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HAM III – Prof. Luciana Larissa Oliveira Gabriel Fagundes Faculdade de Medicina de Itajubá Pressão Arterial É a força exercida pelo sangue sobre a parede dos vasos; Objetivo: promover a perfusão dos tecidos; A aferição da PA é parte obrigatória do exame físico; Toda faixa etária deve ser avaliada; FATORES DETERMINANTES DA PA: o PA= DC X RP o DC= VS X FC o Exercício físico e emoções elevam a PA; CONCEITOS IMPORTANTES PARA COMPREENDER AS ALTERAÇÕES PRESSÓRICAS EM CONDIÇÕES NORMAIS E PATOLÓGICAS: o PA= DC X RP o O Débito Cardíaco se relaciona diretamente com a capacidade contrátil do coração e com o retorno venoso → Impacto na pressão sistólica o Resistência periférica = vasocontratilidade da rede arteriolar → Impacto na Pressão Diastólica → Depende da ação do Sistema simpático: Alfa receptores (vasoconstritores); Beta receptores (vasodilatadores); → Sofre influência humoral: Angiotensina e catecolaminas (vasoconstritores); Prostaglandinas e cininas (vasodilatadores) o Elasticidade das grandes artérias (aorta) influi na pressão sistólica; Redução da elasticidade (pessoas idosas) aumenta a pressão sistólica sem elevação concomitante da diastólica Hipertensão sistólica isolada = a pressão sistólica eleva-se e a pressão diastólica mantém-se. o Volume de sangue no sistema arterial interfere na pressão sistólica e diastólica: Desidratação – queda da PA; Glomerulonefrite (retensão hídrica) -eleva a PA; o Viscosidade sanguínea – interferência relativamente pequena tanto na sistólica quanto na diastólica: Anemias graves – diminuição da viscosidade sanguínea reduz a PA; Policitemias – aumento da viscosidade sanguínea eleva a PA MÉTODO PARA MEDIR A PA ① Método direto = pressão intra- arterial(ivasivo); ② Método indireto = técnica auscultatória com estetoscópio o Técnica: → Paciente em repouso de 3 minutos; → Local tranquilo, sem ruídos: bexiga vazia; 1 hora após tabaco, café ou outras substâncias excitantes; → Posição: sentada, deitada ou em pé, (anotar a posição do paciente em que a PA foi medida); → Artéria braquial no nível do coração; palma da mão voltada para cima; → Localizar a artéria braquial; → Colocar o manguito 2 cm acima da fossa cubital; → Palpar o pulso radial; inflar até desaparecer o pulso radial; desinsuflar lentamente: HAM III – Prof. Luciana Larissa Oliveira Gabriel Fagundes Faculdade de Medicina de Itajubá - Quando o pulso reaparecer = valor da Pressão Sistólica → Colocar o estetoscópio sobre a artéria braquial e insuflar o manguito 30 mmHg acima do valor da sistólica encontrado pelo método palpatório → Desinsuflar o manguito lenta e continuamente até o completo esvaziamento da câmara. o FASES DE KOROTKOFF (método auscultatório): 5 fases: - Fase 1= aparecimento dos sons = pressão sistólica. - Fase II = batimentos com murmúrio - Fase III = murmúrio desaparece - Fase IV = abafamento dos sons - Fase V = desaparecimento dos sons = pressão diastólica; OBS: se os ruídos persistirem, a fase IV será a pressão diastólica Hiato auscultatório: som desaparece durante a última parte da fase I e fase II; Pode cobrir 30 a 40 mmHg Risco de subestimar a pressão sistólica ou superestimar a diastólica → Sempre realizar o método palpatório antes do auscultatório VALORES DA PA: - Valores normais da PA e variações fisiológicas: - A PA sofre variações constantes ao longo do dia: o Exercício físico; o Uso de tabaco; o Ruídos; o Estresse; o Vigília ou sono; o Dor; o Postura; o Respiração; o Digestão → Valor normal da PA: MENOR que 140x90 mmHg ARMADILHAS o O diagnóstico de hipertensão arterial não deve mais ser feito apenas baseado nas medidas da PA dentro dos consultórios médicos; o A medida da pressão fora (em casa, no trabalho) torna-se quase obrigatória para afastar duas situações relativamente frequentes: -Hipertensão do avental branco: o Valores pressóricos persistentemente elevados dentro do consultório com medidas normais na monitorização de 24 horas (MAPA ou MRPA) o O paciente, ao chegar no consultório, especialmente na presença do médico, altera muito a pressão - Hipertensão mascarada: o Encontro da PA normal dentro do consultório e aumentada fora dele CONSIDERANDO ISSO, COMO PROCEDER? Mapa: o Monitoramento ambulatorial da pressão arterial; o Semiotécnica: Posição adequada do braço não dominante; 3 a 4 medidas por hora na vigília; 2 a 3 medidas por hora no período noturno; Valores médios estabelecidos pelo Conselho brasileiro o Custo elevado; o Indicações: - Hipertensão do avental branco; - Hipertensão mascarada; Média das 24 horas: PA < 130x80 mmHg; Média no período de vigília: PA< 135x85 mmHg; Média no período de sono: PA< 120x70 mmHg; HAM III – Prof. Luciana Larissa Oliveira Gabriel Fagundes Faculdade de Medicina de Itajubá - Hipertensão resistente a medicamentos; - Avaliação de eficácia terapêutica*** MRPA: o Monitoramento residencial da pressão arterial; o Medidas da PA em domicílio e/ou trabalho pelo próprio paciente ou familiar: 5 dias da semana (primeiro dia para orientações e 4 dias de medidas; 3 medidas/ período (matutino e vespertino); Aparelhos semiautomáticos; Não fornece informações durante o sono; Menor custo que o MAPA o Anormal: PA> 135X85 mmHg FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL: o Idade, sexo e etnia; o Excesso de peso e obesidade; (Perda de 10% do peso já diminui os níveis pressóricos) o Ingestão de sal; o Ingestão de álcool; o Sedentarismo; (150 minutos de exercício por semana de intensidade moderada) o Fatores socioeconômicos; o Fatores genéticos SINAIS E SINTOMAS o Assintomáticos – a Hipertensão é silenciosa. Importante rastrear. o Pode-se suspeitar: - Cefaleia (occipital, surge de madrugada ou pela manhã); - Zumbido; - Palpitações; - Tontura; - Sensação de peso ou pressão na cabeça EXAME FÍSICO: o Pulsações da crossa aórtica na fúrcula esternal; o Hiperfonese de B2 no foco aórtico; o Aumento da intensidade do ictus cordis (ponta do coração); SINTOMAS QUE DEPENDEM DO SURGIMENTO DE COMPLICAÇÕES: o Ictus cordis propulsivo e deslocado para fora e para baixo; o B4 (por diminuição da complacência ventricular); o Dispneia do esforço e palpitações (cardiopatia hipertensiva e IC) o Noctúria e poliúria (nefropatia hipertensiva) o Confusão mental, alterações visuais e paresias (encefalopatia hipertensiva) COMPLICAÇÕES: o AVE; o IAM; o IC; o DAP (doença arterial periférica); o DRC (doença renal crônica); o Morte súbita; HIPERTENSÃO ESSENCIAL (PRIMÁRIA): o 90% dos pacientes hipertensos tem a H.E. primária; o Multicausal e multifatorial: Hereditariedade; Reatividade vascular anormal; Alta ingesta de sódio; Uso de bebidas alcoólicas; HAM III – Prof. Luciana Larissa Oliveira Gabriel Fagundes Faculdade de Medicina de Itajubá Disfunção do sistema renina- angiotensina; Transtornos emocionais (estresse) HAS SECUNDÁRIA: o Menos comum, 10% dos pacientes; o Tratamento da causa; o Doença renal (GN aguda ou crônica, IR, PN, rim policístico e hidronefrose) o Doenças endócrinas (síndrome de Cushing, hiperaldosteronismo primário, feocromocitoma e acromegalia; o Vascular (coarctação de aorta e estenose de artérias renais – hipertensão renovascular); - Hipertensão renovascular: isquemia renal e ação do SRAA; *Ausculta do abdome= obstrução da artéria renal o Suspeitar em crianças e jovens o Manifestações clínicas são as mesmas da HAS primáriaHAM III – Prof. Luciana Larissa Oliveira Gabriel Fagundes Faculdade de Medicina de Itajubá
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