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Direito Financeiro e Tributário - Tributos

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Brenda Milagres Rodrigues Direito Financeiro e Tributário 
 
1 
 
Tributos 
 
Art. 3º, CTN. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
 
- Características: 
a) Prestação pecuniária: obrigação de pagar; sempre será em dinheiro. 
 
b) O tributo é cobrado em moeda nacional – REAL – ou valor que possa exprimir o valor da moeda. 
 Não há possibilidade de cobrar tributo in natura (bens, coisas), nem in labore (em prestação de serviços) – tributo é 
sempre cobrado em dinheiro. 
 
c) Obrigatoriedade: todo tributo é obrigatório, compulsório (PRINCIPAL CARACTERÍSTICA). 
 
d) Tributo não é penalidade: não é sanção, não é punição pelo descumprimento da lei. O fato gerador do tributo sempre 
será uma situação lícita. 
! Uma situação ilícita pode gerar obrigações de pagar o tributo, desde que o fato gerador ocorra. 
! Na área tributária – princípio da pecúnia non on let – dinheiro não tem cheiro. (Arts. 43 e 118 do CTN) 
 
e) Todo tributo é instituído/criado por lei do ente competente. 
 
f) O tributo deve ser cobrado por autoridade competente: a autoridade que representa o ente competente ou que 
estiver na competência pela delegação da função de arrecadar/cobrar/fiscalizar. 
 
g) A atividade tributária deve ser exercida de acordo com a lei: é uma atividade vinculada à lei e deve ser cobrada na 
forma que a lei manda. Não é atividade discricionária da autoridade competente, sob pena de responsabilidade 
funcional. O agente público tem a obrigação de exigir o tributo devido em conformidade com a lei. 
 
- Classificação dos tributos: 
a) Quanto à função (finalidade): 
1. Fiscais: finalidade arrecadatória; custear atividades estatais. Ex.: IPTU, IR. 
2. Extrafiscais: finalidade interventiva; são instrumentos de política pública, política econômica. Ex.: imposto de 
importação, imposto de exportação, IOF, IPL, ITR. 
3. Parafiscais: finalidade arrecadatória para custear atividades específicas, entidades parafiscais – autarquias com 
finalidades específicas; a arrecadação não fica para o ente público. Ex.: contribuições corporativas/profissionais, CRM, 
CREA, CRC. 
 
b) Quanto à vinculação (hipótese de incidência): 
1. Vinculados: quando a cobrança do tributo depende de uma contraprestação estatal específica. Ex.: taxas, 
contribuições de melhoria. 
~ Vinculação de receita (arrecadação) com despesa específica. Ex.: empréstimos compulsórios. 
2. Não vinculados: a cobrança independe de uma contraprestação estatal específica em relação ao contribuinte. A CF 
veda a vinculação de receita com despesa específica/órgão específico. Ex.: rodos os impostos sem exceção. 
 
c) Quanto ao impacto financeiro: 
1. Diretos: há oneração diretamente da pessoa definida como sujeito passivo; contribuinte de fato (aquele que suporta 
o ônus tributário) é o mesmo que o contribuinte legal (contribuinte previsto na lei). Ex.: Imposto de renda. 
2. Indiretos: há transferência do ônus financeiro para uma terceira pessoa que não é o contribuinte previsto na lei 
(contribuinte de fato # contribuinte legal). Ex.: ICMS, IPI. 
 
d) Quanto ao objeto: 
Brenda Milagres Rodrigues Direito Financeiro e Tributário 
 
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1. Reais: incidem objetivamente sobre coisas/bens patrimoniais. Ex.: IPTU, IPVA, ICMS. 
2. Pessoais: incidem de forma subjetiva, levando-se em consideração os aspectos pessoais do sujeito passivo. Ex.: 
imposto de renda. 
 
e) Quanto à incidência: 
1. Monofásicos: há uma única incidência. Ex.: IPTU, ITR. 
2. Plurifásicos: há incidência mais de uma vez dependendo da cadeia de distribuição. Ex.: IPI, ICMS. 
 
f) Quanto à incidência plurifásica: 
1. Cumulativos: o tributo é cobrado em todas as fases; incidência a cada operação. 
2. Não cumulativos: evita o efeito cascata. O tributo pago na operação anterior é deduzido na operação seguinte. Ex.: 
ICMS, IPI. 
 
g) Quanto à forma de incidência: 
1. Progressivo: a alíquota do tributo cresce/aumenta à medida que aumenta a base de cálculo/critério adotado pela lei. 
Ex.: Imposto de renda. 
alíquota ↑ – BC/critério da lei ↑ 
2. Regressivo: a alíquota diminui à medida que a BC/critério adotado pela lei aumenta. Ex.: ITR (aumentando a 
produtividade a alíquota diminui). 
alíquota ↓ – BC/critério da lei ↑ 
3. Proporcional: independente se o critério adotado pela lei ou a base de cálculo subir ou descer, a alíquota é a mesma. 
Ex.: ICMS, IPVA (alíquota é a mesma, independente do valor do veículo). 
alíquota ↔ – BC/critério da lei ↑↓ 
4. Seletivo: é uma permissão/determinação constitucional para que as alíquotas possam variar de acordo com a 
essencialidade do produto/mercadoria. Ex.: IPI, ICMS. 
 
- Espécies de tributos: 
a) Impostos: 
» Tributo não vinculado onde a sua hipótese de incidência (Fato Gerador) será uma situação prevista na lei, 
independente de qualquer contraprestação estatal específica em relação ao contribuinte. A CF proíbe também a 
vinculação de receita de imposto com despesa específica/a um órgão específico (art. 167, IV, CF/88). 
» Tributo é o gênero, imposto é uma das espécies tributárias. 
» Fato gerador independente de atividade estatal específica (art. 16, CTN). 
» Caráter distributivo. 
» Sentido fiscal arrecadatório. 
» Alguns impostos assumem função extrafiscal (instrumentos de política pública). 
» Fato gerador: uma situação econômica prevista na lei independente de qualquer contraprestação Estatal 
específica. 
» Podem ser diretos ou indiretos. 
 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
§1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, 
facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos 
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
 
» Competência privativa (tipos de impostos): cada ente público recebe nominalmente a competência de seu imposto. 
» Competência residual: é a competência para criar imposto novo. É exclusiva da União. Deve ser criado por Lei 
Complementar. Tem que ter Fato Gerador e Base de Cálculo diferente dos demais impostos previstos na CF. O imposto 
novo deve ser não cumulativo. 
» Competência extraordinária: competência da União para criar o imposto extraordinário de guerra. O imposto 
extraordinário de guerra pode ser criado por Lei Ordinária ou por Medida Provisória, e pode ter como Fato Gerador 
qualquer situação econômica (respeitadas as limitações ao poder de tributar). Aceita bitributação e é um imposto 
Brenda Milagres Rodrigues Direito Financeiro e Tributário 
 
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temporário (art. 154, II, CF e art 76, CTN), devendo ser suprimido gradativamente após a celebração da paz, num prazo 
máximo de 5 anos. 
» Tipos: 
 Impostos federais (art. 153 e 154, CF/88 - competência da União): imposto de importação, imposto de exportação, 
imposto de renda e proventos de qualquer natureza – IR, imposto sobre a propriedade territorial rural – ITR, imposto 
sobre produtos industrializados – IPI, imposto sobre operações financeiras – IOF, imposto sobre grandes fortunas – IGF 
(depende de LC para criação), imposto extraordinário de guerra, e impostos residuais. 
 Impostos estaduais (art. 155, CF/88 – competência dos estados e DF): imposto sobre a propriedade de veículos 
automotores – IPVA, imposto de transmissão causa mortis ou doação – ITCD, imposto sobre circulaçãode mercadorias 
ou prestação de serviços de transporte interestadual ou intermunicipal, comunicação onerosa e energia elétrica – ICMS. 
 Impostos municipais (art. 156, CF/88 – competência dos municípios e DF): imposto sobre a propriedade predial e 
territorial urbana – IPTU, imposto sobre transmissão de bens imóveis de forma onerosa intervivos – ITBI, imposto sobre 
serviços de qualquer natureza - ISS. 
 
b) Taxas: 
» Tributo vinculado a uma contraprestação estatal específica. 
» Competência: comum (U/E/DF/M – no âmbito de suas atribuições). 
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas 
atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público 
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada 
em função do capital das empresas. 
 
» Tipos: 
 Taxa de poder de polícia; 
 Taxa de prestação de serviços públicos específicos e divisíveis. 
» Fato gerador: 
 Exercício do poder de polícia: poder de limitar, regulamentar a prática de ato ou abstenção deste com o objetivo de 
assegurar o bem comum. Para que seja possível a cobrança de taxas, o exercício do poder de polícia precisa ser 
REGULAR, ou seja, desempenhado em consonância com a lei. As taxas de polícia são fundamentadas pelo princípio da 
supremacia do interesse público sobre o privado. Ex.: Porte de arma; Taxas de fiscalizações; Taxa de aferição de balança, 
etc. 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou 
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, 
aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou 
autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da 
lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio 
de poder. 
 
 Prestação de serviço público específico e divisível (quando ele é susceptível de utilização separadamente por parte 
de cada usuário), prestado ao contribuinte de forma efetiva, ou colocado à sua disposição de forma potencial (não 
abrange serviços gerais/universais). 
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: 
I - utilizados pelo contribuinte: 
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; (está à disposição do usuário) 
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em 
efetivo funcionamento; (está à disposição do usuário) 
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas; 
(pode ser mensurado) 
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. (individual) 
 
Brenda Milagres Rodrigues Direito Financeiro e Tributário 
 
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OBS: Se o serviço não puder ser divisível, não poderá ser específico. 
 
» Caráter/sentido remuneratório: deve haver uma correlação razoável entre o valor cobrado e o custo do serviço 
prestado. 
» Não abrangem serviços gerais/universais. 
» Restrições para cobrança de taxas: 
 Não podem ter BC e FG igual de imposto. 
 Não podem ser calculadas em função do capital das empresas. 
» Sobreposição de taxas: pode haver sobreposição de taxas relativamente a um contribuinte, desde que 
correspondam a serviços diversos prestados pelas entidades tributantes. 
 
TAXAS TARIFAS 
Regime jurídico tributário Regime jurídico contratual 
Compulsórias Facultativas 
Aspecto legal Aspecto negocial 
Pode ser cobrada pela prestação do serviço em potencial Somente pode ser cobrada pela prestação do serviço 
efetivo. 
 Admite rescisão 
 
c) Contribuição de melhoria (art. 145, III, CF/88): 
» Tributo vinculado a uma contraprestação Estatal específica (obra pública). 
» Tributos arrecadados de proprietários de imóveis beneficiados/que tiveram valorização imobiliária decorrente da 
obra pública, dentro do fundamento de que não pode haver enriquecimento sem causa. 
» Competência comum (U, E, DF e M): será da entidade que realizar a obra pública que ocasionar valorização 
imobiliária. 
» Fato gerador: ganho imobiliário patrimonial decorrente de obra pública. (obra pública + ganho 
patrimonial/valorização imobiliária decorrente da obra pública - plus valia). 
» Caráter indenizatório. 
» Contribuinte: proprietário do imóvel que será valorizado com a obra pública. 
» Eventual, ou seja, temporário. 
» A lei que criar a contribuição de melhoria deverá observar os seguintes requisitos mínimos: 
I - publicação prévia dos seguintes elementos: 
a) memorial descritivo do projeto; 
b) orçamento do custo da obra; 
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; 
d) delimitação da zona beneficiada; 
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas 
diferenciadas, nela contidas; 
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos 
referidos no inciso anterior; 
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso 
anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. 
» Limites: 
 Total: o valor arrecadado com a contribuição de melhoria não poderá ultrapassar o valor total da despesa realizada 
com a obra (custo da obra). 
 Individual: o valor do ganho imobiliário deve ser proporcional ao ganho patrimonial (ganho patrimonial – 
valorização imobiliária). 
» Exemplo: a Prefeitura constrói uma ponte ligando o bairro X ao centro da cidade. 
Ponte: custo total: R$ 3.000.000 - limite total da cobrança da Contribuição de Melhoria. 
Brenda Milagres Rodrigues Direito Financeiro e Tributário 
 
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Limite individual= ganho patrimonial de cada imóvel: é feito um rateio proporcional para cada imóvel de acordo com o 
ganho imobiliário 
 
d) Empréstimos compulsórios (art. 148, CF/88): 
» Conceito: valores pecuniários exigidos temporariamente das pessoas destinados a: 
 Atender despesas extraordinárias decorrentes de guerra externa ou da iminência desta e nos casos de calamidade 
pública. 
 Investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. 
» Tributo vinculado à despesa que fundamentou a sua criação. 
» Tributo temporário, finalístico e restituível. 
» Competência exclusiva da União. 
» Sentido fiscal arrecadatório. 
» Fato gerador: qualquer situação econômica prevista na LC de criação do Empréstimo Compulsório. 
» Criação por Lei Complementar, onde a lei deve determinar o prazo para devolução e as condições para o seu 
resgate (art. 15, CTN). 
» Justificativa (art. 148, CF/88) ≠ Fato Gerador (situação econômica prevista na LC que origina a relação tributária): 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b. 
Parágrafo único. A aplicaçãodos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua 
instituição. 
 
 Exemplo: Empréstimo compulsório para financiamento do ALCOOL COMBUSTIVEL (Presidente Sarney) 
- Justificativa = investimento público urgente, e de caráter nacional; 
- FG previsto na LC= consumo de gasolina e compra de carro zero. 
 
» Motivos da criação: 
 Guerra; 
 Calamidade pública; 
 Investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. 
OBS.: A CF não determina o FG, apenas o motivo da criação. 
 
e) Contribuições especiais (art. 149, 149-A, 177 e 195 CF/88): 
» São figuras atípicas. 
» São figuras criadas para atender certas finalidades. 
» Somente podem ser criadas em relação às finalidades previstas na CF/88. 
» Natureza jurídica tributária. 
» São vinculadas ao motivo de sua criação. 
» Não há impedimento de terem o mesmo FG de impostos. 
» Fato gerador: qualquer situação econômica prevista na LC de criação. 
» Imunidade: não haverá incidência de contribuição social e contribuição interventiva sobre receitas de exportação. 
» Competência: 
 Exclusiva da União: instituição de contribuições sociais, interventivas e corporativas. 
 Comum dos Estados, DF e Municípios: contribuição de seus servidores para custeio em benefícios destes, de 
regime previdenciário próprio. Sendo que neste caso, a alíquota não poderá ser inferior à contribuição dos servidores 
titulares de cargos efetivos da União. 
 Exclusiva do Distrito Federal e dos Municípios: contribuição para custeio do serviço de iluminação pública. 
» Espécies de contribuição: 
 
 Contribuições sociais: 
 Contribuições para custeio da seguridade social: saúde, assistência social e previdência social. Ex.: CSLL, COFINS. 
Brenda Milagres Rodrigues Direito Financeiro e Tributário 
 
6 
 
 Demais contribuições sociais: visam custear atividades sociais. Ex.: salário educação. 
. A competência para instituição dessas contribuições é da União. 
. Competência residual: a União pode criar novas contribuições para custeio da seguridade social, por LC, desde que 
tenha FG e BC diferente das demais contribuições e que sejam não cumulativas. 
. Finalidade: é financiar as atividades voltadas para a área social. 
. Os estados, DF e municípios tem competência para instituírem contribuição de seus servidores para custeio de regime 
próprio de previdência. 
. Contribuições para seguridade Social previstas no art. , CF/88: 
= Empregador: contribuição sobre a folha de salário e demais rendimentos. 
= Empregador doméstico: contribuição sobre o salário pago para o empregado doméstico. 
= Pessoa jurídica ou equiparada: contribuição sobre o lucro – CSLL; contribuição sobre o faturamento ou sobre a receita 
– COFINS. 
= Trabalhador e demais segurados: contribuição sobre seus rendimentos (não incidindo sobre valor pago de 
aposentadoria pelo Regime Geral de previdência social – RGPS = imunidade). 
= Receitas de concurso de prognósticos. 
= Importador: contribuição sobre os valores de importação. 
 
. Novas contribuições: 
= Criação por Lei Complementar. 
= FG e BC diferentes das existentes. 
= Não cumulativa. 
 
 Contribuição de intervenção no domínio econômico: 
. Competência exclusiva da União. 
. Finalidade: prestigiar e equilibrar os princípios referentes à Ordem Econômica previstos no artigo 170 da CF. 
. Tem função tipicamente extrafiscal e é usada para intervir na economia. 
. Não incidem sobre receitas de exportação. 
. Podem ter alíquotas específicas ou ad valorem. 
Ex.: CIDE – Royalties; CIDE – combustíveis; adicional de tarifa portuária. 
. Arrecadação da CIDE :a União entregará 29% da arrecadação da CIDE prevista no artigo 177, § 4° para os Estados e DF. 
 
Obs: As contribuições sociais e as interventivas não incidem sobre receita de exportação (imunidade). E podem ter 
alíquotas: 
 ALÍQUOTA AD VALOREM (%) - a base de cálculo será um valor; 
 ALÍQUOTA ESPECÍFICA (fixa) - a base de cálculo será uma unidade de medida. 
 
 Contribuições corporativas: 
. São contribuições cobradas no interesse de categorias profissionais ou econômicas. 
. Destinam-se ao custeio das atividades dos órgãos sindicais e profissionais, inclusive para execução de programas das 
aludidas categorias. 
. Contribuições parafiscais. 
. A contribuição sindical que era fixada em lei e cobrada de todos os trabalhadores era considerada um tributo, 
entretanto com a reforma trabalhista houve a extinção dessa contribuição. 
. Competência da União. 
Ex.: Cont. CREA, CRM. 
 
 Contribuição para custeio da iluminação pública: 
. Competência: municípios e DF. 
. Não há na jurisprudência pronunciamento a seu respeito. 
. Esta contribuição pode (é uma faculdade) ser cobrada juntamente com a fatura de energia elétrica.

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