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fisiologia – secreção gástrica funções do estômago Armazenamento: atua como reservatório temporário para o alimento; Secreção do fator intrínseco, para absorver a vitamina B12; Secreção de muco e bicarbonato para proteger a mucosa gástrica. O bicarbonato neutraliza o ácido, protegendo o epitélio estomacal; Secreção de água para lubrificação para prover suspensão aquosa dos nutrientes; Atividade motora para misturar as secreções (íon hidrogênio e pepsina) com o alimento ingerido; Atividade motora coordenada que regula o esvaziamento do conteúdo para o interior do duodeno. secreção gástrica Suco gástrico: o estomago secreta de 1 a 2L de fluido por dia. - Constituintes inorgânicos: água, eletrólitos (sódio, potássio, cloro e bicarbonato) e ácido clorídrico. - Constituintes orgânicos: pepsinogênios (pro-enzimas inativas) e pepsinas (proteases), lipase gástrica, fator intrínseco (glicoproteína), mucina (glicoproteína), gastrina, somatostatina e histamina. - HCl: secretado pelas células parietais, que também secreta o fator intrínseco. Confere ao suco gástrico um pH próximo de 1 a 2; Regula a secreção de pepsinogênio e a sua conversão em pepsina; Possui função bactericida. Com isso, a digestão de proteínas começa no estômago. - Pepsinogênio: pró-enzima inativa, sendo hidrolisado a pepsina no pH < 5. É produzido pelas células principais. - Pepsina: maior atividade proteolítica no pH menor ou igual que 3; Pepsina hidrolisa proteínas, e digere até 20% delas. - Lipase gástrica: secretada pelas células principais gástricas. É uma enzima ativa e hidrolisa, em meio ácido, triglicerídeos. - Fator intrínseco: produzido pelas células parietais. Realiza a absorção de vitamina B12, formando um complexo resistente à ação enzimática, no duodeno. Essa é a única função gástrica essencial do estomago, visto a importância da vitamina B12. É liberado pelos mesmos estímulos da secreção de HCl. - Muco: possui dois tipos: 1) Secretado pelas células da mucosa epiteliais superficiais do estômago, que produzem muco insolúvel. Mucina: camada mucosa gelatinosa, que retém o bicarbonato produzido pelas células (barreira química) Formação de uma barreira protetora (física), que impede a lesão da mucosa pelo conteúdo gástrico, que é ácido e contém pepsina). 2) secretado pelas células mucosas do colo das glândulas gástricas, que produzem muco solúvel. Muco misturado ao alimento: lubrifica o alimento e protege a mucosa gástrica. - Bicarbonato: é secretado pelas células epiteliais superficiais do estômago. Fica retido no muco e tampona o ácido clorídrico, através da barreira química. - Gastrina: secretada pelas células G. Estimula a secreção de ácido clorídrico e efeito trófico na mucosa gástrica. A célula alvo da gastrina é a célula parietal, que tem receptor para gastrina e vai aumentar a secreção de HCl. - Somatostatina: secretada pelas células D e inibe a secreção de ácido clorídrico. - Histamina: secretada pelas células enterocromafins (ECL) e estimula a secreção de ácido clorídrico. - Composição eletrolítica: qualquer taxa secretória (íons hidrogênio, potássio e cloro, no plasma) são maiores no suco gástrico do que no plasma. Vômitos recorrentes: causa alcalose metabólica (plasma com menor concentração de hidrogênio), hipopotassemia (diminuição de potássio, dificulta contração cardíaca) e hipocloremia. célula parietal O hidrogênio secretado para a luz foi formado dentro da célula. Em troca do potássio, o hidrogênio vai ser secretado, através da bomba de prótons. À medida em que forma o hidrogênio, forma também o bicarbonato, que deixa a célula em troca do cloreto. O cloreto aumenta a concentração dentro da célula e sai por canais (transporte passivo, através do gradiente de concentração). Fora da célula, hidrogênio + cloreto forma o ácido clorídrico, justificando o pH ácido na luz do estômago. Obs.: medicamento omeprazol = inibe a bomba de prótons, diminuindo a secreção ácida. regulação da secreção gástrica - Ação direta: ocorre na célula parietal. Acetilcolina liga-se ao receptor muscarínico, associado à proteína G ligada à fosfolipase C. - Os que estimulam secreção de HCl: Acetilcolina, gastrina e histamina. - Os que inibem a secreção de HCl: Somatostatina e prostaglandina. Obs.: medicamento ranitidina = inibe o receptor H2, bloqueando a histamina, diminuindo a secreção de HCl. 1) Ação direta: atuação diretamente na célula parietal, com seus próprios receptores. A acao direta é representada pela foto anteriormente; 2) Ação indireta: outra célula produz histamina, que vai atuar na célula parietal. Obs.: a liberação de acetilcolina (sistema nervoso parassimpático) estimula as células parietais. As células G também liberam gastrina para o sangue. inibidores endógenos da secreção de hcl Somatostatina (estomago): secreção é estimulada por baixos valores de pH. - Mecanismo direto: SS (liberada pelas células D): receptor acoplado à proteína Gi nas células parietais, diminuindo a secreção de HCl. - Mecanismo indireto: SS (liberada pelas células D): inibe a secreção de gastrina (células G) e histamina (ECL). Prostaglandina: possui efeito protetor. - Diminuição de HCl (inibe células parietal, G e ECL). - Aumenta a produção de muco e de bicarbonato pelas células epiteliais mucosas. Obs.: medicamentos que inibem prostaglandina = desprotege a mucosa, podendo até causar úlcera medicamentosa. fases da secreção gástrica Cefálica, gástrica e intestinal. - Interdigestivas: diminui HCl. 1- Fase cefálica: corresponde a 30% da fase da secreção gástrica. É coordenada pelo sistema nervoso parassimpático (nervo vago). Estímulos: odor, sabor, lembrança, mastigação e deglutição. Ativação do centro motor do vago: acetilcolina (estimula células parietais a produzir HCl); GRP (estimula células G a produzir gastrina, que estimula a secreção de HCl por via endócrina); acetilcolina e gastrina, através do efeito indireto (célula ECL produz histamina, que aumenta HCl na célula parietal); acetilcolina (inibe células D, inibindo somatostatina). Essa fase prepara para a alimentação, aumentando a secreção gástrica. 2- Fase gástrica: corresponde a 60%. Estímulos: distensão e ação química do alimento. Estimulação de mecano e quimiorreceptores inicia reflexos longos vagovagais e intramurais, tendo mais acetilcolina e mais HCl. Agora, o alimento chegou no estômago. 3- Fase intestinal - Estimulatória: é a chegada do alimento no intestino delgado. Corresponde a 10% da fase intestinal. Distensao do intestino delgado: reflexo enterogástrico e vagovagais -> aumenta secreção das células parietais e G duodenais, aumentando concentração de HCl. Produtos da digestão proteica, peptídeos e aminoácidos – células G (duodeno e jejuno) – gastrina. - Inibitória: soluções que vão frear as soluções gástricas no intestino. Soluções hiper osmóticas: enterogastrona, que freia a secreção de HCl. Muitos carboidratos chegando: hormônios incretinas: GIP (células K) e GLP-1 (célula I). Sinalizam o começo da produção de insulina para não ter pico de glicose (hormônios antecipatórios) e ajudam também a diminuir a secreção ácida. Hidrolise de lipídeos e proteínas: hormônio CCK (células I) Chegada de muitos ácidos: secreção de secretina para regular a acidez, para que o intestino consiga processar o quimo. síndrome de zollinger-ellison Caracterizada pela hipersecreção gástrica, que produz muita gastrina independente de estímulos. A gastrina estimula a célula parietal a produzir HCl. Com isso, pode ter o surgimento de úlceras. h. pylori Bactéria cria um ambiente favorável. Enzima urease: permite que a bactéria sobreviva à acidez gástrica, atravessando o lúmen do estomago. Essa enzima converte a ureia em amônia e bicarbonato. Mucinase: degrada barreira protetora, lesando células parietais, podendo levar a um processo inflamatório.
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