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Tecido adiposo

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Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
TECIDO ADIPOSO 
CARACTERÍSTICAS 
GERAIS 
O tecido adiposo é um tipo especial do 
tecido conjuntivo e, por consequência, 
é derivado do mesoderma. A sua 
constituição é, principalmente, por 
células adiposas – os adipócitos. Além 
disso, essas células podem ser 
encontradas de maneira isolada ou em 
pequenos grupos no tecido conjuntivo 
frouxo. 
As células adiposas apresentam 
membrana plasmática, núcleo e 
organelas membranosa. A 
característica mais marcante nelas é a 
presença de gordura no citoplasma que, 
por vezes, move o núcleo para a 
periferia da célula. Ademais, elas são as 
únicas células capazes de armazenar 
lipídios na forma de triglicerídeos, sem 
que nenhuma de suas funções seja 
prejudicada. 
A camada de tecido adiposo profunda à 
pele é chamada de hipoderme e pode 
ser mais ou menos desenvolvida 
conforme a região do corpo e o estado 
nutricional do indivíduo. Em geral, a 
hipoderme é bem desenvolvida na coxa, 
parede inferior do abdome e regiões 
glútea e lombar. 
É importante ressaltar que a 
quantidade de tecido adiposo presente 
no organismo varia de acordo com o 
sexo. Enquanto mulheres possuem 
cerca de 20 a 25% do peso corporal 
representado por tecido adiposo, em 
homens, o percentual é de 15 a 20%. 
É válido ressaltar ainda que o tecido 
adiposo é maior depósito energético do 
organismo humano. Isso se deve ao 
armazenamento de triglicerídeos nesse 
tecido. Ainda nesse sentido, é 
importante ressaltar que as moléculas 
de triglicerídeos são constantemente 
renovadas. 
O tecido adiposo é ricamente 
vascularizado e, em secções 
histológicas, pode-se observar capilares 
entre três adipócitos adjacentes; 
também vênulas e arteríolas podem ser 
identificadas. 
 
Fonte 1: Histologia. Histologia interativa. Histologia 
online. MOL – Microscopia online. Versão 3.0. in: 
https://mol.icb.usp.br/index.php/5-2-tecido-
adiposo/ 
FUNÇÕES 
Dentre as principais funções do tecido 
adiposo, destaca-se: 
 Função energética (cerca de 9,3 
Kcal/g); 
 Modela a superfície corpórea; 
 Proteção mecânica; 
 Isolante térmico; 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
 Preenchimento entre tecidos; 
 Atividade secretora (órgão 
endócrino). 
ORIGEM E 
DESENVOLVIMENTO DAS 
CÉLULAS ADIPOSAS 
A gênese das células adiposas surge a 
partir de uma célula mesenquimal 
(mesenquimatosa) indiferenciada. Esta 
pode dar a origem tanto a fibroblastos 
quanto a lipoblastos. 
Se originado um lipoblasto, ele irá 
amadurecer e, posteriormente, poderá 
originar dois tipos de células adiposas: 
o adipócito multilocular e o adipócito 
unilocular. 
 
Fonte 3: Junqueira e Carneiro. Histologia básica. 
 
É importante ressaltar que, em casos de 
necessidades metabólicas, a gordura é 
mobilizada. Desse modo, as células 
adiposas maduras podem voltar a 
apresentar apenas algumas gotículas 
em seu citoplasma. Ou seja, o adipócito 
pode voltar a ser lipoblasto. 
TIPOS DE TECIDO 
ADIPOSO 
No organismo humano são encontrados 
dois tipos de tecido adiposo, sendo que 
eles possuem distribuição no corpo, 
estrutura, fisiologia, e patologia 
diferentes. 
 
TECIDO ADIPOSO 
UNILOCULAR 
O tecido adiposo unilocular (também 
chamado de comum ou amarelo ou, 
ainda, branco) é caracterizado por 
células, quando completamente 
desenvolvidas, conterem apenas uma 
gotícula de gordura que ocupa quase 
todo o citoplasma. O tecido adiposo 
unilocular apresenta septos de tecido 
conjuntivo contendo vasos e nervos. 
Esse tecido permanece desde o 
desenvolvimento fetal e durante a vida 
adulta. 
Dentre as principais características 
desse tecido, destaca-se: 
Fonte 2: https://www.gestaoeducacional.com.br/tecido-adiposo-
classificacao-caracteristicas/ 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
 Cor: branco-amarela; 
 Presente em adultos; 
 Adipócitos: células grandes; 
 Armazena triglicerídeo (TAG); 
 Sintetiza o hormônio proteico 
leptina; 
 As células isoladas são 
esféricas; 
 As células em grupo são 
poliédricos; 
 Panículo adiposo em bebês. 
 
Fonte 4: Histologia. Histologia interativa. Histologia 
online. MOL – Microscopia online. Versão 3. in: 
https://mol.icb.usp.br/index.php/5-2-tecido-
adiposo/ 
LEPTINA 
A leptina é um hormônio proteico 
constituído por 164 aminoácidos. Essa 
molécula participa da regulação da 
quantidade de tecido adiposo no corpo 
no corpo e da ingestão de alimentos. 
Além disso, a leptina atua como, 
principalmente, no hipotálamo, 
diminuindo a ingestão de alimentos e 
aumentando o gasto energético. 
Em suma, a formação da leptina é uma 
resposta dos adipócitos a grande 
chegada de triglicerídeos para serem 
armazenados (resposta a hipertrofia do 
adipócito em decorrência do acúmulo 
de triglicerídeo). 
 
Fonte 5: autoria própria 
TECIDO ADIPOSO 
MULTILOCULAR 
O tecido adiposo multilocular (também 
chamado de marrom ou pardo) é 
formado por células que possuem 
numerosas gotículas lipídicas e muitas 
mitocôndrias. O tecido adiposo marrom 
está presente, em humanos, durante o 
desenvolvimento e diminui a partir do 
nascimento até o décimo ano de vida. 
 
Fonte 6: Histologia. Histologia interativa. Histologia 
online. MOL – Microscopia online. Versão 3.0. in: 
https://mol.icb.usp.br/index.php/5-5-tecido-
adiposo/ 
O tecido multilocular é especializado na 
produção de calor. Isso ocorre devido 
ao processo de oxidação dos ácidos 
graxos que produz calor e transmite-o 
ao restante do corpo através do sangue 
Leptina
Hipotálamo 
Saciedade
Aumento do 
metabolismo 
celular
Queima dos 
TAG 
armazenados
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
aquecido na rede de capilares 
presentes nesse tecido. Esse processo é 
estimulado pela ação do hormônio 
norepinefrina e é de extrema 
importância, principalmente para os 
animais hibernantes e indivíduos 
recém-nascidos. 
Dentre as suas principais 
características, destaca-se: 
 Coloração amarronzada; 
 Alta vascularização; 
 Muitas mitocôndrias; 
 Muito presente em bebês e em 
animais que hibernam; 
 A função principal é produzir 
calor; 
 Mitocôndrias ricas em 
termogenina ou UCP1; 
 Muito reduzido em adultos; 
 
Fonte 7: Junqueira e Carneiro. Histologia básica. 
TECIDO ADIPOSO BEGE 
O tecido adiposo bege é formado 
quando o corpo é exposto ao frio, 
induzindo um aumento de mitocôndrias 
que possuem UCP1. 
Esse tipo celular recém-formado pode 
ser considerado um intermediário entre 
o tecido adiposo branco e o tecido 
adiposo marrom, possuindo 
características de ambos. 
O tecido adiposo bege possuirá uma 
quantidade elevada de mitocôndrias, 
que lhe conferirá uma coloração 
avermelhada; em contrapartida, ainda 
possuirá uma quantidade elevada de 
gordura, tornando a coloração um 
pouco mais clara. 
 
Fonte 8: 
https://obesidadeesaude000.wixsite.com/obesidad
eesaude/single-post/2017/06/28/voc%C3%AA-
conhece-os-tr%C3%AAs-tipos-de-tecido-adiposo 
É válido salientar que a gordura bege 
possui efeitos antidiabéticos sobre o 
metabolismo da glucose, efeitos estes 
que parecem ser independentes da 
regulação da temperatura. 
MORBIDADES 
RELACIONADAS AO 
TECIDO ADIPOSO 
OBESIDADE 
A obesidade é caracterizada pelo 
acúmulo excessivo de gordura corporal 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
no indivíduo. Para o diagnóstico em 
adultos, o parâmetro utilizado mais 
comumente é o do índice de massa 
corporal (IMC). 
O IMC considerado normal é aquele 
compreendido entre 18,5 e 24,9. O 
paciente é tido como obeso quando o 
IMC é compreendido em um valor acima 
de 30. 
A obesidade é fator de risco para uma 
série de doenças. O obeso tem mais 
propensãoa desenvolver problemas 
como hipertensão, doenças 
cardiovasculares, diabetes tipo 2, entre 
outras. 
É válido ressaltar que as causas da 
obesidade são múltiplas, podendo estar 
relacionada a fatores genéticos, maus 
hábitos alimentares, disfunções 
endócrinas e outros. 
CELULITE 
Celulite é o nome popular da 
Lipodistrofia ginoide, que nada mais é 
que o depósito de gordura sob a pele. 
Ela se caracteriza pelo aspecto 
ondulado da epiderme, tipo “casca de 
laranja”, em algumas áreas do corpo. 
 A causa da celulite não é plenamente 
conhecida e é pouco estudada; existem 
inúmeras suposições não comprovadas. 
Os fatores predisponentes parecem ser 
hereditários, tais como: sexo, etnia, 
biotipo corporal e distribuição de 
gordura. As “covinhas” da celulite 
ocorrem devido à saliência da gordura 
hipodérmica na pele. 
A celulite pode ser dividida em quatro 
graus: 
 Grau 1: sem ondulações ou 
irregularidades. Ao comprimir a 
pele, surgem pequenas 
ondulações e “furinhos”. 
 Grau 2: ondulações e “furinhos” 
já são percebidos sem 
comprimir a pele. 
 Grau 3: nódulos claramente 
perceptíveis. 
 Grau 4: vários nódulos, celulite 
“dura”. Há inchaço, 
comprometimento da circulação 
de retorno, pele com aspecto 
acolchoado. 
 
Fonte 9: Sociedade Brasileira de Dermatologia. 
https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas
-e-problemas/celulite/53/. 
SÍNDROME DE HUTCHINSON-
GILFORD 
A síndrome de Hutchinson-Gilford 
(também conhecida progeria), 
retratada no filme “O curioso caso de 
Benjamin Button”, é uma doença 
genética extremamente rara que 
acelera o processo de envelhecimento 
em cerca de sete vezes em relação à 
taxa normal. 
As principais características clínicas e 
radiológicas incluem a queda do cabelo, 
perda de gordura subcutânea, artrose 
estatura baixa e magra, clavícula 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
anormal, envelhecimento prematuro, 
face estreita, pele fina e enrugada, 
puberdade tardia, sobrancelhas 
ausente, unhas dos pés finas, voz 
anormal, lábios finos , osteoporose 
entre outras. A inteligência não é 
afetada. A morte precoce é causada por 
aterosclerose. 
Essa doença não há cura e possui causas 
atribuídas a uma mutação no gene 
LMNA (Lâmina A), que torna o núcleo da 
célula instável, de modo a impedir a 
regeneração celular. 
 
Fonte 10: https://www.gazetadopovo.com.br/viver-
bem/saude-e-bem-estar/saude/com-progeria-
jovem-se-torna-cientista-e-busca-cura-para-a-
doenca/ 
 
 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
REFERÊNCIAS 
BONFANTE, I. L. P. et al. Novos achados relacionados ao tecido adiposo: uma revisão. Arq. 
Ciência em Saúde, v. II, n. 22, p. 9-15, Abril 2015. Acesso em: Maio 2021. 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 12ª. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2013. 
LIMA, L. L. D. et al. Do you know this syndrome? Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio de 
Janeiro, v. 86, n. 1, p. 165-166, Janeiro/Fevereiro 2011. ISSN 1806-4841. Disponivel em: 
<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962011000100031#nta>. 
Acesso em: Maio 2021. 
SILVA, I. Fundação Oswaldo Cruz. Síndrome de Hutchinson-Gilford. Disponivel em: 
<http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/sindrome-hutchinson-gilford.htm>. 
Acesso em: 08 Maio 2021. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA DERMATOLÓGICA. Celulite. SBCD. Disponivel em: 
<https://www.sbcd.org.br/cirurgia-dermatologica/o-que-e-cirurgia-dermatologica/para-sua-
pele/celulite/>. Acesso em: 08 Maio 2021. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Celulite. SBD. Disponivel em: 
<https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-
problemas/celulite/53/#:~:text=Celulite%20%C3%A9%20o%20nome%20popular,em%20algumas%
20%C3%A1reas%20do%20corpo.>. Acesso em: 08 Maio 2021. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDCRINOLOGIA - SBEM. O que é a Obesidade? SBEM, 2010. 
Disponivel em: <https://www.endocrino.org.br/o-que-e-
obesidade/#:~:text=Para%20ser%20considerado%20obeso%2C%20o,muitas%20as%20causas%20d
a%20obesidade.>. Acesso em: 08 Maio 2021. 
 
 
 
 
 
 
	Tecido adiposo
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	Origem e desenvolvimento das células adiposas
	Tipos de tecido ADIPOSO
	Tecido adiposo Unilocular
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	oBESIDADE
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