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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA ANTONIA SOUTO MAIOR CURSINO DE MOURA (20193300346) AVA 2 - TRABALHO DA DISCIPLINA CONTABILIDADE INTERNACIONAL DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS CONSOLIDADOS RIO DE JANEIRO - RJ 10 SET. 2021 1 ANTONIA SOUTO MAIOR CURSINO DE MOURA (20193300346) AVA 2 - TRABALHO DA DISCIPLINA CONTABILIDADE INTERNACIONAL DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS CONSOLIDADOS RIO DE JANEIRO - RJ 10 SET. 2021 Trabalho da disciplina Contabilidade Internacional, apresentado como requisito para obtenção de nota da Avaliação 2 do curso de graduação em Ciências Contábeis, à Universidade Veiga de Almeida (UVA). Orientador: André Brito Santos 2 SUMÁRIO 1. Situação Problema ............................................................................................... 3 2. Elaboração do TD ................................................................................................. 4 2.1 Introdução ............................................................................................................. 4 2.2 Quais demonstrativos devem ser publicados anualmente ................................... 4 2.3 Qual o objetivo do relatório contábil-financeiro de proposito geral ...................... 5 3. Referências Bibliográficas .................................................................................. 5 3 1. Situação Problema No Brasil, a obrigatoriedade de preparação e publicação de demonstrativos contábeis consolidados está enunciado na Lei das S.A., que institui que os demonstrativos contábeis consolidados necessitam ser preparados pela companhia de capital aberto cujos investimentos em controladas importem 30% ou mais do valor do seu patrimônio líquido. Para realizar a comprovação do percentual de 30%, precisam ser ponderados, além do valor dos investimentos em controladas, os ágios e deságios não amortizados, as provisões para perdas permanentes, bem como os créditos de qualquer natureza que a controladora tenha em relação às suas controladas. Com o que se apresentou no texto, indique: 1. Quais demonstrativos devem ser publicados anualmente? 2. Qual o objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral? 2. Elaboração do TD: 2.1 Introdução As demonstrações contábeis são relatórios financeiros preparados pelo profissional contábil, que apresentam de forma numérica e estruturada, a situação patrimonial, o desempenho e as mudanças monetárias e econômicas ocorridas na entidade em um determinado período. Estes relatórios são compostos pelas informações extraídas dos registros financeiros e auxiliam os usuários internos e externos da entidade em suas tomadas de decisão. Segundo a Lei das S.A. 6404/76 (com alterações posteriores com a lei 11.638/07 e 13.818/19) a publicação destes demonstrativos é obrigatória para as empresas de capital aberto (enquanto algumas demonstrações são facultativas para as micro, pequenas e médias empresas) garantindo-lhes assim, transparência e credibilidade no mercado. Os demonstrativos contábeis consolidados, são assim chamados, quando estamos nos referindo a empresas controladoras (sócios com voz nas deliberações sociais, nas eleições de administradores, na direção das atividades, etc), que possuam investimentos patrimoniais em outras empresas (controladas). Sendo assim, as demonstrações devem ser apresentadas ao fim de cada exercício social de forma consolidada, ou seja, unidas (ativos, passivos, PL, receitas, despesas e fluxos de 4 caixa devem ser somados/ subtraídos), como se fossem um único grupo econômico (grupo empresarial). 2.2 Quais demonstrativos devem ser publicados anualmente? • Balanço Patrimonial - O Balanço Patrimonial (BP) é um dos relatórios contábeis mais relevantes para a gestão empresarial. Dentro dele, podemos obter informações importantes como: a situação patrimonial; a origem e a aplicação dos recursos; o grau liquidez imediata, de endividamento e sua capacidade de pagamento (ambas dívidas de curto e longo prazo). Os elementos principais (contas patrimoniais) que compõe este demonstrativo são: Ativos (bens e direitos; aplicações dos recursos obtidos), Passivos (obrigações com terceiros resultantes de eventos que já ocorreram; origem dos recursos obtidos) e Patrimônio Líquido (valor residual entre ativos e passivos; é o valor contábil da empresa devido aos acionistas). • Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) - A DRE é composta pelas contas de resultado, receitas e despesas, e que após confrontados, nos mostra o resultado líquido da empresa, ou seja, se as operações estão dando lucro ou prejuízo ao final de um determinado período. Outros dados importantes que podem ser analisados através da DRE são: o Ponto de Equilíbrio (qual é o mínimo de vendas necessárias para cobrirmos todos os custos e despesas fixas e variáveis) e Margem de Contribuição (quanto do lucro será utilizado para pagar os custos e as despesas variáveis). • Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) - A DLPA nos apresenta as movimentações que ocorreram na conta Lucros e Prejuízos Acumulados (conta do PL) e como ocorreu a aplicação do resultado (por exemplo, se o lucro da empresa foi reinvestido ou distribuído entre os acionistas). Com os dados adquiridos através do Balanço Patrimonial e da DRE, a DLPA faz a comparação entre os saldos iniciais e finais da empresa (que pode ser positivo em caso de lucro ou negativo em caso de prejuízo), mostrando as variações do caixa e suas principais causas. • Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) - A DMPL é uma demonstração que evidencia todas as alterações ocorridas no Patrimônio Líquido, 5 num determinado período. A obrigatoriedade da DMPL acontece somente para as empresas de capital, exigida pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que nesse caso não precisam emitir a DLPA, já que as informações sobre as alterações referentes aos lucros e prejuízos acumulados aparecerão na DMPL. Através da análise da DMPL, os gestores podem acompanhar devidamente a evolução do patrimônio, monitorar sua influência e montar estratégias para seu crescimento e expansão no mercado. • Demonstração do Fluxos de Caixa (DFC) - A DFC, assim como o BP e o DRE é um dos relatórios contábeis mais importantes para qualquer empresa. Ela é responsável por apresentar de forma detalhada, todas as entradas (recebimentos) e saídas (pagamentos) de dinheiro do caixa. Diferentemente da DRE, que utiliza o regime da competência, a DFC utiliza o regime de caixa, registrando somente os valores que foram efetivamente recebidos ou pagos. A DFC pode ser apresentada através de dois métodos: direto ou indireto. O método direto é o mais utilizado e considera as entradas e saídas brutas de recursos (não incluindo os pagamentos à prazo). Já o método indireto, apesar de ser menos utilizado, auxilia a empresa chega ao valuation (valor da empresa), e analisa as variações do caixa através das informações contábeis retiradas do BP e DRE. • Demonstração do Valor Adicionado (DVA) - A DVA é uma demonstração contábil que mostra a riqueza gerada pela empresa durante seu processo produtivo (vendas de mercadorias e ofertas de serviços), ou seja, sua lucratividade num determinado período. Além disso, descreve também como este valor adicionado é distribuído entre os participantes (diretos e indiretos) responsáveis por sua geração como: colaboradores, fornecedores, sócios, acionistas e o governo. O CPC 09 determina os critérios de como essa demonstração deve ser elaborada e apresentada e as informações que a compõe são provenientes principalmenteda DRE, como total de receita bruta e despesas com depreciação. • Notas Explicativas - As notas explicativas são informações adicionais sobre às descritas nas demonstrações contábeis obrigatórias, garantindo assim um melhor entendimento destas por parte de seus usuários. Segundo o Art. 176 da Lei das S.A, as NEs devem indicar, dentre outros itens, os critérios de avaliação dos elementos patrimoniais; a taxa de juros e datas de vencimento dos passivos não 6 circulantes; números, espécies e classes das ações do capital social; etc; e elas podem ser apresentadas de forma descritiva (texto) ou através de quadros analíticos. 2.3 Qual o objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral? O relatório contábil-financeiro de proposito geral fornece informações úteis e fidedignas sobre a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade, a fim de auxiliar seus usuários externos em suas tomadas de decisão à respeito de se é valido ou não investir nesta empresa? Entende-se por usuários externos principalmente investidores e credores (existentes e em potencial), que são agentes que emprestam dinheiro (comprar ações da empresa ou títulos de dívida ou patrimoniais) para a organização em troca dos recebimentos de juros, dividendos e pagamento do principal. Os dados dispostos no relatório de proposito geral são divididos em parágrafos (OB1 à OB 21) e não discursam sobre o valor monetário exato da entidade, mas sim informações gerais e estimativas, julgamentos e modelos sobre seus elementos e sua situação patrimonial e financeira. Alguns exemplos seriam: seus recursos econômicos (bens e direitos) e de que forma a atividade-fim gera capital; perspectivas de entrada de fluxo de caixa futuros e sua distribuição; índices de liquidez, solvência e necessidades de financiamento; reivindicações contra a entidade (obrigações); eficiência da a administração em relação ao uso de recursos frente a de desiquilíbrios econômicos como inflação e crises sanitárias; o cumprimento das leis e regulações contratuais vigentes; se pagam seus credores no prazo, como acordado entre as partes; entre outros. No Brasil, todas essas informações podem ser encontradas também nas demonstrações contábeis feitas mensal, trimestral ou anualmente pelas organizações já que o relatório contábil-financeiro de propósito geral, por si só, não consegue abranger todas as informações com detalhamento e aprofundamento que seus usuários necessitam. Neste caso, é aconselhável que investidores e credores se inteirem também das questões econômicas (atuais e futuras), cenário político e perspectivas da indústria e do mercado em questão. 7 3. Referências Bibliográficas CARRIJO, Wesley. Saiba quais empresas são obrigadas a elaborar a DRE. Disponível em: <https://www.jornalcontabil.com.br/saiba-quais-empresas-sao-obriga das-a-elaborar-a-dre/>. Acesso em 28 ago. 2021 MORAES, Izaque de. O que são as Notas Explicativas no Balanço? Disponível em: <https://www.contabeis.com.br/noticias/30007/o-que-são-as-notas-explicativas- no-balanco/>. Acesso em 29 ago. 2021 SANTOS, Cleiton. O que são e quais são as 5 principais. Disponível em: <http://eco nsult.org.br/blog/demonstracoes-contabeis/>. Acesso em 26 ago. 2021 SANTOS, Luiz Eduardo. Fundamentos Decifrados de Contabilidade. Disponível em: <http://www.contabilidadedecifrada.com.br/midia/Fundamentos-AULA01/A-0010 1-05-01-b/Texto-completo.pdf>. Acesso em 27 ago. 2021 SOUZA, Arlindo. Balanço Patrimonial: o que é. Como usar e dicas de análise. Disponível em: <https://tc.com.br/tc-school/analise-fundamentalista/fazer-balanco-pa trimonial-empresa? />. Acesso em 2 set. 2021 SOUZA, Remerson Galindo de. CPC 36: Consolidação das Demonstrações Contábeis. Disponível em: < https://www.blbbrasil.com.br/blog/cpc-36-consolidacao- demonstracoes-contabeis-parte1/>. Acesso em 3 set. 2021 UVA. CONTABILIDADE DE INTERNACIONAL, unidades III e IV. Material da disciplina fornecido na plataforma virtual UVA. VERSIANE, Daniela. O que é DPML. Disponível em: <http://editalconcursosbrasil. com.br/blog/contabilidade_o-que-e-dmpl/>. Acesso em 4 set. 2021
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