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ESTRUTURAS DO SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO E SUA RELAÇÃO COM AS LESÕES Tecido ósseo Composição óssea Carbonato e fosfato de cálcio: 60 a 70% do peso do osso, fornecem rigidez ao osso, essenciais na resistência à compressão óssea. Colágeno: promove flexibilidade, resistência à tração. Água: 25 a 30% do peso do osso, contribui para a força óssea, transporte de nutrientes, íons minerais para dentro e fora do osso. Organização estrutural Osso cortical: mais rígido, suporta forças maiores mas menos deformação relativa. Osso esponjoso ou trabecular: mais forte na resistência à compressão e mais fraco para resistir cisalhamento. Lei de Wolff O osso responde dinamicamente à presença ou ausência de forças diferentes com mudanças em tamanho, formato e densidade. Remodelagem óssea Estímulo mecânico dinâmico → deformação/sobrecarga óssea → remodelagem óssea → reabsorção do osso mais antigo, danificado pela fadiga, e a formação de um osso novo. Osteócitos: iniciam a remodelagem óssea. Estímulo mecânico produz alta taxa de deformação que empurra o fluído através da matriz óssea. Osteócitos disparam ação de osteoblastos e osteoclastos. Osteoblastos: células ósseas especializadas que formam novo tecido ósseo. Osteoclastos: células ósseas especializadas que reabsorvem o tecido ósseo. Efeito piezoelétrico no osso Resposta biológica ao estímulo mecânico, produzindo carga elétrica. Compressão óssea = osteogênese produção de carga negativa. Tração óssea = reabsorção óssea produção de carga positiva. Modos de aplicação de carga Fraturas ósseas Fratura traumática: única carga que excede a resistência à tração do osso. Fratura por estresse: aplicações repetidas de uma carga de menor magnitude. Reparo de fraturas 1. Fase da indução: hemorragia, estímulos elétricos, fatores químicos. 2. Fase inflamatória: hematoma e coágulo, necrose celular, granulação (fibroblastos). 3. Proliferação peri e endosteal: alta atividade fibroblástica, diferenciação em osteoblastos e condroblastos. 4. Estágio de calo ósseo (calo mole): invasão vascular, tecido fibrocartilaginoso, calcificação progressiva. 5. Estágio de consolidação (calo duro): alta atividade osteoblástica, mineralização, consolidação clínica e radiográfica. 6. Estágio de remodelação: atividade osteoclástica, remoção óssea. Lei de Wolf. Ligamentos, cápsula e tendões Ligamentos e cápsulas Funções: aumentar a estabilidade mecânica das articulações, guiar o movimento articular, evitar o movimento excessivo, contribuir para a propriocepção ou sentido de posição. Tendões Funções: inserir os músculos nos ossos, transmitir a carga de tração dos músculos para o osso (produzir movimento articular, promover estabilidade articular, contribuir para a manutenção da postura corporal). Células tendíneas Função: controlar o metabolismo do tendão, responder aos estímulos mecânicos aplicados ao tendão (cargas de tração). Mecanismos de lesão Altos níveis de tensão: violência externa. Altos níveis de deformação: lesão por uso excessivo ou microtrauma repetitivo ultrapassa processo reparador. Altos níveis de tensão e deformação: lesão ligamentar em esporte de colisão. Músculos Função dos músculos Força e proteção ao esqueleto (distribui cargas e absorve choques). Movimento e a manutenção da postura. Absorve choques para proteger o corpo. Assistência na estabilidade articular. Controlam as entradas e saídas do corpo por meio do controle voluntário das funções de deglutição, defecação e urinação. Tecidos conjuntivos extracelulares Epimísio: cerca superfície do ventre muscular e separa dos demais músculos. Perimísio: repousa sobre o epimísio e divide o músculo em fascículos (grupo de fibras). Endomísio: cerca cada fibra muscular. Reparo da lesão muscular 1. Infiltração e inflamação celular para digerir os componentes celulares lesados. 2. Proliferação e migração das células satélites. 3. Fusão das células satélites dentro dos miotúbulos para formar novas miofibrilas. 4. Síntese de proteínas miofibrilares para preencher a nova fibra. 5. Fibra muscular regenerada. Cartilagem articular Lesão Cartilagem articular perde sua natureza homogênea e é rompida e fragmentada, com fibrilação, fissuras e ulcerações. Com o avanço da patologia, não resta nenhuma cartilagem e áreas de osso subcondral ficam expostas. Se diminuir a área entre as superfícies de contato, aumenta a pressão. Isso porque pressão = força/área. Mecanismo de lesão Compressão mecânica/estiramento Deformação das fibras e isquemia local Inflamação, fibrose, proteção muscular reflexa Perda das propriedades mecânicas e funcionais das fibras Principais causas Causas mecânicas: trauma direto, fricção, compressão Isquêmicas/vasculares: compressão, estase, hipóxia, edema, fibrose Químicas: perfusão de substâncias inflamatórias irritante de tecidos moles adjacentes Tipos de lesões Compressão nervosa: compressão de uma estrutura de interface: espasmo muscular, disfunção artrocinemática, osteófitos. Sensibilização: aumento da sensibilidade do tronco nervoso: irritação inflamatória, estiramento nervoso – alteração postural compensatória involuntária. Perda de elasticidade: encurtamento do tecido conjuntivo: sem sintomas e amplitude diminuída. Dor neurogênica Sensibilização dos neurônios do SNC após lesão do SNP – ampliação dos seus campos receptivos: sintomas vão além dos limites dermatomais Sintomas positivos: nível anormal de excitabilidade (dor, parestesia e espasmo) Sintomas negativos: condução de impulso reduzida (hipoestesia/anestesia e fraqueza) Dor no tronco neural: sensação profunda referente ao aumento de sensibilidade dos nociceptores dos tecidos conjuntivos neurais. Dor disestésica: sensações anormais (queimação, choques, puxões ou sensação de algo rastejando) Hiperalgesia: resposta de dor exagerada frente a um estímulo doloroso Alodinia: resposta de dor frente a um estímulo que não seria doloroso REPARAÇÃO TECIDUAL Cicatrização por primeira intenção: cicatriz limpa, não infectada, aproximação das bordas da lesão. Cicatrização por segunda intenção: maior perda de tecidos e células, mais aberta e profunda, não é possível unir as bordas, cicatriz grande, pode ou não estar infectado. Lesão profunda: líquido preso nos tecidos. Lesão superficial: líquido extravasa. Fase inflamatória Neutrófilos: duram 3 a 4 dias (morrem porque não sobrevivem a falta de oxigênio). Digerem as células – liberam mediadores químicos. Macrófagos: antes de saírem dos vasos, são denominados monócitos. Suportam a queda de oxigênio. Vasodilatação: causa rubor e calor. Edema: aumento de líquido tecidual. células brancas se separam, células vermelhas fazem marginação. Sai do tecido vascular e vai para área lesionada, acumulando-se. Aumenta a pressão hidrostática. Aumenta a quantidade de líquido para fora do vaso. Dor: mediadores químicos (histamina – prurido), compressão das terminações nervosas (edema). Perda de função: edema e dor limitam, SNC causa inibição muscular artrogênica, medo, insegurança, diminuição do controle motor. Fase de reparo/proliferativa Iniciar o reforço ou revestimento tecidual para formação de novo tecido. Fibroplasia: proliferação de fibroblastos (macrófagos auxiliam a chegada). Fibroblastos: produzem colágeno, elastina, proteoglicanos, ácido hialurônico. Inicialmente colágeno tipo III (fraco, pouco resistente, não aguenta grandes cargas, menos força tênsil). Formação de um novo tecido. Macrófago é essencial nessa fase. Angiogênese: formação de novos vasos sanguíneos. Formação de tecido de granulação, muito vascularizado mas frágil. Vaso íntegro – brotamento vascular – conexão entre brotos – anastomose (conexão de broto de um vaso remanescente com outro vaso remanescente. Contração da ferida/lesão. Da periferia para o centro(fechamento da ferida). Faz com que o tecido se aproxime, o que em excesso não é bom. Contração – fibroblastos transformados em miofibroblastos. Contração de colágeno: diminui extensibilidade do tecido e aumenta a aderência, diminuindo ADM e flexibilidade muscular. Fase de remodelamento Substituição de colágeno tipo III para de tipo I (mais resistente). São postas de forma desorganizada. Depois se tornam organizadas, alinhadas (terapia manual, eletro termo fototerapia – laser, aplicação de carga). Diminuição da vascularização tecidual (volta ao normal). Formação de novos nervos através de nervos remanescentes. LESÕES MUSCULARES Causas e nomenclatura Contusão: trauma direto resultando em ruptura de fibras e capilares, com sangramento no músculo, seguido por reação inflamatória. Distensão: trauma indireto gerado por forças de tração ou tensão exageradas que resulta em lesão ou interrupção (ruptura) de fibras musculares, tecido conectivo e vasos. Contratura: processo lesivo que ocorre por alterações metabólicas em resposta à atividade intensa que podem desencadear falhas na excitabilidade muscular e no mecanismo contrátil. Classificação Grau I: Não há ruptura total da UMT - edema localizado - pequena dor localizada e à movimentação - não há grande perda de FM e ADM Grau II: - ruptura macroscópica - equimose (infiltração de sangue nos tecidos) - dor persistente e difusa à palpação - claudicação - perda da resistência muscular e diminuição da ADM ativa Grau III: - ruptura total ou de vários feixes de fibras - hematoma - dor intensa e persistente - claudicação ou apoio impossível - depressão local (ausência de fibra no local da lesão) - pode ser acompanhada de estalido audível Diagnóstico por imagem (RM/US): Grau I: edema sem ruptura Grau II: ruptura de até 50% das fibras Grau III: ruptura com extensão maior que 50% das fibras Tratamento Auxiliar a cicatrização (regeneração) Diminuir tensão muscular Progressão dos exercícios dependendo da dor e da inflamação (remodelação) Hidroterapia ADM completa Restaurar a flexibilidade: início 2 a 7 dias após a lesão. Restaurar a resistência, força e potência muscular: isométricos (imediato), isotônicos concêntricos (1a. semana), isotônicos excêntricos (5/6a. semana), pliométricos (final), isocinéticos (final). Fortalecimento de sinergistas Fortalecimento de antagonistas Correções biomecânicas Função Sensório-motora Reeducação Funcional e Retorno ao Esporte LESÕES TENDÍNEAS Tendinopatia: termo genérico que indica uma lesão não-ruptura no tendão ou no paratendão que é exacerbada pelo carregamento mecânico. Tendinite: indica a mesma coisa que tendinopatia. Tendinose: descreve a patologia crônica do tendão. Pode ser utilizado para desviar o foco da inflamação. Tenossinovite: patologia de uma bainha sinovial totalmente desenvolvida, que tipicamente apresenta edema agudo com ou sem crepitação e desencadeante. Paratendinite ou peritendinite: descreve o envolvimento do paratendão, isoladamente ou em combinação com tendinose. Característica clínica Classificação Tempo Aguda: < 4 semanas Subaguda: 5 a 12 semanas Crônico: > 12 semanas Aguda em crônico Tecido afetado Tendão, entese, paratendão, bainha tenossinovial Características adicionais Sinal de Doppler colorido aumentado e fluido ao redor (tenossinovite/paratendinite) Calcificação (primária ou distrófica) Deformidade óssea (esporão) Bursite Estrutura adjacente Grau de ruptura dos tecidos na secção transversa Grau 1: < 10% Grau 2: 10-50% Grau 3: > 50% Fatores de risco Fatores de risco intrínsecos (biomecânica, história familiar, sexo, idade) Fatores de risco extrínseco (erros de treinamento, demandas esportivas ou ocupacionais) Condições médicas Tendinopatia de calcâneo Fatores intrínsecos Diminuição da força tríceps sural Estrutura do tendão no exame de imagem Diminuição da mobilidade subtalar Diminuição da ADM dorsiflexão Aumento da pronação do pé Fatores extrínsecos Obesidade Diabetes Erros de treinamento Fatores ambientais Equipamento inadequado Sinais e Sintomas Dor e rigidez após inatividade (diminui no início atividade, aumenta após atividade) Rigidez matinal Dor, sensibilidade e edema no tendão Sinal de arco positivo: dorsi e plantiflexão e percebe-se região edemaciada movendo-se Royal London Hospital Test: dor menor com tornozelo neutro/planti e aumenta com dorsiflexão Tendinopatia patelar Sinais clínicos Dor localizada no polo inferior da patela Dor relacionada com a carga que aumenta a demanda sobre extensores de joelho. Dor após treino prolongado, cócoras, escadas. Dor sobre carga e diminui ao repouso. Pode melhorar com aquecimento. Dor aumenta conforme carga sobre o tendão aumenta. Agachamento curto agachamento profundo. Tendinopatia do MR Refere-se à dor e fraqueza, mais comumente experimentada com movimentos de rotação externa do ombro e elevação, como consequência da carga excessiva nos tecidos MR Síndrome do impacto subacromial Bursite: inflamação/aumento espessura bursa Função de dor Influenciar positivamente os sintomas do paciente, aplicando técnicas que visam deprimir, elevar ou deslizar, anterior ou posterior, a cabeça do úmero. Exercícios para músculo que realizam essa função Mobilizações articulares Terapia manual Epicondilalgia lateral Dor no epicôndilo lateral do úmero devido sobrecarga dos extensores do punho Cotovelo de tenista Diagnóstico Dor no epicôndilo em 1/3: Palpação do epicôndilo lateral Extensão resistida do punho, dedo indicador ou médio Segurar um objeto OSTEOARTROSE E ARTROPLASTIA Lesão Cartilagem rompida, desgastada, pode expor o osso condral. Degradação da cartilagem; remodelação óssea; formação de osteócitos; inflamação sinovial – dor, edema, rigidez e perda de função. Osteoartrose primária Degeneração articular, desgaste natural, busca de estabilidade, fatores genéticas, anatômicos e biomecânicos. Osteoartrose secundária Patologias inflamatórias ou idiopáticas, infecções, sequelas de lesões ou fraturas. Sinais e sintomas Rigidez até meia hora Crepitação ao movimento ativo Sensibilidade óssea, expansão óssea Ausência de calor local à palpação Quadro clínico Mãos: deformidades dos dedos (expansão óssea). Nódulos de Heberden (ITF distal). Nódulos de Bouchard (ITF proximal). Joelhos: deformidade em varo (tecido mole: acometimento lateral; compartimento articular: acometimento medial) ou valgo (tecido mole: acometimento medial; compartimento articular: acometimento lateral). Quadril: padrão em flexão, adução e rotação externa. Diagnóstico por imagem Tríade: Diminui o espaço articular Esclerose (margem articular esbranquiçada) óssea subcondral Osteófitos (aumento da área de contato entre estruturas para diminuir a pressão em pontos específicos). Classificação de Kellgren e Laurence Grau 0 Normal. Grau I Estreitamento duvidoso o espaço articular, pode haver osteófitos. Grau II Estreitamento do espaço articular, osteófito. Grau III Estreitamento articular definido, esclerose subcondral, múltiplos osteófitos, possível deformidade do contorno ósseo. Grau IV Estreitamento do espaço articular, severa esclerose subcondral, definida deformidade do contorno ósseo e grandes osteófitos. Osteoartrose de joelho Tipos Tibiofemoral Femoropatelar Compartimental (lateral ou medial tibiofemoral) Deformidade em valgo, varo e flexão Fatores anatômicos e biomecânico RX joelho Anteroposterior (AP): deformidade angular e diminuição do espaço, esclerose e osteófitos. Perfil (20º): forma dos côndilos, femoropatelar, osteófitos. Axial (45º): femoropatelar. Tratamento: intervenções térmicas, terapia ativa, abordagem biopsicossocial, perda de peso, exercícios. Fortalecimentomuscular: ângulo de proteção FP. CCA – 90º a 45º; CCF – 0º a 45º. Osteoartrose de quadril Sinais e sintomas Dor em C, miofascial, extrarticular. Iliopsoas, piriforme, glúteo médio e máximo. Educação do paciente Educação + exercícios e/ou terapia manual Modificação da atividade Exercício Redução do peso Descarga de peso Terapia manual Mobilização articular e de tecidos moles 1 a 3 vezes por semana, 6 a 12 semanas Sustentação dos ganhos: exercícios de mobilidade Treinamento funcional, marcha e equilíbrio Exercícios com base no comprometimento Uso de dispositivos auxiliares Exercícios Flexibilidade, fortalecimento e resistência 1 a 5 vezes por semana, 6 a 12 semanas Tratamento cirúrgico Tipos de prótese: Total: cimentada – Charnley e exceter; não cimentada – Corail. Parcial: cimentada – Thompson. Ressecção: Girdlestone Vias de acesso cirúrgico Anterolateral (Watson-Jones): vem pelo fêmur e cai para frente. Lateral (Hardinge): no trocânter maior. Posterolateral (Moore): parecido com anterolateral. Anterolateral Incisão lateral Rebate (afasta): glúteo médio e tensor da fáscia lata Incisão capsular em T. Cuidados: sem agressão muscular; luxação na marcha – evitar extensão na marcha; visualização ruim. Lateral Tenotomia – vasto lateral Incisão glúteo médio – não fazer exercícios de ABD Luxação em RE Cuidados: reparação tecidual; evitar ABD e RE. Posterolateral Dissecção – rotadores laterais Luxação RI + Flex Preservação de ABD Cuidados: reparação tecidual, evitar RL. Orientações Cunha entre os membros para deitar Não ficar em pé com a perna virada para dentro Não rodar o corpo para pegar objetos Não cruzar as pernas Não sentar em cadeiras baixas Atenção Não realizar ADD além da linha média Não realizar flex > 90º Não atingir extremos de RE e RI Não cruzar perna com prótese Reabilitação 1º e 2º dia PO: exercício isométrico e respiratório, sedestação no leito; exercício ativo/treino de marcha com andadores. 3º ao 6º dia PO: alta hospitalar, aptos a deixar a cama e caminhar com andadores. 6º dia a 6ª semana: exercício de reforço muscular gradual. Fisioterapia ambulatorial 1ª a 4ª semana Bike (tronco mais posteriorizado) Liberação miofascial Analgesia – CIV, gelo Cicatriz – laser, mobilização cicatricial Ativação isométrica quadríceps – EENM Descarga de peso contralateral Treino de marcha (dispositivos) e transferências 5ª a 11ª semana Fortalecimento do quadril Treino de marcha 12ª a 20ª semana Descarga total de peso Treino de marcha – terreno estável e instável Ênfase complexo posterolateral (ext, RL e ABD) Treino motor DOENÇAS OSTEOMETABÓLICAS Minerais ósseos acumulam-se na infância e adolescência com pico entre: Mulheres: 33 – 40; Homens: 19 – 33. Após esse pico, ocorre declínio progressivo na densidade óssea, relacionado com a idade. Diminuição progressiva nas propriedades mecânicas e na resistência óssea, com aumento da porosidade – suporta menos carga. Osteogênese imperfeita: doença genética causada por um defeito na síntese de colágeno tipo I. Escorbuto: deficiência de vitamina C provoca disfunção osteoblástica e do colágeno. Raquitismo: distúrbio do metabolismo de cálcio e fósforo com redução da mineralização (placa de crescimento). Osteomalácia: distúrbio do metabolismo de cálcio e fósforo com redução da mineralização (osso maduro). Osteopenia: distúrbio endócrino com deficiência hormonal de estrógeno e progesterona – perda de massa óssea (osteoporose). OSTEOPOROSE Caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, levando a uma maior fragilidade óssea e um consequente aumento do risco de fratura. Ao longo da vida: Mulheres: perdem 35 a 50% (osso trabecular) e 25 a 30% (osso cortical). Homens: perdem 15 a 45% (osso trabecular) e 5 a 15% (osso cortical). Quadro clínico Doença silenciosa Fraturas Deformidades (aumento da cifose torácica e anteriorização da cabeça) Diminuição da estatura Aumento da cifose torácica Diminuição da altura da lordose lombar A costela toca a crista ilíaca anterossuperior fazendo pregas no abdome, tornando-o protuso (dor, plenitude pós-prandial, constipação intestinal e refluxo gastroesofágico). Diagnóstico Densitometria óssea: geralmente mede a densidade no quadril e na coluna. O resultado é chamado de “pontuação T” e estará na faixa normal, osteopenia ou osteoporose. Definição Valor da DMO Normal Até -1 DP da média do adulto jovem Osteopenia Entre -1 e -2,5 DP Osteoporose Abaixo de -2,5 DP Osteoporose estabelecida Abaixo de -2,5 DP, na presença de uma ou mais fraturas por fragilidade Tratamento Dieta rica em cálcio Exposição adequada a luz solar Manutenção de índices saudáveis de peso e IMC Cessação de tabagismo Evitar consumo excessivo de álcool Exercícios regulares e de alta intensidade para suportar perda óssea osteoporótica. OSTEOCONDRITES Osteocondrite dissecante juvenil Distúrbio do osso subcondral e da cartilagem articular subjacente A porção do osso que suporta a cartilagem se transforma em tecido fibroso, tornando a cartilagem suscetível a lesões devido comprometimento do suporte ósseo. Localização Porção lateral do côndilo femoral medial; côndilo lateral, sulco troclear, patela e platô tibial. Prognóstico 50 a 67% das lesões na infância melhoram com 6 a 18 meses de tto conservador. Restrição de atividade esportiva; restrição de arremesso, órtese, caminhada com muletas. Tratamento antes da maturidade esquelética – produzem melhores resultados a longo prazo – evita progredir para osteoartrite precoce. Diagnóstico Dor inespecífica no joelho Edema Infecção Travamento Falhando Hipotrofia muscular Classificação – Ewing e Voto Estágio Classificação usando artroscopia I Lesão intacta II Lesão demonstrando separação precoce III Lesão parcialmente aderida IV Fragmento frouxo na articulação Tratamento conservador Restrição de atividade Imobilização – 4 a 6 semanas Fisioterapia (dor, edema, descarga de peso, ADM, fortalecimento muscular) Osgood-Schlatter Relacionada ao tendão patelar no adolescente (tuberosidade anterior da tíbia). Tubérculo apofisário tibial resultante do esforço repetitivo sobre a inserção do tendão patelar. TAT muito mais proeminente. 4 estágios de maturação 0 a 11 anos: estágio de cartilagem. 11 a 14 anos: estágio apofisário. 14 a 18 anos: estágio epifisário. > 18 anos: estágio do osso. Fase de maturação: migração das células de cartilagem da parte proximal da tuberosidade para distal, substituindo a fibrocartilagem por osso, deixando a estrutura mais enfraquecida. Diagnóstico Evidência I: baseado no exame físico e histórico do paciente. 1. Edema ou alargamento do tubérculo tibial que é doloroso a palpação, 2. Dor localizada no tubérculo tibial. 3. Dor/desconforto com corrida e subida/descida de escada. 4. Diminuição da flexibilidade de quadríceps. 5. Dor reproduzida com a extensão do joelho. Intervenções Alongamento (professor não recomenda – IQT e quadríceps) Fortalecimento muscular (quadríceps isométrico; SLR anterior e quadríceps arco curto; exercícios progressivos de força). Órteses de joelho (bandas infra-patelares, órtese patelofemoral com contraforte H, diminui sobrecarga do mecanismo extensor). Educação do paciente (limitação de atividades – diminuição dos sintomas; repouso, modificação de atividade, calor antes da atividade, gelo após atividade, calçado absorvente de choque adequado). Fratura avulsão Violenta flexão com quadríceps fortemente contraído Violenta contração do quadríceps com joelho contraído Doença/ apofisite/ osteocondrite de Sever Causa comum de dor em atletas esqueleticamente imaturos devido ao uso excessivo. Causada poruma apofisite de tração do calcanhar. Coincide com crescimento rápido do paciente com aumento da atividade esportiva. Etiologia Atividades esportivas Tênis impróprios Dorsiflexão limitada Fatores biomecânicos: absorção de carga, joelho varo, pé cavo/plano Fisiopatologia Uso excessivo/ esforços repetitivos Microtraumatismo causado pela força do tríceps sural Irritação e potencial avulsão parcial da apófise do calcâneo Quadro clínico Uni/bilateral Dor aos esforços – durante e após Redução com descanso ou inatividade Sensibilidade na inserção do calcâneo Teste de compressão positivo Sinal de Sever – ficar na ponta dos pés Dorsiflexão Tratamento conservador Redução da sobrecarga – repouso Imobilização Órtese de elevação do calcanhar Alongamento Gelo/calor AINES Fisioterapia DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR Artrologia Disco articular (anterior, intermédio, posterior) Lâmina retrodiscal Cápsula articular: tecido conectivo fibroso denso, hipovascularizado, alta quantidade de colágeno (firme e flexível), a periferia do disco se fixa na cápsula. Cápsula fibrosa frouxa: membrana sinovial, liga-se inferiormente ao disco (lig colaterais), liga-se anteriormente ao tendão da cabeça superior do pterigoideo lateral. Ligamento lateral. Osteocinemática Protusão/retração Excursão lateral Abaixamento e elevação Para abrir a boca Fase inicial: rolamento para posterior da ATM. Fase tardia: deslizamento anterior do côndilo. Artrocinemática Ocorre dos dois lados simultaneamente. A função anormal em uma das articulações influencia na outra. Definição de DTM Conjunto de sinais e sintomas manifestados em decorrência de alterações no sistema estomatognático (oclusão dentária, bases ósseas do crânio, periodonto, sistema neurológico, mm e lig, vascularização). Etiologia DTM multifatorial: miogênica, artrogênica, neurogênica, psicológica, mista. Sinais clínicos Dor Sons articulares Cefaleias Zumbidos Compressões Epidemiologia 15 – 40 anos: miogênica >40 anos: artrogênica 5:1 mulheres 20 a 45 anos principalmente. Atividades da mm mastigatória Funcional: permite o sistema mastigatório desempenhar suas funções necessárias sem danos estruturais. Parafuncional: influenciada por SNC, causa função de apertar e ranger. Fisiopatologia Sistema estomatognático – grau de tolerância às forças exercidas – excesso = colapso das estruturas e tecidos. DTM miogênica Hiperatividade muscular Maloclusão Alterações posturais Alterações emocionais Traumas Doenças sistêmicas Desordens de crescimento Tipos de DTM Parafunções: causa de dor muscular/articular, descompasso, côndilo/disco, cefaleias, hipertrofia mm, lesão periodontal e abrasão dental. Diurnas: apertar ou ranger os dentes, morder a língua ou bochecha, chupar dedos, hábitos posturais errados, morder canetas, alfinetes ou unha, ou segurar objetos debaixo do queixo. Noturnas: ocorrem durante o sono, sendo compostas de contrações mm únicas e ranger dos dentes = bruxismo. Bruxismo Ato de ranger ou apertar os dentes de forma subconsciente. Mais forças são aplicadas contra os dentes; mandíbula de um lado para o outro. Movimento produz forças horizontais. Avaliação da ATM Avaliação postural, estática e dinâmica da cervical, do início da abertura mandibular e da abertura mandibular total Tratamento conservador Fármacos Placas oclusais Fisioterapia Fisioterapia Terapia manual (mobilização articular, massoterapia, liberação de ponto gatilho). Exercícios (estabilização cervical, fortalecimento da mm mastigatória) Eletrotermofototerapia (laser e ultrassom). DISCOPATIA DEGENERATIVA E HÉRNIA DE DISCO Disco intervertebral Núcleo pulposo: gel localizado na parte média posterior do disco. 70 – 90% água 15 – 20% colágeno Absorção de carga Anel fibroso: 15 a 25 camadas concêntricas ou anéis de fibra de colágeno. Envolvem e aprisionam o núcleo pulposo 50 – 60% colágeno tipo I e II: resistência e flexibilidade Vasos sanguíneos apenas periféricos, diminui cicatrização. Placas terminais vertebrais Entre disco e vértebras. Coberturas cartilaginosas finas Cobrem superfícies superior e inferior dos corpos vertebrais. Funcionam como placas de crescimento na infância Superfície composta de fibrocartilagem Distribuição de pressão através do disco Forças de compressão empurram as placas terminais para dentro na direção do núcleo pulposo. Núcleo deforma-se radialmente e para fora de encontro ao anel fibroso. Colágeno e elastina do anel promove resistência à tensão. Pressão dentro de todo o disco é transmitida de modo equilibrado para a vértebra adjacente. Quando a força compressiva é removida das placas terminais, as fibras distendidas de colágeno e elastina retornam ao comprimento original de pré-carga. Este mecanismo permite que as forças compressivas sejam compartilhadas por várias estruturas, impedindo o surgimento de um pequeno ponto de alta pressão sobre qualquer tecido. Degeneração Diminui absorção de água Aumento dos elementos fibrosos do anel (fissuras) Diminuição dos elementos elásticos Diminuição da estabilidade vertebral Discopatia degenerativa Diminuição da capacidade de hidratação (hidrofilia) do núcleo. Desidratação discal (início 20 anos) Diminuição da espessura do disco Protusão discal Núcleo empurra anel, que forma uma proeminência. Hérnia de disco Flexão excessiva ou prolongada – compressão anterior do disco – deslocamento posterior do núcleo – anel fibroso posterior fraco – migração posterior do núcleo pulposo – pode-se comprimir medula espinal. A direção mais comum é a posterolateral. Fatores para hérnia de disco posterolateral 1. LLP mais fraco 2. Fibras posteriores do anel mais fracos 3. Flexão > extensão de coluna Sintomatologia Dor localizada (alterações locais sem compressão/irritação de raiz nervosa) Radiculopatia (alterações locais com compressão/irritação da raiz nervosa) Alterações: sensitivas, motoras, autonômicas, psicológicas e sociais. Tipos de dor Nociceptiva: história de lesão tecidual nas últimas 6 – 8 semanas; a dor diminui naturalmente de acordo com as fases de cicatrização; dor local com sinais do tipo edema, hematoma, mudança de coloração da pele etc; a dor é descrita como facada/pontada ou latejante. Neuropática: história de uma lesão ou doença do s. nervoso ou dano pós-traumático/pós-cirúrgico ao s. nervoso; indicações de exames diagnósticos que revelam alguma anomalia do s. nervoso; relacionado a uma causa médica ou sistêmica, como AVC, herpes, diabetes ou alguma forma de doença neurodegenerativa; a dor e a disfunção sensorial são neuroanatomicamente lógicas; a dor frequentemente é descrita como em queimação, penetrante ou em picada (formigamento). Dor de sensibilização central: sem história de lesão, dano ou doença do s. nervoso; nenhuma indicação dos exames de diagnóstico; nenhuma causa médica para a dor; a dor é neuroanatomicamente ilógica e não relacionada à fonte primária da nocicepção; várias regiões de hiperalgesia em locais distantes da área sintomática; a dor é mais frequentemente descrita como vaga e chata. Dor cervical com déficit de mobilidade Aguda: manipulação torácica, mobilização cervical, exercícios de ADM de pescoço e fortalecimento escapulo- torácico e MMSS. Subaguda: exercícios de resistência de cervical e do ombro; manipulação torácica e manipulação e/ou mobilização cervical. Crônica: manipulação torácica e manipulação ou mobilização cervical, exercícios para cervical/escapulotorácica: exercício neuromuscular, alongamento, agulhamento a seco, laser ou tração mecânica/manual; aconselhamento para estilo de vida ativo. Dor cervical com comprometimento da coordenação motora Agudo: educação ao paciente (voltar a atividadesnormais o mais rápido possível); minimizar o uso de colar cervical; exercícios posturais e de mobilidade; mobilização e exercícios; educação e aconselhamento; TENS. Crônico: educação e aconselhamento; mobilização associada à exercícios cervicotorácicas; TENS. Dor cervical com dor de cabeça Agudo: exercícios de mobilidade ativa; mobilização ativo-assistida (Mulligan). Subagudo: manipulação e mobilização cervical; mobilizações ativo-assistida (Mulligan). Crônica: manipulação ou mobilização cervical ou cervicotorácicas combinada com exercícios de alongamento, fortalecimento e resistência do ombro e pescoço. Dor cervical com dor irradiada Agudo: exercícios de mobilização e estabilização, laser e uso a curto prazo de colar cervical. Crônica: tração cervical mecânica combinada com outras intervenções como exercícios de alongamento, fortalecimento, além de mobilização/manipulação cervical e torácica; educação e aconselhamento para incentivar a participação em atividades ocupacionais e de exercícios. Dor lombar aguda e subaguda Manter ativo – exercícios; acupuntura; massagem; massagem + exercício; manipulação vertebral; manipulação + exercícios/aconselhamento; calor superficial; laser. Dor lombar crônica Exercício; exercícios de controle motor; pilates; tai chi; yoga; terapias psicológicas – técnicas de relaxamento; reabilitação multidisciplinar; acupuntura; massagem; laser. ALTERAÇÕES POSTURAIS Postura É um composto das posições das diferentes articulações do corpo num momento. A postura correta é uma posição na qual um mínimo de estresse é aplicado em cada articulação. Alinhamento do corpo com eficiências fisiológicas e biomecânicas máxima, diminuindo o estresse ao sistema de apoio. Principais causas de postura incorreta Traumas Patologias que limitam a perda funcional da força muscular e a mobilidade Hábitos de postura viciosa Fraqueza muscular Hereditariedade Causas Alterações posturais Má postura mantida Abdome pesado (excesso de peso, gravidez) Mecanismos compensadores por outras deformidades (cifose) Contratura em flexão de quadril Espondilolistese Osteoartrite Problema congênito (luxação congênita bilateral de quadril) Moda (sapato alto) Deformidades da coluna vertebral Desvio lateral (escoliose) Desvio antero-posterior (hiperlordose cervical ou lombar, hipercifose torácica, retificação dessas curvaturas) Escoliose É um termo geral que compreende um grupo heterogêneo de condições que consiste em alterações na forma e posição da coluna, tórax e tronco. É o desvio lateral da coluna vertebral (> 10 graus Cobb), não fisiológica, a qual é acompanhada por uma rotação dos corpos vertebrais para o lado convexo da curvatura. Etiologia e classificação Não estrutural (não morfológica): postural, compensatória, irritação radicular, inflamatória. Estrutural (morfológica): idiopática (80%, infantil, juvenil, do adolescente), congênita, traumática, doenças neuromusculares. Nomenclatura Segmento (localização) Direção (lado da convexidade) Única (em C) Dupla (em S) Tripla Determinar a curva principal e compensatória (principal: maiores alterações morfológicas, costuma ser maior, corrige menos) Exame físico estático Altura dos ombros Triângulo de Talhe Assimetria de escápula, caixa torácica e quadril Discrepância comprimento MMII Postura alterada Curvatura visível Exame físico dinâmico Manobra de inclinação lateral (flexibilidade) Flexão anterior do tronco (manobra de Adams ou teste do minuto – gibosidade = lado onde está a convexidade) Exame radiográfico Em pé e deitado (verifica se estar em pé ou fraqueza muscular tem relação) AP e perfil Inclinação lateral: avalia flexibilidade; normalmente feito deitado. (flexível: diminuição da angulação >40%) (rígida: diminuição da angulação <40%) Raio X da pelve: para avaliar o potencial de crescimento da região pélvica (Sinal de Risser) Método de Cobb: avaliação do ângulo. Indicação de tratamento Até 20º: observação e fisioterapia 20 a 40º: tto conservador (colete + fisioterapia) Acima de 40º: tto cirúrgico Condições para indicação de tto conservador Ângulo de até 40º Flexibilidade lateral de mais de 40% Potencial de crescimento máximo de Risser III Condições para indicação de tto cirúrgico Ângulo acima de 40º Curvas rígidas com flexibilidade menor que 40% Potencial de crescimento Risser IV ou V Tratamento conservador Colete de Milwaukee (usa até parar o crescimento, 23h/dia, não corrige a curva, impede a progressão). Colete TLSO (toracolombar, lombar). Fisioterapia (reequilíbrio muscular, reeducação postural, mobilidade da coluna, flexibilidade muscular e articular). Órtese Exercícios específicos para prevenir a progressão da escoliose durante o crescimento Exercícios específicos durante o tratamento com aparelho ortodôntico e terapia cirúrgica Função respiratória e exercícios Atividades esportivas Tratamento cirúrgico Artrodose Curva flexível: vai direto para cirurgia Curva rígida: tração halo-femoral prévia para flexibilizar Cirurgia via anterior (discectomia) Cirurgia via posterior (artrodese) Pós-operatório Colete (4 a 6 meses) Após 2 meses: alonga IQT, flexores de quadril, paravertebrais, fortalece abdome. Após 6 meses: exercícios mais intensos para o tronco. Após 1 ano: liberado para prática esportiva. Complicações Quebra/soltura da haste Infecções Pseudoartrose Lesões neurológicas Hipercifose Aumento da curvatura fisiológica de convexidade posterior na região da coluna torácica (ângulo de Cobb maior que 45º - RX perfil) Classificação Doença de Scheauermann: encurtamento anterior do corpo da vértebra (>5º), curva maior e rígida. Dorso curvo: corpos vertebrais normais, curva flexível. Etiologia Desconhecida Pode ser por alterações na placa de crescimento Início após 10/11 anos Sintomas: deformidade e dor Exame físico Dorso arredondado Anteriorização dos ombros Sulco infra-mamário Protusão abdominal Compensada ou descompensada (fio de prumo) Aumento ou diminuição da lordose lombar Retrações musculares (peitorais, IQT, flexores de quadril) Fraqueza muscular (paravertebrais, abdominais) Exame radiográfico Perfil em pé Perfil em extensão da coluna (flexibilidade) AP Pelve (Sinal de Risser) Ângulo da vértebra Ângulo da cifose (método de Cobb) Tratamento conservador Curva flexível: fisioterapia Curva rígida até 60º: fisioterapia + colete Curva rígida maior que 60º: fisioterapia + gesso Tratamento cirúrgico Quando não responde ao conservador Quando há mau prognostico Quando há sintomas neurológicos Via anterior: release ligamentar anterior, discectomia. Via posterior: artrodese. Hiperlordose lombar Aumento da curvatura fisiológica de concavidade posterior na região da coluna lombar (ângulo maior que 40/50º Cobb) Geralmente postural ou associada a retrações musculares Associada com lombalgia Retrações musculares (paravertebrais lombares, iliopsoas) Fraqueza muscular (abdominais) Hiperlordose lombar – anteversão pélvica – anteversão do colo do fêmur/ coxa vara – rotação interna dos MMII – joelho valgo – tornozelo valgo – pé plano – hálux valgo Tratamento fisioterapêutico Reequilíbrio muscular
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