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série gestão Rotinas de Recursos Humanos Volume 1 Série gestão Rotinas de Recursos Humanos Volume 1 CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI Robson Braga de Andrade Presidente DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor de Educação e Tecnologia SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI Conselho Nacional Robson Braga de Andrade Presidente SENAI – Departamento Nacional Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor-Geral Gustavo Leal Sales Filho Diretor de Operações Série gestão Rotinas de Recursos Humanos Volume 1 © 2013. SENAI – Departamento Nacional © 2013. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, do SENAI. Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância. SENAI Departamento Nacional Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP SENAI Departamento Regional de Santa Catarina Núcleo de Educação – NED FICHA CATALOGRÁFICA _____________________________________________________________________________ S491r Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. Rotinas de recursos humanos volume 1 / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2013. 106 p. : il. (Série Gestão). ISBN 978-85-7519-797-4 1. Administração de pessoal. 2. Comunicação oral. 3. Informática. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. II. Título. III. Série. CDU: 658.3 _____________________________________________________________________________ SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional Sede Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317- 9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br Ilustrações Figura 1 - Elementos básicos do processo de comunicação............................................................................23 Figura 2 - Código de Libras.......................................................................................................................................... .27 Figura 3 - Processo de comunicação.........................................................................................................................29 Figura 4 - Botão iniciar e caixa de pesquisa............................................................................................................42 Figura 5 - Programas.................................................................................................................................. .....................43 Figura 6 - Botão fechar.......................................................................................................................................... .........43 Figura 7 - Atalho para fechamento do documento.............................................................................................43 Figura 8 - Área de trabalho do Word.........................................................................................................................44 Figura 9 - Personalizando a Barra de Acesso Rápido...........................................................................................45 Figura 10 - Opção de Marcar Entrada (Índice) e Mostrar Tudo selecionado (Parágrafo)........................46 Figura 11 - Guias com a Faixa de Opções oculta...................................................................................................47 Figura 12 - Guia Arquivo....................................................................................................................................... .........48 Figura 13 - Opções do Word.........................................................................................................................................4 9 Figura 14 - Grupo Salvar (opção de AutoRecuperação).....................................................................................49 Figura 15 - Copiar e colar arquivo ..............................................................................................................................51 Figura 16 - Renomear arquivo.....................................................................................................................................5 1 Figura 17 - Atalho......................................................................................................................................... ....................52 Figura 18 - Negrito........................................................................................................................................ ...................53 Figura 19 - Descrição de recurso em dica de tela.................................................................................................53 Figura 20 - Formatação no editor de textos...........................................................................................................54 Figura 21 - Formatando texto – grupo Fonte ........................................................................................................55 Figura 22 - Marcadores................................................................................................................................. ..................56 Figura 23 - Numeração................................................................................................................................. ..................56 Figura 24 - Formatação de parágrafo .......................................................................................................................57 Figura 25 - Configurar Página......................................................................................................................................5 8 Figura 26 - Edição......................................................................................................................................... ....................58 Figura 27 - Revisão de Texto.........................................................................................................................................5 9 Figura 28 - Opção Imprimir ..........................................................................................................................................60 Figura 29 - Visualizar Impressão.................................................................................................................................. 61 Figura 30 - Botão iniciar e caixa de pesquisa .........................................................................................................62 Figura 31 - Programas.................................................................................................................................. ...................62 Figura 32 - Botão fechar.......................................................................................................................................... .......63 Figura 33 - Atalho para fechamento do documento ..........................................................................................63 Figura 34 - Área de trabalho do Excel.......................................................................................................................64 Figura 35 - Personalizando a Barra de Acesso Rápido........................................................................................65 Figura 36 - Guias com a Faixa de Opções oculta...................................................................................................66 Figura 37 - Guia Arquivo................................................................................................................................................67 Figura 38 - Opções do Excel .........................................................................................................................................67 Figura 39 - Grupo Salvar (opção de AutoRecuperação).....................................................................................68 Figura 40 - Renomear arquivo.....................................................................................................................................6 9 Figura 41 - Atalho......................................................................................................................................... ....................70 Figura 42 - Tabela Pedidos ...........................................................................................................................................70 Figura 43 - Caracteres ocultos nas células..............................................................................................................71 Figura 44 - AutoAjuste da Largura da Coluna........................................................................................................71 Figura 45 - Negrito........................................................................................................................................ ...................71 Figura 46 - Alternativa ao recurso de AutoAjuste da Largura da Coluna.....................................................72 Figura 47 - Grupo Mostrar........................................................................................................................................ .....72 Figura 48 - Bordas........................................................................................................................................ ....................72 Figura 49 - Mesclar e Centralizar................................................................................................................................. 73 Figura 50 - Recurso arrastar e soltar..........................................................................................................................73 Figura 51 - Relatório de Pedidos.................................................................................................................................73 Figura 52 - Relatório de Pedidos Formatado..........................................................................................................74 Figura 53 - Grupo Número....................................................................................................................................... .....74 Figura 54 - Opção Formatar Células..........................................................................................................................75 Figura 55 - Grupo Edição......................................................................................................................................... ......76 Figura 56 - Tabela de Pedidos...................................................................................................................................... 76 Figura 57 - Biblioteca de Funções..............................................................................................................................77 Figura 58 - Opção Imprimir ..........................................................................................................................................77 Figura 59 - Gráfico de colunas agrupadas...............................................................................................................78 Figura 60 - Ferramentas de Gráfico ...........................................................................................................................79 Figura 61 - Botão iniciar e caixa de pesquisa .........................................................................................................79 Figura 62 - Programas.................................................................................................................................. ...................79 Figura 63 - Botão Fechar......................................................................................................................................... .......80 Figura 64 - Atalho para fechamento do documento ..........................................................................................80 Figura 65 - Área de trabalho do PowerPoint..........................................................................................................81 Figura 66 - Personalizando a Barra de Acesso Rápido........................................................................................82 Figura 67 - Guias com a Faixa de Opções oculta...................................................................................................83 Figura 68 - Guia Arquivo....................................................................................................................................... .........84 Figura 69 - Grupo Salvar (opção de AutoRecuperação).....................................................................................84 Figura 70 - Renomear arquivo.....................................................................................................................................8 5 Figura 71 - Atalho......................................................................................................................................... ....................86 Figura 72 - Grupo Fonte.......................................................................................................................................... .......87 Figura 73 - Marcadores no grupo Parágrafo...........................................................................................................87 Figura 74 - Relatório Mensal........................................................................................................................................ .88 Figura 75 - Dica de recurso........................................................................................................................................ ...88 Figura 76 - Slide 1.................................................................................................................................................. ...........89 Figura 77 - Slide Tabela de Custos..............................................................................................................................90 Figura 78 - Slide Primeira Viagem...............................................................................................................................90 Figura 79 - Slide 5.................................................................................................................................................. ...........91 Figura 80 - Opção Imprimir ..........................................................................................................................................92 Quadro 1 - Matriz curricular..................................................................................................................................... .....12 Quadro 2 - Componentes básicos de um curriculum vitae.................................................................................37 Sumário 1 Introdução............................................................................................................................................. ...........................11 2 Comunicação Oral e Escrita............................................................................................................................. ...........15 2.1 Formas de comunicação................................................................................................................... ........16 2.2 Processo de comunicação................................................................................................................... .....23 2.2.1 Mensagem...................................................................................................................................24 2.2.2 Emissor............................................................................................................................ ..............25 2.2.3 Receptor.......................................................................................................................... .............26 2.2.4 Código............................................................................................................................. ..............26 2.2.5 Canal de comunicação............................................................................................................27 2.2.6 Ruído ........................................................................................................................................ .....29 2.2.7 Feedback ......................................................................................................................................3 1 2.3 Elaboração do curriculum vitae .............................................................................................................33 3 Fundamentos de Informática.................................................................................................................................. ..41 3.1 Editor de textos.......................................................................................................................................... ..42 3.1.1 Abertura e fechamento do editor de textos...................................................................42 3.1.2 Área de trabalho do editor de textos.................................................................................44 3.1.3 Manipulação de arquivos no editor de textos................................................................50 3.1.4 Formatação no editor de textos..........................................................................................52 3.1.5 Configuração de página no editor de textos..................................................................57 3.1.6 Comandos de edição de textos...........................................................................................58 1 E 3.1.7 Correção ortográfica e gramatical ......................................................................................59 M 3.1.8 Impressão básica no editor de textos................................................................................59 U L 3.2 Editor de planilhas......................................................................................................................................61 O V 3.2.1 Abertura e fechamento do editor de planilhas..............................................................62 3.2.2 Área de trabalho do editor de planilhas...........................................................................63 3.2.3 Manipulação de arquivos no editor de planilhas..........................................................68 3.2.4 Formatação no editor de planilha.......................................................................................70 3.2.5 Formatação de célula ..............................................................................................................74 3.2.6 Comandos de edição de planilhas......................................................................................75 3.2.7 Fórmulas Básicas................................................................................................................. ......76 3.2.8 Impressão básica................................................................................................................... ....77 3.2.9 Gráficos Básicos................................................................................................................. ........78 3.3 Editor de apresentações...................................................................................................... .....................79 3.3.1 Abertura e fechamento do editor de apresentações...................................................79 3.3.2 Área de trabalho do editor de apresentações................................................................80 3.3.3 Manipulação de arquivos no editor de apresentações...............................................85 3.3.4 Formatação do editor de apresentação............................................................................86 3.3.5 Recursos do editor de apresentações................................................................................88 3.3.6 Impressão básica no editor de apresentações...............................................................92 Referências................................................................................................................................ ...........................................95 Minicurrículo dos Autores....................................................................................................................................... .......99 Índice .................................................................................................................................................... ..............................101 4 Gestão de Recursos Humanos ou Pessoas........................................................................................................119 4.1 Tipos de empresa .....................................................................................................................................12 0 4.2 Constituição e legalização de empresas..........................................................................................125 4.2.1 Legalização de empresas....................................................................................................126 4.2.2 Procedimento de constituição..........................................................................................127 4.2.3 Outros tipos societários previstos na Legislação........................................................134 4.3 Organograma ......................................................................................................................................... ...140 4.4 Guias de Recolhimento................................................................................................................... .......143 4.4.1 Código............................................................................................................................. ...........143 4.4.2 FGTS............................................................................................................................... .............143 4.4.3 DAS................................................................................................................................. .............144 4.4.4 DARF ......................................................................................................................................... ..145 4.5 Imposto de Renda Retido na Fonte...................................................................................................147 4.6 Mensalão, ou carnê-leão........................................................................................................................ 148 4.7 Recolhimento do imposto ....................................................................................................................150 4.7.1 Cálculo do imposto ...............................................................................................................151 4.8 PIS – PIS/Pasep ......................................................................................................................................... .152 4.8.1 Contribuição sobre o faturamento..................................................................................152 4.9 Cofins............................................................................................................................... .............................154 4.10 CSLL ............................................................................................................................................................155 4.10.1 Prazo de recolhimento do CSLL .....................................................................................155 4.11 INSS................................................................................................................................ .............................156 4.12 ICMS................................................................................................................................ ............................159 4.13 ISS ......................................................................................................................................... .......................160 2 E 4.14 IPI .......................................................................................................................................................... .......161 M 4.15 Jornada de Trabalho .............................................................................................................................162 U L 4.16 Horas extras.............................................................................................................................................164 O V 4.17 Acordo de compensação de horas..................................................................................................164 4.18 Apontamento de horas........................................................................................................................165 4.18.1 Horário de intervalo............................................................................................................167 4.19 Formas de registro............................................................................................................................. ....167 4.20 Empregados em cargo de comissão...............................................................................................170 4.21 Composição de cálculo de DSR ........................................................................................................171 4.21.1 Descanso semanal remunerado – Comissão.............................................................172 4.21.2 Descanso semanal remunerado – hora noturna......................................................173 4.21.3 Descanso semanal remunerado – horista ..................................................................173 4.22 Composição dos cálculos das horas extras..................................................................................174 4.22.1 Cálculos da hora extra .......................................................................................................175 4.22.2 Hora extra noturna..............................................................................................................175 4.23 Composição de cálculo de integração de horas extras ao DSR ............................................176 4.24 Composição de Cálculo de INSS.......................................................................................................177 4.24.1 Segurados empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos........177 4.24.2 Segurados contribuintes individual e facultativo....................................................178 4.25 Composição de cálculo de Imposto de Renda (IR) ....................................................................178 4.25.1 Imposto de renda sobre salários....................................................................................179 4.25.2 Calculando o IRRF sobre Férias.......................................................................................180 4.25.3 Calculando o IRRF sobre 13.º salário.............................................................................180 4.26 Composição de cálculo de faltas e atrasos...................................................................................180 4.26.1 Cálculos sobre a falta ao trabalho .................................................................................181 4.27 Remuneração e descontos obrigatórios/facultativos...............................................................182 4.28 Relação humanA no trabalho............................................................................................................183 4.28.1 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa).............................................188 4.28.2 Rotinas de documentação ...............................................................................................194 4.28.3 DEFINIÇÃO de arquivamento..........................................................................................198 4.28.4 Técnicas de arquivamento................................................................................................200 4.28.5 Controle de materiais e planejamento de estoque.................................................202 4.28.6 Fundamentos de Legislação Trabalhista.....................................................................205 4.28.8 Definição de empregado e empregador....................................................................207 4.28.9 Tipos de contrato de trabalho.........................................................................................209 4.28.10 Rescisão do contrato de trabalho ...............................................................................211 4.29 Programa 5S......................................................................................................................... ....................211 4.29.1 Seiri – Senso de utilidade .................................................................................................213 4.29.2 Seiton – Senso de organização.......................................................................................215 2 4.29.3 Seiso – Senso de limpeza..................................................................................................216 E M 4.29.4 Seiketsu – Senso de segurança/saúde.........................................................................217 U L 4.29.5 Shitsuke – Senso de autodisciplina...............................................................................218 O V 5 Administração de Pessoal............................................................................................................................ ............221 5.1 Processos administrativos................................................................................................................ .....222 5.2 Recrutamento e seleção ........................................................................................................................224 5.3 Treinamento e desenvolvimento........................................................................................................22 9 5.4 Plano de carreira............................................................................................................................ ...........233 5.5 Crescimento profissional...................................................................................................................... .238 Referências................................................................................................................................ ........................................243 Minicurrículo dos Autores....................................................................................................................................... ....249 Índice .................................................................................................................................................... ..............................251 Introdução 1 Olá, caro aluno! Seja bem-vindo à unidade curricular Rotinas de Recursos Humanos! Primeiramente, você estudará a comunicação, sua importância e as formasescrita e oral, usadas no ato de comunicar, conhecendo o processo de comunicação e os elementos que o envolvem e são os responsáveis pela dinâmica social e pela interação entre um indivíduo e outro. Você também aprenderáa elaborar um curriculum vitae, cuja finalidade é auxiliá-lo na apresentação pessoal ao mercado de trabalho, de forma a mostrar adequadamente o seu perfil profissional. Neste contexto, não se pode deixar de mencionar a informática, que está gradativamente mais presente na vida das pessoas e das empresas. Por isso, no segundo capítulo, você apren derá as ferramentas mais aplicadas na edição de textos, planilhas e apresentações. No capítulo seguinte, você conhecerá conceitos variados relacionados à gestão de recur sos humanos, envolvendo os diversos aspectos que essa área abrange. Você entenderá como funcionam certas questões legais do funcionamento das empresas e verá informações impor tantes para a gestão de pessoas, como os fundamentos de legislações trabalhistas, jornada de trabalho e apontamento de horas, cálculos de remuneração e descontos obrigatórios etc. Nesse capítulo, você ainda saberá quais são os cincos princípios de organização do ambiente de trabalho do programa 5S. No último capítulo, o tema do seu estudo será a administração de pessoal, que envolve os processos administrativos relacionados à gestão de pessoas, como recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, plano de carreira, entre outros. A seguir, são descritos, na matriz curricular, os módulos e as unidades curriculares previstos e suas respectivas cargas horárias. Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 12 Assistente de recursos humanos Unidades curriculares • Rotinas de Recursos Humanos Carga horária 160h •Carga horária total 160h Quadro 1 - Matriz curricular Fonte: SENAI DN Agora, você é convidado a trilhar os caminhos do conhecimento. Faça deste processo um momento de construção de novos saberes, em que teoria e prática devem estar alinhadas para o seu desenvolvimento profissional. 1 Introdução 13 Anotações: Comunicação Oral e Escrita 2 Para você, o que é comunicação? Um gesto, um olhar, um som, uma carta, um e-mail, uma dança, as redes sociais, o silêncio são formas de comunicar? Quais são os elementos que fazem parte do processo de comunicação? Quando você responde a uma pergunta feita pelo seu amigo, quem é o emissor? E o receptor? A mensagem é entendida a ponto de obter o resultado esperado? Você é um bom comunicador? Sabe apresentar-se ao mercado de trabalho, por meio da escrita, utilizando-se do curriculum vitae? Neste capítulo, você irá percorrer os conceitos de comunicação e verá sua importância na vida pessoal e profissional. Vai entender os elementos que fazem parte do ato de comunicar, identificar a razão pela qual aquilo que queremos comunicar, muitas vezes, sai diferente do objetivo pretendido e, ao final, após ter conhecido os cuidados necessários para evitar as in terferências da comunicação escrita, você aprenderá a elaborar o curriculum vitae, que é o seu cartão de visita no mercado de trabalho. Portanto, leia com atenção o conteúdo apresentado a seguir, para que, ao final, você tenha subsídios para: • atuar com competência na área oral e escrita; •identificar a comunicação adequada para cada situação; • expressar com clareza as suas ideias; • apresentar as qualificações ao mercado de trabalho. Você iniciará o estudo com o tema comunicação oral e escrita. Preparado para iniciar? Va mos lá! Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 16 2.1 Formas de comunicação Em uma era em que a Internet tem se configurado como agente básico de vei culação de informações, a comunicação passa a ser cada vez mais um elemento importante para o profissional que quer se desenvolver em sua carreira. ) ] ? - - 0 2 [ ( n i a w s d l o g n a v e b Transmitir ideias bem articuladas, claras e corretas são FIQUE ALERTA fundamentais para que a mensagem seja emitida de modo eficiente e, para tanto, é preciso compreender os fatores que possibilitam uma diferenciação no mercado de trabalho. Mas o que é comunicação? Você já parou para pensar na importância da co municação em sua vida? Barker (2007) ressalta que a palavra “comunicação” significa “tornar comum”, “compartilhar”, e que enquanto não se divide uma informação com outra pessoa, não há comunicação. 2 Comunicação oral e Escrita 17 Wood (2007, p. 13) contrapõe-se a Barker (2007) quando afirma que “tudo o que acontece comunica algo. Tudo o que pensamos e dizemos é comunicação”. Assim, é possível entender que, queira ou não, os indivíduos estão o tempo todo participando de algum processo comunicacional, de forma ativa ou passivamente. Logo, sem a comunicação o ser humano torna-se incapaz de resolver proble mas, não se aprofunda em conhecimentos, não amadurece experiências e as rela ções pessoais não se fortificam, pois é ela que faz a ligação entre o homem e seu universo, inserindo-o em um contexto e permitindo a sua participação no sistema em que vive. A importância da comunicação, desse modo, está vinculada a sua capacidade de criar um sentido para a informação e depois repassar ou compartilhar esse significado, por meio da linguagem escrita ou oral. Nesse contexto, falar (comunicação oral) ou escrever (comunicação escrita) é produzir uma mensagem que se realiza de modo diferente. A fala traduz-se nos sons (fonemas) que são emitidos, e a escrita é representada pela grafia de letras (grafemas) e outros símbolos, como pontuação e acentuação. Na fala podem-se usar recursos que ajudam no entendimento, enquanto na escrita é necessário que o texto esteja claro, o assunto seja bem organizado, além de conter todas as informações necessárias para o leitor compreender a mensa gem. Se isso não acontecer, a comunicação, possivelmente, não irá atingir seu objetivo. Por exemplo, o jornal impresso Folha de São Paulo e o programa de TV Jornal Nacional abordam o mesmo assunto de forma diferente. Fatores como o contexto de produção, os usuários, a temática, as formas próprias de cada uma dessas modalidades, determinam essa diferença. As comunicações orais são muito utilizadas em entrevistas, reuniões, telefone mas, apresentações. É a conversa em si. Barker (2007) destaca a conversação como o meio mais notável da comunica ção por ser flexível e dinâmica e porque por meio dela pode-se disseminar o co nhecimento. Para Barker (2007, p.18), as “conversações são como danças verbais”, isto é, tem regras e movimentos padronizados, possibilitando às pessoas balan çarem juntas e de forma mais harmoniosa, sem se chocarem umas com as outras e sem perder o passo, uma vez que podem contar com a ajuda da entonação da voz, gestos, pausas e expressões faciais ou corporais. No entanto, a conversação não é apenas falar, é também escutar. O referido autor observa que quanto maior for a capacidade de escutar, melhor é a conver sação, pois é ouvindo que se compreende algo. Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 18 1 palavras rebuscadas Palavras difíceis, requintadas. O pior cego é aquele que não escuta. A sabedoria está mui to mais em escutar que em falar. Ao ouvir, sem escutar, abre- -se um abismo de incomunicabilidade, perde-se a percepção do outro, desvalorizando-o, empolgado que se está em falar. Acaba-se por nada dizer, pois inibe-se o ouvinte, indispondo- -o ao diálogo, ao cortar-se o circuito da comunicação. (MATOS, 2009, p.35). Peter Senge (1993 apud Barker, 2007, p.19), autor do livro “A quinta discipli na”, usa as palavras “defesa” (de causas) e “coleta de informações” para explicar os atos de falar e escutar. Falar significa a maneira de defender o ponto de vista, as ideias e o pensamento e escutar é o processo de colher informações sobre os pontos de vista, as ideias e o pensamento das outras pessoas. Observe que a fala favorece a liberdade na elaboração do discurso, não neces sitando de estruturação das frases, já a escrita, não. Você já imaginou como seria a língua portuguesa se escrevêssemos como fa lamos? Leia o texto, a seguir, e reflita: “Pois é. U purtuguêis é muito fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di riquandu a genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im portuguêis, é só prestáten ção. U alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi mui to diferenti. Qui bom qui a minha lingua é u purtuguêis. Quem soubé falá, sabi iscrevê”. (Extrato de texto. Jô Soares, Revista Veja, 28 de novembro de 1990). Estranho, não é mesmo? Além de algumas palavras serem indecifráveis e ou tras produzirem duplo sentido, a mensagem é obscura. Por isso, para que uma criança, um adulto ou um estrangeiro aprenda a nossa língua é preciso utilizar as normas para a escrita de textos. Pimenta (2009, p.146) aborda que, no cotidiano, são várias as situações profis sionais nas quais é necessária uma boa comunicação por meio da fala: • conversas com clientes, superiores e subordinados; • entrevista para emprego; • palestras e debates; •seminários, conferências, convenções, cursos; 2 Comunicação oral e Escrita 19 • ao telefone; •reuniões sociais. Já Blikstein (1995 apud TOMASI; MEDEIROS, 2010), ao analisar a comunicação escrita, menciona que a sua eficácia depende da resposta produzida, da atrati vidade e da transformação do pensamento em algo comum aos outros. No en tanto, muitas mensagens escritas são apresentadas de forma confusa, por mistu rar assuntos; ambíguas reportando o leitor a várias interpretações e; “frias”, com poucas informações ou apenas com a utilização de ilustrações, histórias, gráficos, tabelas e quadros indicativos. Um comunicador atento, segundo Tomasi e Medeiros (2010, p.88), “emprega um vocabulário comum, do conhecimento de quem recebe a mensagem, sem perder de vista o objetivo da comunicação”. É relevante também escrever de modo conciso, claro, simples, sem palavras rebuscadas1, obedecendo às normas gramaticais, à ortografia, à pontuação e à acentuação, usando expressões cati vantes que manifestem educação, gentileza e respeito. Imagine a seguinte situação: um coordenador do curso de educação a dis tância enviou um e-mail aos novos docentes ingressantes nesta modalidade de ensino, convocando-os para uma capacitação, cujo objetivo era a transmissão de informações relativas ao Ambiente Virtual de Aprendizagem, com a seguinte mensagem: “Prezados(as) professores(as), Bem-vindos(as) a EaD! Amanhã, às 9h, teremos um treinamento no Ambiente Virtual de Aprendiza gem, para que vocês possam interagir com os alunos, pelos chats, e dar todo o suporte necessário, sanando as dúvidas decorrentes das VAs e das VCs, com base no material disponível na BV. Conto com a presença de todos(as)! Atenciosamente, Coordenador do curso”. O que você achou do e-mail enviado pelo coordenador? Foi claro para os pro fessores? Observe que foram utilizados alguns termos técnicos e abreviações de palavras que os novos docentes ingressantes na modalidade de ensino a distân cia desconhecem ou possuem um nível de conhecimento diferente do coorde nador do curso, o que pode vir a gerar confusão de ideias e diluição do objetivo da mensagem. Portanto, deve-se considerar o contexto do comunicador, tanto social, como cultural e profissional, pois há situações em que os leitores são afina dos e integrados e, em outras, mais afastados. Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 20 Blikstein (1998) observa que “quem não escreve bem perde o trem” e conta a história de um gerente apressado que deixa um bilhete para a sua secretária, no entanto, devido a falhas na escrita, ela entende a mensagem de forma errada, o que vem a causar a perda de um importante compromisso do gerente no Rio de Janeiro. Leia com atenção a narrativa de Blikstein (1998, p.5) e analise as consequências de uma má comunicação escrita. CASOS E RELATOS A história do gerente apressado Certa vez, um apressado gerente de uma grande empresa paulista precisa va ir ao Rio de Janeiro para tratar de alguns negócios urgentes. Como tinha muito medo de viajar de avião, o gerente deixou o seguinte bilhete para a sua recém-contratada secretária: Maria: devo ir ao Rio amanhã sem falta. Quero que você me rezerve, à noite, um lugar, no trem das 8 para o Rio. Sabe o leitor o que aconteceu? O gerente, simplesmente, perdeu o trem! Por quê? Bem, acontece que Maria, a nova secretária, ao ler o bilhete, fran ziu a testa e, com uma cara desanimada e cheia de dúvidas, ficou pensando, pensando… até que, finalmente, decidiu: foi, à noite, à estação ferroviária e reservou um lugar, para o dia seguinte, no trem das 8h da manhã. Ao chegar ao emprego, no dia seguinte, a dedicada secretária teve a estranha impressão de estar vendo um fantasma diante de si: lá estava o gerente, tranquilo, fumando o seu perfumado cachimbo e assinando papéis, em meio a lentas e gostosas baforadas. – Então, Maria, tudo certo com o trem das 8h, hoje à noite? – perguntou o gerente. – Oi? – retrucou a secretária. – Afinal, cadê a passagem? – retomou o já intrigado gerente, levantando a cabeça e encarando a enigmática moça. 2 Comunicação oral e Escrita 21 – Passagem? Mas que passagem? O senhor só pediu para reservar um lu gar… Ah! Já ia esquecendo: o senhor não leve a mal, por favor, mas… re servar se escreve com s e não com z… – explicou Maria, sorrindo e piscan do muito os olhos. – Escute aqui moça: o que eu quero simplesmente é a minha passagem para o Rio, pode ser? – Não, infelizmente não pode ser, porque… reservar um lugar é uma coisa e comprar uma passagem já é outra bem diferente… – Como assim? Olhe aqui mocinha, ontem eu deixei um bilhete, pedindo para você me comprar uma passagem para o Rio, no trem das 8h, de hoje à noite! Foi só isso que eu pedi. Mais claro do que isso, é impossível! – Não, seu gerente, não está nada claro! O senhor está completamente en ganado! Não foi nada disso que o senhor escreveu! Veja aqui o seu bilhe te, veja o que o senhor escreveu: o senhor me pede, aqui no bilhete, para reservar, à noite, um lugar no trem das 8h para o Rio, tá? E como o senhor deveria viajar no dia seguinte, então, eu fiz exatamente o que o senhor mandou: fui à estação, à noite, e pedi uma reserva, para o dia seguinte, no trem das 8h da manhã para o Rio. – Onde foi que eu errei? Explique-me D. Maria. Será que eu escrevo tão mal assim? Meu bilhete está tão claro, tão simples… eu só pedi uma passagem no trem das 8h para o Rio e veja o que você me aprontou! Onde foi que eu errei? Posso saber? – Bem, já que o senhor perguntou, então eu explico: nossas cabeças são sim muito diferentes uma da outra, aliás, não existem duas cabeças iguais nesse mundo. O senhor, por exemplo, queria que eu comprasse uma passa gem para o Rio de Janeiro, no trem das 8h da noite, cabina com leito, não é mesmo? Mas acontece que o senhor não conseguiu passar essa ideia para a minha cabeça, porque, pelo seu bilhete, eu entendi outra coisa comple tamente diferente daquela que o senhor tinha na cabeça. Quer ver? Vamos começar por este trecho: “(…) me rezerve, à noite, um lugar, (…)” – Bem, o senhor já sabe que reservar é com s, mas há erros mais graves aqui. Em primeiro lugar, se o senhor queria que eu comprasse uma passa gem, o certo, então, era escrever “compre uma passagem”, ou “providen cie uma passagem”! Segundo problema: o senhor não fala em cabina com leito, mas em lugar; ora, lugar é uma palavra que pode significar muitas coisas ao mesmo tempo: pode ser uma poltrona de 1ª ou 2ª classe, no meio ou na ponta do vagão, do lado da janela ou do corredor e pode até ser uma cabina com leito, ou seja, há várias possibilidades. Terceiro problema, e este é de sintaxe… Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 22 – Se o senhor observar bem o trecho que eu citei – “… me reserve, à noite, um lugar, …”- vai ver que a ordem das palavras e, principalmente, a posição das vírgulas dão um duplo sentido à frase. Pode até ser que a minha expli cação seja confusa, mas eu vou fazer um esqueminha aqui no papel, pra ficar mais claro o que eu expliquei: • Um lugar à noite (= lugar noturno) Reservar • À noite (= depois de encerrado o dia) Um lugar – Entendeu,agora, seu gerente? A frase tem dois sentidos. Minha cabeça foi pelo segundo sentido, por isto é que eu fui à noite à estação para reser var o lugar do senhor. Ah, e uma última falha, ainda, para terminar. Diga-me uma coisa: se o seu trem era o das 8h da noite, por que é que o senhor não escreveu logo: trem das 20h? Com um bilhete assim, com tantas falhas de sintaxe, de pontuação, de vocabulário e até de ortografia, o senhor não acha que muita confusão poderia ter sido evitada com essa simples indica ção de horário? (Adaptado de BLIKSTEIN, 1988, p. 5-12). A história termina e não se sabe se o gerente aprendeu a lição, mas você certa mente conseguiu extrair os prejuízos que a comunicação escrita gera quando não obedece às normas gramaticais. Portanto, é preciso escrever bem para obter a resposta que deseja (BLIKSTEIN,1998). Pimenta (2009, p.147) considera que escrever bem é: • obedecer às regras gramaticais, evitando erros de sintaxe, de pontuação, de ortografia etc.; • procurar a clareza, evitando palavras e frases obscuras ou de duplo sentido; • agradar o leitor, empregando expressões elegantes e fugindo de um estilo muito seco. Na comunicação escrita é preciso tomar cuidado com a interferência física de alguns fatores, como dificuldade visual, má grafia das palavras, cansaço, falta de iluminação, questões culturais, como palavras ou frases complicadas e diferenças de nível social, e psicológica (mensagens que contenham agressividade, aspereza e antipatia). 2 Comunicação oral e Escrita 23 VOCÊ Na Antiguidade, o homem primitivo utilizava-se da ima ginação e da criatividade para comunicar-se. A batida SABIA? do tambor era uma maneira de enviar uma mensagem aos caçadores que se encontravam distantes da tribo e os sinais de fumaça indígena eram uma forma de trans mitir uma notícia. Com base no que foi exposto, você pôde perceber que o processo da comu nicação é aprendido e é influenciado por atitudes, experiências, conhecimento, características culturais, relacionamento pessoal e fatores ambientais, podendo sofrer interferências negativas quando a mensagem não é decodificada correta mente. Em vista disso, para alcançar o objetivo pretendido é essencial conhecer os elementos que fazem parte do processo de comunicação - emissor, receptor, mensagem e canal -, que você conhecerá a seguir. 2.2 Processo de comunicação Como você estudou, toda comunicação tem por objetivo a transmissão de uma mensagem que possibilita a dinâmica social e de grupo. Quando há comuni cação, tem-se inúmeras interpretações em relação a si próprio, de acordo com a quantidade de pessoas envolvidas. O processo de comunicação, segundo Sartini (1980), começa com um trans missor (quem diz); um código (como se diz); uma mensagem (o que se diz) e um receptor (a quem se diz). Consiste em um emissor fazer chegar uma mensagem a um receptor por um canal de comunicação, utilizando um determinado código. Emissor Mensagem Receptor Código ) 3 1 0 2 ( o r i e d r Canal de comunicação o C o l u a P Figura 1 - Elementos básicos do processo de comunicação Fonte: Adaptado de Sartini (1980) Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 24 A seguir, você conhecerá cada um dos elementos do processo de comunica ção. Acompanhe! 2.2.1 Mensagem Toda e qualquer ideia, conteúdo ou informação que se queira repassar é cha mada mensagem. É algo que exterioriza uma intenção, a qual está ligada ao con texto em que se está inserido. Pode-se dizer que a mensagem é o conteúdo da comunicação. É o conjunto de sinais com significado. É a essência e a razão da comunicação. Para Berlo (1999 apud MATOS, 2009, p. 5), a mensagem significa “comunica ção, notícia ou recado verbal ou escrito. É uma estrutura organizada de sinais que serve de suporte à comunicação. A mensagem é o objeto da comunicação, é um produto físico real do codificador”. Em uma conversa, o discurso é a mensagem; em um sorriso, a expressão da face é a mensagem; quando algo surpreende, a reação momentânea é a mensa gem. ) ] ? - - 0 2 [ ( fi l o d i R o c s e c n a r F Agora que você já sabe o que representa a mensagem, vamos ao emissor. 2 Comunicação oral e Escrita 25 2.2.2 Emissor O emissor é a fonte da mensagem, é de onde parte a comunicação, é a pessoa que tem a informação, a necessidade ou o desejo de passá-la a outro indivíduo. A fonte, nesse processo, corresponde à nascente de mensagens e iniciadora do ciclo da comunicação. Stoner e Freeman (1994) definem emissor como aquele que transmite a men sagem, o qual deve ser capaz de torná-la compreensível para quem recebe. De acordo com Matos (2009, p. 5), o emissor é “um dos protagonistas do ato da comunicação, aquele que, num dado momento, emite uma mensagem para um receptor ou destinatário”. Heldman (2006, p. 321) complementa destacando que o emissor é: O responsável pela apresentação das informações de modo claro e conciso; elas devem ser completas e expostas de ma neira que o receptor consiga entendê-las corretamente. Suas mensagens devem ser relevantes para o receptor. ) ] ? - - 0 2 [ ( e s u F Reafirmando o que Heldman (2006) ressalta, o que vai dar ritmo à comunica ção e prender a atenção do receptor é o conhecimento e o comportamento do emissor. Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 26 2.2.3 Receptor O receptor é o público que recebe a mensagem. É aquele que interpreta aquilo que foi enviado pelo emissor. Sem chegar a mensagem até o receptor, a comuni cação não acontece. ) ] ? - - 0 2 [ ( e t y b k c o t S Matos (2009, p. 5) conceitua receptor como “aquele a quem se dirige a men sagem, aquele que recebe a informação e a decodifica, isto é, transforma os im pulsos físicos (sinais) em mensagem recuperada”. Bordenave (1994) acredita que o receptor, ao decodificar a mensagem, também tem uma intenção básica. Ele deseja selecionar o que é importante para ele e direciona a sua compreensão e avaliação para depois decidir se aceita ou não o conteúdo transmitido e, assim, aplicar o que achar válido. Nesse sentido, quem recebe a mensagem deve compreender as informações corretamente e certificar-se de que captou a ideia emitida. 2.2.4 Código O código é uma série de símbolos ou um conjunto de sinais comuns ao emis sor e ao receptor. A codificação acontece quando o emissor traduz estes símbolos ou sinais em uma informação a ser transmitida (STONER; FREEMAN, 1994). O receptor interpreta a ideia do emissor, a partir de um código que pode ser verbal (como a palavra falada ou escrita) e não verbal (como os sinais de trânsito). Esse processo é chamado de decodificação. 2 Comunicação oral e Escrita 27 Assim, quando a mensagem é recebida mas não é compreendida, diz-se que a comunicação não se realizou, possivelmente, porque o emissor e o receptor não possuem nenhum signo em comum. Essa situação pode ser observada na intera ção entre duas pessoas que moram em países diferentes e um não fala a língua da outra, por exemplo, um brasileiro e um japonês. Há também casos em que são poucos os signos em comum, tornando a comu nicação limitada, como a interação entre duas crianças. Existem ainda algumas circunstâncias em que todos os signos emitidos são compreendidos pelo receptor e manifesta-se como uma comunicação perfeita. ) ] ? - - 0 2 [ ( h a b E Figura 2 - Código de Libras Todavia, a comunicação não se efetiva apenas pelos códigos verbais, mas também pelos não verbais, utilizados pelos surdos, cegos, mudos e afásicos, que criam e recriam seus próprios signos. Essas pessoas visualizam, sentem e leem o mundo por meio das mãos. 2.2.5 Canal de comunicação O canal é o meio escolhido pelo emissor para a transmissão da mensagem ao receptor. Pode ser oral, escrito, visual ou corporal, serve de suporte no processo de comunicação. Contudo, para que a comunicação seja bem sucedida, o canal deve ser adequado à mensagem. Schuler (2004 apud TOMASI E MEDEIROS, 2010, p. 21) afirma que o canal pos sibilita que a mensagemchegue ao receptor-alvo no momento oportuno, com a intensidade e frequência desejadas. Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 28 2 face a face Contato direto, frente a frente. Já Matos (2009, p. 5) descreve o canal de comunicação como “todo apoio ma terial que veicula uma mensagem de um emissor a um receptor, através do es paço e do tempo”. É a forma pela qual a mensagem, já codificada pelo emissor, atinge o receptor e esse a interpreta. Pimenta (2009) relaciona os canais ou veículos de comunicação mais usados, são eles: visuais e auditivos. Citam-se como meios visuais as instruções e ordens, as circulares, as cartas pessoais, os manuais, os quadros de avisos, os panfletos, os jornais, as revistas, o fax, as pinturas, o e-mail, as fotografias, os formulários, os mapas, entre outros. Os auditivos configuram-se em entrevistas, reuniões, conferências, buzinas, apitos, autofalantes. Gross (2012) observa a existência de canais de comunicação “ricos” e “pobres”. O canal considerado “rico” é o contato direto quando a conversa dá-se face a face2 entre duas ou mais pessoas, podendo exprimir reações verbais, gestuais e tons de voz. Já o canal considerado “pobre” envolve meios “frios”, ou seja, relatórios, cartas e memorandos que não demonstram “emoção”. Para Gross (2012), os canais “ricos” são indicados para contratações e desliga mentos de colaboradores, discussões éticas, orientações a funcionários, feedbacks e avaliações de desempenho. Os e-mails são veículos de comunicação funcionais para trocas de informação, agendamentos, concretização de projetos, fechamen to de negócios e confirmações de eventos, devem ser usados com cuidado, a fim de evitar mal-entendidos. Atualmente, as redes sociais têm se constituído em modernos canais de co municação para a transmissão de informações e formação de opinião pública. O Facebook, por exemplo, assume-se como uma comunicação mediada de um para muitos, e o Twitter permite a utilização de mensagens instantâneas de texto, essencialmente para partilha de experiências e críticas entre as comunidades de cidadãos. ) ] ? - - 0 2 [ ( c i v o k v a r d z 2 Comunicação oral e Escrita 29 Agora que você conhece os elementos básicos da comunicação, analise, na figura a seguir, como ocorre o processo de comunicação. Ruído Codificação Decodificação Transmissor Canal Mensagem Feedback Figura 3 - Processo de comunicação Receptor ) 3 1 0 2 ( o r i e d r o C o l u a P Você percebeu que na figura aparecem dois “novos” componentes no proces so de comunicação? Pois bem, a seguir, você conhecerá o ruído e o feedback, o que significam e como surgem no processo de comunicação. Siga atento! 2.2.6 Ruído O ruído na comunicação é todo sinal considerado indesejável na transmissão de uma mensagem por meio de um canal. Você deve lembrar da brincadeira do “telefone sem fio”, certo? Maria dizia algo para Joana que passava para Mariana, essa reenviava para Juliana e, assim, suces sivamente, sendo que, no final, verificava-se que o teor da mensagem recebida pela última pessoa era completamente distorcido do conteúdo original. Então, às vezes, isso ocorre porque surgem obstáculos na transmissão e emitimos ao próximo aquilo que entendemos. Matos (2009) ressalta o ruído como tudo o que dificulta a comunicação, inter fere na transmissão e perturba a recepção ou a compreensão da mensagem. Robbins (2007) assegura que compreender a mensagem exatamente da for ma como o emissor repassou é, praticamente, impossível, uma vez que existem várias barreiras que fazem com que a decodificação seja diferente daquilo que realmente pretendia-se comunicar. Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 30 As origens para que tais barreiras interfiram na comunicação eficaz são várias. Entre elas, Pimenta (2004) cita as seguintes barreiras: • psicológica - envolve o estado mental e emocional como preocupação, stress, descontentamento; • perceptual - diz respeito à concepção de mundo e de pessoa, a formação cultural e religiosa, preconceitos e estereótipos; • fisiológica - como dor de cabeça, dificuldade visual ou auditiva. Além dessas, o excesso de barulho no ambiente, pouca iluminação e movi mentação de pessoas podem ser contemplados como barreiras à comunicação ou ruído (PIMENTA, 2009). ) 3 1 0 2 ( o r i e d r o C o l u a P , ) ] ? - - 0 2 [ ( s u e l i m S , ) ] ? - - 0 2 [ ( o t a c u l , ) ] ? - - 0 2 [ ( s k n a B e i l s e L Muitas vezes, o ruído origina erros, exigindo a repetição de parte ou de toda a mensagem. A essa repetição dá-se o nome de redundância. Montana e Charnov (2003) informam que o ruído situa-se entre a emissão e a recepção da mensagem, podendo distorcê-la, mas não faz parte de nenhum dos dois elementos. Entretanto, cabe ao emissor diminuir o ruído para garantir a eficácia da comunicação. O próximo elemento do processo de comunicação que você conhecerá é o feedback. Você sabe o que é? Então, siga em frente! 2 Comunicação oral e Escrita 31 2.2.7 Feedback O feedback é um termo da eletrônica que significa retroalimentação. Entende- -se como a percepção do outro, baseada nos filtros que ele possui para apreender o ambiente ao seu redor. É uma palavra de origem inglesa, composta pelos radi cais feed (alimentar) e back (voltar), significa retorno da informação, resposta ou efeito retroativo (WESIZFLOG, 2007). Feedback ou retroalimentação é definido como a reintrodução de uma saída ao sistema, sob a forma de informação (OLIVEIRA, 2004). FIQUE ALERTA No processo de comunicação, as ações e reações são importantes e, nessa perspectiva, o feedback é um instru- mento de influência. Stoner e Freeman (1994, p.391) estabelecem o feedback como o “reverso do processo de comunicação” que ocorre quando o receptor expressa alguma rea ção à mensagem do emissor. Na maioria das comunicações, o sucesso decorre da avaliação do feedback, pois ele auxilia a fonte a examinar os resultados obtidos na transmissão da mensagem, em relação aos objetivos iniciais (MEDEIROS, 1989). Segundo Sartini (1980), o feedback representa uma contínua mutação sob a forma de “informação de volta”, provocando os ajustes necessários para a com preensão da mensagem. Baseado nisso, atesta-se o feedback como um controle do processo de co municação. Hurst (2003, p. 38) corrobora com essa ideia quando ressalta que “o feedback é uma ferramenta de acompanhamento que permite avaliar até que ponto as mensagens estão sendo recebidas de forma clara”. Assim, o feedback serve como fonte de ajustes entre o receptor e o emissor e pode proporcionar alterações na conduta, confirmar posições, modificar a men sagem, dar respostas, alterar comportamentos e reações. Para Berlo (1997, p. 118), “o conhecimento e o uso de feedback aumentam a efetividade de comunicação do indivíduo”. FIQUE ALERTA Não obstante, o feedback pode apresentar problemas quando é atrasado, inconstante, crítico, subjetivo, obje tivo, indireto (dado por terceiros) ou incoerente com a comunicação. Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 32 Moscovici (2009) afirma que, para que o processo seja útil, o feedback precisa ser descritivo em vez de avaliativo; específico em vez de geral; compatível com as necessidades do comunicador e receptor; dirigido para comportamentos que o receptor possa modificar; solicitado em vez de imposto; oportuno e esclarecido. O mesmo autor ainda destaca a dificuldade do ser humano em receber e dar feedback. Porém, todos precisam dele – tanto positivo quanto negativo – para conhecer o que já se conseguiu fazer com adequação, mantendo os acertos e corrigindo os erros. Portanto, o feedback é uma ferramenta gerencial que atinge diretamente a comunicação e deve ser utilizado para potencializar os talentos, estimular o com prometimento e aprimorar desempenhos. ) ] ? - - 0 2 [ ( m e n e m o p l e M Agora que você conhece a comunicação oral e escrita, bem comoos elemen tos que fazem parte do ato de comunicar, a seguir, verá uma das ferramentas de apresentação pessoal, a qual exige a utilização de técnicas de comunicação que atraiam a atenção do mercado de trabalho, propiciando a “abertura de portas” no mundo do emprego. Esse instrumento é chamado curriculum vitae ou, simples mente, currículo. 2 Comunicação oral e Escrita 33 2.3 Elaboração do curriculum vitae Você sabe o que significa a palavra curriculum? Representa curso, percurso, carreira, corrida. Nesse sentido, o curriculum vitae é entendido como a exposi ção de todos os dados pessoais, cursos, experiências e atividades que possam dar uma ideia do que a pessoa conseguiu realizar durante a sua vida, ao longo de sua carreira ou caminhada (TRALDI, 1987). VOCÊ SABIA? O curriculum vitae é uma espécie de cartão de visita e deve abrir oportunidades no mercado de trabalho. Dessa forma, ele deve ser claro, conciso e ter boa apre- sentação. Na atualidade, o mercado de trabalho (empresas) e de recursos humanos (candidatos) possuem uma relação de interdependência, ou seja, as organizações buscam identificar seus talentos pelas chamadas e pelos convites cativantes para as vagas ofertadas, e os candidatos procuram atrair as empresas com suas com petências e qualificações (MATOS, 2012). Nesse sentido, apresentar um currículo bem elaborado e sem excesso de infor mações é uma forma de instigar as empresas e, assim, conquistar uma entrevista pessoal. ) ] ? - - 0 2 [ ( z u l d o o G Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 34 Mas, veja bem! Matos (2012) ressalta que para cada tipo de empresa deve ser elaborado um currículo diferente e que atenda, principalmente, ao perfil solicita do. Até alguns anos atrás, era possível e admissível adquirir um formulário pronto, tanto nas papelarias, como nas bancas de jornal, e preencher a mão as informa ções ali requeridas. Entretanto, esse tipo de documento padronizado é inflexível, pois não permite ajustar as qualificações do profissional de maneira estratégica. Dessa forma, hoje, para conseguir uma colocação no mercado de trabalho e participar de processos seletivos, é preciso destinar algum tempo na elaboração do currículo, planejando as informações e concentrando-se sempre naquelas que irão contribuir com o interesse do cargo ou da área de atuação almejada. Isso quer dizer que não existe um modelo ideal de curriculum vitae. A pessoa deve definir seu objetivo, ressaltar suas principais habilidades e resultados e adaptá-lo ao possível empregador. Para Matos (2012) é fundamental produzir um texto coerente e verdadeiro, com dados a respeito da escolaridade, das características pessoais, experiências e planos de trabalho, como também descrever uma visão ampla e geral da trajetó ria acadêmica e profissional. O currículo, portanto, representa o “relatório geral” ou “dossiê” a respeito do candidato a um emprego, e alguns pontos devem ser considerados, antecipada mente, quando da sua elaboração. São eles, segundo Traldi (1987): • verificar as exigências e os requisitos do cargo desejado e quais os passos para se inscrever e participar do processo seletivo; • buscar informações sobre a empresa na qual pretende se candidatar; • fazer uma autoanálise das competências, habilidades e atitudes que possui, a fim de evidenciar aquelas que poderão ser usadas como diferencial com petitivo. Feito isso, parte-se para a confecção do curriculum vitae, que deve dar uma ideia básica geral a respeito do candidato, servir de guia para as pessoas na hora da entrevista, fixar o candidato na mente dos entrevistadores e “vender”, de ma neira sutil, mas efetiva, o candidato (CEUMA, 2013). Para Ceuma (2013), a característica principal do currículo é a simplicidade, devendo ser bem organizado, ter ordens cronológicas capazes de demonstrar a evolução da pessoa ao longo de sua carreira, possuir objetividade, legibilidade na impressão e sem erros de português. Existem três modelos básicos de currículo: o cronológico, o funcional e o cronológico-funcional (CEUMA, 2013). O cronológico mostra as experiências profissionais na ordem de datas inversas (as mais recentes primeiro); o funcional apresenta as funções exercidas ou experiências curtas e o cronológico-funcional 2 Comunicação oral e Escrita 35 integra os dois tipos, favorecendo a exposição de acontecimentos ao longo da carreira, as funções exercidas e o tempo de atuação em cada uma delas. Entretanto, o importante não é o formato de currículo adotado, mas as infor mações nele contidas, as quais devem transmitir o perfil e o potencial do profis sional. Neste sentido, os aspectos essenciais que devem constar em um curricu lum vitae são, de acordo com Ray (2011) são: • dados pessoais; • habilitações acadêmicas; • experiência profissional/estágios; • cursos de formação profissional; •idiomas; •informática; •informações adicionais. Saiba o que deve conter cada um desses itens. Nos dados pessoais é necessá rio citar o nome completo, data de nascimento, endereço residencial, telefone e e-mail. É opcional informar o estado civil, se possui filhos, a idade e religião. Colo ca-se fotografia somente se a empresa solicitar. Além disso, não há necessidade de incluir números de documentos oficiais e nem referências bancárias. Em habilitações acadêmicas mencionam-se os nomes das instituições de en sino e as datas de conclusão dos cursos de graduação, pós-graduação, técnicos e profissionalizantes já realizados. Em experiências profissionais/estágios devem ser indicadas as empresas por onde atua ou atuou. Se tiver muitas empresas para indicar, pode-se colocar ape nas as mais representativas, aquelas que enaltecem o objetivo do cargo pretendi do, independente dos períodos de atuação, iniciando sempre pela mais atual. Ou se tiver pouca experiência profissional, deve incluir as organizações onde realizou estágios, detalhando a natureza de suas atividades, os períodos envolvidos e os cargos ocupados. No item “Curso de formação profissional”, destacam-se os títulos adicionais, tais como capacitações, workshop, seminários e demais atividades desenvolvidas com o propósito de adquirir competências para o exercício das funções na pro fissão. FIQUE ALERTA É interessante apontar os idiomas que tem domínio total ou parcial e o conhecimento em informática, visto que hoje a maioria das empresas são automatizadas. Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 36 Adicionalmente, Ceuma (2013) ressalta como pontos a serem descritos pelo indivíduo no curriculum vitae, as áreas de interesse, os principais pontos fortes e as realizações profissionais mais relevantes. No quadro a seguir você verá um passo a passo sobre quais dados incluir no seu currículo. Confira com atenção! PASSO ITEM O QUE DEVE SER INFORMADO 1 Nome Uma das informações mais importantes no currículo é o nome. Portanto, merece destaque tanto em tama nho de fonte, como no tipo de letra. 2 Dados pessoais e localização São informados os dados pessoais (como data de nascimento) e o endereço residencial. 3 Contatos telefônicos ou e-mail Se o telefone indicado for de recado, então, deve ser mencionado o nome da pessoa que, possivelmente, poderá atendê-lo, mas é preciso avisar essa pessoa que o número dela está sendo indicado para fins de emprego. Essas informações facilitam a empresa no momento de fazer contato com o candidato. Por isso, elas devem ser claras. 4 Objetivo Indicar um cargo ou a área que deseja atuar. 5 Resumo das qualificações Listar todas as atividades em que se sente qualificado a executar. Não precisam, necessariamente, ter sido aprendidas em alguma empresa. Podem ter sido ad quiridas durante o curso técnico ou universitário, ou mesmo atuando na informalidade. Entretanto, essas atividades devem estar alinhadas com o objetivo proposto no currículo. 6 Resultados profissionais obtidos Resultado profissional é tudo o que tenha alcança do como melhor desempenho na organização. É considerado um diferencialcompetitivo no mercado de trabalho. 7 Experiência profissional Indicar as empresas onde atuou ou que está atuando. 8 Formação acadêmica ou escolar São os cursos realizados em termos de graduação, pós-graduação, técnicos e profissionalizantes. 9 Cursos de aperfeiçoamento São os cursos voltados à aquisição de conhecimento e habilidade para o exercício das funções na profissão. 10 Cursos extracurriculares São os cursos de extensão universitária ou extracur ricular que demonstram alguma contribuição, de acordo com o objetivo proposto no currículo. 11 Idiomas Destacar as línguas estrangeiras e qual é o nível de fluência delas (oral e/ou escrita). 2 Comunicação oral e Escrita 37 PASSO ITEM O QUE DEVE SER INFORMADO 12 Participação social Descrever a atuação como voluntário em alguma Or ganização Social Não Governamental (ONG), quando já tenha participado. 13 Pretensão salarial Só colocar este item se for solicitado pela empre sa. Deve-se analisar a média salarial do cargo no mercado e declarar o salário pretendido, utilizando-se do bom senso. Não sabendo qual o valor a infor mar, mencionar a frase: “de acordo com a prática do mercado”. 14 Referências pessoais Inserir este item somente se a empresa solicitar no anúncio da vaga. 15 Local e data de emissão do currículo Informar o município e a data de emissão do currícu lo. Essa última, certifica que as informações prestadas estão atualizadas. 16 Assinatura A assinatura é uma espécie de aval ou ciência da ve racidade das informações que constam no currículo. Entretanto, se for encaminhado pela Internet, não precisa colocar este item. Quadro 2 - Componentes básicos de um curriculum vitae Fonte: Adaptado de Ceuma (2013) O quadro anterior deve ser usado como um direcionamento para a elaboração de um curriculum vitae, pois não existe uma metodologia padrão a ser seguida. O mais importante é manter os dados atualizados, escritos de maneira correta e formatados de maneira adequada. )] ? - - 0 2 [ ( v o s o n o r i h S yi r t i m D Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 38 Outra opção para elaboração do currículo é pela Plataforma Lattes, que é a in tegração de bases de dados de currículos, de grupos de pesquisa e de instituições em um único sistema de informações (CNPq, 2013). O currículo Lattes é feito de forma eletrônica e registra o perfil profissional de cientistas, professores, pesquisadores, estudantes de pós-graduação e gradua ção, profissionais autônomos, funcionários de empresas, governos, organizações civis, entre outros. (CNPq, 2013). VOCÊ SABIA? O nome Lattes é uma homenagem a um grande cientis- ta nacional chamado Césare Mansueto Giulio Lattes. Cé- sare era físico, teve destaque na política do Brasil após a Segunda Guerra e criou importantes instituições na- cionais, além de ter atuado ativamente na comunidade acadêmica, tendo renome na USP e na UNICAMP. Qualquer pessoa pode criar e atualizar o seu currículo Lattes, bastando acessar a Plataforma Lattes, no site do CNPq. Os currículos podem ser usados individu almente pelos seus titulares e serem visualizados por terceiros por meio de um campo de buscas. Como vantagens, o currículo Lattes apresenta maior facilidade de controle nas alterações e otimização no tempo de procura feita pelos usuários. Contudo, é menos comercial e mais voltado para estudantes, professores, pesquisadores e bolsistas de mestrado, de doutorado e de iniciação científica, pois, consoante o CNPq (2013), subsidia recursos financeiros para os programas universitários de senvolvidos no Brasil. Entre as informações requeridas no currículo Lattes, além dos dados pessoais, da formação educacional e complementar e dos vínculos empregatícios, são so licitadas as produções realizadas no decorrer da trajetória acadêmica, tais como: publicação de artigos, de capítulos de livros, de relatórios técnicos, participação em eventos, congressos, simpósios e, até mesmo, produtos que foram desenvol vidos e patenteados pelo profissional. Veja algumas dicas para um currículo campeão, no vídeo de SAIBA MAIS Max Gehringer, disponível em: <http://empregovirtual.blog.br/20 13/09/dicas-para-um- -curriculo-campeao/> 2 Comunicação oral e Escrita 39 Bem, agora que você sabe como elaborar um curriculum vitae, que tal fazer o seu? No próximo capítulo você conhecerá os fundamentos de informática que lhe darão suporte na formatação do texto, na edição e na atualização das informa ções do documento, na correção ortográfica e gramatical, além de outros coman dos úteis para a preparação de um currículo. Recapitulando Neste capítulo, você conheceu o processo de comunicação (oral e escrita) e os elementos que o envolvem (mensagem, emissor, receptor, código e canal), pôde observar que existem sinais indesejáveis que dificultam a co municação (ruídos), como também a existência de uma ferramenta que auxilia a examinar os resultados obtidos na transmissão da mensagem (feedback). Utilizando-se dos conceitos sobre comunicação escrita, você também aprendeu a elaborar um curriculum vitae, que é o seu cartão de visita no mercado de trabalho. Agora, você está apto para interagir com os diversos públicos e em dife rentes situações do dia a dia, tanto relacionadas à sua rotina como assis tente de recursos humanos, como também na busca de oportunidades em outras áreas de seu interesse. Mas o estudo não para aqui! Prepare-se para os próximos assuntos, que trarão aprimoramento profissional para você! Fundamentos de Informática 3 Você sabe para que serve um editor de textos? Por intuição, muitos imaginam que a única utilidade seja para escrever textos e imprimi-los. Na verdade, conhecendo a diversidade de re cursos que o Word 2010 oferece, você pode fazer muito mais. E um editor de planilhas, você conhece? Com o Excel é possível, por exemplo, usar os po derosos recursos de cálculo em vários demonstrativos de contabilidade financeira, como fluxo de caixa, rendimentos ou lucros e perdas; criar qualquer tipo de orçamento, como um plano de orçamento de marketing, um orçamento de evento ou de aposentadoria; ou ainda criar muitos tipos de relatórios, que reflitam uma análise ou um resumo de dados que você pode usar para a previsão de informações. Já o PowerPoint 2010 é um aplicativo visual e gráfico usado, principalmente, para criar apre sentações. Com ele, você pode criar, visualizar e mostrar apresentações de slides que combinam texto, formas, imagens, gráficos, animações, tabelas, vídeos e muito mais. Ao final do capítulo, você estará apto a: • utilizar os mais diversos recursos de formatação, edição e correção de textos; • abrir, editar e salvar o documento criado; • configurar a impressão do documento; • utilizar os mais diversos recursos de formatação, fórmulas e gráficos; • abrir, editar e salvar a planilha criada; • configurar a impressão da planilha eletrônica; • utilizar os mais diversos recursos de criação, formatação e edição de apresentações; • abrir, editar e salvar uma apresentação criada; • definir a impressão, conversão em pdf/vídeo da apresentação. Percebeu quantos assuntos importantes aguardam por você neste capítulo? Ao trabalho! Rotinas de Recursos Humanos - Volume 1 42 3.1 Editor de textos Você já utilizou o Microsoft Word? Saiba que esse é o aplicativo de edição de textos mais utilizado pelo público ao longo dos anos. Com ele você pode criar documentos simples e dinâmicos. Esse software possibilita o trabalho em equipe, pois vários usuários podem editar um mesmo arquivo com segurança e confiabi lidade. O Word 2010 oferece, entre outras possibilidades: • formatação de textos definindo destaques em palavras e expressões; • criação de tabelas personalizadas; • ganho em produtividade, encontrando informações e formatando-as de for ma mais rápida; • reunião de informações padronizadas para envio a diferentes grupos; • criação de cartas e formas diferentes de documentos. Na sequência, você aprenderá a elaborar documentos com formatações
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