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SUMÁRIO
Hérnia de Disco: Exercícios Indicados e Contra Indicados ....................4
Dor Lombar Crônica: 10 Exercícios de Pilates para Tratamento............14
Seis Exercícios para tratar a Cervicalgia Utilizando o Método Pilates...27
7 Exercícios de Pilates para melhorar sua Dor na Cervical.....................37
Pilates para Hiperlordose Lombar...........................................................50
Como Realizar Tratamento da Escoliose Através do Método Pilates....57
Trabalhando com Hipercifose no Pilates.................................................71
Pilates para Hérnia Discal Lombar...........................................................78
5 Exercícios de Mobilização Pélvica para Tratamento da Dor Lombar...87
Como o Pilates pode Ajudar no Tratamento da Dor Cervical..............107
Retificação da Coluna: Como tratar com o Método Pilates?..............117
Estabilização Segmentar Vertebral Sobre a Dor Lombar Crônica........131
A Importância da Biomecânica da Junção L5-S1 na Espondilolistese 
Lombar..................................................................................................152
Como o Método Pilates ajuda no Tratamento da Escoliose................166
Pilates Aplicado à Lombalgia: Tudo que você precisa saber................186
Pilates Aliado so Treinamento Funcional para Hérnia de Disco...........205
Dicas para Aulas com Portadores de Hérnia Discal Lombar.................217
Correção da Postura – Avaliação e Tratamento no Pilates...................229
O Princípio da Centralização e o Alinhamento Postural.......................235
Pilates Aplicado para Hérnia Lombar....................................................249
Trabalhar Músculos Eretores da Coluna facilita a Postura Correta......266
Pilates no Tratamento da Hipercifose Torácica.....................................279
Método Pilates e a Estabilização Segmentar na Dor Lombar..............296
Exercícios de Pilates para a Síndrome do Text Neck..........................306
O Método Pilates em Pacientes com Espondilolistese........................313
HÉRNIA DE DISCO:
EXERCÍCIOS INDICADOS E CONTRA 
INDICADOS
HÉRNIA DE DISCO: EXERCÍCIOS
INDICADOS E CONTRA INDICADOS
Escrito Por Érika Batista
Os problemas com hérnia de disco são frequentes na maioria dos
Studios de Pilates. A patologia que atinge cerca de 3% dos brasileiros 
é considerada extremamente comum entre a população, no entanto 
é importante tratar antes que evolua para um caso mais grave. Aqui 
vamos ver como o Pilates pode ajudar.
Os discos intervertebrais representam cerca de 25% da altura total da 
coluna vertebral. Eles têm como função amortecer o impacto e dar
mobilidade à coluna, são formados de fibrocartilagem avasculares e 
não inervados, com regeneração limitada. A porção periférica é
conhecida como anel fibroso e a porção interna de núcleo pulposo – 
estes absorvem em torno de 85% a compressão axial.
DEFININDO A HÉRNIA DE DISCO
O termo hérnia refere-se a órgão (ou parte de órgão) que sai do seu 
local de origem, naturalmente ou acidentalmente.
Não tem consenso sobre seus graus/classificação, mas a maioria dos 
médicos não considera o grau I (protusão ou abaulamento) como
hérnia. A gravidade dos sinais, sintomas e indicação cirúrgica
depende da compressão dos tecidos adjacentes e das limitações do 
paciente.
A dor referida da hérnia de disco é pela compressão dos tecidos
inervados como a(s) raiz(es) nervosa(s), ligamentos, e até a medula 
vertebral e não pelo extravasamento do núcleo pulposo para o anel 
fibroso uma vez que não são inervados.
A partir dos 25 anos de idade inicia a degeneração do anel fibroso, o 
que pode evoluir para a saída do núcleo pulposo do seu lugar de
origem. Os fatores de risco para a hérnia discal são:
o Genética;
o Fraqueza muscular;
o Obesidade;
o Sedentarismo.
Acomete principalmente a coluna lombar e cervical. As hérnias
cervicais aumentaram muito a incidência em função do estilo de vida 
atual com uso de smartphones, tablets e computador.
As hérnias lombares são mais frequentes nos níveis L5-S1, por ser uma 
região de maior pressão e de transição entre o segmento móvel (L5) 
para o segmento fixo (S1), além de ser uma região de maior
compressão.
A hérnia de disco na sua maioria é póstero ou póstero-lateral, e assim 
são contra-indicados os exercícios que aumentam a pressão sobre os 
discos no sentido posterior como nos movimentos de flexão e rotação 
da coluna – como os exercícios roll up, roll over saw e teaser.
O instrutor de Pilates deve evitar também exercícios em sedestação 
com a coluna a 90 graus, porque nesta posição aumenta a força de 
cisalhamento do disco, principalmente quando realizada uma leve
flexão de tronco, o que pode evoluir para um grau mais elevado de 
lesão discal.
Isso não quer dizer que o paciente nunca irá fazer flexão de tronco, 
contudo, a evolução dos exercícios deve ser feita com cautela.
É importante também que o paciente tenha consciência corporal, 
mantenha a coluna neutra, o crescimento axial e a correta ativação do 
powerhouse, para estabilizar os discos e evitar maior compressão.
NECESSIDADE DE
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Caso o tratamento conservador não tenha efetividade, é indicado o 
cirúrgico.
Atualmente as técnicas são menos invasivas, com menor risco de 
aderência tecidual e fibrose, com breve retorno às atividades de vida 
diária. Mas encontramos nos Studios de Pilates pacientes que foram 
submetidos a laminectomia e artrodese – neste último caso o paciente 
não consegue realizar por exemplo a bridge com mobilização de 
coluna na região de fixação vertebral.
O método Pilates é um excelente recurso de tratamento tanto nos 
casos não cirúrgicos, quanto pós cirúrgicos, desde que realizado com 
a correta estabilização segmentar através da ativação do powerhouse, 
até que o paciente fique apto e evolua com os exercícios funcionais e 
livres da amplitude de dor.
Alguns Studios de Pilates utilizam o Stabilizer® – um equipamento 
de biofeedback visual que objetiva a correta ativação dos músculos 
profundos como o transverso do abdome, oblíquos internos, multífidos, 
assoalho pélvico e diafragma.
O instrutor de Pilates ao tratar o paciente com hérnia de disco deve 
ter conhecimento prévio de anatomia da coluna, biomecânica e 
mecanismo de lesão discal, planejar os exercícios com embasamento 
teórico e orientá-lo durante a execução dos movimentos.
A prática dos princípios do Pilates não se deve limitar somente 2h às 
3h semanais que o aluno está no Pilates, e sendo assim, o professor 
deve transferir tarefas para o dia a dia e orientá-lo a evitar posturas e 
hábitos incorretos que podem acentuar a lesão e aumentar a dor.
O curso de Pilates aplicado à Hérnia de Disco, da Pilates Avançado do 
Grupo Voll aborda este conteúdo para instrutores de Pilates,
fisioterapeutas e educadores físicos que queiram se aprofundar no
assunto.
Abaixo listamos alguns exercícios de estabilização indicados para
hérnia de disco lombar.
Cabe ressaltar que a indicação destes depende dos objetivos do
tratamento, fase de tratamento e resposta do aluno. As variações
(3ª foto) só devem ser realizadas depois de adquirida a estabilidade
lombopélvica.
1. Brigde no Cadillac
Em decúbito dorsal com os ombros a 90 graus segurando a barra
móvel em pronação e tornozelos apoiados sobre a alça do trapézio
realizar a extensão de tronco, evoluir para a extensão de quadris e
realizar simultâneo as extensões. Pode ser feito com uma perna em 
suspensão e quadril a 90 graus, desde que o paciente tenha boa
estabilizade pélvica.
2. Swan com Alças
Em decúbito ventral com a coluna neutra, ombros flexionados e
abduzidos a aproximadamente 160 graus segurando as alças de mãos 
em pronação, realizar a extensão de ombros mantendo a coluna neutra.
Pode evoluir para a extensão de quadris com joelhos em extensão.
3. The Hundred no Reformer
Em seis apoios com as mãos apoiadas na lateral do reformer e joelhos 
a frente das ombreiras, mantendo a coluna neutra realizar a flexão de 
quadris. Pode ser realizado mantendo os tornozelos em dorsiflexão, 
no retorno do carrinho realizar a hiperextensão de tronco ou elevar um 
membro inferior. Neste exercício é comum e incorreto os pacientes 
puxarem o carrinho com os membros superiores e perderem a coluna 
neutra.
4. Leg Pull na Chair
Sentado de costas para o pedal (que podem estar dissociados para 
dificultar), com as mãos sobre ele(s) em rotação interna ou externa de 
ombros, elevar a pelve e descer. Para progressão flexionar o quadril 
mantendo a pelve neutra. Pode ser feito alternando membros
inferiores ou elevando apenas um, depois outro. Outra variação é subir 
em flexão plantar e descer em dorsiflexão ou vice-versa.
5. Bridge com Barra Móvel
Em decúbito dorsal com a barra móvel vindo de cima alinhada com 
os joelhos, elevar a pelve na ponte. Pode associar com exercícios de 
membros inferiores e utilizando acessórios. A barra móvel auxilia na 
subida da ponte e realiza uma leve tração lombopélvica.
6. Back Extension no Barrel
Em decúbito ventral sobre o barrel com os pés na prancha de extensão 
e mãos na nuca. Iniciar o movimento com a torácica e abdome
apoiados no barrel e subir até a coluna neutra. Para a progressão
manter a isometria de tronco com a coluna neutra e realizar a extensão 
alternada de cotovelos.
CONCLUINDO
Atualmente mais de 5 milhões de brasileiros sofrem com hérnia 
de disco, tornando esta uma das patologias mais comuns a serem 
encontradas nos Studios de Pilates. Saber a melhor forma para tratar 
cada caso específico é essencial e requer uma avaliação prévia.
Apesar de elencar todos esses exercícios recomendados, é de extrema 
importância você avaliar o caso do seu aluno e perceber se aquele é ou 
não um exercício para ser realizado. Assim como as contra-indicações 
precisamos ficar atentos com as indicações porque nem sempre elas se 
encaixam a todos os casos.
Quer saber mais sobre os benefícios do Pilates no combate a hérnia de 
disco? E se você quer mais dicas sobre como manter a saúde em dia 
vale a pena conhecer.
DOR LOMBAR CRÔNICA:
10 EXERCÍCIOS DE PILATES PARA 
TRATAMENTO
DOR LOMBAR CRÔNICA: 10
EXERCÍCIOS DE PILATES PARA
TRATAMENTO
Escrito Por Érika Batista
Estima-se que até 85% das pessoas já tiveram ou terão algum episódio 
de dor lombar ao longo da vida. Dependendo do tempo de duração 
da dor, a lombalgia pode ser classificada em aguda ou crônica. A dor 
lombar crônica é caracterizada pela duração da dor maior que 12
semanas e suas causas podem ser:
Patologias Específicas da Coluna
Protusão ou hérnia de disco, osteartrose, estenose etc;
Radiculopatia
Dor por compressão ou inflamação da raiz nervosa, geralmente
acomete a coluna lombar (também conhecida como cialtalgia, dor
ciática, lombocialtagia) que irradia para membros inferiores, com
sintomas de parestesia (dormência e perda da sensibilidade) e algumas 
vezes com a fraqueza muscular.
Inespecífica ou Mecânica
Quando não há nenhuma causa aparente que desencadeou a dor
lombar. Hoje vamos falar sobre a dor lombar crônica inespecífica,
porque é a patologia mais frequente na prática clínica.
Um dos primeiros estudos sobre dor lombar crônica (Hodges, 1999) 
constatou que ocorre um déficit de controle neuromuscular. Isso porque 
antes de qualquer movimento ocorre a contração de músculos
profundos (como o Transverso do abdome) para promover a 
estabilidade da coluna, mecanismo conhecido como pré ativação ou
feedforward.
Entretanto, pessoas com dor lombar apresentam atraso nesta pré
ativação, além disso, fatores psicossomáticos devem ser considerados 
no manejo da dor lombar como ansiedade e depressão. Também outro 
fator que compromete o tratamento do paciente é o medo de se
movimentar e “agravar” a dor, conhecido como efeito nocebo.
Aqui vou abrir parênteses sobre o efeito nocebo, pois este está
associado à expectativa negativa do tratamento.
Por muito tempo as pessoas acreditavam que a dor (qualquer que seja 
a origem) deveria ser tratada com repouso e medicamentos
analgésicos.
Atualmente já se conhece os efeitos benéficos dos exercícios físicos 
orientados na melhora da dor e da incapacidade funcional, além de 
que, os medicamentos têm efeito à curto prazo e não tratam a causa 
da dor.
Apesar da maioria dos pacientes se beneficiar dos efeitos dos 
exercícios físicos no manejo da dor, alguns cursam sem a evolução do 
quadro e se questionam sobre a efetividade do tratamento, portanto 
outro ponto a se considerar é que muitos procuram o tratamento
tardiamente.
MÉTODO PILATES COMO
TRATAMENTO DA DOR LOMBAR 
CRÔNICA
O Pilates é um recurso de tratamento da dor lombar crônica com 
inúmeros estudos que comprovam a sua efetividade. Os exercícios na
amplitude de movimento livre de dor são adaptáveis para cada
indivíduo e progressivos, tudo sem causar lesão desde que orientado 
pelo profissional da área da saúde.
No Pilates ocorre o retreinamento de músculos profundos, dentre eles: 
transverso do abdome, múltífidos e assoalho pélvico.
Os exercícios vai desde um posicionamento de menor compressão 
articular (sem a ação da gravidade) até os movimentos funcionais e, a 
curto prazo já é possível se beneficiar dos seus efeitos num ambiente 
controlado e assistido como ocorre com o Pilates.
Muitos instutores de Pilates se preocupam somente com exercícios de 
estabilidade do núcleo, e se esquecem de que quando a coluna
lombar está hipermóvel (como nos casos de lombalgia), a região
torácica compensa se tornando hipomóvel na tentativa de “estabilizar” 
a coluna lombar.
Então os exercícios de mobilidade da coluna torácica em todos os
planos (flexão, extensão, inclinação e rotação) devem ser incorporados 
nas sessões de Pilates.
A revisão sistemática de Lin et al., (2016) com os descritores “Pilates” e 
“dor lombar” selecionaram 8 artigos randomizados com escala PEDro 
maior que 5 pontos, cujo objetivo foi comprovar o efeito do método 
Pilates na melhora da dor e da capacidade funcional de indivíduos com 
dor lombar crônica. Os autores concluíram que o Pilates foi efetivo na 
melhora da dor lombar e no aumento a capacidade funcional.
Outro estudo de Fogleman (2016) selecionou 10 estudos clínicos
randomizados com 478 pacientes com dor lombar crônica e concluiu 
que a curto e médio prazo o Pilates teve efeito positivo na melhora da 
dor e da incapacidade destes pacientes.
A avaliação do paciente com dor lombar pode ser feita através do 
questionário Oswestry, este é composto por 10 sessões, cada uma com 
5 alternativas de perguntas funcionais e pode ser reavaliado a cada 
semestre. Quanto maior o score, maior o agravamento do quadro de 
lombalgia crônica.
EXERCÍCIOS DE MOBILIDADE DE
COLUNA PARA DOR LOMBAR
CRÔNICA
Abaixo, foram selecionados 10 exercícios de mobilidade de coluna que 
podem ser utilizados nos pacientes com dor lombar crônica.
Contudo, a correta prescrição destes exercícios deve ser feita
somente após a avaliação do profissional envolvido com o quadro
clínico do paciente, NÃO SENDO considerado protocolo de
tratamento.
10 exercícios de mobilidade de coluna para a dor lombar crônica
inespecífica:
1) Open Book/ Spine Twist
Em decúbito lateral, com a cabeça apoiada no bloco de yoga, MMSS a 
frente do tronco com mãos unidas e MMII em flexão de quadris e
joelhos, realizar a rotação de tronco com o olhar acompanhando a mão 
superior.
• MMSS: membros superiores;
• MS: membro superior;
• MMII: membros inferiores.
2) Side to Side
Em decúbito dorsal com MMII unidos, MMSS abduzidos na altura dos 
ombros, realizar a descida dos MMII, rodando a coluna lombar e a
torácica baixa, retornar à posição inicial.
A progressão
deste mesmo exercício pode ser feita com os MMII na 
cadeirinha (90 graus de flexão de quadris e joelhos), esta variação 
é indicada para os pacientes que conseguem manter a ativação do 
powerhouse e que não sintam desconforto na lombar durante a
execução.
Variação
3) Roll Down
Em sedestação com a overball na altura da coluna lombar e a torácica, 
pés apoiados no solo e MMSS com flexão de ombros a 90 graus, 
realizar a flexão da lombar (round back) e extensão da torácica sobre a 
overball.
Pode ser realizada a rotação de tronco simultâneo com a extensão, 
abduzindo um MS.
4) Rotação de Tronco na Bola I
Sentado sobre os calcanhares e segurando a bola na altura dos 
ombros, realizar a rotação do tronco sem movimentar as mãos da bola 
e retornar ao centro, realizar a rotação pra o lado oposto.
Este exercício é contra-indicado para algumas lesões em joelhos e
ombros.
5) Rotação na Bola II
Este exercício é a variação do anterior, com os joelhos alinhados com 
os quadris, segurando a bola na altura dos ombros, realizar a rotação 
de tronco sem mover as mãos da bola.
Esta variação é indicada para pacientes que tem boa consciência
corporal e controle do powerhouse. Este exercício é contra-indicado 
para algumas lesões em joelhos e ombros.
6) Spread Eagle
Em pé segurando a barra vertical do Cadillac com os cotovelos a 90 
graus de flexão e pés apoiados em dorsiflexão, realizar a mobilidade 
de coluna em flexão a partir da cervical, torácica e lombar.
Manter a coluna neutra e retornar à posição inicial mobilizando 
a coluna em flexão a partir do cóccix. Caso o paciente não sinta 
desconforto na lombar, pode terminar a mobilidade com a 
7) Knee Stretch Round
Ajoelhado de frente para a barra fixa, cotovelos em extensão, realizar 
a mobilidade da coluna em flexão, depois manter a neutra de coluna e 
retornar mobilizando a coluna em flexão.
Este mesmo exercício pode ser feito flexionando os quadris.
Variação
9) Mobilidade na Meia Lua
Sentado sobre o reformer com a meia lua próxima à pelve, antepés 
apoiados na barra e ombros a 90 graus de flexão, realizar a flexão de 
lombar e extensão da torácica, retornar a coluna neutra, pressionando 
os ísquios contra o carrinho.
10) Knee Stretch Round
Ajoelhado no reformer com as mãos na barra e os pés em dorsiflexão 
apoiados nas ombreiras, realizar a flexão de tronco a partir da coluna 
cervical, manter na coluna neutra e retornar flexionando a coluna a
partir do cóccix até a posição inicial de coluna neutra.
CONCLUINDO
Espero que você possa se beneficiar do método Pilates na tríade do 
corpo, da mente e do espírito, em busca da melhora da função e da 
dor lombar.
Concluo com a frase do Joe Pilates que dizia: “Pilates desenvolve um 
corpo uniforme, corrige posturas erradas, restaura a vitalidade física, 
vigora a mente e eleva o espírito”.
SEIS EXERCÍCIOS PARA TRATAR
A CERVICALGIA UTILIZANDO O
MÉTODO PILATES
SEIS EXERCÍCIOS PARA TRATAR A 
CERVICALGIA UTILIZANDO O
MÉTODO PILATES
Escrito Por Gabriela Zaparoli
A dor na região cervical da coluna, chamada de cervicalgia, atinge
cerca de 18% da população geral e pelo menos 30% da população 
mundial apresentará sintomas no decorrer da vida. No Brasil, a
estimativa é que 55% da população um dia irá sentir os sintomas, 
sendo que destes, 12% das mulheres e 9% dos homens terão 
cervicalgia crônica.
Segundo um artigo publicado pela Associação Brasileira de Medicina 
Física e Reabilitação e a Sociedade Brasileira de Ortopedia e
Traumatologia, a cervicalgia é causa comum de dor na população geral 
com prevalência de 10% a 15%.
E o método Pilates pode ser muito eficaz para o tratamento desses 
sintomas, nesse texto vamos apresentar dicas de exercícios para você 
adaptar hoje mesmo com seus alunos. Confira!
CAUSAS E SINTOMAS DA
CERVICALGIA
A cervicalgia costuma ser insidiosa, sem causa aparente. Mas
raramente se inicia de maneira súbita, em geral está relacionada com 
movimentos bruscos do pescoço, longa permanência em posição
forçada, esforço ou trauma e até mesmo alterações da ATM (articulação 
têmporo-mandibular). O paciente com cervicalgia geralmente relata 
uma melhora quando está em repouso e exacerbação da dor com o 
movimento.
A fadiga localizada na musculatura que estabiliza a coluna pode ocorrer 
com a atividade repetitiva ou esforço intenso. Há uma chance maior 
de lesão nas estruturas de suporte da coluna quando há fadiga dos 
músculos estabilizadores. Desequilíbrios entre força e flexibilidade e 
força da musculatura de ombro e pescoço produzem forças assimétricas 
sobre a coluna e afetam a postura.
A maioria das pessoas que sofre estresse postural na cabeça e no
pescoço, sente tensão e fadiga nos músculos extensores cervicais
(trapézio superior e eretor cervical da espinha), assim como nos 
músculos levantadores da escápula (que mantêm a postura das 
escápulas).
O paciente com dor cervical pode apresentar vários padrões de 
dor. A dor pode ser somente na face posterior do pescoço, como 
também pode acometer algum dos lados dos músculos trapézio, 
supraespinhoso, romboide e escaleno. Ela também pode ser referida na 
face inferior da mandíbula, dentes e causar cefaleia.
PILATES APLICADO A CERVICALGIA
Os pacientes portadores de cervicalgia vão procurar o Pilates já na fase 
subaguda da patologia, onde ele apresenta dor apenas quando uma 
carga excessiva é colocada sobre os tecidos vulneráveis.
Isso compromete a postura e falta de consciência postural, além da da 
mobilidade, mau controle neuromuscular dos músculos estabilizadores 
(diminuição da resistência muscular e da força), descondicionamento 
geral, instabilidade para realizar algumas AVD’s, dificuldades para
realizar AVDI por períodos extensos e mecânica corporal defeituosa.
Nessa fase devemos educar o paciente no autocuidado e em como
diminuir os episódios de dor, trabalhar consciência e controle do
alinhamento postural, mobilidade articular e muscular fortalecimento 
muscular para estabilizar e dar resistência à fadiga.
EXERCÍCIOS DE PILATES PARA
CERVICALGIA
Abaixo vou descrever alguns exercícios que faço com meus alunos com 
cervicalgia no meu Studio.
1 – Ativação e Treinamento dos Extensores Cervicais Baixos e 
Torácico Alto.
Paciente em decúbito ventral com testa apoiada no Mat ou pode ser 
no Cadillac caso o paciente não consiga deitar no chão. Os membros 
superiores ficam posicionados lateralmente ao tronco.
Solicitar ao paciente durante a expiração, que ele faça a menção do 
movimento de elevar a testa do Mat, mas sem realizar o movimento, 
apenas a contração isométrica, e relaxar na inspiração.
Se não houver dor, solicite que ele levante a testa do Mat
(na expiração), mantendo o queixo encolhido e os olhos focados no 
Mat para manter a posição neutra da coluna.
O movimento deve ser pequeno.
2 – Ativação e Treinamento dos Flexores Profundos do
Pescoço.
Paciente em decúbito dorsal com os joelhos flexionados e os membros 
superiores apoiados lateralmente ao tronco. Para flexão craniocervical 
ensine o paciente a realizar movimentos de aceno de cabeça lentos e 
controlados sobre a coluna cervical alta (movimento do “sim”).
Os movimentos são pequenos e leves evitando compensações.
Instruções:
Na inspiração realizar uma leve extensão de cabeça e na expiração uma 
leve flexão de cabeça.
3 – Mobilização Cervical com Auxílio da Overball.
Paciente deitado em decúbito dorsal, com os joelhos flexionados e 
MMSS posicionados lateralmente ao tronco. Colocar uma Overball 
murcha, mas ainda com ar dentro, na região entre o pescoço e a
cabeça (occiptal).
Instruções:
Na expiração solicite ao paciente que realize o movimento de rotação 
da cabeça para a direita e para esquerda. O movimento deve ser lento 
e leve.
Pode também solicitar movimentos circulares da cabeça, o
movimento 
deve ser bem pequeno e leve para evitar compressão e compensações. 
Movimentos circulares horário e anti – horário.
4 – Organização Escapular
Paciente deitado no Cadillac com a cabeça embaixo da barra torre. A 
barra torre deve estar elevada utilizando duas molas uma leve e uma 
moderada vindas de cima.
O paciente irá segurar na barra com as duas mãos mantendo o 
alinhamento dos ombros.
Instruções:
O movimento realizado será retração e protração dos ombros. Na
expiração solicitar que o paciente realize a retração e na inspiração a 
protração.
Cuidado para o paciente não realizar elevação de ombros e/ou elevar 
a cabeça do apoio. Podemos progredir o exercício realizando o 
movimento da cabeça também, onde utilizaremos apenas uma mola
moderada e o paciente irá segurar na barra apenas com uma das mãos.
Inspirar fazendo a rotação da cabeça para o lado oposto do membro 
superior que está segurando na barra ao mesmo tempo em que realiza 
a protração do ombro.
5 – Swan na Chair
Objetivos: ativar transverso do abdome para estabilizar a região 
lombo-pélvica, fortalecer oblíquos e eretores da coluna, glúteo 
máximo, ísquiotibiais, alongar cadeia anterior.
Instruções:
o Em decúbito ventral sob a Chair. Mãos no pedal.
o Na expiração realizar extensão de tronco.
o Na inspiração retornar à posição inicial.
Para evoluir pode-se manter a extensão de tronco e realizar movimento 
de flexão e extensão de cotovelos.
Observação: no início das aulas utilize a caixa extensora para apoiar 
os membros inferiores do aluno, para garantir movimentos sem 
compensações. Podemos trabalhar também no início das aulassomente 
a isometria, mantendo a extensão por dez segundos, realizando as 
respirações.
6 – Chest expansion no Cadillac
Paciente ajoelhado no Cadillac de frente para as alças de mãos. No 
início utilizo molas leves e depois vou evoluindo. Solicite ao paciente 
que segure as duas alças de mãos.
Objetivo: fortalecer membros superiores e mobilidade cervical.
Instruções:
Na expiração, mantendo a ação do powerhouse fazer extensão 
de ombros. Assim que o paciente aprender a realizar a extensão 
de ombros sem gerar dor e compensações, podemos solicitar o 
movimento de rotação de cabeça. Faz a extensão dos ombros na 
expiração, inspirar girando a cabeça para direita, expire retorne 
ao centro e inpire girando a cabeça para a esquerda. Na expiração 
retornar a cabeça ao centro e na inspiração volte à posição inicial.
Esses são apenas alguns dos exercícios que realizo com meus pacientes 
portadores de cervicalgia.
O Pilates trabalha a estabilização e a mobilização da coluna, 
melhorando a função nervosa e vascular do pescoço. O trabalho 
postural promove a organização da cabeça e pescoço, melhorando a 
consciência corporal e diminui o risco de lesões e recidivas. Melhora 
o ritmo escapulo-umeral corrigindo movimentos compensatórios, 
diminuindo assim a sobrecarga na região cervical.
A respiração associada à ativação do power house promove o equilíbrio 
muscular, a fim de restabelecer o alinhamento do corpo como um todo, 
melhorando a dor cervical.
CONCLUINDO
É sempre importante lembrar seus alunos, que existem estudos
mostram um efeito positivo da aplicação do método Pilates no
tratamento de pacientes portadores de cervicalgia e que é sempre um 
bom método de tratamento.
Por fim, espero que seja muito útil essa lista de exercícios e você possa 
contribuir para seu planejamento de aula para um aluno com
cervicalgia.
7 EXERCÍCIOS DE PILATES PARA 
MELHORAR SUA DOR
NA CERVICAL
7 EXERCÍCIOS DE PILATES PARA
MELHORAR SUA DOR NA CERVICAL
Escrito Por Érika Batista
Com o estilo de vida atual, as lesões crônicas músculo-esqueléticas
tendem a aumentar, tais como a dor na cervical. Cada vez mais
precocemente as pessoas usam de modo desenfreado a tecnologia e o 
corpo padece.
A dor na cervical é mais comum entre as mulheres adultas e
economicamente ativas, e estimasse que entre 30 a 50% da população 
apresenta algum episódio de dor cervical, perdendo apenas para a 
queixa de dor lombar.
Das crianças aos adultos, são horas utilizando os smartphones, tablets, 
computadores, e a interação com o mundo tecnológico é tanta, que 
esquecemos de viver e usufruir o mundo real.
IMPORTÂNCIA MÉTODO PILATES 
PARA O CORPO
Já parou para calcular quanto tempo por dia a sua cabeça fica 
projetada à frente, sobrecarregando a região cervical?
Nosso crânio pesa em torno de 4 a 5 kg, contudo à medida que a
flexão aumenta, o peso sobre a cervical também aumenta, podendo 
chegar em até 6x o peso da cabeça. Com isso aumenta a incidência de 
dor na cervical, nos ombros e braços.
Recentemente li um texto da Thalyta Oliveira em que a autora dizia que 
estamos no caminho contrário à evolução humana. Nosso corpo foi
rebaixado à “guardador de dor” e meio de transporte da cabeça.
Infelizmente a maioria das pessoas só procura pelo tratamento depois 
de instalada a lesão e se esquece de prevenir as possíveis disfunções 
do corpo. As desculpas são inúmeras, mas quem realmente quer, se 
prioriza, consegue tempo e investe em si próprio, evitando assim uma 
possível dor na cervical.
Esquecemos que nosso corpo estará conosco durante toda a vida e 
deveríamos respeitá-lo mais, gosto bastante da frase: Seu corpo, seu 
templo.
O artigo da pesquisadora australiana Deborah Falla (2004) concluiu 
através da eletromiografia que pacientes com cervicalgia apresentam 
déficit neuromuscular dos flexores profundos.
Estes músculos apresentam atraso na pré ativação (feedforward)
durante os movimentos de MMSS, aumentando o risco de lesões na 
coluna cervical.
Assim o método Pilates é um ótimo recurso no tratamento das
cervicalgias. Os exercícios são adaptáveis para cada paciente, com a 
manutenção da lordose cervical e crescimento axial.
Nele há ativação dos músculos profundos da coluna (músculos mais 
próximos das vértebras), e os benefícios do Pilates são a melhora da 
dor na cervical, fortalecimento dos músculos fracos (principalmente da 
região de ombros) e relaxamento muscular.
AVALIAÇÃO DO PACIENTE
Os profissionais da saúde que trabalham com o método Pilates nas
disfunções da coluna cervical, sugiro avaliar o paciente através do
questionário Neck Disability Index (NDI) e reavaliar a cada semestre.
Este questionário é validado cientificamente e é composto por
10 sessões, cada uma com 5 opções em que deve ser marcado apenas 
um quadrado na opção em que mais se enquadra o quadro do
paciente. O score máximo é 50, quanto maior o score, pior a condição 
da disfunção da cervical.
Interpretação do NDI:
o 0 a 4: nenhuma incapacidade;
o 5 a 14: incapacidade leve;
o 15 a 24: incapacidade moderada;
o 25 a 34: incapacidade severa;
o >35 : incapacidade completa.
EXERCÍCIOS DE PILATES PARA DOR 
NA CERVICAL
Abaixo foram selecionados 7 exercícios que podem ser utilizados na 
reabilitação dos pacientes com queixa de dor na cervical.
Contudo, a avaliação criteriosa do profissional de saúde habilitado e a 
aplicabilidade adequada são funções do instrutor de Pilates.
Exercício 1
1. O rolo é um ótimo acessório para a manutenção da coluna neutra.
2. Coloque-o na vertical da parede e apoie a região de cabeça,
torácica e sacro com o paciente em agachamento em isometria.
3. Usando as tonning balls realiza rotação interna e externa dos ombros 
no plano escapular (45°).
4. Outra variação e realizar a abdução horizontal de ombros.
Exercício 2
1. Ainda com o uso do rolo, agora disposto horizontal da borda do 
Cadillac.
2. O posicione abaixo das espinhas ilíacas anterosuperiores e a barra 
móvel parte da parte superior do Cadillac.
3. O paciente realiza a elevação e depressão dos ombros com a 
manutenção da coluna em neutra.
Exercício 3
1. Em pé no lado externo do
Cadillac, segurando as alças de mãos.
2. Realizar a rotação de tronco com elevação de um MS (flexão de 
ombro), enquanto o outro desce (extensão de ombro).
3. O olhar acompanha o punho que desce em direção ao ísquio.
4. Pode permitir que a pelve rode também com a coluna.
Exercício 4
1. Ajoelhado de frente para as alças de mãos que devem estar com 
molas leves vindas de baixo.
2. Realizar a elevação dos ombros no plano escapular.
3. Este exercício pode ser feito em pé e com faixa elástica.
Exercício 5
1. Sentado abaixo da barra fixa do Cadillac, com as molas bem
resistentes vindo de cima.
2. Realizar a extensão de ombros com a flexão de cotovelos.
3. Caso o paciente não consiga manter a coluna neutra quando em
extensão de MMII, realizar a abdução de quadris e solicitar que
mantenha a pressão de MMII contra o Cadillac para ativar os músculos 
adutores de quadris.
Exercício 6
1. Este exercício é mais avançado e requer mais consciência corporal 
do paciente.
2. Com MMII sobre a bola suíça, mãos apoiadas no solo.
3. Realizar a projeção do tronco à frente e retornar à posição inicial.
Variação
1. Realizar a retração e protração escapular para fortalecimento de 
serrátil anterior.
2. Para facilitar este segundo exercício pode ser realizado em 4 apoios 
e sem o uso da bola.
Exercício 7
1. Este exercício com acessório é excelente para todos os pacientes 
que sentem dor na cervical durante os abdominais de flexão de tronco.
2. Em decúbito dorsal com o magic circle (ou anel mágico) apoiado na 
região occipital, segurando com as mãos à frente da cabeça.
3. Realizar os exercícios de mat (solo) Pilates com a cervical apoiada.
CONCLUINDO
Espero ter contribuído com você ao tentar melhorar a dor na cervical, e 
termino a matéria com a frase de Sêneca: 
“É parte da cura o desejo de ser curado.”
PILATES PARA
HIPERLORDOSE
LOMBAR
PILATES PARA HIPERLORDOSE
LOMBAR
Escrito Por Bruna Mayer
É cada vez mais comum encontrar pacientes com hiperlordose.
Devido ao estilo de vida moderno o homem está mais propicio a
patologia, principalmente devido ao trabalho e por passar a maior
parte de seu tempo sentado, em uma posição em que os tecidos
posteriores são forçados a alongarem-se em excesso, permitindo que o 
disco invertebral seja empurrado para trás.
Esse fato se agrava com a má postura ao sentar-se, não apoiando as 
costas de maneira correta, ou simplesmente por utilizar cadeiras sem 
encosto.
O aumento da curvatura região lombar da coluna vertebral é 
conhecido na área médica como hiperlordose lombar e, geralmente, 
aparece associada ao movimento de anteversão da pelve.
Ele aparece como consequência de um desequilíbrio da dinâmica 
pélvica, como resultado de uma tensão muscular nos paravertebrais 
lombares e no psoas-ilíaco.
DEFININDO A HIPERLORDOSE
Chamamos de hiperlordose quando a lordose passa a ser considerada 
uma deformação com um ângulo superior a 60º na coluna vertebral, ou 
se está entre 40º e 60º na coluna lombar.
O aluno com hiperlordose sofre com dores nas costas durante as 
atividades que envolvem principalmente a extensão da coluna lombar, 
como por exemplo, ficar em pé por muito tempo.
Eis um erro extremamente comum no método Pilates: quando o 
isioterapeuta ou educador físico foca apenas no local da dor de seu
aluno, ou seja, ele chega com uma dor local (ombro, por exemplo), o
profissional foca apenas em trabalhar a musculatura envolvida desta 
articulação.
Uma das maneiras de aliviar parcialmente a dor é a flexão do tronco, ou 
seja, o aluno prefere deitar ou se sentar quando sente a compressão.
O diagnóstico precoce de deformidades na coluna ajudam em muito o 
prognóstico, ou seja, quanto mais cedo se detectar a hiperlordose, mais 
fácil fica para se tratar.
A hiperlordose pode estar associada também a uma anteversão pélvica, 
no caso da lombar, ou uma proeminência da cabeça, na região da 
cervical.
O Tratamento
Nos casos que a curva é rígida, e é a origem da dor, a hiperlordose 
precisa de um tratamento, que não precisa ser necessariamente
cirúrgico.
Depois da avaliação médica e inicial a reabilitação pode incluir
medicamentos para aliviar a dor, junto com o Pilates para que o
paciente desenvolva força e flexibilidade e aumente o alcance do
movimento.
O paciente também pode usar coletes para controlar a evolução da 
curva e perda de peso. Em casos mais graves, a cirurgia pode ser
indicada.
O PILATES PARA REABILITAÇÃO
A centralização, que é um dos princípios do método Pilates, tem 
como objetivo o fortalecimento do Power House (Centro de força)
descrito assim por Joseph Pilates. Seu fortalecimento promove a
proteção da coluna vertebral por ser composto pela musculatura do 
tronco como reto abdominal, oblíquos interno e externo, quadrado 
lombar.
E, mais profundamente, o transverso abdominal, multifidos e 
paravertebrais, além dos glúteos máximo, médio, mínimo e assoalho 
pélvico, que estão intimamente ligados com a estabilização da nossa 
coluna vertebral.
O músculo transverso abdominal é dos principais músculos do Power 
House e deve ser bem trabalhado no Pilates para reabilitação. Seu
fortalecimento aumenta a pressão intra-abdominal, fazendo com que 
haja uma descompressão nas vértebras lombares, por promover o
crescimento axial.
O princípio da respiração, associado ao princípio da centralização do 
método Pilates, aumenta o nível de ativação dos músculos abdominais 
em relação ao mesmo exercício sem a realização dessa mecânica 
respiratória exigida no método.
Partindo deste conhecimento, podemos concluir que, para uma
ativação efetiva do Power House, deve-se a partir da respiração
realizada corretamente de acordo com o método Pilates, sendo que 
um princípio está intimamente ligado ao outro.
EXERCÍCIOS DE PILATES
PARA A HIPERLORDOSE
Os músculos, em geral, sobrecarregados pelas ações do dia a dia,
podem ser tratados em diferentes exercícios do Pilates – mas o
cuidado com a biomecânica se torna essencial para um bom resultado 
terapêutico.
Por isso, separei dois exercícios que irão nos ajudar a alongar e sanar a 
tensão desses músculos.
Vamos ao alongamento do psoas ilíaco: alongamento do psoas no
Ladder
Vamos alongar a região lombar: alongamento dos paravertebrais no 
Reformer
A hiperlordose deve ser tratada sempre em sessões de Pilates para
reabilitação, onde o profissional saiba adequadamente como tratar o 
paciente. No entanto alguns cuidados devem ser tomados ao montar 
uma aula para alguém com hiperlordose:
o Os movimentos devem ter uma amplitude pequena no primeiro 
momento. A primeira, segunda e terceira repetição pode apresentar 
um pouco de dor, mas ela deve diminuir e desaparecer conforme o
corpo se movimenta. Caso a dor esteja aumentando, o movimento 
deve ser trocado ou adaptado.
o Sempre devemos orientar o aluno para avisar o profissional caso a 
região afetada esteja incomodando ou a dor esteja piorando
CONCLUINDO
Muitos profissionais e instrutores do método Pilates se perguntam se 
podem utilizar o método em um indivíduo com dor aguda.
O Pilates pode ajudar de forma eficaz todos aqueles que estão
sofrendo em crise de dor, porém, esse trabalho deve ser muito 
cuidadoso e adequado para que não haja um agravamento no quadro
inflamatório.
Não se esqueça de dar um feedback para seu aluno após cada aula, 
assim ele poderá ter uma ideia de como sua lesão está sendo tratada.
COMO REALIZAR TRATAMENTO
DA ESCOLIOSE ATRAVÉS DO
MÉTODO PILATES
COMO REALIZAR TRATAMENTO DA 
ESCOLIOSE ATRAVÉS DO MÉTODO 
PILATES
Escrito Por Sandra Battello
A Escoliose é uma das patologias mais comuns em um Studio de
Pilates, e o número de alunos com os sintomas pode ser muito grande, 
principalmente se ela for diagnosticada apenas na hora da avaliação. 
Assim o Método
Pilates é uma ótima opção para o Tratamento da
Escoliose.
Nesse artigo irei abordar todas as informações necessárias para 
entender e tratar essa patologia que acomete muitas pessoas.
DEFINIÇÃO DE ESCOLIOSE
A escoliose é um desvio lateral da coluna, acompanhada da rotação 
dos pontos vertebrais e toda a vértebra. É um desvio tridimensional da 
coluna vertebral, curvatura lateral no plano frontal, rotação no plano 
horizontal e flexão no plano sagital, por isso deve ser realizado um
tratamento da escoliose.
Nas radiografias o desvio da coluna se observa em plano frontal e os 
setores da coluna onde existe um desvio lateral da coluna vertebral 
com rotação dos pontos vertebrais, e mudança estrutural das vértebras 
que formam a curva e desvios dos pontos vertebrais.
A coluna sofre uma deformidade completo de dois componentes: uma 
curva lateral e uma rotação vertebral. As apófises espinhosas rotam 
para o lado da concavidade, agrupando entre si as costelas do lado 
côncavo, podendo deslocar para a frente, enquanto os corpos
vertebrais rotam até o lado da convexidade, as costelas se deslocam 
para trás, aumentando a prominência posterior à corcunda, provocando 
uma deformação assimétrica do tórax.
Os espaços discais se contraem, os pontos vertebrais se pressionam, as 
lacunas ficam enxutas do lado côncavo, os espaços discais se alargam, 
as lacunas engrossam e alargam o lado convexo, e se deforma também 
o canal vertebral.
A rotação vertebral curva o hemotórax, enquanto eleva o hemotórax 
até o local que rota o ponto vertebral, desta maneira explicando a
corcunda nos pacientes necessitando assim o tratamento da escoliose.
TIPOS DE ESCOLIOSE: ESTRUTURAIS 
OU FUNCIONAIS
Escoliose Estrutural
A escoliose estrutural está sempre acompanhada da rotação dos
pontos vertebrais, a curva não mostra mobilidade normal, é um
segmento vertebral que perdeu sua flexibilidade natural em
movimentos de inclinação lateral e flexão. Há uma afetação do tecido 
ósseo, e nas radiografias se observa a forma de S da coluna vertebral.
A corcunda se mantém ou aumenta até o dorso converso do paciente, 
ao realizar avaliação com a Manobra de Adams.
Etiologia – Escoliose Estrutural
A escoliose estrutural pode ser:
o Congênita;
o Neuropática;
o Miopática;
o Idiopática: são de etiologia desconhecida e constituem 90% das 
escolioses, são as mais frequentes e podem ter um fator genético, mas 
frequente em mulheres saudáveis e púberes, se classifica em 3 grupos, 
infantil (0 a 3 anos), juvenil (3 a 10 anos) e adolescente (depois dos 
10 anos de idade) sendo esta última a mais frequente. Não apresenta 
sintomas de dor.
O tratamento da escoliose consiste principalmente em prevenir o 
avanço da deformidade. A escoliose estruturada é sempre progressiva 
durante os anos de desenvolvimento ósseo, especialmente durante o 
surto de crescimento da pré adolescência.
A deformidade se acentua ainda mais nos casos congênitos e 
neurológicos, onde a deformidade irá diminuir com a posição 
controlada.
Escoliose Funcional
A escoliose funcional são não estruturadas ou pseudoescoliose, o 
desvio da coluna não acompanha a rotação dos pontos vertebrais, a 
coluna é flexível ao realizar os movimentos de flexão e inclinação, a 
curva da coluna tende a desaparecer ao realizar a Manobra de Adams. 
Nas radiografias se observa a forma C.
Etiologia – Escoliose Funcional
o Desigualdade ou dissimetria de membros inferiores;
o Atitudes viciosas do quadril;
o Sintomatologia dolorosa ou antálgica;
o Escoliose histérica;
o Atitude viciosa habitual.
TIPOS DE ESCOLIOSE: POR SUA
LOCALIZAÇÃO
Segundo o setor vertebral em que estão situados e o lado da 
convexidade:
o Cervical;
o Cervicotorácica;
o Torácica;
o Thoracolumbar;
o Lombar;
o Lumbosacra.
99% são torácicas, thoracolumbar ou lombar.
ESCOLIOSE IDIOPÁTICA
Medição das Curvas Escolióticas
A curva Escoliótica tem os seguintes elementos:
o Curva Primária ou Principal
É a primeira a aparecer, a mais estruturada com vértebras mais rodadas 
e acunhadas.
o Curva Secundária ou Compensatória
Se forma por cima ou por baixo da curva primária, tentando manter o 
equilíbrio corporal.
o Ápice
Ponto da curva mais distante da linha média, sobre a vértebra apical.
o Vértebra ápice ou apical
Vértebra mais distante da linha média, é a mais rotada e acunhada.
o Vértebra limite
Vértebra no extremo superior ou cefálica e inferior, ou caudal da curva.
o Vértebra neutra
Por cima das vértebras limite.
A medição da curva escoliótica se realiza mais comumente com o
Método de LIPPMAN-COBB, com a finalidade de conhecer a
magnitude das curvas quando se inicia o estudo de um paciente,
controlar o progresso da evolução das mesmas, e avaliar os resultados 
do tratamento da escoliose que foram realizados.
SINAL DE RISSER
O sinal de Risser determina o fechamento das cartilagens de
crescimento, mede o grau de ossificação e determina a idade
fisiológica.
Nas Escolioses Idiopáticas e mais ainda nas mulheres antes da
menarca, quanto mais precoce é o começo de uma escoliose, menor o 
sinal de Risser e maior o ângulo de LIPPMAN-COBB, maiores
possibilidades tem de chegar a graus sérios.
As curvas menores de 20° – depois do fechamento da cartilagem,
aproximadamente aos 16 anos de idade – raramente evoluem. Uma 
menina de 11 anos com um ângulo de 30°, tem 90% de risco de
evolução da deformidade.
As curvas podem aumentar seu tamanho enquanto a coluna vertebral 
segue crescendo em altura, quando este crescimento se detém, marca 
o fim da possibilidade de evolução de uma escoliose idiopática, esta 
medição se efetua com o sinal de Risser, que se mede na crista ilíaca 
desde a frente de EIAS até atrás de EIPS e vai desde Risser 0 à Risser 5.
TRATAMENTO DA ESCOLIOSE
O tratamento da escoliose idiopática leve, com valores angulares
inferiores aos 20°, flexível, deve ser controlar periodicamente a cada 6 
meses para avaliar sua evolução e tratada com exercícios posturais e 
alongamento.
Já o tratamento da escoliose entre 20° a 40°, com progressão da
curva e anos de crescimento passados, deve ser tratar com o corset de 
Milwaukee, Boston, Charleston, mais exercício físico.
O corset deve ser utilizado enquanto a coluna está flexível até a
estabilização definitiva da mesma. Ele não é um endireitador de curvas, 
ele apenas atua controlando o crescimento da coluna vertebral em 
ordem do tratamento da escoliose.
No caso de uma escoliose maior do que 40°, ela deverá ser tratada 
cirurgicamente com uma artrodese da coluna, imobilizando a coluna 
vertebral, para impedir a progressão da curva.
ANÁLISE POSTURAL E
MANOBRA DE ADAMS
A escoliose deve ser detectada quando precoce, tratando as curvas o 
mais cedo possível, evitando que se enrijeçam, estruturadas ou acelere 
sua progressão no tratamento da escoliose.
As curvas graves podem afetar a capacidade respiratória pela
deformidade do tórax facilitando infecções, asma e outros problemas 
respiratórios; aumento da deformidade, alterações cardíacas, dor nos 
adultos com o decorrer do tempo e por ação da força da gravidade e 
degeneração, compressão nervosa, problemas digestivos como
esofagite.
As curvas lombares tendem a uma maior deformação, enquanto que as 
torácicas tendem a uma menor deformação pelo segmento da coluna 
com menor mobilidade.
Essa patologia, aparte da deformidade, é assintomática e devemos 
realizar uma análise postural estática e dinâmica, avaliar com a linha 
da coluna, avaliar com a manobra de ADAMS, avaliar a flexibilidade 
e mobilidade da coluna vertebral, para assim realizar o tratamento da 
escoliose.
AVALIAÇÃO DA LINHA DE PRUMO
Avaliar com uma linha de prumo ou imaginária: buscar assimetrias
preferentemente nos ombros, escápulas, o triângulo da cintura, e a 
pélvis.
o Vista de Frente: a linha
de prumo atravessará o centro do crânio,
entrecenho, ponta do nariz, linha média do mento, pontos vertebrais 
da coluna cervical, médio do esterno, umbigo, média sínfise publica, e 
cai dentro da base de sustentação.
o Vista de Trás: a linha de prumo passará pelo centro da cabeça,
apófise espinhosa, linha glútea e dentro da base de sustentação.
o Vista Lateral: a linha de prumo ligeraimente posterior ao ápice da 
sutura coronal, através do conduto auditivo externo, corpo de 4°/5° 
vértebra cervical, médio do ombro por acromion, pontos das vértebras 
lombares, trocânter maior, ligeiramente anterior ao joelho, 1cm em 
frente ao maléolo externo.
MANOBRA DE ADAMS
Observar desde a parte de trás do aluno, a flexão da coluna vertebral, 
detectar a deformação da coluna ou da corcunda, lado até onde o
ponto vertebral rota. O lado de convexidade será o que observaremos 
na manobra, esse lado estará mais alongado e menos forte em relação 
ao lado oposto.
Avaliação da Mobilidade da Coluna 
Vertebral
Desde a vista lateral, observar durante a flexão da coluna zonas com 
pouco mobilidade articular.
OBJETIVO DO TRABALHO
COM PILATES
Geralmente, os alunos que concordam em ir à um Studio de Pilates, 
apresentam escolioses leves, idiopáticas ou funcionais. A principal
ferramenta para avaliar corretamente um aluno é a manobra de 
ADAMS, além de uma análise postural, detectar o lado dominado do 
corpo para alonga-lo e trabalha-lo no lado dominante para fortalece-lo. 
Determinar se a escoliose é estrutural ou funcional.
Quando ela é estrutural, não existe um tratamento para a escoliose, 
nós só podemos evitar o avanço da deformidade, já que há uma
alteração do tecido ósseo, dada pela rotação da vértebra no setor da 
curva escoliotica. A melhoria na escoliose é muito pequena, já que está 
afetando o tecido ósseo além do muscular.
Quando a escoliose é funcional, além de evitar o avanço da
deformidade, saberemos tratar de detectar à que ela obedece, por 
exemplo: se é antálgica por uma dor de outra patologia, como uma 
discopatia, então deveremos focar nessa patologia primeiro, para 
então avançar sobre a escoliose que irá diminuindo à medida que 
Nas escoliose funcional, que é flexível, não há alteração óssea, a
menos que esteja estruturada e a coluna tenha perdido sua
flexibilidade. O tratamento da escoliose deve buscar equilibrar as
tensões musculares de ambos os lados da escoliose com alongamento 
axial. Detectar se existem compensações, retrações provocadas pela 
fáscia do tecido conectivo.
Perguntar ao aluno quais são suas atividades da vida diária, tipo de
trabalho que realiza, analisando se se mantém em uma postura 
determina e esta é a causa de uma atitude escoliotica. Pedir exames 
prévios, certificados médicos.
O objetivo do trabalho com o Pilates em um tratamento da escoliose, 
será evitar que continue a deformidade, diminuir a escoliose se 
é funcional, dar mobilidade, flexibilidade, desrotacionar a coluna 
no sentido corretor da escoliose, manter a posição de correção 
com fortalecimento muscular e funcionalidade da coluna vertebral, 
transferindo o aprendido à vida cotidiana e laboral.
Trabalhar sobre:
o Estabilidade da cintura pélvica e cintura escapular. Trabalhar em
posição neutra.
o Mobilização e flexibilização da coluna vertebral nos 3 planos de
movimento. Buscar flexibilidade e mobilidade da coluna no sentido
corretor, abrindo as costelas do lado encurtado. Uma vez que se
alcançou mobilidade e flexibilidade, quando o aluno é consciente da 
posição correta, se aplicam exercícios de fortalecimento na posição de 
correção e alongamento axial.
o Fortalecer o centro do power house para criar um corset muscular 
natural, e alongamento axial com ativação dos músculos paravertebrais.
o Trabalhar em forma tridimensional, nos 3 planos de movimento com 
componente rotatório.
o Trabalhar sobre os músculos que estão encurtados e fortes no lado 
da concavidade e os alongados e fracos (geralmente essa é a regra) no 
lado da convexidade, buscando alongar o lado curto ou côncavo, onde 
os músculos estão encurtados e fortalecer o lado largo ou convexo da 
escoliose onde os músculos estão alongados. Deve procurar equilibrar 
as tensões musculares de ambos os lados da escoliose, especialmente 
com o alongamento axial que ativa os músculos paravertebrais. 
Primeiro obter flexibilidade e propriocepção com o sentido corretor 
da escoliose, logo trabalhar o fortalecimento. Utilizar contrações lentas 
que se mantém, ou contrações isométricas assistidas com a respiração.
o Trabalhar com a respiração para aumentar a capacidade 
respiratória, principalmente do lado encurtado buscando um efeito 
corretor da coluna e da caixa torácica. Buscar desrotacionar a coluna, 
flexibilizar músculos, fáscias e ligamentos por meio da respiração.
o Se a escoliose é em forma de S, se trabalha com a curva principal ou 
a maior, logo a curva menor segue a maior.
o Se além da escoliose há cifose, fortalecer o centro abdominal, 
espinhal e solo pélvico, irá corrigindo a cifose e trabalhar com
movimentos necessários para a escoliose.
o Se a escoliose está artrodesada, esse setor da coluna não tem
mobilidade, ou tem mobilidade escassa, mas as zonas adjacentes
superiores e inferiores são hiper móveis, podem apresentar dor, focar 
nessas zonas.
o Assistir o aluno no alongamento do lado encurtado. Realizar 
inspirações sustentando e aumentando o comprimento desse lado 
encurtado, aplicar a técnica de streching resulta em muita efetividade.
o Trabalhar com consciência corporal, imagem corporal e 
propriocepção, adotar e manter um alinhamento correto da postura 
não somente durante as aulas de Pilates, sendo que deve ser 
transmitido às atividades da vida diária melhorando sua funcionalidade.
o Utilizar as partes de um exercício determinado de Pilates, que vai à 
direção correta do que se busca.
o Trabalhar e considerar o aluno como um todo, programar e
planificar o trabalho em forma integral, avaliar o aluno em diversas 
posições tanto estáticas como dinâmicas, em posições de decúbito, 
quadrupeda, rolados, sedestação, bipedestação, marcha, atividades 
cotidianas e laborais.
TRABALHANDO COM
HIPERCIFOSE NO PILATES
TRABALHANDO COM HIPERCIFOSE 
NO PILATES
Escrito Por Andréia Souza
A hipercifose torácica é o aumento da curvatura na região das
vértebras torácicas, pode ser patológicaou postural, neste texto iremos 
abordar a questão postural, influi diretamente no agravo da doença.
Costuma ser mais frequente em mulheres, mas na realidade não é
definida como uma patologia da coluna e sim uma posição em que o 
indivíduo realiza em suas atividades do dia a dia é que pode ser a
causa dessa curvatura.
Como podemos observar abaixo, um indivíduo com Hipercifose
torácica apresenta também outras alterações posturais que devem ser 
levadas em consideração durante a prescrição dos exercícios.
A seguir, iremos observar como essa patologia ocorre no corpo e como 
corrigir esse problema de forma eficaz.
APRESENTANDO A HIPERCIFOSE
Analisamos e definimos a patologia a partir de traços muito específico e 
visíveis no aluno, sua postura mostra claramente o problema, como na 
foto a seguir:
A projeção da cabeça para frente, ombros em rotação interna,
hiperlordose lombar e pelve em retroversão estão entre as alterações 
mais comuns. 
A seguir algumas imagens com dicas de exercícios a serem trabalhados 
na hipercifose torácica.
COMO TRATAR A HIPERCIFOSE
Nesta primeira imagem é necessário ressaltar a importância de
trabalhar com a coluna neutra, ou seja, mantendo as curvaturas
fisiológicas da coluna vertebral com fins de proporcionar consciência 
corporal, adequando tal posicionamento em todos os exercícios e
consequentemente ao dia-a-dia.
Exercícios que visam a estabilidade da coluna cervical e extensão da 
coluna torácica podem ser aplicados
a indivíduos com Hipercifose
torácica para fortalecer a musculatura estabilizadora da coluna cervical 
e ganhar mobilidade em extensão da coluna torácica.
Exercícios que combinam rotação e extensão da coluna torácica
auxiliam no ganho de mobilidade da coluna torácica, além de realizar 
a rotação externa do ombro, realizando também o alongamento da 
cadeia anterior do tronco que se encontra encurtada devido a rotação 
interna e protusão do ombro.
Exercícios visando o fortalecimento do power house ou core, além de 
manter a coluna neutra trabalham também a consciência corporal.
O trabalho de mobilidade integrada também se faz importante, neste 
caso podemos trabalhar mobilidade de ombro e cadeia lateral do
tronco.
Exercícios para trabalho da musculatura estabilizadora da cintura
escapular iram auxiliar na melhora da postura e fortalecimento de
membros superiores.
Integrar força de membros superiores, flexibilidade e postura é tudo 
que um indivíduo com Hipercifose precisa.
A posição dos ombros em rotação interna, além das alterações na
coluna vertebral, corroboram com menor força nos membros
superiores, além de sensação de cansaço nos membros superiores.
Além disso, a manutenção da postura se torna extremamente exaustiva 
podendo levar a fadiga da musculatura estabilizadora rapidamente.
Uma dica que pode contribuir para diminuir esta fadiga é alternar os 
decúbitos, para então mais tarde prolongar o tempo de estimulo para 
manutenção da postura, com exercícios que visam a resistência
muscular.
Outro exercício indispensável é a prancha lateral, neste exercício
trabalhamos o fortalecimento de membros superiores, estabilidade de 
ombro, cintura escapular e coluna vertebral, além da manutenção da 
postura.
CONCLUINDO
Ao trabalhar com Hipercifose torácica devemos priorizar a coluna
neutra evitando exercícios que reforçam ainda mais o padrão de flexão 
da coluna torácica.
Promover o equilíbrio entre mobilidade e estabilidade não só da coluna 
vertebral mas também de todas as articulações, desenvolver força 
e resistência muscular a fim de promover a manutenção da postura 
através também do fortalecimento do power house.
PILATES PARA HÉRNIA
DISCAL LOMBAR
PILATES PARA HÉRNIA
DISCAL LOMBAR
Escrito Por Gabriela Zaparoli
A hérnia discal lombar é considerada uma patologia extremamente 
comum, que causa séria inabilidade em seus portadores das hérnias 
discais lombares, 90% estão localizadas em L5-S1 e L4-L5, as mais 
comuns são as paramedianas e colateral direita ou esquerda.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 
90% da população sofre, sofreu ou sofrerá de problemas da coluna.
Cerca de 5,4 milhões de brasileiros sofrem de hérnia discal, segundo 
dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O Pilates tem sido procurado como método de tratamento por se 
mostrar bastante eficaz, tanto a longo como em curto prazo, atuando 
em todas as fases da hérnia discal lombar, proporcionando a cada uma 
delas a melhora dos sintomas do paciente e evitando as recidivas da 
patologia.
DEFININDO A HÉRNIA
DISCAL LOMBAR
O termo hérnia refere-se a órgão (ou alguma parte de órgão) que sai 
do seu local de origem, naturalmente ou acidentalmente.
Quando isso acontece parte do disco intervertebral sai da sua posição 
inicial e consequentemente comprime as raízes dos nervos que se 
ramificam a partir da medula espinhal e que se elevam da coluna 
espinhal. É esse processo que causa a dor.
Acomete principalmente a coluna lombar e cervical. As hérnias cervicais 
aumentaram muito a incidência em função do estilo de vida atual com 
uso de smartphones, tablets e computador.
A hérnia discal lombar extrusa é uma patologia que afeta os discos 
intervertebrais da coluna vertebral, que funcionam como verdadeiros 
amortecedores.
A patologia ocorre quando existe um rompimento desse ânulo fibroso 
e o conteúdo gelatinoso interno, chamado de núcleo pulposo, sai 
através de uma fissura na membrana.
A partir disso, as raízes nervosas que passam pelo espaço intervertebral 
comprimem-se, causando os sintomas clínicos característicos da hérnia 
discal.
O TRATAMENTO
O método costuma ser efetivo nas dores causadas pela hérnia discal 
porque os exercícios geram um maior afastamento entre as vértebras, 
graças a movimentos de alongamento.
Os benefícios são adquiridos através da essência do método, que 
promove a estabilização da hérnia de disco, possibilitando uma vida 
saudável e sem dor.
A postura melhora, os músculos adquirem maior tonicidade, as 
articulações tornam-se mais flexíveis e a forma do corpo torna-se mais 
equilibrada, ereta e alongada.
Apenas 2 a 4% dos casos de hérnia têm indicação cirúrgica (síndrome 
da cauda eqüina, surgimento de déficits neurológico rápido 
progressivo).
Atualmente as cirurgias para hérnia de disco lombar vêm evoluindo no 
sentido de se tornarem cada vez menos invasivas.
Importância especial tem sido dada ao uso do microscópio cirúrgico e 
instrumental para microcirurgia (Simões, 2007), cirurgias percutâneas e 
endoscópicas (Martins, 2007).
Fatores de Risco
O excesso de peso e realizar atividades que demandam grande esforço 
físico são atividades que podem causar a hérnia de disco. Empregos 
que exigem movimentos repetitivos todos os dias também podem 
causar a patologia.
Os fatores de risco para a hérnia discal são:
o Genética;
o Fraqueza muscular;
o Obesidade;
o Sedentarismo.
PRECAUÇÕES
O paciente com hérnia discal lombar que já se exercita deve continuar 
com sua rotina de movimentos de alongamento e fortalecimento 
muscular para a região lombar e cadeia muscular posterior, além de 
tomar os devidos cuidados com o posicionamento do corpo antes de 
levantar qualquer peso a partir do solo.
A dica é manter os pés ligeiramente abertos e próximos ao peso, 
joelhos flexionados, costas retas e não levantar um peso maior do que 
esta posição permite.
Alguns movimentos ou posições
Devem ser evitados por pacientes 
com hérnia de disco
o Flexão da coluna;
o Flexão com rotação da coluna lombar, principalmente com carga;
o Retroversão pélvica, principalmente com carga;
o Fortalecimento de abdominais em retroversão.
Alguns movimentos que podem gerar 
alívio da dor:
o Dissociação coxo-femoral (pelve neutra) – melhorar a capacidade 
funcional;
o Fortalecimento abdominal com pelve neutra;
o Fortalecimento dos músculos paravertebrais;
o Tração axial;
o Estimular o períneo;
o Extensão da coluna (fora do período doloroso).
DOR AGUDA OU CRÔNICA?
É muito importante sabermos as características da dor causada pela 
hérnia discal lombar, ou seja, se é aguda ou crônica.
Essa distinção nos ajudará na escolha da melhor conduta. A dor aguda 
é proveniente de um episódio recente.
O paciente lembra o acontecimento e a sequência dos fatos. São dores 
de prevalência tecidual causadas por trauma direto ou de esforço 
repetitivo que aparecem repentinamente e têm duração de até três 
meses.
A dor crônica é aquela que se mantém por mais de três meses.
Normalmente ela é recorrente e oriunda de fatores genéticos, das 
ocupações no trabalho, do sedentarismo, do estresse que as pessoas 
vivem atualmente.
Ela pode ter iniciado por um episódio pontual.
AS AULAS DE PILATES
As primeiras aulas devem ser voltadas para o aprendizado da 
contração correta do transverso do abdômen e o multífido lombar.
Devemos iniciar com um programa seguindo as etapas do modelo 
de exercícios de estabilizaçãosegmentar vertebral, desenvolvido por 
Richardson, Hodges e Hides que é dividida em três estágios: cognitivo, 
associativo e automático.
o Cognitivo: educar a maneira correta da contração da musculatura 
estabilizadora.
o Associativo: o objetivo é manter a contração destes músculos ao 
mesmo tempo em que são realizados
movimentos dos membros e do 
tronco. Nesta fase inicia-se o treino de AVD’s.
o Automático: realização de exercícios que proporcionem desafios e 
gestos esportivos, realizados com cuidado para assegurar que não haja 
compensação.
Apesar de um grande número de profissionais da saúde utilizar 
o Pilates na prática clínica, há ainda uma carência de evidências 
científicas quanto aos fenômenos associados a esse método no campo 
da reabilitação. (Anderson, 2000).
CONCLUINDO
O tratamento com o Pilates para pacientes com hernia de disco lombar 
ajuda porque começa educando a maneira correta da contração da 
musculatura estabilizadora.
Não se esqueça de antes de começar as aulas de Pilates, verificar qual 
é a condição da lesão, e no decorrer, ver em quais movimentos seu 
paciente responde melhor.
Espero que esse artigo te ajude, e não esqueça de compartilhar suas 
experiências com esse tratamento!
5 EXERCÍCIOS DE MOBILIZAÇÃO
PÉLVICA PARA TRATAMENTO DA DOR 
LOMBAR
5 EXERCÍCIOS DE MOBILIZAÇÃO
PÉLVICA PARA TRATAMENTO DA DOR 
LOMBAR
Escrito Por Camila Lazarin Gallina
Quando abordamos o assunto dor lombar, já nos deparamos com 
números que nos assuntam um pouco. Em alguma época da vida, de 
70 a 85% de todas as pessoas sofrerão de dores nas costas.
Segundo Teixeira cerca de 10 milhões de brasileiros ficam 
incapacitados por causa desta morbidade e pelo menos 70% da 
população sofrerá um episódio de dor lombar
.
A lombalgia é uma das principais patologias ortopédicas que atinge 
grande parte da população afetando 80% das pessoas, sendo a causa 
de dor mais comum e de limitação física em indivíduos com menos de 
45 anos que procuram todos os dias por um Studio de Pilates.
É uma doença multifatorial, traumática ou atraumática, que pode vir 
associada ou isolada como, por exemplo, uma lesão muscular, uma 
dor referida devido a uma espondilólise ou listese, hérnia discal, entre 
outras, por isso saber a causa é o passo inicial para o tratamento.
IMPORTÂNCIA DOS MOVIMENTOS 
DO QUADRIL
Atualmente, alguns autores identificaram a instabilidade do segmento 
lombar como um importante fator envolvido no fator causal da 
patologia.
Abordando assim as disfunções sacro-ilíacas e as síndromes de 
hipermobilidade lombar e/ou hipomobilidade pélvico, causado pelas 
alterações da coordenação paravertebral e do ritmo lombo-pélvico.
E é essa hipomobilidade pélvica que iremos abordar neste texto.
Então, vamos relembrar os movimentos realizados pelo quadril, que 
irão basear nosso tratamento para ganho de amplitude e mobilidade.
Anteroversão
É a posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas 
ântero-superiores é anterior ao plano vertical através da sínfise púbica.
Retroversão
Onde a posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas 
ântero-superiores é posterior ao plano vertical através da sínfise 
púbica.
Além, é claro, dos deslocamentos laterais, importantes na fase da 
marcha e circulares, quando acontece a associação e sinergia dos 
movimentos acima descritos.
HIPOMOBILIDADE PÉLVICA
Sabido isso, conseguir identificar as compensações que acontecem 
devido a uma lombalgia, como a síndrome da hipomobilidade pélvica, 
através de uma boa avaliação biomecânica merece atenção especial.
Quando, após a avaliação de quadril, conclui-se que existe um quadril 
hipomóvel sendo este o fator causal de lombalgia, precisamos pensar 
obviamente em aumentar a mobilidade desta região, para alívio dos 
sintomas e causa.
Na ocasião de um quadril não realizar seus graus de liberdade com 
amplitude de movimento total, a lombar pode ficar sobrecarregada, 
instável e consequentemente enfraquecida, movimentando-se mais 
do que o necessário gerando desconforto, possíveis dores e prováveis 
lesões nesta região. Curioso, não?
Devemos, portanto, saber como avaliar e tratá-la da melhor maneira, 
respeitando a amplitude de movimento para a individualidade de dor 
lombar de cada paciente, sejam eles de qualquer subgrupo álgico.
A consciência corporal como princípio do Pilates na realização desses 
movimentos deve ser enfatizada, pois os dois primeiros movimentos da 
pelve, acima descritos, geram muitas vezes uma confusão por parte do 
paciente na hora da execução.
É aí que o instrutor deve ter segurança e propriedade ao dar o 
comando verbal. Ser criativo nas opções de exercícios propostos para o 
paciente, o ajudará a entender o que deve ser feito.
Nunca devemos nos esquecer, da importância do trabalho de 
fortalecimento segmentar para diminuir o desconforto da lombar.
Exercícios com ativação do músculo transverso abdominal já obtiveram 
resultados satisfatórios, científica e clinicamente e quando associados 
ao aumento da mobilidade pélvica multiplicam-se os benefícios, 
devendo portanto, fazer parte predominante do tratamento e da 
prevenção no combate a essa patologia.
APLICAÇÃO DO MÉTODO PILATES 
NA DOR LOMBAR
Com a aplicação do método Pilates, podemos reabilitar qualquer uma 
dessas causas de resultante completamente satisfatória, seja ela uma 
dor lombar crônica ou aguda, se abordada de uma maneira correta 
com relação à elaboração e seleção dos exercícios.
Com certeza, nos deparamos e ainda vamos dos deparar com 
muitos pacientes álgicos de lombar em nossa rotina de trabalho, que 
necessitam de atenção especial.
A seguir, veremos alguns exercícios simples do solo/bola e aparelhos, 
que podem ser realizados com pacientes em crise álgica ou como 
manutenção do ganho de amplitude pélvica.
São exercícios, que passam batidos nas sessões por serem muitas 
vezes, simples demais, porém com esses pacientes em específico vale 
e muito a pena investir o tempo inicial da sessão neles.
Atenção para não os subjugar, pois são exercícios que exigem a tal 
famosa consciência corporal do paciente então manter a concentração 
é imprescindível.
Vamos lá?
EXERCÍCIOS DE PILATES PARA
DOR LOMBAR
1. Mobilização em Solo
1) Posiciona-se o paciente em decúbito dorsal, com as mãos ao lado do 
corpo, joelhos e quadril em flexão.
2) Pedir uma inspiração inicial para o paciente e durante a expiração 
solicitar para realizar uma retroversão pélvica, com contração de 
glúteos e abdômen inferior, somente até que a quinta vértebra lombar 
deixe o contato com o chão, mantendo o crescimento axial em 
constante manutenção, distanciando as costelas das cristas ilíacas.
3) Solicitar uma anteroversão pélvica, realizando uma hiperlordose 
lombar, utilizando a contração dos paravertebrais.
4) Realizar uma inspiração final e durante a expiração, voltar a posição 
inicial e neutra da pelve em contato com o chão.
2. Mobilização em Gatas (The Cat)
1) Paciente posiciona-se em gatas com posição neutra de pelve.
2) Inspira-se inicialmente e durante a expiração, o paciente curva 
completamente a coluna contraindo o abdômen mobilizando todas as 
vértebras da coluna, desde coluna cervical, até a coluna lombar, com 
atenção especial para a cintura pélvica, na contração de glúteos para a 
manutenção da pelve em retroversão.
3) Em uma segunda expiração, solicita-se a extensão da coluna toda, 
com ênfase em anteroversão pélvica.
4) Após a terceira inspiração, volta-se a posição inicial neutra.
3. Mobilização na Bola
1) Paciente sentado na bola, com pés no chão e mãos abraçando os 
ilíacos para melhor feedback dos movimentos.
2) Solicita-se ao paciente uma inspiração em posição neutra de pelve, e 
na expiração orienta-se um deslocamento lateral aproximando o ilíaco 
das costelas de maneira uni-lateral, voltando na inspiração a posição 
neutra.
3) Durante uma segunda expiração pede-se um deslocamento lateral 
para o outro lado.
Nesta posição inicial também podemos solicitar ao paciente para 
realizar o movimento de antero e retroversão isolados.
E também um exercício em três dimensões, realizando
movimentos 
circulares, onde conseguimos uma movimentação completa da pelve 
em ante/retroversão e desloca-mento latero/lateral.
4. Mobilização deitado em
decúbito dorsal no Cadillac
1) Paciente deitado em decúbito dorsal, sobre a cama do cadilac 
trapézio, com as mãos ao lado do corpo, pernas em extensão e com os 
pés na alça.
2) Preparar o exercício com uma inspiração inicial, durante a expiração 
solicitar uma ponte de quadril.
3) Em uma segunda expiração, desloque as duas pernas juntas para 
um dos lados, realizando uma flexão lateral ipsilateral do tronco. Na 
terceira expiração realize-a para o lado contralateral.
4) Volte para a psição neutra da ponte, e desça desenrolando a coluna.
5. Mobilização em pé/ajoelhado no 
Cadilac (Spine Stretch)
Neste exercício, o paciente pode realizar tanto em pé, quanto 
ajoelhado.
O alongamento em pé irá exigir um ganho de flexibilidade associado 
ao exercício, o que nos permite fazê-lo em pacientes de nível 
intermediário.
Já a posição de ajoelhado, enfatiza mais a mobilização do quadril, e 
pode ser realizado desde o nível iniciante para melhor visualização e 
compreensão do exercício proposto pelo paciente.
1) Paciente posiciona-se em pé/ajoelhado sobre o Cadilac Trapézio, 
segurando com as mãos na barra torre.
2) Realiza inspiração com a pelve neutra, preparando para o 
movimento.
3) Durante a expiração, realiza-se uma flexão de tronco com 
retroversão pélvica, até sentir um pequeno alongamento de 
posteriores de membros inferiores, posteriormente alongue a coluna 
realizando uma anteroversão pélvica, reforçando a hiperlordose lombar.
4) Inspire mais uma vez, e na expiração retorne com retroversão 
pélvica e desenrole a coluna até a posição inicial neutra.
CONCLUINDO
Com esses exercícios conseguimos estabilizar a lombar instável e 
aumentar a mobilidade pélvica necessária para melhorar a condição do 
paciente.
A progressão e regressão ficam a cargo do instrutor.
Clinicamente, tenho um resultado muito bom quando associo a 
mobilidade pélvica e vertebral ao meu tratamento de dor lombar, 
espero que vocês também tenham um feedback positivo.
COMO TRATAR COLUNAS
RETIFICADAS COM PILATES
COMO TRATAR COLUNAS
RETIFICADAS COM PILATES
Escrito Por Janaína Cintas
Como já sabemos Joseph Pilates e todos seus contemporâneos, 
achavam e preconizavam que uma coluna saudável deveria ser reta. 
E que as curvas, que hoje sabemos naturais e fisiológicas da coluna 
vertebral eram deformidades.
Hoje com a evolução científica, sabemos que as curvas fisiológicas 
da coluna vertebral devem ser preservadas. Pois servem para 
melhor distribuir a força gravitacional dentro de nosso polígono de 
sustentação.
São essas curvas que distribuem força da gravidade que nos 
empurra a todo momento para o centro da Terra. Diminuindo assim 
consideravelmente a carga axial aplicada pela força gravitacional sobre 
nosso sistema musculo esquelético.
Nesse texto vamos analisar toda a anatomia das curvaturas da coluna e 
saber como tratar a as colunas retificadas com o Pilates. Confira.
SOBRE AS CURVATURAS
Segundo a ontogênese, nascemos numa flexão global, ou seja, 
totalmente cifosado, sendo as curvas cifóticas chamadas também de 
curvaturas primárias.
Como nosso desenvolvimento neuro-psicomotor é cefalo caudal e 
próximo distal, o primeiro controle motor que ganhamos é o da cabeça.
Sendo assim a primeira curvatura secundária que adquirimos é a 
lordose cervical, seguida do controle de tronco, moldando assim a 
cifose torácica.
Em seguida com nossa vivência e amadurecimento do sistema nervoso 
central (S.N.C.), conquistamos a segunda curva secundária, mais 
conhecida como lordose lombar.
A partir desse momento, dependendo de nossa experimentação 
motora, estamos prontos para andar e lidar com os deslocamentos 
gravitacionais.
As curvaturas primárias ou cifóticas são curvas de proteção, com 
menor mobilidade. E servem como pontos fixos para os músculos multi 
articulares moverem as curvas secundária, ou seja, as lordoses.
É feito para que o movimento nelas ocorra, portanto as lordoses são 
mais móveis, porém mais susceptíveis a lesões.
Sendo assim, a coluna vertebral é constituída por:
o Uma cifose craniana (para proteger nosso crânio);
o Uma lordose cervical, cifose torácica (para proteção de nossos órgãos 
vitais, pulmões e coração);
o A lordose lombar;
o Seguida da cifose sacral (protegendo nossos órgãos reprodutores, 
útero e ovários nas mulheres, e a próstata nos homens).
TIPOS DE COLUNA
Como vimos as curvaturas fisiológicas da coluna vertebral tem diversas 
funções e não estão colocadas no corpo humano por acaso.
E como lidamos mais frequentemente com colunas retificadas, o Pilates 
terapêutico pode ser uma ótima ferramenta para preservarmos essas 
curvas. Ou ainda, para trata-las e reconstruí-las, funcionalmente
.
Sendo assim, precisamos analisar. Possuímos didaticamente dois tipos 
de coluna:
1 – Coluna Funcional Estática
Tem por característica o apagamento das curvaturas fisiológicas.
É uma coluna menos móvel, menos equilibrada e mais susceptível a 
lesões pela força de cisalhamento ou por diminuições dos espaços 
articulares.
Pois sabemos, hoje em dia, que numa coluna do tipo funcional estática 
(retificada) a compressão nos discos intervertebrais, pode estar 
aumentada em até 30 vezes.
Independente, da formação de uma hérnia ou uma compressão neural, 
devemos devolver a esta coluna mobilidade para tratarmos a causa 
mecânica dessa alteração musculoesquelética.
2 – Coluna Funcional do Tipo
Dinâmica ou Cinética
É uma coluna mais móvel, com as curvas mais marcadas pelo aumento 
das curvaturas secundárias (as lordoses), mais equilibradas. Porém 
muito mais susceptíveis a lesões devido a sua mobilidade, por vezes 
aumentada.
Claro que esta divisão é puramente didática uma vez que na prática 
clínica. Poucas vezes encontramos uma coluna puramente do tipo 
funcional estática ou dinâmica, mas sim uma mistura.
Exemplo
Como por exemplo, numa hipercifolordose, temos uma coluna mista, 
com aumento da cifose torácica e consequentemente com a perda da 
sua mobilidade local.
E ainda assim um aumento também da lordose lombar, com aumento 
de sua mobilidade lombar, e por esse motivo, mais chance de se 
lesionar.
TRATANDO COLUNAS RETIFICADAS
Hoje vamos falar somente de colunas retificadas no tórax, com 
diminuição da mobilidade, na pratica clínica como lidar com esse tipo 
de coluna hipomóvel.
Primeiro devemos lembrar-nos do posicionamento correto de nosso 
paciente em decúbito dorsal. Não podemos esquecer-nos de preservar 
o posicionamento neutro ideal de todas as suas curvas:
o Na coluna cervical esse apoio com o solo deve ser feito na calota 
craniana, preservando assim a lordose cervical.
o A cifose torácica estará apagada e devera estar em contato com o 
solo. Muita atenção aqui: as vezes somos iludidos pelo posicionamento 
das escapulas e não da coluna no solo.
o A lordose lombar deverá estar moldada, de forma que impeça o 
contato da coluna lombar com o solo. Chamamos de retificação lombar 
a total retroversão da coluna lombar.
Lembremos aqui que a retificação lombar pode aumentar em ate trinta 
vezes a pressão nos discos intervertebrais dessa região da coluna.
A lombar deverá ter um apoio no solo, de maneira que a sínfise púbica 
fique na mesma linha das espinhas ilíacas anterô-superiores para evitar 
o aumento da pressão discal.
E durante todo nosso trabalho faremos o possível para que essas 
curvaturas sejam preservadas utilizando a força abdominal para isso.
PASSO A PASSO DO TRATAMENTO 
COM PILATES
Nossa principal ferramenta para começarmos a tratar, moldarmos e 
reequilibrarmos essa coluna retificada é a respiração. Segundo Joseph 
Pilates devemos primeiro ensinar o paciente a respirar.
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