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- -1 LINGUÍSTICA APLICADA AO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA CAPÍTULO 3 – EXISTE UM MÉTODO IDEAL PARA O ENSINO DE LÍNGUAS? Alessandra da Silva Felix - -2 Introdução Este capítulo tem como foco abordar a aprendizagem de língua estrangeira, apresentando suas teorias, seus conceitos e seus métodos, a fim de esclarecer as dúvidas sobre o assunto. Assim, reflita: por que é importante é importante conhecer as bases das teorias de aprendizagem? Qual é o objetivo de conhecer conceitos como “aprendizagem”? Há necessidade de saber a diferença entre os métodos de aprendizagem? Essas três perguntas serão respondidas ao longo deste capítulo. Ao analisarmos cada bloco de informação, veremos os pontos principais e como cada teoria, conceito e método segue um fluxo de raciocínio e de orientação aos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Entender se há um método ideal para o ensino de línguas vai auxiliar você a fazer escolhas mais adequadas à sua necessidade como aluno de língua estrangeira. Veremos, brevemente, os estudos feitos que levaram ao ensino de língua estrangeira. Você conhecerá, portanto, um pouco da base para o ensino de língua estrangeira atualmente utilizado nas salas de aulas, não só do Brasil, como no mundo. Com base nas informações aqui adquiridas, você terá condições, ao final, de responder à pergunta central do nosso estudo: “Existe um método ideal para ensino de línguas?” Acompanhe com atenção e aproveite o conhecimento aqui apresentado! 3.1 Teorias de aprendizagem O processo de aprendizagem ganha vida quando temos em nossas mãos teorias que nos auxiliam no ensino de línguas estrangeiras. Compreender como a aprendizagem se realizava foi uma das preocupações de muitos estudiosos, especialmente a partir do século XIX, início da formação das principais teorias sobre aprendizagem. Os estudos voltados para esse assunto se preocupavam, primeiramente, em analisar o comportamento, e alguns ramos seguiram o caminho que levava à aquisição da linguagem. Abordaremos, neste tópico, algumas das teorias que mais se destacam dentro dos estudos sobre aprendizagem. Vamos lá? 3.1.1 Definição: teoria Pesquisas foram feitas e teorias formuladas para explicar fatos sobre a mente humana que, a princípio, pareciam inexplicáveis. Conceitos foram surgindo para dar um norte a todos que queriam entender como nossa mente funcionava e funciona. Nenhuma teoria, contudo, virou um fato possível de ser comprovado empiricamente, afirmando que a prática, seguindo determinada teoria, se realizaria perfeitamente, como se observa nas Ciências Exatas. A verdade é que quando o assunto é o ser humano, somos um grande mistério, especialmente em relação à mente. As teorias formuladas para entender como ela funciona são guias para caminhos diversos que podem explicar o processo de aprendizagem de algumas pessoas, mas não de todas, ou podem explicar partes do processo de aprendizagem que ocorrem em alguns indivíduos, no entanto, não conseguem determinar um caminho completo, específico e eficaz sobre esse assunto. É por isso que muitas teorias foram e têm sido formuladas para dar conta do que acontece na nossa mente; mas, como foi dito, são teorias e não fatos. Perceba: toda teoria é oriunda de uma visão e, como toda teoria, precisa ser debatida, questionada e analisada, porque elas foram, são e serão importantes para a formação de conceitos e compreensões sobre o assunto discutido. Várias correntes de pensamentos geraram modelos ligados à natureza educacional, tais como o empirismo e o inatismo. Tendo em mente esses pressupostos, vamos conhecer as ideias principais de cada corrente. Clique nas abas abaixo. - -3 Empirismo O vê a mente humana como uma tábula rasa, na qual serão gravadas as ideias. empirismo Inatismo Já o teoriza que a herança genética determina a maioria dos traços característicos do indivíduo, físicosinatismo ou psicológicos, já estão predeterminadas no sujeito. Por exemplo, “Chomsky acredita que já nascemos com todas as estruturas gramaticais da linguagem” (UCHÔA, 2014, p. 3). Essas bases teóricas foram importantes para o surgimento das teorias de aprendizagem da atualidade. 3.1.2 As principais teorias de aprendizagem da atualidade Temos cinco teorias mais influentes dentro dos estudos sobre aprendizagem. A primeira é conhecida como , que é subdividido em e . O behaviorismo metodológico foi teorizado porbehaviorismo metodológico radical John B. Watson (1878-1958), inspirado em Ivan Pavlov (1849-1936), que publicou um artigo sobre o fenômeno de reflexo condicionado. Essa vertente tem um “caráter empirista”, pois entendia que “todo o ser humano aprendia tudo a partir do ambiente” (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011, p. 13), além de um “caráter determinista”, porque acredita que o comportamento é previsível, tendo como “teoria baseada em estímulo- resposta” (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011, p. 13). Já o behaviorismo radical foi teorizado por Burrhus Frederic Skinner (1904-1990), que entendia que os processos mentais são de “natureza física, material, portanto, mensuráveis” (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011, p. 14). Saiba que as postulações de Skinner são até hoje influentes no âmbito educacional. A segunda teoria de aprendizagem é o , que “enfatiza o processo de cognição, através do qual acognitivismo pessoa atribui significados à realidade em que se encontra” (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011, p. 31). A teoria cognitivista, de modo geral, tem a preocupação em conhecer o “processo de compreensão, transformação, armazenamento e uso da informação envolvido na cognição e procura regularidades nesse processo mental”. Os autores que abriram esse tipo de reflexão foram Jerome Bruner (1915-2016) e David Ausubel (1918-2008), além de Jean Piaget (1896-1980). Bruner acreditava que “o que é relevante em uma matéria de ensino é sua estrutura, suas ideias e relações fundamentais”. Dessa forma, o conteúdo a ser ensinado teria uma estrutura que a criança conseguiria visualizar. Esse teórico apresenta o método de descoberta, que “consiste de conteúdos de ensino percebidos pelo aprendiz em termos de problemas, relações e lacunas que ele deve preencher, a fim de que a aprendizagem seja considerada significante e relevante” (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011, p. 32). Para Ausubel, o importante era a aprendizagem significativa, que consiste em “um processo através do qual uma nova informação se relaciona de maneira não arbitrária e substantiva a um aspecto relevante da estrutura cognitiva do indivíduo”, ou seja, “a aprendizagem significativa ocorre quando a nova informação “ancora-se” em conceitos relevantes pré-existentes na estrutura cognitiva” (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011, p. 34). Ausubel entendia que o armazenamento humano de informação é superorganizado. Ele postulou também que, na aprendizagem mecânica, a informação nova é “armazenada de maneira arbitrária e literal, não interagindo com aquela já existente na estrutura cognitiva e pouco ou nada contribuindo para sua elaboração e diferenciação” VOCÊ QUER LER? Sobre a história da educação no Brasil, confira o livro “Educação Brasileira: 500 anos de História 1500-2000”, em que Arnaldo Niskier (1995) aborda os momentos da nossa pedagogia, seus mitos, seus problemas e as possíveis soluções. - -4 aquela já existente na estrutura cognitiva e pouco ou nada contribuindo para sua elaboração e diferenciação” (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011, p. 35). As teorias formuladas por Bruner e Ausubel estão no campo da aprendizagem, voltado à compreensão da mente humana. Confira, no vídeo a seguir, alguns métodos existentes para o ensino de línguas, especialmente aqueles mais recentes em formato de aplicativo para ou .desktop mobile https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id /1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1549891012&entry_id=1_w1wg8oxq Já teoria defendida por Jean Piaget, pesquisador que abriu os estudos construtivistas, não está diretamente ligada à teoria da aprendizagem, mas se preocupa com o desenvolvimento da mente. Piagetdistinguiu quatro fases da cognição: sensório-motor; pré-operacional; operacional-concreto; e operacional-formal. De acordo com sua teoria, a criança “constrói esquemas de assimilação mentais para abordar a realidade” (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011, p. 33). É o que ele chama de assimilação e acomodação, isto é, “quando a mente assimila, ela incorpora a realidade a seus esquemas de ação, impondo-se ao meio”, mas quando acontece de a mente não conseguir assimilar, ela desiste e se modifica, então ocorre a acomodação, que provoca a “construção de novos esquemas de assimilação, promovendo, com isso, o desenvolvimento cognitivo” (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011, p. 33). Na visão humanista do , temos os teóricos Carl Rogers (1902-1987) e George Kelly (1905-1967). Ocognitivismo foco dessa visão não é comportamental, mas subjetiva. Na abordagem de Rogers, o ponto focal é o crescimento pessoal do aluno, “desenvolvimento de pessoas ‘plenamente atuantes’”, sendo o ser humano educado aquele que aprendeu a aprender, “que percebe que nenhum conhecimento é seguro e que só o processo de buscar conhecimento dá alguma base para segurança” (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011, p. 37). Já na abordagem de Kelly, “a construção da realidade é subjetiva, pessoal, ativa, criativa, racional e emocional”, ou seja, “as pessoas, assim como os cientistas, criam modelos pessoais que não representam o mundo tal como ele é, mas são realidades construídas que não são baseadas em verdades absolutas” (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011, p. 38- 39). Para isso ter algum tipo de êxito, é imprescindível que o conhecimento formal apresentado ao estudante seja identificado como “hipotético e passível de reconstrução e avaliação por parte do aluno” (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011, p. 39). Ainda dentro da visão cognitiva clássica, podemos apresentar também a abordagem sociocultural, que tem o seu maior expoente Lev Semenovitch Vygotsky (1896-1934). Em sua teoria, Vygotsky entende que “o desenvolvimento humano está definido pela interiorização dos instrumentos e signos; pela conversão dos sistemas de regulação externa em meios de autorregulação”, ou seja, “através da atividade é que os processos psicológicos superiores são desenvolvidos” (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011, p. 41-42). O conceito de “zona de desenvolvimento proximal” é o que mais atrai educadores na compreensão da aprendizagem. Segundo ele, existe uma classe de “desnível intelectual avançado dentro do qual uma criança, com o auxílio direto ou indireto de um adulto, pode desempenhar tarefas que ela, sozinha, não faria, por estarem acima do seu nível de desenvolvimento” (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011, p. 42-43). Em outras palavras: “o ‘bom aprendizado’ é somente aquele que se adianta ao desenvolvimento”, pois um aprendizado que leva a um patamar de desenvolvimento já atingido é inútil no sentido global do desenvolvimento infantil. Para ele, o papel do professor é importante na interação social do aluno (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011, p. 42-43). A última teoria que abordaremos é o , que tem como estudiosos os canadenses George Siemens econectivismo Stephen Downes. O conectivismo reconhece as modificações estruturais na sociedade, que tem as ferramentas tecnológicas, mas que as usa lentamente, principalmente no campo educacional. Esse modelo de aprendizagem proporciona tarefas e percepções de habilidades dentro da era digital. https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1549891012&entry_id=1_w1wg8oxq https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1549891012&entry_id=1_w1wg8oxq - -5 3.1.3 O ensino e as teorias de aprendizagem no Brasil No Brasil, as teorias de aprendizagem e o ensino se destacam mais na Educação a Distância (EaD). Na educação presencial, os estudos sobre aprendizagem são vastos e têm sido usados para entender o processo de ensino- aprendizagem. No entanto, é na EaD que essas abordagens encontram espaço para serem desenvolvidas, especialmente com os usos das ferramentas tecnológicas e do mundo digital. As experiências adquiridas com a EaD proporcionam um aprimoramento das teorias que são bases para o processo de aprendizagem. Nas salas de aulas presenciais, as teorias de aprendizagem continuam sendo importantes para um melhor desenvolvimento do ensino e do aluno, no entanto, é dentro das salas virtuais, ou das aulas fora do ambiente escolar, que as teorias são mais experimentadas, e as mídias digitais contribuem muito para que isso ocorra. Segundo as palavras de Tarouco (2017, p. 21), “[...] o potencial de combinação entre as diferentes mídias” enriquece a comunicação e compartilha conhecimento. Nos dias atuais, final da segunda década do século XIX, as hipertecnologias desafiam o campo educacional a utilizar esses conhecimentos teóricos e tecnológicos para um melhor desenvolvimento do ensino. Essa área é que mais lentamente se apropria das ferramentas digitais que já são usadas na sociedade. 3.2 Conceitos essenciais de aprendizagem Quando pensamos em ensino, pensamos em todas as disciplinas escolares que fazem parte dos currículos educacionais. Cada uma delas tem a sua particularidade, seu modo de promover o processo de aprendizagem dos alunos. Para isso, são utilizados abordagens, métodos e técnicas que ajudarão esse processo a acontecer da melhor forma dentro de uma turma heterogênea. Quando falamos de ensino de língua estrangeira, no nosso caso, língua inglesa, tenha em mente que o conceito acima não é diferente. Vejamos as definições dos conceitos essenciais de aprendizagem. 3.2.1 Definições: abordagem, método e técnica A melhor maneira de conhecermos as definições dos conceitos essenciais de aprendizagem é entender como o dicionário as apresenta. Clique no botão a seguir e veja as definições da palavra abordagem segundo o dicionário virtual Priberam (ABORDAGEM..., 2013). Abordagem Segundo o dicionário virtual Priberam, abordagem é “(1) Ato deum barco se acercar a outro, VOCÊ SABIA? A língua inglesa é o idioma mundial dos negócios, da cultura e das ciências. O artigo do Estadão (2017) defende que a língua inglesa se destaca cada vez mais no mundo e que, por esse motivo, seu ensino tem crescido no Brasil, mesmo que isso tenha acontecido tardiamente. Saiba mais em: <https://educacao.estadao.com.br/blogs/cambridge-english/o-ensino-da-lingua-inglesa-no- >.brasil/ https://educacao.estadao.com.br/blogs/cambridge-english/o-ensino-da-lingua-inglesa-no-brasil/ https://educacao.estadao.com.br/blogs/cambridge-english/o-ensino-da-lingua-inglesa-no-brasil/ - -6 Abordagem Segundo o dicionário virtual Priberam, abordagem é “(1) Ato deum barco se acercar a outro, 2) 3) borda a borda (para o alijar, atacar, etc.); ( Assalto aumnavio; ( Abalroação” (ABORDAGEM..., 2013). Abordagem, portanto, está ligada diretamente à palavra “barco”, mas quando analisamos a definição pura da palavra, percebemos que o seu uso dentro do ambiente educacional não é aleatório. O seu uso para o processo de ensino-aprendizagem tem ligação com “aproximação”, seja para aliviar o peso (alijar), seja para atacar (ir de encontro a algo). No ambiente educacional, ensinar requer abordagens que ora aliviem a carga do aluno, ora vão de encontro ao seu mundo para desiquilibrar/sacolejar o que ele conhece, produzindo novos conhecimentos. Vendo por esse último prisma, o conceito vigotskiano da é adequado, pois entende aquizona de desenvolvimento proximal que o professor provoca o desequilíbrio suficiente para que o aluno se reequilibre, permitindo um novo nível com o conhecimento novo adquirido. Tendo isso em mente, podemos dizer que dentro do processo de ensino- aprendizagem, uma abordagem pode não ser o suficiente, já que a abordagem é uma estratégia de aproximação. Dessa forma, podemos usar várias abordagens de acordo com o objetivo a ser alcançado, a disciplina, o assunto, a turma, ou o aluno. Dentro do raciocínio de conhecere entender as definições dos conceitos de aprendizagem, temos a palavra “método”. Clique no botão para conhecer a definição dessa palavra. Método "(1) 2) 3) Ordem pedagógica na educação; ( Tratado elementar; ( Processo racional para 4) 5) chegar adeterminado fim; ( Maneira de proceder; ( Processo racional para chegar ao 6) conhecimento ou demonstração da verdade; ( Obra que contém disposta numa ordem de 7) progressão lógica os principais elementos de uma ciência, de uma arte; ( [Figurado] Prudência; ponderação" (MÉTODO..., 2013). Ao observar essas definições, podemos entender que essa palavra, dentro do contexto educacional, diz respeito a um meio pelo qual o ensino e a aprendizagem acontecem, ou seja, está ligada a uma organização conceitual e/ou institucional sobre o processo de ensino-aprendizagem, em que todos os envolvidos seguem o mesmo procedimento, independente da disciplina, para que o objetivo final seja alcançado. Tendo isso em mente, podemos compreender o porquê, por exemplo, de as escolas de idiomas terem métodos diferentes umas das outras para o ensino de língua estrangeira; cada uma segue um procedimento organizado em princípios pedagógicos, entendendo que é a melhor maneira de seu aluno aprender o idioma escolhido. Então, conseguimos compreender que para o processo de ensino-aprendizagem acontecer, faz-se necessário a eleição de um método que definirá o caminho que a escola percorrerá a fim de que seus alunos aprendam. A última definição que precisamos conhecer sobre os conceitos de aprendizagem é a da palavra “técnica”. Clique no botão a veja a sua definição. Técnica “(1) 2) 3) Parte material deuma arte; ( Conjunto dos processos de uma arte; ( Prática” (TÉCNICA..., 2013) Observando as possíveis definições apresentadas, podemos ver que a palavra em questão está ligada ao uso prático do método e das abordagens, quando a utilizamos no campo educacional, ou seja, dentro da área educacional, a técnica proporciona a observação prática do método escolhido por meio das abordagens aplicadas sobre o ensino de um assunto dentro de uma disciplina. A técnica, dentro da educação, é importante para que o professor consiga mensurar o nível de conhecimento que o seu aluno conseguiu atingir, podendo, assim, avaliar seu desenvolvimento educacional. Exemplos de técnicas utilizadas dentro do campo educacional são: atividades individuais e/ou em grupos; exercícios; avaliações/provas etc. Podemos entender melhor a ideia que a , o e a abordagem método técnica têm dentro da educação a partir do esquema abaixo. Observe! - -7 Figura 1 - Organizar o uso do método, da abordagem e da técnica. Fonte: Elaborada pela autora, baseada em PRIBERAM, 2013. Observando o esquema, perceba que o processo de ensino-aprendizagem se dá em um estabelecimento de ensino (escola), que tem um método de ensino seguido pelo professor. Esse professor emprega diversas abordagens e que depois aplica a técnica (prática) para mensurar o nível de conhecimento de seu aluno, a fim de atingir o objetivo da escola que é o desenvolvimento do estudante. 3.3 Métodos de ensino de línguas – Parte I Segundo Norte, Schlünzen Júnior e Schlünzen (2013), o ensino de línguas estrangeiras remonta a um passado longínquo. Os primeiros documentos sobre isso datam aproximadamente no ano de 3000 a.C., quando os acadianos aprenderam a escrita dos sumérios. Era comum que conquistados aprendessem a língua de seus - -8 acadianos aprenderam a escrita dos sumérios. Era comum que conquistados aprendessem a língua de seus conquistadores, mas, no caso dos acadianos, foi o contrário, assim como aconteceu com os romanos em relação à língua grega (NORTE; SCHLÜNZEN JÚNIOR; SCHLÜNZEN, 2013). Até hoje, as razões para aprendermos uma língua estrangeira são muitas, tais como cultura, economia, política, diplomacia, turismo etc. Veremos, neste tópico, os métodos utilizados para o ensino de língua estrangeira. 3.3.1 Método tradução e gramática Também conhecido como método indireto ou tradicional, é explicado de maneira simples por Oliveira (2014, apud ARCE, 2015, p. 121), que afirma que ainda é usado por muitoso método de tradução e gramática docentes, no qual “a língua materna serve de intermediária entre a língua-alvo e os alunos na construção dos sentidos textuais (ênfase na leitura)”. Em outras palavras, para se aprender a língua estrangeira, utiliza-se como base a língua materna para a compreensão lexical e gramatical, a fim de construir sentidos, em especial nos textos, na língua estrangeira que se está estudando. O método tradução e gramática não tem como alvo principal atingir as quatro habilidades (ler, falar, ouvir, escrever), mas dar ao aluno a capacidade de compreensão dos sentidos que o texto em língua estrangeira apresenta, focando na tradução e na prática exaustiva de exercícios gramaticais. Segundo Jalil e Procailo (2009, p. 775), eram usados textos literários e eles “eram considerados de nível superior por contribuírem como o conhecimento sobre a cultura da língua estrangeira, aqui vista somente com o estudo das artes em geral”. As autoras ainda afirmam que para promover a consciência das regras gramaticais nos alunos, inúmeras tarefas de memorização eram feitas “na forma de exercícios estruturalistas de substituição e/ou repetição” (JALIL; PROCAILO, 2009, p. 776). Por meio desse método, as línguas modernas eram tratadas como se fossem línguas clássicas para apreciação artística. Esse tipo de método é mais utilizado hoje no Brasil quando se pretende estudar um idioma com um objetivo específico, como o inglês instrumental. Trata-se de um processo cujo objetivo é preparar o aluno para provas de concursos, sejam elas de cargos públicos ou de cursos de pós-graduação .stricto sensu Esse tipo de método é mais utilizado hoje no Brasil quando se pretende estudar um idioma com um objetivo específico, como o inglês instrumental. Trata-se de um processo cujo objetivo é preparar o aluno para provas de concursos, sejam elas de cargos públicos ou de cursos de pós-graduação .stricto sensu 3.3.2 Método direto Criado no final do século XIX, o chegou ao Brasil no início da década de 1930. Diferentemente dométodo direto método de tradução e gramática, ou método indireto, o método direto tem o foco principal na comunicação. Segundo Gomes (2016, p. 115), esse método surgiu de forma totalmente oposta ao da gramática e tradução, pois era baseado nos “estudos fonéticos, que ocasionaram a criação do IPA ( ) –International Phonetic Alphabet Alfabeto Fonético Internacional”, que eram “conjuntos de símbolos que representam os sons do inglês”, e que foram um norte para “os professores que desejavam um método que possibilitasse o desenvolvimento das VOCÊ QUER LER? Conheça a história da educação brasileira com a leitura de “História da Educação Brasileira”, de Paulo Ghiraldelli Jr. (2006), que escreve abordando tanto a pedagogia como a política educacional, mostrando os movimentos dos partidos, as constituições, as ações governamentais, as LDBNs, os currículos, os principais teóricos e a filosofia da educação. - -9 Alfabeto Fonético Internacional”, que eram “conjuntos de símbolos que representam os sons do inglês”, e que foram um norte para “os professores que desejavam um método que possibilitasse o desenvolvimento das habilidades orais (audição e fala)”. Arce (2015, p. 121) também afirma que esse método “proíbe o uso da língua materna em sala de aula e utiliza objetos e imagens para explicar os significados das palavras, que não devem ser traduzidas”. A visão desse método é não utilizar a língua materna, nem fazer traduções ou ensino exaustivo da gramática, mas deduzir os sentidos do texto através do contexto, objetos e imagens. De acordo com Jalil e Procailo (2009), pensar em outra língua deveria ser normal quando se estuda uma língua estrangeira, assim como se comunicar em outro idioma deveria ser natural para quem o estuda. A leitura é “uma das habilidades privilegiadas, porém seu desenvolvimento” anda ao lado da “habilidade da fala e a aquisiçãode vocabulário por meio dos textos e das situações propostas” (JALIL; PROCAILO, 2009, p. 777-778). Ainda segundo as autoras, para esse método, “o professor induz a um processo de descoberta das regras gramaticais a partir de generalizações feitas pelos alunos durante e após a prática” (JALIL; PROCAILO, 2009, p. 777). Este método foi revolucionário diante da realidade que se tinha sobre o ensino de língua estrangeira, já que o método tradicional foi usado até o início do século XX. 3.3.3 Método de abordagens comunicativas O Método de abordagens comunicativas surgiu no final da década de 1970, quando alguns estudiosos começaram a perceber que os alunos de língua estrangeira conseguiam produzir sentenças corretas gramaticalmente, mas fora de contextos reais de comunicação. A definição de competência comunicativa mudou, deixando de ser exclusivamente ligada à oralidade e passando para a aquisição de outras habilidades e competências. Segundo Jalil e Procailo (2009, p. 778), “o conceito de competência comunicativa, desenvolvido por Hymes (1970), postula que ser competente comunicativamente falando vai além do conhecimento linguístico que o indivíduo pode ter”. Jalil e Procailo organizam as competências que o aluno deve ter, além da oralidade em língua estrangeira. Veja a seguir. VOCÊ SABIA? O fisiologista russo Ivan Pavlov realizou um experimento com vários cães, que ficaram famintos sem que houvesse qualquer comida perto. Leia mais no trabalho desenvolvido por Gutiérrez (2005) sobre a experiência revolucionária que aconteceu há mais de 100 anos. Confira em: <http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1657- >92672005000200012&lang=pt: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1657-92672005000200012&lang=pt: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1657-92672005000200012&lang=pt: - -10 Quadro 1 - Apresentação das competências dentro da abordagem comunicativa. Fonte: JALIL; PROCAILO, 2009, p. 779. Nesse método, o professor passa a ser um mediador da aprendizagem, atuando como conselheiro dos estudantes (JALIL; PROCAILO, 2009, p. 779). As características dessa abordagem você confere no próximo quadro. - -11 Quadro 2 - Apresentação das características da abordagem comunicativa. Fonte: NORTE; SCHLÜNZEN JÚNIOR; SCHLÜNZEN, 2013, p. 29-30. Esse método é “centrado no processo de ensino e aprendizagem e no aprendiz como um indivíduo com suas próprias características, seus desejos e necessidades” (NORTE; SCHLÜNZEN JÚNIOR; SCHLÜNZEN, 2013, p. 30). “Na abordagem comunicativa, o trabalho com as quatro habilidades — ouvir, falar, ler e escrever — é integrado” (FALCÃO; SPINILLO, 2003, p. 98). 3.3.4 Método áudio lingual O também tem como foco o desenvolvimento da oralidade em língua estrangeira, assimmétodo áudio lingual como o método direto. Segundo Arce (2015, p. 121), esse método, também conhecido como audiolinguismo, surgiu “nos Estados Unidos em resposta à explosão tecnológica e aos conflitos bélicos do início do século XX, baseia-se na teoria estruturalista da língua e na corrente behaviorista de aprendizado”. De acordo com Jalil e Procailo (2009, p. 777), “seus pressupostos teóricos baseavam-se nos princípios da linguística estrutural (FRIES, 1945) e da psicologia comportamentalista (PAVLOV, 1927; SKINNER, 1957)”. As autoras (2009, p. 777) também afirmam que, nesse método, o idioma é visto “como um conjunto de hábitos que se adquirem por meio de um processo mecânico de estímulo – resposta”. Oliveira (2016, apud ARCE, 2015, p. 121) diz que o objetivo desse método era tornar o estudante fluente no idioma estrangeiro, especialmente, na oralidade, já que a escrita ocupava um espaço secundário. Ainda segundo esse método, o papel do professor era o de um modelo, e os alunos agiam passivamente, “retendo e repetindo as sentenças apresentadas por meio de exercícios de transformação e substituição” (ARCE, 2015, p. 121). Entende- se que “a aprendizagem dos padrões estruturais da língua acontece por meio de condicionamento ou formação de hábitos, ou seja, quanto mais vezes algo é repetido, melhor será a aprendizagem”, além disso, o erro era visto - -12 de hábitos, ou seja, quanto mais vezes algo é repetido, melhor será a aprendizagem”, além disso, o erro era visto como destrutivo, levando a “maus hábitos” (JALIL; PROCAILO, 2009, p. 778). O método áudio lingual priorizava a oralidade por meio de diálogos artificiais que apresentavam léxico e estruturas novos, criando possíveis contextos de uso. Segundo Falcão e Spinillo (2003, p. 96), o idioma era considerado como um “sistema de elementos relacionados estruturalmente para codificação do significado”; a aprendizagem de uma língua estrangeira era ter o domínio dos “elementos ou blocos construtivos de língua e aprender as regras por meio das quais os elementos são combinados”. 3.3.5 Método Suggestopedia O outro método de aprendizagem de língua estrangeira é o Suggestopedia, que foi “proposto pelo psiquiatra e pesquisador búlgaro Georgi Lozanov”, o qual entendia que “a dificuldade inerente de aprender uma língua estrangeira é uma barreira psicológica” (ARCE, 2015, p. 122). Ele entendia que esse método focava “nos elementos psicológicos e emocionais dos estudantes, na organização do ambiente da aprendizagem e, principalmente, na autoridade do professor” (ARCE, 2015, p. 122). Para Junqueira e Marcondes (2012, p. 1), a Suggestopedia é compreendida como sendo “ a ciência da sugestão. Um de seus propósitos é a investigação de como a aprendizagem e a comunicação são influenciadas pela sugestão”, estando cada pessoa continuamente exposta a uma gama de estímulos, por causa do seu contexto sócio-histórico. “Mesmo quando a mente do indivíduo foca sua atenção consciente num objeto ou situação específica, ela percebe os estímulos periféricos existentes ao redor do objeto, ou da situação observada, de maneira inconsciente” (JUNQUEIRA; MARCONDES, 2012, p. 1). Dessa forma, “para Lozanov, o conjunto desses estímulos forma uma rede de sugestões que podem influenciar o indivíduo” e “a estrutura da personalidade do indivíduo é construída em contínua interrelação com o ambiente, incluindo o seu ambiente social” (JUNQUEIRA; MARCONDES, 2012, p. 1). Os autores, ao apresentarem esse método, organizam as ideias centrais dos estudos de Lazonov, as quais compilamos no quadro a seguir. Quadro 3 - Apresentação das ideias centrais do método sugestopédico. - -13 Veja, agora, os elementos centrais do método sugestopédico. VOCÊ QUER VER? “O Sorriso de Mona Lisa” (NEWELL, 2003) é um filme americano de 2003, que conta a história de uma professora recém-formada que é selecionada para lecionar História da Arte na Wellesley College, uma escola só para mulheres. Como professora, ela confronta valores ultrapassados da sociedade e da própria instituição. - -14 Quadro 4 - Apresentação dos elementos centrais do método sugestopédico. Fonte: JUNQUEIRA; MARCONDES, 2012, p. 1. Por meio desse método, o aluno é estimulado a aprender um idioma estrangeiro por meio do que ocorre em sua volta, tendo o professor como elemento importante para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem. - -15 3.4 Métodos de Ensino de Línguas Parte II Quando pensamos em ensino de línguas, temos que ter em mente que atuar com “línguas estrangeiras implica, necessariamente, a discussão e o cotejamento de conceitos como aquisição e aprendizagem de línguas e língua materna e língua estrangeira (com suas respectivas variantes terminológicas)” (ECKERT; FROSI, 2015, p. 199). Temos que entender que o processo de ensino-aprendizagem de língua inglesa passa por alguns métodos que auxiliam o aprendizado do idioma. Dessa forma, neste último tópico, veremos alguns desses métodos. 3.4.1 Método CL: Cooperative Learning Segundo Lopes, Silva e Rocha (2014, p. 15), a “[...] aprendizagem cooperativa é uma abordagem educativa que envolve grupos de alunos que trabalham em conjunto na resolução de um problema, na conclusão de uma tarefa ou na criação de um produto (Slavin,1995)”. Esses grupos devem ser heterogêneos e ter por “objetivo a utilização da diversidade como potenciadora da aprendizagem” (LOPES; SILVA; ROCHA, 2014, p. 16). Shuell (1996, apud LOPES; SILVA; ROCHA, 2014, p. 16), afirmam que “a aprendizagem cooperativa está sobreposta conceitualmente com a concepção de aprendizagem, enquanto processo social, cultural e interpessoal construtivo, regido tanto por fatores sociais e situacionais como por fatores cognitivos”, ou seja, o uso do método para a aprendizagem é um ato social, natural, permitindo que os alunos interajam entre si, assumindo o seu “papel de mediadores” entre seus pares. Esse método tende a permitir que o discente tenha o controle da atividade de aprendizagem, além de auxiliar na compreensão das diferenças e diversidades que há dentro do grupo (LOPES; SILVA; ROCHA, 2014, p. 16-17). Esse método de aprendizagem colaborativa tem o aluno como o centro do processo de ensino-aprendizagem, colocando em suas mãos a responsabilidade da construção do saber por meio das atividades em grupos. 3.4.2 Método TPR: Total Physical Response Já o “se torna inviável para ser aplicado em sala de aula”, por causa da “suamétodo de resposta física total exigência de um número reduzido de alunos por sala” que causa desmotivação nos alunos que possuem um conhecimento em “um nível acima do básico”, e também por causa da “necessidade de um professor” ter uma “boa imaginação para conseguir explicar conceitos por meio de comandos/gestos” (SALLES; PALLU; LOPES, 2017, p. 217). O que é esse método, afinal de contas? Arce (2015, p. 122) explica que esse método foi “elaborado pelo psicólogo estadunidense James Asher, tem por característica fundamental o uso dos movimentos corporais como mecanismos de aprendizagem de línguas”. Nesse método, o uso de mímicas, gestos e de objetos pelo professor é importante para o desenvolvimento do conhecimento, repetindo sentenças e estimulando os alunos a fazerem o mesmo, seja em grupo ou individualmente. Em outras palavras, esse método utiliza os movimentos do corpo de maneira total para proporcionar a aprendizagem, sem o uso da língua materna como base. Ele se fundamenta “no princípio de que o adulto pode aprender a LE como as crianças aprendem a LM”, permitindo o professor usar a forma imperativa da língua estrangeira, que normalmente é mais simples (FERRONI, 2011, p. 54). - -16 3.4.3 Método CLL: Community Language Learning Este método foi criado pelo psicólogo e padre jesuíta Charles Curran, e tem por objetivo a independência do estudante “à medida que avance nos estudos”, além de ter o professor encorajando “os alunos a conversarem, usando a língua-alvo e a língua materna se não souberem algo, procurando, assim, evitar que se sintam ameaçados e ansiosos” (ARCER, 2015, p. 122). No CCL, o estudante tem o papel de cliente, o professor de conselheiro, estimulando a cooperação, pois entende que o aluno é constituído de emoção e razão. Esse método tem “uma abordagem com fortes características psicológicas, procura criar na classe a relação entre paciente e terapeuta” (FERRONI, 2011, p. 54). Para CCL, o idioma não é “um conjunto de regras gramaticais, mas [a língua] é vista em termos comunicativos e os conteúdos linguísticos são sugeridos pelos aprendizes, não havendo um verdadeiro planejamento” (FERRONI, 2011, p. 54). A presença da língua materna por parte do aluno é comum, pois será o professor que manterá a presença da língua estrangeira em sala, já que ele detém a informação linguística e poderá, pelo exemplo, ensinar o aluno a assimilá-la. O professor é o mediador da troca linguística entre os estudantes. “Atrás de uma abordagem como o VOCÊ O CONHECE? Georgi Lozanov foi um psiquiatra búlgaro que criou a Ciência Sugestológica e sua aplicação na Pedagogia, desenvolvendo o Método Suggestiopedia, e que também fundou o Instituto Sugestológico de Sofia, em 1966. Saiba mais sobre ele em: < >.http://www.lozanov.org/index.php?option=com_content&view=article&id=48&Itemid=73 CASO Uma escola queria produzir um material de estudos em língua inglesa que pudesse utilizar um pouco de todos, ou quase todos, os métodos sobre o processo de ensino-aprendizagem, mas fazendo-os dialogar uns com os outros, sem que fosse prejudicial à aprendizagem dos estudantes. Para isso, a direção da escola, juntamente com a seção pedagógica e de ensino de idiomas, decidiu que deveria tirar o que cada método tinha de melhor e montar um material didático que favorecesse o processo de ensino-aprendizagem. Assim, eles elencaram os pontos mais importantes de cada um como norte para a produção. Quais deveriam ser seus pontos convergentes para a produção desse material? Tendo isso em mente, a escola, por meio da direção e educadores, decidiu produzir um material didático de ensino de língua estrangeira exclusivo, que pudesse ser reconhecido por seu método de ensino, que não despreza as qualidades dos estudos feitos sobre o assunto e busca conciliar suas ideias. • Texto, conteúdo, professor e aluno como centrais, comunicação fluente (oralidade, competência comunicativa), sugestão, trabalhos em grupos heterogêneos, movimentos corporais, e tarefas focando nos sentidos. • http://www.lozanov.org/index.php?option=com_content&view=article&id=48&Itemid=73 - -17 assimilá-la. O professor é o mediador da troca linguística entre os estudantes. “Atrás de uma abordagem como o CLL, está a convicção de que somente quem comunica aprende a comunicar e de que a LM serve para alcançar este objetivo” (FERRONI, 2011, p. 54). 3.4.4 Método TBLL: Task-based Language Learning “O ensino de língua baseado em tarefas consiste numa abordagem para ensinar línguas segundas ou estrangeiras que envolve os alunos na aprendizagem da língua, que usam para executar tarefas e obter informações, refletir e dar a opinião” (PINTO, 2011 p. 3), Segundo esse autor, o TBLL tem como principal componente, para as aulas de língua estrangeira, as tarefas, já que são elas que proporcionam as “melhores situações para ativar os processos de aquisição dos alunos e promover a aprendizagem”. Os alunos focam no sentido quando realizaram as tarefas, tendo a comunicação estimulada, já que as tarefas devem estar próximas da vida real, expondo os estudantes às “características do discurso espontâneo” (PINTO, 2011 p. 4). Esse método privilegia o contexto social em que a língua pode ser usada, mas também não ignora a forma da língua, já que ela é usada no contexto social, variando “de acordo com o contexto social, os propósitos e as circunstâncias em que é usada” (PINTO, 2011, p. 4). O TBLL permite que os alunos executem as tarefas em grupos, promovendo a interação, que auxilia no desenvolvimento em língua estrangeira. As tarefas permitem que situações comunicativas sejam vividas para que os alunos possam trocar experiências uns com os outros sobre os sentidos produzidos dentro de uma tarefa. O TBLL “vê o processo de aprendizagem como uma aprendizagem pela realização; é por se ocupar principalmente do sentido que o sistema do aluno é estimulado a desenvolver-se” (PINTO, 2011, p. 5). 3.4.5 Método CBI: Content based Instruction Segundo Villalobos (2014), o CBI propõe uma abordagem em que os alunos aprendam a língua estrangeira por intermédio do conteúdo que normalmente se refere à questão subjetiva sobre o que as pessoas aprendem ou transmitem usando a língua. Os conteúdos para o ensino de língua estrangeira devem ser relevantes e interessantes para os alunos, pois são mais do que uma estrutura linguística. O tema central dos conteúdos pode ser baseado no interesse ou necessidade do aluno de língua estrangeira. O método CBI está baseado nos princípios comunicativos de ensino de língua, já que envolve os estudantes na troca de conteúdos. Esse método está fundamentado em dois princípios importantes: primeiro, as pessoas aprendem de forma bem-sucedida uma língua estrangeira quando elas precisam usar o idioma para conseguir informações; segundo, esse método reflete melhor as necessidades dos estudantes que querem aprenderuma língua estrangeira (VILLALOBOS, 2014). Os conteúdos, portanto, são usados como uma forma de mostrar as necessidades das pessoas diante de várias situações diárias, usando a língua-alvo como ferramenta para aprender sobre eventos cotidianos (VILLALOBOS, 2014). Confira, agora, os cinco fundamentos do método CBI! - -18 Quadro 5 - Apresentação das ideias centrais do método CBI. Fonte: VILLALOBOS, 2014, p. 73. Diante de tudo o que foi apresentado até aqui, especialmente sobre os métodos mais conhecidos para o ensino de língua estrangeira, é necessário sistematizar as características e os pontos mais marcantes de cada método, o que fizemos no quadro a seguir! Figura 2 - Apresentação dos métodos para o processo de ensino-aprendizagem. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. Vimos, neste capítulo, um pouco sobre as teorias da aprendizagem, seus conceitos e os métodos mais conhecidos - -19 Vimos, neste capítulo, um pouco sobre as teorias da aprendizagem, seus conceitos e os métodos mais conhecidos sobre o ensino-aprendizagem. Foi possível entender que os estudos sobre aquisição de língua estrangeira não são recentes e têm passado por transformações para facilitar a aprendizagem de idiomas estrangeiros. Isso tudo só é possível porque “a capacidade para aprender a ler e a escrever é exclusiva da espécie humana” (COSTA; PEREIRA, 2009, p. 52), o que permite nos adaptarmos às mudanças sociais e educacionais que temos vivido. Os estudos sobre a melhor forma de aprender um idioma estrangeiro contribuem para o desenvolvimento de materiais didáticos e a abertura de novas pesquisas na área. Não é possível afirmar que um método é melhor do que outro; embora possamos dizer que um é mais usado do que outro. No entanto, cada método responde as necessidades de determinados grupos de estudantes que se identificam com suas ideias e objetivos. Lembre-se que a principal ideia dessa gama de estudos está em encontrar opções que levarão os estudantes a desejarem aprender um novo idioma. Percebemos que as respostas para os questionamentos lançados na introdução deste capítulo resumem-se à valorização do conhecimento que se adquire para entender os processos de ensino-aprendizagem que vivenciamos. Só assim podemos compreender o que melhor contribui para nosso aprendizado de um determinado assunto dentro de uma disciplina. Síntese Chegamos ao final deste capítulo, que apresentou a aprendizagem de língua estrangeira, suas teorias, seus conceitos e seus métodos. Para uma melhor sintetização do que estudamos, faremos uma ordenação do que você aprendeu aqui. Neste capítulo, você teve a oportunidade de: • entender que as bases teóricas para a compreensão da aprendizagem humana tiveram sua origem na Psicologia em especial, e que depois foram utilizadas dentro da Linguística; • compreender as diferenças entre abordagens, métodos e técnicas; • aprender sobre os diferentes tipos de métodos que existem para o ensino de LE; • refletir sobre a diferenças entre os métodos e como eles são úteis para o ensino de LE; • entender que não é preciso se ater a apenas um método para aprender uma língua estrangeira. Bibliografia ABORDAGEM In: DICIONÁRIO Priberam da Língua Portuguesa, 2013. Disponível em: <https://dicionario. >. Acesso em: 13/03/2019.priberam.org/abordagem ARCE, D. M. OLIVEIRA, Luciano Amaral. Métodos de ensino de inglês: teorias, práticas, ideologias. São Paulo: Parábola, 2014. , Natal – UFRN, n. 15, p. 120-124, jul./dez. 2015.Odisseia BARBOZA, C. A. V. 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