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Mecânica corporal e Locomoção

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Base de conhecimento científico
Mecânica corporal: esforço coordena-
do dos sistemas musculoesquelético e
nervoso.
➔ A mecânica corporal aplicada
nas técnicas de levantamento
presentes nas práticas de enfer-
magem costuma causar lesões
debilitantes nos profissionais.
➔ Mecânica adequada: mobilidade
�sica sem distensão do músculo
e uso excessivo de energia
muscular.
Alinhamento corporal e postura:
significa que o centro de gravidade do
indivíduo está estável.
➔ Reduz a tensão nas estruturas
musculoesqueléticas;
➔ Ajuda a manter o tônus muscu-
lar adequado;
➔ Promove conforto e contribui
para o equilíbrio e a conserva-
ção de energia.
A postura correta consiste no alinhamento
do corpo com eficiências fisiológica e
biomecânica máximas, o que minimiza os
estresses e as sobrecargas sofridas ao
sistema de apoio pelos efeitos da
gravidade. (Palmer & Apler, 2000).
O equilíbrio comprometido é uma
ameaça à mobilidade e à segurança
�sica. Alguns fatores podem afetá-lo:
➔ Doença;
➔ Lesão;
➔ Dor;
➔ Desenvolvimento �sico (p. ex.:
idade);
➔ Mudanças de vida (p. ex.:
gravidez);
➔ Medicações (algumas podem
causar vertigem e imobilidade
prolongada).
Atrito: força que ocorre em sentido
oposto ao movimento.
➔ Quanto maior a área de
super�cie do objeto movido,
maior é o atrito.
➔ Cisalhamento: força exercida
contra a pele enquanto ela
permanece estacionária e as
estruturas ósseas se movem. P.
ex.: quando um paciente imóvel
é colocado num leito com a
cabeceira em um grau maior
que 60°, a gravidade o puxa
para o pé do leito, podendo
desenvolver uma LPP.
Sistema Esquelético
O esqueleto é o arcabouço de suporte
do corpo pois proporciona inserções
para músculos e ligamentos e o
alçamento necessário para a mobilida-
de. Além disso, possui funções
importantes como proteger órgãos
vitais (p. ex. crânio ao redor do cérebro
e costelas em volta dos pulmões e
coração) e ajuda na regulação de cálcio
no organismo.
Pacientes que têm uma menor regulação e
metabolismo de cálcio e que estão imóveis
correm risco de desenvolver osteoporose e
fraturas patológicas.
Os ossos são firmes, rígidos e elásticos.
➔ A firmeza resulta de sais
orgânicos como cálcio e fosfato
que se encontram na matriz
óssea.
➔ A rigidez permite que os ossos
resistam à sustentação do peso.
Podem ser classificados em:
➔ Longos- Sua estrutura interna
contém medula óssea - participa
na produção de hemácias e age
como um reservatório para o
sangue.
➔ Curtos;
➔ Planos;
➔ Irregulares.
Pacientes com função alterada da medula óssea
ou menos produção de hemácias cansam
facilmente devido à menor capacidade de
hemoglobina e oxigênio. Essa fadiga diminui a
mobilidade e aumenta o risco de queda.
O processo de envelhecimento muda os
componentes do osso, impactando a
mobilidade.
➔ P. ex.: os ossos de uma criança
que está aprendendo a andar
são mais flexíveis do que os de
uma pessoa mais velha e são
mais capazes de suportar
quedas.
➔ Idosos (especialmente as mulhe-
res) são mais suscetíveis à perda
óssea (reabsorção) e osteoporose
que aumentam o risco de
fraturas.
Articulações: conexões entre os ossos.
Podem ser classificadas em:
➔ Cartilaginosa: elástica e une
super�cies - Costelas.
➔ Fibrinosa: ligamento ou
membrana - Tíbia e Fíbula.
➔ Sinovial: móvel, conectadas por
ligamentos - Rádio.
➔ Sinostática: Sacro.
Ligamento: unem as articulações,
conectam ossos e cartilagens, e ajudam
na flexibilidade e suporte articular.
Tendões: conectam o músculo ao osso.
Cartilagem: tecido conjuntivo não
vascular de suporte situado
principalmente nas articulações e no
tórax, na traqueia, laringe, nariz e
orelhas. Suas características mudam
com o processo de envelhecimento.
Músculo esquelético: são os elementos
de esforço empregado no movimento
devido a sua capacidade de contrair e
relaxar.
Sistema Nervoso: regula o movimento
e a postura.
➔ Giro pré-central: principal área
motora voluntária no córtex
cerebral.
➔ Cerebelo: responsável pela ma-
nutenção do equilíbrio e da
postura, controle do tônus
muscular, controle dos movi-
mentos voluntários e apren-
dizagem motora.
INFLUÊNCIAS PATOLÓGICAS NA
MOBILIDADE
Anomalias posturais: afetam a
eficiência do sistema musculoesquelé-
tico e o alinhamento, o equilíbrio e a
aparência do corpo.
Lordose: exagero da curva convexa anterior
da coluna lombar.
➔ Causa: Condição congênita ou
temporária (p. ex. gravidez);
➔ Tratamento: Exercícios de
alongamento da coluna (de acordo
com a causa).
Cifose: maior convexidade na curvatura da
coluna torácica.
➔ Causa: Condição congênita; raqui-
tismo; osteoporose; tuberculose da
coluna vertebral.
➔ Tratamento: Exercícios de
alongamento da coluna, dormir sem
travesseiro, usar uma prancha no
leito, cinta, fusão cirúrgica
(dependendo da causa e gravidade).
Escoliose: Coluna lateral espinhal em
formato de S ou C, com rotação vertebral,
alturas desiguais dos quadris e ombros.
➔ Causa: Pode ser consequência de
distúrbios congênitos, do tecido
conjuntivo e neuromusculares.
➔ Tratamento: Cirurgia, cinta e
acessórios.
Torcicolo: inclinação da cabeça para o lado
afetado na qual o músculo esterno-
cleidomastóideo.
➔ Causa: Congênita ou adquirida;
➔ Tratamento: Calor, suporte ou
imobilização, cirurgia, dependendo
da causa e gravidade. Amplitude de
movimento leve.
Dedos de pombo: Rotação interna do antepé
ou do pé inteiro; comum em bebês.
➔ Causa: congênita ou hábito;
➔ Tratamento: crescimento; usar
sapatos invertidos.
Anomalias musculares: tem-se como
exemplo as distrofias musculares, que são
um grupo de distúrbios que causam a
degeneração das fibras musculares
esqueléticas.
➔ São as mais prevalentes doenças
musculares na infância.
Pacientes com distrofia muscular sofrem fraqueza
progressiva, simétrica e atrofia dos grupos musculares
esqueléticos, com crescente incapacidade e deformidade
Danos ao SNC: causa problemas com o
alinhamento corporal, equilíbrio e
mobilidade. O comprometimento motor está
diretamente relacionado com a quantidade
de destruição da faixa motora. Alguns
exemplos:
➔ Trauma decorrente de lesão craniana.
➔ Isquemia por AVC;
➔ Infecções bacterianas como a
meningite;
➔ Hemorragia cerebral;
➔ Trauma a medula espinhal.
Trauma direto no Sistema Musculo-
esquelético: pode resultar em contusões,
mau jeito e fraturas.
Fraturas: rompimento da continuida- de do
tecido ósseo.
➔ Resultam, na maioria das vezes, de
trauma externo direto.
➔ Também podem ocorrer como uma
consequência de deformidade no osso
(p. ex. fratura patológica da
osteoporose, doença de Paget ou
osteogênese imperfeita).
➔ Tratamento: posicionamento do osso
fraturado no alinhamento adequado e
a sua imobilização para promover a
cicatrização e restaurar a função.
(Pode resultar em alguma atrofia
muscular, perda de tônus muscular e
rigidez articular.
Base de conhecimento em enfer-
magem
Relevância: Aplicação do conhe- cimento
científico no ambiente clínico para
determinar a maneira mais segura de mover
os pacientes e compreender o efeito da
imobilidade do cuidado do paciente sobre os
aspectos fisiológicos, psicossociais e de
desenvolvimento.
Mobilidade: capacidade de uma pessoa de se
mover livremente; Imobilidade:
incapacidade de fazê-lo.
Repouso no leito: intervenção terapêutica
que restringe os pacientes no leito.
➔ A duração depende da doença ou
lesão e do estado de saúde prévio de
um paciente.
Perigos da imobilidade
➔ Um indivíduo de peso e altura médios
sem uma condição crônica perde
força muscular a um ritmo de 3% ao
dia.
➔ Atrofia por desuso: tendência das
células e dos tecidos para diminuir
em tamanho e função em resposta à
inatividade prolongada.
➔ Quanto maior a extensão e a duração
da imobilidade, maiores são as
consequências.
EFEITOS SISTÊMICOS
Alterações Metabólicas
A imobilidade afeta:
➔ O metabolismo endócrino: Aumento
da taxa metabólica basal;
Na presença de um processo infeccioso, pacientes
imobilizados costumam ter uma maior TMB como
consequência de febre ou cicatrização de ferida, pois
aumentam a necessidade de oxigênio celular.
➔ Reabsorção de cálcio: a imobilidadecausa a liberação de cálcio na
circulação, quando os rins não o
excretam corre- tamente há uma
hipercalcemia, que pode causar
fraturas patológicas.
➔ Funcionamento do sistema
gastrointestinal: pode-se citar
processos como diminuição da
motilidade gastrointestinal ou
retardamento da peristalse, redução
do apetite*, impactação fecal
(constipação ou pseudo- diarreia),
sendo que esta se não tratada pode
causar uma obstrução mecânica do
intes- tino.
*Redução no apetite causa uma deficiência em calorias
e proteínas, isso pode causar um equilíbrio nitrogenado
negativo (o corpo excreta mais nitrogênio do que
consome proteínas). A perda de peso, a menor massa
muscular e a fraqueza resultam do catabolismo
tecidual (decomposição tecidual).
Alterações Respiratórias
A imobilidade aumenta o risco de
desenvolvimento de complicações
pulmonares como:
➔ Atelectasia: colapso dos alvéo- los;
➔ Pneumonia hipostática: inflamação
do pulmão decorrente de estase ou
acúmulo de secre- ções).
Alterações Cardiovasculares
A imobilização pode resultar em:
➔ Hipotensão ortostática
A hipotensão ortostática é uma queda da pressão
arterial acima de 20mmHg na pressão sistólica ou 10
mmHg na pressão diastólica e sintomas de tontura,
vertigens, náusea, taquicardia, palidez ou desmaio
quando o paciente passa da posição em decúbito
dorsal para a posição em pé (Ball et al., 2015)
No paciente imobilizado ocorre a diminuição do volume
de líquido circulante, o acúmulo de sangue nas
extremidades inferiores e a menor resposta autônoma.
Essas condições são especialmente evidentes no idoso.
➔ Sobrecarga cardíaca: na imobilização,
o débito cardíaco cai, diminuindo a
eficiência car- díaca e aumento a
carga de trabalho.
➔ Trombo: acúmulo de plaquetas,
fibrina, fatores de coagulação e
elementos celulares presos à parede
interna de uma veia ou artéria que
podem obstruir o lúmen do vaso.
Três fatores contribuem para a formação de trombo
venoso: (1) dano à parede do vaso (p. ex., lesão
durante os procedimentos cirúrgicos), (2) alterações
do fluxo sanguíneo (p. ex., fluxo sanguíneo lento nas
veias da panturrilha associado ao repouso no leito) e
(3) alterações nos constituintes do sangue (p. ex.,
uma mudança nos fatores de coagulação ou maior
atividade plaquetária). Esses três fatores são
denominados frequentemente como tríade de
Virchow (McCance e Huether, 2014).
Alterações Musculoesqueléticas
A imobilidade afeta o sistema musculoes-
quelético ocasionando comprometimento
temporário ou permanente ou incapacidade
permanente.
➔ Resulta na perda de resistência, força
e massa muscular, menor es-
tabilidade e equilíbrio.
Efeitos Musculares
Há perda de massa corporal magra devido à
decomposição das proteínas no período de
imobilidade. Essa redução causa dificuldade
na sustentação e fadiga. A imobilidade
prolongada pode levar à atrofia por desuso.
➔ Diagnóstico de enfermagem: Risco de
quedas.
Efeitos Esqueléticos
A imobilização provoca: deficiência do
metabolismo por cálcio e anomalias
articulares.
➔ Osteoporose: diminuição substancial
da massa óssea, que provoca ossos
ocos, finos, de extrema sensibilidade.
Faz parte do processo natural do
envelhecimento.
➔ Osteoporose por desuso: ocorre
devido a reabsorção óssea causada
pela imobilidade. Risco de fraturas
patológicas.
Relevância para a enfermagem: pacientes
imobilizados correm um alto risco de perda
óssea acelerada se tiverem osteoporose
primária.
➔ Contratura articular: condição anor-
mal e possivelmente permanente, ca-
racterizada pela fixação de uma
articulação e menor amplitude do
movimento.
◆ Causada pelo desuso, a atrofia
e o encurtamento das fibras
musculares.
◆ M. flexores são mais fortes que
M. extensores e, portanto, con-
tribuem para a formação de
contraturas.
◆ Queda plantar
Alterações Tegumentares
As mudanças no metabolismo que acom-
panham a imobilidade se somam aos efeitos
dos riscos de pressão sobre a pele de pa-
cientes.
➔ Lesão por pressão: comprometimen-
to da pele resultante de isquemia
prolongada nos tecidos.
É muito mais barato prevenir lesão por pressão do
que tratá-la; portanto, as intervenções de enfer-
magem preventivas são imperativas (WOCN. 2010).
SEMIOTÉCNICA PARA MUDANÇA DE
DECÚBITO
1. Higienizar as mãos;
2. Calçar luvas de procedimento;
3. Baixar grades de proteção do leito;
4. Proceder a liberação dos equipos e
equipamentos (cabos de monitor cardíaco,
cabo de oximetria de pulso, manguito),
traqueias para ventilação, macronebulizado-
res, drenos e cateteres, etc.;
5. Trocar as peças de roupa que
eventualmente sejam necessárias;
6. Mudar a posição de paciente no leito;
7. Recolocar ou reposicionar os equipos e
equipamentos removidos antes do
manuseio;
8. Apoiar o paciente com os coxins,
deixando-o em posição de conforto;
9. Verificar estabilidade hemodinâmica após
manuseio;
10. Elevar as grades de proteção do leito;
11. Retirar as luvas de procedimento;
12. Higienizar as mãos;
13. Anotar na evolução ou prontuário;
Observações importantes e possíveis riscos
na mudança de decúbito:
➔ Deve ser realizada a cada 2 horas
➔ Sempre que possível, o decúbito
ventral deve ser evitado por muitas
vezes há necessidade de leitos
especiais para a mesma;
➔ A mudança de decúbito, sempre que
possível, deve ser feita por dois
profissionais para evitar acidentes;
➔ Atentar para mudanças de decúbito
lateral em pacientes com compro-
metimento pulmonar.
Principais pontos de lesão por pressão:
SEMIOTÉCNICA DE MOVIMENTAÇÃO
ATIVA E PASSIVA
Ativa: movimentos realizados pelo próprio
paciente.
Passiva: realizado por algum membro da
equipe de saúde sem a participação ativa do
paciente.
➔ Exercícios de amplitude de
movimento podem ser ativos ou
passivos, ou ambos dependendo da
necessidade individual de cada
paciente.
SEMIOTÉCNICA DA MASSAGEM DE
CONFORTO
Finalidades da massagem de conforto:
➔ Estimular a circulação local, preve-
nindo lesões por pressão;
➔ Relaxamento muscular;
➔ Aliviar áreas de pressão;
➔ Promover hidratação da pele;
➔ Proporcionar bem estar e conforto.
Tipos de massagens:
➔ Deslizamento- leve ou pesado;
➔ Amassamento;
➔ Fricção.
Técnica da massagem de conforto:
1- Higienizar as mãos;
2- Reunir o material necessário: creme
hidratante e toalhas;
3- Colocar o paciente em posição confortável
expondo apenas a área a ser massageada;
4- Colocar hidratante na mão;
5- Deslizar as mãos espalmadas com
movimentos longos e circulares de 3 a 5
minutos;
1. Massagem com movimentos suaves.
2. Movimentos de amassamento.
3. Repetir a massagem com movimentos
suaves.
POSIÇÕES DE CONFORTO PARA O
PACIENTE
➔ Decúbito dorsal;
➔ Fowler.

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