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2 - CAMADAS DA EPIDERME

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PELE E ANEXOS 
 
EPIDERME 
Tecido epitelial 
estratificado 
queratinizado, 
com funções 
estruturais e 
funcionais 
dependendo 
da localização 
anatômica. 
A derme 
influencia regulando a morfogênese e diferenciação 
epidérmica, fundamental para a determinação de 
espessura, tipo de diferenciação e padrão dos anexos. Ph 
é ácido, entre 4,6 e 5,8. 
 Sistema Queranocítico: contém queratinócitos, 
responsáveis pelo corpo da epiderme e pelos, unhas e 
glândulas. 
Disposição lado a lado das células (devido a camada 
basal que se diferenciam e vão pra cima, formando a 
camada espinhosa ou de malpighi. Após passarem por 
um estágio de citoplasma basofílico e granuloso, a 
camada granulosa se transforma em células anucleadas 
(corneócitos), eliminadas para o meio ambiente na 
camada mais externa da epiderme, a camada córnea) 
e constante renocação. 
No queratinócito e nas demais células epiteliais, os 
filamentos intermediários ou tonofilamentos (do 
citoesqueleto) são compostos por proteínas 
citoqueratinas (CK, proteínas estruturais), e não filamentos 
de actina. Sua presença pode ajudar no reconhecimento 
da origem epitelial de malignidade. 
 Dois tipos: citoqueratinas ácidas (tipo I, ck 9 a 20) 
e citoqueratinas básicas (tipo II, ck 1 a 8). 
 Sistema melânico: contém células de langehans 
(dendríticas), células de merckel (receptores), células 
dendríticas. 
CAMADA BASAL 
- Mais profunda, forma e mantém a junção 
dermoepidérmica. 
Possui apenas uma fileira de queratinócitos, com 
capacidade de multiplicação (chamados de células 
germinativas), possuem morfologia colunas, citoplasma 
basófilo e núcleo grande e oval. 
- O par de citoqueratina é o 5-14. 
- A população das células basais é heterogênea. 
Pequeno percentual é células tronco, com velocidade 
baixa de mitose, gerando clone de queratinócitos 
(CÉLULAS AMPLIFICADORAS TRANSITÓRIAS – TAC), que se 
dividem rapidamente. Se divide em 2 células: uma nova 
TAC e uma PÓS MITÓTICA ou diferenciada que vai pra 
superfície. 
- Processo de 
reparação 
tecidual e 
algumas doenças 
hiperproliferativas 
(psoríase) podem 
provocar, por 
meio de fatores de 
crescimento e 
citocinas, 
aumento da velocidade de mitose na camada basal. 
 TGF-a, EGF e KGF estimulam a mitose, enquanto 
o TGF-b inibe a mitose e promove a 
diferenciação dos queratinócitos, assim como os 
retinoides e a vitamina D3. 
CAMADA ESPINHOSA (MALPIGUI) 
- Formada por células da camada basal modificadas 
molecular e histoquimicamente, que se tornam 
poligonais, de citoplasma acidófilo, ricos em 
desmossomos, sendo denominadas células espinhosas ou 
de malpighi. 
- As células são dispostas em várias fileiras, de acordo com 
o lugar no corpo e fatores (hormônio, vascularização) e 
exógenos (RUV, trauma). Apesar dos filamentos de 
citoqueratina produzidos na camada basal deixarem de 
ser sintetizados, eles persistem nessas células (par 1 e 10). 
Em situações hiperproliferativas fisiológicas (reparação) 
ou patológicas (psoríase), a diminuição da produção do 
par ck 1 e 10 e o surgimento do par 6 e 16. 
- Ao progredirem na sua migração para a camada 
seguinte, as células achatam-se e tornam-se cada vez 
mais acidófilas. 
- é a camada com mais desmossomo (modificação na 
superfície da célula), participa da adesão celular, além 
do glicocálice. 
CAMADA GRANULOSA 
- Ao deixarem a camada espinhosa em direção à 
superfície, as células formam algumas fileiras em que tem 
grânulos basofílicos de cerato-hialina no citoplasma, 
constituindo a camada granulosa. O par de citoqueratina 
característico é o 2-11, derivado do metabolismo do par 
1-10. 
- Grande atividade metabólica, síntese da córnea 
(conificação). 
- Os grânulos são constituídos de pró-filagrina, fiamentos 
de citoqueratina e loricrina. A pró se diferencia em 
filagrina, promovendo agregação e compactação lado 
a lado dos filamentos de queratina, característica dos 
corneócitos. 
Arthur Rodrigues – Medicina 
@arthurnamedicina 
PROBLEMA 1 
- As proteínas do envelope dos corneócitos (involucrina, 
ceratolinina, loricrina, envoplaquina) já estão no interior 
das células granulosas, mas só formam o envelope depois 
de ativadas pelas transglutaminases da membrana 
celular. 
- os grânulos lamelares (corpos de Odland ou 
ceratinossomos), contendo glicoproteínas, ácidos graxos, 
fosfolipídios, glicosilceramidas e colesterol, são vistos nas 
células das porções superior da camada espinhosa, mas 
é na granulosa que se apresentam em grande 
quantidade; o conteúdo desses grânulos é liberado no 
espaço intercelular durante a transição súbita da 
camada granulosa para a córnea quando, sob a ação 
de suas hidrolases, é remodelado, e seus lipídios 
transformados em ceramida (45%), colesterol (25%), 
ácidos graxos (15%), esfingosina livre, sulfato de colesterol, 
ésteres do colesterol e triglicerídeos. 
- Todos se depositam em forma de bainha dupla em torno 
de cada corneócito, originando a grande barreira lipídica 
à passagem de água e substâncias polares da epiderme, 
e quando chegam à superfície, compõem com o SEBO, o 
manto lipídico da pele 
CAMADA CÓRNEA 
- limite entre o ser e o meio. Células acidófilas, planas, 
torna possível a descamação sem causar danos. 
- vários eventos: 
 Apoptose, com destruição do núcleo e organelas, 
cujos componentes podem ser reaproveitados 
pela própria epiderme; 
 Liberação e ativação da filagrina contida nos 
granulos, com consequente organização dos 
filamentos de queratina em feixes paralelos 
compactos; 
 Extrusão do conteúdo dos grânulos lamelares, 
especialmente colesterol, ceramida e ácido 
graxo livre, seguida pela formação da barreira 
lipídica extracelular hidrofóbica; 
 Formação do envelope extracelular do 
corneócito; 
 Destruição gradativa dos desmossomos, que leva 
à descamação de células isoladas na porção 
mais externa da camada córnea. 
- Confere proteção mecânica e de transito de agua (2 
lamelas lipídicas). Corneócitos retêm alguma atividade 
metabólica, não sendo inertes, mesmo não tendo 
núcleo e organelas. 
- Antes da transformação da granulosa em córnea, 
pode ser observada a camada lúcida, de aspecto 
homogêneo e com células achatadas e anucleadas. 
- Hidrolases e proteases (determinam hidratação da pele 
e atuam no processo de transição entre a camada basal 
até a córnea). 
JUNÇÃO DERMOEPIDÉRMICA 
 - A epiderme penetra na derme por meio dos cones 
interpapilares (cristas epidérmicas), e a derme projeta-se 
na epiderme pelas papilas dérmicas. 
- Responsável pela adesão dermoepidérmica, funciona 
como suporte para a epiderme, determina a polaridade 
do seu crescimento, fornece sinais para o seu 
desenvolvimento, dirige a organização do citoesqueleto 
das células basais e serve como barreira semipermeável. 
- Rica em mucopolissacarídeos neutros. É composta pelo 
polo inferior da membrana da célula basal e seus 
hemidesmossomos, lâmina lúcida, lâmina densa e 
sublâmina densa. 
- LÂMINA LÚCIDA: glicoproteínas, colágenos, lamininas... 
elas se ligam e em outras moléculas, colaborando para a 
adesão entre a membrana da célula basal e a lâmina 
densa. 
- LÂMINA DENSA: colágeno IV, proteoglicanos, e 
proteínas. Antígenos. Barreira à passagem de 
macromoléculas. Dela partem as fibrilas de ancoragem, 
de colágeno VII, que mergulham na derme, que podem 
apresentar terminações livres, inserir-se nas placas de 
ancoragem ou formar uma alça e retornar para a lâmina 
basal.

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