“O diagnóstico diferencial deve ser feito com lesões ósseas, tendinosas, liga-
mentares e vasculares”. (Ruas et All., 2010) 
A compressão do nervo ulnar é o segundo entrapment mais comum da extre-
midade superior; entretanto, a neuropatia aguda do nervo ulnar, localizada 
distalmente, é uma condição pouco comum. A correlação entre achados 
eletrofisiológicos e cirúrgicos de lesão do nervo ulnar no punho não é 
frequente na literatura. (SEGUTI et All., 2011) 
Segundo Magee (2002) Apud. Silva e Mejia (2015), os testes Neurodinâmicos, 
ou teste de tensão neural é também denominado teste de estiramento neural. 
São sequências de movimentos, realizados para avaliar a mecânica e a fisi-
ologia de uma parte do sistema nervoso. Considera-se o teste positivo 
quando houver diminuição da amplitude de movimento ou quando sintomas 
dolorosos e de alongamento profundo forem reproduzidos, quando a resposta 
no lado envolvido variar unilateralmente entre respostas normais, e quando 
houver diferenciação estrutural de uma fonte neurogênica. Sabe-se que nem 
todos os sintomas provocados pelos testes podem ser considerados patoló-
gicos, como o tecido neural também é inervado, o seu estiramento pode cau-
sar dor, sendo, portanto, necessário que se conheça tais respostas e as 
diferenças entre indivíduos sintomáticos e assintomáticos. (SILVA e MEJIA 
2015) 
TRATAMENTO 
 “O tratamento conservador pode ser efetivo, e quando não há melhora clínica 
realiza-se a descompressão do nervo ulnar no canal cubital”. (Batista, Araújo, Paz 
Júnior, 2011) 
 “O tratamento é usualmente cirúrgico, com a descompressão do nervo dentro 
do canal através de acesso volar e exploração cuidadosa”. (Ruas et All., 2010) 
Na descompressão simples o nervo ulnar é de descomprimido no local sem 
mudar seu posicionamento, e na transposição o nervo é liberado e transposto 
anteriormente em posição subcutânea, dentro ou entre os músculos. 
“O tratamento cirúrgico precoce leva a um melhor resultado estético e funcional 
para o paciente”. (Ruas et All., 2010) 
Ruas et All. (2010) traz que a garra ulnar deve ser tratada precocemente com 
o uso de órteses, combinada com movimentação passiva do membro, e devem ser 
utilizadas até a completa recuperação ou até que a expectativa de recuperação seja 
abandonada. 
19 
 
 
Disponível em: <<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162010000600020&lng=pt&nrm=iso>> 
Figura 17 – Órtese utilizada para a mão em garra 
A mobilização neural é um conjunto de técnicas que tem como objetivo impor 
ao sistema nervoso maior tensão, mediante determinadas posturas para que, 
em seguida, sejam aplicados movimentos lentos e rítmicos direcionados aos 
nervos periféricos e à medula espinhal, proporcionando melhora na conduti-
bilidade do impulso nervoso (MACHADO, 2010 Apud. SILVA e MEJIA 2015). 
“A mobilização do sistema nervoso visa devolver a mobilidade do sistema ner-
voso. Deste modo a continuidade do sistema assegura sua capacidade em se mover 
ou de ser influenciado por estruturas circundantes”. (Butler, 2003 Apud. Silva e Mejia 
2015). 
O ULTT3 é um teste de tensão direcionado para o nervo ulnar. Butler (2003) 
Apud. Silva e Mejia (2015) diz que o teste ULTT3 deve ser feito quando houver 
qualquer suspeita de envolvimento de desordem no nervo ulnar. 
O paciente e o terapeuta estão na posição inicial (figura II). O cotovelo do 
paciente está descansado logo abaixo da espinha ilíaca ântero-superior, na 
virilha esquerda do examinador. O punho do paciente fica estendido e o 
antebraço supinado, em seguida o cotovelo é totalmente fletido, a depressão 
do ombro é feita pelo braço direito do examinador empurrando-o para cama, 
seguindo a depressão e então empurrando para cama para bloquear e 
manter a depressão. Nesta posição a rotação lateral de ombro pode ser 
adicionada (figura III), em seguida adiciona-se abdução de ombro 
posicionando a mão do paciente a logo de sua orelha (BUTLER, 2003 Apud. 
SILVA e MEJIA 2015). 
 
Fonte: (Apud. Silva e Mejia, 2015) Fonte: (Apud. Silva e Mejia, 2015) 
Figura 18 – Posição inicial do teste. Figura 19 – Posição Final do teste. 
20 
 
O ULTT 3 é indicado em todas as desordens em que há suspeita de 
envolvimento do nervo ulnar, como no Cotovelo de Golfista, por exemplo. 
 Estabilizar a cintura escapular com depressão do ombro; 
 Abdução do ombro; 
 Extensão do punho e rotação externa do ombro; 
 Flexão do cotovelo; 
 Aumentar abdução do ombro (mão/orelha); 
 Inclinação contralateral da cabeça. 
Butler (2003) Apud. Silva e Mejia (2015), frisam que o tratamento com a técnica 
mobilização neural é diferenciado de acordo com o estado da patologia, podendo esta 
ser irritável (fisiopatológica) ounão-irritável (patomecânico), e mesmo que as duas 
possam estar presentes, há sempre o predomínio de uma, dando prioridade ao trata-
mento. Mobilização Neural 
A mobilização neural é um conjunto de técnicas que tem como objetivo impor 
ao sistema nervoso maior tensão, mediante determinadas posturas para que, 
em seguida, sejam aplicados movimentos lentos e rítmicos direcionados aos 
nervos periféricos e à medula espinhal, proporcionando melhora na conduti-
bilidade do impulso nervoso (MACHADO, 2010 Apud. SILVA e MEJIA 2015). 
“A mobilização do sistema nervoso visa devolver a mobilidade do sistema ner-
voso. Deste modo a continuidade do sistema assegura sua capacidade em se mover 
ou de ser influenciado por estruturas circundantes”. (Butler, 2003 Apud. Silva e Mejia 
2015). 
 “O uso do teste de tensão neural é a parte principal dessa mobilização do sis-
tema nervoso”. (Silva e Mejia, 2015) 
“Seu objetivo é estimular mecanicamente e mover tecidos neurais para avaliar 
a mobilidade e sensibilidade a tensões mecânicas”. (Igarashi, 2011 Apud. Silva e 
Mejia, 2015). 
Os fisioterapeutas devem estar cientes da vulnerabilidade do nervo durante 
os processos de tração. Profissionais da saúde que empregam técnicas de 
ajuste e manipulação precisam estar atentos para evitar causar ou forma 
danos nervosos preexistentes pela aplicação de força excessiva. (SILVA e 
MEJIA, 2015) 
Silva e Mejia (2015) concluem que a técnica de mobilização neural se aplica a 
todas as condições que apresentam um comprometimento mecânico e fisiológico do 
sistema nervoso. Uma avaliação especifica com testes de tensão é necessário para 
verificar a presença de lesões. 
21 
 
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO 
ANATOMIA 
Segundo Chammas et al. (2014), o túnel do carpo é um túnel osteofibroso 
inextensível definido como o espaço situado entre o retináculo dos flexores (RF), que 
constitui o teto, e a caneleta carpiana, o fundo. Ele é delimitado na borda ulnar pelo 
hâmulo do hamato, o piramidal e o pisiforme e na borda radial pelo escafoide, o 
trapézio e o tendão do flexor radial do carpo (FRC). A base é formada pela cápsula e 
os ligamentos radiocárpicos anteriores recobrem as porções subjacentes do 
escafoide, do semilunar, do capitato, do hamato, do trapézio e do trapezoide. 
 
Disponível em: https:<<//images.app.goo.gl/YekzsxHMz5Zikpi97>> 
Figura 20: Passagem do nervo mediano no carpo. 
 
“O nervo mediano é acompanhado pelos quatro tendões dos flexores 
superficiais dos dedos (FSD), os quatro tendões dos flexores profundos dos dedos 
(FPD) e o tendão flexor longo do polegar (FLP). O FLP é o elemento mais radial”. 
(CHAMMAS, et Al. 2014). 
Anatomicamente, existem dois locais de compressão do nervo mediano: um 
no nível do limite proximal do túnel do carpo, ocasionado pela flexão do punho 
por causa da alteração na espessura, na rigidez da fáscia antebraquial e na 
porção proximal do RF; e o segundo no nível da porção mais estreita, próximo 
do hâmulo do hamato. (CHAMMAS, et Al. 2014) 
Chammas et al. (2014) relata que na entrada do túnel, o nervo mediano está 
situado dorsalmente em relação ao palmar longo (PL) ou entre o flexor radial do carpo 
(FRC) e o PL. Em posição neutra do punho, o nervo mediano está em frente ao FSD 
do indicador, entre o FLP e o FSD do indicador ou em frente ao FSD do dedo médio. 
Na parte distal do túnel o nervo mediano se divide em seis ramos: o ramo motor ou 
22 
 
tenar, três nervos digitais palmares próprios (radial e ulnar do polegar e radial do 
indicador) e os nervos digitais palmares comuns do segundo e do terceiro espaços. 
O ramo tenar passa através de um túnel separado antes de entrar nos músculos 
tenares em 56% dos casos. 
O território sensitivo do nervo mediano ocupa a face palmar de três dedos 
radiais e a metade radial do dedo anular. Na face dorsal, ele compreende as 
duas últimas falanges dos três primeiros dedos e a metade radial do quarto. 
Quanto mais proximal o ramo cutâneo palmar acima do ligamento anterior, 
mais explicada é a falta de participação na sintomatologia da zona tenariana. 
Sobre o plano motor, o nervo mediano inerva classicamente os músculos de 
oposição (abdutor curto do polegar, oponente do polegar e feixe superficial 
do flexor curto do polegar) e os dois primeiros músculos lumbricais. 
(CHAMMAS, et al. 2014). 
 
 
 Disponível em:<https://images.app.goo.gl/pxeh6i8S6WH1qfFk9> 
 
 Figura 21: Local de compreensão e área de formigamento ou dormência do nervo mediano. 
 
 “Compressão e tração nervosa podem criar, de maneira sequencial, problemas 
na microcirculação sanguínea intraneural, lesões no nível da bainha de mielina e no 
nível axonal e alterações no tecido conjuntivo de suporte”. (CHAMMAS, et Al. 2014). 
CONCEITO 
“A síndrome do túnel do carpo (STC) é definida pela compressão do nervo 
mediano no punho. É a mais frequente das síndromes compressivas e a causa mais 
frequente é a idiopática”. (CHAMMAS, et Al. 2014). 
Segundo Phalen (1966) e SEVERO et al. (2001), apud Silva et al. (2014), a 
síndrome do túnel do carpo (STC) foi descrita pela primeira vez em 1854 por Paget 
que observou uma doença acometendo o antebraço punho e mão, cursando com 
23 
 
parestesia, dor e incapacidade ao realizar os movimentos anatômicos do segmento 
acometido. 
 A síndrome do túnel do carpo é definida como uma mononeuropatia 
periférica, causada pela compressão do nervo mediano por uma redução do 
espaço no túnel do carpo, gerando hipóxia no tecido nervoso, levando a uma 
injúria neuromuscular e incapacidade laborativa (CAMPOS et. al, 2003; 
PIRES NETO et. al, 2010; BARBOSA et. al 2006, apud SILVA et al. 2014). 
 
 Disponível em: https:<//images.app.goo.gl/2DxXNZ8RgWWaAse88> 
 Figura 22: Compreensão do nervo mediano no túnel do carpo. 
 
 “Ainda não há uma fisiopatologia bem definida na literatura para a síndrome 
do túnel do carpo, porém, alguns autores postularam teorias que juntas definem como 
acontece provavelmente à alteração do nervo mediano”. (KAROLCZAK et al., 2005; 
MACHADO; MARTINS, 2009 apud SILVA, 2014). 
Fallentin et al. (1993) apud Silva et al. (2014) relataram haver uma ligação direta 
com o excesso da dor muscular com uso de fibras musculares de contração lenta, 
com comprometimento na oxigenação, nutrição e formação de energia pelo músculo, 
levando-o a fadiga. 
“Na grande maioria dos casos, a STC é dita idiopática. As STCs secundárias 
podem ser relacionadas a anomalias do continente ou do conteúdo. Além disso, as 
STCs dinâmicas são frequentemente encontradas em patologias laborais”. 
(CHAMMAS, et Al. 2014). 
Síndrome do túnel do carpo idiopática 
Chammas et al. (2014) relata, ocorre mais frequentemente no sexo feminino 
(65% a 80%), entre 40 e 60 anos, 50% a 60% são bilaterais. A característica bilateral 
aumenta com a duração dos sintomas. Está ligada a uma hipertrofia da sinovial dos 
tendões flexores por causa de uma degeneração do tecido conjuntivo com esclerose 
vascular, edema e fragmentação do colágeno. Das metanálises em 2002 26 e em 
24 
 
2008 27 foi demonstrado que sexo, idade e fatores genéticos e antropométricos 
(tamanho do túnel do carpo) representam os fatores de predisposição mais 
importantes. As atividades manuais repetitivas e a exposição a vibrações e ao frio são 
os menos importantes. Outros fatores são a obesidade e o tabagismo. 
Síndrome do túnel do carpo secundário 
Anomalias do continente 
Chammas et al. (2014) segue afirmando que qualquer condição que modifique 
as paredes do túnel do carpo pode causar compressão do nervo mediano. 
 Anomalias da forma ou da posição dos ossos do carpo: luxação ou 
subluxação do carpo; 
 Anomalias da forma da extremidade distal do rádio: fratura (translação 
de mais de 35%) 30 ou consolidação viciosa do rádio distal, material de 
osteossíntese na face anteriordo rádio; 
 Anomalia articular: artrose do punho, artrite inflamatória (por hipertrofia 
sinovial, deformação óssea e/ou encurtamento do carpo) ou infecciosa, 
rizartrose, sinovite vilonodular; 
 Acromegalia. 
 
Anomalias do conteúdo 
 Hipertrofia tenossinovial: 
 Tenossinovite inflamatória: reumatismo inflamatório, lúpus, infecção; 
 Tenossinovite metabólica: diabetes melittus (anomalia do turn over do 
colágeno), amiloidose primária ou secundária (hemodiálise crônica com 
depósito de beta-2-microglobulina) gota, condrocalcinose; 
 Anomalias de distribuição dos fluidos: gravidez, em 0,34% a 25% dos 
casos, sobretudo ao terceiro trimestre, com sinais deficitários frequentes 
em 37% a 85% dos casos, hipotireoidismo, insuficiência renal crônica 
(fístula arteriovenosa). 
 Músculo anormal ou supranumerário: músculo palmar profundo, posição 
intratúnel do corpo muscular do flexor superficial, 46 extensão proximal 
do corpo muscular dos músculos lumbricais; 
25 
 
 Hipertrofia arterial do nervo mediano persistente; 
 Tumor intratúnel: lipoma, sinovial (cisto, sinoviossarcoma), neural 
(Schwannoma, neurofibroma, lipofibroma); 
 Hematoma: hemofilia, acidente anticoagulante, traumatismo; 
 Obesidade. 
SINTOMAS 
Perfeito e Figueiredo (2019) relatam que os sintomas sensitivos e motores são 
observados no seu início, com sensação de parestesia nos dedos e vaga sensação 
de punho dolorido, parestesia nos quatro primeiros dedos e em punho, dor no braço, 
dificuldade em realizar movimentos suaves, hipoestesia no território do NM, 
dormência na distribuição sensorial mediana, principalmente à noite. A evolução da 
síndrome pode levar à atrofia tenar. 
 
DIAGNÓSTICO/TESTES 
“O diagnóstico é clínico e determinado pela história e pelo exame físico que 
inclui os testes de Tinel, Phalen e Durkan”. (FILHO, et al. 2014) 
Filho et al. (2014) aborda que o diagnóstico, apesar de eminentemente clínico, 
com base nos sintomas e na distribuição das alterações sensoriais da mão, pode ser 
feito por meio de métodos neurofisiológicos para avaliação da velocidade de condução 
do nervo mediano. Nos últimos anos, à luz do advento da ultrassonografia de alta 
resolução, tem-se procurado demonstrar a utilidade desse método como auxiliar no 
diagnóstico da síndrome do túnel do carpo, especialmente nos casos em que existem 
sintomas compatíveis na presença de exame físico e eletroneuromiografia normais. 
Em pacientes com STC, a avaliação anatômica do túnel do carpo é a mais 
importante no diagnóstico e no tratamento. Compressão crônica focal do 
nervo mediano pode conduzir a alterações na morfologia e na 
desmielinização, causadas por estresse mecânico, que deformam as bainhas 
de mielina. Isquemia pode ser a causa da parestesia intermitente que 
geralmente ocorre durante a noite ou com a flexão do punho. (FILHO, et al. 
2014). 
As técnicas de imagem ganharam grande importância nas últimas décadas. 
Buchberger et al. foram os primeiros a relatar o uso da ultrassonografia no 
diagnóstico dessa síndrome. Seus achados confirmam os estudos anteriores 
de ressonância magnética. Critérios atuais usados para ressonância 
26 
 
magnética e ultrassonografia são: edema do nervo mediano na entrada do 
túnel carpal e achatamento do nervo mediano, além do arqueamento do 
retináculo flexor na saída do canal do carpo. (FILHO, et al. 2014). 
O nervo mediano está acessível em frente à dobra de flexão do punho e atrás 
do tendão do palmar longo ou no meio do punho. Os testes de provocação são os 
seguintes: 
 O sinal de Tinel, que consiste na percussão leve sobre o punho, transmite uma 
sensação de parestesia na região de distribuição do nervo mediano; 
. O teste de Phalen consiste na flexão completa, não forçada, do punho por 60 
segundos. A posição fletida do punho comprime ainda mais o nervo mediano já 
comprimido na posição neutra, no caso da STC, e transmite sensação parestésica 
também na região do nervo mediano; 
Durkan propôs um novo teste, em 1991, no qual o examinador aplica, com 
ambos os polegares, uma pressão direta sobre a região do carpo por 30 segundos: 
logo os sintomas comuns da STC podem se apresentar ao longo do trajeto do nervo 
mediano. 
 
Disponível em: <https://images.app.goo.gl/FqXVsk78VeDBx6bQ7> <https://images.app.goo.gl/GEhgTeXtVHu5SfTn6> 
Figura 23: Teste do Sinal de Tinel. Figura 24: Teste de Phalen. 
 
 Disponível em: https://images.app.goo.gl/q3HJgy2cQ4S1RQv87 
 Figura 25: Teste de Durkan. 
 
Chammas et al. (2014) relata que graças à análise do horário dos sintomas e 
da pesquisa de sinais neurológicos deficitários podemos classificá-los em estados 
27 
 
precoces, intermediários e avançados. As parestesias ocorrem à noite, de manhã ou 
durante todo o dia. Para a sensibilidade, o teste de Weber, que estuda a discriminação 
pela polpa dos dedos de dois pontos, é muito prático. A partir de uma distância de 6 
mm a sensibilidade é considerada como anormal. Ao nível motor, esse estudo 
compreende a força de oposição do polegar e investigação de uma amiotrofia tenar. 
TRATAMENTO 
Pereira et al. (2005) traz que a escolha do tipo de tratamento a ser empregado 
é influenciada por diversos fatores, entre os quais se destacam: idade, duração dos 
sintomas, ocupação, severidade dos sinais clínicos e eletromiográficos, tratamentos 
prévios e oportunidade para modificação do trabalho. O tratamento não operatório 
pode ser bem sucedido na maioria dos pacientes e deve ser considerado na maior 
parte dos casos crônicos de STC. 
O tratamento inicial deve ser o controle de doenças subjacentes como 
diabetes, hipotireoidismo ou artrite reumatoide. O paciente deve ser educado 
para modificar o modo de utilizar as mãos nas atividades de vida diária, no 
trabalho, em hobbies e atividades esportivas. Outras medidas incluem 
alteração periódica da posição dos membros superiores, diminuição da 
frequência dos movimentos, repouso periódico, utilização de ferramentas 
mais ergonômicas e mudança periódica de atividade. Essas medidas 
associadas à utilização de órtese para o punho proporcionam excelentes 
resultados em compressões leves. Todavia, não apresentam resultados tão 
satisfatórios quando a compressão passa a ser de intensidade moderada a 
severa, devendo essas medidas ser associadas à utilização de alguma 
medicação. (PEREIRA, et al. 2005). 
Pereira et al. (2005) frisa que há inúmeras rotinas de tratamento ainda em 
discussão. As questões que a maioria dos estudos tenta elucidar são: drogas orais, 
ou infiltrações de corticoide? Associar ou não a imobilização com órtese? Em 
praticamente todos os trabalhos, as variáveis foram o tempo de uso, a droga utilizada 
(anti-inflamatórios não-esteroides, corticoide, diurético, vitamina B6), a via de uso (oral 
ou infiltração local, no caso dos corticoides) e o uso concomitante, ou não, da 
imobilização. 
“O primeiro tratamento a ser tentado, em geral, consiste na prescrição de 
drogas anti-inflamatórias não-esteroides (AINE) e/ou corticoides que podem ser 
utilizadas por via oral ou infiltração”. (PEREIRA, et al. 2005). 
Pereira et al. (2005) segue enfatizando que a infiltração local de corticoide é 
uma opção para prevenção das ações sistêmicas do corticoide oral. O corticoide de 
28 
 
escolha é solúvel em água e pode ser combinado com anestésico para reduzir o 
desconforto da injeção. Çeliker e cols. Apud Pereira et al., em estudo comparando o 
uso de AINE adicionado à imobilização da mão e corticoide injetado localmente, 
concluíram que não houve diferença estatística significante entre essas modalidades 
terapêuticas para tratamento da STC. Em outro estudo, a infiltração local de corticoide 
promoveu apenas efeitos transitórios sobre a STC, e apenas 22% dos pacientes 
submetidos a esse método continuaram assintomáticos após 18 meses. 
Pereira et al. (2005) traz que os métodos fisioterapêuticosque incluem ultra-
som, laser, ondas curtas, estimulação elétrica transcutânea (TENS) e cinesioterapia 
são frequentemente utilizados no tratamento da STC. Naeser e cols. apud Pereira, 
num estudo controlado utilizando baixas doses de laser e a TENS, observaram que 
esses métodos proporcionavam uma significativa melhora clínica e 
eletroneuromiográfica em pacientes que apresentavam STC leve a moderada. Outros 
autores relatam o valor da acupuntura no tratamento dessa síndrome. 
“A indicação para o tratamento cirúrgico, para a grande maioria dos autores, 
faz-se necessária apenas nos casos mais severos e/ou que não respondem ao 
tratamento conservador, ou ainda demonstram um baixo índice de melhora clínica”. 
(PEREIRA, et al. 2005). 
Alternativa conservadora que possui diminuição apreciável da sintomatologia 
apresentada, por vezes semelhante ao corticoide, é a utilização de AINE associada à 
imobilização com órtese de punho. Outras terapêuticas adotadas, como o uso de 
diuréticos, ioga, TENS e acupuntura, ainda são alvo de inúmeras críticas em virtude 
da não reprodutibilidade de seus resultados. 
Nos casos moderados ou mesmo nos leves em que esse tratamento não 
tenha surtido efeito, associamos a infiltração de corticoide (1 ampola de 
Diprospan® diluída em 2,0 ml de lidocaína 2%). Somente nos casos em que 
as medidas acima não surtiram efeito ou que já se apresentem como STC 
severa indicamos o tratamento cirúrgico. (PEREIRA, et al. 2005) 
Assim, consideramos que o uso do tratamento conservador deve ser prescrito 
para todos os pacientes com STC como primeira alternativa terapêutica, 
exceto naqueles com lesão sensorial ou motor (casos severos). Esse 
tratamento promove redução considerável da sintomatologia, por vezes 
configurando-se como o único tratamento necessário. (PEREIRA, et al. 2005) 
29 
 
 TENOSSINOVITE DE DE QUERVAIN 
ANATOMIA – CONCEITO 
A tendinite, tenossinovite ou síndrome de De Quervain é uma inflamação que 
afeta os tendões do punho que se dirigem para o polegar, nomeadamente os tendões 
do abdutor longo e extensor curto do polegar, na zona onde atravessam uma bainha 
fibrosa espessa, que constitui o primeiro compartimento extensor do punho (LIMA). 
Responsável pelo movimento de preensão do polegar, provocando dor e inchaço ao 
realizar movimentos de extensão ou abdução. A inflamação local leva ao 
espessamento da bainha tendinosa promovendo a constrição do tendão durante seu 
deslizamento, agravando a sintomatologia do paciente (MEDEIROS et.al., 2016). 
 
Disponível em >> http://neoortopedia.com/2019/05/15/tenossinovite-de-quervain/ << 
Figura 26 – Anatomia do punho 
 
 
Disponível em: >>https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ortopedia/tendinite-de-quervain/ << 
Figura 27 – Inflamação dos tendões 
30 
 
A tenossinovite de De Quervain foi descoberta no final do século XIX, no ano 
de 1895, por um cirurgião suíço chamado Fritz de Quervain, sendo inicialmente 
chamada de tendinite de Quervain Fritz de Quervain descreveu a entorse das 
lavadeiras, em função do desgaste sobre os tendões dos músculos abdutor longo do 
polegar e extensor curto do polegar. Posteriormente, esta doença recebeu o seu 
nome, em sua homenagem (JIMENEZ et.al., 2010). 
SINTOMAS 
O principal sintoma da síndrome de Quervain é dor latejante no pulso do lado 
do polegar que se estende até sua base e que piora com o movimento. A área na base 
do polegar próxima ao pulso também fica sensível. (STEINBERG, 2018). O principal 
sintoma da tendinite de De Quervain é a dor no bordo externo do punho. A dor pode 
ter inicio súbito ou insidioso e inicialmente surge a nível da base do polegar, na zona 
que corresponde ao primeiro compartimento extensor. Frequentemente a dor irradia 
em direção ao polegar ou ao antebraço, sendo por vezes difícil para o doente localizar 
um ponto específico de dor. Pode ser palpável uma tumefação nessa região que 
corresponde ao espessamento da bainha fibrosa estenosada, onde os tendões 
afetados deslizam, bem como uma crepitação percetível com os movimentos dos 
mesmos. A dor geralmente agrava com palpação local e com a mobilização do punho 
e do polegar (LIMA). 
CAUSAS 
Embora as causas da tenossinovite de De Quervain sejam desconhecidas, na 
maioria dos casos está associada a excesso de uso, quer em casa quer no trabalho, 
ou a artrite reumatóide. Qualquer atividade que envolva movimento repetitivo do 
punho e mão como jardinar, jogar golfe ou ténis ou pegar num bebé, por exemplo, 
pode desencadear e/ou agravar a sintomatologia. Posições viciosas prolongadas ou 
situações de sobrecarga também podem estar na sua origem. 
Por este motivo, a tendinite de De Quervain está associada a diversas 
atividades laborais, atingindo sobretudo trabalhadores manuais, o que, neste 
contexto, constitui uma doença do trabalho ou doença profissional. Além disso, 
existem condições fisiológicas que predispõe ao desenvolvimento desta patologia, 
como a gravidez, o puerpério ou em doentes que tenham tido uma fratura prévia do 
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punho. Embora na maioria dos casos seja um problema unilateral, atingindo mais 
frequentemente a mão dominante, não raramente, a tendinite de De Quervain pode 
ser bilateral (LIMA). 
Inúmeras referências apontam a Tenossinovite de Quervain 
como uma doença musculoesquelética relacionada ao trabalho 
devido sobrecarga. Porém, alguns estudos apontam relatos da 
Tenossinovite de Quervain há séculos, com maior prevalência em 
mulheres, numa época onde não havia ocorrência de mulheres no 
mercado de trabalho, levantando a hipótese de outros fatores 
relacionados à concepção de tal enfermidade como; fatores 
genéticos e variedades anatômicas (MEDEIROS et.al., 2016). 
 
DIAGNOSTICO/TESTE 
O diagnóstico clínico se dá por uma anamnese detalhada a fim de se identificar 
fatores causais e pelo exame físico baseado no achado de dor puntiforme junto ao 
processo estilóide do rádio, que piora com os movimentos de extensão e abdução e 
positividade ao teste de Finkelstein. Caso o diagnóstico clínico seja consistente não 
há necessidade de exames complementares. Alguns exames complementares são 
imprescindíveis como diagnóstico diferencial, a radiografia de punho, por exemplo, 
pode ser essencial na exclusão de fraturas e a eletromiografia na exclusão de 
acometimento do nervo radial. Perante uma clínica sugestiva, o diagnóstico de 
tendinite de De Quervain deve ser confirmado através da realização de exames, 
nomeadamente de uma ecografia (LIMA). 
 
Disponível em >> http://neoortopedia.com/2019/05/15/tenossinovite-de-quervain/ << 
Figura 28 – Teste de Finkelstein 
Os médicos estabelecem o diagnóstico da síndrome de Quervain quando 
detectam sensibilidade sobre os dois tendões no pulso do lado do polegar, geralmente 
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acompanhada de inchaço. Para detectar a sensibilidade, os médicos pedem que a 
pessoa flexione o polegar em direção à palma da mão e dobre os dedos em volta do 
polegar. Depois, pede-se que a pessoa flexione o pulso, afastando-o do polegar. É 
possível que as pessoas tenham síndrome de Quervain se esse movimento causar 
dor no pulso e no polegar ao mesmo tempo. (STEINBERG, 2018). 
TRATAMENTO 
O tratamento inicial da tendinite de De Quervain leve a moderada que não afeta 
significativamente as atividades da vida diária, deve ser conservador e consiste em 
fazer repouso de atividades desencadeadoras dos sintomas como movimentos 
repetitivos do polegar, posições viciosas ou sobrecarga sobre o polegar. Para facilitar 
esta tarefa, podemos recorrer ao uso de uma tala imobilizadora do punho e do polegar, 
permitindo o repouso da zona inflamada, o que favorece a recuperação (LIMA). 
A prescrição de medicamentos analgésicos e, sobretudo, anti-inflamatórios, 
complementam o efeito de desinflamar os tendões que são a sede da dor. Nos casos 
mais resistentes, a infiltração local com corticóides, também pode ser útil (LIMA). 
A fisioterapia pode ter algum papelno alivio da inflamação, mas raramente é 
eficaz de forma isolada. O tratamento conservador é mais eficaz se realizado nas 
primeiras 6 semanas após o início os sintomas (LIMA). Consiste em aplicações de 
gelo e imobilização do polegar, de seis a oito semanas, durante a fase aguda e 
afastamento da atividade que gerou tal condição, se esta for de fácil identificação. Já 
na fase sub-aguda, há a indicação para a aplicação de calor, fonoforese com creme 
de hidrocortisona a 10%, exercícios de movimentação ativa e passiva que não 
aumentem a dor ou irritação. Quando houver ausência de dor, há a indicação de 
exercícios de fortalecimento (InterFISIO). 
O tratamento deve ser precoce, pois com atuação do fisioterapeuta 
acompanhado, se necessário, do médico (TTO medicamentos) poderá ser evitado não 
só a evolução da doença como o desconforto do paciente. O tratamento deve ser 
analisado pelo grupo objetivando o resultado para cada estágio da doença onde 
ocorreu uma diferenciação relacionada a cada estágio (GÓES). 
 
ESTAGIO I - Nesse estágio o paciente apresenta sinais flogísticos e dor súbita. 
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Pré-cinético - Crio com bandagem com objetivo de tirar a dor (analgesia) ocasionar 
uma drenagem do edema por compressão realizando um controle da inflamação e 
diminui o metabolismo local, com uma aplicação de 6 a 10 segundos sendo este 
procedimento repetido de 3 a 5 vezes. 
Laser (as/Ga) - com o objetivo de realizar o controle da inflamação e regeneração da 
célula. 
Cinético - Exercícios passivos punho mão e dedos técnica de Maitland, mobilização 
de grau I e II, que levará a analgesia e o recrutamento das fibras propriocepiterias e o 
aumento do liquido sinovial. 
Escova e bucha vegetal - com o objetivo de realizar estímulos nas terminações 
sensitivas livres. 
Alongamento de punho - mão e dedos com objetivo de relaxar a musculatura com 
uma reorganização dos tecidos. 
 
Exercícios Ativos: 
Bola - com o objetivo de trabalhos flexores e extensores dos tecidos. 
Rolinhos palmar - com o objetivo de realizar estimulo palmar, relaxamento da 
musculatura, tenar, hipotenar e estimulação circulatória. 
 
Exercícios ativos livres assistidos: 
Extensão e flexão de dedos; 
Extensão e flexão de punhos; 
Eversão e inversão do punho, com mão aberta e fechada, com mão fechada, com 
dedos abertos e com extensão, com dedos flexionados. 
ESTÁGIO II - Encontramos a resolução parcial dos sintomas do estágio I, como 
edemas, hiperamia, calor e etc. Tendo evidências neste estágio a rigidez da pele 
(espessamento) e do tecido subcutâneo, diminuição das forças dos músculos 
intrínsecos, espessamento da cápsula articular, rigidez de algumas deformidades dos 
dedos. 
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Pré-cinéticos: 
Infra por condução toalha úmida - com objetivo de hidratação do tecido da derme, 
aumentando o metabolismo local superficial, relaxamento. 
Laser AS/GA - regenera os tecidos e se houver algum sintoma de algesia será eficaz. 
Cinético - Imobilização (passiva) grau I, II e progredindo para II, IV com objetivo de 
eliminar a dor com mais utilização do grau II e IV, pois ele já não apresenta tanta dor 
assim. O objetivo maior pe ganhar arco de movimento por já apresentar uma 
diminuição do arco de movimento, buscando um aumento do espaço articular e líquido 
sinovial. 
Escova de cerda de crina de animal - com o objetivo de realizar um estímulo na 
derme sensibilizando as terminações livre acometida pela parestesia, livramento das 
células mortas do tecido de derme, com aumento do metabolismo cutâneo superficial, 
organizando os tecidos com estímulo do colágeno e elastina, resultando no 
firmamento do tecido e levando a uma maior elasticidade. 
Movimentos finos ativos: 
 Toalha 
1 - Com a mão espalmada sobre a toalha o paciente executará movimentos com os 
dedos de flexão e extensão, onde terá de trazer para o interior palmar a toalha, este 
exercício trabalha os flexores e extensores articulações e a digital. 
2 - Paciente com a mão espalmada sobre a toalha, irá deslizar tentando movimentar 
a toalha na inversão e eversão de punho (comanda direita/esquerda) levando a um 
aumento de amplitude articular e irá estimular a liberação do processo estilóide. 
3 - O paciente ainda com a mão espalmada irá tentar livrar-se da toalha que estará 
franzida na palma da mão e este irá trabalhar apenas a abdução e do polegar, sem 
que o restante dos dedos participe do movimento. 
Ativo assistido (pouca resistência): 
Terabande fraco 
1 - Utilizando na palma das mãos do paciente, a fisioterapeuta segura as pontas da 
faixa na direção dorsal e faz o comando para flexão de punho. 
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2 - Utilizando a baixa no dorso da mão do paciente, o fisioterapeuta faz o comando de 
extensão do punho. 
3 - Colocando a faixa na região hipotenar medial, o fisioterapeuta faz o comando de 
eversão de punho e na região hipotenar lateral comando de inversão de punho. 
Estes exercícios irão aumentar a força e o grau do arco de movimento, além de levar 
ao progresso dos movimentos finos que estarão na eminência de serem acometidos. 
Turbilhão - Após os exercícios leva-se o paciente para o turbilhão 38º a 45º onde se 
obterá o relaxamento total do seguimento tratado. 
 
ESTÁGIO III - Neste estágio o paciente já apresenta a deformidade instalada e já 
caracterizando sequelas, encontramos contratura dos seguimentos acometidos, 
ocorrendo o aparecimento da dor. O fisioterapeuta poderá ajudar o paciente 
psicologicamente e fisioterapicamente, realizando um tratamento com parafina, 
turbilhão, pois este terá uma sensação de relaxamento. O fisioterapeuta deverá 
exercer a ética profissional e encaminhar este paciente ao médico, pois este grau leva 
a cirurgia (GÓES). 
Quando a dor persiste após um período de tratamento conservador, ou nos 
casos graves com comprometimento importante das atividades da vida diária, a 
cirurgia é o tratamento de escolha. A cirurgia consiste na abertura da bainha fibrosa 
espessa e estenosada por onde os tendões que se dirigem para o polegar têm de 
passar, possibilitando o seu livre deslizamento, permitindo a regressão da inflamação 
associada ao conflito de espaço e consequentemente, o alívio dos sintomas (LIMA). 
 
Disponível em >> https://www.ricardokaempf.com.br/services/tenossinovite-de-quervain/ << 
Figura 29 – Cirurgia 
https://www.ricardokaempf.com.br/services/tenossinovite-de-quervain/
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Butler (2003) Apud. Silva e Mejia (2015), afirma que o tratamento de uma 
disfunção aguda é um desafio para os fisioterapeutas, pois os pacientes apresentam 
dor constante e facilmente desencadeada, levando um longo tempo para diminuir. A 
técnica a ser aplicada deve proporcionar o máximo de conforto para o paciente, com 
grande amplitude, lento e rítmico, iniciando à distância da área dolorosa e sem 
inicialmente provocar sintomatologia ou aumentá-la. Sua progressão é aproximando 
de locais mais próximos da área lesada, posteriormente pode-se aumentar o número 
de repetições e progredir aumentando a amplitude de movimento até o aparecimento 
dos sintomas ou a resistência do movimento. São exemplos de lesões comuns deste 
estado traumas leves e neuropatias inflamatórias agudas. 
Vasconcelos (2011) Apud. Silva e Mejia (2015) aponta que a mobilização neural 
visa restaurar o movimento e a elasticidade do sistema nervoso. Considerando que 
essa patologia também limita o movimento, presumiu-se que sua resolução ou dimi-
nuição por meio da mobilização neural resultaria numa melhor dinâmica neural e, con-
sequentemente, permitiria uma maior amplitude de movimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
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