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PROVA - AÇÃO DE INTERDIÇÃO

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA _____VARA DA FAMILIA E DAS SUCESSÕES DA COMARCA DE PETROLINA PE.
 
 
 
CLARICE MARIA, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), (RG), (CPF), residente e domiciliado(a) na (Rua), (Nº), Birro São José, Petrolina PE, por seu advogado devidamente constituído pelo instrumento de mandato anexo, nos termos do art. 39 do CPC (documento em anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 1.767 do CC, combinado o art. 747 e seguintes do novo CPC, propor a presente AÇÃO DE INTERDIÇÃO COM PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA EM ANTECIPAÇÃO DE TUTELA em face de MARIA DE FÁTIMA, (nacionalidade), (viúva), (aposentada), (RG), (CPF), residente e domiciliado(a) na (Rua), (Nº), Bairro São José, Petrolina PE, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
PRELIMINARMENTE DA JUSTIÇA GRATUITA
 	A parte autora requer a Vossa Excelência que lhe seja concedido os benefícios da Assistência Gratuita, em consonância com o art. 98 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, alegando ser juridicamente necessitada, haja vista ser (profissão), percebendo apenas um salário mínimo mensal, conforme cópia de sua CTPS anexa, não dispondo condições financeiras para arcar com as despesas de custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família.
Portanto, a autora faz jus e requer as benesses da justiça gratuita, conforme declaração de hipossuficiência econômica anexada.
DA PRIORIDADE DA TRAMITAÇÃO DO FEITO 
A parte interditanda é pessoa idosa, perfazendo, portanto, jus a tramitação especial prevista no art. 71, da Lei n° 10.741/93. Desse modo, o presente feito deve ter tramitação prioritária ante o demais.
I. DOS FATOS
A interditanda, a senhora MARIA DE FÁTIMA, viúva, com idade de 92 (noventa e dois) anos, residente no bairro São José, em Petrolina, com a requerente, sua filha CLARICE MARIA, a qual lhe presta toda assistência material necessária. 
A senhora MARIA DE FÁTIMA, em virtude da idade avançada, possui diversas limitações mentais, necessitando do auxílio de sua filha para tomar banho, se alimentar e ministra-lhe os vários remédios que controlam sua depressão, mal de ALZHEIMER e outras patologias psíquicas, conforme relatório médica emitidos por Hospital Público Municipal. 
Ao ponto de não ter mais condições de exercer pessoalmente os atos da vida civil, a pensão que recebe do INSS é fundamental para cobrir suas despesas com medicamentos, ficando as demais despesas suportadas por sua filha, CLARICE. 
Recentemente chegou a sua residência correspondência do INSS, comunicando que MARIA DE FÁTIMA, deveria comparecer ao posto da autarquia, mais próximo para recadastramento e retirada do novo cartão de benefício previdenciário, sob pena de ser suspenso o pagamento. 
II. DOS FUNDAMENTOS JURIDICOS
O artigo 1º do Código Civil estatui que "toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil". Assim, liga-se à pessoa a ideia de personalidade, que é consagrado nos direitos constitucionais da vida, liberdade e igualdade. É cedido que a personalidade tem a sua medida na capacidade de fato ou de exercício, que, no magistério de Maria Helena Diniz: 
É a aptidão de exercer por si os atos da vida civil, dependendo, portanto, do discernimento, que é critério, prudência, juízo, tino, inteligência, e, sob o prisma jurídico, da aptidão que tem a pessoa de distinguir o lícito do ilícito, o conveniente do prejudicial. (Curso de Direito Civil Brasileiro: Teoria Geral do Direito Civil. São Paulo: Saraiva)
Todavia essa capacidade pode sofrer restrições legais quanto ao seu exercício, visando proteger os que são portadores de uma deficiência jurídica apreciável. Assim, segundo Maria Helena Diniz, a incapacidade é a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil.
A incapacidade cessa quando a pessoa atinge a maioridade, tornando-se, por conseguinte, plenamente capaz para os atos da vida civil.
Entretanto, pode ocorrer, por razões outras, que a pessoa, apesar da maioridade, não possui condições para a prática dos atos da vida civil, ou seja, para reger a sua pessoa e administrar os seus bens. 
Persiste, assim, a sua incapacidade real e efetiva, a qual tem de ser declarada por meio do procedimento de interdição, tratado nos arts. 747 a 770 no Novo Código de Processo Civil, bem como nomeado curador, consoante art. 1.767 do CC.
A manifesta incapacidade do enfermo para atuar na vida civil o torna sujeito à curatela, conforme preceitua o artigo 1.767 do Código Civil:
Art. 1767. Estão sujeitos à curatela:
I – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015).
A medida é imposta através do processo de interdição, a ser promovido pelos legitimados previstos no artigo 747, do Código de Processo Civil. Vejamos:
Art. 747. A interdição pode ser promovida:
II – pelos parentes ou tutores;
Posto isto, depreende-se que o interditando faz jus à proteção, a qual será assegurada ante sua interdição e a nomeação da autora como sua curadora, tendo em vista ser esta sua filha, a fim de que este possa representa-lo ou assisti-lo no exercício dos atos da vida civil, de acordo com os limites da curatela prudentemente fixados na sentença de interdição.
III. DA CURATELA PROVISÓRIA C/C ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Ante a proteção exigida pelo ordenamento jurídico pátrio aos interesses do incapaz, como o interditando não detém mais o elementar discernimento para a prática dos atos da vida civil, torna-se temerária e incerta a adequada gestão dos recursos fundamentais à sua manutenção.
 Destarte, mister a concessão de medida liminar de antecipação de tutela, consoante o art. 300 do CPC, de modo a nomear o autor como curador provisório do interditando, nos moldes do competente termo de compromisso.
A antecipação da tutela jurisdicional, instituto trazido ao nosso ordenamento processual civil através da lei nº 8.952/94, teve por escopo adiantar o provimento jurisdicional com relação ao bem jurídico a que se visa tutelar. 
Tal antecipação pressupõe uma pretensão guarnecida nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. Estes são os requisitos exigidos no art. 303, do CPC para autorização da antecipação.
V. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
1. A concessão dos benefícios da gratuidade da justiça;
2. A concessão da tutela provisória de urgência, nos termos do art. 300 do CPC, com a nomeação da parte autora como curadora provisória do interditando;
3. Citação do interditando para que, em dia designado por Vossa Excelência, seja efetuada sua entrevista, nos termos do art. 752 do CPC:
4. Seja concedido prazo para impugnação por parte do interditando, nos termos do art. 752 do CPC;
5. A intervenção do digno Membro do Ministério Público, na condição de fiscal da ordem jurídica;
6. A prioridade do feito por ser pessoa idosa
7. Seja julgado procedente o pedido.
Protesta provar por todos os meios de prova admitidos em direito, que ficam desde já requeridos.
Termos em que, pede deferimento.
Petrolina PE, (Data).
(Advogado), (OAB)

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