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Aula 1 - Antibioticoterapia

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Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano – Laboratório UC 16 
Fatores a serem analisados 
antes da antibioticoterapia 
O sucesso na terapêutica antimicrobiana depende de 
três elementos: 
→ Paciente: função renal e hepática, gestante, 
lactante, bactante, condição neurológica, idade 
→ Microogranismo: Gram +, Gram - , aeróbio 
anaeróbio. 
→ Antibiótico: classes (mecanismo de ação), 
espectro, vias de administração. 
Paciente 
→ A eliminação do microorganismo depende do 
sistema imune funcionante. 
→ Desse modo, devemos nos atentar sobre a função 
renal e hepática do paciente, se ele é 
imunossuprimido ou não. 
Exemplo: Paciente imunodeprimidos não podem usar 
antibióticos bacteriostáticos, pois não tem imunidade 
o suficiente. Nesse caso a melhor escolha é o 
bactericida. 
→ Em relação a função renal, a má função renal 
causa acúmulo do antibiótico que normalmente 
será eliminado. 
- Existem fármacos que são extremamente 
nefrotóxicos 
- Diante disso, o ajuste da dosagem previne o acumulo 
do fármaco e também os efeitos adversos. 
Exemplo: vancomicina e aminoglicosídeos (são mais 
perigosos em relação a função renal). 
→ Os antibióticos que se concentram ou são 
eliminados pelo fígado devem ser usados com 
cautela no tratamento de pacientes com 
disfunção hepática. 
 Exemplo: Tetraciclinas, antimicrobianos de intensa 
metabolização hepática (devem ser evitados) 
Vancomicina, quinolonas (ajuste de dose). 
Gestação 
→ Vários antibióticos atravessam a placenta, 
principalmente devido a diferença de PH entre o 
ambiente do neném e da mãe (é muito fácil ele ir 
e muito difícil voltar). 
→ Por isso, devemos nos atentar ao receitar 
antibióticos durante a gravidez e durante o 
período de amamentação. 
Exemplo: 
Amplamente usadas na gravides : Benzilpenicilina – da 
classe dos B-lactâmicos (penicilina G cristalina, 
procaína e benzatina), ampicilina e amoxilina. 
Cautela: Imipenen, Polimíxinas.. 
 
 
Classificação dos antibióticos 
Bacteriostáticos 
Inibem o crescimento do microorganismo, limitando, 
assim, o agravamento de infecção, enquanto o 
sistema imune do organismo ataca. 
O agente bacteriostático ao controlar o crescimento 
do microorganismo permite priorizar a resposta 
imune do hospedeiro. 
Bactericidas 
Matam o microoganismo, devido a sua ação 
antimicrobiana mais agressiva. 
Em geral de escolha em pacientes mais graves. 
 
Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano – Laboratório UC 16 
Pacientes com uso de corticoides (com a sua 
imunidade diminuída): contra indicado a prescrição 
de bacteriostático. 
Ao prescrever um bacteriostático, você depende da 
imunidade do paciente, se ele estiver 
imunossuprimido, não vai funcionar. 
OBS:Dependendo da concentração um antibiótico 
pode ser bacteriostático ou bactericida. 
Os que estão em vermelho no quadro , são exemplos 
desses antibióticos. 
 
Espectro estreiro: tem pouca atividade , não atua 
quanto vários tipos de bactérias. 
Amplo espectro: age contra um número grande de 
bactérias. 
Classificação quanto ao mecanismo de atuação 
Interferem com a parede celular 
Inibidor da síntese da 
parede celular 
Desestabilizador da 
membrana da célula 
bacteriana. 
B lactâmicos, 
Glicopeptídeos 
Polimixinas, 
Daptomicina) 
Inibição da síntese de proteínas 
Amiglicosídeos, Tetraciclinas, Anfenicois, 
Macrolídeos, Lincosamidas, Oxazolidinonas 
Interferência na síntese de ácido nucleico 
Quinolonas; Rifamicinas 
Inibição da síntese de folato 
Sulfonamidas,Trimetoprima 
2 principais: síntese de parede e síntese proteica. 
 
 
Classificação quanto à estrutura 
B-Lactâmicos: 
penicilinas, cefalosporinas, carbapenimicos e 
monobactâmicos 
Tetraciclinas: 
doxiciclina, metaciclina, tetraciclina 
Macrolídeos: 
eritromicina, azitromicina 
Aminoglicosídeos: 
 gentaminicina, neomicina 
Sulfonamidas: 
sulfametoxazol 
Quinolonas: (final – floxacino). 
levofloxacino, norfloxacino, ciprofloxacino 
Derivados nitrobenzeno: 
cloranfenicol 
Polipeptídicos: 
polimixina B, bacitracina 
Glicopeptídicos: 
vancomicina 
 
→ Penicilinas, cefalosporinas, carbapenimicos e 
monobactâmicos. 
 
 
OBS: muito cuidado com as cefalosporinas pois elas 
têm gerações (1ª a 4ª) e a 5ª geração é mais recente 
no Brasil 
 
DICA: o mais importante saber é quem são os 
medicamentos de cada classe e não como são 
formados. 
Identificar quais são os fármacos que usamos em 
termos de IVAS e ITU. 
 
Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano – Laboratório UC 16 
Penicilinas 
É dividida em 3 grupos: 
Penicilinas naturais -> Benzilpenicilinas. 
Penicilinas semi-sintéticas->Aminopenicilinas. 
Penicilinas resistentes às penicilases. 
 
 
Benzilpenicilina (penicilinas naturais) 
Penicilina Cristalina 
ou aquosa 
Penicilina G procaína 
→ restrita ao uso 
endovenoso. 
→ Apresenta meia-
vida curta (30 a 40 
minutos), 
→ É eliminada do 
organismo 
rapidamente 
(cerca de 4 horas). 
 
→ apenas para uso 
intramuscular. 
→ A associação com 
procaína retarda o 
pico máximo e 
aumenta os níveis 
séricos e teciduais por 
um período de 12 
horas. 
 
Penicilina G benzatina Penicilina V 
→ É uma penicilina 
de depósito, 
pouco 
hidrossolúvel, e 
seu uso é 
exclusivamente 
intramuscular. 
→ Os níveis séricos 
permanecem por 
15 a 30 dias, 
dependentes da 
dose utilizada. 
→ apenas para uso oral. 
→ Os níveis séricos 
atingidos por esta 
preparação são 2 a 5 
vezes maiores do que 
os obtidos com as 
penicilinas G 
administradas por via 
intramuscular e com 
distribuição tecidual 
similar a esta. 
Pode ser utilizada como 
terapêutica sequencial oral 
na substituição das 
penicilinas parenterais, 
exceto contra Neisseria 
spp e Haemophilus spp. 
 
 
Aminopenicilinas (penicilinas semi-sintéticas) 
→ Possuem espectro de ação mais amplo, em 
relação as Benzilpenicilina 
→ Boa absorção oral e parental 
Exemplo: Ampicilina e Amoxicilina. 
 
Qual a diferença da amoxicilina e da amoxicilina com 
clavulanato (ácido clavulônico)? 
Uma das formas que ocorre a perda da ação do 
medicamento, é quando quebra o anel B-Lactâmico. 
Existem vários fatores que podem quebrar o anel B-
Lactâmico (o meio ácido, a enzima b-lactamase, etc.). 
Para resolver esse problema, a indústria criou uma 
forma de proteger o anel B-Lactâmico, assim o 
clavulanato serve para proteger o anel B-Lactâmico 
para que a amoxicilina possa ter seu efeito 
terapêutico. 
Quando usar amoxicilina + clavulanato? Em pacientes 
que já tem um uso maior de antibióticos ou pacientes 
que não respondem ao tratamento apenas com o 
antibiótico. 
 
Penicilinas resistentes às penicilinases 
Oxacilina: 
→ Disponível apenas para uso endovenoso. 
→ Apresenta metabolização hepática, 
excreção renal. 
→ Atinge concentrações liquóricas 
satisfatórias quando na presença de 
processos inflamatórios. 
 
Penicilina de amplo espectro (contra bacilos gram -) 
→ carboxipenicilinas -carbenicilina e ticarcilina. 
→ ureído-penicilinas - mezlocilina, piperacilina e 
azlocilina 
 
Penicilinas de amplo espectro, obtidas por 
associação com inibidores de ß-lactamase 
(protetores do anel B-lactâmico). 
• Amoxicilina/clavulanato 
• Ampicilina/Sulbactam 
• Piperacilina/Tazobactam 
 
Indicações clínicas de penicilina 
Pneumonias, Otites e sinusites, Faringites e 
epiglotites, Infecções cutâneas, Meningites 
bacterianas, Infecções do aparelho reprodutor, 
Endocardites bacterianas e em casos de Profilaxia. 
• S. pneumoniae-> é o agente mais frequente das 
pneumonias adquiridas na comunidade. 
• Haemophilus influenzae-> é um dos agentes mais 
frequentes de pneumonia em idosos e crianças 
menores de 4 anos. 
Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano – Laboratório UC 16 
Piperacilina/tazobactam 
(penicilinas anti pseudômonas) 
Indicado em casos de: 
Pneumonias de repetição dos portadores de fibrose 
cística, pneumonias em pacientes internados em 
instituiçõespara idosos, alcoólatras ou desnutridos. 
Aminopenicilinas + ácido clavulânico 
Otites e sinusites: 
as crianças menores de cinco anos, os agentes usuais 
são H. influenzae e S. pneumoniae. 
 
Casos e penicilinas 
Faringites e epiglotites 
S. pyogenes 
(Streptococcus ß-
hemolítico, do grupo A) 
 
• penicilinas G e V ou 
aminopenicilinas. 
• ampicilina + inibidor de 
beta-lactamase 
• cefalosporina de terceira 
geração 
 
Meningites bacterianas 
N. meningitides, S 
pneumoniae e H. 
influenzae. 
 
• penicilina cristalina em 
altas doses 
 
Infecções cutâneas 
profundas 
(diabéticos, região da 
face pós-trauma) 
devidas ao estafilococo. 
• penicilinas resistentes às 
penicilinases: oxacilina 
Artrites gonocócicas e 
outras infecções 
gonocócicas 
• penicilina. 
Sífilis • penicilina benzatina 
Endocardite bacteriana 
subaguda com lesão 
valvar prévia -
Streptococcos viridans e 
Enterococcos spp., 
• penicilina cristalina/ 
associação com 
aminoglicosídio 
(enterococos) 
• Oxacilina (endocardites 
agudas, - S. aureus). 
 
Cefalosporinas 
Conforme muda a geração, amplia o espectro. 
1ª geração 
São indicadas mais para bactérias gram positivas. 
 
 
Uso de Cefalosporinas de 1ª geração 
• Não é adequado 
Haemophilus influenzae ou Moraxella (sinusite, otite 
média e algumas infecções do trato respiratório 
baixo). 
• Não devem ser utilizadas 
Infecções do SNC 
• Atividade limitada 
contra bacilos gram negativos. 
Indicação para uso de cefalosporinas de 1ª geração 
→ Infecções causadas por S. aureus sensíveis à 
oxacilina e estreptococos. 
→ Infecções de pele, partes moles, faringite 
estreptocócica. 
→ Infecções do trato urinário não complicadas, 
principalmente durante a gravidez. 
OBS: A cefazolina é recomendada para Profilaxia de 
várias cirurgias – devido a sua baixa toxidade , 
espectro de ação , baixo custo e meia vida 
prolongada. 
 
2ª geração 
 
Uso de cefalosporinas de 2ª geração 
Cefuroxima 
→ atividade contra S. pneumoniae, H. influenzae, e 
M. catarrhalis,incluindo as cepas produtoras de 
ß-lactamase. 
→ infecções respiratórias adquiridas na 
comunidade, sem agente etiológico identificado. 
→ efetiva no tratamento de meningite por H. 
influenzae, N. meningitidis e S. pneumoniae 
(Cefalosporia de 3ª geração são mais potentes, 
porém, nesses casos pode-se utilizar a de 2ª 
geração) 
Cefuroxima axetil e cefaclor 
→ Atividade contra uma variedade de infeçcões 
como pneumonias, infecções urinárias, infecções 
de pele, sinusite e otites médias 
Cefoxitina (cefamicina) 
→ atividade contra anaeróbios e gram-negativos, 
→ é eficaz no tratamento de infecções 
intraabdominais; pélvicas e ginecológicas; pé-
diabético;mistas (anaeróbio/aeróbio) de tecidos 
moles 
Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano – Laboratório UC 16 
3ª geração 
Tratamento de uma variedade de infecções por 
bacilos gram-negativos susceptíveis adquiridas no 
ambiente hospitalar, dentre elas: 
→ infecções de feridas cirúrgicas, pneumonias e 
infecções do trato urinário complicadas. 
 
Cefotaxima e ceftriaxona 
→ tratamento de meningites por H. influenzae, S. 
pneumoniae, N. meningitidis e por bacilos gram-
negativos. 
Ceftazidima 
→ tem, boa penetração no SNC e atividade contra 
P. aeruginosa 
→ Excelente opção para o tratamento de meningites 
por P. aeruginosa. 
4ª geração 
 
→ Pneumonias hospitalares, infecções do trato 
urinário graves e meningites por bacilos gram 
negativos. 
→ Tem atividade contra estafilococos sensíveis à 
oxacilina. 
→ Esta droga também faz parte do esquema 
empírico usado nos pacientes granulocitopênicos 
febris. 
5ª geração 
 
Zinforo® (ceftarolina fosamila) 
é indicado para o tratamento de pacientes adultos, 
adolescentes e crianças com idade superior a 2 meses, 
com as seguintes infecções: 
→ Infecções de pele e partes moles complicadas 
(IPPMc) causadas por isolados sensíveis de 
Staphylococcus aureus (incluindo cepas 
resistentes à meticilina), Streptococcus pyogenes, 
Streptococcus agalactiae, Streptococcus 
anginosus (inclui S. anginosus, S. intermedius, e S. 
constellatus), Streptococcus dysgalactiae, 
Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella 
oxytoca e Morganella morganii 
→ Pneumonia adquirida na comunidade (PAC) 
causada por isolados sensíveis de Streptococcus 
pneumoniae (incluindo casos com bacteremia 
concomitante), Staphylococcus aureus (apenas 
cepas sensíveis à meticillina), Escherichia coli, 
Haemophilus influenzae,Haemophilus 
parainfluenzae e Klebsiella pneumoniae 
Carbapenens 
Amplo espectro de ação para uso em infecções 
sistêmicas e são estáveis à maioria das ß–lactamases 
(ou seja , não tem problema de resistência a enzima 
B-Lactamase). 
→ Apresentam eficácia no tratamento de pacientes 
graves com infecção abdominal;infecções do 
sistema nervoso central;pneumonia;infecção de 
pele e partes moles;infecção do trato 
urinário;infecção ginecológicas 
 
Meropenem 
um pouco mais ativo contra bactérias gram-negativas 
Imipenem 
 Apresenta atividade um pouco superior contra gram-
positivos. 
 Ertapenem 
Não tem atividade contra P. aeruginosa e A. 
baumannii. 
Monobactans 
 
São muito bons contra enterobacteriaceas , pois elas 
são sensíveis ao aztreonam e contra cocos gram - 
→ Usado com sucesso no tratamento de infecções 
do trato urinário, bacteremias; infecções pélvicas; 
infecções intra-abdominais; infecções 
respiratórias. 
→ É uma alternativa útil quando não podemos usar 
aminoglicosídeos por não ser nefro ou ototóxico, 
assim como às penicilinas e cefalosporinas, nos 
pacientes alérgicos. 
→ Mantém-se ativo em meios ácidos, sendo uma 
opção no tratamento de abscessos 
Não tem atividade contra infecções por cocos gram-
positivos e/ou anaeróbios. 
Não deve ser usado como monoterapia em infecções 
graves por P. aeruginosa. 
Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano – Laboratório UC 16 
→ São bacteriostáticos 
Amplo espectro de ação para bactérias gram positivas, 
gram negativas aeróbias e anaeróbias, espiroquetas, 
riquétsias, micoplasma, clamídias e alguns 
protozoários. 
 
OBS: A absorção oral é prejudicada por alimentos, 
antiácidos, leite e ferro devido a sua ação quelante 
(ou seja, o leite, ferro, antiácidos e alguns alimentos 
grudam no medicamento e impedem sua absorção, 
com isso, perde o efeito da medicação. 
- Pedir ao paciente para tomar com água e consumir 
esses alimentos em um intervalo de tempo grande em 
relação a medicação. 
Indicação clínica 
→ infecções causadas por clamídias, riquétsias, 
cólera, brucelose e actinomicose. 
→ Alternativas no tratamento de infecções causadas 
por: Mycoplasma pneumoniae, N. gonorrhoeae, 
H. ducreyi ,Treponema pallidum e em pacientes 
com traqueobronquites e sinusites. 
→ Principal escolha para o tratamento de 
pneumonias por bactérias atípicas (Mycoplasma 
pneumoniae, Legionella pneumophila, Chlamydia 
spp). 
→ Alternativa terapêutica em pacientes alérgicos à 
penicilina: infecções do trato respiratório por 
estreptococos do grupo A, pneumonia por S. 
pneumoniae, prevenção de endocardite após 
procedimento odontológico, infecções superficiais 
de pele (Streptococcus pyogenes), profilaxia de 
febre reumática (faringite estreptocócica). 
Eritromicina 
→ amplo espectro de ação 
→ Bactérias gram positivas,além de 
treponemas,micoplasma e clamídias. 
→ É inativa contra enterobacteriaceas e 
Pseudomonas spp. 
 
Claritromicina 
→ Altamente ativa contra bactérias gram-positivas 
(2 a 4 vezes > eritromicina) 
→ Atividade contra as bactérias gram-negativas 
(pouco mais ativa contra a M. catarrhalis.) 
→ Contra anaeróbios sua atividade é baixa, sendo 
semelhante à eritromicina. 
Azitromicina 
→ Maior espectro de atividade 
→ Maior atividade contra bactérias gram-
negativas,em particular H. influenzae. 
→ A maioria das enterobactérias são 
intrinsecamente resistentes, porque não 
conseguempenetrar na membrana externa 
efetivamente. 
 
Todos são potencialmente nefrotóxicos 
 
Indicações clinicas 
→ Septicemias, infecções do trato urinário, 
endocardites, infecções respiratórias, infecções 
intra-abdominais, meningites em recém-nascidos, 
infecções oculares, osteomielites e infecções de 
articulações. 
Grande atividade contra bacilos e cocos gram-
negativos aeróbios, entre eles, Klebsiella spp. Serratia 
spp., Enterobacter spp., Citrobacter spp., 
Haemophilus spp., Acinetobacter spp. e cepas de 
Pseudomonas aeruginos. 
Atividade contra bactérias gram-positivas ( entre elas: 
Staphylococcus aureus, S. epidermidis,Listeria 
monocytogenes,Enterococcus faecalis e Nocardia 
asteroides) e contra micobactérias. 
 
Estreptomicina 
→ Boa atividade contra Mycobacterium tuberculosis 
e M.bovis Tuberculose . 
→ Alternativa em casos de á resistência a isoniazida 
e/ou rifampicina ou quando a terapia parenteral 
é necessária. 
 
Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano – Laboratório UC 16 
Gentamicina 
→ Infecções por bacilos gram-negativos, com ação 
contra P. aeruginosa ou S. marcescens. 
→ Também usada em esquemas combinados com ß-
lactâmicos para infecções mais graves por 
enterococos. 
Amicacina (maior espectro de ação). 
→ Infecções por bacilos gram-negativos resistentes a 
gentamicina e na terapia empírica de infecções 
relacionadas à assistência à saúde. 
→ É também útil na terapia das micobacterioses,em 
casos específicos de infecções por M.tuberculosis 
ou no tratamento de infecções pelo M.fortuitum e 
M.avium. 
 
Potencial de teratogenicidade (risco C). 
São contra-indicados no 3º trimestre da gestação e 
durante a amamentação. 
 
OBS: Existe uma combinação bastante utilizada devido 
ao seu efeito sinérgico que é a de Sulfametoxazol + 
Trimetoprim que é a mesma coisa que Cotrimoxazol. 
 
Existe também 2 modos de Sulfadiazina: Sulfadiazina 
apenas e Sulfadiazina de prata. 
 
Indicações 
Cotrimoxazol (Sulfametoxazol + Trimetoprim) 
→ (oral e intravenosa ) 
→ Infecções do trato urinário, altas e baixas, 
uretrites e prostatites agudas ou crônicas. 
→ Excelente atividade contra Stenotrophonas 
maltophilia. 
→ Tratamento de otite média, sinusite e 
exacerbação aguda de bronquite crônica como 
alternativa para pacientes alérgicos aos ß-
lactâmicos. 
→ É a primeira escolha para o tratamento e 
profilaxia da pneumonia por P. carinii nos 
pacientes portadores de alguma imunodepressão. 
Sulfadiazina (oral) 
→ Droga de escolha para Toxoplasmose, associado a 
pirimetamina, 
→ Como alternativa na malária por P. falciparum 
sensível ou resistente à cloroquina. 
Sulfadiazina prata (uso tópico) 
→ prevenção de infecções em pacientes queimados. 
 
 
Importante saber: as novas quinolonas possuem um 
espectro maior se comparado a ciprofloxacina. 
Porém, nenhuma é mais potente contra P. aeruginosa 
do que a ciprofloxacina. 
Indicações clínicas 
São ativas contra bactérias do trato genital como 
Chlamydea trachomatis e Mycoplasma hominis, que 
podem causar uretrite inespecífica. 
Altamente efetivas em infecções urinárias não 
complicadas (cistites) 
Ação contra todos os patógenos bacterianos 
conhecidos como causadores de gastroenterites. 
Não apresentam boa atividade contra o Treponema 
pallidum. 
Fluorquinolonas 
podem ser utilizadas em pielonefrites complicadas. 
Ácido nalidíxico 
é indicado, exclusivamente, para o tratamento de 
infecções baixas do trato urinário. 
Ciprofloxacina 
 Aumento do espectro, para os bacilos gram-negativos 
e boa atividade contra alguns cocos gram-positivos. 
→ É mais potente contra P.aeruginosa do que as 
novas quinolonas. 
Não é indicada em infecções de vias aéreas superiores 
(sinusites), devido sua pouca ação Streptococcus 
spp.,Enterococus spp. e anaeróbios. 
Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano – Laboratório UC 16 
Novas quinolonas 
→ Tem ação contra cocos gram-positivos (pcp 
pneumococos), 
→ Alternativa terapêutica em sinusites de repetição. 
→ Tratamento da exacerbação aguda das bronquites 
crônicas onde predominam os bacilos gram-
negativos. 
→ Efetivas em casos de pneumonia adquirida na 
comunidade (espectro de ação contra 
pneumococos). 
→ Efetivas em pneumonias atípicas (causadas por 
Legionella spp. e Mycoplasma spp. e 
C.pneumoniae). 
 
 
→ Disponível na forma oral (palmitato), intravenosa 
(succinato) e tópica. 
→ Ajustar dose em casos de lesão hepática 
importante (aumento da concentração sérica da 
droga, com maior probabilidade de ocorrer 
toxicidade medular). 
Indicações clínicas 
→ Deve ser utilizado apenas em pacientes graves,em 
situações específicas. 
→ Tratamento de infecção por enterococos 
resistentes à vancomicina. 
→ Salmoneloses,principalmente na febre tifóide. 
→ É alternativa no tratamento de meningite 
bacteriana e epiglotite, artrite séptica e 
osteomielite por Haemophilus influenzae em 
pacientes alérgicos aos ß-lactâmicos. 
→ Indicado no tratamento de ricketsioses ou 
erlickiose. 
 
→ Toxicidade renal significativa 
Indicações clínicas 
→ As polimixinas são ativas contra uma grande 
variedade de bacilos gram negativos (incluindo P . 
aeruginosa e Acinetobacter spp.) incluindo muitas 
espécies de enterobactérias (como E.coli e 
Klebsiella spp.) e bacilos não-fermentadores. 
→ Tratamento de infecções graves por bacilos gram-
negativos multirressitentes como P .aeruginosa e 
A.baumannii, principalmente, no tratamento de 
pneumonias associadas à assistência à saúde, 
infecções da corrente sanguínea relacionadas a 
cateteres,nas infecções do sítio cirúgico e nas 
infecções do trato urinário. 
 
 
 
Vancomicina 
Usada como alternativa aos beta-lactâmicos em 
pacientes alérgicos. 
→ Alternativa no tratamento de infecções por 
estafilococos resistentes a oxacilina (B-Lactâmico). 
→ São exemplos: infecções em próteses (válvulas 
cardíacas, enxertos vasculares e “shunts” 
neurocirúrgicos ou de hemodíalise), endocardites, 
meningites pósneurocirúrgicas e peritonites pós-
diálise peritoneal. 
Teicoplanina 
São similares às da vancomicina (porém, tem menor 
toxicidade). 
Não tem atividade contra bacilos gram-negativos, 
fungos ou micobactérias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano – Laboratório UC 16 
01) Os antimicrobianos podem atuar de diversas 
maneiras. Marque a alternativa na qual TODOS 
INTERFEREM na membrana citoplasmática do 
microorganismo: 
a) Penicilina,ciprofloxacina,imipenem 
b) Levofloxacino,ampicilina,oxacilina 
c)Azitromicina,Penicilina G benzatina,cloranfenicol 
d)Vancomicina,Ceftriaxona,aztreonam 
 
02) No estudo de sensibilidade dos 
antimicrobianos,é INCORRETO afirmar que: 
A) a ampicilina/sulbactam é também ativa contra 
anaeróbios. 
B) o aztreonam é bem ativo contra gram-
negativos.Pouco ativo contra anaeróbicos e gram(+). 
C) a ceftazidima é uma cefalosporina com boa 
atividade contra gram(-),com exceção da P 
.aeruginosa. 
D) a moxifloxacina é uma quinolona de última 
geração,de espectro estendido. 
 
03) Um médico, preocupado em escolher uma 
associação de antimicrobianos, para uma criança de 
4 anos com infecção de corrente sanguínea de 
origem hospitalar, opta por antibióticos cujos 
mecanismos de ação possam agregar algum efeito 
sinérgico. Introduz um betalactâmico e um 
aminoglicosídeo cujos mecanismos de ação 
são,respectivamente, 
A) Inibição da síntese protéica e interferência na 
integridade da parede celular. 
B) Interferência na integridade da parede celular e 
inibição da síntese protéica. 
C)Ambos interferem na integridade da parede celular 
D) Inibição da síntese protéica e inativação do RNA 
mensageiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
04) Os antibióticos que se concentram ou são 
eliminados pelo fígado devem ser usados com 
cautela no tratamento de pacientes com disfunção 
hepática. Dentre os fármacosabaixo assinale a 
alternativa que contém corretamente o nome de um 
fármaco que deve ser evitado devido a sua intensa 
metabolização hepática e sua respectiva classe. 
a)Aminoglicosídeos:gentamicina 
b) Penicilina,penicilina cristalina 
c) Cefalosporina,Levofloxacina 
d) Quinolona,doxiciclina 
e)Tetraciclinas,tetraciclina 
 
05) São cefalosporinas de segunda geração ativas 
contra Bacteroides: 
a) Cefoxitina 
 b) Cefazolina 
c) Cefalotina 
d) Aztreonam 
 e) Ceftarolina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: D, C , B, E, A

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