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EMBRIOLOGIA MÉDICA

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Isabela Garcia - TXXI 
1 
 
Apostila de Embriologia 
Embriogênese (Gametogênese) - Aula 1 
 
Definição de Embriogênese 
Embriogênese é o processo através do qual o embrião é formado e se desenvolve. Ela necessita de dois tipos de 
formação: a espermatogênese (formação dos espermatozoides) e a ovogênese (formação dos óvulos). 
Esse processo de crescimento do embrião é dividido em 3 etapas: 
1. Clivagem: fase da segmentação. 
2. Gastrulação: etapa em que todas as células do embrião multiplicam-se e organizam-se, dando origem a 
gástrula, uma estrutura que possui as primeiras características do tubo digestório e, também, onde começa a 
diferenciação (formação dos folhetos embrionários, ectoderma, mesoderma e endoderma). Esse processo é 
responsável por diferenciar todos os tecidos e órgãos que vão compor o organismo adulto. 
3. Organogênese: esse processo é responsável por diferenciar todos os tecidos e órgãos que vão compor o 
organismo adulto, a partir dos folhetos embrionários formados na fase anterior. 
 
Terminologias Embriológicas 
▪ Ovócito (do latim ovum, ovo): refere-se à célula germinativa ou sexual, feminina, produzida no ovário. Quando 
maduro, ele é chamado de Ovócito Secundário. O ovo inviável refere-se a um embrião inicial cujo 
desenvolvimento cessou. Já Espermatozoide: célula germinativa ou sexual, masculina, produzida pelos 
testículos. Durante a ejaculação, os espermatozoides são expelidos pela uretra. 
▪ Zigoto: é uma célula formada pela união de um ovócito + espermatozoide, é o inicio de um ser humano. A 
expressão ovo fertilizado, refere-se ao ovócito secundário que foi penetrado por um espermatozoide. No fim 
da fertilização, o ovócito torna-se um zigoto. 
▪ Clivagem: a divisão mitótica das células, ou clivagem, do zigoto forma as células embrionárias denominadas 
blastômeros. O tamanho do embrião inicial permanece o mesmo, pois os blastômeros diminuem de tamanho a 
cada divisão celular sucessiva. 
▪ Mórula: quando 12 ou mais blastômeros se formaram, a bola de células resultante da clivagem do zigoto, passa 
a ser chamada de mórula, que se assemelha a uma amora. Esse estágio é atingido cerca de 3 a 4 dias após a 
fertilização, quando o ser em desenvolvimento penetra no útero, vinda da tuba uterina. 
▪ Blastocisto: depois de deslocar-se da tuba uterina para o útero, a mórula forma dentro de si, uma cavidade 
cheia de fluidos (cavidade blastocística). Essa transformação converte a mórula em blastocisto, que além da 
cavidade, tem uma massa celular interna, ou embrioblasto, que vai formar o embrião. 
Isabela Garcia - TXXI 
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Definição de Gametogênese 
Gametogênese é o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas, chamadas 
gametas. Assim, o final dessa etapa, dá inicio a uma VIDA. Além disso, esse processo prepara as células sexuais 
(gametas), para a fertilização (encontro do ovócito com o espermatozoide) e, depois, implantação no útero. 
 
Células germinativas = gametas: 
→ Esses gametas são os espermatozoides e os ovócitos e eles são altamente especializados. 
→ Eles contêm a metade do número de cromossomas de outras células (23 cromossomas, ao invés de 46) e esse 
número reduzido se deve à divisão celular chamada de meiose. 
 
 
IMPORTANTE: Para que ocorra a gametogênese, precisa de uma divisão celular especifica: mitose x meiose. 
 
A. Mitose: 
É a divisão equacional, que ocorre em todas as células eucarióticas, garantindo a formação de duas células-filhas 
iguais à célula-mãe (2n = 2.2n). 
 
 
B. Meiose: 
É nessa fase que surgem células-filhas com metade da carga cromossômica da mãe, ou seja, a mãe é 2n e as filhas 
n. (se a mãe tem 46 cromossomos, as filhas vão ter 23). 
É aqui que acontece a GAMETOGÊNESE. A meiose consiste em duas divisões meióticas: 
→ 1° etapa/divisão: é reducional (R!); pois cada cromossomo passa de diploide (2n) para haploide (n). Ou seja, é 
nessa etapa que, cada nova célula formada (tanto o espermatócito secundário, quanto o ovócito secundário), 
tem o número de cromossomos pela metade. 
→ 2° etapa/divisão: E! cada uma das filhas gera 2 células (netas). Essa etapa é semelhante a uma mitose 
comum, mas o número de cromossosmos da célula que está entrando na 2° divisão meiótica é haploide (n). 
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Importância da meiose: 
→ Mantem constante o número de cromossomos passados de geração em geração, de diploide para haploide, 
produzindo, assim, gametas haploides. 
→ Permite a seleção ao acaso dos cromossomos maternos e paternos entre os gametas. 
→ Por meio do crossing-over de segmentos de cromossomos, ela realoca segmentos de cromossomos maternos e 
paternos, o que embaralha os genes e produz uma recombinação do material genético. 
 
Tipos de gametogênese: 
1. Espermatogênese 
A espermatogênese é o processo de formação de espermatozoides, a partir de células germinativas 
precursoras/iniciais, chamadas de ESPERMATOGÔNIAS. 
As espermatogônias ficam adormecidas nos túbulos seminíferos dos testículos desde o final do período fetal. 
Então, começam a aumentar de número na puberdade (13 a 16 anos), ou seja, a espermatogênese inicia-se na 
puberdade do homem. As espermatogônias começam a crescer e passar por mudanças graduais, após varias divisões 
mitóticas, assim, ela transforma-se em espermatócitos primários. 
→ 74 dias para uma célula-mãe dar origem aos espermatozóides formados. 
└ Multiplicação lenta até a puberdade; 
└ Multiplicação intensa até o fim da vida, porém, com declínio; 
 
 Figura: produção de espermatozoides desde a embriogênese até o fim da vida do homem. 
 
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✓ Como acontece esse processo? 
1° Espermatogônias = crescimento (multiplicação do conteúdo celular - 25 dias). As espermatogônias ficam 
adormecidas nos túbulos seminíferos dos testículos desde o final do período fetal. Então, começam a aumentar 
de numero na puberdade (13 a 16 anos), ou seja, a espermatogênese inicia-se na puberdade do homem. As 
espermatogônias começam a crescer e passar por mudanças graduais, após varias divisões mitóticas, assim, ela 
transforma-se em espermatócitos primários. 
2° Espermatócito I = (9 dias). Os espermatócitos primários são as maiores células germinativas do túbulo 
seminífero. Cada espermatócito I passa por uma divisão de redução - primeira divisão meiótica - formando 2 
espermatócitos secundários, haploides, que tem metade do tamanho dos espermatócitos I. 
3° Espermatócitos II = meiose II (19 dias). Os espermatócitos secundários passam pela segunda divisão meiótica, 
formando 4 espermátides haploides, com a metade de seu tamanho. Durante essa divisão, não ocorre outa 
redução do numero de cromossomos. 
4° Espermátides = espermiogênese (21 dias); - Através de um processo chamado de espermiogênese, as 
espermátides transforman-se, gradualmente, em 4 espermatozóides maduros (espermatozoides). As 
espermátides são geneticamente pronta, mas morfologicamente não. 
5° Espermatozóides = morfologicamente prontos. Quando a espermatogênese está completa, os espermatozoides 
penetram na luz dos túbulos seminíferos. Depois deslocam-se para o epidídimo, onde são armazenados e 
tornam-se funcionalmente maduros. 
Obs: o espermatozoide maduro é uma célula que nada livremente, é móvel, constituída por cauda e cabeça. Sua 
cabeça contém os 23 cromossomas e os 2/3 dela está coberto pelo acrossoma (capuz acrossomico), que é uma 
organela contendo enzimas, que facilitam a penetração do espermatozoide durante a fertilização. 
 
 
2. Ovogênese ou Oogênese 
 
 
É a sequência de eventos que vai transformar OVOGÔNIAS em OVÓCITOS. Esse processo começa durante o 
período fetal, terminando apenas na puberdade (12 a 15 anos). Além disso, faz parte do ciclo ovariano, que ocorre 
mensalmente, durante a vida reprodutiva da mulher, exceto durante a gravidez. 
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Nos ovários, tem células chamadas “folículos ovarianos de Graff”, ondeestão as células germinativas primordiais, 
que originam os gametas e as células “foliculares”, que promovem a manutenção das células germinativas e produzem 
hormônios sexuais femininos. 
Apenas UM folículo ovariano entra em maturação a cada ciclo menstrual, ou seja, a cada ciclo, só um gameta fica 
maduro e é liberado no sistema reprodutor fem. 
 
 
✓ Como acontece esse processo? 
Segundo a prof Karin, “é dividido em 3 fases: uma que acontece embrionariamente e outra, que vai até ovócito I, 
estacionado em prófase I - fica parado a infância toda - e outro que acontece após a puberdade, esse reinicia em 
ovócito I, termina meiose I, forma ovócito II, inicia meiose II, para na metáfase I e é ovulado, e só vai terminar no 
caso da presença de espermatozoide”. 
 
A. Fase de multiplicação/proliferação: 
Mitoses consecutivas, células germinativas aumentam de tamanho e originam as ovogônias, por isso, quando a 
menina nasce, já tem cerca de 400.000 folículos de Graff em seus ovários, essa fase vai até mais ou menos o 1° 
trimestre de gestação, ela acontece assim: 
1°. Célula germinativa primordial = 
→ Ainda na barriga da mãe, entre a 4° e 6° semana; 
→ Multiplica o conteúdo celular; 
→ Aqui é ainda “desenvolvimento embrionário”. 
→ Da origem às ovogônias; 
→ O estoque de gametas da mulher acontece apenas aqui e não é renovado, como nos homens (por isso, a 
quantidade de óvulos femininos/estoque germinativo é determinada antes de nascer, no caso, aqui nesta fase). 
 
2°. Ovogônias = 
→ Aqui tbm é ainda “desenvolvimento embrionário”, mas o estoque de germinativo já está formado. 
→ No inicio da vida fetal, os ovócitos primitivos (ovogônias) proliferam por divisão mitótica (Mitose I). Antes do 
nascimento, as ovogônias aumentam de tamanho, formando ovócitos I. 
 
 
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B. Fase de crescimento: 
Logo que são formadas, as ovogônias iniciam a primeira divisão da meiose, interrompidas na prófase I. Passam, então, 
por um notável crescimento, com aumento do citoplasma e grande acumulação de substâncias nutritivas. Esse 
depósito citoplasmático de nutrientes chama-se vitelo, e é responsável pela nutrição do embrião durante seu 
desenvolvimento, acontece assim: 
3°. Ovócito I = 
→ Ao nascimento, todos os ovócitos primários completaram a prófase da primeira divisão meiótica, então, esses 
ovócitos permanecem estacionados em Prófase I até a puberdade, isso significa que ele já está preparado, 
pronto para se dividir. Logo após a ovulação, um ovócito termina a primeira divisão meiótica. 
→ Redução de cromossomos; 
→ Obs: Todo mês, quando a mulher entra em processo reprodutivo “ovulação”, esse ovócito I vai dar continuidade 
a formação do ovócito II, ou seja, inicia a meiose II, mas para na metade desse processo de meiose II, na fase 
metáfase II. Esse processo termina só se tiver a presença do espermatozoide. 
 
 
C. Fase de maturação: 
Dos 400.000 ovócitos I, só 350 a 400 completarão sua transformação em gametas maduros, um a cada ciclo 
menstrual. Essa fase inicia com a menarca feminina, entre 10 a 15 anos, ela acontece assim: 
4° Ovócito II = 
→ Quando o ovócito I completa a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I, origina duas células. Uma 
delas não recebe citoplasma e desintegra-se, é chamado polócito I ou corpúsculo polar I; A outra célula, grande 
e rica em vitelo, é o Ovócito II; 
→ Sofre a segunda fase da divisão da meiose (meiose II) e origina o segundo polócito II ou corpúsculo polar II 
(que morre em pouco tempo) e o óvulo, gameta feminino (célula volumosa e cheia de vitelo). 
→ ESSE É O VERDADEIRO GAMETA FEMININO, pois só ele se funde com os espermatozoides. 
 
5° Óvulo = óvulo + espermatozoide = FECUNDAÇÃO. 
→ A segunda divisão meiótica é completada quando o ovócito II é fertilizado por um espermatozoide. 
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✓ Comparação entre gametas femininos e masculinos 
O ovócito é grande e imóvel, já o espermatozoide é altamente móvel. Além disso, o ovócito maduro tem muito 
citoplasma, já o espermatozoide tem pouco. 
Obs 1: na gametogênese feminina, a divisão meiótica é desigual pq não reparte igualmente o citoplasma entre as 
células-filhas, isso permite que o óvulo formado seja bem rico em substâncias nutritivas. 
Obs 2: gêmeos não idênticos são de dois ovócitos (dois espermatozoides não podem fecundar o mesmo óvulo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ciclos Ovarianos - Aula 2 
 
Definição 
É importante saber sobre o ciclo ovariano, para entender como os hormônios femininos flutuam/mudam suas taxas 
durante o ciclo. Durante a puberdade, as mulheres começam a ter ciclos regulares, de tal forma que ocorrem 
modificações morfológicas e fisiológicas, mensalmente. Sendo assim, o principal responsável por controlar esses 
ciclos é o HIPOTÁLAMO, que libera o hormônio GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas). Esse hormônio, por 
sua vez, depois de secretado, vai até as células do lobo anterior da Adeno-hipófise (hipófise anterior), agindo de tal 
forma que essas células vão secretar gonadotrofinas (hormônios FSH e LH). Em seguida, o hormônio 
foliculoestimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH), vão atuar no endométrio, estimulando as alterações do 
ciclo. Em geral, o ciclo ovariano tem em média 28 dias (mas pode variar). 
 
✓ Ciclo Regular: é diferente de ciclo padrão. Ciclo regular é quando ele acontece/repete sempre no mesmo 
intervalo de tempo, independente do numero de dias que dura o ciclo. 
 
→ 1° dia do ciclo: é o primeiro dia de menstruação, independente de quantos dias ela dure; o endométrio está fino, 
pois está descamando-se. A camada basal (onde está as Artérias espiraladas) nunca vai ser perdida pois é ela 
que vai fazer o endométrio proliferar-se novamente em cada ciclo. Ainda, gradativamente, acontece o aumento 
da espessura do endométrio. 
→ 5° dia do ciclo: ponto máximo da onda de FSH. Fim da menstruação. 
→ 12° dia do ciclo: alta de estrógeno -> induz o pico de LH e FSH. 
→ 14° dia: liberação do óvulo (dia da ovulação). Começa a subir o estrógeno. A progesterona vai fazer com que o 
endométrio cresça muito rápido (4 a 6 vezes), prepara a mucosa do útero para receber um possível concepto. 
Mantém o endométrio. 
→ 15° dia do ciclo: começa a subir a onda de estrógeno. 
→ 20° dia do ciclo: pico da onda de estrógeno. 
→ 21° dia do ciclo: pico da onda de progesterona, ela demora 7 dias para subir e 7 dias para descer (onda 
simétrica). 
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→ 26° dia do ciclo: descaída do estrógeno (2 dias antes da progesterona). 
→ 28° dia do ciclo: final da onda de progesterona e estrógeno, para de ser produzida. Coincide com o tempo de 
vida do corpo luteo. 
Obs: Metade do ciclo é dedicado ao amadurecimento e crescimento dos folículos ovarianos, então, ocorre a 
ovulação. Já a outra metade é voltada para ação do corpo lúteo, que vai causar mudanças mais drásticas no útero. 
Obs2: gona = vem de gônodas / tróficos = vem de lugar; então gonadotróficos são hormônios que atuam nas gônodas. 
 
 
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✓ Ciclo Irregular: a mulher vai ter uma variação na duração do ciclo. Não se consegue fazer previsões para 
esse tipo de ciclo. Algo está errado, algum descontrole hormonal. 
→ Por exemplo, um ciclo de 32 dias, tem 4 dias a mais que um ciclo regular. Sendo assim, sabendo-se que os ciclos 
são sempre divididos em um momento antes da ovulação e depois da ovulação. Em um ciclo de 28 dias, a ovulação 
é no 14° dia, portanto, esses 4 dias a mais do ciclo irregular de 32 dias, vai estar na primeira metade do ciclo. 
Com isso, o dia de ovulação, é contado 32° menos 14°. 
 
 
✓ Resumo Hormonal do Ciclo Ovariano 
1° Hipotálamo libera GnRH – Hormônio liberador de Gonadotrofinas, que vai para a Hipofise Anterior. 
2° O GnRH na Hipófise Anterior (Adenohipófise) vai libera Gonadotrofinas (que são os hormônios FSH e LH), que 
tem secreções pulsáteise vão atuar na 1° metade do ciclo (primeiros 14 dias do ciclo). 
3° O FSH vai fazer com que a teca interna, produza androstenediona e testosterona (hormônios masculinos em 
baixa quantidade), já a teca interna junto às células foliculares produz estrógenos. 
4° As células foliculares convertem os hormônios androsterona, testosterona em estrona e 17-beta-estradiol. 
5° O endométrio entra numa fase chamada proliferativa, devido a ação do estrógeno + estradiol, que promovem 
mudanças no corpo da mulher, de tal forma que o muco cervical torna-se menos espesso. Enquanto no útero 
acontece essa fase proliferativa, no ovário vai estar acontecendo a fase folicular. 
6° Com o muco cervical menos espesso, ele fica mais líquido, isso acontece para viabilizar a passagem dos 
espermatozóides (quanto mais estrógeno, mais fluido o muco, mais fácil do espermatozoide locomover). 
7° Dois dias antes da ovulação, a Adeno-hipófise é estimulada a secretar um pico BEM ALTO de LH. Esse pico é que 
vai ajudar a terminar a amadurecer o folículo (ele dobra de tamanho). 
8° Quando o LH chega, ele induz as células do folículo produzir, além do estrógeno, a progesterona. (então, a 
progesterona começa a ser produzida quando o LH chega). Essa alteração causa uma pressão muito grande dentro 
do folículo, rompendo-se e liberando o ovócito que estava dentro dele. 
 
IMPORTANTE: o estresse e a ansiedade quando estão presentes no organismo, produzem CRH (hormônio liberador 
de corticotrofina), conhecido como hormônio do estresse, que inibe o GnRH. 
 
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Estruturas envolvidas 
✓ Hipotálamo 
→ Regula o funcionamento da hipófise, através da sua neurosecreção. 
 
✓ Hipófise 
→ Produz hormônios que vao atuar no ovário, útero, tuba uterina, vagina, glândulas mamárias (todos esses locais 
sofrem alguma alteração durante o ciclo de 28 dias). 
→ Hormônios envolvidos: 
└ Prolactina: atua nas glândulas mamárias. 
└ Gonadotróficos: atua nas gonodas, tanto no ovário, quanto no testículo (FSH, LH). 
└ Tireotróficos: atua no funcionamento da tireoide. 
└ Adrenocorticotróficos: atua na suprarrenal. 
└ Somatotróficos: atua nos ossos. 
 
✓ Ovários 
✓ Útero 
✓ Tubas uterinas 
✓ Vagina 
✓ Glândulas 
✓ Mamarias 
 
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Fases do Ciclo Ovariano 
 
1° Fase -> Folicular ou Estrogênica. 
Chamada de fase folicular pois é nela que acontece o crescimento e amadurecimento do folículo. 
Pode também ser chamada de fase estrogênica pois nela, os folículos estão crescendo e eles produzem estrógeno, 
liberando na corrente sg (quanto mais cresce, mais estrógeno produzem). 
 
2° Fase -> Lútea ou Progestacional 
Chamada de fase lútea pois é nela que acontece a formação e funcionamento do corpo lúteo no ovário. 
Pode também ser chamada de progestacional, pois o corpo lúteo vai produzir estrógeno e progesterona (a 
progesterona vai ser produzida em maior quantidade). 
 
3° Fase -> Menopausa 
Decorrente da exaustão dos folículos ovarianos. 
Cessam os ciclos ovarianos e menstrual (chama Amenorréia Hipoestrogênica) 
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Ovário 
✓ Constituição Histológica do Ovário: 
Formado por 3 zonas distintas: 
→ Córtex: maior parte do ovário, delimitado pleo epitélio germinativo. Contém o estroma e os folículos. Esse 
estroma contém células tecais, células contráteis e tecido conjuntivo. Já as estruturas foliculares são 
constituídas por ovócitos rodeados de células da granulosa. 
→ Medula: formada por um agregado celular heterogêneo. 
→ Hilo: por onde entram e saem os vasos sg. 
 
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✓ Desenvolvimento Folicular (folículos) 
O desenvolvimento folicular é a formação dos folículos ovarianos, nos ovários: o ovócito não vive sozinho, desde o 
início, ele sempre vai ter células que o acompanham. E a junção de um ovócito + células (companheiras), são 
chamadas de folículos ovarianos. Esse processo vai até os 5 meses de vida embrionária. 
→ Até 5 meses de vida embrionária = todas as ovogônias foram transformadas em uma média de 6-7 milhões de 
folículos. 
→ A partir do nascimento = cada ovário, reduz o número de folículos para 2 milhões de folículos imaturos (Ovócito 
I). 
→ Na puberdade (de 8 a 13 anos – até a menarca) = cada ovário chega com cerca de só 400 mil ovócitos. 
→ Pós puberdade, ficam apenas 400 ovócitos, que atingem a maturidade e são liberados pelo ovário durante toda 
a vida fértil da mulher. 
→ Ou seja, folículo ovariano = ovócito I + células. 
 
 
O desenvolvimento de um folículo caracteriza-se por: 
→ Crescimento e diferenciação de um ovócito I (isso começa depois da puberdade). 
→ Proliferação das células foliculares. 
→ Formação da zona pelúcida. 
→ Desenvolvimento de uma cápsula de tecido conjuntivo e teca folicular. Essa teca folicular diferencia-se em 
duas camadas, uma interna, vascular e glandular - a teca interna - e a outra semelhante a uma capsula - a teca 
externa. Elas dão a sustentação nutritiva para o desenvolvimento do folículo. 
 
 
IMPORTANTE: Cada folículo ovariano passa por vários estágios de crescimento e amadurecimento, e cada etapa vai 
ter um tipo de folículos ovarianos, segue a classificação abaixo. 
 
A)Folículo primordial: é a etapa inicial, um folículo constituído de um oócito primário, na lâmina histológica é possível 
ver que está circundado por células foliculares achatadas. Ele é um folículo que está “hibernando” desde a vida 
fetal. 
Obs: os próximos folículos serão folículos em crescimento, apresentando 4 estágios. 
 
B)Folículo primário unilaminar: células foliculares cubicas simples (não estão mais achatadas). 
 
C)Folículo primário multilaminar ou pre-antral: tem várias camadas de células cubicas estratificadas ou camada 
granulosa; formação da zona pelúcida. 
Obs: zona pelúcida é uma lamina acelular composta de pelo menos três glicoproteínas (ZP1, ZP2, ZP3), que começa a 
tornar-se evidente entre as celulas foliculares e o oócito primário. 
 
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D)Folículo secundário ou antral: formação do antro folicular; formação das tecas. Esse folículo tem uma 
dependência hormonal de FSH. 
 
E)Folículo de Graaf ou maduro: é um antro grande preenchido com liquido folicular. Esse folículo tem dependência 
dos hormônios FSH e LH, que desencadeiam a ovulação, então, isso significa que não vai aparecer durante todo o 
ciclo, mas sim momentos antes da ovulação. 
 
 
Obs: leva-se 85 dias para acontecer a maturação completa de um folículo secundário (até chegar no folículo de 
Graaf – ovulação). 
 
 
 
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Como esse processo acontecem acontece: 
→ Células germinativas primordiais (ovogônias), entre a 5-6 semanas de gestação, migram do saco vitelino do 
embrião para a crista genital, onde o ovário se encontra em desenvolvimento. Multiplicam-se por mitoses 
sucessivas até as 20-24 semanas de gestação, aumentando o estoque de células germinativas. 
→ A partir das 8-9 semanas de gestação, algumas ovogônias (pq algumas estão fazendo mitose), iniciam a 1° 
divisão da meiose. Isso faz com que a prófase I seja suspensa, convertendo-se em ovócitos primários. Nessa 
fase, acontece a mitose e meiose ao mesmo tempo. Esse processo continua até os 6 meses de vida 
extrauterina, onde todas as ovogônias se converteram em ovócitos. Quando o ovócito entra na meiose, é 
rodeado por 1 camada de células fusiformes (finas, parece um funil) provenientes do estroma ovariano, 
constituindo-se o folículo primordial (primeiro folículo formado). 
→ Conforme esses ovócitos vão surgindo, eles vão precisar de células que as acompanhem, então, por volta de 12-
16 semanas de gestação, os folículos terminam seu processo de formação. Essas células fusiformes 
desenvolvem-se e transformam-se em células cubóides (já chamadas células da granulosa ou foliculares), pois 
elas precisam proteger os ovócitos cada vez mais e, então, o folículo passa a designar-se por folículo primário 
unilaminar(segundo folículo formado). 
→ As células granulosas dividem-se e constituem diversas camadas. Então, quando o folículo é formado por 
diversas camadas, é chamado de folículo primário multilaminar. 
→ A partir do folículo primário multilaminar, vai ser formada a zona pelúcida (é o circulo azul em volta desse 
folículo, na imagem abaixo), que são células foliculares que segregam mucopolissacarídeos que, por sua vez, 
constituem um halo protetor do ovócito (é uma camada de proteção a mais). 
→ Depois que a zona pelúcida é formada, o folículo primário multilaminar atinge seu diâmetro máximo (15º 
microM), enquanto o ovócito atingiu p seu diâmetro máximo (80 microM). 
→ Com os diâmetros máximos atingidos, é recrutada mais uma camada de células do interstício, que se 
diferenciam e as tecas interna (células epitelióides semelhantes às da granulosa, segregam hormonas 
esteróides) e externa (cápsula de tecido conjuntivo altamente vascularizado para fornecer nutrientes para a 
célula) vão ser formadas. 
→ Além dos folículos produzirem essa zona pelúcida, essas células começam a produzir um liquido, que enchem o 
espaço intersticial, em vesículas, afastando as células umas das outras, chamado de antro. Dentro desse liquido 
estão presentes, na sua composição, mucopolissacarídeos, eletrólitos, glicosaminoglicanos, hormônios 
esteroides, oxitocina, ativina, inibina, FSH, LH, vasopressina e proteínas do plasma. Com isso, o folículo passa a 
ser chamado de folículo secundário. 
→ Um destes folículos vai prosseguir o seu desenvolvimento e forma-se uma única área central, o antro - é o 
folículo maduro, folículo antral ou folículo de Graaf, ele será o folículo dominante. Assim, iniciando a segunda 
divisão meiótica. 
→ A divisão meiótica secundária será interrompida por ação de um fator inibidor da meiose que, por enquanto, a 
ciência ainda desconhece, mas é provável que seja a inibina, em metáfase II. 
→ Completando-se apenas se ocorrer fertilização. 
→ Os restantes folículos secundários vão sofrer atresia, um processo que é estimulado pelos andrógenos. 
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✓ Degenerescência dos Ovócitos - Atresia 
Ainda no desenvolvimento folicular, existe um tipo de folículo, chamado de Folículo Atrésico, ele é deformado, 
murcho, que não consegue desenvolver-se e vai morrer antes de amadurecer. 
 
Isabela Garcia - TXXI 
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Muitas células não conseguem reverter o processo de estacionamento, sobrevivendo por muito tempo, assim, acabam 
morrendo nesse intervalo de tempo. Esse processo é chamado de Atresia. Isso vai fazer com que o número de 
ovócitos caia drasticamente. 
A Atresia é causada por APOPTOSE (morte celular programada): a produção de radicais livres aumenta e isso 
degrada o DNA por endonuclease. A qualidade de vida e genética da pessoa influenciam muito na apoptose dessas 
células. 
Ovócito vai ficar necrótico, a cromatina sofre pictose (vai sendo destruída, deixando minúsculos pedacinhos) e as 
células da granulosa degeneram. 
Em contraste com o sexo masculino, o número de células reprodutoras diminui continuamente até que, na menopausa, 
poucos ovócitos restarão e a capacidade reprodutora terminará. 
 
 
✓ Folículo de Graaf e ovulação 
Do 1° dia de menstruarão até, mais ou menos, o 5° a 7° dia, é selecionado um folículo maduro - folículo dominante. 
Esse será o folículo que vai OVULAR. Os restantes folículos secundários sofrem atresia, um processo que é 
estimulado pelos androgênios. 
O folículo dominante, em torno do meio do ciclo (dia 14 em um ciclo menstrual médio de 28 dias), sofre influência do 
FSH e LH, então, passa por um surto de crescimento, cresce exponencialmente nas 48 horas anteriores à ovulação, 
atingindo 20 mm de diâmetro (dobra de tamanho para que o espermatozoide possa entrar) - saliência macroscópica 
na superfície do ovário. Essa saliência que força a parede do ovário, para ser ovulado. 
Antes da ovulação, o ovócito II e algumas células do “cumulus oophorus” se separam da parte anterior do folículo 
distendido. Então, a ovulação é desencadeada por um pico da produção de LH e, usualmente, a ovulação ocorre de 12 
Isabela Garcia - TXXI 
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a 24 horas após o pico de LH. Esse pico de LH, induzido pelo alto nível de estrógeno do sg, parece levar o estigma a 
expandir-se para fora do folículo e formar uma vesícula. Esse estigma rompe-se, expelindo o ovócito II e o liquido 
folicular. A expulsão se deve pela pressão intrafolicular e da contração do musculo liso da teca externa estimulado 
por prostaglandinas. 
A basal das células da granulosa é degradada libera ovócito secundário, rodeado pela zona pelúcida e corona radiata 
e o cumulus oophorus, que constituem o complexo ovócito-cumulus. 
OVULAÇÃO ACONTECE!!! 
Logo após a ovulação, as paredes do folículo ovariano e a teca folicular colabam, formando dobras. Sob a influência 
do LH, elas se transformam em uma estrutura glandular, chamada de CORPO LÚTEO, que secreta 
PROGESTERONA, assim como um pouco de ESTRÓGENO, que ajudam a preparar o endométrio para a implantação 
do blastocisto. 
Quando o ovócito é fertilizado, o corpo lúteo cresce, formando o corpo lúteo da gravidez e aumentando sua 
produção de hormônios. 
Quando há gravidez, a degeneração do corpo lúteo é impedida pela gonadotrofina coriônica humana (hCG), um 
hormônio secretado pelo sinciciotrofoclasto do córion, rico em LH. 
O corpo lúteo da gravidez permanece ativo até a 20° semana de gravidez. Então, nessa época, a placenta assume o 
papel de produzir estrógeno e progesterona, necessários para manter a gravidez. 
Quando o ovócito não é fertilizado, o corpo lúteo começa a involuir e degenerar. Assim, os níveis de estrógeno e 
progesterona caem e o endométrio secretor entra na fase isquêmica, então, ocorre a MENSTRUAÇÃO. 
 
 
 
Isabela Garcia - TXXI 
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✓ Anticoncepcional 
Há anticoncepcionais a base de progesterona, que possui função de “enganar” o organismo sobre uma gravidez. 
Assim, a alta concentração de progesterona não permite que o endométrio desça, não iniciando um novo ciclo. 
Outras pílulas a base de estrógeno e outros hormônios agem mantendo uma dosagem estável sem permitir o pico, de 
LH por exemplo. 
→ O FSH estimula o crescimento, mas não a liberação. 
→ LH estimula a ovulação para a formação de corpo lúteo. 
 
IMPORTANTE: Quem toma pílula diminui a menstruação porque não possui muitos hormônios, produzidos na segunda 
fase do ciclo. Assim, há uma melhor descamação por decorrência de uma menor formação de endométrio; também não 
haverá ovulação. 
 
 
✓ Ovário Policístico 
→ SOP - distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovário 
que fazem com que eles aumentem de tamanho. 
→ 10% das mulheres em idade reprodutiva: 
└ 77% das hiperandrogenias. 
→ É uma doença caracterizada pela menstruação irregular, alta produção do hormônio masculino (testosterona) e 
presença de micro cistos nos ovários. 
→ Hiperandrogenismo, disfunção ovulatória e infertilidade 
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→ Diagnóstico: 
└ Apenas após a exclusão de outras causas de irregularidade menstrual e hiperandrogenismo (aumento de 
hormônios masculinos). 
└ Hiperprolactinemia. 
└ Formas não-clássicas das hiperplasias adrenais congênitas. 
└ Síndrome de Cushing. 
└ Neoplasias secretoras de andrógenos. 
└ Hipotireoidismo. 
 
✓ Perguntas 
1. O anticoncepcional faz com que o folículo não seja liberado ou não se desenvolva? 
Resposta: o anticoncepcional age bloqueando o desenvolvimento do fóliculo e não a liberação, assim, os folículos 
ficam estacionados no estágio de folículo primário unilaminar. 
 
 
2. Com o uso de anticoncepcionais há um atraso na menopausa? 
Resposta: Não, os folículos tem sua morte programada, e mesmo sendo poupados com o uso de anticoncepcionais eles 
entram em apoptose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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22Ciclo Menstrual – Aula 3 
 
Endométrio 
O ciclo menstrual acontece no ENDOMÉTRIO – no útero - (não confunda com as fases do ciclo ovariano no útero) 
Ele começa no 1° dia de menstruação, que é o dia que vem a primeira liberação de sangue com fragmentos do 
endométrio e vai até mais ou menos 7° dia. 
 
✓ Fases da Menstruação 
1. Menstruação 
→ Começa no 1° dia que desce o sangue com os fragmentos do endométrio. 
→ Vai do 1° dia até mais ou menos o 5° dia. 
→ O endométrio é perdido. 
 
2. Fase Proliferativa 
→ É a fase de recolonizar o endométrio. 
→ Dura do 5° dia (depende do último dia de menstruação) até o 14° dia. 
→ Aumenta os folículos -> Produzem estrógeno -> Estrógeno aumenta o endométrio (em 2 x mais) -> Aumenta as 
glândulas endometriais -> Diminui a progesterona. 
 
3.1 Fase Secretora (é semelhante à fase lútea que acontece no ovário) 
→ Nutre o folículo (14° ate 26°). 
→ As glândulas endometriais que aumentaram de tamanho não estavam secretando, pois precisam de progesterona 
para isso. 
→ Nessa fase, as glândulas começam a produzir substancia e o endométrio aumenta ainda mais de tamanho (ate 
4x mais). 
 
3.2 Fase isquêmica 
→ 26° até 28° dia; Se chegou ate aqui e não houve fecundação do ovócito, o corpo lúteo que estava produzindo 
progesterona para fazer o endométrio crescer, vai degenerar (o corpo lúteo degenera). 
→ Corpo lúteo degenera = diminui a progesterona e estrógeno = desestabiliza o endométrio. 
→ As Artérias Espiriladas se contraem e o endométrio fica pálido (sem O2). 
→ Diminui a secreção de progesterona pelo corpo lúteo. 
→ Cessa a secreção glandular. 
Quem faz o endométrio proliferar? O 
estrógeno. Nesse sentido, a medida que os folículos 
vão produzindo estrógeno, além de indicar o pico de 
LH, ele vai aumentando a faixa funcional do 
endométrio (aumenta de 2 a 3 x o tamanho da 
camada basal. 
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→ Morte do endométrio, por falta de irrigação arterial. 
→ Sangue é eliminado = MENTRUAÇÃO. (recomeça o ciclo). 
 
4. Fase Lútea (no útero) / Gravidez 
→ Se ocorrer a fecundação do ovócito, depois da Fase Secretora, ocorre direto a clivagem do zigoto e 
blastogênese (não passa pela Fase Isquêmica). 
→ Inicio da implantação do blastocisto no endométrio. 
→ hCG mantém o corpo lúteo produzindo estrógeno e progesterona 
→ fase lútea continua = corpo lúteo gravídico. 
Obs: enquanto tem progesterona, o endométrio não escama. 
 
5. Fase da Gravidez 
→ Ciclos menstruais cessam. 
→ Endométrio permanece na fase gravídica. 
→ O hormônio hCG começa a aumentar de nível. 
→ Ciclos ovarianos e menstruais ressurgem após período variável (6 a 10 semanas se não estiver mais 
amamentando – 81 dias, que é o que demora para a maturação dos folículos novamente). 
→ Durante esses 9 meses de gestação, pois todos os folículos que estavam esperando o FSH para madurar, não 
chegam, então, eles morrem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fecundação ou Fertilização – Aula 4 
 
Introdução 
Imaginando que as fases do ciclo ovariano e espermatogênese deu certo e, em uma ejaculação, cerca de 300 milhões 
de espermatozoides foram liberados, apenas 200 chegam na tuba uterina, afinal, o resto perde-se no canal vaginal e 
no início do útero e, desse modo, apenas um espermatozoide vai fecundar o ovócito II. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lembrando: o ovócito tem 24h de vida, mas deve ser fecundado em 12h, pois depois disso, não é mais estabilizado, 
afinal, ele perde alguns componentes e a continuidade para as divisões mitóticas se torna muito difícil. Caso não seja 
fecundado, ele é degradado e reabsorvido. 
 
 
 
Resumindo a fecundação: A fecundação é, basicamente, quando um espermatozoide encontra com um oócito, 
penetrando-o e ativando-o. Dessa maneira, o ovócito termina sua divisão, sendo chamada de ÓVULO. Em seguida, os 
núcleos feminino e masculino são fundidos, originando o ZIGOTO. Esse processo demora em torno de 24 horas e, 
então, começam as divisões mitóticas do zigoto. Logo depois, o zigoto demora 4 dias para chegar até o útero (ele 
permanece com a corona radiata até chegar no útero, depois, ela desaparece). Por cerca de 2 dias, o zigoto fica 
Ovulação -> Ovócito II captado pela tuba uterina -> Movimenta-se e chega até o terço final da ampola (é a 
distância que ele consegue percorrer em 12h, onde é fecundado). 
Alguns com defeitos, com 2 caudas, duas cabeças ou até msm sem cabeça. Além disso, o pH do sêmen é alcalino, 
já o pH do canal vaginal é levemente ácido, então, mtos perdem acabam se perdendo por falta de resistência ao 
pH. Assim, qto + FÉRTIL a mulher estiver, - ÁCIDO o pH vaginal vai ser, mas não deixa de ser ácido. 
Não, pensando que um espermatozoide com 23 cromossomos vai penetrar um óvulo com mais 23 cromossomos 
também, ao final da fecundação, teremos 46 pares de cromossomos, formando um zigoto, que é o correto. 
Porém, se vier mais um, seriam mais 23 cromossomos, totalizando 69 cromossomos, assim, não sobreviveriam. 
Isabela Garcia - TXXI 
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solto no útero, transformando-se em blastocisto, e no 6° dia, ele começa o processo de implantação, tocando o 
endométrio. Assim, com 10 dias, o zigoto deve estar completamente implantado na parede uterina e, por fim, fixado. 
 
Local habitual da fecundação: é a AMPOLA DA TUBA UTERINA, pois é a porção mais larga da tuba uterina e mais 
próxima ao ovário, entretanto, se o oócito não for fecundação nesse local, ele passa lentamente pela tuba uterina, 
até a cavidade do útero, onde se degenera e é reabsorvido. 
 
 
 
 
 
Viabilidade dos Gametas 
✓ Muco vaginal, Viabilidade espermática e Definição do sexo do embrião. 
O muco vaginal é produzido e secretado durante todo o ciclo e sofre alterações. Antes do período fértil ele é muito 
pouco e tem uma consistência cremosa que dificulta os espermatozoides sobreviverem. Conforme vai chegando o 
período fértil, esse muco fica em maior quantidade e mais aquoso facilitando a natação dos espermatozoides. 
Ademais, 24 horas antes do pico de LH, o muco vira igual clara de ovo elástica, e é o melhor muco para a fertilidade, 
onde o PH vaginal vai estar menos ácido. Logo que acaba a ovulação, o muco vira cremoso (parece textura de 
pomada). 
Sobre a diferença entre os gametas feminino e masculino: a mulher produz apenas gametas X, já o homem, produz 
gametas X e Y (o cromossomo X é bem MAIOR que o Y, assim, isso pode afetar o espermatozoide). O 
espermatozoide com o cromossomo Y, por ser menor, consegue nadar mais rápido, porém, é menos resistente, não 
conseguindo ficar muito tempo no canal vaginal. Já o espermatozoide com o cromossomo X, é mais lento, porém, 
mais resistente, por ser maior. Por fim, a maioria dos espermatozoides humanos não sobrevivem por mais de 48 
horas. 
Outro fator que influencia se vai ser uma menina ou menino, é o pH vaginal e o comportamento alimentar: se a 
alimentação for mais acida a chance maior é de ter meninas, de alimentos mais básicos é de ter meninos. Alguns 
estudos apontam que as vegetarianas têm mais tendência a ter meninas. Dizem que cálcio e magnésio em maior 
quantidade na alimentação podem ter tendência a meninas. A posição sexual também pode influenciar, uma posição 
mais profunda lança os espermatozoides mais longes, e os meninos são beneficiados, uma penetração suave vai 
favorecer as meninas pois vão ter que nadar mais. Mas isso só funciona muito próximo ao dia de ovulação. Estudos 
apontam que tem em torno de 70% de chances de direcionar para um dos sexos. 
 
✓ O zigoto 
→ É uma célula totipotente, altamente especializada (FAZ MUITA MITOSE = MULTIPLICAÇÃO CELULAR). 
→ Ele contém cromossomos e genes derivados da mãe e do pai. 
• 24H DE FECUNDAÇÃO; 
• 4 DIAS PARA CHEGAR AO ÚTERO; 
• 2 DIAS SOLTO NO ÚTERO; 
• 4 DIAS PARA COMPLETAR A 
IMPLANTAÇO; 
Isabela Garcia - TXXI 
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→ O zigoto divide-se várias vezes (MITOSE) e vai se transformando progressivamente em um ser humanomulticelular, por meio de processos celulares tais como divisão, migração, crescimento e diferenciação. 
Enquanto há divisão (mitose), o zigoto vai ser empurrado pela tuba uterina; 
→ Até o 10° dia, ele PRECISA ter penetrado na parede do endométrio, porque o corpo lúteo vive em média 12 dias, 
portanto, depois que o mesmo morrer, a taxa de progesterona irá diminuir, provocando a descamação e, com isso, 
perdendo o blastocisto. 
→ Se houver a implantação do zigoto, começa a produção de HCG (hormônio gonadotrófico coriônico), que é 
indicativo da gravidez (só está presente quando há gravidez). Esse HCG é percebido pelo corpo lúteo, que não vai 
degenerar e continuará a secretar progesterona. 
 
Fases da Fecundação 
✓ Capacitação 
→ É um período de condicionamento, INICIAL DA FECUNDAÇÃO, no sistema genial feminino que, dura 
aproximadamente 7 horas, onde os espermatozoides sofrem alterações na estrutura de sua membrana 
plasmática, para sobreviverem no corpo da mulher. 
→ Esse processo aumenta a atividade respiratória e motilidade. 
Acontece assim: sabe-se que o espermatozoide recém ejaculado para ampola da tuba uterina, ainda não é capaz de 
fecundar um ovócito, pois não está capacitado para isso. Primeiro, enquanto ele nada até o ovócito, passa por um 
ambiente hostil, por causa do pH mais ácido, sofrendo alterações (são deterioradas/removidas) na cobertura de 
glicoproteínas e proteínas plasmáticas seminais (membrana plasmática) que recobrem a região acrossômica do 
espermatozoide, esse fato é chamado de REAÇÃO ACROSSÔMICA. Depois de todo esse processo de capacitação, 
no fim do percurso, a primeira coisa que os espermatozoides encontram é a COROA RADIATA (várias células 
foliculares envolta desse ovócito). 
 
 
 
1. Passagem do espermatozoide através da coroa radiata 
→ Dos 300 milhões de espermatozoides depositados através da ejaculação masculina, apenas de 300 a 500 
alcançam o local de fertilização, no qual, após a capacitação, o primeiro obstáculo que os espermatozoides 
encontram é a COROA RADIATA. 
Isabela Garcia - TXXI 
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Acontece assim: As enzimas que estavam dentro do acrossoma, chamadas de HIALURONIDASE e ACROSINA, são 
liberadas devido a membrana plasmática do acrossoma ter rompido, e quebram as ligações que uniam as células da 
coroa (as celulas foliculares da coroa eram unidas por moléculas de adesão), destruindo o ÁCIDO HIALURÔNICO 
(que é um componente da matriz extracelular), facilitando a penetração dos espermatozoides até a zona pelúcida. 
Nesse momento, vão ter vários espermatozoides capacitados em torno do ovócito, fazendo a mesma coisa. Com 
isso, depois de passar através da coroa radiata, ainda tem a ZONA PELÚCIDA (próxima barreira), e vão atingir 
essa área. 
Obs: além disso, os movimentos da cauda do espermatozoide também são importantes durante a penetração da 
corona radiata. 
 
 
2. Penetração da Zona Pelúcida 
→ A zona pelúcida é uma camada gelatinosa de glicoproteínas (chamadas de ZP1, ZP2, ZP3 E ZP4) que cerca o 
oócito, facilitando e mantendo a ligação do espermatozoide e induzindo a reação acrossômica. 
Acontece assim: quando o espermatozoide chega na zona pelúcida, as proteínas de membrana expostas desse 
espermatozoide vão interagir com as glicoproteínas (ZP1, ZP2, ZP3 E ZP4), pois apesar de ele já ter perdido boa 
parte da primeira membrana, ainda existe membrana que o reveste parcialmente. Sabe-se que é essa membrana 
que expõe o sítio de ligação durante a capacitação dos espermatozoides e, além disso, expõe justamente o sítio de 
ligação que faz com que o espermatozoide se ligue a essas glicoproteínas. 
Quando chega na zona pelúcida, a primeira glicoproteína que ele vai fazer contato é a ZP3 (é receptor), que tem 
uma ligação especifica com a proteína de membrana exposta do espermatozoide, a ZP3 reconhece essa proteína, 
fazendo a ligação inicial com a zona pelúcida, assim, como eles se reconhecem e fazem contato, se aderem um ao 
outro. Portanto, a ZP3 serve só para o contato inicial. 
Em seguida, o espermatozoide encontra a glicoproteína ZP2, que mantém ele conectado com a zona pelúcida, pois as 
ZP3 irão sendo destruídas, para impedir a ligação e penetração de outros espermatozoides no ovócito. Dessa 
maneira, conectados com a ZP2, atravessa a zona pelúcida, chegando até a membrana do ovócito, 
 
 
3. Fusão entre as membranas do oócito e do espermatozoide 
→ Depois de atravessar a zona pelúcida, o espermatozoide vai ter que fundir sua membrana com a membrana do 
ovócito. Entretanto, há um problema que impede isso. 
Problema: as membranas apicais da cabeça do espermatozoide foram parcialmente destruídas quando atravessou a 
corona radiata e a zona pelúcida, assim, tem uma membrana intacta só até uma parte dele (que está na parte basal 
dele), na parte apical não existe mais membrana. Portanto, ele não pode chegar de frente no ovócito de forma 
apical, e sim, apenas, tangencial (contato tangencial) para fundir sua membrana lateral/posterior (membrana 
intacta) com a membrana do ovócito e, então, por fim, fazer reconhecimento de membrana de ovócito com 
espermatozoide, permitindo a fusão. 
Isabela Garcia - TXXI 
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→ A solução para esse problema, vai ser a ligação entre duas moléculas, FERTILINA - presente na membrana do 
espermatozoide - e a INTEGRINA do ovócito. Quando há essa interação, as duas membranas fundem-se e 
abrem um canal de passagem por onde o material do espermatozoide penetra no ovócito, deixando a membrana 
plasmática para trás, na superfície do oócito. 
→ Por fim, os núcleos do espermatozoide e oócitos fundem-se, tornando-se um só, formando a célula ovo ou 
ZIGOTO. 
 
 
 
→ O ovócito tem em toda a sua parte interna junta à membrana plasmática, um monte de grânulos corticais, e 
quando ocorre a fusão das membranas (reconhecimento fertilina e integrina) vai ter uma reação que vai fazer 
com que muito cálcio entre para dentro do ovócito (aumenta o influxo de cálcio). E essa entrada de cálcio faz 
com que haja a exocitose dos grânulos corticais, para fora da célula em direção a zona pelúcida (vão alterar a 
estrutura das glicoproteínas ZP2 e ZP3) gerando um bloqueio definitivo na zona pelúcida. 
 
 
✓ Tão logo o espermatozoide entre no oócito, este responde de três maneiras: 
A. Reações cortical e de zona: como resultado da liberação dos grânulos corticais dos oócitos, que contêm 
enzimas lisossomais, a membrana do oócito se torna impenetrável a outros espermatozoides, e a zona 
pelucida altera sua estrutura e composição para evitar a ligação e a penetração do espermatozoide. Essas 
reações evitam a poliespermia (penetração de um ou mais espermatozoides no oócito). 
B. Continuação da segunda divisão meiótica. O oócito termina sua segunda divisão meiótica imediatamente após 
a entrada do espermatozoide. Uma das células-filhas, que recebe pouco ou nenhum citoplasma, é conhecida 
como segundo corpúsculo polar; a outra é o oócito definitivo ou óvulo. Seus cromossomos (22 mais X) se 
dispõem em um núcleo vesicular conhecido como pró-núcleo feminino. 
C. Ativação metabólica do óvulo: O fator de ativação provavelmente é carregado pelo espermatozoide. A 
ativação inclui eventos moleculares e celulares associados ao início da embriogênese. 
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Nesse momento, em média 24h após a fecundação, o zigoto começa a secretar no soro materno uma proteína 
imunossupressora (HCG) que impede o organismo da mãe de ter alguma reação contra essa célula, impede de reagir 
como se fosse um “corpo estranho”. Depois de formar o zigoto, os centríolos se posicionam em lados opostos para 
formar o fuso mitótico e iniciar as clivagens, no zigoto. 
 
 
 
 
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✓ Gêmeos 
Os gêmeos são formados da seguinte forma: Quando são gêmeos fraternos ou bivitelinos são dois ovócitos que são 
liberados e ai cada um com seu respectivo espermatozoide, eles vão ser irmãos que podem ser totalmente 
diferentes, agora ounivitelino é idêntico, é 1 ovócito e 1 espermatozoide mas no momento em que eles estão se 
dividindo a massa de células se separam, a compactação não acontece direito, muitas coisas tem que acontecer para 
essa compactação acontecer (tem que manter essas células em uma área sem aumentar essa área), o que acontece 
com gêmeos idênticos é que em algum momento essa massa se divide em duas. 
 
✓ Resultados da Fertilização 
→ Restauração da quantidade diploide de cromossomos, metade do pai e metade da mãe. Assim, o zigoto contém 
uma nova combinação cromossômica diferente de ambos os pais; 
→ Determinação do sexo do novo indivíduo. Um espermatozoide carregando um X produz um embrião feminino 
(XX), e um espermatozoide carregando um Y produz um embrião masculino (XY). Assim, o sexo cromossômico 
do embrião é determinado na fertilização; 
→ Início da clivagem. Sem a fertilização, geralmente o oócito degenera 24 h após a oocitação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1° Semana (Clivagem ou Segmentação) – Aula 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
Clivagem 
✓ Definição 
Sabe-se que no final da fecundação, uma única célula diploide, chamada de ZIGOTO, foi formada a partir da união 
do núcleo do espermatozoide + núcleo do ovócito. Com isso, durante o seu transporte pela tuba uterina em direção 
ao útero, 24h depois dessa fertilização, ocorre o processo de CLIVAGEM, que dá início à primeira divisão mitótica 
sucessiva desse zigoto, onde ele divide-se em dois, mas sem aumentar o volume total do embrião (a cada divisão, ele 
torna-se menor), por fim, a célula nova que surge vai chamar-se BLASTÔMERO e cada um desse blastômero 
formado, dará origem a outro blastômero, primeiro, dividindo-se e estruturando-se em 2 células. Essa divisão não 
para e acontece de forma potencial: dessas 2 células formadas, vão ser formadas 4, depois 8, depois 16 e, por fim, 
32. 
 
 Obs: as células referidas no processo representado acima, são os blastômeros. 
ZIGOTO
2 
CÉLULAS
4 
CÉLULAS
8 CÉLULAS
16 
CÉLULAS
32 
CÉLULAS
MÓRULA
BLASTOCI
STO
IMPLANT
AÇÃO
A fecundação é conhecida como ESTÁGIO I. Esse estágio deve acontecer no 1° dia da ovulação (12h, esse é o 
dia da fecundação). 
Concepto -> é todo o conjunto que foi originado através de uma concepção. Não importa se isso vai formar 
placenta, e esse embrião, pode-se chamar de concepto. A partir desse momento que surge os dois primeiros 
blastômeros, entra-se no ESTÁGIO II, relacionado ao 2° e 3° dia, no qual ele vai sofrer sucessivas mitoses. 
Célula ovo -> 2 cél -> 4 cél -> 8 cél -> 16 cél -> 32 cél -> MÓRULA -> BLÁSTULA. 
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Tal processo de clivagem, é lento, levando praticamente um dia (24h) para cada divisão mitótica e acontece durante 
o transporte do zigoto pela tuba uterina, em direção ao útero. Por exemplo, em 24h, os 2 primeiros blastômeros são 
formados; depois de 48 hrs (2 dias), 4 células são formadas, depois de 3 dias, de 6-12 blastômeros, depois de 4 
dias, 16 blastômeros; depois de 5 dias, 32 células (MÓRULA). POR FIM, O BLASTOCISTO, INICIA A 
IMPLANTAÇÃO, depois de 5/6 dias. 
 
 
✓ Blastômero: 
Cada célula formada durante o processo de clivagem do zigoto, chama-se blastômero. Ele é caracterizado por ser 
uma célula indiferenciada (sem diferenciação), ou seja, são todas idênticas e o conjunto de blastômeros divididos 
dentro do espaço delimitado pela zona pelúcida, formarão a MÓRULA (de 12 a 32 blastômeros), em seguida, 
BLÁSTULA e GÁSTRULA. 
Características dos blastômeros: 
→ É uma esfera maciça de células. 
→ São totipotentes: são assim pois células totipotentes não fazem parte de nenhuma linhagem especifica e, 
assim, podem originar qualquer célula do organismo ou de anexo embrionário. 
→ Não se dividem todos ao mesmo tempo, sendo frequente um número ímpar de células no embrião. 
 
✓ 8 Blastômeros (Células) 
O estágio de até 8 blastômeros formados, apresenta desenvolvimento regulado, afinal, mesmo que alguma célula 
seja perdida durante o processo de clivagem, o embrião progride normal. Isso acontece devido as demais células 
(blastômeros) conter as informações necessárias para formar todas as estruturas do embrião (ser totipotente). 
Entretanto, a partir desse estágio, a expressão genética muda, e as células, de acordo com a posição que estão 
ocupando, terão destinos diferentes, então se alguma célula for perdida a partir desse segundo, o desenvolvimento 
embrionário será anormal, chamado de mosaico. 
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Além disso, no estágio de 8 células, ocorre a formação de diversas junções que, por fim, permitem a superfície 
apical das células ficar voltada para fora (exterior) e a superfície basal, voltada para dentro (interior), criando 
uma polaridade interno-externa, isso é quem faz com que os blastômeros da superfície e os mais internos recebam 
estímulos diferentes, dando origem a linhagens celulares distintas: 
→ Junções GAP: permitem a comunicação entre as células; 
→ Junções de Adesão: unem as células, internamente. 
→ Junções de Oclusão: tornam os blastômeros externos polarizados. 
 
 
 
 
 
 
✓ 16 a 32 Blastômeros (Células) 
O embrião com 16 blastômeros parece uma amora, por isso, passa a ser chamado de MÓRULA. Assim, como houve o 
surgimento das junções, promovendo a compactação dessas células, os blastômeros externos não podem ser mais 
identificados individualmente, quando vistos da superfície (superfície apical). 
 
No embrião com 32 células, os blastômeros secretam um fluido para os espaços dentro do embrião, onde o liquido 
vai se concentrar e, as células da mórula começam a se afastar, gerando uma cavidade, em seu interior, chamada de 
BLASTOCELE. Essa cavidade depende da existência das junções comunicantes e de oclusão para existir, pois se os 
estabelecimentos das junções GAP forem inibidos, não haverá blastocele. Por fim, depois dessa cavidade formada, o 
embrião de 32 blastômeros passa a ser chamado de BLASTOCISTO. 
 
O blastocisto é o início da diferenciação das células e quando as zônulas de oclusão definem os domínios (basal e 
apical). É composto por duas camadas/domínios: uma mais superficial, chamada de TROFOBLASTO (ou 
trofoectoderma) e uma pequena camada de um grupo interno de células, o EMBRIOBLASTO (ou massa celular 
interna). O trofoblasto vai derivar parte da PLACENTA, já o embrioblasto, vai derivar o embrião, propriamente 
dito, e alguns anexos embrionários importantes. 
Obs: o trofoblasto é extremamente invasivo, pois atravessa o endométrio, posteriormente. 
Compactação -> após o estágio de 9 células 
formadas, os blastômeros mudam sua forma e 
agrupam-se firmemente uns aos outros, para 
formar uma bola compacta de células. 
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IMPORTANTE: quando o BLASTOCISTO (formado por 32 blastômeros) começa a secretar esse fluido/líquido, ele 
força sua saída da Zona Pelúcida, gerando uma pressão que vai desfazendo-a até ela desaparecer e, então ocorre a 
implantação no útero. A partir daqui, a nutrição do blastocisto, não é mais pela zona pelúcida, pois ela some, mas sim 
pelas secreções das glândulas uterinas. 
 
Implantação 
 
(Ocorre 6 dias após a fecundação) 
 
✓ Etapas da implantação 
 
1° Etapa -> Hatching: significa eclosão. Essa etapa consiste na saída do blastocisto pela ruptura da zona 
pelúcida, por meio de proteases ricas em cisteína, liberadas dos microvilos do trofoblasto. 
2° Etapa -> Aposição e adesão: o polo embrionário derivado dos trofoblastos, adere ao epitélio do endométrio, 
por meio de interdigitação dos microvilos dos próprios trofoblastos e epitélio uterino, posicionadas de tal forma que 
as várias moléculas de adesão trofoblásticas, tem afinidade com as células do tecido epitelial, ocorrendo a 
formação de complexos juncionais entre eles e interações com os receptores do trofoblasto. 
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3° Etapa -> Invasão: o trofoblasto se prolifera e diferencia-seem duas camadas, uma interna, chamada de 
CITOTROFOBLASTO, e outra que é uma massa protoplasmática multinucleada, sem delimitação celular, chamada de 
SINCICIOTROFOBLASTO. As células epiteliais sofrem APOPTOSE (morte celular programada) e, portanto, esse 
dano do tecido uterino estimula a síntese de PROSTAGLANDINAS, que aumentam A PERMEABILIDADE 
VASCULAR e, consequentemente, ocorre um edema no estroma, dessa forma, tendo que recrutar LEUCÓCITOS e 
produzir citocinas. Na etapa da invasão, o sinciciotrofoblasto penetra o endométrio com suas projeções e enzimas 
que degradam a matriz extracelular. 
IMPORTANTE: o trofoblasto é extremamente invasivo, pois atravessa o endométrio, atingindo glândulas e vasos 
sanguíneos, assim, alcançando o terço interno do miométrio. 
 
✓ Formação da Primeira Barreira 
Quando as células epiteliais sofrem APOPTOSE (morte celular programada), nem todas morrem, pois existem as 
DECIDUAIS, que são organizadas em duas populações: 
A) As deciduais que degeneram, liberando glicogênio e lipídio, morrendo. 
B) As deciduais que formam a barreira entre o endométrio da mão e o concepto. 
A diferenciação dessas células deciduais é feita quando os fibroblastos se tornam poliploides e poliédricos, onde 
uma população vai nutrir o embrião e a outra vai tornar-se uma barreira, pois começam a se conectar umas com as 
outras, com junções GAP e de adesão, se posicionando como um tecido epitelial, com células justapostas para 
envolver o concepto. 
 
As principais funções dessa barreira são: 
→ Impedir que a área de desenvolvimento do embrião seja invadida sem parar; 
→ Proteção inicial do endométrio de elementos que podem vir do endométrio, selecionando a passagem de 
substâncias e macromoléculas como, por exemplo, o IgG (Imunoglobulina G). Assim, com o bloqueio dessa IgG, 
impede que haja defesa materna contra essas células diferentes, bloqueia a reação imunológica. 
Por fim, o sangue materno invade dentro das lacunas do sinciciotrofoblasto e, como o endométrio está na fase 
secretora, o embrião capta as substancias produzidas pelas glândulas uterinas, como por ex, o glicogênio. Além 
disso, a fagocitose de células endometriais e de eritrócitos, tbm contribuem para a sua nutrição. 
 
No final da 1° semana, o blastocisto está superficialmente implantado na camada compacta do endométrio e sendo 
nutrido pelos tecidos maternos erodidos. Assim, a ultima camada de células é formada (endoderma primitivo), 
chamada de HIPOBLASTO, que surge na superfície do embrioblasto, voltada para a cavidade blastocística. 
Obs: o sinciciotrofoblasto e o citotrofoblasto são responsáveis pela secreção de HCG. Esse hormônio mantém a 
atv do corpo lúteo e ajuda no sucesso da implantação e diferenciação do trofoblasto. No final da segunda 
semana, os níveis desse hormônio no sangue da mulher, são suficientes para o teste de gravidez dar positivo. 
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IMPORTANTE: O epitélio do endométrio será reconstruído no 12° dia, cobrindo totalmente o embrião. Então, o 
embrião não se desenvolve na luz do útero, mas sim dentro da sua parede (parede posterior, geralmente). 
 
✓ Correlações Clínicas 
A. Gravidez Ectópica -> quando a implantação do blastocisto se dá fora do útero, como por exemplo, na tuba 
uterina ou na cavidade abdominal. 
→ A gravidez tubaria é a mais comum (implantação na tuba uterina), ela pode ser recorrente da obstrução 
da tuba por processos inflamatórios, como alguns causados por gonorréia ou até mesmo pela clamídia, 
responsáveis pela DIP (doença inflamatória pélvica). Até a 8° semana de gestação, por causa do 
crescimento do embrião, a tuba rompe-se, provocando hemorragia intensa, podendo ser fatal tanto para 
a mãe, quanto para o feto. 
→ A gravidez com implantação do embrião na região abdominal, é comum que seja implantado, também, na 
bolsa retouterina (ou bolsa de Douglas), que é uma região da prega de peritônio, entre o reto e o útero. 
Há casos em que o feto não retirado se calcifica, formando o litopédio (criança de pedra). 
Métodos Contraceptivos 
 
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2° Semana – Aula 6 
A 1° semana de desenvolvimento embrionário terminou, mais ou menos, no 7° dia, com a primeira diferenciação de 
células do embrioblasto acontecendo e dando origem ao hipoblasto, uma fina camada celular epitelial cuboide, que 
surge na superfície do embrioblasto, voltada para a cavidade blastocística (blastocele). 
Na 2° semana de desenvolvimento embrionário, a implantação vai ser completada, em média, no 10° dia e os 
principais componentes que serão formados são: 
→ Embrião didérmico; 
→ Saco amniótico; 
→ Saco vitelínic;. 
→ Saco alantóide; 
 
 
✓ 8° dia de Desenvolvimento Embrionário 
Entre as células do embrioblasto, na cavidade dele, acumula-se mais e mais fluido, surgindo a cavidade amniótica, 
revestida por células amnioblásticas. Somado a isso, sob ela (embaixo da cavidade amniótica), surge as células do 
embrioblasto, organizadas em uma camada de células colunares, chamada de EPIBLASTO. Assim, pode-se dizer que 
o embrião, na segunda semana, é DIDÉRMICO, ou seja, composto por duas camadas, o EPIBLASTO (camada mais 
espessa, com células colunares altas, relacionadas à cavidade amniótica) + HIPOBLASTO (camada com pequenas 
células adjacentes à cavidade exocelômica). 
Obs: A cavidade exocelômica formará o SACO VITELÍNEO, no momento em que as células do hipoblasto fecharem 
um cículo (veremos mais para frente isso). 
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✓ 9° dia de Desenvolvimento Embrionário 
No 9° dia, o teto da cavidade amniótica é originado de células do epiblasto. Com isso, o âmnio (membrana amniótica 
ou ectoderma extraembrionário) será o revestimento interno do saco amniótico. 
As células do HIPOBLASTO migram e revestem a blastocele, originando a membrana exocelômica (ou endoderma 
extraembrionário), que formará o SACO VITELINO. Quando o saco vitelino se estabelece, a matriz extracelular é 
depositada entre a membrana exocelâmica e o citotrofoblasto, formando uma cavidade entre as duas camadas, 
chamada de mesoderma extraembrionário que, posteriormente, será substituída por fluido, tornando-se o que 
chamamos de CELOMA EXTRAEMBRIONÁRIO. O fluido entre essas lacunas contém o hormônio HCG, que mantém 
o corpo lúteo. 
Por fim, no 9° dia, forma-se a circulação uteroplacentária primitiva (comunicação capilar). 
 
✓ 10° dia de Desenvolvimento Embrionário 
Com a mesoderma extraembrionário formada, o sangue materno começa a circular nas lacunas do 
sinciciotrofoblasto, nutrindo essas células. IMPORTANTE: O 10° dia, é o da IMPLANTAÇÃO TOTAL.

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