Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
SUMÁRIO Hérnia de Disco: Exercícios Indicados e Contra Indicados ....................4 Dor Lombar Crônica: 10 Exercícios de Pilates para Tratamento............14 Seis Exercícios para tratar a Cervicalgia Utilizando o Método Pilates...27 7 Exercícios de Pilates para melhorar sua Dor na Cervical.....................37 Pilates para Hiperlordose Lombar...........................................................50 Como Realizar Tratamento da Escoliose Através do Método Pilates....57 Trabalhando com Hipercifose no Pilates.................................................71 Pilates para Hérnia Discal Lombar...........................................................78 5 Exercícios de Mobilização Pélvica para Tratamento da Dor Lombar...87 Como o Pilates pode Ajudar no Tratamento da Dor Cervical..............107 Retificação da Coluna: Como tratar com o Método Pilates?..............117 Estabilização Segmentar Vertebral Sobre a Dor Lombar Crônica........131 A Importância da Biomecânica da Junção L5-S1 na Espondilolistese Lombar..................................................................................................152 Como o Método Pilates ajuda no Tratamento da Escoliose................166 Pilates Aplicado à Lombalgia: Tudo que você precisa saber................186 Pilates Aliado so Treinamento Funcional para Hérnia de Disco...........205 Dicas para Aulas com Portadores de Hérnia Discal Lombar.................217 Correção da Postura – Avaliação e Tratamento no Pilates...................229 O Princípio da Centralização e o Alinhamento Postural.......................235 Pilates Aplicado para Hérnia Lombar....................................................249 Trabalhar Músculos Eretores da Coluna facilita a Postura Correta......266 Pilates no Tratamento da Hipercifose Torácica.....................................279 Método Pilates e a Estabilização Segmentar na Dor Lombar..............296 Exercícios de Pilates para a Síndrome do Text Neck..........................306 O Método Pilates em Pacientes com Espondilolistese........................313 HÉRNIA DE DISCO: EXERCÍCIOS INDICADOS E CONTRA INDICADOS HÉRNIA DE DISCO: EXERCÍCIOS INDICADOS E CONTRA INDICADOS Escrito Por Érika Batista Os problemas com hérnia de disco são frequentes na maioria dos Studios de Pilates. A patologia que atinge cerca de 3% dos brasileiros é considerada extremamente comum entre a população, no entanto é importante tratar antes que evolua para um caso mais grave. Aqui vamos ver como o Pilates pode ajudar. Os discos intervertebrais representam cerca de 25% da altura total da coluna vertebral. Eles têm como função amortecer o impacto e dar mobilidade à coluna, são formados de fibrocartilagem avasculares e não inervados, com regeneração limitada. A porção periférica é conhecida como anel fibroso e a porção interna de núcleo pulposo – estes absorvem em torno de 85% a compressão axial. DEFININDO A HÉRNIA DE DISCO O termo hérnia refere-se a órgão (ou parte de órgão) que sai do seu local de origem, naturalmente ou acidentalmente. Não tem consenso sobre seus graus/classificação, mas a maioria dos médicos não considera o grau I (protusão ou abaulamento) como hérnia. A gravidade dos sinais, sintomas e indicação cirúrgica depende da compressão dos tecidos adjacentes e das limitações do paciente. A dor referida da hérnia de disco é pela compressão dos tecidos inervados como a(s) raiz(es) nervosa(s), ligamentos, e até a medula vertebral e não pelo extravasamento do núcleo pulposo para o anel fibroso uma vez que não são inervados. A partir dos 25 anos de idade inicia a degeneração do anel fibroso, o que pode evoluir para a saída do núcleo pulposo do seu lugar de origem. Os fatores de risco para a hérnia discal são: o Genética; o Fraqueza muscular; o Obesidade; o Sedentarismo. Acomete principalmente a coluna lombar e cervical. As hérnias cervicais aumentaram muito a incidência em função do estilo de vida atual com uso de smartphones, tablets e computador. As hérnias lombares são mais frequentes nos níveis L5-S1, por ser uma região de maior pressão e de transição entre o segmento móvel (L5) para o segmento fixo (S1), além de ser uma região de maior compressão. A hérnia de disco na sua maioria é póstero ou póstero-lateral, e assim são contra-indicados os exercícios que aumentam a pressão sobre os discos no sentido posterior como nos movimentos de flexão e rotação da coluna – como os exercícios roll up, roll over saw e teaser. O instrutor de Pilates deve evitar também exercícios em sedestação com a coluna a 90 graus, porque nesta posição aumenta a força de cisalhamento do disco, principalmente quando realizada uma leve flexão de tronco, o que pode evoluir para um grau mais elevado de lesão discal. Isso não quer dizer que o paciente nunca irá fazer flexão de tronco, contudo, a evolução dos exercícios deve ser feita com cautela. É importante também que o paciente tenha consciência corporal, mantenha a coluna neutra, o crescimento axial e a correta ativação do powerhouse, para estabilizar os discos e evitar maior compressão. NECESSIDADE DE TRATAMENTO CIRÚRGICO Caso o tratamento conservador não tenha efetividade, é indicado o cirúrgico. Atualmente as técnicas são menos invasivas, com menor risco de aderência tecidual e fibrose, com breve retorno às atividades de vida diária. Mas encontramos nos Studios de Pilates pacientes que foram submetidos a laminectomia e artrodese – neste último caso o paciente não consegue realizar por exemplo a bridge com mobilização de coluna na região de fixação vertebral. O método Pilates é um excelente recurso de tratamento tanto nos casos não cirúrgicos, quanto pós cirúrgicos, desde que realizado com a correta estabilização segmentar através da ativação do powerhouse, até que o paciente fique apto e evolua com os exercícios funcionais e livres da amplitude de dor. Alguns Studios de Pilates utilizam o Stabilizer® – um equipamento de biofeedback visual que objetiva a correta ativação dos músculos profundos como o transverso do abdome, oblíquos internos, multífidos, assoalho pélvico e diafragma. O instrutor de Pilates ao tratar o paciente com hérnia de disco deve ter conhecimento prévio de anatomia da coluna, biomecânica e mecanismo de lesão discal, planejar os exercícios com embasamento teórico e orientá-lo durante a execução dos movimentos. A prática dos princípios do Pilates não se deve limitar somente 2h às 3h semanais que o aluno está no Pilates, e sendo assim, o professor deve transferir tarefas para o dia a dia e orientá-lo a evitar posturas e hábitos incorretos que podem acentuar a lesão e aumentar a dor. O curso de Pilates aplicado à Hérnia de Disco, da Pilates Avançado do Grupo Voll aborda este conteúdo para instrutores de Pilates, fisioterapeutas e educadores físicos que queiram se aprofundar no assunto. Abaixo listamos alguns exercícios de estabilização indicados para hérnia de disco lombar. Cabe ressaltar que a indicação destes depende dos objetivos do tratamento, fase de tratamento e resposta do aluno. As variações (3ª foto) só devem ser realizadas depois de adquirida a estabilidade lombopélvica. 1. Brigde no Cadillac Em decúbito dorsal com os ombros a 90 graus segurando a barra móvel em pronação e tornozelos apoiados sobre a alça do trapézio realizar a extensão de tronco, evoluir para a extensão de quadris e realizar simultâneo as extensões. Pode ser feito com uma perna em suspensão e quadril a 90 graus, desde que o paciente tenha boa estabilizade pélvica. 2. Swan com Alças Em decúbito ventral com a coluna neutra, ombros flexionados e abduzidos a aproximadamente 160 graus segurando as alças de mãos em pronação, realizar a extensão de ombros mantendo a coluna neutra. Pode evoluir para a extensão de quadris com joelhos em extensão. 3. The Hundred no Reformer Em seis apoios com as mãos apoiadas na lateral do reformer e joelhos a frente das ombreiras, mantendo a coluna neutra realizar a flexão de quadris. Pode ser realizado mantendo os tornozelos em dorsiflexão, no retorno do carrinho realizar a hiperextensão de tronco ou elevar um membro inferior. Neste exercício é comum e incorreto os pacientes puxarem o carrinho com os membros superiores e perderem a coluna neutra. 4. Leg Pull na Chair Sentado de costas para o pedal (que podem estar dissociados para dificultar), com as mãos sobre ele(s) em rotação interna ou externa de ombros, elevar a pelve e descer. Para progressão flexionar o quadril mantendo a pelve neutra. Pode ser feito alternando membros inferiores ou elevando apenas um, depois outro. Outra variação é subir em flexão plantar e descer em dorsiflexão ou vice-versa. 5. Bridge com Barra Móvel Em decúbito dorsal com a barra móvel vindo de cima alinhada com os joelhos, elevar a pelve na ponte. Pode associar com exercícios de membros inferiores e utilizando acessórios. A barra móvel auxilia na subida da ponte e realiza uma leve tração lombopélvica. 6. Back Extension no Barrel Em decúbito ventral sobre o barrel com os pés na prancha de extensão e mãos na nuca. Iniciar o movimento com a torácica e abdome apoiados no barrel e subir até a coluna neutra. Para a progressão manter a isometria de tronco com a coluna neutra e realizar a extensão alternada de cotovelos. CONCLUINDO Atualmente mais de 5 milhões de brasileiros sofrem com hérnia de disco, tornando esta uma das patologias mais comuns a serem encontradas nos Studios de Pilates. Saber a melhor forma para tratar cada caso específico é essencial e requer uma avaliação prévia. Apesar de elencar todos esses exercícios recomendados, é de extrema importância você avaliar o caso do seu aluno e perceber se aquele é ou não um exercício para ser realizado. Assim como as contra-indicações precisamos ficar atentos com as indicações porque nem sempre elas se encaixam a todos os casos. Quer saber mais sobre os benefícios do Pilates no combate a hérnia de disco? E se você quer mais dicas sobre como manter a saúde em dia vale a pena conhecer. DOR LOMBAR CRÔNICA: 10 EXERCÍCIOS DE PILATES PARA TRATAMENTO DOR LOMBAR CRÔNICA: 10 EXERCÍCIOS DE PILATES PARA TRATAMENTO Escrito Por Érika Batista Estima-se que até 85% das pessoas já tiveram ou terão algum episódio de dor lombar ao longo da vida. Dependendo do tempo de duração da dor, a lombalgia pode ser classificada em aguda ou crônica. A dor lombar crônica é caracterizada pela duração da dor maior que 12 semanas e suas causas podem ser: Patologias Específicas da Coluna Protusão ou hérnia de disco, osteartrose, estenose etc; Radiculopatia Dor por compressão ou inflamação da raiz nervosa, geralmente acomete a coluna lombar (também conhecida como cialtalgia, dor ciática, lombocialtagia) que irradia para membros inferiores, com sintomas de parestesia (dormência e perda da sensibilidade) e algumas vezes com a fraqueza muscular. Inespecífica ou Mecânica Quando não há nenhuma causa aparente que desencadeou a dor lombar. Hoje vamos falar sobre a dor lombar crônica inespecífica, porque é a patologia mais frequente na prática clínica. Um dos primeiros estudos sobre dor lombar crônica (Hodges, 1999) constatou que ocorre um déficit de controle neuromuscular. Isso porque antes de qualquer movimento ocorre a contração de músculos profundos (como o Transverso do abdome) para promover a estabilidade da coluna, mecanismo conhecido como pré ativação ou feedforward. Entretanto, pessoas com dor lombar apresentam atraso nesta pré ativação, além disso, fatores psicossomáticos devem ser considerados no manejo da dor lombar como ansiedade e depressão. Também outro fator que compromete o tratamento do paciente é o medo de se movimentar e “agravar” a dor, conhecido como efeito nocebo. Aqui vou abrir parênteses sobre o efeito nocebo, pois este está associado à expectativa negativa do tratamento. Por muito tempo as pessoas acreditavam que a dor (qualquer que seja a origem) deveria ser tratada com repouso e medicamentos analgésicos. Atualmente já se conhece os efeitos benéficos dos exercícios físicos orientados na melhora da dor e da incapacidade funcional, além de que, os medicamentos têm efeito à curto prazo e não tratam a causa da dor. Apesar da maioria dos pacientes se beneficiar dos efeitos dos exercícios físicos no manejo da dor, alguns cursam sem a evolução do quadro e se questionam sobre a efetividade do tratamento, portanto outro ponto a se considerar é que muitos procuram o tratamento tardiamente. MÉTODO PILATES COMO TRATAMENTO DA DOR LOMBAR CRÔNICA O Pilates é um recurso de tratamento da dor lombar crônica com inúmeros estudos que comprovam a sua efetividade. Os exercícios na amplitude de movimento livre de dor são adaptáveis para cada indivíduo e progressivos, tudo sem causar lesão desde que orientado pelo profissional da área da saúde. No Pilates ocorre o retreinamento de músculos profundos, dentre eles: transverso do abdome, múltífidos e assoalho pélvico. Os exercícios vai desde um posicionamento de menor compressão articular (sem a ação da gravidade) até os movimentos funcionais e, a curto prazo já é possível se beneficiar dos seus efeitos num ambiente controlado e assistido como ocorre com o Pilates. Muitos instutores de Pilates se preocupam somente com exercícios de estabilidade do núcleo, e se esquecem de que quando a coluna lombar está hipermóvel (como nos casos de lombalgia), a região torácica compensa se tornando hipomóvel na tentativa de “estabilizar” a coluna lombar. Então os exercícios de mobilidade da coluna torácica em todos os planos (flexão, extensão, inclinação e rotação) devem ser incorporados nas sessões de Pilates. A revisão sistemática de Lin et al., (2016) com os descritores “Pilates” e “dor lombar” selecionaram 8 artigos randomizados com escala PEDro maior que 5 pontos, cujo objetivo foi comprovar o efeito do método Pilates na melhora da dor e da capacidade funcional de indivíduos com dor lombar crônica. Os autores concluíram que o Pilates foi efetivo na melhora da dor lombar e no aumento a capacidade funcional. Outro estudo de Fogleman (2016) selecionou 10 estudos clínicos randomizados com 478 pacientes com dor lombar crônica e concluiu que a curto e médio prazo o Pilates teve efeito positivo na melhora da dor e da incapacidade destes pacientes. A avaliação do paciente com dor lombar pode ser feita através do questionário Oswestry, este é composto por 10 sessões, cada uma com 5 alternativas de perguntas funcionais e pode ser reavaliado a cada semestre. Quanto maior o score, maior o agravamento do quadro de lombalgia crônica. EXERCÍCIOS DE MOBILIDADE DE COLUNA PARA DOR LOMBAR CRÔNICA Abaixo, foram selecionados 10 exercícios de mobilidade de coluna que podem ser utilizados nos pacientes com dor lombar crônica. Contudo, a correta prescrição destes exercícios deve ser feita somente após a avaliação do profissional envolvido com o quadro clínico do paciente, NÃO SENDO considerado protocolo de tratamento. 10 exercícios de mobilidade de coluna para a dor lombar crônica inespecífica: 1) Open Book/ Spine Twist Em decúbito lateral, com a cabeça apoiada no bloco de yoga, MMSS a frente do tronco com mãos unidas e MMII em flexão de quadris e joelhos, realizar a rotação de tronco com o olhar acompanhando a mão superior. • MMSS: membros superiores; • MS: membro superior; • MMII: membros inferiores. 2) Side to Side Em decúbito dorsal com MMII unidos, MMSS abduzidos na altura dos ombros, realizar a descida dos MMII, rodando a coluna lombar e a torácica baixa, retornar à posição inicial. A progressão deste mesmo exercício pode ser feita com os MMII na cadeirinha (90 graus de flexão de quadris e joelhos), esta variação é indicada para os pacientes que conseguem manter a ativação do powerhouse e que não sintam desconforto na lombar durante a execução. Variação 3) Roll Down Em sedestação com a overball na altura da coluna lombar e a torácica, pés apoiados no solo e MMSS com flexão de ombros a 90 graus, realizar a flexão da lombar (round back) e extensão da torácica sobre a overball. Pode ser realizada a rotação de tronco simultâneo com a extensão, abduzindo um MS. 4) Rotação de Tronco na Bola I Sentado sobre os calcanhares e segurando a bola na altura dos ombros, realizar a rotação do tronco sem movimentar as mãos da bola e retornar ao centro, realizar a rotação pra o lado oposto. Este exercício é contra-indicado para algumas lesões em joelhos e ombros. 5) Rotação na Bola II Este exercício é a variação do anterior, com os joelhos alinhados com os quadris, segurando a bola na altura dos ombros, realizar a rotação de tronco sem mover as mãos da bola. Esta variação é indicada para pacientes que tem boa consciência corporal e controle do powerhouse. Este exercício é contra-indicado para algumas lesões em joelhos e ombros. 6) Spread Eagle Em pé segurando a barra vertical do Cadillac com os cotovelos a 90 graus de flexão e pés apoiados em dorsiflexão, realizar a mobilidade de coluna em flexão a partir da cervical, torácica e lombar. Manter a coluna neutra e retornar à posição inicial mobilizando a coluna em flexão a partir do cóccix. Caso o paciente não sinta desconforto na lombar, pode terminar a mobilidade com a 7) Knee Stretch Round Ajoelhado de frente para a barra fixa, cotovelos em extensão, realizar a mobilidade da coluna em flexão, depois manter a neutra de coluna e retornar mobilizando a coluna em flexão. Este mesmo exercício pode ser feito flexionando os quadris. Variação 9) Mobilidade na Meia Lua Sentado sobre o reformer com a meia lua próxima à pelve, antepés apoiados na barra e ombros a 90 graus de flexão, realizar a flexão de lombar e extensão da torácica, retornar a coluna neutra, pressionando os ísquios contra o carrinho. 10) Knee Stretch Round Ajoelhado no reformer com as mãos na barra e os pés em dorsiflexão apoiados nas ombreiras, realizar a flexão de tronco a partir da coluna cervical, manter na coluna neutra e retornar flexionando a coluna a partir do cóccix até a posição inicial de coluna neutra. CONCLUINDO Espero que você possa se beneficiar do método Pilates na tríade do corpo, da mente e do espírito, em busca da melhora da função e da dor lombar. Concluo com a frase do Joe Pilates que dizia: “Pilates desenvolve um corpo uniforme, corrige posturas erradas, restaura a vitalidade física, vigora a mente e eleva o espírito”. SEIS EXERCÍCIOS PARA TRATAR A CERVICALGIA UTILIZANDO O MÉTODO PILATES SEIS EXERCÍCIOS PARA TRATAR A CERVICALGIA UTILIZANDO O MÉTODO PILATES Escrito Por Gabriela Zaparoli A dor na região cervical da coluna, chamada de cervicalgia, atinge cerca de 18% da população geral e pelo menos 30% da população mundial apresentará sintomas no decorrer da vida. No Brasil, a estimativa é que 55% da população um dia irá sentir os sintomas, sendo que destes, 12% das mulheres e 9% dos homens terão cervicalgia crônica. Segundo um artigo publicado pela Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação e a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, a cervicalgia é causa comum de dor na população geral com prevalência de 10% a 15%. E o método Pilates pode ser muito eficaz para o tratamento desses sintomas, nesse texto vamos apresentar dicas de exercícios para você adaptar hoje mesmo com seus alunos. Confira! CAUSAS E SINTOMAS DA CERVICALGIA A cervicalgia costuma ser insidiosa, sem causa aparente. Mas raramente se inicia de maneira súbita, em geral está relacionada com movimentos bruscos do pescoço, longa permanência em posição forçada, esforço ou trauma e até mesmo alterações da ATM (articulação têmporo-mandibular). O paciente com cervicalgia geralmente relata uma melhora quando está em repouso e exacerbação da dor com o movimento. A fadiga localizada na musculatura que estabiliza a coluna pode ocorrer com a atividade repetitiva ou esforço intenso. Há uma chance maior de lesão nas estruturas de suporte da coluna quando há fadiga dos músculos estabilizadores. Desequilíbrios entre força e flexibilidade e força da musculatura de ombro e pescoço produzem forças assimétricas sobre a coluna e afetam a postura. A maioria das pessoas que sofre estresse postural na cabeça e no pescoço, sente tensão e fadiga nos músculos extensores cervicais (trapézio superior e eretor cervical da espinha), assim como nos músculos levantadores da escápula (que mantêm a postura das escápulas). O paciente com dor cervical pode apresentar vários padrões de dor. A dor pode ser somente na face posterior do pescoço, como também pode acometer algum dos lados dos músculos trapézio, supraespinhoso, romboide e escaleno. Ela também pode ser referida na face inferior da mandíbula, dentes e causar cefaleia. PILATES APLICADO A CERVICALGIA Os pacientes portadores de cervicalgia vão procurar o Pilates já na fase subaguda da patologia, onde ele apresenta dor apenas quando uma carga excessiva é colocada sobre os tecidos vulneráveis. Isso compromete a postura e falta de consciência postural, além da da mobilidade, mau controle neuromuscular dos músculos estabilizadores (diminuição da resistência muscular e da força), descondicionamento geral, instabilidade para realizar algumas AVD’s, dificuldades para realizar AVDI por períodos extensos e mecânica corporal defeituosa. Nessa fase devemos educar o paciente no autocuidado e em como diminuir os episódios de dor, trabalhar consciência e controle do alinhamento postural, mobilidade articular e muscular fortalecimento muscular para estabilizar e dar resistência à fadiga. EXERCÍCIOS DE PILATES PARA CERVICALGIA Abaixo vou descrever alguns exercícios que faço com meus alunos com cervicalgia no meu Studio. 1 – Ativação e Treinamento dos Extensores Cervicais Baixos e Torácico Alto. Paciente em decúbito ventral com testa apoiada no Mat ou pode ser no Cadillac caso o paciente não consiga deitar no chão. Os membros superiores ficam posicionados lateralmente ao tronco. Solicitar ao paciente durante a expiração, que ele faça a menção do movimento de elevar a testa do Mat, mas sem realizar o movimento, apenas a contração isométrica, e relaxar na inspiração. Se não houver dor, solicite que ele levante a testa do Mat (na expiração), mantendo o queixo encolhido e os olhos focados no Mat para manter a posição neutra da coluna. O movimento deve ser pequeno. 2 – Ativação e Treinamento dos Flexores Profundos do Pescoço. Paciente em decúbito dorsal com os joelhos flexionados e os membros superiores apoiados lateralmente ao tronco. Para flexão craniocervical ensine o paciente a realizar movimentos de aceno de cabeça lentos e controlados sobre a coluna cervical alta (movimento do “sim”). Os movimentos são pequenos e leves evitando compensações. Instruções: Na inspiração realizar uma leve extensão de cabeça e na expiração uma leve flexão de cabeça. 3 – Mobilização Cervical com Auxílio da Overball. Paciente deitado em decúbito dorsal, com os joelhos flexionados e MMSS posicionados lateralmente ao tronco. Colocar uma Overball murcha, mas ainda com ar dentro, na região entre o pescoço e a cabeça (occiptal). Instruções: Na expiração solicite ao paciente que realize o movimento de rotação da cabeça para a direita e para esquerda. O movimento deve ser lento e leve. Pode também solicitar movimentos circulares da cabeça, o movimento deve ser bem pequeno e leve para evitar compressão e compensações. Movimentos circulares horário e anti – horário. 4 – Organização Escapular Paciente deitado no Cadillac com a cabeça embaixo da barra torre. A barra torre deve estar elevada utilizando duas molas uma leve e uma moderada vindas de cima. O paciente irá segurar na barra com as duas mãos mantendo o alinhamento dos ombros. Instruções: O movimento realizado será retração e protração dos ombros. Na expiração solicitar que o paciente realize a retração e na inspiração a protração. Cuidado para o paciente não realizar elevação de ombros e/ou elevar a cabeça do apoio. Podemos progredir o exercício realizando o movimento da cabeça também, onde utilizaremos apenas uma mola moderada e o paciente irá segurar na barra apenas com uma das mãos. Inspirar fazendo a rotação da cabeça para o lado oposto do membro superior que está segurando na barra ao mesmo tempo em que realiza a protração do ombro. 5 – Swan na Chair Objetivos: ativar transverso do abdome para estabilizar a região lombo-pélvica, fortalecer oblíquos e eretores da coluna, glúteo máximo, ísquiotibiais, alongar cadeia anterior. Instruções: o Em decúbito ventral sob a Chair. Mãos no pedal. o Na expiração realizar extensão de tronco. o Na inspiração retornar à posição inicial. Para evoluir pode-se manter a extensão de tronco e realizar movimento de flexão e extensão de cotovelos. Observação: no início das aulas utilize a caixa extensora para apoiar os membros inferiores do aluno, para garantir movimentos sem compensações. Podemos trabalhar também no início das aulassomente a isometria, mantendo a extensão por dez segundos, realizando as respirações. 6 – Chest expansion no Cadillac Paciente ajoelhado no Cadillac de frente para as alças de mãos. No início utilizo molas leves e depois vou evoluindo. Solicite ao paciente que segure as duas alças de mãos. Objetivo: fortalecer membros superiores e mobilidade cervical. Instruções: Na expiração, mantendo a ação do powerhouse fazer extensão de ombros. Assim que o paciente aprender a realizar a extensão de ombros sem gerar dor e compensações, podemos solicitar o movimento de rotação de cabeça. Faz a extensão dos ombros na expiração, inspirar girando a cabeça para direita, expire retorne ao centro e inpire girando a cabeça para a esquerda. Na expiração retornar a cabeça ao centro e na inspiração volte à posição inicial. Esses são apenas alguns dos exercícios que realizo com meus pacientes portadores de cervicalgia. O Pilates trabalha a estabilização e a mobilização da coluna, melhorando a função nervosa e vascular do pescoço. O trabalho postural promove a organização da cabeça e pescoço, melhorando a consciência corporal e diminui o risco de lesões e recidivas. Melhora o ritmo escapulo-umeral corrigindo movimentos compensatórios, diminuindo assim a sobrecarga na região cervical. A respiração associada à ativação do power house promove o equilíbrio muscular, a fim de restabelecer o alinhamento do corpo como um todo, melhorando a dor cervical. CONCLUINDO É sempre importante lembrar seus alunos, que existem estudos mostram um efeito positivo da aplicação do método Pilates no tratamento de pacientes portadores de cervicalgia e que é sempre um bom método de tratamento. Por fim, espero que seja muito útil essa lista de exercícios e você possa contribuir para seu planejamento de aula para um aluno com cervicalgia. 7 EXERCÍCIOS DE PILATES PARA MELHORAR SUA DOR NA CERVICAL 7 EXERCÍCIOS DE PILATES PARA MELHORAR SUA DOR NA CERVICAL Escrito Por Érika Batista Com o estilo de vida atual, as lesões crônicas músculo-esqueléticas tendem a aumentar, tais como a dor na cervical. Cada vez mais precocemente as pessoas usam de modo desenfreado a tecnologia e o corpo padece. A dor na cervical é mais comum entre as mulheres adultas e economicamente ativas, e estimasse que entre 30 a 50% da população apresenta algum episódio de dor cervical, perdendo apenas para a queixa de dor lombar. Das crianças aos adultos, são horas utilizando os smartphones, tablets, computadores, e a interação com o mundo tecnológico é tanta, que esquecemos de viver e usufruir o mundo real. IMPORTÂNCIA MÉTODO PILATES PARA O CORPO Já parou para calcular quanto tempo por dia a sua cabeça fica projetada à frente, sobrecarregando a região cervical? Nosso crânio pesa em torno de 4 a 5 kg, contudo à medida que a flexão aumenta, o peso sobre a cervical também aumenta, podendo chegar em até 6x o peso da cabeça. Com isso aumenta a incidência de dor na cervical, nos ombros e braços. Recentemente li um texto da Thalyta Oliveira em que a autora dizia que estamos no caminho contrário à evolução humana. Nosso corpo foi rebaixado à “guardador de dor” e meio de transporte da cabeça. Infelizmente a maioria das pessoas só procura pelo tratamento depois de instalada a lesão e se esquece de prevenir as possíveis disfunções do corpo. As desculpas são inúmeras, mas quem realmente quer, se prioriza, consegue tempo e investe em si próprio, evitando assim uma possível dor na cervical. Esquecemos que nosso corpo estará conosco durante toda a vida e deveríamos respeitá-lo mais, gosto bastante da frase: Seu corpo, seu templo. O artigo da pesquisadora australiana Deborah Falla (2004) concluiu através da eletromiografia que pacientes com cervicalgia apresentam déficit neuromuscular dos flexores profundos. Estes músculos apresentam atraso na pré ativação (feedforward) durante os movimentos de MMSS, aumentando o risco de lesões na coluna cervical. Assim o método Pilates é um ótimo recurso no tratamento das cervicalgias. Os exercícios são adaptáveis para cada paciente, com a manutenção da lordose cervical e crescimento axial. Nele há ativação dos músculos profundos da coluna (músculos mais próximos das vértebras), e os benefícios do Pilates são a melhora da dor na cervical, fortalecimento dos músculos fracos (principalmente da região de ombros) e relaxamento muscular. AVALIAÇÃO DO PACIENTE Os profissionais da saúde que trabalham com o método Pilates nas disfunções da coluna cervical, sugiro avaliar o paciente através do questionário Neck Disability Index (NDI) e reavaliar a cada semestre. Este questionário é validado cientificamente e é composto por 10 sessões, cada uma com 5 opções em que deve ser marcado apenas um quadrado na opção em que mais se enquadra o quadro do paciente. O score máximo é 50, quanto maior o score, pior a condição da disfunção da cervical. Interpretação do NDI: o 0 a 4: nenhuma incapacidade; o 5 a 14: incapacidade leve; o 15 a 24: incapacidade moderada; o 25 a 34: incapacidade severa; o >35 : incapacidade completa. EXERCÍCIOS DE PILATES PARA DOR NA CERVICAL Abaixo foram selecionados 7 exercícios que podem ser utilizados na reabilitação dos pacientes com queixa de dor na cervical. Contudo, a avaliação criteriosa do profissional de saúde habilitado e a aplicabilidade adequada são funções do instrutor de Pilates. Exercício 1 1. O rolo é um ótimo acessório para a manutenção da coluna neutra. 2. Coloque-o na vertical da parede e apoie a região de cabeça, torácica e sacro com o paciente em agachamento em isometria. 3. Usando as tonning balls realiza rotação interna e externa dos ombros no plano escapular (45°). 4. Outra variação e realizar a abdução horizontal de ombros. Exercício 2 1. Ainda com o uso do rolo, agora disposto horizontal da borda do Cadillac. 2. O posicione abaixo das espinhas ilíacas anterosuperiores e a barra móvel parte da parte superior do Cadillac. 3. O paciente realiza a elevação e depressão dos ombros com a manutenção da coluna em neutra. Exercício 3 1. Em pé no lado externo do Cadillac, segurando as alças de mãos. 2. Realizar a rotação de tronco com elevação de um MS (flexão de ombro), enquanto o outro desce (extensão de ombro). 3. O olhar acompanha o punho que desce em direção ao ísquio. 4. Pode permitir que a pelve rode também com a coluna. Exercício 4 1. Ajoelhado de frente para as alças de mãos que devem estar com molas leves vindas de baixo. 2. Realizar a elevação dos ombros no plano escapular. 3. Este exercício pode ser feito em pé e com faixa elástica. Exercício 5 1. Sentado abaixo da barra fixa do Cadillac, com as molas bem resistentes vindo de cima. 2. Realizar a extensão de ombros com a flexão de cotovelos. 3. Caso o paciente não consiga manter a coluna neutra quando em extensão de MMII, realizar a abdução de quadris e solicitar que mantenha a pressão de MMII contra o Cadillac para ativar os músculos adutores de quadris. Exercício 6 1. Este exercício é mais avançado e requer mais consciência corporal do paciente. 2. Com MMII sobre a bola suíça, mãos apoiadas no solo. 3. Realizar a projeção do tronco à frente e retornar à posição inicial. Variação 1. Realizar a retração e protração escapular para fortalecimento de serrátil anterior. 2. Para facilitar este segundo exercício pode ser realizado em 4 apoios e sem o uso da bola. Exercício 7 1. Este exercício com acessório é excelente para todos os pacientes que sentem dor na cervical durante os abdominais de flexão de tronco. 2. Em decúbito dorsal com o magic circle (ou anel mágico) apoiado na região occipital, segurando com as mãos à frente da cabeça. 3. Realizar os exercícios de mat (solo) Pilates com a cervical apoiada. CONCLUINDO Espero ter contribuído com você ao tentar melhorar a dor na cervical, e termino a matéria com a frase de Sêneca: “É parte da cura o desejo de ser curado.” PILATES PARA HIPERLORDOSE LOMBAR PILATES PARA HIPERLORDOSE LOMBAR Escrito Por Bruna Mayer É cada vez mais comum encontrar pacientes com hiperlordose. Devido ao estilo de vida moderno o homem está mais propicio a patologia, principalmente devido ao trabalho e por passar a maior parte de seu tempo sentado, em uma posição em que os tecidos posteriores são forçados a alongarem-se em excesso, permitindo que o disco invertebral seja empurrado para trás. Esse fato se agrava com a má postura ao sentar-se, não apoiando as costas de maneira correta, ou simplesmente por utilizar cadeiras sem encosto. O aumento da curvatura região lombar da coluna vertebral é conhecido na área médica como hiperlordose lombar e, geralmente, aparece associada ao movimento de anteversão da pelve. Ele aparece como consequência de um desequilíbrio da dinâmica pélvica, como resultado de uma tensão muscular nos paravertebrais lombares e no psoas-ilíaco. DEFININDO A HIPERLORDOSE Chamamos de hiperlordose quando a lordose passa a ser considerada uma deformação com um ângulo superior a 60º na coluna vertebral, ou se está entre 40º e 60º na coluna lombar. O aluno com hiperlordose sofre com dores nas costas durante as atividades que envolvem principalmente a extensão da coluna lombar, como por exemplo, ficar em pé por muito tempo. Eis um erro extremamente comum no método Pilates: quando o isioterapeuta ou educador físico foca apenas no local da dor de seu aluno, ou seja, ele chega com uma dor local (ombro, por exemplo), o profissional foca apenas em trabalhar a musculatura envolvida desta articulação. Uma das maneiras de aliviar parcialmente a dor é a flexão do tronco, ou seja, o aluno prefere deitar ou se sentar quando sente a compressão. O diagnóstico precoce de deformidades na coluna ajudam em muito o prognóstico, ou seja, quanto mais cedo se detectar a hiperlordose, mais fácil fica para se tratar. A hiperlordose pode estar associada também a uma anteversão pélvica, no caso da lombar, ou uma proeminência da cabeça, na região da cervical. O Tratamento Nos casos que a curva é rígida, e é a origem da dor, a hiperlordose precisa de um tratamento, que não precisa ser necessariamente cirúrgico. Depois da avaliação médica e inicial a reabilitação pode incluir medicamentos para aliviar a dor, junto com o Pilates para que o paciente desenvolva força e flexibilidade e aumente o alcance do movimento. O paciente também pode usar coletes para controlar a evolução da curva e perda de peso. Em casos mais graves, a cirurgia pode ser indicada. O PILATES PARA REABILITAÇÃO A centralização, que é um dos princípios do método Pilates, tem como objetivo o fortalecimento do Power House (Centro de força) descrito assim por Joseph Pilates. Seu fortalecimento promove a proteção da coluna vertebral por ser composto pela musculatura do tronco como reto abdominal, oblíquos interno e externo, quadrado lombar. E, mais profundamente, o transverso abdominal, multifidos e paravertebrais, além dos glúteos máximo, médio, mínimo e assoalho pélvico, que estão intimamente ligados com a estabilização da nossa coluna vertebral. O músculo transverso abdominal é dos principais músculos do Power House e deve ser bem trabalhado no Pilates para reabilitação. Seu fortalecimento aumenta a pressão intra-abdominal, fazendo com que haja uma descompressão nas vértebras lombares, por promover o crescimento axial. O princípio da respiração, associado ao princípio da centralização do método Pilates, aumenta o nível de ativação dos músculos abdominais em relação ao mesmo exercício sem a realização dessa mecânica respiratória exigida no método. Partindo deste conhecimento, podemos concluir que, para uma ativação efetiva do Power House, deve-se a partir da respiração realizada corretamente de acordo com o método Pilates, sendo que um princípio está intimamente ligado ao outro. EXERCÍCIOS DE PILATES PARA A HIPERLORDOSE Os músculos, em geral, sobrecarregados pelas ações do dia a dia, podem ser tratados em diferentes exercícios do Pilates – mas o cuidado com a biomecânica se torna essencial para um bom resultado terapêutico. Por isso, separei dois exercícios que irão nos ajudar a alongar e sanar a tensão desses músculos. Vamos ao alongamento do psoas ilíaco: alongamento do psoas no Ladder Vamos alongar a região lombar: alongamento dos paravertebrais no Reformer A hiperlordose deve ser tratada sempre em sessões de Pilates para reabilitação, onde o profissional saiba adequadamente como tratar o paciente. No entanto alguns cuidados devem ser tomados ao montar uma aula para alguém com hiperlordose: o Os movimentos devem ter uma amplitude pequena no primeiro momento. A primeira, segunda e terceira repetição pode apresentar um pouco de dor, mas ela deve diminuir e desaparecer conforme o corpo se movimenta. Caso a dor esteja aumentando, o movimento deve ser trocado ou adaptado. o Sempre devemos orientar o aluno para avisar o profissional caso a região afetada esteja incomodando ou a dor esteja piorando CONCLUINDO Muitos profissionais e instrutores do método Pilates se perguntam se podem utilizar o método em um indivíduo com dor aguda. O Pilates pode ajudar de forma eficaz todos aqueles que estão sofrendo em crise de dor, porém, esse trabalho deve ser muito cuidadoso e adequado para que não haja um agravamento no quadro inflamatório. Não se esqueça de dar um feedback para seu aluno após cada aula, assim ele poderá ter uma ideia de como sua lesão está sendo tratada. COMO REALIZAR TRATAMENTO DA ESCOLIOSE ATRAVÉS DO MÉTODO PILATES COMO REALIZAR TRATAMENTO DA ESCOLIOSE ATRAVÉS DO MÉTODO PILATES Escrito Por Sandra Battello A Escoliose é uma das patologias mais comuns em um Studio de Pilates, e o número de alunos com os sintomas pode ser muito grande, principalmente se ela for diagnosticada apenas na hora da avaliação. Assim o Método Pilates é uma ótima opção para o Tratamento da Escoliose. Nesse artigo irei abordar todas as informações necessárias para entender e tratar essa patologia que acomete muitas pessoas. DEFINIÇÃO DE ESCOLIOSE A escoliose é um desvio lateral da coluna, acompanhada da rotação dos pontos vertebrais e toda a vértebra. É um desvio tridimensional da coluna vertebral, curvatura lateral no plano frontal, rotação no plano horizontal e flexão no plano sagital, por isso deve ser realizado um tratamento da escoliose. Nas radiografias o desvio da coluna se observa em plano frontal e os setores da coluna onde existe um desvio lateral da coluna vertebral com rotação dos pontos vertebrais, e mudança estrutural das vértebras que formam a curva e desvios dos pontos vertebrais. A coluna sofre uma deformidade completo de dois componentes: uma curva lateral e uma rotação vertebral. As apófises espinhosas rotam para o lado da concavidade, agrupando entre si as costelas do lado côncavo, podendo deslocar para a frente, enquanto os corpos vertebrais rotam até o lado da convexidade, as costelas se deslocam para trás, aumentando a prominência posterior à corcunda, provocando uma deformação assimétrica do tórax. Os espaços discais se contraem, os pontos vertebrais se pressionam, as lacunas ficam enxutas do lado côncavo, os espaços discais se alargam, as lacunas engrossam e alargam o lado convexo, e se deforma também o canal vertebral. A rotação vertebral curva o hemotórax, enquanto eleva o hemotórax até o local que rota o ponto vertebral, desta maneira explicando a corcunda nos pacientes necessitando assim o tratamento da escoliose. TIPOS DE ESCOLIOSE: ESTRUTURAIS OU FUNCIONAIS Escoliose Estrutural A escoliose estrutural está sempre acompanhada da rotação dos pontos vertebrais, a curva não mostra mobilidade normal, é um segmento vertebral que perdeu sua flexibilidade natural em movimentos de inclinação lateral e flexão. Há uma afetação do tecido ósseo, e nas radiografias se observa a forma de S da coluna vertebral. A corcunda se mantém ou aumenta até o dorso converso do paciente, ao realizar avaliação com a Manobra de Adams. Etiologia – Escoliose Estrutural A escoliose estrutural pode ser: o Congênita; o Neuropática; o Miopática; o Idiopática: são de etiologia desconhecida e constituem 90% das escolioses, são as mais frequentes e podem ter um fator genético, mas frequente em mulheres saudáveis e púberes, se classifica em 3 grupos, infantil (0 a 3 anos), juvenil (3 a 10 anos) e adolescente (depois dos 10 anos de idade) sendo esta última a mais frequente. Não apresenta sintomas de dor. O tratamento da escoliose consiste principalmente em prevenir o avanço da deformidade. A escoliose estruturada é sempre progressiva durante os anos de desenvolvimento ósseo, especialmente durante o surto de crescimento da pré adolescência. A deformidade se acentua ainda mais nos casos congênitos e neurológicos, onde a deformidade irá diminuir com a posição controlada. Escoliose Funcional A escoliose funcional são não estruturadas ou pseudoescoliose, o desvio da coluna não acompanha a rotação dos pontos vertebrais, a coluna é flexível ao realizar os movimentos de flexão e inclinação, a curva da coluna tende a desaparecer ao realizar a Manobra de Adams. Nas radiografias se observa a forma C. Etiologia – Escoliose Funcional o Desigualdade ou dissimetria de membros inferiores; o Atitudes viciosas do quadril; o Sintomatologia dolorosa ou antálgica; o Escoliose histérica; o Atitude viciosa habitual. TIPOS DE ESCOLIOSE: POR SUA LOCALIZAÇÃO Segundo o setor vertebral em que estão situados e o lado da convexidade: o Cervical; o Cervicotorácica; o Torácica; o Thoracolumbar; o Lombar; o Lumbosacra. 99% são torácicas, thoracolumbar ou lombar. ESCOLIOSE IDIOPÁTICA Medição das Curvas Escolióticas A curva Escoliótica tem os seguintes elementos: o Curva Primária ou Principal É a primeira a aparecer, a mais estruturada com vértebras mais rodadas e acunhadas. o Curva Secundária ou Compensatória Se forma por cima ou por baixo da curva primária, tentando manter o equilíbrio corporal. o Ápice Ponto da curva mais distante da linha média, sobre a vértebra apical. o Vértebra ápice ou apical Vértebra mais distante da linha média, é a mais rotada e acunhada. o Vértebra limite Vértebra no extremo superior ou cefálica e inferior, ou caudal da curva. o Vértebra neutra Por cima das vértebras limite. A medição da curva escoliótica se realiza mais comumente com o Método de LIPPMAN-COBB, com a finalidade de conhecer a magnitude das curvas quando se inicia o estudo de um paciente, controlar o progresso da evolução das mesmas, e avaliar os resultados do tratamento da escoliose que foram realizados. SINAL DE RISSER O sinal de Risser determina o fechamento das cartilagens de crescimento, mede o grau de ossificação e determina a idade fisiológica. Nas Escolioses Idiopáticas e mais ainda nas mulheres antes da menarca, quanto mais precoce é o começo de uma escoliose, menor o sinal de Risser e maior o ângulo de LIPPMAN-COBB, maiores possibilidades tem de chegar a graus sérios. As curvas menores de 20° – depois do fechamento da cartilagem, aproximadamente aos 16 anos de idade – raramente evoluem. Uma menina de 11 anos com um ângulo de 30°, tem 90% de risco de evolução da deformidade. As curvas podem aumentar seu tamanho enquanto a coluna vertebral segue crescendo em altura, quando este crescimento se detém, marca o fim da possibilidade de evolução de uma escoliose idiopática, esta medição se efetua com o sinal de Risser, que se mede na crista ilíaca desde a frente de EIAS até atrás de EIPS e vai desde Risser 0 à Risser 5. TRATAMENTO DA ESCOLIOSE O tratamento da escoliose idiopática leve, com valores angulares inferiores aos 20°, flexível, deve ser controlar periodicamente a cada 6 meses para avaliar sua evolução e tratada com exercícios posturais e alongamento. Já o tratamento da escoliose entre 20° a 40°, com progressão da curva e anos de crescimento passados, deve ser tratar com o corset de Milwaukee, Boston, Charleston, mais exercício físico. O corset deve ser utilizado enquanto a coluna está flexível até a estabilização definitiva da mesma. Ele não é um endireitador de curvas, ele apenas atua controlando o crescimento da coluna vertebral em ordem do tratamento da escoliose. No caso de uma escoliose maior do que 40°, ela deverá ser tratada cirurgicamente com uma artrodese da coluna, imobilizando a coluna vertebral, para impedir a progressão da curva. ANÁLISE POSTURAL E MANOBRA DE ADAMS A escoliose deve ser detectada quando precoce, tratando as curvas o mais cedo possível, evitando que se enrijeçam, estruturadas ou acelere sua progressão no tratamento da escoliose. As curvas graves podem afetar a capacidade respiratória pela deformidade do tórax facilitando infecções, asma e outros problemas respiratórios; aumento da deformidade, alterações cardíacas, dor nos adultos com o decorrer do tempo e por ação da força da gravidade e degeneração, compressão nervosa, problemas digestivos como esofagite. As curvas lombares tendem a uma maior deformação, enquanto que as torácicas tendem a uma menor deformação pelo segmento da coluna com menor mobilidade. Essa patologia, aparte da deformidade, é assintomática e devemos realizar uma análise postural estática e dinâmica, avaliar com a linha da coluna, avaliar com a manobra de ADAMS, avaliar a flexibilidade e mobilidade da coluna vertebral, para assim realizar o tratamento da escoliose. AVALIAÇÃO DA LINHA DE PRUMO Avaliar com uma linha de prumo ou imaginária: buscar assimetrias preferentemente nos ombros, escápulas, o triângulo da cintura, e a pélvis. o Vista de Frente: a linha de prumo atravessará o centro do crânio, entrecenho, ponta do nariz, linha média do mento, pontos vertebrais da coluna cervical, médio do esterno, umbigo, média sínfise publica, e cai dentro da base de sustentação. o Vista de Trás: a linha de prumo passará pelo centro da cabeça, apófise espinhosa, linha glútea e dentro da base de sustentação. o Vista Lateral: a linha de prumo ligeraimente posterior ao ápice da sutura coronal, através do conduto auditivo externo, corpo de 4°/5° vértebra cervical, médio do ombro por acromion, pontos das vértebras lombares, trocânter maior, ligeiramente anterior ao joelho, 1cm em frente ao maléolo externo. MANOBRA DE ADAMS Observar desde a parte de trás do aluno, a flexão da coluna vertebral, detectar a deformação da coluna ou da corcunda, lado até onde o ponto vertebral rota. O lado de convexidade será o que observaremos na manobra, esse lado estará mais alongado e menos forte em relação ao lado oposto. Avaliação da Mobilidade da Coluna Vertebral Desde a vista lateral, observar durante a flexão da coluna zonas com pouco mobilidade articular. OBJETIVO DO TRABALHO COM PILATES Geralmente, os alunos que concordam em ir à um Studio de Pilates, apresentam escolioses leves, idiopáticas ou funcionais. A principal ferramenta para avaliar corretamente um aluno é a manobra de ADAMS, além de uma análise postural, detectar o lado dominado do corpo para alonga-lo e trabalha-lo no lado dominante para fortalece-lo. Determinar se a escoliose é estrutural ou funcional. Quando ela é estrutural, não existe um tratamento para a escoliose, nós só podemos evitar o avanço da deformidade, já que há uma alteração do tecido ósseo, dada pela rotação da vértebra no setor da curva escoliotica. A melhoria na escoliose é muito pequena, já que está afetando o tecido ósseo além do muscular. Quando a escoliose é funcional, além de evitar o avanço da deformidade, saberemos tratar de detectar à que ela obedece, por exemplo: se é antálgica por uma dor de outra patologia, como uma discopatia, então deveremos focar nessa patologia primeiro, para então avançar sobre a escoliose que irá diminuindo à medida que Nas escoliose funcional, que é flexível, não há alteração óssea, a menos que esteja estruturada e a coluna tenha perdido sua flexibilidade. O tratamento da escoliose deve buscar equilibrar as tensões musculares de ambos os lados da escoliose com alongamento axial. Detectar se existem compensações, retrações provocadas pela fáscia do tecido conectivo. Perguntar ao aluno quais são suas atividades da vida diária, tipo de trabalho que realiza, analisando se se mantém em uma postura determina e esta é a causa de uma atitude escoliotica. Pedir exames prévios, certificados médicos. O objetivo do trabalho com o Pilates em um tratamento da escoliose, será evitar que continue a deformidade, diminuir a escoliose se é funcional, dar mobilidade, flexibilidade, desrotacionar a coluna no sentido corretor da escoliose, manter a posição de correção com fortalecimento muscular e funcionalidade da coluna vertebral, transferindo o aprendido à vida cotidiana e laboral. Trabalhar sobre: o Estabilidade da cintura pélvica e cintura escapular. Trabalhar em posição neutra. o Mobilização e flexibilização da coluna vertebral nos 3 planos de movimento. Buscar flexibilidade e mobilidade da coluna no sentido corretor, abrindo as costelas do lado encurtado. Uma vez que se alcançou mobilidade e flexibilidade, quando o aluno é consciente da posição correta, se aplicam exercícios de fortalecimento na posição de correção e alongamento axial. o Fortalecer o centro do power house para criar um corset muscular natural, e alongamento axial com ativação dos músculos paravertebrais. o Trabalhar em forma tridimensional, nos 3 planos de movimento com componente rotatório. o Trabalhar sobre os músculos que estão encurtados e fortes no lado da concavidade e os alongados e fracos (geralmente essa é a regra) no lado da convexidade, buscando alongar o lado curto ou côncavo, onde os músculos estão encurtados e fortalecer o lado largo ou convexo da escoliose onde os músculos estão alongados. Deve procurar equilibrar as tensões musculares de ambos os lados da escoliose, especialmente com o alongamento axial que ativa os músculos paravertebrais. Primeiro obter flexibilidade e propriocepção com o sentido corretor da escoliose, logo trabalhar o fortalecimento. Utilizar contrações lentas que se mantém, ou contrações isométricas assistidas com a respiração. o Trabalhar com a respiração para aumentar a capacidade respiratória, principalmente do lado encurtado buscando um efeito corretor da coluna e da caixa torácica. Buscar desrotacionar a coluna, flexibilizar músculos, fáscias e ligamentos por meio da respiração. o Se a escoliose é em forma de S, se trabalha com a curva principal ou a maior, logo a curva menor segue a maior. o Se além da escoliose há cifose, fortalecer o centro abdominal, espinhal e solo pélvico, irá corrigindo a cifose e trabalhar com movimentos necessários para a escoliose. o Se a escoliose está artrodesada, esse setor da coluna não tem mobilidade, ou tem mobilidade escassa, mas as zonas adjacentes superiores e inferiores são hiper móveis, podem apresentar dor, focar nessas zonas. o Assistir o aluno no alongamento do lado encurtado. Realizar inspirações sustentando e aumentando o comprimento desse lado encurtado, aplicar a técnica de streching resulta em muita efetividade. o Trabalhar com consciência corporal, imagem corporal e propriocepção, adotar e manter um alinhamento correto da postura não somente durante as aulas de Pilates, sendo que deve ser transmitido às atividades da vida diária melhorando sua funcionalidade. o Utilizar as partes de um exercício determinado de Pilates, que vai à direção correta do que se busca. o Trabalhar e considerar o aluno como um todo, programar e planificar o trabalho em forma integral, avaliar o aluno em diversas posições tanto estáticas como dinâmicas, em posições de decúbito, quadrupeda, rolados, sedestação, bipedestação, marcha, atividades cotidianas e laborais. TRABALHANDO COM HIPERCIFOSE NO PILATES TRABALHANDO COM HIPERCIFOSE NO PILATES Escrito Por Andréia Souza A hipercifose torácica é o aumento da curvatura na região das vértebras torácicas, pode ser patológicaou postural, neste texto iremos abordar a questão postural, influi diretamente no agravo da doença. Costuma ser mais frequente em mulheres, mas na realidade não é definida como uma patologia da coluna e sim uma posição em que o indivíduo realiza em suas atividades do dia a dia é que pode ser a causa dessa curvatura. Como podemos observar abaixo, um indivíduo com Hipercifose torácica apresenta também outras alterações posturais que devem ser levadas em consideração durante a prescrição dos exercícios. A seguir, iremos observar como essa patologia ocorre no corpo e como corrigir esse problema de forma eficaz. APRESENTANDO A HIPERCIFOSE Analisamos e definimos a patologia a partir de traços muito específico e visíveis no aluno, sua postura mostra claramente o problema, como na foto a seguir: A projeção da cabeça para frente, ombros em rotação interna, hiperlordose lombar e pelve em retroversão estão entre as alterações mais comuns. A seguir algumas imagens com dicas de exercícios a serem trabalhados na hipercifose torácica. COMO TRATAR A HIPERCIFOSE Nesta primeira imagem é necessário ressaltar a importância de trabalhar com a coluna neutra, ou seja, mantendo as curvaturas fisiológicas da coluna vertebral com fins de proporcionar consciência corporal, adequando tal posicionamento em todos os exercícios e consequentemente ao dia-a-dia. Exercícios que visam a estabilidade da coluna cervical e extensão da coluna torácica podem ser aplicados a indivíduos com Hipercifose torácica para fortalecer a musculatura estabilizadora da coluna cervical e ganhar mobilidade em extensão da coluna torácica. Exercícios que combinam rotação e extensão da coluna torácica auxiliam no ganho de mobilidade da coluna torácica, além de realizar a rotação externa do ombro, realizando também o alongamento da cadeia anterior do tronco que se encontra encurtada devido a rotação interna e protusão do ombro. Exercícios visando o fortalecimento do power house ou core, além de manter a coluna neutra trabalham também a consciência corporal. O trabalho de mobilidade integrada também se faz importante, neste caso podemos trabalhar mobilidade de ombro e cadeia lateral do tronco. Exercícios para trabalho da musculatura estabilizadora da cintura escapular iram auxiliar na melhora da postura e fortalecimento de membros superiores. Integrar força de membros superiores, flexibilidade e postura é tudo que um indivíduo com Hipercifose precisa. A posição dos ombros em rotação interna, além das alterações na coluna vertebral, corroboram com menor força nos membros superiores, além de sensação de cansaço nos membros superiores. Além disso, a manutenção da postura se torna extremamente exaustiva podendo levar a fadiga da musculatura estabilizadora rapidamente. Uma dica que pode contribuir para diminuir esta fadiga é alternar os decúbitos, para então mais tarde prolongar o tempo de estimulo para manutenção da postura, com exercícios que visam a resistência muscular. Outro exercício indispensável é a prancha lateral, neste exercício trabalhamos o fortalecimento de membros superiores, estabilidade de ombro, cintura escapular e coluna vertebral, além da manutenção da postura. CONCLUINDO Ao trabalhar com Hipercifose torácica devemos priorizar a coluna neutra evitando exercícios que reforçam ainda mais o padrão de flexão da coluna torácica. Promover o equilíbrio entre mobilidade e estabilidade não só da coluna vertebral mas também de todas as articulações, desenvolver força e resistência muscular a fim de promover a manutenção da postura através também do fortalecimento do power house. PILATES PARA HÉRNIA DISCAL LOMBAR PILATES PARA HÉRNIA DISCAL LOMBAR Escrito Por Gabriela Zaparoli A hérnia discal lombar é considerada uma patologia extremamente comum, que causa séria inabilidade em seus portadores das hérnias discais lombares, 90% estão localizadas em L5-S1 e L4-L5, as mais comuns são as paramedianas e colateral direita ou esquerda. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 90% da população sofre, sofreu ou sofrerá de problemas da coluna. Cerca de 5,4 milhões de brasileiros sofrem de hérnia discal, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O Pilates tem sido procurado como método de tratamento por se mostrar bastante eficaz, tanto a longo como em curto prazo, atuando em todas as fases da hérnia discal lombar, proporcionando a cada uma delas a melhora dos sintomas do paciente e evitando as recidivas da patologia. DEFININDO A HÉRNIA DISCAL LOMBAR O termo hérnia refere-se a órgão (ou alguma parte de órgão) que sai do seu local de origem, naturalmente ou acidentalmente. Quando isso acontece parte do disco intervertebral sai da sua posição inicial e consequentemente comprime as raízes dos nervos que se ramificam a partir da medula espinhal e que se elevam da coluna espinhal. É esse processo que causa a dor. Acomete principalmente a coluna lombar e cervical. As hérnias cervicais aumentaram muito a incidência em função do estilo de vida atual com uso de smartphones, tablets e computador. A hérnia discal lombar extrusa é uma patologia que afeta os discos intervertebrais da coluna vertebral, que funcionam como verdadeiros amortecedores. A patologia ocorre quando existe um rompimento desse ânulo fibroso e o conteúdo gelatinoso interno, chamado de núcleo pulposo, sai através de uma fissura na membrana. A partir disso, as raízes nervosas que passam pelo espaço intervertebral comprimem-se, causando os sintomas clínicos característicos da hérnia discal. O TRATAMENTO O método costuma ser efetivo nas dores causadas pela hérnia discal porque os exercícios geram um maior afastamento entre as vértebras, graças a movimentos de alongamento. Os benefícios são adquiridos através da essência do método, que promove a estabilização da hérnia de disco, possibilitando uma vida saudável e sem dor. A postura melhora, os músculos adquirem maior tonicidade, as articulações tornam-se mais flexíveis e a forma do corpo torna-se mais equilibrada, ereta e alongada. Apenas 2 a 4% dos casos de hérnia têm indicação cirúrgica (síndrome da cauda eqüina, surgimento de déficits neurológico rápido progressivo). Atualmente as cirurgias para hérnia de disco lombar vêm evoluindo no sentido de se tornarem cada vez menos invasivas. Importância especial tem sido dada ao uso do microscópio cirúrgico e instrumental para microcirurgia (Simões, 2007), cirurgias percutâneas e endoscópicas (Martins, 2007). Fatores de Risco O excesso de peso e realizar atividades que demandam grande esforço físico são atividades que podem causar a hérnia de disco. Empregos que exigem movimentos repetitivos todos os dias também podem causar a patologia. Os fatores de risco para a hérnia discal são: o Genética; o Fraqueza muscular; o Obesidade; o Sedentarismo. PRECAUÇÕES O paciente com hérnia discal lombar que já se exercita deve continuar com sua rotina de movimentos de alongamento e fortalecimento muscular para a região lombar e cadeia muscular posterior, além de tomar os devidos cuidados com o posicionamento do corpo antes de levantar qualquer peso a partir do solo. A dica é manter os pés ligeiramente abertos e próximos ao peso, joelhos flexionados, costas retas e não levantar um peso maior do que esta posição permite. Alguns movimentos ou posições Devem ser evitados por pacientes com hérnia de disco o Flexão da coluna; o Flexão com rotação da coluna lombar, principalmente com carga; o Retroversão pélvica, principalmente com carga; o Fortalecimento de abdominais em retroversão. Alguns movimentos que podem gerar alívio da dor: o Dissociação coxo-femoral (pelve neutra) – melhorar a capacidade funcional; o Fortalecimento abdominal com pelve neutra; o Fortalecimento dos músculos paravertebrais; o Tração axial; o Estimular o períneo; o Extensão da coluna (fora do período doloroso). DOR AGUDA OU CRÔNICA? É muito importante sabermos as características da dor causada pela hérnia discal lombar, ou seja, se é aguda ou crônica. Essa distinção nos ajudará na escolha da melhor conduta. A dor aguda é proveniente de um episódio recente. O paciente lembra o acontecimento e a sequência dos fatos. São dores de prevalência tecidual causadas por trauma direto ou de esforço repetitivo que aparecem repentinamente e têm duração de até três meses. A dor crônica é aquela que se mantém por mais de três meses. Normalmente ela é recorrente e oriunda de fatores genéticos, das ocupações no trabalho, do sedentarismo, do estresse que as pessoas vivem atualmente. Ela pode ter iniciado por um episódio pontual. AS AULAS DE PILATES As primeiras aulas devem ser voltadas para o aprendizado da contração correta do transverso do abdômen e o multífido lombar. Devemos iniciar com um programa seguindo as etapas do modelo de exercícios de estabilizaçãosegmentar vertebral, desenvolvido por Richardson, Hodges e Hides que é dividida em três estágios: cognitivo, associativo e automático. o Cognitivo: educar a maneira correta da contração da musculatura estabilizadora. o Associativo: o objetivo é manter a contração destes músculos ao mesmo tempo em que são realizados movimentos dos membros e do tronco. Nesta fase inicia-se o treino de AVD’s. o Automático: realização de exercícios que proporcionem desafios e gestos esportivos, realizados com cuidado para assegurar que não haja compensação. Apesar de um grande número de profissionais da saúde utilizar o Pilates na prática clínica, há ainda uma carência de evidências científicas quanto aos fenômenos associados a esse método no campo da reabilitação. (Anderson, 2000). CONCLUINDO O tratamento com o Pilates para pacientes com hernia de disco lombar ajuda porque começa educando a maneira correta da contração da musculatura estabilizadora. Não se esqueça de antes de começar as aulas de Pilates, verificar qual é a condição da lesão, e no decorrer, ver em quais movimentos seu paciente responde melhor. Espero que esse artigo te ajude, e não esqueça de compartilhar suas experiências com esse tratamento! 5 EXERCÍCIOS DE MOBILIZAÇÃO PÉLVICA PARA TRATAMENTO DA DOR LOMBAR 5 EXERCÍCIOS DE MOBILIZAÇÃO PÉLVICA PARA TRATAMENTO DA DOR LOMBAR Escrito Por Camila Lazarin Gallina Quando abordamos o assunto dor lombar, já nos deparamos com números que nos assuntam um pouco. Em alguma época da vida, de 70 a 85% de todas as pessoas sofrerão de dores nas costas. Segundo Teixeira cerca de 10 milhões de brasileiros ficam incapacitados por causa desta morbidade e pelo menos 70% da população sofrerá um episódio de dor lombar . A lombalgia é uma das principais patologias ortopédicas que atinge grande parte da população afetando 80% das pessoas, sendo a causa de dor mais comum e de limitação física em indivíduos com menos de 45 anos que procuram todos os dias por um Studio de Pilates. É uma doença multifatorial, traumática ou atraumática, que pode vir associada ou isolada como, por exemplo, uma lesão muscular, uma dor referida devido a uma espondilólise ou listese, hérnia discal, entre outras, por isso saber a causa é o passo inicial para o tratamento. IMPORTÂNCIA DOS MOVIMENTOS DO QUADRIL Atualmente, alguns autores identificaram a instabilidade do segmento lombar como um importante fator envolvido no fator causal da patologia. Abordando assim as disfunções sacro-ilíacas e as síndromes de hipermobilidade lombar e/ou hipomobilidade pélvico, causado pelas alterações da coordenação paravertebral e do ritmo lombo-pélvico. E é essa hipomobilidade pélvica que iremos abordar neste texto. Então, vamos relembrar os movimentos realizados pelo quadril, que irão basear nosso tratamento para ganho de amplitude e mobilidade. Anteroversão É a posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-superiores é anterior ao plano vertical através da sínfise púbica. Retroversão Onde a posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-superiores é posterior ao plano vertical através da sínfise púbica. Além, é claro, dos deslocamentos laterais, importantes na fase da marcha e circulares, quando acontece a associação e sinergia dos movimentos acima descritos. HIPOMOBILIDADE PÉLVICA Sabido isso, conseguir identificar as compensações que acontecem devido a uma lombalgia, como a síndrome da hipomobilidade pélvica, através de uma boa avaliação biomecânica merece atenção especial. Quando, após a avaliação de quadril, conclui-se que existe um quadril hipomóvel sendo este o fator causal de lombalgia, precisamos pensar obviamente em aumentar a mobilidade desta região, para alívio dos sintomas e causa. Na ocasião de um quadril não realizar seus graus de liberdade com amplitude de movimento total, a lombar pode ficar sobrecarregada, instável e consequentemente enfraquecida, movimentando-se mais do que o necessário gerando desconforto, possíveis dores e prováveis lesões nesta região. Curioso, não? Devemos, portanto, saber como avaliar e tratá-la da melhor maneira, respeitando a amplitude de movimento para a individualidade de dor lombar de cada paciente, sejam eles de qualquer subgrupo álgico. A consciência corporal como princípio do Pilates na realização desses movimentos deve ser enfatizada, pois os dois primeiros movimentos da pelve, acima descritos, geram muitas vezes uma confusão por parte do paciente na hora da execução. É aí que o instrutor deve ter segurança e propriedade ao dar o comando verbal. Ser criativo nas opções de exercícios propostos para o paciente, o ajudará a entender o que deve ser feito. Nunca devemos nos esquecer, da importância do trabalho de fortalecimento segmentar para diminuir o desconforto da lombar. Exercícios com ativação do músculo transverso abdominal já obtiveram resultados satisfatórios, científica e clinicamente e quando associados ao aumento da mobilidade pélvica multiplicam-se os benefícios, devendo portanto, fazer parte predominante do tratamento e da prevenção no combate a essa patologia. APLICAÇÃO DO MÉTODO PILATES NA DOR LOMBAR Com a aplicação do método Pilates, podemos reabilitar qualquer uma dessas causas de resultante completamente satisfatória, seja ela uma dor lombar crônica ou aguda, se abordada de uma maneira correta com relação à elaboração e seleção dos exercícios. Com certeza, nos deparamos e ainda vamos dos deparar com muitos pacientes álgicos de lombar em nossa rotina de trabalho, que necessitam de atenção especial. A seguir, veremos alguns exercícios simples do solo/bola e aparelhos, que podem ser realizados com pacientes em crise álgica ou como manutenção do ganho de amplitude pélvica. São exercícios, que passam batidos nas sessões por serem muitas vezes, simples demais, porém com esses pacientes em específico vale e muito a pena investir o tempo inicial da sessão neles. Atenção para não os subjugar, pois são exercícios que exigem a tal famosa consciência corporal do paciente então manter a concentração é imprescindível. Vamos lá? EXERCÍCIOS DE PILATES PARA DOR LOMBAR 1. Mobilização em Solo 1) Posiciona-se o paciente em decúbito dorsal, com as mãos ao lado do corpo, joelhos e quadril em flexão. 2) Pedir uma inspiração inicial para o paciente e durante a expiração solicitar para realizar uma retroversão pélvica, com contração de glúteos e abdômen inferior, somente até que a quinta vértebra lombar deixe o contato com o chão, mantendo o crescimento axial em constante manutenção, distanciando as costelas das cristas ilíacas. 3) Solicitar uma anteroversão pélvica, realizando uma hiperlordose lombar, utilizando a contração dos paravertebrais. 4) Realizar uma inspiração final e durante a expiração, voltar a posição inicial e neutra da pelve em contato com o chão. 2. Mobilização em Gatas (The Cat) 1) Paciente posiciona-se em gatas com posição neutra de pelve. 2) Inspira-se inicialmente e durante a expiração, o paciente curva completamente a coluna contraindo o abdômen mobilizando todas as vértebras da coluna, desde coluna cervical, até a coluna lombar, com atenção especial para a cintura pélvica, na contração de glúteos para a manutenção da pelve em retroversão. 3) Em uma segunda expiração, solicita-se a extensão da coluna toda, com ênfase em anteroversão pélvica. 4) Após a terceira inspiração, volta-se a posição inicial neutra. 3. Mobilização na Bola 1) Paciente sentado na bola, com pés no chão e mãos abraçando os ilíacos para melhor feedback dos movimentos. 2) Solicita-se ao paciente uma inspiração em posição neutra de pelve, e na expiração orienta-se um deslocamento lateral aproximando o ilíaco das costelas de maneira uni-lateral, voltando na inspiração a posição neutra. 3) Durante uma segunda expiração pede-se um deslocamento lateral para o outro lado. Nesta posição inicial também podemos solicitar ao paciente para realizar o movimento de antero e retroversão isolados. E também um exercício em três dimensões, realizando movimentos circulares, onde conseguimos uma movimentação completa da pelve em ante/retroversão e desloca-mento latero/lateral. 4. Mobilização deitado em decúbito dorsal no Cadillac 1) Paciente deitado em decúbito dorsal, sobre a cama do cadilac trapézio, com as mãos ao lado do corpo, pernas em extensão e com os pés na alça. 2) Preparar o exercício com uma inspiração inicial, durante a expiração solicitar uma ponte de quadril. 3) Em uma segunda expiração, desloque as duas pernas juntas para um dos lados, realizando uma flexão lateral ipsilateral do tronco. Na terceira expiração realize-a para o lado contralateral. 4) Volte para a psição neutra da ponte, e desça desenrolando a coluna. 5. Mobilização em pé/ajoelhado no Cadilac (Spine Stretch) Neste exercício, o paciente pode realizar tanto em pé, quanto ajoelhado. O alongamento em pé irá exigir um ganho de flexibilidade associado ao exercício, o que nos permite fazê-lo em pacientes de nível intermediário. Já a posição de ajoelhado, enfatiza mais a mobilização do quadril, e pode ser realizado desde o nível iniciante para melhor visualização e compreensão do exercício proposto pelo paciente. 1) Paciente posiciona-se em pé/ajoelhado sobre o Cadilac Trapézio, segurando com as mãos na barra torre. 2) Realiza inspiração com a pelve neutra, preparando para o movimento. 3) Durante a expiração, realiza-se uma flexão de tronco com retroversão pélvica, até sentir um pequeno alongamento de posteriores de membros inferiores, posteriormente alongue a coluna realizando uma anteroversão pélvica, reforçando a hiperlordose lombar. 4) Inspire mais uma vez, e na expiração retorne com retroversão pélvica e desenrole a coluna até a posição inicial neutra. CONCLUINDO Com esses exercícios conseguimos estabilizar a lombar instável e aumentar a mobilidade pélvica necessária para melhorar a condição do paciente. A progressão e regressão ficam a cargo do instrutor. Clinicamente, tenho um resultado muito bom quando associo a mobilidade pélvica e vertebral ao meu tratamento de dor lombar, espero que vocês também tenham um feedback positivo. COMO TRATAR COLUNAS RETIFICADAS COM PILATES COMO TRATAR COLUNAS RETIFICADAS COM PILATES Escrito Por Janaína Cintas Como já sabemos Joseph Pilates e todos seus contemporâneos, achavam e preconizavam que uma coluna saudável deveria ser reta. E que as curvas, que hoje sabemos naturais e fisiológicas da coluna vertebral eram deformidades. Hoje com a evolução científica, sabemos que as curvas fisiológicas da coluna vertebral devem ser preservadas. Pois servem para melhor distribuir a força gravitacional dentro de nosso polígono de sustentação. São essas curvas que distribuem força da gravidade que nos empurra a todo momento para o centro da Terra. Diminuindo assim consideravelmente a carga axial aplicada pela força gravitacional sobre nosso sistema musculo esquelético. Nesse texto vamos analisar toda a anatomia das curvaturas da coluna e saber como tratar a as colunas retificadas com o Pilates. Confira. SOBRE AS CURVATURAS Segundo a ontogênese, nascemos numa flexão global, ou seja, totalmente cifosado, sendo as curvas cifóticas chamadas também de curvaturas primárias. Como nosso desenvolvimento neuro-psicomotor é cefalo caudal e próximo distal, o primeiro controle motor que ganhamos é o da cabeça. Sendo assim a primeira curvatura secundária que adquirimos é a lordose cervical, seguida do controle de tronco, moldando assim a cifose torácica. Em seguida com nossa vivência e amadurecimento do sistema nervoso central (S.N.C.), conquistamos a segunda curva secundária, mais conhecida como lordose lombar. A partir desse momento, dependendo de nossa experimentação motora, estamos prontos para andar e lidar com os deslocamentos gravitacionais. As curvaturas primárias ou cifóticas são curvas de proteção, com menor mobilidade. E servem como pontos fixos para os músculos multi articulares moverem as curvas secundária, ou seja, as lordoses. É feito para que o movimento nelas ocorra, portanto as lordoses são mais móveis, porém mais susceptíveis a lesões. Sendo assim, a coluna vertebral é constituída por: o Uma cifose craniana (para proteger nosso crânio); o Uma lordose cervical, cifose torácica (para proteção de nossos órgãos vitais, pulmões e coração); o A lordose lombar; o Seguida da cifose sacral (protegendo nossos órgãos reprodutores, útero e ovários nas mulheres, e a próstata nos homens). TIPOS DE COLUNA Como vimos as curvaturas fisiológicas da coluna vertebral tem diversas funções e não estão colocadas no corpo humano por acaso. E como lidamos mais frequentemente com colunas retificadas, o Pilates terapêutico pode ser uma ótima ferramenta para preservarmos essas curvas. Ou ainda, para trata-las e reconstruí-las, funcionalmente . Sendo assim, precisamos analisar. Possuímos didaticamente dois tipos de coluna: 1 – Coluna Funcional Estática Tem por característica o apagamento das curvaturas fisiológicas. É uma coluna menos móvel, menos equilibrada e mais susceptível a lesões pela força de cisalhamento ou por diminuições dos espaços articulares. Pois sabemos, hoje em dia, que numa coluna do tipo funcional estática (retificada) a compressão nos discos intervertebrais, pode estar aumentada em até 30 vezes. Independente, da formação de uma hérnia ou uma compressão neural, devemos devolver a esta coluna mobilidade para tratarmos a causa mecânica dessa alteração musculoesquelética. 2 – Coluna Funcional do Tipo Dinâmica ou Cinética É uma coluna mais móvel, com as curvas mais marcadas pelo aumento das curvaturas secundárias (as lordoses), mais equilibradas. Porém muito mais susceptíveis a lesões devido a sua mobilidade, por vezes aumentada. Claro que esta divisão é puramente didática uma vez que na prática clínica. Poucas vezes encontramos uma coluna puramente do tipo funcional estática ou dinâmica, mas sim uma mistura. Exemplo Como por exemplo, numa hipercifolordose, temos uma coluna mista, com aumento da cifose torácica e consequentemente com a perda da sua mobilidade local. E ainda assim um aumento também da lordose lombar, com aumento de sua mobilidade lombar, e por esse motivo, mais chance de se lesionar. TRATANDO COLUNAS RETIFICADAS Hoje vamos falar somente de colunas retificadas no tórax, com diminuição da mobilidade, na pratica clínica como lidar com esse tipo de coluna hipomóvel. Primeiro devemos lembrar-nos do posicionamento correto de nosso paciente em decúbito dorsal. Não podemos esquecer-nos de preservar o posicionamento neutro ideal de todas as suas curvas: o Na coluna cervical esse apoio com o solo deve ser feito na calota craniana, preservando assim a lordose cervical. o A cifose torácica estará apagada e devera estar em contato com o solo. Muita atenção aqui: as vezes somos iludidos pelo posicionamento das escapulas e não da coluna no solo. o A lordose lombar deverá estar moldada, de forma que impeça o contato da coluna lombar com o solo. Chamamos de retificação lombar a total retroversão da coluna lombar. Lembremos aqui que a retificação lombar pode aumentar em ate trinta vezes a pressão nos discos intervertebrais dessa região da coluna. A lombar deverá ter um apoio no solo, de maneira que a sínfise púbica fique na mesma linha das espinhas ilíacas anterô-superiores para evitar o aumento da pressão discal. E durante todo nosso trabalho faremos o possível para que essas curvaturas sejam preservadas utilizando a força abdominal para isso. PASSO A PASSO DO TRATAMENTO COM PILATES Nossa principal ferramenta para começarmos a tratar, moldarmos e reequilibrarmos essa coluna retificada é a respiração. Segundo Joseph Pilates devemos primeiro ensinar o paciente a respirar. Com nosso
Compartilhar