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Fisiologia do SNC (+audição, visão, olfato) e músculo liso

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ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA 
NERVOSO 
Mamíferos: tendência ao aumento do telencéfalo, principalmente do córtex cerebral 
DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO 
Sistema nervoso central: divisão aferente – sensorial (medula espinal e encéfalo) 
▪ Localizado dentro da cavidade craniana e canal vertebral 
▪ Encéfalo: cérebro (diencéfalo e telencéfalo), cerebelo e tronco encefálico (bulbo, 
ponte e mesencéfalo) 
Sistema nervoso periférico: divisão eferente – motora (nervos e gânglios) 
▪ É o que se localiza fora do SNC. Os nervos e raízes nervosas fazem conexão com o SNC 
ao adentrarem no crânio e na coluna vertebral 
▪ Nervos aferentes: sensoriais 
▪ Nervos eferentes: motores – dividido em SN autônomo (simpático e parassimpático) e 
somático 
DIVISÃO AFERENTE 
o Vias aferentes do SNC – medula espinal (raízes) 
o Sensibilidade 
DIVISÃO EFERENTE 
o Sistema nervoso autônomo (independe da nossa vontade) – simpático e parassimpático 
o Sistema somático (depende da nossa vontade) 
o Motricidade 
DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
• Nervos cranianos e espinhais 
• Gânglios 
• Terminações nervosas 
NERVOS: 
▪ São cordões esbranquiçados que unem o sistema nervoso central aos órgãos 
periféricos 
▪ União com o encéfalo: nervos cranianos 
▪ União com a medula: nervos espinhais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GÂNGLIOS: 
▪ Dilatações constituídas principalmente de corpos de neurônios 
▪ Gânglios: sensitivos e viscerais 
TERMINAÇÕES NERVOSAS: 
▪ Localizadas na extremidade das fibras que constituem os nervos e são de dois tipos: sensitivas 
(ou aferentes) e motoras (ou eferentes) 
 
 
 
 
Divisão visceral do 
SNP 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
MEDULA ESPINHAL 
• Dividida em segmentos: cervical, torácicos, 
lombares e sacrais 
• Responsável pela transmissão de informações 
entre o encéfalo e a periferia 
• Continua superiormente ao bulbo e é protegida 
pela coluna vertebral 
• Relaciona-se com o sistema nervoso autônomo 
• Longo cordão de tecido nervoso com dimensões 
aproximadas de 30 cm de comprimento por 1 
cm² de área de seção, sendo esta última quase 
circular 
• Está contida no canal raquiano da coluna 
vertebral sendo também protegida pelas 
meninges 
• Da medula saem 33 pares de nervos espinais 
• Inerva estruturas que estão próximas de si 
• A lesão desses nervos lesa não só o movimento, 
mas também a sensibilidade do membro 
➢ Parte do controle motor também 
depende do controle sensorial 
• A lesão também pode afetar o funcionamento de certos órgãos, dependendo da região (ex: 
nervos torácicos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Substância branca: contém bainha de mielina – região periférica da medula espinhal 
• Substância cinzenta: corpos celulares de neurônios – região central da medula espinhal 
• Interneurônios da medula espinhal – existentes na substância cinzenta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNÇÃO: 
o Aferente: leva as informações sensoriais da pele, articulações e músculos para o SNC 
o Eferente: leva respostas motoras do SNC à periferia 
CORNOS: 
o Corno posterior: recebe estímulos aferentes 
(periferia → encéfalo) 
o Corno anterior: recebe estímulos eferentes 
(encéfalo → periferia) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organização das 
informações que 
entram e saem da 
medula: cada região da 
substância cinzenta tem 
uma recepção 
informacional 
 
ENCÉFALO 
• Divisão do encéfalo: prosencéfalo (telencéfalo e diencéfalo), mesencéfalo e rombencéfalo 
(cerebelo, ponte e bulbo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRONCO ENCEFÁLICO: 
▪ Ponte e bulbo + mesencéfalo – apresentam 
similaridades funcionais (regulação cardiorrespiratória) 
▪ Haste em que o cérebro e o cerebelo se apoiam 
▪ Núcleos motores e sensoriais dos nervos cranianos 
▪ Formação reticular: complexa rede de neurônios que em 
parte servem de estações de retransmissão do cérebro 
para o cerebelo e medula e vice-versa 
▪ Sítio de controle de funções vitais (respiração, estado de 
consciência e ciclo sono-vigília, controle cardiovascular, 
etc) 
▪ Bulbo/medula oblonga: extremamente importante para 
controle da pressão arterial. É a continuação da medula e 
é a primeira estrutura do tronco encefálico 
▪ Ponte: núcleos que ajudam a fazer transição do ciclo 
respiratório (inspiração e expiração), controle 
hidroeletrolítico. É a segunda estrutura do tronco 
encefálico e comunica o bulbo com o mesencéfalo 
▪ Mesencéfalo: faz controle motor, participa da visão, 
audição e sistema de sono e vigília. É a segunda estrutura 
do tronco encefálico e faz a conexão com o encéfalo 
o Ciclo sono-vigília: conjunto de neurônios que são 
responsáveis por esse ciclo, envolve todo o tronco encefálico 
 
O cerebelo não faz parte do tronco encefálico, porque tem como principal função o controle motor 
(equilíbrio), automação de movimentos previamente já conhecidos 
 
PROSENCÉFALO: 
Telencéfalo: hemisférios cerebrais + substância branca + núcleos profundos dos hemisférios 
cerebrais (núcleos da base, amígdala e hipocampo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Núcleos da base: são regiões do telencéfalo que, apesar de serem profundas, também 
apresentam áreas corticais e não corticais. São aperfeiçoadoras de movimentos 
o Substância negra: doença de Parkinson – degeneração dos neurônios que produzem 
dopamina nessa região 
▪ Amígdala: área relacionada com respostas emocionais, mas instintivas (raiva e agressividade), 
controle da via hidroeletrolítica, controle urinário. 
o Juntamente com o hipocampo, hipotálamo, parte do córtex, septo – formam um 
circuito chamado de sistema límbico (geração de emoção) 
 
Diencéfalo: tálamo + hipotálamo 
▪ Tálamo: ajuda o córtex a distribuir 
informações e organizá-las nessa 
região. Além disso, é importante 
para integrar as informações, 
capaz de integrar a informação 
dolorosa junto ao córtex. 
Apresenta conexões com o 
hipotálamo e com o telencéfalo e 
recebe aferência de todas as 
funções sensoriais (exceto da 
olfação) 
▪ Hipotálamo: possui várias 
subdivisões, controla várias 
necessidades fisiológicas, 
conhecidas como controle 
simpático e compartamentais, 
como fome, frio/calor, sede, regulação/produção de hormônios, controla atividade 
cardiovascular também em situações de estresse (diferente do bulbo). Apresenta função 
neuroendócrina (controle da hipófise) 
CEREBELO 
• Funções: equilíbrio, coordenação motora, cognição 
• Assim como o cérebro, apresenta sulcos e giros 
• Conectado ao tronco encefálico pelos pedúnculos cerebelares 
• Dividido em três partes: 
o Vestibulocerebelo ou arquicerebelo (flóculo nodular): é a parte mais antiga 
filogeneticamente. Recebe aferências dos núcleos vestibulares e está relacionado a 
regulação de movimentos relacionados à manutenção da postura e equilíbrio 
o Espinocerebelo ou paleocerebelo (vermis do cerebelo): é a única parte que recebe 
aferências diretas da medula. Está relacionado ao movimento dos músculos espinais 
o Cerebrocerebelo ou neocerebelo (hemisférios cerebelares): é a maior parte do 
cerebelo. Recebe aferências de várias regiões do córtex cerebral. Está relacionado com 
a regulação de movimentos com sequência espacial e temporal 
MENÍNGES E LÍQUOR 
• Membranas que envolvem o SNC: dura-máter, aracnoide e pia-máter 
• Entre as duas primeiras existe um espaço virtual 
• Entre as duas últimas, o espaço subaracnóideo, se encontra o líquor 
• A inflamação das meninges constitui a meningite 
• Proteção de impactos 
 
 
UNIDADES FUNCIONAIS DO SISTEMA NERVOSO 
NEURÔNIO 
• Há várias formas de neurônios de acordo com a sua função e a localização 
• Capaz de gerar e propagar sinais elétricos 
• Corpos celulares e axônios não mielinizados formam a substância cinzenta 
• Axônios mielinizados formam a substância branca 
• Função dos neurônios: realiza a comunicação (sinapses) com outros neurônios, órgãos, 
músculos, glândulas, etc 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÉLULAS DA GLIA 
• Oligodendrócitos:serve para sustentação (fica na periferia dos neurônios), servem para 
produção de bainha de mielina no SNC 
• Astrócitos: vizinho de um vaso sanguíneo e de um neurônio, serve para nutrir o neurônio, 
consegue modular sinapses (modificar a atividade de uma sinapse, porque produz alguns 
neurotransmissores) 
• Micróglia: recolhe “restos” de neurotransmissores, ele quem faz a limpeza de 
neurotransmissores. Também pode ter atividade imunorregulatória 
• Célula de Schwann: responsáveis pela produção de bainha de mielina no SNP 
 
 
FISIOLOGIA SENSORIAL 
• Tudo aquilo que conseguimos perceber o meio 
• Está relacionada com os 5 sentidos básicos: visão, olfato, audição, paladar e tato 
• Receptores sensoriais: são terminações nervosas de neurônios pseudounipolares e são 
classificados de acordo com o tipo de estímulo que são capazes de detectar 
• Cada uma dessas regiões tem células específicas para um sentido 
 
 
 
 
 
 
• Um mesmo ato pode abranger diversas funções: motor, somatossensorial, audição, visão, etc 
• As áreas do córtex cefálico se comunicam 
• Essas fibras nervosas somatossensoriais tem mielinização diferentes 
Ex: estímulos mecânicos – são fibras mais mielinizadas; 
SOMESTESIA/SOMATOSSENSORIAL 
• Percepção que nós temos a partir do nosso corpo 
• É a parte que nós conseguimos perceber essas ações através do nosso corpo 
• É dividido em três sistemas: 
1. Exterocepção: estímulos externos 
2. Propriocepção: conscientização corporal 
3. Interocepção: estímulos internos 
TATO 
▪ Receptores específicos (receptores sensoriais) que captam os estímulos externos, são de três 
tipos: 
✓ Mecanoceptores 
✓ Quimioceptores 
✓ Termoceptores 
▪ Os receptores são muito específicos 
MECANOCEPTORES: 
o estão na pele 
o capacidade de discriminação de dois pontos varia ao longo do corpo 
o axônios aferentes primários (da pele à medula) 
o córtex: lobo parietal (giro pós-central) – córtex somatossensorial primário, chega primeiro 
nessa região 
o estão divididos de diversas maneiras no nosso corpo, logo, a percepção do mesmo estímulo 
em diversas regiões do corpo é diferente, devido à quantidade de Mecanoceptores ser maior 
em certas regiões 
• HOMÚNCULO DE PENFIELD: regiões que tem grande capacidade discriminativa 
apresentam uma maior representação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE MECANOCEPTORES: 
✓ Receptores de Merkel: detectam a pressão contínua e a textura 
✓ Corpúsculo de Meissner: responde aos movimentos suaves e vibração de baixa 
frequência 
✓ Corpúsculo de Pacini: detecta a vibração 
✓ Corpúsculo de Ruffini: responde ao estiramento da pele 
✓ Nervos sensoriais: transmitem os sinais para a medula 
 
o Alguns estímulos deixam de ser nocivos, o que acontece é a adaptação dos mecanoceptores. 
Eles continuam ativos, mas mandam menos potencial de ação para a medula 
o Cada receptor responde somente a estimulação dentro do seu campo 
o A densidade de receptores dentro de cada região do corpo reflete a capacidade do sistema 
sensório em perceber os detalhes da informação sensória 
o Quanto maior a densidade de receptores, maior a resolução espacial 
TERMOCEPTORES: 
o A pele tem termoceptores de calor ou frio 
o Essa percepção se dá principalmente pelo hipotálamo e pela medula, que mantém a 
temperatura 
o Há limites de temperatura para percepção, tanto abaixo de uma certa temperatura 
 
 
 
 
 
Receptores de 
superfície 
 
PROPRIOCEPÇÃO 
• Capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação e 
posição relativa de uma parte em relação a outra 
• Composto por: fuso neuromuscular, órgão tendinoso de golgi, receptores articulares e 
cutâneos 
• A atividade muscular esquelética é regulada por dois tipos de receptores: 
1. Fuso muscular: sensor de comprimento e MN y 
2. Órgão tendinoso de Golgi: sensor de tendão 
RECEPTORES SENSORIAIS MUSCULARES 
o Fibras musculares: 
• Fibras extrafusais: geração de força 
• Fibras intrafusais: informação do grau de comprimento muscular 
 
o Tipos de motoneurônios: 
• Motoneurônio alfa: inervam as fibras musculares extrafusais (mede a força da 
contração) 
• Motoneurônio gama: inervam as fibras musculares intrafusais (mede o comprimento 
da contração) 
o Fuso muscular e órgão tendinoso de Golgi: tensor de tensão – medem o quanto as fibras estão 
contraídas 
 
ORIENTAÇÃO 
Sistema vestibular: em pé, parado, girando, etc 
• Composto por três canais semicirculares 
• Conforme o movimento da endolinfa mexe no utrículo, percebe-se se o indivíduo está 
em pé, girando 
PRINCIPAIS VIAS SOMATOSSENSORIAIS 
VIAS ASCENDENTES 
• A primeira via chama-se via coluna dorsal – lemnisco medial: é a via do tato fino, 
vibração e consciência proprioceptiva do corpo para o córtex cerebral 
➢ Decussação do neurônio de 2ª ordem ocorre no tronco encefálico 
➢ Grau de localização do estímulo é mais preciso 
➢ Velocidade de condução mais rápida do que no sistema anterolateral 
✓ O tálamo é muito importante, pois é uma via de distribuição dos estímulos 
que chegam no córtex 
• A segunda via chama-se via espinotalâmica ântero-lateral: está relacionada com 
percepções de dor, temperatura e pressão 
➢ Conduz informações de tato grosseiro, temperatura, cócegas, prurido 
 
 
 
RESUMO 
MECANORRECEPTORES 
• Tato: receptores com formatos diferentes localizados em diversos níveis da pele, detectando 
vários tipos de estímulos 
• Audição: o órgão de Corti detecta vibrações provocadas na membrana timpânica 
• Vestibular: a cúpula e o ducto semicircular detectam a aceleração linear e rotação pela 
movimentação da endolinfa e deformação das células sensoriais 
TERMORRECEPTORES 
• Receptores de frio e calor se localizam na pele, e cada um apresenta um pico de atividade em 
uma temperatura específica 
• Receptores polimoidais ou nociceptores térmicos: receptores que detectam temperaturas 
extremas e provocam sensação de dor 
NOCICEPTORES 
• Receptores de dor 
• Terminações nervosas livres de dor espalhadas na pele 
• Apresentam um limiar de disparo mais alto 
 
QUIMIORRECEPTORES 
• Língua: detectam sabor 
• Mucosa nasal: detectam odores 
• Corpúsculo carotídeo (entre a carótida externa e interna): composto por células glomus 
irrigadas pelas caróticas, detectam PO2, PCO2 e pH do sangue arterial 
PROPRIOCEPTORES 
• Percepção sobre a contração e relaxamento dos músculos e tendões 
• Músculo esquelético: receptor ânulo-espiral (envolve as fibras intrafusais) 
• Tendões: órgão tendinoso de Golgi 
FOTORRECEPTORES 
• Cones (parte central da retina): detectam cores e formas com precisão 
• Bastonetes (periferia da retina): detectam claro/escuro, não detectam formas com precisão 
INFOS EXTRAS 
▪ Transdução sensorial: transformação de sinais de diferentes naturezas em sinal elétrico. 
Receptores sensoriais estão acoplados a canais iônicos dependentes de algum estímulo 
(químico, mecânico ou voltagem dependentes). Ao receberem o estímulo externo, os 
receptores abrem os canais iônicos, permitindo a entrada de íons pela membrana, o que gera 
um potencial local. O potencial local ou gerador é uma variação do potencial de membrana que 
acontece na membrana no receptor e pode ser ampliado por somação 
▪ Campo receptor: área da superfície corpórea na qual um receptor consegue captar um 
estímulo. Quanto menor o campo receptor, maior a precisão da percepção do receptor (maior 
sensibilidade) 
▪ Adaptação sensorial: o tempo de detecção de estímulos varia de acordo com a capacidade de 
adaptação do receptor; receptores fásicos – adaptação rápida, a percepção do estímulo é 
pontual, torna-se reduzida rapidamente, ex: termorreceptores; receptores tônicos – adaptação 
lenta, a percepção do estímulo é prolongada, ex: nociceptores 
▪ Dermátomos: são determinadas áreas do corpo inervadas por uma fibra proveniente de uma 
única raiz nervosa dorsal. São nomeados de acordo com o nervo espinhal que os inervam. 
Formam bandas em voltado tronco, enquanto nos membros sua organização é mais complexa 
 
FISIOLOGIA DA DOR 
A dor é um dos mecanismos de defesa do organismo que alertam o cérebro de que seus 
tecidos podem estar em perigo 
▪ Quando os nociceptores são estimulados, impulsos de dor são enviados para o cérebro 
como um aviso de que a integridade do corpo está em risco 
▪ Um estímulo nocivo ou um estímulo nociceptivo causa a ativação das fibras da dor 
Tato: nociceptores na pele, músculo, articulações, vísceras e terminações nervosas livres 
o Mecânicos: dor aguda ou em pontadas, terminações nervosas livres, mielinizados, A 
delta 
o Térmicos: temperaturas extremas >45º e <5º A delta 
o Polimodais: dor lenta e queimação, fibras C 
NOCICEPTORES 
• Fibra A delta: menor, mielinizada – receptores mecânicos e termomecânicos 
• Fibras C: fibras pequenas e não mielinizadas – receptores polimodais, mecânicos, térmicos e 
químicos. Demora para ser ativadas, mas demoram para se extinguirem 
 
• A dor em regiões com número menor de neurotransmissores, também possuem menor 
quantidade de nociceptores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADJUNTOS DA DOR 
• Mediadores químicos e inflamatórios 
o A resposta à dor começa com o estímulo dos nociceptores, terminações nervosas 
especializadas que respondem aos estímulos dolorosos. O estresse ou a lesão 
mecânica dos tecidos excita os nociceptores mecanossensíveis 
o Várias substâncias químicas liberadas durante a resposta inflamatória, como 
bradicinina, serotonina, histamina e prostaglandinas, excitam os nociceptores 
quimiossensíveis 
1. Lesão tissular 
2. Estimulação de nociceptores 
3. Liberação de mediadores químicos (serotonina e adenosina) agem em vários 
locais, causando uma hiperalgesia 
4. Liberação de mediadores inflamatórios (substâncias algogênicas) (bradicinina – 
canais de sódio; prostaglandina – sensibilizadora) promovem a inflamação na 
região 
5. Estimulação dos nociceptores e sensibilização 
VIAS ASCENDENTES DA DOR 
• Passa pela via espinotalâmica – trato grosseiro 
• Todos os impulsos nocivos são transmitidos pelas vias aferentes para o tálamo 
• as fibras A delta seguem a via neoespinotalâmica, uma via de dor mais rápida, segue pro 
tálamo e depois pro córtex somatossensorial primário 
• as fibras A delta e C carregam informações muito específicas, por isso seguem vias específicas 
• via paleoespinotalâmicas: segue para o tálamo e projeta-se para o córtex somatossensorial, 
com difusões para outras regiões como a do sistema límbico (além da percepção de dor, ela é 
compreendida de uma forma diferente por conta de outros sistemas envolvidos) 
 
VIAS DESCENDENTES 
• Substância cinzenta periaquedutal – inibição no corno dorsal da medula espinal 
1. Opioides inibem a atividade de neurônios inibitórios e assim, remove a inibição do 
neurônio que se projeta para o núcleo da rafe (região da substância cinzenta 
periaquedutal no mesecéfalo) 
2. Ocorre a sinapse excitatória no núcleo magno da rafe no bulbo 
3. Segue até a medula espinal, os axônios contendo receptores opiáceos na substância 
cinzenta do corno dorsal da medula recebem esse estímulo 
4. a Serotonina (5-HT) produzida no corno da rafe, é liberada e excita os interneurônios 
inibitórios, inibindo o neurônio de segunda ordem da via ascendente, responsável pela 
sinapse com o receptor da dor 
5. e os interneurônios produzem inibição pré e/ou pós-sináptica sobre o neurônio que 
transmite a informação de dor para o cérebro 
OPIOIDES ENDÓGENOS: 
▪ exercício contínuo contribui para a liberação de endorfinas no encéfalo 
▪ endorfinas liberam a intensidade de dor “sentida” pelo encéfalo 
 
 
FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO 
O ouvido humano capta frequências de 20 – 20.000 Hz 
OUVIDO EXTERNO: formado pelo pavilhão auricular, canal auditivo (meato acústico externo) + 
cerume 
OUVIDO MÉDIO: formado pelos três ossículos (martela, bigorna e estribo) + membrana 
timpânica + tuba auditiva (tuba de Eustáquio) – músculo estapédio e tensor do tímpano, 
protegem os ossículos de uma alta vibração. O músculo salpingofaringeo ao contrair, abre a 
tuba auditiva, igualando a pressão externa e interna (quando descemos a serra, por exemplo) 
o O estribo, ao vibrar, se encaixa na janela oval 
o O martelo está fixado na membrana timpânica, envolto pelo músculo tensor do 
tímpano, permitindo que o estímulo sonoro chegue até o martelo. Esse músculo faz 
com que a membrana timpânica fique rígida 
o A movimentação dos 3 ossículos não aumenta a distância de movimentação do 
estribo, mas sim aumenta a força de movimentação – aumenta a pressão sobre a 
perilinfa. Dessa forma, a membrana timpânica + os 3 ossículos permitem o ajuste de 
impedâncias entre as ondas sonoras no ar e no líquido 
o O músculo estapédio e o tensor do tímpano protegem a cóclea de vibrações 
agressivas causadas por som excessivamente alto. Assim como mascaram o som de 
baixa frequência nos ambientes com som intenso. Além disso, esses músculos 
diminuem a sensibilidade da audição da pessoa para sua própria fala 
OUVIDO INTERNO: formado pela cóclea, janela oval, janela redonda 
o Helicotrema: região onde ocorre a comunicação entre a rampa vestibular e a rampa 
timpânica 
o Membrana basilar: a sua morfologia se modifica da janela oval até o helicotrema. 
Próxima a janela oval é larga, espessa e rígida. Próxima do helicotrema é mais estreita, 
fina e mais flexível 
o Perilinfa: preenche a rampa vestibular e a rampa timpânica. A perilinfa empurrada 
pelo estribo forma uma onda sonora em meio líquido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A perilinfa predomina sódio, cálcio e potássio 
A endolinfa predomina potássio, magnésio e fosfato 
 
 
• Órgão de Corti: apresenta os receptores da audição, está banhado pela endolinfa 
CÓCLEA 
▪ Formada por 3 tubos enrolados: a rampa vestibular, rampa média e rampa timpânica 
▪ A rampa vestibular e a timpânica é separada pela rampa/membrana de Reissner (também 
chamada de membrana vestibular) – essa rampa/membrana é importante para manter o 
líquido na rampa média 
▪ A rampa timpânica e a rampa média são separadas pela membrana basilar 
▪ Em cima da membrana basilar fica o órgão de Corti, repleto de células ciliadas (células 
eletromecanicamente 
sensíveis) – são órgãos 
receptores terminais que 
geram impulso nervoso 
em resposta às vibrações 
sonoras 
 
 
 
 
 
 
TRANSDUÇÃO 
Transformação de qualquer estímulo externo em impulso elétrico 
ÓRGÃO DE CORTI: é o órgão receptor que gera os impulsos nervosos em resposta à vibração 
da membrana basilar. Possui células ciliadas internas e externas – são consideradas os 
receptores secundários da audição. O neurônio é considerado, nesse caso, o receptor primário 
(tecido nervoso e muscular são os únicos capazes de gerar potencial de ação). As fibras 
nervosas estimuladas pelas células ciliadas levam ao gânglio espiral de Corti, situado no 
modíolo da cóclea. As células ganglionares enviam axônios para o nervo coclear e depois para o 
SNC, na porção superior do bulbo 
▪ Membrana tectorial: cobre toda a superfície do órgão de Corti. É mais rígida 
▪ A membrana basilar está fixada na região óssea da cóclea (modíolo) apenas na região 
proximal 
 
Propagação do som: quando o som chega na tuba auditiva, a vibração da membrana 
timpânica faz com que a platina do estribo se encaixe na janela oval. Esse movimento 
faz com que a membrana basilar se curve em direção à janela redonda, iniciando uma 
onda líquida da perilinfa em direção ao helicotrema, enviando essas ondas para a 
rampa timpânica, deformando a membrana basilar e de Reissner, levando esse 
estímulo até a rampa vestibular. As células ciliadas sofrem deformação com o toque 
da membrana tectorial, o que faz com que gere um impulso nervoso até o SNC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ A movimentação da endolinfa ativa os estereocílios, fazendo com que potássio entre 
na célula, ativando os canaisvoltagem dependentes, gerando um potencial de ação. 
Cálcio entra na célula, fazendo com que neurotransmissores saiam em forma de 
vesícula e se comunique com os neurônios pós-sinápticos 
POTENCIAL ENDOCOCLEAR 
• A rampa média está repleta de endolinfa, totalmente diferente da perilinfa (que se 
assemelha ao líquido cefalorraquidiano), secretado pela estria vascular. Tem alta 
concentração de potássio e baixa concentração de sódio 
• Esse potencial é uma diferença de potencial na rampa média, tornando-a positiva por 
dentro e negativa por fora – esse potencial é gerado pela contínua secreção de íons 
potássio no interior da rampa média pela estria vascular 
• Sua importância se dá por banhar a parte superior dos estereocílios, enquanto a 
perilinfa banha a região inferior. Acredita-se que esse alto potencial elétrico sensibilize 
os estereocílios, aumentando sua capacidade de responder ao mais tênue som 
 
 
 
 
VIAS AUDITIVAS 
▪ As fibras nervosas oriundas do gânglio espinhal 
de Corti penetram nos núcleos cocleares dorsal 
e ventral, localizados na parte superior do 
bulbo 
▪ Nesse ponto, todas as fibras fazem sinapse e 
neurônios de segunda ordem passam, 
principalmente, para o lado oposto do tronco 
cerebral e terminam no núcleo olivar superior 
▪ A partir desse núcleo, a via auditiva dirige-se 
para cima, pelo lemnisco lateral, algumas 
fibras acabam aí, outras continuam até o 
conículo inferior 
▪ Daí, a via segue até o núcleo geniculado medial 
e por fim, continua pela radiação auditiva até o 
córtex auditivo (localizado no giro superior do 
lobo temporal) 
 
Caminho nervoso: do gânglio espiral, saem 
informações de feixes pros núcleos coclear 
ventral e dorsal → as informações vão pra oliva 
superior → saem informações que seguem o 
lemnisco lateral → chegam ao colículo inferior 
→ vão pro tálamo → sinapse no núcleo 
geniculado medial → córtex auditivo nas áreas 
41 e 42 de rodman. Podem ser ipsilaterais ou 
translaterais 
CARACTERÍSTICA DO ESTÍMULO SONORO 
➢ Frequência do som 
➢ Amplitude do som 
FREQUÊNCIA DO SOM 
o A membrana basilar é responsável por detectar as diferentes frequências 
o Sons de alta frequência (agudos) faz a membrana basilar se distorcer perto da janela oval 
o Sons de baixa frequência (graves) faz a membrana basilar se distorcer próximo ao helicotrema 
Azimute: região onde vibra a membrana basilar; tonotropia – deformação da membrana basilar 
conforme a frequência do som 
o Os neurônios que detectam as frequências são diferentes, cada um detecta uma diferente 
frequência. Sons mais agudos chegam na região mais posterior do córtex auditivo primário, 
sons mais graves chegam em regiões mais anteriores do córtex auditivo primário 
AMPLITUDE DO SOM 
o Essa intensidade do som depende da deformação dos cílios 
o Som forte, o deslocamento da membrana basilar vai ser maior, com isso, provoca uma 
deformação maior dos cílios, provocam uma alta frequência de potencial de ação, chegando 
no córtex auditivo, decodifica-o em som forte 
o Alta deformação dos cílios – som forte 
o Baixa deformação dos cílios – som fraco 
 
FISIOLOGIA DA OLFAÇÃO 
TIPOS DE ODORES 
• Floral – álcool betafeniletilico 
• Almíscar – anéis cetonicos C15-17 
• Canforado – cânfora 
• Acre – ácido butírico 
• Fétido – acetato de benzila 
• Pungente – ácido acético, ácido fórmico 
RECEPTORES OLFATIVOS 
• Encontrados na mucosa amarela 
• Atravessam o etmoide e chega até o bulbo olfativo 
• Órgão vomero-nasal – acredita-se que está relacionado aos feromônios 
• Célula olfativa: neurônio bipolar 
• Axônios: glomérulo olfativo 
 
 
• Para a substância química chegue até o receptor, ele se liga a uma proteína chamada de OBP. A 
substância formada chama-se odorante 
• O odorante se liga à proteína G, formando o AMPc, abre os canais de sódio e cálcio. O sódio 
entra dentro da célula olfatória, provocando o potencial de ação 
TRANSMISSÃO DO SINAL OLFATÓRIO 
• A célula mitral (próxima ao glomérulo) é responsável por levar a sensação olfativa ao 
rinencéfalo (região encefálica responsável pela captação da olfação) 
• Somente um cheiro chega por vez no rinencéfalo 
• Cheiros que podem provocar algum dano ao indivíduo chega primeiro ao SNC 
• Esse sinal olfatório chega em várias regiões do encéfalo – bulbo olfativo contralateral, córtex 
pré-fontal, córtex frontal, hipocampo (depende do cheiro) 
• Alvos do bulbo olfatório: córtex piriforme, tubérculo olfatório, amígdala e córtex entorrinal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FEROMÔNIOS 
• Não provoca uma resposta olfativa, mas responde a um comportamento social 
• Tipos de feromônios: de agregação, demarcadores, alarme, sexuais 
 
FISIOLOGIA DA GUSTAÇÃO 
O paladar é principalmente uma função dos botões gustativos da boca 
BOTÕES GUSTATIVOS 
• O botão gustativo é composto por 50 células epiteliais modificadas – formadas por células de 
sustentação e células gustatórias 
• A extremidade externa das células gustatórias está disposta ao redor de pequeno poro 
gustatório 
• Da extremidade de cada célula gustatória projetam-se várias microvilosidades em direção ao 
poro gustativo. Formam a superfície receptora da gustação 
• Entremeada ao redor dos corpos das células gustatórias há uma rede de fibras nervosas 
gustatórias 
 
 
PAPILAS 
• Papila circunvaladas/caliciforme: região posterior da língua (mais de 300 corpúsculos por 
papila) 
o Corpúsculos gustativos – responsáveis pela sensação de gustação 
• Papila folhadas: bordo posterior da língua (de 25 a 30 corpúsculos gustativos) 
• Papila fungiforme: todo o dorso da língua (de 8 a 10 corpúsculos gustativos) 
• Papila filiforme: distribuídas em todo o dorso da língua, não tem função fisiológica 
GOSTOS 
• Gosto azedo: causado por ácidos 
o O hidrogênio para os receptores para ácido entra nos canais de hidrogênio, levando 
carga positiva, causando despolarização da célula 
• Gosto salgado: causado por sais ionizados (principalmente o sódio) 
o Canais de sódio se abrem e levam sódio para dentro da papila gustativa, levando carga 
positiva para dentro da célula, sofrendo uma despolarização, abrindo canais de 
voltagem dependente de sódio (mais sódio irá entrar), isso faz com que canais de 
cálcio se abram, entrando para o interior da célula gustativa, causando o 
deslocamento das vesículas sinápticas, etc 
• Gosto doce: causada por açúcares, glicóis, álcoois, aldeídos, cetonas, amidos, ésteres, 
aminoácidos, algumas proteínas pequenas, ácidos sulfônicos, ácidos halogenados e sais 
inorgânicos de chumbo e de berílio 
o O complexo proteína G (gustducina) é responsável pela recepção do gosto doce. A 
molécula responsável pela sensação doce se liga à proteína G, transformando o ATP 
em AMPc, bloqueando os canais de potássio, aumentando a carga positiva dentro da 
célula, gerando uma despolarização da célula 
• Gosto amargo: causado por algumas substancias orgânicas, em sua maioria. Duas classes são 
especificamente importantes, as substancias orgânicas de cadeia longa que contém nitrogênio 
e alcaloides (tem um limiar de gustação maior, porque a maioria das substâncias tóxicas são 
amargas) 
o Também atua pelo complexo proteína G 
• Sensações secundárias: metálico (sangue), alcalino (salgado + amargo) 
OBS: sensação de picante, não depende somente da sensação gustativa, mas temperatura, dor 
e ardor 
VIAS CENTRAIS DA GUSTAÇÃO 
• Seguem através de 3 pares cranianos – corda do tímpano (VII par craniano) inerva os 2/3 
iniciais da língua, o terço posterior da língua é inervado pelo nervo glossofaríngeo (IX par 
craniano) e o nervo vago que inerva a região da faringe 
• Esses nervos vão até a ponte e de lá até o tálamo 
• Chegam até o tálamo no núcleo póstero-medial do tálamo (lemnisco medial), até o córtex 
gustativo (giro pós-central) 
 
 
FISIOLOGIA DA VISÃO 
• A visão é o principal sentido 
• O olho é um sistema óptico capaz de projetar uma imagem através de umalente em um 
anteparo. Anteparo capaz de transduzir sinais luminosos 
• Retina: neurônios com fotorreceptores. A imagem se forma no olho por refração 
• O olho só consegue focar uma coisa, um foco pra perto e outro pra longe 
• Grande parte da luz é refletida 
• Estímulo eletromagnético é captado por estruturas específicas do olho e é convertido em 
potencial de ação 
• O córtex occipital apresenta principalmente função visual, as percepções visuais predominam 
em relação aos outros sistemas 
• A retina tem aproximadamente 125 milhões de fotorreceptores 
 
 
ORGANIZAÇÃO LAMINAR DA RETINA: 
▪ Camada ganglionar – camada mais externa, produz feixes que formam o nervo óptico 
▪ Camada de célula bipolar – células horizontais (modulam a atividade das células bipolares) e 
células amácrinas (modulam a atividade das células bipolares sobre as células ganglionares), 
ambas modulam a formação visual 
▪ Camada de cones e bastonetes – fotorrecepção 
▪ Epitélio interno pigmentado – absorve a luz e impede que ela reflita para as camadas 
anteriores 
ACOMODAÇÃO VISUAL 
• O músculo ciliar é controlado quase inteiramente pelos sinais nervosos parassimpáticos 
transmitido para o olho pelo terceiro nervo craniano, no tronco encefálico 
• A estimulação dos nervos parassimpáticos contrai o músculo ciliar, que relaxa os ligamentos do 
cristalino. O cristalino torna-se mais espesso, aumentando seu poder de refração. Com isso, o 
olho é capaz de focalizar um objeto mais próximo 
• Filtro de luz: receptores nas camadas mais internas do globo ocular, camada ganglionar e 
bipolar funcionam como um filtro de luz, menor reflexão de luz dentro do olho, porém, menor 
acuidade visual 
• Fóvea: local onde não existem as camadas celulares ganglionares e bipolares, a luz incide 
diretamente nos fotorreceptores, maior percepção visual e representa o foco visual da visão 
(raios de luz que não incidem na fóvea perdem acuidade visual) – possui mais cones do que 
bastonetes 
• Mácula: local onde os feixes da camada ganglionar se aglomeram para formar o nervo óptico, 
não existem fotorreceptores na mácula (ponto cego) 
SISTEMA LÍQUIDO DO OLHO 
• O olho é preenchido por líquido intra-ocular, que garante pressão suficiente dentro do globo 
ocular para mantê-lo distendido 
Humor aquoso: é um líquido que flui livremente. É formado e reabsorvido continuamente 
o Secretado pelos processos ciliares, que são pregas lineares que se projetam a partir 
do corpo ciliar para dentro do espaço atrás da íris, onde os ligamentos do cristalino e o 
músculo ciliar se prende ao globo ocular 
o É quase inteiramente formado como secreção ativa do epitélio que reveste os 
processos ciliares. Começa com o transporte ativo de sódio para dentro dos espaços 
entre as células epiteliais, trazem cloreto e bicarbonato consigo, para manter a 
neutralidade elétrica 
Humor vítreo: é uma massa gelatinosa, mantida coesa por fina rede fibrilar, composta por 
moléculas de proteoglicanos muito alongados 
RETINA 
• Porção do olho sensível à luz 
• Cones: menos numerosos, responsáveis pela percepção de luz, cores e formas (apresentam 
três possíveis pigmentos – amarelo, magenta e ciano, com a forma de outras cores pela 
associação de mais de uma cor), mais frequentes na retina central. Sua lesão causa cegueira 
total (local chamado de visão fotópica, localizado na retina central) 
▪ Na ausência de um pigmento, determinado comprimento de onda não consegue gerar 
estímulos 
▪ Na ausência de 2 pigmentos, a visão é monocromática 
▪ Na ausência dos 3 pigmentos, a visão é em escala de cinza 
▪ Daltonismo: ausência de um ou mais pigmentos, o que limita o espectro de cores 
enxergado – lesão com causa genética de todos os cines que apresentam determinado 
pigmento 
▪ Policromia: indivíduo apresenta 4 pigmentos – enxergam cores mais vivas 
• Bastonetes: mais numerosos, responsáveis pela identificação de claro e escuro, alta 
sensibilidade à luz, possui baixa discriminação de forma e cor, sua lesão causa cegueira 
noturna (local chamado de visão escotópica, localizado na retina periférica) 
ANATOMIA E FUNÇÃO DOS ELEMENTOS DA RETINA 
▪ Após atravessar o cristalino e o humor vítreo, a luz penetra na retina 
▪ REGIÃO DA FÓVEA: é uma área diminuta no centro da retina. É composta por cones, os vasos 
sanguíneos, as células ganglionares, a camada nuclear interna e as camadas plexiformes estão 
deslocados lateralmente para a passagem da luz até os cones 
 
 
 
 
 
 
 
 
BASTONETES E CONES - FOTORRECEPTORES: 
o Em geral, os bastonetes são mais estreitos e mais longos do que os cones 
o Substância fotoquímica sensível à luz: bastonetes – rodopsina; cones – pigmentos de cor 
(ambas são proteínas incorporadas às membranas dos discos sob a forma de proteínas 
transmembrana) 
 
 
 
 
 
 
 
RODOPSINA: 
o Quando a energia luminosa é absorvida pela rodopsina, ela começa a se decompor 
devido à fotoativação de elétrons na sua porção retinal 
o A vitamina A é importante, pois também pode formar rodopsina (por isso sua falta 
pode desencadear em cegueira noturna) 
EXCITAÇÃO DOS BASTONETES: 
o A excitação dos bastonetes causa negatividade aumentada do potencial de membrana 
(estado de hiperpolarização) 
o Quando a rodopsina se decompõe, ela diminui a condutância da membrana do 
bastonete para íons sódio, resultando na hiperpolarização 
 
TRANSDUÇÃO DO SINAL: 
o No segmento externo de cones e bastonetes existem moléculas de retinal na 
membrana 
o Possui duas conformações: cis-retinal e trans-retinal 
o Capaz de captar estímulos luminosos 
o A luz incide no retinal, alterando sua conformação proteica. Isso estimula uma 
proteína G 
o Proteína G estimula um segundo transmissor que reduz a condutância e inibe a célula 
✓ Rhodopsina: presente em bastonetes, opsina sem pigmento com retinal 
✓ Photopsina: presente em cones, opsina com pigmento com retinal 
o Enquanto no escuro as moléculas de rodopsina se mantêm inativas, os canais de sódio 
permanecem abertos e observa-se uma liberação contínua de glutamato 
o Com a incidência de luz, muda-se a conformação da rodopsina, fecha-se os canais de 
sódio, hiperpolariza-se os bastonetes e cessa-se a liberação de glutamato 
o Glutamato age nas células horizontais de forma a inibir as células bipolares 
CAMADA PIGMENTAR: 
o Composta por melanina, impede a reflexão da luz por todo o globo ocular (importante para a 
visão nítida) 
o Também armazena grande quantidade de vitamina A (importante precursor para os pigmentos 
fotossensíveis e importante para o ajuste do nível de sensibilidade luminosa dos receptores) 
SUPRIMENTO SANGUÍNEO: 
o Origem na artéria central da retina 
ADAPTAÇÃO À CLARIDADE E AO ESCURO 
• Adaptação à claridade: grande parte dos agentes fotoquímicos, tanto nos bastonetes, quanto 
nos cones, ficará reduzida a retinal e opsinas. Também grande quantidade do retinal será 
convertido em vitamina A. por isso, os agentes fotoquímicos também serão reduzidos e a 
sensibilidade dos olhos à luz ficará reduzida 
• Adaptação ao escuro: o retinal e as opsinas dos bastonetes e dos cones serão transformados 
em pigmentos sensíveis à luz, a vitamina A é convertida em retinal para oferecer mais 
pigmentos fotossensíveis 
• Os cones se adaptam rapidamente e 
os bastonetes, mais lentamente 
 
 
 
 
 
 
 
VISÃO DAS CORES 
• A percepção das cores ocorre devido à mistura das três cores monocromáticas verde, 
vermelho e azul 
VIAS VISUAIS 
• Nervo óptico parte do olho e chega no mesencéfalo (associado ao colículo superior) 
• A partir do colículo superior, se dirige para o tálamo, no núcleo geniculado lateral (NGL) 
• A partir do tálamo, projeções se dirigem para o córtex visual ou estriado (lobo occipital) 
➢ QUIASMA ÓPTICO: Decussação parcial dos nervos ópticos de cada lado da cabeça 
• As informações laterais do hemicampo da visão estão associadas ao globo ocular ipsilateral 
(retina temporal) e as informações mediaisdo hemicampo da visão decussa e segue 
contralateralmente (retina nasal) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORGANIZAÇÃO TOPOGRÁFICA 
▪ O córtex estriado possui uma divisão topográfica com regiões 
associadas a informações de cones (camadas parvocelulares) e 
bastonetes (camadas magnocelulares) 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÁREAS VISUAIS SECUNDÁRIAS E TERCIÁRIAS 
• Normalmente associadas a decodificação e diferenciação de imagens 
• Área visual primária associada a identificação e recepção do estímulo 
 
MÚSCULO LISO 
• Não possui estriações, encontra-se em 
estruturas viscerais, vasos sanguíneos, etc 
• Grupos: unitários (mais organizado) e 
multiunitários (difuso) 
• As fibras são inervadas pelo sistema simpático e 
parassimpático (SNA), existem gap-junctions 
que fazem com que os íons das células se 
comuniquem um com os outros, facilitando o 
espalhamento e o início da atividade contrátil, 
parecendo que o órgão esteja contraído como 
um todo 
 
 
 
 
• REG (retículo sarcoplasmático): armazena cálcio nessas células musculares lisas, porém, a 
célula “escolhe” que usa a reserva interior ou exterior 
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DO MÚSCULO LISO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cada região de cada órgão 
varia a morfologia e a 
disposição das fibras 
musculares lisas, elas não 
são iguais!!! 
CARACTERÍSTICAS DO MÚSCULO LISO 
• CAVÉOLA: invaginações da membrana plasmática que promovem a entrada de cálcio através 
da pinocitose. Semelhante ao túbulo T nas células estriadas 
• CORPOS DENSOS: regiões contendo a inserção de filamentos finos e intermediários. Funções 
parecidas com a linha Z nos sarcômeros das células estriadas 
• Não possui estriações 
• Filamentos grossos e finos não estão organizados em sarcômeros 
• Não possuem troponina (fundamental no músculo esquelético para a contração), mas possui 
uma proteína análoga (calmodulina) 
• Fibras musculares: 1 a 5 micrômetro de diâmetro de 20 a 500 micrômetro de comprimento 
• Encontrados nas paredes dos órgãos ocos – trato gastrointestinal, bexiga, útero. São 
encontrados também nos vasos sanguíneos, ureteres, bronquíolos e músculos do olho 
FUNÇÕES 
➢ Produzir motilidade – propelir o quimo ao longo do trato gastrointestinal ou impulsionar a 
urina ao longo do ureter 
➢ Manter a tensão na parede dos vasos sanguíneos (tônus vasomotor) 
TIPO DE MÚSCULO LISO 
UNITÁRIO: trato gastrointestinal, bexiga, útero, ureter 
o Centenas a milhares de fibras musculares lisas contraem como uma unidade só 
o São agregados em feixes ou lâminas 
o Membranas celulares aderidas umas às outras por múltiplos pontos por gap junctions 
– zonas de baixa resistência para fluxo de corrente, permite rápido espalhamento da 
atividade elétrica através do órgão, seguido por contração coordenada 
o Possui atividade elétrica espontânea, tipo marcapasso ou ondas lentas – a frequência 
dessas ondas determina um padrão característico de potenciais de ação dentro do 
órgão, que determina a frequência das contrações 
 
 
 
 
 
MULTIUNITÁRIO: íris, músculos ciliares do cristalino e canal deferente 
o Cada fibra comporta-se como unidade motora separada (como no músculo 
esquelético) 
o Pouco ou nenhum acoplamento entre fibras 
o Densamente inervadas pelo SNA simpático e parassimpático 
 
 
Potenciais de ação 
CONTRAÇÃO DO MÚSCULO LISO 
• Diferentemente do que ocorre no músculo estriado, o músculo liso se liga à CALMODULINA 
(proteína), que se liga ao cálcio, fazendo com que ocorra a contração (ligação do filamento de 
actina com o filamento de miosina) 
• Esse processo ocorre tanto no unitário, quanto no multiunitário 
ORIGEM DO CÁLCIO NO MÚSCULO LISO 
▪ O cálcio pode entrar por canais de cálcio voltagem dependentes 
▪ Por canais de cálcio ativados por ligantes (quimicamente dependentes) – hormônio ou 
neurotransmissor precisa se ligar ao receptor para assim, abrir os canais de cálcio 
▪ Canais de cálcio ativados por IP3 (trifosfato de inositol) – via de ativação de receptor para 
hormônio ou neurotransmissor acoplado à proteína G (a subunidade alfa faz a transformação 
de GDP em GTP, se desliga das outras subunidades da proteína G, então começa o processo 
metabólico de um segundo mensageiro intracelular) 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE PROTEÍNA G: 
➢ Gs: estimula a adenilato ciclase, aumenta a produção de AMPc 
➢ Gi: inibe a adenilato ciclase, diminui a produção de AMPc 
➢ Gq: estimula a fosfolipase C, aumenta a produção de IP3 e de diacilglicerol (DAG) 
➢ Go: estimula ou inibe canais iônicos, induz a entrada de íons ou impede a saída de íons através 
da membrana 
 
 
 
 
 
 
 
 
A CONTRAÇÃO 
▪ A partir do aumento do cálcio intracelular, o cálcio se liga à calmodulina, ativando a miosina 
quinase de cadeia leve 
▪ Essa enzima fosforila a cauda da miosina, pra dar mais energia pra poder ligar sua cabeça ao 
sítio ativo do filamento de actina – ligação de ponte cruzada (ligação de baixa energia) 
RELAXAMENTO DO MÚSCULO LISO 
• Pra desfazer essa ligação, uma molécula de ATP precisa se ligar na cabeça da miosina, para 
diminuir a afinidade de ligação com os sítios ativos da actina, desfazendo as pontes cruzadas 
É necessário ATP para o relaxamento do músculo liso 
• A enzima miosina fosfatase remove o fosfato inorgânico da cauda de miosina para desligar a 
miosina da actina 
• Diminuição da concentração de cálcio no citosol 
MECANISMOS DE DIMINUIÇÃO DE CÁLCIO 
▪ Ação da bomba de cálcio do retículo sarcoplasmático, que leva o cálcio de volta para essa 
organela 
▪ Ação da bomba de cálcio da membrana plasmática da célula muscular lisa, que leva o cálcio 
para o meio extracelular 
▪ Ação do trocador sódio-cálcio, que transporta três íons sódio para dentro da célula em troca da 
saída de um íon cálcio para fora da célula, sem envolver gasto de energia 
OUTROS MECANISMOS DE CONTRAÇÃO 
• Pouquíssimas células musculares lisas podem fazer a ligação da miosina sem fosfato com a 
actina, porém MUITO lentas de acontecerem – pode ocorrer que uma célula consiga contrair 
tanto na contração tônica, quanto na fásica 
• Quando ocorre, ficam ligadas a algum tempo pela ligação ponte trancada, gerando uma tensão 
tônica

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