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Apostila de Recursos Humanos Vol 01

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Prévia do material em texto

série gestão
Rotinas de
Recursos
Humanos
Volume 1
Série gestão
Rotinas de
Recursos
Humanos
Volume 1
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL –
SENAI Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
Série gestão
Rotinas de
Recursos
Humanos
Volume 1
© 2013. SENAI – Departamento Nacional
© 2013. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico,
mecâ nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia
autorização, por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do
SENAI de Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional,
para ser utilizada por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos
presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional de Santa Catarina
Núcleo de Educação – NED
FICHA CATALOGRÁFICA
_____________________________________________________________________________
S491r
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Rotinas de recursos humanos volume 1 / Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília :
SENAI/DN, 2013.
106 p. : il. (Série Gestão).
ISBN 978-85-7519-797-4
1. Administração de pessoal. 2. Comunicação oral. 3. Informática. I. Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa
Catarina. II. Título. III. Série.
CDU: 658.3
_____________________________________________________________________________
SENAI
Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial Departamento Nacional
Sede
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C
• Edifício Roberto Simonsen • 70040-903 •
Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317- 9001
Fax: (0xx61) 3317-9190 •
http://www.senai.br
Ilustrações
Figura 1 - Elementos básicos do processo de
comunicação............................................................................23 Figura 2 - Código de
Libras..........................................................................................................................................
.27 Figura 3 - Processo de
comunicação.........................................................................................................................29
Figura 4 - Botão iniciar e caixa de
pesquisa............................................................................................................42 Figura 5 -
Programas..................................................................................................................................
.....................43 Figura 6 - Botão
fechar..........................................................................................................................................
.........43 Figura 7 - Atalho para fechamento do
documento.............................................................................................43 Figura 8 - Área de
trabalho do
Word.........................................................................................................................44 Figura 9
- Personalizando a Barra de Acesso
Rápido...........................................................................................45 Figura 10 - Opção de
Marcar Entrada (Índice) e Mostrar Tudo selecionado (Parágrafo)........................46 Figura 11
- Guias com a Faixa de Opções
oculta...................................................................................................47 Figura 12 - Guia
Arquivo.......................................................................................................................................
.........48 Figura 13 - Opções do
Word.........................................................................................................................................4
9 Figura 14 - Grupo Salvar (opção de
AutoRecuperação).....................................................................................49 Figura 15 -
Copiar e colar arquivo
..............................................................................................................................51 Figura 16
- Renomear
arquivo.....................................................................................................................................5
1 Figura 17 -
Atalho.........................................................................................................................................
....................52 Figura 18 -
Negrito........................................................................................................................................
...................53 Figura 19 - Descrição de recurso em dica de
tela.................................................................................................53 Figura 20 - Formatação
no editor de textos...........................................................................................................54
Figura 21 - Formatando texto – grupo Fonte
........................................................................................................55 Figura 22 -
Marcadores.................................................................................................................................
..................56 Figura 23 -
Numeração.................................................................................................................................
..................56 Figura 24 - Formatação de parágrafo
.......................................................................................................................57 Figura 25 -
Configurar
Página......................................................................................................................................5
8 Figura 26 -
Edição.........................................................................................................................................
....................58 Figura 27 - Revisão de
Texto.........................................................................................................................................5
9 Figura 28 - Opção Imprimir
..........................................................................................................................................60
Figura 29 - Visualizar
Impressão..................................................................................................................................
61 Figura 30 - Botão iniciar e caixa de pesquisa
.........................................................................................................62 Figura 31 -
Programas..................................................................................................................................
...................62 Figura 32 - Botão
fechar..........................................................................................................................................
.......63 Figura 33 - Atalho para fechamento do documento
..........................................................................................63 Figura 34 - Área de trabalho do
Excel.......................................................................................................................64 Figura 35
- Personalizando a Barra de Acesso
Rápido........................................................................................65 Figura 36 - Guias com a
Faixa de Opções oculta...................................................................................................66
Figura 37 - Guia
Arquivo................................................................................................................................................67 Figura 38 - Opções do Excel
.........................................................................................................................................67
Figura 39 - Grupo Salvar (opção de
AutoRecuperação).....................................................................................68 Figura 40 -
Renomear
arquivo.....................................................................................................................................6
9
Figura 41 -
Atalho.........................................................................................................................................
....................70 Figura 42 - Tabela Pedidos
...........................................................................................................................................70
Figura 43 - Caracteres ocultos nas
células..............................................................................................................71 Figura 44 -
AutoAjuste da Largura da
Coluna........................................................................................................71 Figura 45 -
Negrito........................................................................................................................................
...................71 Figura 46 - Alternativa ao recurso de AutoAjuste da Largura da
Coluna.....................................................72 Figura 47 - Grupo
Mostrar........................................................................................................................................
.....72 Figura 48 -
Bordas........................................................................................................................................
....................72 Figura 49 - Mesclar e
Centralizar.................................................................................................................................
73 Figura 50 - Recurso arrastar e
soltar..........................................................................................................................73 Figura
51 - Relatório de
Pedidos.................................................................................................................................73
Figura 52 - Relatório de Pedidos
Formatado..........................................................................................................74 Figura 53 -
Grupo
Número.......................................................................................................................................
.....74 Figura 54 - Opção Formatar
Células..........................................................................................................................75
Figura 55 - Grupo
Edição.........................................................................................................................................
......76 Figura 56 - Tabela de
Pedidos......................................................................................................................................
76 Figura 57 - Biblioteca de
Funções..............................................................................................................................77
Figura 58 - Opção Imprimir
..........................................................................................................................................77
Figura 59 - Gráfico de colunas
agrupadas...............................................................................................................78 Figura
60 - Ferramentas de Gráfico
...........................................................................................................................79 Figura 61 -
Botão iniciar e caixa de pesquisa
.........................................................................................................79 Figura 62 -
Programas..................................................................................................................................
...................79 Figura 63 - Botão
Fechar.........................................................................................................................................
.......80 Figura 64 - Atalho para fechamento do documento
..........................................................................................80 Figura 65 - Área de trabalho do
PowerPoint..........................................................................................................81 Figura 66 -
Personalizando a Barra de Acesso
Rápido........................................................................................82 Figura 67 - Guias com a
Faixa de Opções oculta...................................................................................................83
Figura 68 - Guia
Arquivo.......................................................................................................................................
.........84 Figura 69 - Grupo Salvar (opção de
AutoRecuperação).....................................................................................84 Figura 70 -
Renomear
arquivo.....................................................................................................................................8
5 Figura 71 -
Atalho.........................................................................................................................................
....................86 Figura 72 - Grupo
Fonte..........................................................................................................................................
.......87 Figura 73 - Marcadores no grupo
Parágrafo...........................................................................................................87 Figura 74 -
Relatório
Mensal........................................................................................................................................
.88 Figura 75 - Dica de
recurso........................................................................................................................................
...88 Figura 76 - Slide
1..................................................................................................................................................
...........89 Figura 77 - Slide Tabela de
Custos..............................................................................................................................90
Figura 78 - Slide Primeira
Viagem...............................................................................................................................90
Figura 79 - Slide
5..................................................................................................................................................
...........91 Figura 80 - Opção Imprimir
..........................................................................................................................................92
Quadro 1 - Matriz
curricular.....................................................................................................................................
.....12 Quadro 2 - Componentes básicos de um curriculum
vitae.................................................................................37
Sumário
1
Introdução.............................................................................................................................................
...........................11
2 Comunicação Oral e
Escrita.............................................................................................................................
...........15 2.1 Formas de
comunicação...................................................................................................................
........16 2.2 Processo de
comunicação...................................................................................................................
.....23
2.2.1
Mensagem...................................................................................................................................24 2.2.2
Emissor............................................................................................................................
..............25 2.2.3
Receptor..........................................................................................................................
.............26 2.2.4
Código.............................................................................................................................
..............26 2.2.5 Canal de
comunicação............................................................................................................27
2.2.6 Ruído
........................................................................................................................................
.....29 2.2.7 Feedback
......................................................................................................................................3
1 2.3 Elaboração do curriculum vitae
.............................................................................................................33
3 Fundamentos de
Informática..................................................................................................................................
..41 3.1 Editor de
textos..........................................................................................................................................
..42 3.1.1 Abertura e fechamento do editor de
textos...................................................................42 3.1.2 Área de trabalho do editor de
textos.................................................................................44 3.1.3 Manipulação de arquivos
no editor de textos................................................................50 3.1.4 Formatação no editor de
textos..........................................................................................52 3.1.5 Configuração de
página no editor de textos..................................................................57 3.1.6 Comandos de
edição de textos...........................................................................................58
1
E
3.1.7 Correção ortográfica e gramatical
......................................................................................59 M
3.1.8 Impressão básica no editor de textos................................................................................59
U
L
3.2 Editor de
planilhas......................................................................................................................................61
O
V
3.2.1 Abertura e fechamento do editor de
planilhas..............................................................62 3.2.2 Área de trabalho do
editor de planilhas...........................................................................63 3.2.3
Manipulação de arquivos no editor de
planilhas..........................................................68 3.2.4 Formatação no editor de
planilha.......................................................................................70 3.2.5
Formatação de célula
..............................................................................................................74 3.2.6
Comandos de edição de
planilhas......................................................................................75 3.2.7
Fórmulas
Básicas.................................................................................................................
......76 3.2.8 Impressão
básica...................................................................................................................
....77 3.2.9 Gráficos
Básicos.................................................................................................................
........78
3.3 Editor de
apresentações......................................................................................................
.....................79 3.3.1 Abertura e fechamento do editor de
apresentações...................................................79 3.3.2 Área de trabalho do
editor de apresentações................................................................80 3.3.3
Manipulação de arquivos no editor de
apresentações...............................................85 3.3.4 Formatação do editor de
apresentação............................................................................86 3.3.5
Recursos do editor de
apresentações................................................................................88 3.3.6
Impressão básica no editor de
apresentações...............................................................92
Referências................................................................................................................................
...........................................95 Minicurrículo dos
Autores.......................................................................................................................................
.......99 Índice
....................................................................................................................................................
..............................101
4 Gestão de Recursos Humanos ou
Pessoas........................................................................................................119 4.1
Tipos de empresa
.....................................................................................................................................12
0 4.2 Constituição e legalização de
empresas..........................................................................................125
4.2.1 Legalização de
empresas....................................................................................................126
4.2.2 Procedimento de
constituição..........................................................................................127 4.2.3
Outros tipos societários previstos na
Legislação........................................................134
4.3 Organograma
.........................................................................................................................................
...140 4.4 Guias de
Recolhimento...................................................................................................................
.......143 4.4.1
Código.............................................................................................................................
...........143 4.4.2
FGTS...............................................................................................................................
.............143 4.4.3
DAS.................................................................................................................................
.............144 4.4.4 DARF
.........................................................................................................................................
..145 4.5 Imposto de Renda Retido na
Fonte...................................................................................................147 4.6
Mensalão, ou
carnê-leão........................................................................................................................
148 4.7 Recolhimento do imposto
....................................................................................................................150 4.7.1
Cálculo do imposto
...............................................................................................................151 4.8 PIS –
PIS/Pasep
.........................................................................................................................................
.152 4.8.1 Contribuição sobre o
faturamento..................................................................................152 4.9
Cofins...............................................................................................................................
.............................154 4.10 CSLL
............................................................................................................................................................155 4.10.1 Prazo de recolhimento do CSLL
.....................................................................................155 4.11
INSS................................................................................................................................
.............................156 4.12
ICMS................................................................................................................................
............................159 4.13 ISS
.........................................................................................................................................
.......................160
2
E
4.14 IPI
..........................................................................................................................................................
.......161 M
4.15 Jornada de Trabalho
.............................................................................................................................162
U
L
4.16 Horas
extras.............................................................................................................................................164
O
V
4.17 Acordo de compensação de
horas..................................................................................................164 4.18
Apontamento de
horas........................................................................................................................165
4.18.1 Horário de
intervalo............................................................................................................167 4.19
Formas de
registro.............................................................................................................................
....167 4.20 Empregados em cargo de
comissão...............................................................................................170 4.21
Composição de cálculo de DSR
........................................................................................................171 4.21.1
Descanso semanal remunerado –
Comissão.............................................................172 4.21.2 Descanso semanal
remunerado – hora noturna......................................................173 4.21.3 Descanso
semanal remunerado – horista ..................................................................173 4.22
Composição dos cálculos das horas
extras..................................................................................174 4.22.1 Cálculos da hora
extra .......................................................................................................175 4.22.2
Hora extra
noturna..............................................................................................................175 4.23
Composição de cálculo de integração de horas extras ao DSR
............................................176 4.24 Composição de Cálculo de
INSS.......................................................................................................177 4.24.1
Segurados empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos........177
4.24.2 Segurados contribuintes individual e
facultativo....................................................178 4.25 Composição de cálculo de
Imposto de Renda (IR) ....................................................................178 4.25.1 Imposto
de renda sobre salários....................................................................................179
4.25.2 Calculando o IRRF sobre
Férias.......................................................................................180 4.25.3 Calculando o
IRRF sobre 13.º salário.............................................................................180 4.26
Composição de cálculo de faltas e
atrasos...................................................................................180 4.26.1 Cálculos sobre
a falta ao trabalho .................................................................................181 4.27
Remuneração e descontos
obrigatórios/facultativos...............................................................182 4.28 Relação
humanA no
trabalho............................................................................................................183
4.28.1 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
(Cipa).............................................188 4.28.2 Rotinas de documentação
...............................................................................................194 4.28.3
DEFINIÇÃO de
arquivamento..........................................................................................198
4.28.4 Técnicas de
arquivamento................................................................................................200
4.28.5 Controle de materiais e planejamento de
estoque.................................................202 4.28.6 Fundamentos de Legislação
Trabalhista.....................................................................205 4.28.8 Definição de
empregado e empregador....................................................................207
4.28.9 Tipos de contrato de
trabalho.........................................................................................209 4.28.10
Rescisão do contrato de trabalho
...............................................................................211
4.29 Programa
5S.........................................................................................................................
....................211 4.29.1 Seiri – Senso de utilidade
.................................................................................................213 4.29.2 Seiton
– Senso de
organização.......................................................................................215
2
4.29.3 Seiso – Senso de
limpeza..................................................................................................216 E
M
4.29.4 Seiketsu – Senso de
segurança/saúde.........................................................................217 U
L
4.29.5 Shitsuke – Senso de
autodisciplina...............................................................................218 O
V
5 Administração de
Pessoal............................................................................................................................
............221 5.1 Processos
administrativos................................................................................................................
.....222 5.2 Recrutamento e seleção
........................................................................................................................224 5.3
Treinamento e
desenvolvimento........................................................................................................22
9 5.4 Plano de
carreira............................................................................................................................
...........233 5.5 Crescimento
profissional......................................................................................................................
.238
Referências................................................................................................................................
........................................243 Minicurrículo dos
Autores.......................................................................................................................................
....249 Índice
....................................................................................................................................................
..............................251
Introdução
1
Olá, caro aluno!
Seja bem-vindo à unidade curricular Rotinas de Recursos Humanos!
Primeiramente, você estudará a comunicação, sua importância e as formasescrita e
oral, usadas no ato de comunicar, conhecendo o processo de comunicação e os
elementos que o envolvem e são os responsáveis pela dinâmica social e pela interação
entre um indivíduo e outro. Você também aprenderáa elaborar um
curriculum vitae, cuja finalidade é auxiliá-lo na apresentação pessoal ao
mercado de trabalho, de forma a mostrar adequadamente o seu perfil profissional.
Neste contexto, não se pode deixar de mencionar a informática, que está
gradativamente mais presente na vida das pessoas e das empresas. Por isso, no
segundo capítulo, você apren derá as ferramentas mais aplicadas na edição de textos,
planilhas e apresentações.
No capítulo seguinte, você conhecerá conceitos variados relacionados à gestão de
recur sos humanos, envolvendo os diversos aspectos que essa área abrange. Você
entenderá como funcionam certas questões legais do funcionamento das empresas e
verá informações impor tantes para a gestão de pessoas, como os fundamentos de
legislações trabalhistas, jornada de trabalho e apontamento de horas, cálculos de
remuneração e descontos obrigatórios etc. Nesse capítulo, você ainda saberá quais
são os cincos princípios de organização do ambiente de trabalho do programa 5S.
No último capítulo, o tema do seu estudo será a administração de pessoal, que
envolve os processos administrativos relacionados à gestão de pessoas, como
recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, plano de carreira, entre
outros.
A seguir, são descritos, na matriz curricular, os módulos e as unidades curriculares
previstos e suas respectivas cargas horárias.
Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 12
Assistente de recursos humanos
Unidades
curriculares
• Rotinas de Recursos Humanos
Carga
horária
160h
•Carga horária total 160h
Quadro 1 - Matriz curricular
Fonte: SENAI DN
Agora, você é convidado a trilhar os caminhos do conhecimento. Faça deste
processo um momento de construção de novos saberes, em que teoria e
prática devem estar alinhadas para o seu desenvolvimento profissional.
1 Introdução 13
Anotações:
Comunicação Oral e Escrita
2
Para você, o que é comunicação? Um gesto, um olhar, um som, uma carta, um
e-mail, uma dança, as redes sociais, o silêncio são formas de comunicar? Quais
são os elementos que fazem parte do processo de comunicação? Quando você
responde a uma pergunta feita pelo seu amigo, quem é o emissor? E o receptor? A
mensagem é entendida a ponto de obter o resultado esperado? Você é um bom
comunicador? Sabe apresentar-se ao mercado de trabalho, por meio da escrita,
utilizando-se do curriculum vitae?
Neste capítulo, você irá percorrer os conceitos de comunicação e verá sua
importância na vida pessoal e profissional. Vai entender os elementos que fazem parte
do ato de comunicar, identificar a razão pela qual aquilo que queremos comunicar,
muitas vezes, sai diferente do objetivo pretendido e, ao final, após ter conhecido os
cuidados necessários para evitar as in
terferências da comunicação escrita, você aprenderá a elaborar o curriculum
vitae, que é o seu cartão de visita no mercado de trabalho.
Portanto, leia com atenção o conteúdo apresentado a seguir, para que, ao final, você
tenha subsídios para:
• atuar com competência na área oral e escrita;
•identificar a comunicação adequada para cada situação;
• expressar com clareza as suas ideias;
• apresentar as qualificações ao mercado de trabalho.
Você iniciará o estudo com o tema comunicação oral e escrita. Preparado para
iniciar? Va mos lá!
Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 16
2.1 Formas de comunicação
Em uma era em que a Internet tem se configurado como agente básico de vei
culação de informações, a comunicação passa a ser cada vez mais um
elemento importante para o profissional que quer se desenvolver em sua
carreira.
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-
-
0
2
[
(
n
i
a
w
s
d
l
o
g
n
a
v
e
b
Transmitir ideias bem articuladas, claras e corretas são
FIQUE ALERTA
fundamentais para que a
mensagem seja emitida de modo
eficiente e, para tanto, é preciso
compreender os fatores que
possibilitam uma diferenciação no
mercado de trabalho.
Mas o que é comunicação? Você já parou para pensar na importância
da co municação em sua vida?
Barker (2007) ressalta que a palavra “comunicação” significa “tornar
comum”, “compartilhar”, e que enquanto não se divide uma informação
com outra pessoa, não há comunicação.
2 Comunicação oral e Escrita 17
Wood (2007, p. 13) contrapõe-se a Barker (2007) quando afirma que
“tudo o que acontece comunica algo. Tudo o que pensamos e dizemos é
comunicação”. Assim, é possível entender que, queira ou não, os
indivíduos estão o tempo todo participando de algum processo
comunicacional, de forma ativa ou passivamente.
Logo, sem a comunicação o ser humano torna-se incapaz de resolver proble
mas, não se aprofunda em conhecimentos, não amadurece experiências e
as rela ções pessoais não se fortificam, pois é ela que faz a ligação entre o
homem e seu universo, inserindo-o em um contexto e permitindo a sua
participação no sistema em que vive.
A importância da comunicação, desse modo, está vinculada a sua
capacidade de criar um sentido para a informação e depois repassar ou
compartilhar esse significado, por meio da linguagem escrita ou oral.
Nesse contexto, falar (comunicação oral) ou escrever (comunicação
escrita) é produzir uma mensagem que se realiza de modo diferente. A fala
traduz-se nos sons (fonemas) que são emitidos, e a escrita é representada
pela grafia de letras (grafemas) e outros símbolos, como pontuação e
acentuação.
Na fala podem-se usar recursos que ajudam no entendimento, enquanto
na escrita é necessário que o texto esteja claro, o assunto seja bem
organizado, além de conter todas as informações necessárias para o leitor
compreender a mensa gem. Se isso não acontecer, a comunicação,
possivelmente, não irá atingir seu objetivo. Por exemplo, o jornal impresso
Folha de São Paulo e o programa de TV Jornal Nacional abordam o
mesmo assunto de forma diferente. Fatores como o contexto de produção,
os usuários, a temática, as formas próprias de cada uma dessas
modalidades, determinam essa diferença.
As comunicações orais são muito utilizadas em entrevistas, reuniões, telefone
mas, apresentações. É a conversa em si.
Barker (2007) destaca a conversação como o meio mais notável da comunica
ção por ser flexível e dinâmica e porque por meio dela pode-se disseminar
o co nhecimento. Para Barker (2007, p.18), as “conversações são como
danças verbais”, isto é, tem regras e movimentos padronizados,
possibilitando às pessoas balan çarem juntas e de forma mais harmoniosa,
sem se chocarem umas com as outras e sem perder o passo, uma vez que
podem contar com a ajuda da entonação da voz, gestos, pausas e
expressões faciais ou corporais.
No entanto, a conversação não é apenas falar, é também escutar. O
referido autor observa que quanto maior for a capacidade de escutar,
melhor é a conver sação, pois é ouvindo que se compreende algo.
Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 18
1 palavras rebuscadas
Palavras difíceis, requintadas.
O pior cego é aquele que não escuta. A sabedoria
está mui to mais em escutar que em falar. Ao ouvir,
sem escutar, abre- -se um abismo de
incomunicabilidade, perde-se a percepção do
outro, desvalorizando-o, empolgado que se está em
falar. Acaba-se por nada dizer, pois inibe-se o
ouvinte, indispondo- -o ao diálogo, ao cortar-se o
circuito da comunicação. (MATOS, 2009, p.35).
Peter Senge (1993 apud Barker, 2007, p.19), autor do livro “A quinta
discipli na”, usa as palavras “defesa” (de causas) e “coleta de informações”
para explicar os atos de falar e escutar. Falar significa a maneira de
defender o ponto de vista, as ideias e o pensamento e escutar é o
processo de colher informações sobre os pontos de vista, as ideias e o
pensamento das outras pessoas.
Observe que a fala favorece a liberdade na elaboração do discurso, não
neces sitando de estruturação das frases, já a escrita, não.
Você já imaginou como seria a língua portuguesa se escrevêssemos
como fa lamos? Leia o texto, a seguir, e reflita:
“Pois é. U purtuguêis é muito fáciu di aprender, purqui é
uma língua qui a genti iscrevi ixatamenti cumu si fala.
Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di riquandu a
genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im
portuguêis, é só prestáten
ção. U alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num
bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si
iscrevi mui to diferenti. Qui bom qui a minha lingua é u
purtuguêis. Quem soubé falá, sabi iscrevê”. (Extrato de
texto. Jô Soares, Revista Veja, 28 de novembro de 1990).
Estranho, não é mesmo? Além de algumas palavras serem indecifráveis
e ou tras produzirem duplo sentido, a mensagem é obscura. Por isso, para
que uma criança, um adulto ou um estrangeiro aprenda a nossa língua é
preciso utilizar as normas para a escrita de textos.
Pimenta (2009, p.146) aborda que, no cotidiano, são várias as situações
profis sionais nas quais é necessária uma boa comunicação por meio da
fala:
• conversas com clientes, superiores e subordinados;
• entrevista para emprego;
• palestras e debates;
•seminários, conferências, convenções, cursos;
2 Comunicação oral e Escrita 19
• ao telefone;
•reuniões sociais.
Já Blikstein (1995 apud TOMASI; MEDEIROS, 2010), ao analisar a
comunicação escrita, menciona que a sua eficácia depende da resposta
produzida, da atrati vidade e da transformação do pensamento em algo
comum aos outros. No en tanto, muitas mensagens escritas são
apresentadas de forma confusa, por mistu rar assuntos; ambíguas
reportando o leitor a várias interpretações e; “frias”, com poucas
informações ou apenas com a utilização de ilustrações, histórias, gráficos,
tabelas e quadros indicativos.
Um comunicador atento, segundo Tomasi e Medeiros (2010, p.88),
“emprega um vocabulário comum, do conhecimento de quem recebe a
mensagem, sem perder de vista o objetivo da comunicação”. É relevante
também escrever de modo conciso, claro, simples, sem palavras
rebuscadas1, obedecendo às normas gramaticais, à ortografia, à
pontuação e à acentuação, usando expressões cati vantes que manifestem
educação, gentileza e respeito.
Imagine a seguinte situação: um coordenador do curso de educação a dis
tância enviou um e-mail aos novos docentes ingressantes nesta
modalidade de ensino, convocando-os para uma capacitação, cujo objetivo
era a transmissão de informações relativas ao Ambiente Virtual de
Aprendizagem, com a seguinte mensagem:
“Prezados(as) professores(as),
Bem-vindos(as) a EaD!
Amanhã, às 9h, teremos um treinamento no Ambiente Virtual de Aprendiza gem, para que vocês possam
interagir com os alunos, pelos chats, e dar todo
o suporte necessário, sanando as dúvidas decorrentes das VAs e das VCs, com
base no material disponível na BV.
Conto com a presença de todos(as)!
Atenciosamente,
Coordenador do curso”.
O que você achou do e-mail enviado pelo coordenador? Foi claro para os pro
fessores? Observe que foram utilizados alguns termos técnicos e
abreviações de palavras que os novos docentes ingressantes na
modalidade de ensino a distân cia desconhecem ou possuem um nível de
conhecimento diferente do coorde nador do curso, o que pode vir a gerar
confusão de ideias e diluição do objetivo da mensagem. Portanto, deve-se
considerar o contexto do comunicador, tanto social, como cultural e
profissional, pois há situações em que os leitores são afina dos e
integrados e, em outras, mais afastados.
Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 20
Blikstein (1998) observa que “quem não escreve bem perde o trem” e conta a
história de um gerente apressado que deixa um bilhete para a sua
secretária, no entanto, devido a falhas na escrita, ela entende a mensagem
de forma errada, o que vem a causar a perda de um importante
compromisso do gerente no Rio de Janeiro.
Leia com atenção a narrativa de Blikstein (1998, p.5) e analise as consequências
de uma má comunicação escrita.
CASOS E RELATOS
A história do gerente apressado
Certa vez, um apressado gerente de uma grande empresa paulista precisa
va ir ao Rio de Janeiro para tratar de alguns negócios urgentes. Como tinha
muito medo de viajar de avião, o gerente deixou o seguinte bilhete para a
sua recém-contratada secretária:
Maria: devo ir ao Rio amanhã sem falta. Quero que você
me rezerve, à noite, um lugar, no trem das 8 para o Rio.
Sabe o leitor o que aconteceu?
O gerente, simplesmente, perdeu o trem!
Por quê? Bem, acontece que Maria, a nova secretária, ao ler o bilhete, fran
ziu a testa e, com uma cara desanimada e cheia de dúvidas, ficou pensando,
pensando… até que, finalmente, decidiu: foi, à noite, à estação ferroviária
e reservou um lugar, para o dia seguinte, no trem das 8h da manhã. Ao
chegar ao emprego, no dia seguinte, a dedicada secretária teve a estranha
impressão de estar vendo um fantasma diante de si: lá estava o gerente,
tranquilo, fumando o seu perfumado cachimbo e assinando papéis, em
meio a lentas e gostosas baforadas.
– Então, Maria, tudo certo com o trem das 8h, hoje à noite? – perguntou o
gerente.
– Oi? – retrucou a secretária.
– Afinal, cadê a passagem? – retomou o já intrigado gerente, levantando a
cabeça e encarando a enigmática moça.
2 Comunicação oral e Escrita 21
– Passagem? Mas que passagem? O senhor só pediu para reservar um lu
gar… Ah! Já ia esquecendo: o senhor não leve a mal, por favor, mas… re
servar se escreve com s e não com z… – explicou Maria, sorrindo e piscan
do muito os olhos.
– Escute aqui moça: o que eu quero simplesmente é a minha passagem
para o Rio, pode ser?
– Não, infelizmente não pode ser, porque… reservar um lugar é uma coisa
e comprar uma passagem já é outra bem diferente…
– Como assim? Olhe aqui mocinha, ontem eu deixei um bilhete, pedindo
para você me comprar uma passagem para o Rio, no trem das 8h, de hoje à
noite! Foi só isso que eu pedi. Mais claro do que isso, é impossível!
– Não, seu gerente, não está nada claro! O senhor está completamente en
ganado! Não foi nada disso que o senhor escreveu! Veja aqui o seu bilhe
te, veja o que o senhor escreveu: o senhor me pede, aqui no bilhete, para
reservar, à noite, um lugar no trem das 8h para o Rio, tá? E como o senhor
deveria viajar no dia seguinte, então, eu fiz exatamente o que o senhor
mandou: fui à estação, à noite, e pedi uma reserva, para o dia seguinte, no
trem das 8h da manhã para o Rio. – Onde foi que eu errei? Explique-me D.
Maria. Será que eu escrevo tão mal assim? Meu bilhete está tão claro, tão
simples… eu só pedi uma passagem no trem das 8h para o Rio e veja o que
você me aprontou! Onde foi que eu errei? Posso saber?
– Bem, já que o senhor perguntou, então eu explico: nossas cabeças são
sim muito diferentes uma da outra, aliás, não existem duas cabeças iguais
nesse mundo. O senhor, por exemplo, queria que eu comprasse uma passa
gem para o Rio de Janeiro, no trem das 8h da noite, cabina com leito, não é
mesmo? Mas acontece que o senhor não conseguiu passar essa ideia para
a minha cabeça, porque, pelo seu bilhete, eu entendi outra coisa comple
tamente diferente daquela que o senhor tinha na cabeça. Quer ver? Vamos
começar por este trecho:
“(…) me rezerve, à noite, um lugar, (…)”
– Bem, o senhor já sabe que reservar é com s, mas há erros mais graves
aqui. Em primeiro lugar, se o senhor queria que eu comprasse uma passa
gem, o certo, então, era escrever “compre uma passagem”, ou “providen
cie uma passagem”! Segundo problema: o senhor não fala em cabina com
leito, mas em lugar; ora, lugar é uma palavra que pode significar muitas
coisas ao mesmo tempo: pode ser uma poltrona de 1ª ou 2ª classe, no meio
ou na ponta do vagão, do lado da janela ou do corredor e pode até ser uma
cabina com leito, ou seja, há várias possibilidades. Terceiro problema, e este
é de sintaxe…
Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 22
– Se o senhor observar bem o trecho que eu citei – “… me reserve, à noite,
um lugar, …”- vai ver que a ordem das palavras e, principalmente, a posição
das vírgulas dão um duplo sentido à frase. Pode até ser que a minha expli
cação seja confusa, mas eu vou fazer um esqueminha aqui no papel, pra
ficar mais claro o que eu expliquei:
• Um lugar à noite (= lugar noturno)
Reservar
• À noite (= depois de encerrado o dia) Um lugar
– Entendeu,agora, seu gerente? A frase tem dois sentidos. Minha cabeça
foi pelo segundo sentido, por isto é que eu fui à noite à estação para reser
var o lugar do senhor. Ah, e uma última falha, ainda, para terminar. Diga-me
uma coisa: se o seu trem era o das 8h da noite, por que é que o senhor não
escreveu logo: trem das 20h? Com um bilhete assim, com tantas falhas
de sintaxe, de pontuação, de vocabulário e até de ortografia, o senhor não
acha que muita confusão poderia ter sido evitada com essa simples indica
ção de horário? (Adaptado de BLIKSTEIN, 1988, p. 5-12).
A história termina e não se sabe se o gerente aprendeu a lição, mas você certa
mente conseguiu extrair os prejuízos que a comunicação escrita gera
quando não obedece às normas gramaticais. Portanto, é preciso escrever
bem para obter a resposta que deseja (BLIKSTEIN,1998).
Pimenta (2009, p.147) considera que escrever bem é:
• obedecer às regras gramaticais, evitando erros de sintaxe, de
pontuação, de ortografia etc.;
• procurar a clareza, evitando palavras e frases obscuras ou de
duplo sentido;
• agradar o leitor, empregando expressões elegantes e fugindo
de um estilo muito seco.
Na comunicação escrita é preciso tomar cuidado com a interferência física de
alguns fatores, como dificuldade visual, má grafia das palavras, cansaço,
falta de iluminação, questões culturais, como palavras ou frases
complicadas e diferenças de nível social, e psicológica (mensagens que
contenham agressividade, aspereza e antipatia).
2 Comunicação oral e Escrita 23
VOCÊ
Na Antiguidade, o homem primitivo utilizava-se
da ima ginação e da criatividade para
comunicar-se. A batida
SABIA?
do tambor era uma maneira de
enviar uma mensagem aos
caçadores que se encontravam
distantes da tribo e os sinais de
fumaça indígena eram uma forma
de trans mitir uma notícia.
Com base no que foi exposto, você pôde perceber que o processo da
comu nicação é aprendido e é influenciado por atitudes, experiências,
conhecimento, características culturais, relacionamento pessoal e fatores
ambientais, podendo sofrer interferências negativas quando a mensagem
não é decodificada correta mente. Em vista disso, para alcançar o objetivo
pretendido é essencial conhecer os elementos que fazem parte do
processo de comunicação - emissor, receptor, mensagem e canal -, que
você conhecerá a seguir.
2.2 Processo de comunicação
Como você estudou, toda comunicação tem por objetivo a transmissão
de uma mensagem que possibilita a dinâmica social e de grupo. Quando
há comuni cação, tem-se inúmeras interpretações em relação a si próprio,
de acordo com a quantidade de pessoas envolvidas.
O processo de comunicação, segundo Sartini (1980), começa com um
trans missor (quem diz); um código (como se diz); uma mensagem (o que
se diz) e um receptor (a quem se diz). Consiste em um emissor fazer
chegar uma mensagem a um receptor por um canal de comunicação,
utilizando um determinado código.
Emissor Mensagem Receptor
Código
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Canal de comunicação
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Figura 1 - Elementos básicos do processo de comunicação
Fonte: Adaptado de Sartini (1980)
Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 24
A seguir, você conhecerá cada um dos elementos do processo de comunica
ção. Acompanhe!
2.2.1 Mensagem
Toda e qualquer ideia, conteúdo ou informação que se queira repassar é cha
mada mensagem. É algo que exterioriza uma intenção, a qual está ligada
ao con texto em que se está inserido.
Pode-se dizer que a mensagem é o conteúdo da comunicação. É o conjunto de
sinais com significado. É a essência e a razão da comunicação.
Para Berlo (1999 apud MATOS, 2009, p. 5), a mensagem significa “comunica
ção, notícia ou recado verbal ou escrito. É uma estrutura organizada de
sinais que serve de suporte à comunicação. A mensagem é o objeto da
comunicação, é um produto físico real do codificador”.
Em uma conversa, o discurso é a mensagem; em um sorriso, a expressão da
face é a mensagem; quando algo surpreende, a reação momentânea é a
mensa gem.
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Agora que você já sabe o que representa a mensagem, vamos ao emissor.
2 Comunicação oral e Escrita 25
2.2.2 Emissor
O emissor é a fonte da mensagem, é de onde parte a comunicação, é a
pessoa que tem a informação, a necessidade ou o desejo de passá-la a
outro indivíduo. A fonte, nesse processo, corresponde à nascente de
mensagens e iniciadora do ciclo da comunicação.
Stoner e Freeman (1994) definem emissor como aquele que transmite a men
sagem, o qual deve ser capaz de torná-la compreensível para quem recebe.
De acordo com Matos (2009, p. 5), o emissor é “um dos protagonistas
do ato da comunicação, aquele que, num dado momento, emite uma
mensagem para um receptor ou destinatário”. Heldman (2006, p. 321)
complementa destacando que o emissor é:
O responsável pela apresentação das informações de modo
claro e conciso; elas devem ser completas e expostas de ma
neira que o receptor consiga entendê-las corretamente. Suas
mensagens devem ser relevantes para o receptor.
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Reafirmando o que Heldman (2006) ressalta, o que vai dar ritmo à comunica
ção e prender a atenção do receptor é o conhecimento e o comportamento
do emissor.
Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 26
2.2.3 Receptor
O receptor é o público que recebe a mensagem. É aquele que interpreta aquilo
que foi enviado pelo emissor. Sem chegar a mensagem até o receptor, a
comuni cação não acontece.
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Matos (2009, p. 5) conceitua receptor como “aquele a quem se dirige a men
sagem, aquele que recebe a informação e a decodifica, isto é, transforma
os im pulsos físicos (sinais) em mensagem recuperada”. Bordenave (1994)
acredita que o receptor, ao decodificar a mensagem, também tem uma
intenção básica. Ele deseja selecionar o que é importante para ele e
direciona a sua compreensão e avaliação para depois decidir se aceita ou
não o conteúdo transmitido e, assim, aplicar o que achar válido.
Nesse sentido, quem recebe a mensagem deve compreender as informações
corretamente e certificar-se de que captou a ideia emitida.
2.2.4 Código
O código é uma série de símbolos ou um conjunto de sinais comuns ao emis
sor e ao receptor. A codificação acontece quando o emissor traduz estes
símbolos ou sinais em uma informação a ser transmitida (STONER;
FREEMAN, 1994).
O receptor interpreta a ideia do emissor, a partir de um código que pode ser
verbal (como a palavra falada ou escrita) e não verbal (como os sinais de
trânsito). Esse processo é chamado de decodificação.
2 Comunicação oral e Escrita 27
Assim, quando a mensagem é recebida mas não é compreendida, diz-se
que a comunicação não se realizou, possivelmente, porque o emissor e o
receptor não possuem nenhum signo em comum. Essa situação pode ser
observada na intera ção entre duas pessoas que moram em países
diferentes e um não fala a língua da outra, por exemplo, um brasileiro e um
japonês.
Há também casos em que são poucos os signos em comum, tornando a comu
nicação limitada, como a interação entre duas crianças.
Existem ainda algumas circunstâncias em que todos os signos emitidos
são compreendidos pelo receptor e manifesta-se como uma comunicação
perfeita.
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Figura 2 - Código de Libras
Todavia, a comunicação não se efetiva apenas pelos códigos verbais,
mas também pelos não verbais, utilizados pelos surdos, cegos, mudos e
afásicos, que criam e recriam seus próprios signos. Essas pessoas
visualizam, sentem e leem o mundo por meio das mãos.
2.2.5 Canal de comunicação
O canal é o meio escolhido pelo emissor para a transmissão da
mensagem ao receptor. Pode ser oral, escrito, visual ou corporal, serve de
suporte no processo de comunicação. Contudo, para que a comunicação
seja bem sucedida, o canal deve ser adequado à mensagem.
Schuler (2004 apud TOMASI E MEDEIROS, 2010, p. 21) afirma que o canal pos
sibilita que a mensagemchegue ao receptor-alvo no momento oportuno,
com a intensidade e frequência desejadas.
Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 28
2 face a face
Contato direto, frente a frente.
Já Matos (2009, p. 5) descreve o canal de
comunicação como “todo apoio ma terial que
veicula uma mensagem de um emissor a um
receptor, através do es paço e do tempo”. É a forma
pela qual a mensagem, já codificada pelo emissor,
atinge o receptor e esse a interpreta.
Pimenta (2009) relaciona os canais ou veículos de
comunicação mais usados, são eles: visuais e
auditivos.
Citam-se como meios visuais as instruções e
ordens, as circulares, as cartas pessoais, os
manuais, os quadros de avisos, os panfletos, os
jornais, as revistas, o fax, as pinturas, o
e-mail, as fotografias, os formulários, os
mapas, entre outros. Os auditivos configuram-se
em entrevistas, reuniões, conferências, buzinas,
apitos, autofalantes.
Gross (2012) observa a existência de canais de
comunicação “ricos” e “pobres”. O canal
considerado “rico” é o contato direto quando a
conversa dá-se face a face2 entre duas ou mais
pessoas, podendo exprimir reações verbais,
gestuais e tons de voz. Já o canal considerado
“pobre” envolve meios “frios”, ou seja, relatórios,
cartas e memorandos que não demonstram
“emoção”.
Para Gross (2012), os canais “ricos” são indicados
para contratações e desliga mentos de
colaboradores, discussões éticas, orientações a
funcionários, feedbacks e avaliações de
desempenho. Os e-mails são veículos de
comunicação funcionais para trocas de informação,
agendamentos, concretização de projetos,
fechamen to de negócios e confirmações de
eventos, devem ser usados com cuidado, a fim de
evitar mal-entendidos.
Atualmente, as redes sociais têm se constituído em
modernos canais de co municação para a
transmissão de informações e formação de opinião
pública. O Facebook, por exemplo, assume-se
como uma comunicação mediada de um para
muitos, e o Twitter permite a utilização de
mensagens instantâneas de texto, essencialmente
para partilha de experiências e críticas entre as
comunidades de cidadãos.
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2 Comunicação oral e Escrita 29
Agora que você conhece os elementos básicos da comunicação,
analise, na figura a seguir, como ocorre o processo de comunicação.
Ruído
Codificação Decodificação
Transmissor Canal Mensagem
Feedback
Figura 3 - Processo de comunicação
Receptor
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Você percebeu que na figura aparecem dois “novos” componentes no
proces so de comunicação? Pois bem, a seguir, você conhecerá o ruído e o
feedback, o que significam e como surgem no processo de
comunicação. Siga atento!
2.2.6 Ruído
O ruído na comunicação é todo sinal considerado indesejável na
transmissão de uma mensagem por meio de um canal.
Você deve lembrar da brincadeira do “telefone sem fio”, certo? Maria
dizia algo para Joana que passava para Mariana, essa reenviava para
Juliana e, assim, suces sivamente, sendo que, no final, verificava-se que o
teor da mensagem recebida pela última pessoa era completamente
distorcido do conteúdo original. Então, às vezes, isso ocorre porque
surgem obstáculos na transmissão e emitimos ao próximo aquilo que
entendemos.
Matos (2009) ressalta o ruído como tudo o que dificulta a comunicação,
inter fere na transmissão e perturba a recepção ou a compreensão da
mensagem.
Robbins (2007) assegura que compreender a mensagem exatamente da
for ma como o emissor repassou é, praticamente, impossível, uma vez que
existem várias barreiras que fazem com que a decodificação seja diferente
daquilo que realmente pretendia-se comunicar.
Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 30
As origens para que tais barreiras interfiram na comunicação eficaz são várias.
Entre elas, Pimenta (2004) cita as seguintes barreiras:
• psicológica - envolve o estado mental e emocional como preocupação, stress,
descontentamento;
• perceptual - diz respeito à concepção de mundo e de pessoa, a formação
cultural e religiosa, preconceitos e estereótipos;
• fisiológica - como dor de cabeça, dificuldade visual ou auditiva.
Além dessas, o excesso de barulho no ambiente, pouca iluminação e movi
mentação de pessoas podem ser contemplados como barreiras à
comunicação ou ruído (PIMENTA, 2009).
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Muitas vezes, o ruído origina erros, exigindo a repetição de parte ou de toda a
mensagem. A essa repetição dá-se o nome de redundância.
Montana e Charnov (2003) informam que o ruído situa-se entre a emissão e
a recepção da mensagem, podendo distorcê-la, mas não faz parte de
nenhum dos dois elementos. Entretanto, cabe ao emissor diminuir o ruído
para garantir a eficácia da comunicação.
O próximo elemento do processo de comunicação que você conhecerá é o
feedback. Você sabe o que é? Então, siga em frente!
2 Comunicação oral e Escrita 31
2.2.7 Feedback
O feedback é um termo da eletrônica que significa retroalimentação. Entende-
-se como a percepção do outro, baseada nos filtros que ele possui para
apreender o ambiente ao seu redor. É uma palavra de origem inglesa,
composta pelos radi cais feed (alimentar) e back (voltar), significa retorno
da informação, resposta ou efeito retroativo (WESIZFLOG, 2007).
Feedback ou retroalimentação é definido como a reintrodução de
uma saída ao sistema, sob a forma de informação (OLIVEIRA, 2004).
FIQUE ALERTA
No processo de comunicação, as
ações e reações são importantes
e, nessa perspectiva, o
feedback é um instru-
mento de influência.
Stoner e Freeman (1994, p.391) estabelecem o feedback como o
“reverso do processo de comunicação” que ocorre quando o receptor
expressa alguma rea ção à mensagem do emissor. Na maioria das
comunicações, o sucesso decorre da avaliação do feedback, pois
ele auxilia a fonte a examinar os resultados obtidos na transmissão da
mensagem, em relação aos objetivos iniciais (MEDEIROS, 1989).
Segundo Sartini (1980), o feedback representa uma contínua
mutação sob a forma de “informação de volta”, provocando os ajustes
necessários para a com preensão da mensagem.
Baseado nisso, atesta-se o feedback como um controle do
processo de co municação. Hurst (2003, p. 38) corrobora com essa ideia
quando ressalta que “o feedback é uma ferramenta de
acompanhamento que permite avaliar até que ponto as mensagens estão
sendo recebidas de forma clara”.
Assim, o feedback serve como fonte de ajustes entre o receptor
e o emissor e pode proporcionar alterações na conduta, confirmar
posições, modificar a men sagem, dar respostas, alterar comportamentos e
reações. Para Berlo (1997, p. 118), “o conhecimento e o uso de
feedback aumentam a efetividade de comunicação do indivíduo”.
FIQUE ALERTA
Não obstante, o
feedback pode
apresentar problemas quando é
atrasado, inconstante, crítico,
subjetivo, obje tivo, indireto (dado
por terceiros) ou incoerente com
a comunicação.
Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 32
Moscovici (2009) afirma que, para que o processo seja útil, o feedback precisa
ser descritivo em vez de avaliativo; específico em vez de geral; compatível
com as necessidades do comunicador e receptor; dirigido para
comportamentos que o receptor possa modificar; solicitado em vez de
imposto; oportuno e esclarecido.
O mesmo autor ainda destaca a dificuldade do ser humano em receber e dar
feedback. Porém, todos precisam dele – tanto positivo quanto
negativo – para conhecer o que já se conseguiu fazer com adequação,
mantendo os acertos e corrigindo os erros.
Portanto, o feedback é uma ferramenta gerencial que atinge diretamente a
comunicação e deve ser utilizado para potencializar os talentos, estimular
o com prometimento e aprimorar desempenhos.
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Agora que você conhece a comunicação oral e escrita, bem comoos elemen
tos que fazem parte do ato de comunicar, a seguir, verá uma das
ferramentas de apresentação pessoal, a qual exige a utilização de técnicas
de comunicação que atraiam a atenção do mercado de trabalho,
propiciando a “abertura de portas” no mundo do emprego. Esse
instrumento é chamado curriculum vitae ou, simples
mente, currículo.
2 Comunicação oral e Escrita 33
2.3 Elaboração do curriculum vitae
Você sabe o que significa a palavra curriculum? Representa curso,
percurso, carreira, corrida. Nesse sentido, o curriculum
vitae é entendido como a exposi ção de todos os dados pessoais,
cursos, experiências e atividades que possam dar uma ideia do que a
pessoa conseguiu realizar durante a sua vida, ao longo de sua carreira ou
caminhada (TRALDI, 1987).
VOCÊ
SABIA?
O curriculum vitae
é uma espécie de cartão de visita
e deve abrir oportunidades no
mercado de trabalho. Dessa
forma, ele deve ser claro, conciso
e ter boa apre- sentação.
Na atualidade, o mercado de trabalho (empresas) e de recursos
humanos (candidatos) possuem uma relação de interdependência, ou seja,
as organizações buscam identificar seus talentos pelas chamadas e pelos
convites cativantes para as vagas ofertadas, e os candidatos procuram
atrair as empresas com suas com
petências e qualificações (MATOS, 2012).
Nesse sentido, apresentar um currículo bem elaborado e sem excesso
de infor mações é uma forma de instigar as empresas e, assim, conquistar
uma entrevista pessoal.
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Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 34
Mas, veja bem! Matos (2012) ressalta que para cada tipo de empresa deve ser
elaborado um currículo diferente e que atenda, principalmente, ao perfil
solicita do. Até alguns anos atrás, era possível e admissível adquirir um
formulário pronto, tanto nas papelarias, como nas bancas de jornal, e
preencher a mão as informa ções ali requeridas. Entretanto, esse tipo de
documento padronizado é inflexível, pois não permite ajustar as
qualificações do profissional de maneira estratégica.
Dessa forma, hoje, para conseguir uma colocação no mercado de trabalho e
participar de processos seletivos, é preciso destinar algum tempo na
elaboração do currículo, planejando as informações e concentrando-se
sempre naquelas que irão contribuir com o interesse do cargo ou da área
de atuação almejada. Isso quer dizer que não existe um modelo ideal de
curriculum vitae. A pessoa deve definir seu objetivo,
ressaltar suas principais habilidades e resultados e adaptá-lo ao possível
empregador.
Para Matos (2012) é fundamental produzir um texto coerente e verdadeiro,
com dados a respeito da escolaridade, das características pessoais,
experiências e planos de trabalho, como também descrever uma visão
ampla e geral da trajetó ria acadêmica e profissional.
O currículo, portanto, representa o “relatório geral” ou “dossiê” a respeito do
candidato a um emprego, e alguns pontos devem ser considerados,
antecipada mente, quando da sua elaboração. São eles, segundo Traldi
(1987):
• verificar as exigências e os requisitos do cargo desejado e quais os passos
para se inscrever e participar do processo seletivo;
• buscar informações sobre a empresa na qual pretende se candidatar;
• fazer uma autoanálise das competências, habilidades e atitudes que possui,
a fim de evidenciar aquelas que poderão ser usadas como diferencial com
petitivo.
Feito isso, parte-se para a confecção do curriculum vitae, que deve dar uma
ideia básica geral a respeito do candidato, servir de guia para as pessoas
na hora da entrevista, fixar o candidato na mente dos entrevistadores e
“vender”, de ma neira sutil, mas efetiva, o candidato (CEUMA, 2013).
Para Ceuma (2013), a característica principal do currículo é a simplicidade,
devendo ser bem organizado, ter ordens cronológicas capazes de
demonstrar a evolução da pessoa ao longo de sua carreira, possuir
objetividade, legibilidade na impressão e sem erros de português.
Existem três modelos básicos de currículo: o cronológico, o funcional e o
cronológico-funcional (CEUMA, 2013). O cronológico mostra as
experiências profissionais na ordem de datas inversas (as mais recentes
primeiro); o funcional apresenta as funções exercidas ou experiências
curtas e o cronológico-funcional
2 Comunicação oral e Escrita 35
integra os dois tipos, favorecendo a exposição de acontecimentos ao longo
da carreira, as funções exercidas e o tempo de atuação em cada uma
delas.
Entretanto, o importante não é o formato de currículo adotado, mas as infor
mações nele contidas, as quais devem transmitir o perfil e o potencial do
profis sional. Neste sentido, os aspectos essenciais que devem constar em
um curricu lum vitae são, de acordo com Ray (2011) são:
• dados pessoais;
• habilitações acadêmicas;
• experiência profissional/estágios;
• cursos de formação profissional;
•idiomas;
•informática;
•informações adicionais.
Saiba o que deve conter cada um desses itens. Nos dados pessoais é necessá
rio citar o nome completo, data de nascimento, endereço residencial,
telefone e e-mail. É opcional informar o estado civil, se possui filhos,
a idade e religião. Colo ca-se fotografia somente se a empresa solicitar.
Além disso, não há necessidade de incluir números de documentos oficiais
e nem referências bancárias.
Em habilitações acadêmicas mencionam-se os nomes das instituições de en
sino e as datas de conclusão dos cursos de graduação, pós-graduação,
técnicos e profissionalizantes já realizados.
Em experiências profissionais/estágios devem ser indicadas as
empresas por onde atua ou atuou. Se tiver muitas empresas para indicar,
pode-se colocar ape nas as mais representativas, aquelas que enaltecem o
objetivo do cargo pretendi do, independente dos períodos de atuação,
iniciando sempre pela mais atual. Ou se tiver pouca experiência
profissional, deve incluir as organizações onde realizou estágios,
detalhando a natureza de suas atividades, os períodos envolvidos e os
cargos ocupados.
No item “Curso de formação profissional”, destacam-se os títulos
adicionais, tais como capacitações, workshop, seminários e
demais atividades desenvolvidas com o propósito de adquirir competências
para o exercício das funções na pro fissão.
FIQUE ALERTA
É interessante apontar os idiomas
que tem domínio total ou parcial e
o conhecimento em informática,
visto que hoje a maioria das
empresas são automatizadas.
Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 36
Adicionalmente, Ceuma (2013) ressalta como pontos a serem descritos pelo
indivíduo no curriculum vitae, as áreas de interesse, os
principais pontos fortes e as realizações profissionais mais relevantes.
No quadro a seguir você verá um passo a passo sobre quais dados incluir no
seu currículo. Confira com atenção!
PASSO ITEM O QUE DEVE SER INFORMADO
1 Nome Uma das informações mais importantes no
currículo é o nome. Portanto, merece
destaque tanto em tama nho de fonte, como
no tipo de letra.
2 Dados pessoais e
localização
São informados os dados pessoais
(como data de nascimento) e o
endereço residencial.
3 Contatos telefônicos ou
e-mail
Se o telefone indicado for de recado, então,
deve ser mencionado o nome da pessoa
que, possivelmente, poderá atendê-lo, mas
é preciso avisar essa pessoa que o número
dela está sendo indicado para fins de
emprego. Essas informações facilitam a
empresa no momento de fazer contato com
o candidato. Por isso, elas devem ser
claras.
4 Objetivo Indicar um cargo ou a área que deseja atuar.
5 Resumo das
qualificações
Listar todas as atividades em que se sente
qualificado a executar. Não precisam,
necessariamente, ter sido aprendidas em
alguma empresa. Podem ter sido ad quiridas
durante o curso técnico ou universitário, ou
mesmo atuando na informalidade.
Entretanto, essas atividades devem estar
alinhadas com o objetivo proposto no
currículo.
6 Resultados profissionais
obtidos
Resultado profissional é tudo o que tenha
alcança do como melhor desempenho na
organização. É considerado um diferencialcompetitivo no mercado de trabalho.
7 Experiência profissional Indicar as empresas onde atuou ou que está
atuando.
8 Formação acadêmica ou
escolar
São os cursos realizados em termos de
graduação, pós-graduação, técnicos e
profissionalizantes.
9 Cursos de
aperfeiçoamento
São os cursos voltados à aquisição de
conhecimento e habilidade para o exercício
das funções na profissão.
10 Cursos extracurriculares São os cursos de extensão universitária
ou extracur ricular que demonstram
alguma contribuição, de acordo com o
objetivo proposto no currículo.
11 Idiomas Destacar as línguas estrangeiras e qual é
o nível de fluência delas (oral e/ou
escrita).
2 Comunicação oral e Escrita 37
PASSO ITEM O QUE DEVE SER INFORMADO
12 Participação social Descrever a atuação como voluntário em
alguma Or ganização Social Não
Governamental (ONG), quando já tenha
participado.
13 Pretensão salarial Só colocar este item se for solicitado pela
empre sa. Deve-se analisar a média salarial
do cargo no mercado e declarar o salário
pretendido, utilizando-se do bom senso.
Não sabendo qual o valor a infor mar,
mencionar a frase: “de acordo com a prática
do mercado”.
14 Referências pessoais Inserir este item somente se a empresa
solicitar no anúncio da vaga.
15 Local e data de
emissão do currículo
Informar o município e a data de emissão
do currícu lo. Essa última, certifica que as
informações prestadas estão atualizadas.
16 Assinatura A assinatura é uma espécie de aval ou
ciência da ve racidade das informações
que constam no currículo. Entretanto, se
for encaminhado pela Internet, não precisa
colocar este item.
Quadro 2 - Componentes básicos de um curriculum vitae
Fonte: Adaptado de Ceuma (2013)
O quadro anterior deve ser usado como um direcionamento para a
elaboração de um curriculum vitae, pois não existe uma
metodologia padrão a ser seguida. O mais importante é manter os dados
atualizados, escritos de maneira correta e formatados de maneira
adequada.
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Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 38
Outra opção para elaboração do currículo é pela Plataforma Lattes, que é a in
tegração de bases de dados de currículos, de grupos de pesquisa e de
instituições em um único sistema de informações (CNPq, 2013).
O currículo Lattes é feito de forma eletrônica e registra o perfil profissional de
cientistas, professores, pesquisadores, estudantes de pós-graduação e
gradua ção, profissionais autônomos, funcionários de empresas, governos,
organizações civis, entre outros. (CNPq, 2013).
VOCÊ
SABIA?
O nome Lattes é uma homenagem
a um grande cientis- ta nacional
chamado Césare Mansueto Giulio
Lattes. Cé- sare era físico, teve
destaque na política do Brasil após
a Segunda Guerra e criou
importantes instituições na-
cionais, além de ter atuado
ativamente na comunidade
acadêmica, tendo renome na USP
e na UNICAMP.
Qualquer pessoa pode criar e atualizar o seu currículo Lattes, bastando
acessar a Plataforma Lattes, no site do CNPq. Os currículos podem ser
usados individu almente pelos seus titulares e serem visualizados por
terceiros por meio de um campo de buscas.
Como vantagens, o currículo Lattes apresenta maior facilidade de
controle nas alterações e otimização no tempo de procura feita pelos
usuários. Contudo, é menos comercial e mais voltado para estudantes,
professores, pesquisadores e bolsistas de mestrado, de doutorado e de
iniciação científica, pois, consoante o CNPq (2013), subsidia recursos
financeiros para os programas universitários de senvolvidos no Brasil.
Entre as informações requeridas no currículo Lattes, além dos dados
pessoais, da formação educacional e complementar e dos vínculos
empregatícios, são so licitadas as produções realizadas no decorrer da
trajetória acadêmica, tais como: publicação de artigos, de capítulos de
livros, de relatórios técnicos, participação em eventos, congressos,
simpósios e, até mesmo, produtos que foram desenvol vidos e patenteados
pelo profissional.
Veja algumas dicas para um currículo campeão, no vídeo de
SAIBA MAIS
Max Gehringer, disponível em:
<http://empregovirtual.blog.br/20
13/09/dicas-para-um-
-curriculo-campeao/>
2 Comunicação oral e Escrita 39
Bem, agora que você sabe como elaborar um curriculum
vitae, que tal fazer o seu? No próximo capítulo você conhecerá os
fundamentos de informática que lhe darão suporte na formatação do texto,
na edição e na atualização das informa ções do documento, na correção
ortográfica e gramatical, além de outros coman dos úteis para a preparação
de um currículo.
Recapitulando
Neste capítulo, você conheceu o processo de comunicação (oral e escrita)
e os elementos que o envolvem (mensagem, emissor, receptor, código e
canal), pôde observar que existem sinais indesejáveis que dificultam a co
municação (ruídos), como também a existência de uma ferramenta que
auxilia a examinar os resultados obtidos na transmissão da mensagem
(feedback).
Utilizando-se dos conceitos sobre comunicação escrita, você também
aprendeu a elaborar um curriculum vitae, que é o seu cartão de visita no
mercado de trabalho.
Agora, você está apto para interagir com os diversos públicos e em dife
rentes situações do dia a dia, tanto relacionadas à sua rotina como assis
tente de recursos humanos, como também na busca de oportunidades
em outras áreas de seu interesse.
Mas o estudo não para aqui! Prepare-se para os próximos assuntos, que
trarão aprimoramento profissional para você!
Fundamentos de Informática
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Você sabe para que serve um editor de textos? Por intuição, muitos imaginam que a
única utilidade seja para escrever textos e imprimi-los. Na verdade, conhecendo a
diversidade de re cursos que o Word 2010 oferece, você pode fazer muito mais.
E um editor de planilhas, você conhece? Com o Excel é possível, por exemplo, usar
os po derosos recursos de cálculo em vários demonstrativos de contabilidade financeira,
como fluxo de caixa, rendimentos ou lucros e perdas; criar qualquer tipo de orçamento,
como um plano de orçamento de marketing, um orçamento de evento ou de
aposentadoria; ou ainda criar muitos tipos de relatórios, que reflitam uma análise ou um
resumo de dados que você pode usar para a previsão de informações.
Já o PowerPoint 2010 é um aplicativo visual e gráfico usado, principalmente, para
criar apre sentações. Com ele, você pode criar, visualizar e mostrar apresentações de
slides que combinam texto, formas, imagens, gráficos, animações, tabelas, vídeos
e muito mais.
Ao final do capítulo, você estará apto a:
• utilizar os mais diversos recursos de formatação, edição e correção de
textos; • abrir, editar e salvar o documento criado;
• configurar a impressão do documento;
• utilizar os mais diversos recursos de formatação, fórmulas e gráficos;
• abrir, editar e salvar a planilha criada;
• configurar a impressão da planilha eletrônica;
• utilizar os mais diversos recursos de criação, formatação e edição de
apresentações; • abrir, editar e salvar uma apresentação criada;
• definir a impressão, conversão em pdf/vídeo da apresentação.
Percebeu quantos assuntos importantes aguardam por você neste capítulo? Ao trabalho!
Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 42
3.1 Editor de textos
Você já utilizou o Microsoft Word? Saiba que esse é o aplicativo de edição de
textos mais utilizado pelo público ao longo dos anos. Com ele você pode
criar documentos simples e dinâmicos. Esse software possibilita o
trabalho em equipe, pois vários usuários podem editar um mesmo arquivo
com segurança e confiabi lidade.
O Word 2010 oferece, entre outras possibilidades:
• formatação de textos definindo destaques em palavras e expressões;
• criação de tabelas personalizadas;
• ganho em produtividade, encontrando informações e formatando-as de for
ma mais rápida;
• reunião de informações padronizadas para envio a diferentes grupos;
• criação de cartas e formas diferentes de documentos.
Na sequência, você aprenderá a elaborar documentos com formatações

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