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Chega de Achismo Problema 3 Tema central: Achismo na Medicina Tutor: Marcos Andrade Coordenador: Thiago Barros Relator: Thaiane Barros ● 1° Passo – Termos desconhecidos: → Pirâmide de estudos epidemiológicos → Centro Cochrane do Brasil ● 2° Passo- Problemas Apresentados: → Posição científica → Medicamentos não comprovados para a COVID- 19 → Efeitos na prevenção de mortes dos medicamentos contra covid-19 ou na redução do tempo de internação → Ética médica → MBE → Pirâmide de estudos epidemiológicos → Comitê de ética em pesquisas → Correlações entre MBE e a metodologia PBL ● 3° Passo – Brainstorm/ Análise dos problemas: ● 4° Passo – Sugestão de Hipóteses explicativas: → Posição científica: É um posicionamento de um determinado profissional da área baseado em estudos concretos. → Medicamentos não comprovados para a COVID-19: São remédios supostos pelo público em geral, sem estudos com informações comprovadas integralmente pela comunidade científica. → Efeitos na prevenção de mortes dos medicamentos contra covid-19 ou na redução do tempo de internação: São efeitos colaterais causados pelos medicamentos usados na prevenção da covid-19, não comprovados porém usados em situação de emergência. → Ética médica: Protocolo do comitê de medicina, baseado na ética social entre médico e paciente. Possui o juramento de Hipócrates como uma das éticas médicas. É também a própria conscientização do médico mediante seu paciente. Ele está previsto no comitê de ética médica da medicina. → MBE “Medicina baseada em evidência”: É a medicina baseada em casos ocorridos previamente, possui relação entre a evidencia cientifica e a evidencia clínica. A evidencia científica está relacionada com o estudo prévio de casos comprovados pela comunidade científica, baseado entre estudos antigos e atuais, já a clínica são casos que já ocorreram. → Pirâmide de estudos epidemiológicos: É uma hierarquia de estudos, desenrolada desde o contexto mais complexos até o mais simplificado, com estudos regionais, sociais, econômicos. → Comitê de ética em pesquisas: O comitê de ética em pesquisas é um limiar entre o respeito médico, até onde ele deve proceder, regido por leis e responsabilidades profissionais, dentro do sigilo entre médico e paciente. É o limite das pesquisas em si, diretamente relacionado com o estudo da pesquisa, respeitando os limites de pesquisa e cuidado com o grupo de controle. → Correlações entre MBE e a metodologia PBL: Ideias convergentes entre a metodologia ativa de conhecimento, baseado em evidencias. Ambos estão relacionados a estudos de problemas. ● 5° Passo: Objetivos: 1°) Definir o conceito e a importância de MBE e a sua correlação com o método PBL 2°) Conhecer a Pirâmide de estudos epidemiológicos dentro das práticas clínicas baseadas em evidencias 3°) Compreender o conceito de Centro Cochrane do Brasil e as demais bases de dados 4°) Esclarecer os princípios de pesquisa da ética médica (documentos oficiais) 5°) Descrever a importância do comitê de ética em pesquisas 6°) Enunciar os itens fundamentais para uma boa pergunta científica baseada na estratégia “PICO” 7°) Explicar o grau de recomendação e os níveis de evidências ● 6° Passo – Estudo dos objetivos: :Conceito e a importância de MBE ﹳ ▪Segundo Arthur T Evans, A medicina baseada em evidências (EBM) é o cuidado do profissional de saúde que utiliza das melhores evidências de pesquisa disponíveis para orientar a tomada de uma decisão clínica. Sackett et al. descreve a medicina baseada em evidências (também conhecida como “prática baseada em evidências”) como “o uso consciencioso, explícito e sensato da melhor evidência atual na tomada de decisões sobre os cuidados de um determinado paciente”. ▪A abordagem da medicina baseada em evidências pode ser utilizada para desenvolver diretrizes da prática clínica, essas diretrizes clínicas são recomendações baseadas na melhor evidência disponível. Elas são desenvolvidas considerando-se os pontos de vista dos elementos afetados pelas recomendações das diretrizes, ou seja, os profissionais de saúde, os pacientes, seus familiares e cuidadores, NHS trusts1, o público e os órgãos governamentais. Essas partes interessadas são elementos integrantes do desenvolvimento de uma diretriz clínica e estão envolvidas em todas as etapas. ▪A Importância da medicina baseada em evidências propõe ter/ser uma ferramenta para facilitar a tomada de decisões clínicas, levando em consideração as inter-relações metodológicas entre a pesquisa clínica e a epidemiológica. O objetivo dessa abordagem da prática médica é avaliar cientificamente a eficácia e efetividade das intervenções em saúde, usando critérios metodológicos rigorosos para avaliar o trabalho clínico e tomar as melhores decisões, evitando, assim, a adoção de práticas ineficazes e sem base científica comprovada no atendimento de saúde, incluindo o serviço de Atenção Primária à Saúde. Medicina baseada em evidências não se trata apenas de metodologia científica ou das burocráticas (e importantes) revisões sistemáticas. A sabedoria está em saber utilizar as evidências como norte da decisão. :Pirâmide de estudos epidemiológicos ﹳ A pirâmide de estudos epidemiológicos é uma Hierarquia de evidências, que estabelece quais são os estudos válidos para nortear uma conduta e o peso de cada um deles, possuindo uma estrutura dinâmica, assim como as tabelas dos níveis de evidência. A classificação de um estudo em relação à hierarquia de evidências é realizada com base no seu potencial de tendência, ou seja, uma revisão sistemática que fornece uma evidência mais forte para uma relação causal entre uma intervenção e o resultado, seguindo desde a evidência no seu grau mais baixo até o maior grau de evidência. Conceito de Centro Cochrane do Brasil e as ﹳ demais bases de dados: ▪ O Centro Cochrane do Brasil, seção brasileira da Colaboração Cochrane, é uma organização não governamental, sem fins lucrativos e sem fontes de financiamento internacionais, que tem por objetivo contribuir para o aprimoramento da tomada de decisões em Saúde, com base nas melhores informações disponíveis. A missão do Centro Cochrane do Brasil é elaborar, manter e divulgar revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados, o melhor nível de evidência para as decisões em Saúde. ▪ inaugurado em 1996, o Centro está ligado à Pós-graduação em Medicina Interna e Terapêutica da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP) e realiza pesquisas em ensaios clínicos e em Medicina Baseada em evidências. Além disso, promove cursos, treinamentos e simpósios de revisão sistemática e metodologia de pesquisa; oferece um curso gratuito on-line de revisão sistemática; e realiza consultorias científicas. ▪ O Centro Cochrane do Brasil tem produção científica comparável à de instituições similares dos países europeus e funciona como laboratório para a pesquisa e o ensino de graduação e pós- graduação. Atuando em parceria com a UNIFESP, o Centro já propiciou ao País cerca de duas centenas de publicações internacionais. Demais bases de dados: -Medline -Portal de periódicos da CAPS -Leyes -LILACS -Scielo -Pubmed -Neurobite :Princípios de pesquisa da ética médica ﹳ ▪ Princípio XXIV - Sempre que participar de pesquisas envolvendo seres humanos ou qualquer animal, o médico respeitará as normas éticas nacionais, bem como protegerá a vulnerabilidade dos sujeitos da pesquisa. É vedado ao médico: ▪ Art. 100. Deixar de obter aprovação de protocolo para a realização de pesquisa em seres humanos,de acordo com a legislação vigente. ▪ Art. 101. Deixar de obter do paciente ou de seu representante legal o termo de consentimento livre e esclarecido para a realização de pesquisa envolvendo seres humanos, após as devidas explicações sobre a natureza e as consequências da pesquisa. ▪ § 1º No caso de o paciente participante de pesquisa ser criança, adolescente, pessoa com transtorno ou doença mental, em situação de diminuição de sua capacidade de discernir, além do consentimento de seu representante legal, é necessário seu assentimento livre e esclarecido na medida de sua compreensão. ▪ § 2º O acesso aos prontuários será permitido aos médicos, em estudos retrospectivos com questões metodológicas justificáveis e autorizados pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) ou pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). ▪ Art. 103. Realizar pesquisa em uma comunidade sem antes informá-la e esclarecê-la sobre a natureza da investigação e deixar de atender ao objetivo de proteção à saúde pública, respeitadas as características locais e a legislação pertinente. ▪ Art. 104. Deixar de manter independência profissional e científica em relação a financiadores de pesquisa médica, satisfazendo interesse comercial ou obtendo vantagens pessoais. ▪ Art. 105. Realizar pesquisa médica em sujeitos que sejam diretamente ou indiretamente dependentes ou subordinados ao pesquisador. ▪ Art. 106. Manter vínculo de qualquer natureza com pesquisas médicas em seres humanos que usem placebo de maneira isolada em experimentos, quando houver método profilático ou terapêutico eficaz. Dirigindo-se diretamente aos profissionais médicos, é imperioso citar o Artigo 100o do Capítulo XII do Código de Ética Médica, referente ao item Ensino e Pesquisa Médica [6]: “É vedado ao médico deixar de obter aprovação de protocolo para a realização de pesquisa em seres humanos, de acordo com a legislação vigente”. Ora, se a legislação vigente quanto à execução de pesquisas no Brasil é regida pela Resolução 196/96 do CNS e esta reza que para todo e qualquer tipo de pesquisa a ser realizada deve ser feito o encaminhamento do protocolo de pesquisa para o Comitê de Ética em Pesquisas da instituição, não fazê-lo não só é antiético sob o prisma ético- científico, mas também do ponto de vista ético- profissional, de maneira que o médico que não segue este axioma torna-se faltoso com a ética em dobro. (Protocolo de pesquisa Cap. XII – art. 100/ Comitê de Ética em Pesquisas) :Importância do comitê de ética em pesquisas ﹳ A importância e relevância do CEP tem se tornado cada vez mais evidente para que a ciência possa caminhar realizando pesquisas que contribuam com o aumento do conhecimento científico da humanidade dentro de padrões éticos cada vez mais elevados, ou seja, respeitando cada vez mais o direito à vida em todas as suas formas e a integridade biopsicossocial do ser humano, enquanto ser complexo que pensa, que age e interage com o ambiente ao seu redor e que, por este motivo, deve atuar de forma ética e responsável em todas as suas relações, sejam elas com outros seres humanos ou com o meio ambiente que o cerca. Além de proteger os interesses e a integridade dos pesquisadores e das instituições de pesquisa, também contribuem para o aprimoramento do trabalho técnico-científico ao verificar a necessidade de alguns ajustes nos projetos de pesquisa, auxiliando assim na minimização dos desconfortos e/ou riscos a que os participantes poderão ser submetidos e na maximização dos benefícios aos participantes e/ou à sociedade; o que, consequentemente, reduz a ocorrência de pesquisas com falhas éticas que comprometem os participantes da pesquisa, o pesquisador enquanto profissional e a instituição enquanto promotora das pesquisas. Ou seja, o comitê de ética em pesquisas também aprimora a qualidade do trabalho das pesquisas, ao avaliar e estudar minuciosamente todo o processo de submissão da pesquisa, evitando certos aborrecimentos que já serão corrigidos e/ou informados previamente pelo comitê, promovendo, assim, clareza frente aos participantes da pesquisa e a instituição, maior efetividade e qualidade no controle das pesquisas e o mais importante que é garantia dos direitos que preservam a vida. Itens fundamentais para uma boa pergunta ﹳ científica baseada na estratégia “PICO”: Uma pergunta clara e objetiva é o elemento chave imprescindível para a implementação do projeto de pesquisa clínica, juntamente com a identificação das variáveis e da população de interesse, podendo e devendo ser dividida em dois segmentos principais: I. Background: São perguntas básicas sobre uma doença ou tratamento, por exemplo, seriam indagações do tipo "O que é otite média?", "Como funciona antibioticoterapia com amoxicilina?". Esses tipos de perguntas são facilmente respondidos em artigos de revisão ou em livros- texto. II. Foreground: Englobam problemas clínicos mais complexos, que envolvem a interpretação de tratamento ou de determinada doença, e levam em consideração, por exemplo, risco versus benefícios para o paciente ou para uma população. O conhecimento das questões foreground ajuda a idealizar o desenho de estudo mais apropriado a sua pergunta inicial. O próximo passo na construção da pergunta sintetizada será a utilização de uma ferramenta designada pelo acrônimo PICO; Onde "P" corresponde a população/pacientes, "I" de intervenção, "C" de comparação ou controle e "O" de outcome que, em inglês, significa desfecho clínico. Resumindo, a sigla PICO serve para lembrar o que a pergunta deverá especificar. → População/Pacientes (P): aqui estariam inseridas as características demográficas e clínicas de interesse, tais como: faixa etária selecionada, sexo, queixa principal, dados da história clínica, etc. → Intervenção (I): esse componente abrange desde opções de tratamento, procedimentos, testes diagnósticos até fatores de risco e prognósticos. Uma possível intervenção poderia ser a comparação de dois tipos de antibioticoterapia na OMA em crianças (antibiótico novo "X" versus tratamento convencional com antibiótico "Y"). →Controles (C): quando há "intervenção de comparação". No exemplo citado, esse componente estaria relacionado com o grupo controle, ou seja, aquele sob tratamento convencional com antibiótico "Y". → Desfecho (O): corresponde ao benefício para a saúde dos pacientes; em outras palavras, é o efeito da intervenção. A resolução dos sintomas, o alívio da dor, e a redução da resistência bacteriana seriam algumas das possibilidades de desfecho primário. → Desta forma, é possível elaborar uma delimitada e bem fundamentada pergunta que dará início a investigação ⃝ Exemplo: Explicar o grau de recomendação e os níveis de ﹳ evidências: O grau de recomendação é quando há evidências suficientemente fortes para tal e há então consenso, entre especialistas. Exemplos são os casos do uso de aspirina no infarto do miocárdio e do uso do sulfato de magnésio na eclampsia. Graus de Recomendação: A. Evidências suficientemente fortes para haver consenso B. Evidências não definitivas C. Evidências suficientemente fortes para contra indicar a conduta. (Documentos Centro Cochrane do Brasil/CE 068) Níveis de evidencia: De maneira prática, os níveis de evidência são seguidos nas diretrizes clínicas das indicações dos graus de recomendação. 1) Revisão Sistemática com metanálise 2) Megatrial [(> 1000)] pacientes 3) EnsaioClínico Randomizado [« 1000)] pacientes 4) Coorte (não randomizado) 5) Estudo caso-controle 6) Série de casos (sem grupo controle) 7) Opinião de Especialista ▪Evidências de nível I são revisões sistemáticas, que avaliam todos os ensaios clínicos de bom nível, publicados ou não e dão embasamento para determinada conduta ser tomada ou não e qual o grau de certeza ela dará àquela decisão. ▪ Evidência de nível II é o de ensaio clínico, que deve ser randomizado e cego, ou seja, os pacientes são escolhidos pelo acaso e o estudo tem pequena probabilidade de seus resultados terem ocorrido por mero acaso e tem grande poder estatístico para detectar efeitos moderados (vantagens) mesmo que pequenas, mas clinicamente relevantes, em relação ao grupo controle. ▪ Evidência de nível lll é quando não encontramos um grande ensaio clínico, e é importante que a decisão baseie-se em pelo menos um ensaio clínico randomizado, médio ou pequeno, com resultados clínicos e estatisticamente significantes. ▪ Evidência de nível IV é onde ocorre um tipo de estudo, um grupo é tratado da maneira A e o outro da maneira B, comparam-se os resultados terapêuticas nos dois grupos sem a randomização. ▪ Evidência de nível V é onde procuram-se informações científicas baseadas em um modelo de estudo chamado de casos e controles, neste modelo, escolhe-se número fixo de casos de determinada doença com maus resultados (morte por exemplo) e pareia-se por sexo, idade, gravidade da apresentação da doença, etc. Determina-se se houve associação do uso de droga ou conduta com o índice de sucesso ou de falhas. ▪ Evidência de nível IV é quando há presença de série de casos. ▪ Evidência de nível VII é quando não se encontram níveis de evidência suficientes, ficando com opiniões de especialistas, ou de consensos de grupos de especialistas, não baseados nas evidências. Isto não significa demérito à opinião dos especialistas, pois todos somos e temos experiências e opiniões. ●7° Passo – Partilha e Discussão do estudo autônomo
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