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PELE E ANEXOS EPIDERME Tecido epitelial estratificado queratinizado, com funções estruturais e funcionais dependendo da localização anatômica. A derme influencia regulando a morfogênese e diferenciação epidérmica, fundamental para a determinação de espessura, tipo de diferenciação e padrão dos anexos. Ph é ácido, entre 4,6 e 5,8. Sistema Queranocítico: contém queratinócitos, responsáveis pelo corpo da epiderme e pelos, unhas e glândulas. Disposição lado a lado das células (devido a camada basal que se diferenciam e vão pra cima, formando a camada espinhosa ou de malpighi. Após passarem por um estágio de citoplasma basofílico e granuloso, a camada granulosa se transforma em células anucleadas (corneócitos), eliminadas para o meio ambiente na camada mais externa da epiderme, a camada córnea) e constante renocação. No queratinócito e nas demais células epiteliais, os filamentos intermediários ou tonofilamentos (do citoesqueleto) são compostos por proteínas citoqueratinas (CK, proteínas estruturais), e não filamentos de actina. Sua presença pode ajudar no reconhecimento da origem epitelial de malignidade. Dois tipos: citoqueratinas ácidas (tipo I, ck 9 a 20) e citoqueratinas básicas (tipo II, ck 1 a 8). Sistema melânico: contém células de langehans (dendríticas), células de merckel (receptores), células dendríticas. CAMADA BASAL - Mais profunda, forma e mantém a junção dermoepidérmica. Possui apenas uma fileira de queratinócitos, com capacidade de multiplicação (chamados de células germinativas), possuem morfologia colunas, citoplasma basófilo e núcleo grande e oval. - O par de citoqueratina é o 5-14. - A população das células basais é heterogênea. Pequeno percentual é células tronco, com velocidade baixa de mitose, gerando clone de queratinócitos (CÉLULAS AMPLIFICADORAS TRANSITÓRIAS – TAC), que se dividem rapidamente. Se divide em 2 células: uma nova TAC e uma PÓS MITÓTICA ou diferenciada que vai pra superfície. - Processo de reparação tecidual e algumas doenças hiperproliferativas (psoríase) podem provocar, por meio de fatores de crescimento e citocinas, aumento da velocidade de mitose na camada basal. TGF-a, EGF e KGF estimulam a mitose, enquanto o TGF-b inibe a mitose e promove a diferenciação dos queratinócitos, assim como os retinoides e a vitamina D3. CAMADA ESPINHOSA (MALPIGUI) - Formada por células da camada basal modificadas molecular e histoquimicamente, que se tornam poligonais, de citoplasma acidófilo, ricos em desmossomos, sendo denominadas células espinhosas ou de malpighi. - As células são dispostas em várias fileiras, de acordo com o lugar no corpo e fatores (hormônio, vascularização) e exógenos (RUV, trauma). Apesar dos filamentos de citoqueratina produzidos na camada basal deixarem de ser sintetizados, eles persistem nessas células (par 1 e 10). Em situações hiperproliferativas fisiológicas (reparação) ou patológicas (psoríase), a diminuição da produção do par ck 1 e 10 e o surgimento do par 6 e 16. - Ao progredirem na sua migração para a camada seguinte, as células achatam-se e tornam-se cada vez mais acidófilas. - é a camada com mais desmossomo (modificação na superfície da célula), participa da adesão celular, além do glicocálice. CAMADA GRANULOSA - Ao deixarem a camada espinhosa em direção à superfície, as células formam algumas fileiras em que tem grânulos basofílicos de cerato-hialina no citoplasma, constituindo a camada granulosa. O par de citoqueratina característico é o 2-11, derivado do metabolismo do par 1-10. - Grande atividade metabólica, síntese da córnea (conificação). - Os grânulos são constituídos de pró-filagrina, fiamentos de citoqueratina e loricrina. A pró se diferencia em filagrina, promovendo agregação e compactação lado a lado dos filamentos de queratina, característica dos corneócitos. Arthur Rodrigues – Medicina @arthurnamedicina PROBLEMA 1 - As proteínas do envelope dos corneócitos (involucrina, ceratolinina, loricrina, envoplaquina) já estão no interior das células granulosas, mas só formam o envelope depois de ativadas pelas transglutaminases da membrana celular. - os grânulos lamelares (corpos de Odland ou ceratinossomos), contendo glicoproteínas, ácidos graxos, fosfolipídios, glicosilceramidas e colesterol, são vistos nas células das porções superior da camada espinhosa, mas é na granulosa que se apresentam em grande quantidade; o conteúdo desses grânulos é liberado no espaço intercelular durante a transição súbita da camada granulosa para a córnea quando, sob a ação de suas hidrolases, é remodelado, e seus lipídios transformados em ceramida (45%), colesterol (25%), ácidos graxos (15%), esfingosina livre, sulfato de colesterol, ésteres do colesterol e triglicerídeos. - Todos se depositam em forma de bainha dupla em torno de cada corneócito, originando a grande barreira lipídica à passagem de água e substâncias polares da epiderme, e quando chegam à superfície, compõem com o SEBO, o manto lipídico da pele CAMADA CÓRNEA - limite entre o ser e o meio. Células acidófilas, planas, torna possível a descamação sem causar danos. - vários eventos: Apoptose, com destruição do núcleo e organelas, cujos componentes podem ser reaproveitados pela própria epiderme; Liberação e ativação da filagrina contida nos granulos, com consequente organização dos filamentos de queratina em feixes paralelos compactos; Extrusão do conteúdo dos grânulos lamelares, especialmente colesterol, ceramida e ácido graxo livre, seguida pela formação da barreira lipídica extracelular hidrofóbica; Formação do envelope extracelular do corneócito; Destruição gradativa dos desmossomos, que leva à descamação de células isoladas na porção mais externa da camada córnea. - Confere proteção mecânica e de transito de agua (2 lamelas lipídicas). Corneócitos retêm alguma atividade metabólica, não sendo inertes, mesmo não tendo núcleo e organelas. - Antes da transformação da granulosa em córnea, pode ser observada a camada lúcida, de aspecto homogêneo e com células achatadas e anucleadas. - Hidrolases e proteases (determinam hidratação da pele e atuam no processo de transição entre a camada basal até a córnea). JUNÇÃO DERMOEPIDÉRMICA - A epiderme penetra na derme por meio dos cones interpapilares (cristas epidérmicas), e a derme projeta-se na epiderme pelas papilas dérmicas. - Responsável pela adesão dermoepidérmica, funciona como suporte para a epiderme, determina a polaridade do seu crescimento, fornece sinais para o seu desenvolvimento, dirige a organização do citoesqueleto das células basais e serve como barreira semipermeável. - Rica em mucopolissacarídeos neutros. É composta pelo polo inferior da membrana da célula basal e seus hemidesmossomos, lâmina lúcida, lâmina densa e sublâmina densa. - LÂMINA LÚCIDA: glicoproteínas, colágenos, lamininas... elas se ligam e em outras moléculas, colaborando para a adesão entre a membrana da célula basal e a lâmina densa. - LÂMINA DENSA: colágeno IV, proteoglicanos, e proteínas. Antígenos. Barreira à passagem de macromoléculas. Dela partem as fibrilas de ancoragem, de colágeno VII, que mergulham na derme, que podem apresentar terminações livres, inserir-se nas placas de ancoragem ou formar uma alça e retornar para a lâmina basal.
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