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Fases clínicas do parto

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Guilherme Rios – Hab. Clínicas IV – p4 
FASES CLÍNICAS 
DO PART 
CARACTERIZAÇÃO DE “PARTO”: 
 → Consiste na contração de fibras miometriais a qual leva, principalmente, à dilatação cervical e 
expulsão do feto através do canal de parto. 
 → O útero, antes de deflagrar essas contrações dolorosas do parto, sofre modificações fisiológicas 
e bioquímicas locais concomitantes ao aumento da frequência das contrações indolores (contrações de 
Braxton Hicks), até que aconteça o parto em si. 
 → O processo fisiológico que regula tais modificações fisiológicas e bioquímicas do parto não possui 
um marco bem definido como as fases clínicas do parto, mas pode ser dividido em 4 etapas: 
QUIESCÊNCIA (fase 1): 
→ Relativa ausência de resposta a agentes que determinam a contratilidade uterina (o útero fica refratário 
à estímulos para a contração). 
→ Tem início com a implantação do zigoto e perdura por quase toda a gestação. 
→ As poucas contrações que possam, eventualmente, acontecer nesse período não chegam a alterar a 
estrutura cervical nem causar dilatação. 
ATIVAÇÂO (fase 2): 
→ Início da parturição. 
→ Prepara o útero e o canal cervical para o trabalho de parto → contrações de Braxton Hicks. 
→ Tem duração aproximada de 6 a 8 semanas. 
→ Essa preparação determina algumas alterações cervicais e caracteriza a descida do fundo uterino. 
ESTIMULAÇÃO (fase 3): 
→ Início do trabalho de parto. 
→ Dividida clinicamente em períodos: 
 1º Dilatação. 
 2º Expulsão. 
 3º Dequitação. 
 4º período de Greeberg. 
→ Nessa fase acontecem as contrações uterinas as quais, para serem efetivas, necessitam apresentar: 
 - FREQUÊNCIA REGULAR entre 2 a 3 contrações a cada 10 minutos. 
 - INTENSIDADE de 20 a 60mmHg (média de 40 mmHg). 
 - DURAÇÃO entre 30 a 90s (média de 60s). 
INVOLUÇÃO (fase 4): 
→ Retorno ao estado pré-gravídico (puerpério). 
→ Se inicia após a dequitação. 
Guilherme Rios – Hab. Clínicas IV – p4 
→ É marcada por uma contração persistente que leva à regressão do tamanho do órgão. 
OBS: A primeira hora do puerpério é o período em que ocorrem as principais complicações hemorrágicas 
do pós-parto. 
 
OBS: FASES (Latente e ativa) ≠ PERÍODO (Dilatação, expulsão, dequitação e período de Greenberg). 
 
FASES DO TRABALHO DE PARTO: 
 
FASE LATENTE: 
- Chamada de pródromo do trabalho de parto. 
 
- Apresenta contrações de maior intensidade (em termos de coordenação e intensidade) sem, 
contudo, determinar modificações significativas na dilatação cervical (0,35 cm/h). 
 
- Acontecem as contrações de Braxton- Hicks (Contrações de treinamento → Tempo alargado e 
com duração pequena). 
 
- O colo é alterado, contudo não é de maneira significativa (no máximo, 2 cm). Ele ainda continua 
espesso. 
 
- Tem duração aproximada de 8 HORAS, sendo considerada prolongada quando durar mais que 
20h em primíparas e mais que 14h em multíparas. 
- Há expulsão do tampão mucoso. 
FASE ATIVA: 
→ Compreende a ESTIMULAÇÃO (3ª fase) e possui 4 períodos. 
1. DILATAÇÃO: 
 → Chamada, também, de 1º período. 
→ Inicia-se com as primeiras contrações dolorosas, as quais têm como principal ação a modificação da 
cérvice, as quais avançam até essa atingir a completa dilatação do colo uterino (10cm). 
→ Tais modificações são: 
 1.1 ESVAECIMENTO DO COLO UTERINO 
→ Também chamado de apagamento 
do canal cervical. 
→ Consiste na incorporação do colo 
à cavidade uterina, terminando com a 
formação de um degrau ao centro da abóbada 
cervical. 
 → Tal evento se dá devido a 
alterações químicas que levam à 
fragmentação e redisposição das fibras de 
colágeno, bem como à alteração na 
concentração de glicosaminoglicanas. 
 → Mudanças locais que promovem a 
maturação cervical e a lise de fibras de 
colágeno levam ao aumento de infiltrado 
inflamatório no canal cervical próximo ao 
termo. 
 → A COLAGENÓLISE é mediada pela 
prostaglandina, principalmente a E2*, e 
alguns hormônios esteroides placentários. 
 
Guilherme Rios – Hab. Clínicas IV – p4 
OBS: A PROGESTERONA é uma inibidora do esvaecimento do colo uterino, uma vez que 
impede a invasão e a ativação de polimorfonucleares no estroma cervical. 
 
 1.2 DILATAÇÃO DO ORIFÍCIO EXTERNO DO COLO 
 
→ Tem função de ampliar o canal de parto e complementar a continuidade entre útero e 
vagina. 
→ À medida que a dilatação cervical progride, surge um espaço entre o polo cefálico e as 
membranas ovulares (âmnio e cório), no qual ficará coletado o líquido amniótico (bolsa das águas). 
 
→ FASE ATIVA da dilatação: 
 
 - Possui três subdivisões: 
1. ACELERAÇÃO → Em que a velocidade da dilatação começa a modificar-
se e a curva se eleva. 
2. DILATAÇÃO ou ACELERAÇÃO MÁXIMA → Quando a dilatação passa de 
2 a 3 cm para 8 a 9 cm. 
3. DESACELERAÇÃO → Que precede a dilatação completa. 
 - Inicia, normalmente, com a dilatação cervical de 4 cm. 
 - Dura, em média 6h nas primíparas (com velocidade de dilatação de cerca de 1,2 
cm/h) e 3h nas multíparas (com velocidade de dilatação de cerca de 1,5 cm/h). 
OBS: Nas primíparas, ocorrem nessa ordem, sucessivamente → 1º o esvaecimento, de cima para baixo, e 
2º a dilatação do orifício externo; já nas multíparas (devido ao orifício externo do colo já estar previamente 
mais dilatado), são simultâneos. 
OBS: Normalmente, a bolsa rompe na dilatação. 
 
OBS: No plano de De Lee, durante a dilatação, o bebê desce um pouco. 
 
→ DIAGNÓSTICO DE TRABALHO DE PARTO: 
 - Deve se considerar o conjunto: 
→ Presença de contrações uterinas (2-3 contrações/10’/>40’’) OU dilatação cervical (maior 
2 cm). 
 → Esvaecimento cervical e/ou modificações progressivas do colo uterino. 
 → Formação de bolsa das águas. 
2. EXPULSÃO: 
Guilherme Rios – Hab. Clínicas IV – p4 
 → Também denominada de segundo período. 
 → Se inicia com a DILATAÇÃO COMPLETA e se encerra com a SAÍDA DO FETO. 
 → Nessa etapa, o FETO É EXPELIDO PELO CANAL DE PARTO por meio da ação conjugada das 
contrações uterinas e das contrações voluntárias dos músculos abdominais (puxos). 
 → É nesse momento que ocorrem a maioria dos fenômenos mecânicos do parto e ocorre a 
completa formação do canal de parto. 
 → CANAL DE PARTO = Segmento inferior do útero, canal cervical a vagina formando uma única 
cavidade (facilitada pela elevação e centralização do colo uterino no mesmo eixo). 
→ MECANISMO: Uma vez completada a dilatação, o útero fica imobilizado pela ação de contenção 
dos ligamentos largo (lateralmente), redondo (superiormente) e uterossacro (posteriormente). Dessa 
maneira, a resultante de força das contrações miometriais converge sobre o orifício interno do colo 
uterino, contra o qual a apresentação fetal é impelida. 
 
OBS: CONTRAÇÃO NORMAL UTERINA → É denominada de TRÍPLICE GRADIENTE DESCENDENTE. 
Esses vetores triplos são gerados devido à organização das fibras miometriais. Caso não aconteça dessa 
maneira, há chance de gerar abortamento. 
 
→ DESCIDA DO POLO CEFÁLICO PELO CANAL DO PARTO: (2 fases) 
 - FASE PÉLVICA → Dilatação completa do colo uterino e apresentação acima do plano +3 
de De Lee. 
 - FASE PERINEAL → Cabeça rodada e em um plano inferior a +3 de De Lee. 
→ O tempo da expulsão relaciona-se à eficiência das contrações e à proporção cefalopélvica. 
→ O período expulsivo prolongado caracteriza-se quando ultrapassa, em primíparas, 3h sem 
analgesia e, em multíparas, 2h sem analgesia. 
→ A saída do bebê (quando a cabeça do bebê começa a aparecer pela vagina da mãe), em nulíparas 
pode esperar, no máximo 60min e em multíparas, 30min, mais que isso, é sinal de sofrimento fetal. 
 
3. DEQUITAÇÃO: 
→ Também chamado de secundamento ou dequitadura, configura-se como o 3º período do trabalho de 
parto. 
→ Nessa etapa, o útero expele a placenta e as membranas (após o nascimento do feto). 
→ Dessa maneira, devido à diminuição do volume uterino, associada às vigorosas contrações uterinas, 
ocorre o descolamento da placenta do seu leito uterino e posterior descidaatravés do canal de parto, 
sendo expelida pela rima vulvar. 
→ TIPOS CLÁSSICOS DE DESCOLAMENTO: 
Guilherme Rios – Hab. Clínicas IV – p4 
 - CENTRAL ou de BAUDELOCQUE-SCHULTZE: 
 - Mais frequente. 
 - Tem início no centro. 
 - A primeira face placentária visualizada na rima vulvar é a face fetal. 
 - Apresenta sangramento após a dequitação → formação de hematoma retroplacentário. 
 - MARGINAL ou de BAUDELOCQUE-DUNCAN: 
 - Tem início perifericamente. 
 - A primeira face placentária visualizada na rima vulvar é a face materna. 
 - Tem escoamento de sangue antes da total expulsão da placenta. 
→ A dequitação ocorre entre 10min e 1h após o parto. 
→ Cerca de 80% das dequitações ocorrem antes dos 10 min após o parto. 
 
PRIMEIRA HORA PÓS-PARTO: 
→ Chamado, erroneamente, de quarto período de Greenberg. 
→ Maior causa de morte materna no mundo (hemorragia) → por isso a importância do cuidado nessa 
fase. 
→ Inicia-se imediatamente após a dequitação. 
→ É, também, a primeira hora do puerpério. 
→ Ocorre a estabilização dos sinais vitais maternos e hemostasia uterina. 
→ Nesse momento, observa-se os seguintes fenômenos: 
 - ↓ do volume uterino → angulação das artérias uterinas e ovarianas → Diminuição da perfusão 
uterina. 
 - Contração do útero → Oclusão dos vasos miometriais → Miotamponamento. 
OBS: Ocorre a formação do GLOBO DE PINARD → Quando a mulher pari e as fibras uterinas todas 
contraem para estancar o sangue (o útero fica pequeno e contraído). 
 - Formação de trombos nos grandes vasos uteroplacentários →Trombotamponamento. 
 - Contração e relaxamento das fibras mioepiteliais → Indiferença miouterina. 
Guilherme Rios – Hab. Clínicas IV – p4 
 - Contração uterina fixa → Surge no final desse período (depois de 1 hora) e esse maior tônus 
proporcionado mantém a hemostasia pós-parto, auxiliado no retorno do útero ao estado pré-gravídico. 
→ DEVO FICAR ATENTO AOS 4 Ts: 
 → Tônus ↓ * → Mais importante, pois se o útero não contrair, a mulher sangra até morrer. 
 → Trombo (realizar um coagulograma). 
 → Trauma (caso o parto tenha lesionado a gestante, devo reparar). 
 → Tecido (devo observar se ficou algum restante de tecido e, se positivo, remover). 
 - Curagem (com a mão) e curetagem. 
COISAS DA AULA 
→ ORIENTAÇÕES PARA DAR À PACIENTE GESTANTE CASO ELA CHEGUE QUEIXANDO-SE DE 
DOR, MAS QUE AINDA NÃO TENHA AS CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS PARA REALIZAR O 
PARTO: 
 → Retornar à sua casa e observar os seguintes acontecimentos: 
 → 2-3 contrações/10’/>40’’ (ou 2-3 cm → esse, normalmente, apenas o médico vê no 
hospital). 
 → Se sangrar ou perder o líquido, retornar à maternidade. 
 → Se notar a perda do tampão cervical (com aspecto de “meleca”), retornar à maternidade. 
→ ÍNDICE DE BISHOP 
 → Serve para saber como vou induzir o parto. 
 → Primeiramente, devo avaliar: 
 → ALTURA DA DILATAÇÃO: Avaliada pelo plano de De Lee (quanto mais negativo, pior 
para nascer). 
 → DILATAÇÂO: Quanto >2 cm for, melhor. 
 → ESVAECIMENTO: Quanto menor o colo e mais fino, melhor. 
 → POSIÇÃO: Relativo à posição do colo da mãe, quanto mais anterior, melhor. 
 → CONSISTÊNCIA: Quando mais amolecido, melhor. 
 → Se o valor final for < 6 → O colo deve ser maturado → Usa misoprostol/citotec. 
 → Se o valor final for >6 → O colo já está maturado, posso usar apenas a ocitocina. 
OBS: Usar apenas ocitocina, sem o colo estar apto para o parto, inviabilizaria a saída do RN e poderia 
machucá-lo devido às contrações uterinas intensas que o faria chocar com o colo não maturado. 
OBS: INDICAÇÕES ABSOLUTAS DE CESARIANA 
 
 → Placenta prévia centro total (PPCT). 
 
 → Desproporção cefalopélvica → A cabeça do bebê é grande demais para passar pela pelve da 
mãe. 
OBS: Caso não haja contração uterina na mulher após o parto, deve ser realizado, gradativamente – caso 
necessário – os seguintes passos: 
 1º) 15 UI de ocitocina. 
 2º) Ergotrat (abre canais de Ca). 
Guilherme Rios – Hab. Clínicas IV – p4 
 3º) 800 microgramas de misopristol (abre canais de Ca). 
 4º) Embolia da artéria uterina (por um médico vascular). 
 5º) Histerectomia (caso não contraia de maneira alguma).

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