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Licenciatura Em Engenharia Eléctrica 4º Ano, Grupo 2 Gestão Empresarial Tema: Administração De Produção Discentes: Docente: Manuel Petecâncio Jofrice dra Quelita Muavanhane Pavilino Manuel Jone Zambo Pestaloze Lúcio Mandrasse Pirira Semba Tânia Elias Pessuro Nivale Turma: E42 Vila de Songo, aos Setembro de 2021 Licenciatura Em Engenharia Eléctrica 4º Ano, Grupo 2 Gestão Empresarial Tema: Administração De Produção Vila de Songo, aos Setembro de 2021 Trabalho elaborado pelos estudantes do Curso de Engenharia Eléctrica do Instituto Superior Politécnico de Songo e apresentado à mesma instituição, no âmbito da disciplina de Gestão Empresarial para fins de avaliação. RESUMO O sistema de produção nas empresas tem se tornando cada vez mais importante nas ambientes economias. A ineficiência no processo de produção levou a diversos pesquisadores a elaborarem sistemas de controle da produtividade. O sistema de produção e operações é estruturado dependendo de qual será a produção da empresa, qual será a demanda, o produto fabricado, e vários outros factores que influenciam directamente no sistema. A busca por melhorias na administração da produção tem aumentado na mesma proporção da competitividade global. O sistema de planeamento e controle da produção nas empresas é solicitado a responder às mudanças internas e externas, fornecendo resposta rápida e melhor controle dos recursos, entregas e desempenho. Palavras-Chave: Planeamento e controle da produção, objectivos de desempenho, administração da produção. ABSTRACT The production system in companies has become increasingly important in economies environments. The inefficiency or efficiency in the production process led several researchers to develop productivity control systems. The production and operations system are structured depending on what the company's production will be, what the demand will be, the manufactured product, and several other factors that directly influence the system. The search for improvements in production management has increased in the same proportion as global competitiveness. The production planning and control system in companies is requested to respond to internal and external changes, providing rapid response and better control of resources, deliveries and performance. Keywords: Production planning and control, Performance objectives, production management. Índice 1. Introdução ................................................................................................................................ 1 1.1. Objectivos......................................................................................................................... 1 1.1.1. Objectivos Gerais ...................................................................................................... 1 1.1.2. Objectivos Específicos .............................................................................................. 1 2. Administração da produção ..................................................................................................... 2 2.1. Sistema de Administração da Produção ........................................................................... 2 2.2. A Produção nas Organizações .......................................................................................... 3 2.3. Modelo de transformação ................................................................................................. 3 2.3.1. Entradas ou Inputs..................................................................................................... 3 2.3.2. Transformação de Recursos ...................................................................................... 4 2.3.3. Outputs ou Saídas do processo de transformação ..................................................... 4 3. Evolução da administração de produção ................................................................................. 5 3.1. Primeiro período – Revolução Industrial ......................................................................... 5 3.1.1. 1780 a 1860: Primeira Revolução Industrial - do carvão e do ferro ......................... 5 3.1.2. 1850 a 1914: Segunda Revolução Industrial - do aço e da electricidade .................. 6 3.2. Segundo período – Pesquisas por tentativas, erros e acertos ........................................... 6 3.3. Terceiro período – Consolidação da ciência da administração ........................................ 6 3.4. Quarto período – Abordagem quantitativa ....................................................................... 7 3.5. Quinto período – Qualidade e excelência organizacional ................................................ 7 3.6. Sexto período – Abordagem de coordenação da cadeia de suprimentos ......................... 8 4. Administração de produção e demais áreas funcionais ........................................................... 8 5. Planeamento e controle da produção (pcp): um processo integrado ....................................... 9 Conclusão ...................................................................................................................................... 12 Referencias bibliográficas ............................................................................................................. 13 GRUPO 2 - 2021 1 1. Introdução A administração da produção é uma actividade orientada para a produção de um bem físico ou para a prestação de um serviço, tendo como função administrativa a responsabilidade pelo desempenho de técnicas de gestão da produção de bens e de serviços ligando também a finalidade de desenvolver serviços e produtos. O ser humano depende das organizações, uma vez que a sociedade é constituída de organizações, pois quase todos os itens de necessidades humanas são produzidos pelas mesmas. Não podemos esquecer que além destas necessidades, o próprio homem passa parte de seu tempo e de sua vida dentro das mesmas. O método utilizado para a construção deste artigo vem a partir de uma fundamentação teórica em pesquisa básica, ou seja, buscando inicialmente teóricos que abordam o tema, sendo uma pesquisa de cunho descritivo e exploratório a fim de buscar maiores orientações sobre a perspectiva da Administração da Produção nas Organizações. 1.1. Objectivos 1.1.1. Objectivos Gerais O presente artigo tem como objectivo abordar pontos teóricos referentes à Administração da Produção, Sistema da Administração da Produção, contribuições para com os sistemas produtivos, perpassando pontos sobre a produção nas organizações e os reflexos da produtividade, competitividade e estratégias referentes ao tema. 1.1.2. Objectivos Específicos • Conhecer os aspectos gerais e as principais particularidades sobre o processo de industrialização e suas possíveis influências no actual mercado globalizado; • Visualizar os processos de transformação que ocorrem em todos os tipos de organizações, identificando suas entradas de recursos, seus modelos de processamento e respectivas saídas; • Compreender e identificar a existência das actividades de produção em qualquer tipo de organização. 2. Administração da produção A administração da produção é uma actividade orientada para a produção de um bem físico ou para a prestação de um serviço, tendo como função administrativa a responsabilidade pelo desempenho de técnicas de gestão da produção de bens e de serviços ligando também a finalidade de desenvolver serviços e produtos. Segundo slack ,et all(2002) “ A administração da produção trata da maneira pela qual as organizações produzem bens e serviços’’. 2.1. Sistema de Administração da Produção Segundo Chiavenato (1991), “Cada empresa adopta um sistema de produção para realizar as suas operações e produzirseus produtos ou serviços da melhor maneira possível e, com isto, garantir sua eficiência e eficácia.” Para atingir os objectivos estratégicos da organização e necessário um conjunto de técnicas e lógicas que podem ser utilizadas para esta finalidade, chamando genericamente de Sistemas de Administração da Produção os sistemas de informação que apoiam as tomadas de decisões, tácticas e operacionais buscando definir: ➢ O que produzir e comprar; ➢ Quanto produzir e comprar; ➢ Quando produzir e comprar; ➢ Com que recursos produzir. Independente da lógica utilizada, os Sistemas de Administração da Produção devem alcançar seus objectivos que é dar suporte ao atingimento dos objectivos estratégicos da organização, dando apoio aos itens como, planejar as necessidades futura de capacidade produtiva da organização, planejar os materiais comprados, planejar os níveis adequados de estoques de matérias-primas, semiacabados e produtos finais, nos pontos certos, programar actividade de produção para garantir que os recurso produtivos envolvidos estejam sendo utilizados, em cada momento, nas coisas certas e prioritárias, ser capaz de saber e de informar correctamente a respeito da situação corrente dos recursos (pessoas, equipamento, instalações, materiais) e das ordens (de compra e produção), ser capaz de prometer os menores prazos possíveis aos clientes e depois fazer cumpri-los e ser capaz de reagir eficazmente conforme Corrêa et al (2008). 2.2. A Produção nas Organizações A função produção é central para a organização porque produz os bens e serviços que são a razão de sua existência, mas não é a única nem, necessariamente, a mais importante. Embora essas funções tenham sua parte a executar nas actividades da organização, são (ou devem ser) ligadas com a função produção, por objectivos organizacionais comuns. Na prática, diferentes organizações adoptarão estruturas organizacionais e definirão funções também diferentes. Além da função produção, organização possui três outras funções principais (em termos dos papeis fundamentais que exercem na organização): ✓ A função marketing; ✓ A função contábil-financeira; ✓ A função desenvolvimento de produto/serviço. Também destacamos as funções de apoio que suprem e apoiam a função produção: ✓ A função recursos humanos; ✓ A função compras; ✓ A função engenharia/suporte técnico. 2.3. Modelo de transformação 2.3.1. Entradas ou Inputs Recursos a serem transformados (transformados): são aqueles que serão convertidos por meio de um processo de produção. Geralmente são um composto de: ✓ Matérias-primas e componentes; ✓ Informações; ✓ Consumidores. Recursos transformadores (da transformação): são aqueles que agem sobre os recursos a serem transformados. Eles actuam de forma “catalisadora”, ou seja, fazem parte do processo de produção, mas não sofrem transformações directamente, apenas permitem que a transformação aconteça. 2.3.2. Transformação de Recursos Processamento de Materiais: As operações que processam materiais podem também transformar suas propriedades físicas (como forma, composição ou características): Isso ocorre com a maioria das operações de manufactura ou fabrico. Outras operações que processam materiais também mudam sua localização (empresas de entrega de encomendas, por exemplo). Algumas, como operações de varejo, também mudam a posse ou a propriedade dos materiais. Finalmente, algumas operações de processamento de materiais, principalmente, os estocam ou os acomodam, como um armazém. Processamento de Informações: As operações que processam informações podem transformar suas propriedades informativas (isto e, a forma da informação); os contadores fazem isso. Algumas mudam a posse da informação, por exemplo, as empresas de pesquisa de mercado. Algumas estocam ou acomodam a informação, como por exemplo, os arquivos e bibliotecas. Finalmente, algumas operações mudam a localização da informação, como as empresas de telecomunicações. Processamento de consumidores: As operações que processam consumidores podem também os transformar de várias maneiras. Algumas mudam suas propriedades físicas de maneira similar aos processadores de materiais. Algumas operações lidam com a transformação do estado fisiol6gico de seus consumidores, como os hospitais. Finalmente, algumas operações de processamento de consumidores ocupam-se da transformação do estado psicológico de seus consumidores. Para se entender a produção e os demais itens ligados ao processo produtivo e necessário entendimento sobre o sistema de entradas e saídas da produção, chamados de inputs e outputs 2.3.3. Outputs ou Saídas do processo de transformação Os outputs e o propósito do processo de transformação são bens e serviços, geralmente vistos como diferentes. ✓ Tangibilidade; ✓ Estocabilidade; ✓ Transportabilidade; ✓ Simultaneidade; ✓ Contacto com o Consumidor; ✓ Qualidade. 3. Evolução da administração de produção 3.1. Primeiro período – Revolução Industrial A revolução industrial teve como berço a Inglaterra, a partir da segunda metade do séc. XVIII, quando o surgimento das fábricas e a invenção das máquinas a vapor impulsionaram as tendências que o mercantilismo havia iniciado. O aparecimento de um novo tipo de organização, a empresa industrial, proporcionou a substituição do processo de produção manual pelo processo de produção mecânica e fabril, o que acabou por provocar influências nunca antes imaginadas nas técnicas de produção e de administração. A Revolução Industrial passou a ser, naturalmente, considerada o marco inicial do processo gerador da administração da produção conforme conhecida nos dias de hoje, porque esta exigiu novas técnicas gerenciais de produção, específicas para a indústria. 3.1.1. 1780 a 1860: Primeira Revolução Industrial - do carvão e do ferro As primeiras organizações industriais utilizaram o carvão como fonte de energia e o ferro como matéria-prima para a fabricação de produtos e, principalmente, para a fabricação das próprias máquinas industriais, que começavam a surgir. Este primeiro período permaneceu restrito à Inglaterra, com a preponderância da produção de produtos têxteis e o aparecimento do motor a vapor, impulsionado pelo uso do carvão. 3.1.2. 1850 a 1914: Segunda Revolução Industrial - do aço e da electricidade Este foi o período em que “a grande mudança” da Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, se espalhou pela Europa, América e Ásia, aumentando a concorrência e proporcionando o desenvolvimento da indústria de bens de produção. Houve a descoberta do processo de fabricação do aço industrial, em substituição ao ferro, concomitantemente à utilização de outras formas de energia, mais limpas, eficientes e acessíveis, como a electricidade e o petróleo, em substituição ao carvão. Em 1880, estimava-se existirem 2,7 milhões de trabalhadores industriais nos Estados Unidos. Duas décadas depois, este número já ultrapassava os 4,5 milhões. 3.2. Segundo período – Pesquisas por tentativas, erros e acertos A proliferação das organizações industriais também criou problemas outrora inexistentes. As novas organizações se transformaram em terreno fértil para pesquisas, testes, experimentos, análises e criação de teorias que contribuíram para a elevação da arte da administração à categoria de ciência. Muitos “pesquisadores organizacionais” sentiram-se encorajados a escrever sobre suas experiências e técnicas empregadas na administração em grande parte por conta dos sucessos que obtiveram ao administrar estes novos desafios. O resultado dos trabalhos deste segundo período da cronologia é conhecido na literatura das teorias da administração como abordagem clássica da administração 3.3. Terceiro período – Consolidação da ciência da administração Em continuidade à evolução natural dos fatos, a ciência daadministração avançou rapidamente para uma fase de amadurecimento e consolidação das práticas administrativas. Inicialmente, a administração da produção foi conduzida exclusivamente por engenheiros. Mas o fato de a abordagem clássica não considerar as variáveis humanas adequadamente permitiu que profissionais de outras áreas do conhecimento humano, principalmente os psicólogos, passassem a ter uma actuação importante no desenvolvimento da ciência da administração. Em paralelo à evolução desta abordagem comportamental, incorporaram-se à administração uma série de modelos estatísticos e matemáticos. 3.4. Quarto período – Abordagem quantitativa A abordagem quantitativa da administração teve sua origem durante a Segunda Guerra Mundial. Neste período, equipes multidisciplinares de matemáticos, físicos, estatísticos e outros profissionais foram formadas para criar ferramentas mais sofisticadas que as existentes até então para auxílio à tomada de decisão, inicialmente em questões de interesse militar. Como estes problemas envolviam materiais, armazenamento, logística, pessoas e outras preocupações similares às de qualquer organização, as teorias e técnicas criadas foram rapidamente adoptadas por organizações não militares. O foco principal de qualquer método quantitativo consiste na busca de um processo de auxílio à tomada de decisão baseado em critérios absolutamente racionais e analíticos, enfim quantitativos. A maioria dos métodos quantitativos se baseia em algum critério de decisão envolvendo algum factor económico. Esta abordagem tem uma visão distinta das abordagens até então adoptadas, em função da aplicação de matemática, estatística, pesquisa operacional e outras técnicas, ditas quantitativas, para auxílio à tomada de decisão pelos administradores. 3.5. Quinto período – Qualidade e excelência organizacional Os aspectos da administração da qualidade do que se produz são inerentes ao processo produtivo. No início das organizações industriais, a abordagem dos aspectos da qualidade tinha carácter predominantemente operacional e correctivo, voltado para a inspecção. Mais recentemente, principalmente em decorrência da introdução do JIT (just in time- num instante) e da produção enxuta, as empresas passaram a se preocupar com a identificação e eliminação de qualquer tipo de desperdício. Está abordagem, diferentemente da preocupação operacional de outrora, se voltou aos aspectos estratégicos da qualidade, prevenção de falhas e ao ataque profundo aos desperdícios, até então ocultos. A inspecção e controle estatístico da qualidade (operacionais) evoluíram rumo à gestão da qualidade total (estratégica). 3.6. Sexto período – Abordagem de coordenação da cadeia de suprimentos Sempre em busca da excelência e eliminação de desperdícios, conforme proposto pela filosofia just-in-time, e cada vez mais pressionadas pelo aumento da competição, agora em escala global, as organizações têm buscado, mais recentemente, melhorar a eficácia da interacção na cadeia de suprimentos como um todo. 4. Administração de produção e demais áreas funcionais Diversas mudanças ocorreram nos últimos anos no âmbito da Administração e de suas áreas funcionais, sobretudo, como relatado anteriormente, na Administração de Produção ou de Bens e Serviços, que apresenta hoje um carácter interdisciplinar, mais integrado às demais áreas. Antigamente, segundo Filho e Tubino (2000), “A produção era considerada quase um mal necessário, que era suportado pelos outros sectores, porque uma fábrica não podia deixar de exercer sua principal função, a de fazer os produtos. Além disso, segundo Corrêa e Gianesi (1993), “Áreas como o marketing e a finanças, que se apresentam como áreas mais nobres de uma organização, acreditavam que seus problemas principais eram originados na fábrica”. Actualmente, a área da manufactura está sendo valorizada, pois se busca, nesse ambiente competitivo, produzir cada vez mais com cada vez menos, sem deixar de lado factores como qualidade, flexibilidade, prazos de entrega, etc. Portanto, para atingir esses objectivos, se faz necessário que os sistemas produtivos exerçam diversas funções operacionais “desenvolvidas por pessoas, que vão desde o projecto dos produtos, até o controle dos estoques, recrutamento e treinamento de funcionários, aplicação dos recursos financeiros, distribuição dos produtos, etc.” (FILHO; TUBINO, 2000, p.2). Nesse contexto se verifica a importância da acção conjunta da produção com as demais áreas, para a consecução dos objectivos organizacionais. Ressalta-se ainda, o papel das pessoas no processo produtivo, de modo que o administrador de produção, além de se ter às operações e à qualidade dos produtos, deve também buscar atender, segundo Escorsim, Kovaleski e Reis (2005, p. 72), “as necessidades dos clientes e com a valorização profissional e humana dos empregados, motivando as pessoas que, assim, desenvolvem melhor seus trabalhos”. Desta maneira, a integração e o relacionamento da produção com as demais áreas básicas da organização ocorrem de diversas maneiras. O marketing, por exemplo, que busca administrar relacionamentos com os clientes, assegurando a satisfação dos mesmos, precisa de uma relação sistemática com a produção para atingir seus objectivos, visto que “não pode promover a venda de bens ou serviços os quais a produção não consiga executá-los” (FILHO; TUBINO, 2000, p.2). Além disso, seu direccionamento junto ao sistema produtivo permite efectividade no uso dos recursos e, ainda, gerência “níveis adequados de atendimento ao consumidor, tanto em termos de qualidade como de quantidade” (Moreira (2009, p. 9). 5. Planeamento e controle da produção (pcp): um processo integrado Diante da competitividade do cenário vigente, as empresas têm de se adaptar continuamente, buscando uma melhoria contínua de sua produtividade. Para tanto, o uso de sistemas flexíveis e que integram toda a organização são determinantes, dentre estes destaca-se o Planeamento e Controle da Produção (PCP). No conjunto de funções e actividades desenvolvidas pelo PCP estão o delineamento de metas e estratégias, formulação de planos, administração dos recursos humanos e físicos e acompanhamento para o ajustamento de possíveis desvios, compreendendo planos realizados nos âmbitos estratégicos, táctico e operacional (FILHO; TUBINO, 2000; QUELHAS et al., 2008). Portanto, segundo esses autores, tem-se atrelado ao Planeamento da Produção: a previsão de demanda, o planeamento agregado da produção, o planeamento da capacidade e o planeamento desagregado da produção. Já em relação ao Controle da Produção, associam-se a programação mestre da produção, a análise da capacidade, a coordenação de ordens de compra e produção, o controle de estoque, a programação de operações e o acompanhamento da produção e retroalimentação de informações. Com o propósito de operacionalizar e direccionar o PCP, organizando a montagem dos dados e a tomada de decisões, as organizações criam um sector, ou departamento, de suporte à produção, normalmente associado à gerência industrial, denominado como PCP (Departamento de Planeamento e Controle da Produção), ou, em algumas empresas, PPCP (Departamento de Planeamento, Programação e Controle da Produção). Esse departamento de suporte tem como responsabilidade direccionar e aplicar os recursos produtivos, a fim de atender com efectividade os planos determinados nos níveis estratégico, táctico e operacional (TUBINO, 2009; FILHO; TUBINO, 2000). O PCP envolve todos os níveis hierárquicos e em cada um deles assume um papel diferenciado. São delineados planeamentos específicos para cada nível, sempre buscando atingir o objectivo maior, no qual são estabelecidas as actividades a serem desenvolvidas, como descritas, por Tubino, (2009), tanto em nível estratégico, táctico eoperacional. No nível estratégico, é desenvolvido o Planeamento Estratégico da Produção, gerando um Plano de Produção. No âmbito táctico, são estabelecidos planos de médio prazo, o Plano-Mestre de Produção (PMP), a partir do Planeamento- Mestre da Produção. Quanto ao nível operacional, no qual são definidos os programas de curto prazo pertinentes e realizados programas de acompanhamento destes, prepara-se a Programação da Produção, coordenando estoques, dando Ordens de Compras, Fabricação e Montagem, bem como há o Acompanhamento e Controle da Produção, gerando um relatório de Avaliação de Desempenho. Da engenharia, do produto e de processo, são obtidas informações técnicas de projecto, como roteiros de fabricação e montagem dos produtos e dos processos. Já a função de marketing, que é encarregada de vender e divulgar os bens e serviços e assegurar o atendimento das necessidades dos clientes, fornece ao PCP os planos de vendas, pedidos firmes e a previsão de demanda de novos bens e serviços. Diante dessa diversidade de funções inter-relacionadas no PCP, há diversos recursos que possibilitam uma boa gestão desse processo, dando apoio à tomada de decisões, visando maior competitividade e lucratividade. Entre esses recursos, encontramos sistemas de softwares que ganharam conceito internacional pelo alto desempenho, sendo que um dos mais utilizados e conhecidos é o ERP (Enterprise Resources Planning) (PAULA, 2009). Nesse sentido, esse software apresenta uma de funcionalidades, sobretudo, em função do compartilhamento de informações entre as áreas funcionais da empresa, fornecendo uma base de dados única (ANDRADE; FERNANDES; NANTES, 2010 Conclusão Concluído o trabalho observou-se que para a implementação de um sistema de produção temos que saber: O que produzir?, para melhor define o projecto do produto, que contém as informações técnicas – dimensões, tolerâncias, descrições de cores e acabamentos, matéria-prima, desempenho entre outros; Como produzir?, descrição do processo da produção, ou seja, detalhamento da sequência das etapas, das máquinas utilizadas, dos acessórios e ferramentas e o tempo; Quanto produzir?, possíveis restrições, tais como: capacidade (máquinas, pessoal, financeira); mercado (o que o consumidor deseja) e as decisões estratégicas e Onde/ Por quem/ Com que materiais e que quantidade?; onde necessita-se de dados sobre o parque fabril, tais como: descrição do maquinaria, capacidade, localização, fluxo de materiais, consumo de matéria-prima, cronograma de manutenção e carga alocada. A finalidade do planeamento e controle de produção é aumentar a eficiência e eficácia do processo produtivo da empresa. É, portanto, uma dupla finalidade: actuar sobre os meios de produção para aumentar a eficiência e cuidar para os objectivos produção sejam plenamente alcançados para aumentar a eficácia. Referencias bibliográficas I. PEINADO, Jurandir e GRAEML, Alexandre Reis. Administração da produção: operações industriais e de serviços. Curitiba: UnicenP, 2007. II. MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da produção e operações. São Paulo: Thonson Learning, 2009. III. PAULA, D. F. de. Aplicação da técnica de planejamento e controle de produção (PCP) em micro e pequenas empesas. Monografia de Tecnologia em Produção. Centro Tecnológico da Zona Leste, São Paulo, SP, 2009. IV. CHIAVENATO, Idalberto. Administração da Produção. 11ª edição – Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. V. CORRÊA, Henrique Luiz.; CORRÊA, Carlos A. Administração de Produção e de Operações: Manufatura e Serviços. Edição Compacta – São Paulo: Atlas, 2005 VI. CORRÊA, Henrique Luiz; CORRÊA, Carlos A. Administração de produção e operações: manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 2009. VII. HARDING, H. A. Administração da Produção. 1ª edição – São Paulo: Atlas,1981. VIII. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da produção. 3ª edição. São Paulo: Atlas, 2009. IX. GAITHER, Norman; FRAZIER, Greg. Administração da produção e operações. 8ª edição. São Paulo: Cengage Learning, 2002. X. MARTINS, Petrônio Garcia; LAUGENI, Fernando P. Administração da produção. São Paulo: Saraiva, 1999.
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