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1 CARACTERIZACARACTERIZAÇÇÃO ÃO TECNOLTECNOLÓÓGICA DE MATGICA DE MATÉÉRIAS RIAS PRIMAS MINERAISPRIMAS MINERAIS REVISÃO DE CONCEITOS DE REVISÃO DE CONCEITOS DE MINERALOGIAMINERALOGIA Por: Prof. Dr. Henrique Kahn LCT-EPUSP Cristal LCT-EPUSP Cristal Perspectiva de estrutura de um cristal de grafite Corpo sólido com átomos dispostos em um arranjo tridimensional regular. Projeção da estrutura de um cristal de grafite LCT-EPUSP Cristal NaCl LCT-EPUSP CELA UNITÁRIA Menor conjunto de átomos que se transladado no espaço gera uma estrutura infinita (retículo cristalino). Este conjunto de átomos, menor unidade do retículo cristalino, pode ser traduzido por um paralelepípedo: eixos = x, y, z parâmetros = a, b, c ângulos • α = y ∧ z • β = x ∧ z • γ = x ∧ y LCT-EPUSP IsomIsoméétrico ou Ctrico ou Cúúbicobico Pirita a = b = c α = β = γ = 90o Sistemas cristalinos 2 LCT-EPUSP TetragonalTetragonal Idiocrásio a = b ≠ c α = β = γ = 90o Sistemas cristalinos LCT-EPUSP OrtorrômbicoOrtorrômbico Barita a ≠ b ≠ c α = β = γ = 90o Sistemas cristalinos LCT-EPUSP HexagonalHexagonal Berilo a = b ≠ c α = β = 90o e γ = 120o Trigonal: a = b = c α = β = γ < 120, ≠ 90º Sistemas cristalinos LCT-EPUSP MonoclMonoclííniconico a ≠ b ≠ c α = γ = 90o ≠ β gipso microclínio Sistemas cristalinos LCT-EPUSP TriclTriclííniconico Axinita a ≠ b ≠ c α ≠ β ≠ γ Sistemas cristalinos LCT-EPUSP Retículo cristalino É definido pela três direções e pelas distâncias ao longo dos quais o menor conjunto de átomos é repetido no espaço. 3 LCT-EPUSP RetRetíículos espaciais de culos espaciais de BravaisBravais LCT-EPUSP Os retOs retíículos espaciais de culos espaciais de BravaisBravais e os e os sistemas cristalinossistemas cristalinos Retículos de Bravais SISTEMA Nº símbolos Restrições quanto aos parâmetros da cela unitária CÚBICO 3 P, I, F a = b = c α = β = γ = 90º TETRAGONAL 2 P, I a = b ≠ c α = β = γ = 90º ORTORRÔMBICO 4 P, C, I, F a ≠ b ≠ c α = β = γ = 90º HEXAGONAL 1 P a = b ≠ c α = β = 90º e γ = 120º TRIGONAL 1 R a = b = c α = β = γ < 120, ≠ 90º MONOCLÍNICO 2 P, C a ≠ b ≠ c α = γ = 90º ≠ β TRICLÍNICO 1 P a ≠ b ≠ c α ≠ β ≠ γ LCT-EPUSP REVISÃO DE CONCEITOSREVISÃO DE CONCEITOS MineralMineral LCT-EPUSP MineralMineral Substância natural, sólida, homogênea, inorgânica, de composição química definida dentro de certos limites e com estrutura cristalina. LCT-EPUSP REVISÃO DE CONCEITOSREVISÃO DE CONCEITOS Minerais MineralMineralóóidesides LCT-EPUSP MineralMineralóóideide Substâncias naturais que não se enquadram perfeitamente na definição de mineral: • sem composição química definida; • amorfo; • orgânica. λ Exemplos: • vidro vulcânico • limonita garnierita opala 4 LCT-EPUSP REVISÃO DE CONCEITOSREVISÃO DE CONCEITOS Minerais Mineralóides MinMinéériorio LCT-EPUSP MinMinéériorio Mineral ou agregado de minerais de interesse econômico que pode ser aproveitado técnica e economicamente. Diamante em kimberlito LCT-EPUSP REVISÃO DE CONCEITOSREVISÃO DE CONCEITOS Minerais Mineralóides Minério Mineral Mineral úútiltil LCT-EPUSP Mineral Mineral úútiltil Porção do minério de interesse econômico - fração a ser aproveitada Calcopirita em quartzo LCT-EPUSP REVISÃO DE CONCEITOSREVISÃO DE CONCEITOS Minerais Mineralóides Minério Mineral útil Mineral de gangaMineral de ganga LCT-EPUSP Mineral de gangaMineral de ganga Porção do minério sem interesse econômico - fração a ser rejeitada Quartzo 5 LCT-EPUSP FORFORÇÇAS DE LIGAAS DE LIGAÇÇÕES ÕES QUQUÍÍMICAS NOS CRISTAISMICAS NOS CRISTAIS As forAs forçças de ligaas de ligaçção compreendem forão compreendem forçças de as de natureza elnatureza eléétrica entre trica entre ííons/ons/áátomos em uma tomos em uma substância. A espsubstância. A espéécie e intensidade destas forcie e intensidade destas forçças as (tipo de liga(tipo de ligaçção) são de importância fundamental na ão) são de importância fundamental na definidefiniçção das propriedades fão das propriedades fíísicas, qusicas, quíímicas e fmicas e fíísicosico-- ququíímicas dos minerais.micas dos minerais. Em geral quanto mais forte a natureza da ligaEm geral quanto mais forte a natureza da ligaçção, ão, maior a dureza e o ponto de fusão do mineral e maior a dureza e o ponto de fusão do mineral e menores o seu coeficientes de expansão tmenores o seu coeficientes de expansão téérmica e rmica e solubilidade.solubilidade. LCT-EPUSP IônicaIônica Os íons da estrutura de um cristal estão unidos por forças eletrostáticas. Exemplos: � NaCl (halita): Na+1 Cl-1 � CaF2 (fluorita): Ca+1 F-1 Tipos de ligaTipos de ligaçções quões quíímicasmicas LCT-EPUSP IônicaIônica PropriedadesPropriedades:: � dureza e densidade relativa moderadas; � pontos de fusão e ebulição razoavelmente elevados; � maus condutores de calor e de eletricidade; � elevada simetria dos cristais. LCT-EPUSP CovalenteCovalente Ligação em que se verifica o compartilhamento de elétrons; é a mais forte das ligações químicas. Exemplo: diamante (C) Tipos de ligaTipos de ligaçções quões quíímicasmicas LCT-EPUSP CovalenteCovalente Propriedades:Propriedades: � minerais insolúveis; � estáveis com pontos de fusão e ebulição muito altos; � usualmente não condutores; � apresentam mais baixa simetria cristalina que os minerais formados por ligações iônicas. LCT-EPUSP MetMetáálicalica Os elétrons não estão ligados a qualquer núcleo atômico, podendo transitar livremente. Exemplos: metais nativos - Au, Ag, Pt e Cu. Tipos de ligaTipos de ligaçções quões quíímicasmicas 6 LCT-EPUSP MetMetáálicalica Propriedades:Propriedades: � plasticidade; � tenacidade; � ductibilidade; � condutibilidades elétrica e térmica elevadas; � com dureza, pontos de fusão e ebulição relativamente baixos. LCT-EPUSP VanVan der der WaalsWaals Ligação fraca que une moléculas e unidades planares de um cristal devido a presença de pequenas cargas residuais. Exemplo: grafita (C) - ligação entre os planos de átomos de carbono ligados covalentemente Tipos de ligaTipos de ligaçções quões quíímicasmicas LCT-EPUSP VanVan der der WaalsWaals Propriedades: Propriedades: � define uma direção de clivagem fácil e de baixa dureza. LCT-EPUSP Diferentes tipos de ligaDiferentes tipos de ligaççõesões Parcela expressiva dos minerais apresentam dois ou mais tipos de ligações com intensidade e caráter distintos. Exemplo: grafita covalente Van der Waals LCT-EPUSP PRINCPRINCÍÍPIOS DE COORDENAPIOS DE COORDENAÇÇÃOÃO Numa estrutura estável o cátion encontra-se no centro de um poliedro regular, com os ânions dispostos nos vértices do poliedro, sendo o número de ânions correspondente ao número de coordenação Ex.: CoordenaEx.: Coordenaçção 4ão 4 LCT-EPUSP PRINCPRINCÍÍPIOS DE COORDENAPIOS DE COORDENAÇÇÃOÃO Os íons de cargas opostas estão arranjados de forma a neutralizar as suas cargas elétricas. Ex.: CoordenaEx.: Coordenaçção 6ão 6 Ex.: CoordenaEx.: Coordenaçção 8ão 8 7 LCT-EPUSP PRINCPRINCÍÍPIOS DE COORDENAPIOS DE COORDENAÇÇÃOÃO A disposição dos mesmos é definida pela razão entre os raios iônicos do cátion em relação ao do ânion: rrcc / / rraa estestáá diretamente relacionado aodiretamente relacionado ao nnúúmero de coordenamero de coordenaççãoão. LCT-EPUSP NNúúmeros de Coordenameros de Coordenaççãoão 22 33 LCT-EPUSP NNúúmeros de Coordenameros de Coordenaççãoão 44 66 LCT-EPUSP NNúúmeros de Coordenameros de Coordenaççãoão 88 1212 LCT-EPUSP VARIAVARIAÇÇÃO NA COMPOSIÃO NA COMPOSIÇÇÃOÃO DOS MINERAISDOS MINERAIS Os minerais cristalizamOs minerais cristalizam--se a partir de soluse a partir de soluçções ões com composicom composiçção quão quíímica complexa e em mica complexa e em diferentes condidiferentes condiçções de pressãoe temperatura. ões de pressão e temperatura. Nestas condiNestas condiçções, ões, ííons de natureza similares ons de natureza similares (raio iônico e valência) podem ser substitu(raio iônico e valência) podem ser substituíídos.dos. Os principais fatores que controlam a Os principais fatores que controlam a substituisubstituiçção são ão são raio iônicoraio iônico e e temperaturatemperatura.. LCT-EPUSP Substituição iônica Substituição de íons ou grupos iônicos por outro íon ou grupo iônico com mesma valência. Condições genéricas para substituição: z Diferença de raios iônicos inferior a 15%: ffáácilcil z Diferença de raios iônicos entre 15 e 30%: limitada e raralimitada e rara z Diferença de raios iônicos superior a 30%: escassa possibilidadeescassa possibilidade 8 LCT-EPUSP * Diferença inferior a 15%: substituição fácil * Diferença entre 15 e 30%: substituição limitada e rara * Diferença superior a 30%: escassa possibilidade de substituição LCT-EPUSP Ex. Substituição Zn+2 ⇒ Fe+2 substituição de Zn+2 por Fe+2 na esfalerita (ZnS) em função da variação da temperatura Raios iônicos Zn = 1,25Å Fe = 1,17Å LCT-EPUSP Substituição dupla ou por acoplamento Substituição iônica simultânea de dois íons com valências distintas e compensação das variações de carga (valência). Exemplo: série dos plagioclásios: Si+4 ⇒ Al+3 Na+1 ⇒ Ca+2 (Na(Na11--xx,Ca,Caxx) Al [) Al [AlAlxx,Si,Si33--xx] O] O88 (onde, x= 0 ↔1) LCT-EPUSP Outros exemplos de substituições Exemplos deletExemplos deletéérios:rios: magnesita - Mg CO3 : Mg (1,36Å) ⇒ Fe (1,17Å); apatita - Ca5 (PO4)3 F: P (1,06Å) ⇒ As (1,20Å). Exemplos de interesse econômico:Exemplos de interesse econômico: galena - PbS: Pb (1,47Å) ⇒ Ag (1,34Å); pirrotita - FeS: Fe (1,17Å) ⇒ Ni (1,15Å). Como resultado das substituições iônicas, os minerais podem apresentar pequenas variações em suas composições, as quais, por vezes, podem ter importantes implicações no seu aproveitamento econômico. LCT-EPUSP Solução sólida Substituição iônica completa em um grupo isoestrutural. Exemplo: Fe+2 e Mg+2 no grupo isoestrutural da calcita termos: Fe+2 = siderita - Fe CO3 Mg+2 = magnesita - Mg CO3 notação: ((FeFe,Mg) CO,Mg) CO33 LCT-EPUSP Exsolução ou demisturação Processo de segregação e crescimento de íons rejeitados dentro do domínio de um cristal sólido, a partir de um estado desordenado. 9 LCT-EPUSP Texturas de exsolução Pirrotita Pentlandita Calcopirita Stillwater, Montana, USA Po Ptl ⇒ ⇐ Ccp 125µm LCT-EPUSP Texturas de exsolução Magnetita - cinza claro Ilmenita - cinza Espinélio - preto LCT-EPUSP Metamitização Progressivo dano à estrutura cristalina decorrente de decaimento radioativo. LCT-EPUSP Isomorfismo Cristais com a mesma forma externa LCT-EPUSP Polimorfismo (Alotropia) Dois ou mais minerais de mesma composição química apresentando estruturas cristalinas distintas Ca CO3 Calcita Aragonita LCT-EPUSP Polimorfismo (Alotropia) Polimorfos de SiO2 10 LCT-EPUSP Pseudomorfismo Mineral apresentando a forma externa de outra espécie. Substituição: remoção gradual do material primitivo com deposição simultânea por outro neoformado. Ex: sílica / madeira (madeira petrificada) Incrustação: deposição sobre a superfície seguida de solubilização do mineral interior. Ex: quartzo e fluorita. Alteração: adição parcial de material novo. Ex: galena (PbS) em anglesita (PbSO4). LCT-EPUSP Hábito cristalino Aparência externa ou forma de cristais individuais ou agregados acicular; capilar ou filiforme laminado; tabular; dendrítico; reticulado; drusiforme botrioidal mamelonar esferoidal; micáceo; granular; maciço; bandado; amigdaloidal; geodo; concrecional; coloforme. LCT-EPUSP Hábitos cristalinos Granular Mamelonar, botrioidal Lamelar, foliado, micáceo Coloforme Radiado e globular Acicular Lamelar Fibroso Dendrítico LCT-EPUSP Hábitos cristalinos Botrioidal Foliado Coloforme Prismático Dendrítico hematita prata agatahematita anfibólio LCT-EPUSP Geminação Intercrescimento de dois ou mais cristais de tal modo que certas direções do retículo são paralelas, enquanto que outras estão em posição reversa. contato; penetração; polissintética. LCT-EPUSP Geminação de contato plano(111) espinélio quartzo 11 LCT-EPUSP Geminação de penetração fluorita pirita ortoclásio - Carlsbad LCT-EPUSP Geminação polissintética albita calcita LCT-EPUSP Geminação cíclica rutilo {011) crisoberilo {031} LCT-EPUSP Geminação - Exemplos rutilo ortoclásio calcita oligoclásio estaurolita gipso CONTATO PENETRAÇÃO POLISSINTÉTICA CíCLICA LCT-EPUSP Clivagem Ao aplicar-se uma força sobre um mineral ele se rompe segundo direções de planos definidas. cúbica octaédrica dodecaédrica romboédrica prismática e pinacoidal pinacoidal (basal) LCT-EPUSP Partição Ao aplicar-se uma força sobre um mineral ele se rompe segundo direções de planos definidas. Partição basal - piroxênios Partição romboédrica - coríndon 12 LCT-EPUSP Dureza A dureza Mohs de um mineral corresponde à resistência que uma superfície lisa oferece ao ser riscada. A escala adotada (relativa) se baseia em dez minerais. ESCALA DE DUREZA DE MOHS (relativa) dureza Mineral dureza Mineral 1 Talco 6 Ortoclásio 2 Gipso 7 Quartzo 3 Calcita 8 Topázio 4 Fluorita 9 Coríndon 5 Apatita 10 Diamante LCT-EPUSP Dureza LCT-EPUSP Densidade relativa ou peso específico Compreende a relação entre o peso do mineral e igual volume de água a 4° C. Métodos mais usuais de determinação de densidade: • balança de Jolly; • balança de braço; • picnômetro; • frasco de Chapmann. LCT-EPUSP Densidade relativa ou peso específico Picnômetro Frasco de Chapmann LCT-EPUSP Cor e Brilho Cor Brilho: comportamento do mineral em relação à reflexão da luz. • metálico; • submetálicos; • não metálico. ⇒ vítreo; ⇒ resinoso; ⇒ nacarado; ⇒ sedoso; ⇒ adamantino. LCT-EPUSP Traço e Iridescência Traço: cor do pó fino do mineral. Usualmente, esta propriedade é verificada esfregando-se o mineral sobre uma placa de porcelana não polida (dureza 7 na escala de Mohs). Iridescência: mineral que apresenta uma série de cores espectrais em seu interior ou na sua superfície. 13 LCT-EPUSP Diafaneidade e Luminescência Diafaneidade: propriedade relativa à absorção de luz pelos minerais. • transparentes; • translúcidos; • opacos. Luminescência: emissão de luz por um mineral. • triboluminescência - esmagamento, risco ou atrito; • termoluminescência - aquecimento; • fluorescência e fosforescência - exposição à luz ultravioleta e raios X. Fosforescentes são aqueles que continuam luminescentes após cessar a incidência dos raios excitantes. LCT-EPUSP Luminescência - UV(s) calcita willemita scheelita LCT-EPUSP Refração da luz Comportamento da luz em relação aos minerais transparentes e semi-opacos • isótropos (um índice de refração); • anisótropos (dois ou três índices de refração, respectivamente, uniaxiais e biaxiais). Indicatriz isótropa Indicatriz uniaxial x y z Indicatriz biaxial LCT-EPUSP Comportamento magnético Movimento dos elétrons na camada de valência, gerando momento magnético. LCT-EPUSP Susceptibilidade magnética Comportamentos em função do campo magnético: LCT-EPUSP Condutibilidade elétrica 14 LCT-EPUSP Classificação dos minerais Em mineralogia, o conceito de grupos isoestruturais, minerais com estruturas cristalinas análogas, é de extrema importância. Usualmente são representados por um ánion ou grupo aniônico comum apresentando, freqüentemente, ampla substituição iônica.. Estes grupos aniônicos e estruturais compreendem a base para a classificação dos minerais. LCT-EPUSP Classificação dos minerais Elementos nativos; Sulfetos; Sulfossais; Óxidos; Hidróxidos; Haletos; Carbonatos; Nitratos; Boratos; Fosfatos, vanadatose arseniatos; Tungstatos e molibdatos; Silicatos. LCT-EPUSP Elementos nativos Cerca de vinte elementos, à exceção dos gases livres da atmosfera, são encontrados na natureza. Estes, por sua vez podem ser subdivididos em: • metais; • semimetais; • não metais. LCT-EPUSP Elementos nativos Î metais Características principais: • ligação metálica; • cristais cúbicos, classe hexaoctaédica; • relativamente moles, maleáveis dúcteis e sécteis; • elevada condutibilidades elétrica e térmica; • baixo ponto de fusão; • densidades elevadas (proporcionais à massa atômica); • brilho metálico e fratura serrilhada. LCT-EPUSP Elementos nativos Î metaismetais Grupos isoestruturais • ouro nativo: Au, Ag, e Pb - coordenação 12 - CFC; • platina: Pt, Pd, Ir, Os - coordenação 12 - CFC; • ferro: Fe e (Fe, Ni) - coordenação 8 - CCC; • mercúrio; • tântalo; • estanho; • zinco. LCT-EPUSP Grupos isoestruturais • arsênio As, Sb, Bi • selênio Se, Te Elementos nativos Î semisemi metaismetais Características principais em se comparando aos metais: • ligação intermediária entre metálica e cóvalente; • sistema hexagonal, classe escalenoédrica hexagonal; • relativamente mais frágeis e piores condutores de calor e eletricidade que os metais; • baixo ponto de fusão; • densidades elevadas (proporcionais à massa atômica); • brilho metálico a semi-metálico e presença de clivagem. 15 LCT-EPUSP Elementos nativos Î não metaisnão metais Enxofre • ligação covalente; • sistemas ortorrômbico (+ comum) e monoclínico (raro). Polimorfos de C • Diamante - ligação covalente; • Grafite - ligações covalente e van der Waals. LCT-EPUSP Sulfetos Compreendem minerais formados por ligações entre metais e enxofre, como também selênio ou telúrio. Fórmula geral Am Xn, onde A representa os elementos metálicos (1 até 3) e X o enxofre. Apresentam ligações dos tipos iônica, covalente e metálica. LCT-EPUSP Sulfetos Parcela expressiva de minerais úteis dos elementos metálicos se encontram nesta classe. argentita Ag2S pentlandita (Fe,Ni)S pirita FeS2 calcocita Cu2S covelita CuS marcasita FeS2 bornita Cu5FeS4 cinábrio HgS arsenopirita FeAsS galena PbS realgar AsS molibdenita MoS2 esfalerita ZnS ouro pigmento As2S3 calaverita AuTe2 pirrotita Fe1-x S estibinita Sb2S3 silvanita (Au,Ag)Te2 millerita NiS bismutinita Bi2S3 LCT-EPUSP Sulfossais Minerais formados pela combinação de um metal com enxofre e elementos do Grupo VI da tabela periódica (Sb, As, Bi) polibasita Ag10Sb2S11 jamesonita Pb4FeSb6S14 proustita AgAsS3 tetraedrita (Cu,Fe,Zn,Ag)12Sb4S12 enargita Cu3AsS4 LCT-EPUSP Óxidos Minerais formados pela combinação de um metal com o oxigênio. Óxido simples tipo A2O (hexagonal) • gelo H2O • cuprita Cu2O Óxido simples tipo AO2 - estrutura do rutilo (tetragonal) • rutilo TiO2 • pirolusita MnO2 • cassiterita SnO2 Óxido tipo A2O3 - estrutura da hematita (hexagonal) • hematita Fe2O3 • coríndon Al2O3 • ilmenita FeTiO3 LCT-EPUSP Óxidos (cont.) Óxidos múltiplos tipo AB2O4 - estrutura do espinélio (cúbico) • espinélio MgAl2O4 • gahnita ZnAl2O4 • magnetita Fe3O4 • franklinita (Zn,Fe,Mn)(Fe,Mn)2 O4 • cromita FeCr2O4 Óxidos múltiplos tipo ABO3 - estrutura da perovskita (cúbico) • perovskita CaTiO3 • BaTiO3 • MgSiO3 16 LCT-EPUSP Hidróxidos Compreendem uma extensão dos óxidos contendo H2O ou hidroxila (OH-) • goethita HFeO2 • diasporo HAlO2 • brucita Mg (OH)2 • manganita MnO (OH) LCT-EPUSP Haletos Inclui os minerais formados pelos grupos aniônicos dos halogêneos: flúor, cloro, bromo e iodo. Características gerais: • ligações iônicas • predominância de cristalização no sistema cúbico • baixa dureza • solubilidade elevada • maus condutores de calor • ponto de fusão de moderado a alto halita NaCl fluorita CaF2 silvita KCl criolita Na3AlF6 carnalita KMgCl3.6H2O cerargirita AgCl LCT-EPUSP Carbonatos Minerais formados por radical aniônico do carbonato CO3-2. grupo da calcita Î carbonatos simples • calcita Ca CO3 • magnesita Mg CO3 • siderita Fe CO3 • rodocrosita Mn CO3 • smithsonita Zn CO3 Î carbonatos duplos • baritocalcita BaCa (CO3)2 LCT-EPUSP Carbonatos (cont.) grupo da dolomita • dolomita Ca Mg (CO3)2 • ankerita Ca (Mg,Fe) (CO3)2 grupo da aragonita • aragonita Ca CO3 • witherita Ba CO3 • estroncianita Sr CO3 • cerussita Pb CO3 LCT-EPUSP Nitratos e Boratos Nitratos: minerais com o radical NO3- z nitro de sódio NaNO3 Boratos: minerais com os radicais BO2-1, B2O3 e BO3-3 z boráx Na2B2O4.1OH2O LCT-EPUSP Fosfatos, Vanadatos e Arseniatos Minerais contém os o radicais PO4-3, AsO4-3 e VO4-3 z apatita Ca5 (PO4)3 (F, Cl, OH) z mimetita Pb5 (AsO4)8 Cl z vanadinita Pb5 (VO4)8 Cl 17 LCT-EPUSP Sulfatos e Cromatos Minerais contém os o radicais SO4-2 e CrO4-2 z barita BaSO4 z anidrita CaSO4 z gipso CaSO4.2H2O z crocoita PbCrO4 LCT-EPUSP Tungstatos e Molibdatos Minerais contém os o radicais WO4-2 e MoO4-2 z scheelita CaWO4 z wulfenita PbMoO4 LCT-EPUSP Silicatos Corresponde ao grupo de minerais mais comum; respondem por cerca de 25% dos minerais conhecidos e próximo a 90% dom minerais da crosta; São formados por uma grande variedade de elementos (Na, K, Ca, Mg, Al e Fe, dentre outros), ligados ao radical SiO4-2; O radical SiO4-2, unidade fundamental dos silicatos, apresenta o silício em coordenação 4 em relação ao oxigênio, formando tetraedros com os átomos de oxigênio dispostos em cada um dos vértices do tetraedro; Os diferentes arranjos espaciais ou estruturais dos tetraedros de SiO4-2 possibilitam uma classificação dos silicatos em 6 classes distintas. LCT-EPUSP Nesossilicatos Grupo da fenacita • fenacita Be2(SiO4) • willemita Zn2(SiO4) Grupo da olivina • fayalita Fe2(SiO4) • forsterita Mg2(SiO4) Grupo das granadas A3B2 (SiO4)3 ⇒ (SiO4)-4 A = Mg,Fe,Mn,Ca B = Al,Fe,Cr piropo esperssartita andradita almandina grossulária uvarovita LCT-EPUSP Nesossilicatos Grupo do zircão Zr(SiO4) Grupo Al2SiO5 • andaluzita • sillimanita • cianita (SiO4)-4 • topázio Al2(SiO4)(F,OH)2 • estaurolita Fe2Al9O7(SiO4)4OH Grupo da condrodita • condrodita Mg5(SiO4)2(OH,F)2 • datolita CaB(SiO4)(OH) • titanita CaTiO(SiO4) • dumortierita (Al,Fe)7O3(BO3)(SiO4)2 LCT-EPUSP hemimorfita Zn4(Si2O7)(OH)2.H2O lawsonita CaAl2(Si2O7)(OH)2.H2O idiocrásio prehnita Ca2Al2(Si3O10)(OH)2 Sorosilicatos Grupo do epidoto • clinozoisita Ca2Al2O3(SiO4)(Si2O7)(OH) • epídoto Ca2(Al,Fe)Al2O(SiO4)(Si2O7)(OH) • allanita X2Y3O(SiO4)(Si2O7)(OH) ⇒ (Si2O7)-6 X=Ca,Ce,La,Na Y= Al,Fe,Mn,Be,Mg 18 LCT-EPUSP Ciclossilicatos Grupo do berilo • berilo Be3Al2(Si6O18) • cordierita Mg2Al3(AlSi5O18) axinita Ca(Fe,Mn)Al2(BO3)(Si4O12)(OH) turmalina XY3Al6(BO3)3(Si6O18)(OH)4 crisocola CuSiO3.nH2O (Si6O18)-12 LCT-EPUSP Inossilicatos Cadeia simples - grupo dos piroxênios (SiO3)-2 LCT-EPUSP Inossilicatos Cadeia dupla - grupo dos anfibólios (Si4O11)-6 LCT-EPUSP Filossilicatos (Si4O10)-4 LCT-EPUSP Filossilicatos Os filossilicatos são constituídos por duas unidades básicas: uma folha de tetraedros [SiO4] ligada por um oxigênio compartilhado a uma folha octaédrica, interligadas com outras folhas por ligações de van der Waals. LCT-EPUSP Filossilicatos A disposição/ocupação dos octaedros na folha octaédrica define os filossilicatos como trioctaédricos (ocupação plena) ou dioctaédricos (2/3 da folha ocupados por octaédros). camada trioctaédrica “tipo brucita” TRIOCTAÉDRICA DIOCTAÉDRICA camada dioctaédrica “tipo gibbsita” (1/3 vazios) 19 LCT-EPUSP Filossilicatos A disposição das folhas tetraédricas definem diferentes arranjos estruturais: • filossilicatos 1:1 T O • filossilicatos 2:1 T O T • filossilicatos 2:1:1 T O T O T O T estrutura 2:1 (TOT) LCT-EPUSP Filossilicatos 1:1 (TO) serpentina DIOCTAÉDRICATRIOCTAÉDRICA caolinita LCT-EPUSP Grupo das serpentinas lizardita crisotita antigorita LCT-EPUSP Filossilicatos 2:1 (TOT) talco DIOCTAÉDRICAsem ocupação das posições interfoliares - 9Å pirofilita TRIOCTAÉDRICA LCT-EPUSP talco X sepiolita talco sepiolita LCT-EPUSP Filossilicatos 2:1 (TOT) muscovita DIOCTAÉDRICATRIOCTAÉDRICA flogopita posições interfoliares com cátions tipo K1+ - 10Å 20 LCT-EPUSP Filossilicatos 2:1 (TOT) esmectitas DIOCTAÉDRICATRIOCTAÉDRICA vermiculita posições interfoliares com H2O - 15Å LCT-EPUSP Filossilicatos 2:1:1 (TOT-O-TOT) Grupo das cloritas LCT-EPUSP Tectossilicatos Grupo da sílica • quartzo • tridimita • cristobalita • opala Grupo dos feldspatos • série dos feldspatos-K K(AlSi3O8) ⇒ ortoclásio ⇒ microclínio • série dos feldspatos Na-Ca ⇒ albita Na(AlSi3O8) ⇒ anortita Ca(Al2Si2O8) Arranjos tridimensionais de tetraedros SiO4-4 quartzo LCT-EPUSP Tectossilicatos Família dos feldspatóides • leucita K(AlSiO6) • nefelina (Na,K)(AlSiO6) • sodalita Na4(AlSiO6)2Cl • lazurita (Na,Ca)4(AlSiO6)2(SO4,S,Cl) • petalita Li(AlSi4O10) Grupo da escapolita Família das zeólitas • analcima Na(AlSi2O6).H2O • natrolita Na2(Al2Si3O10).2H2O • cabazita (Ca,Na)2(Al2Si4O12).6H2O • heulandita Ca(Al2Si7O18).6H2O • estilbita Ca(Al2Si7O18).7H2O
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