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Microorganismos (FICHAS)

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MICROORGANISMOS - PARASITOLOGIA
ENTAMOEBA HYSTOLITICA
Habitat:
Localiza-se principalmente no intestino grosso, embora possa, excepcionalmente, alcançar outros órgãos, como o fígado, os pulmões e o sistema nervoso.
Transmissão:
A transmissão da infecção ocorre geralmente, por via fecal-oral, pela ingestão de água ou de alimentos contaminados por cistos de Entamoeba.
Etiopatogenia:
A Entamoeba histolytica eliminada nas fezes encontra-se na forma de cistos, que é muito resistente a meios hostis, podendo sobreviver no ambiente por vários meses. A ingestão de \\\\\um único cisto de Entamoeba histolytica é suficiente para contaminar o paciente.
O cisto, após ser ingerido, passa incólume pela acidez do estômago, e muda para a forma trofozoíta ao chegar nos intestinos. Quando alcançam o cólon, os trofozoítas se aderem a sua parede e passam a colonizá-la. Na maioria dos casos a Entamoeba histolytica tem um comportamento comensal, isto é, vive em harmonia com o hospedeiro, alimentando-se dos nossos alimentos e não produzindo sintomas.
Os trofozoítas se multiplicam no cólon de forma binária e voltam a formar cistos, que são eliminados nas fezes. O paciente contaminado elimina a Entamoeba histolytica em forma de cistos e trofozoítas, mas apenas os primeiros são capazes de sobreviver no ambiente.
Mesmo que outro indivíduo venha a ingerir a forma trofozoíta, esta não é capaz de provocar doença, pois é destruída pela acidez estomacal. Portanto, apenas os cistos de Entamoeba histolytica são capazes de provocar doença
Terapia:
O tratamento para a amebíase intestinal não complicada geralmente é feito apenas com o uso de Metronidazol por até 10 dias seguidos, de acordo com a recomendação do médico. Em alguns casos, pode ser indicado também o uso de alguns remédios que ajudam a aliviar os sintomas apresentados, como Domperidona ou Metoclopramida.
Nos casos mais graves, em que a amebíase está espalhada por outras partes do corpo, além do tratamento com Metronidazol, também se deve tentar resolver as lesões causadas nos órgãos.
ENTAMOEBA COLI
Habitat: intestino grosso Transmissão:
A transmissão dessa bactéria ocorre através da água ou alimentos contaminados, ou através do contato com as fezes da pessoa contaminada, e por isso é de fácil transmissão especialmente entre as crianças, na escola ou na creche.
Etiopatogenia:
O ciclo biológico é do tipo monoxênico e inicia-se pela ingestão dos cistos maduros, junto de alimentos e água contaminados. Os cistos passam pelo estômago, chegam ao final do intestino delgado ou início do intestino grosso onde ocorre o desencistamento, com a saída do metacisto.
Terapia:
Os medicamentos mais usados para o tratamento de amebíase são:
Annita, Benzoilmetronidazol, Doxiciclina, Flagyl,Flagyl Pediátrico, Helmizol (comprimido), Helmizol (suspensão), Secnidazol.
NECATOR AMERICANUS
Habitat:
no intestino, principalmente no final do duodeno
Transmissão:
A contaminação com o Ancylostoma duodenale ou Necator americanus se dá através de contato direto da pele com o solo contaminado (geralmente pelos pés) ou por ingestão acidental da larva presente no ambiente (geralmente por mãos contaminadas pelo solo que vão à boca sem terem sido lavadas). Apenas 5 minutos de contato direto da pele com o solo contaminado é suficiente para a larva conseguir penetrar o nosso organismo.
Etiopatogenia:
Após penetrar a pele, a larva alcança os vasos sanguíneos e viaja até os pulmões, onde permanecerá por alguns dias. Quando o paciente tosse, o parasito pode ser lançado e m direção à cavidade oral, sendo, então, inadvertidamente deglutido. Se a contaminação inicial não tiver sido pela pele, mas sim por ingestão acidental da larva, essa primeira parte do ciclo não existe, indo o parasito diretamente para o trato gastrointestinal.
Ao ser deglutida, a larva passa pelo estômago e se aloja no intestino delgado, onde irá amadurecer até a forma adulta do verme. Lá, cada ancilostomídeo ingerido se adere à mucosa e passa a ingerir cerca de 0,3 a 0,5 ml de sangue por dia. Para que surja anemia, é necessária uma contaminação com, pelo menos, 40 vermes.
Cinco a oito semanas após o paciente ter sido contaminado pela primeira vez, a fêmea do Ancylostoma duodenale ou Necator americanus passa a produzir milhares de ovos, que serão lançados ao ambiente pelas fezes, reiniciando o ciclo de vida do parasito.
Tanto o Ancylostoma duodenale ou Necator americanus não se multiplicam dentro do nosso organismo. Para gerar novos vermes, os ovos precisam se depositados no ambiente.
Portanto, se o individuo não se recontaminar, ele acaba se curando sozinho da ancilostomíase com o tempo.
Terapia:
O tratamento para ancilostomose é igual, seja ela provocada por Ancylostoma duodenale ou Necator americanus.
Dois esquema com anti-helmínticos são os mais utilizados:
· Albendazol 400 mg dose única.
· Mebendazol 100 mg 2 vezes por dia por 3 dias.
Se o paciente tiver anemia, indica-se também reposição de ferro por via oral.
STRONGILOIDES STERCORALIS
Habitat:
intestino delgado
Transmissão:
A infecção humana ocorre quando há penetração da pele por larvas filarioides de Strongyloides stercoralis, geralmente por contacto direto com o solo contaminado por fezes humanas. Andar descalço é um dos fatores de risco mais importantes para se contaminar. Além da invasão da pele, a estrongiloidíase também pode ser adquirida pela via oral, através da ingestão de água contaminada ou quando o paciente ingere alimentos preparados por mãos infectadas, não adequadamente lavadas após uma evacuação.
Etiopatogenia:
Após a penetração na pele, as larvas migram para os pulmões. Uma vez nos pulmões, elas migram em direção à parte superior das vias aéreas, sendo inconscientemente engolidas ao chegarem próximas à faringe, caindo no sistema gastrointestinal.
Quando chegam ao intestino delgado, as larvas amadurecem e evoluem exclusivamente para a forma de fêmeas adultas, que medem cerca 2 mm de comprimento. Cada fêmea adulta pode viver até 5 anos, produzindo ovos e liberando novas larvas ainda dentro dos intestinos. As novas larvas são excretadas junto com as fezes, reiniciando o ciclo de transmissão o verme.
Terapia:
O tratamento com de Ivermectina, 200 mcg/kg em dose única por via oral, é o tratamento de escolha para a estrongiloidíase, com taxa de sucesso próxima a 100%.
Cambendazol, Albendazol e Tiabendazol são alternativas também eficazes, que podem ser usadas quando a ivermectina não estiver disponível.
GIARDIA LAMBLIA
Habitat:
intestino
Transmissão:
sua transmissão se dá pelo contato com fezes de pessoas contaminadas.
Etiopatogenia:
A Giardia possui duas formas morfológicas: cistos e trofozoítas.
Os cistos são as formas do parasita liberadas pelas fezes dos pacientes infectados, podendo sobreviver por muito tempo no ambiente se houver umidade.
A transmissão da Giárdia é fecal-oral, ou seja, ocorre pela ingestão dos cistos de Giardia que saem nas fezes de humanos ou outros mamíferos. Quanto piores forem as condições de saneamento de um local, maior o risco de epidemias de giardíase. Falarei especificamente dos meios de transmissão mais abaixo.
Após a ingestão do cisto, a Giardia, no intestino delgado, se transforma na forma trofozoíta, tornando-se organismos flagelados que medem apenas 15 micrômetros (0,015 milímetros). Para um melhor entendimento, podemos dizer que os cistos funcionam como ovos e os trofozoítas são os filhotes que saem do mesmo. Os trofozoítas são a forma capaz de se reproduzir, multiplicando-se dentro do intestino delgado do paciente contaminado, aderindo a sua parede e alimentando-se da comida que passa.
Quando o parasita chega ao intestino grosso, ele volta a forma de cisto, pois este é o único meio de sobreviver no meio ambiente após a sua eliminação nas fezes.
Terapia:
O tratamento da infecção pela Giardia tem dois objetivos: eliminar os sintomas nos pacientes sintomáticos e interromper a eliminação dos cistos pelas fezes, quebrando a cadeia de transmissão.
Os esquemas terapêuticos mais indicados são os seguintes (doses para adultos):
·Tinidazol (Pletil) 2000 mg em dose única.
· Secnidazol (Secnidal) 2000 mg em única.
· Metronidazol (Flagyl) 500 mg – 2 vezes por dia por 5 dias.
· Nitazoxanida (Annita) 500 mg – 2 vezes por dia por 3 dias.
· Albendazol (Zolben, Zentel) 400 mg – 1 vez por dia por 5 dias.
· Mebendazol (Pantelmin) 300 mg – 3 vezes por dia por 5 dias

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